PME | Governo já deu 2200 milhões de apoio

Sou Tim Peng, director dos Serviços de Economia, confirmou ao jornal Ou Mun que em 13 anos de existência do Plano de Apoio a Pequenas e Médias Empresas (PME) já foram concedidos 2200 milhões de patacas, num total de 8144 pedidos, bem como 163 milhões no âmbito do Plano de Apoio a Jovens Empreendedores, com 1029 pedidos.
O director da DSE avançou que existem 33 mil empresas deste género, sendo que as PME com apenas cinco funcionários ocupam 80% desse grupo. O director frisou que as PME representam o foco do trabalho a desenvolver este ano pelos serviços.
“Este ano a DSE vai mandar funcionários para reunirem com as empresas para que sejam apresentadas mais informações do plano de apoio e para terem conhecimento das suas necessidades”, explicou Sou Tim Peng. O responsável acrescentou que já foram realizados vários seminários sobre os planos a desenvolver, em conjunto com comerciantes e associações. Está ainda previsto o reforço do número de conselheiros nesta área.
Nos restantes dois planos de apoio, tal como o Plano de Garantia de Créditos a PME ou o plano para projectos específicos, foram aprovados, respectivamente, 490 e 61 pedidos, sendo que o primeiro concedeu 1236 milhões de patacas em apoios e o segundo 50,3 milhões de patacas.
Em relação ao Centro de Incubação de Negócios foram apresentados 524 casos de consulta, tendo sido aprovados 23 pedidos para a instalação de escritórios provisórios gratuitos. Num ano de existência, o centro resolveu 49 pedidos de orientação.

18 Fev 2016

Animais | Lei deverá estar pronta nesta sessão legislativa

Kwan Tsui Hang, deputada e presidente da 1.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa (AL) responsável pela Lei de Proteção dos Animais, afirmou que os trabalhos legislativos devem estar concluídos ainda nessa sessão legislativa.
A deputada falava à margem do almoço de Primavera que aconteceu ontem e afirmou que a alteração da proposta já foi entregue à Comissão, sendo discutida esta tarde. Kwan Tsui Hang frisou que o Governo concordou com o objectivo da lei de punir com pena máxima de um ano quem maltrate os animais.
“A proposta de lei já foi ajustada cinco vezes e por estamos a tentar que seja concluída nesta sessão”, apontou.
Para Melinda Chan, deputada, e também membro da mesma Comissão, a conclusão deste trabalho irá de encontro aos pedidos da sociedade. “Para mim, o que é mais importante é a educação para a sociedade. Temos de dar mais atenção e cuidados aos animais, tanto os homens como os animais são seres vivos. A multa tem de ser um impeditivo [a maus tratos]”, apontou, na mesma cerimónia. A deputada confirmou também a ideia apresentada por Kwan, de que a lei estará concluída o mais breve possível.
A deputada mencionou ainda os mais recentes casos de maus tratos, partilhados nas redes sociais, a três gatos abandonados, que foram pontapeados até à morte. Isto causa a indignação, afirmou, da população, tendo levado a que vários residentes apresentassem o seu descontentamento para com a falta da lei.

18 Fev 2016

Rua da Felicidade | Parte do Teatro Cheng Peng deverá abrir este ano

William Kwan, empresário responsável pela Companhia do Centro Cultural do Teatro Cheng Peng, garantiu que uma parte do teatro pode abrir ao público este ano, incluindo um pequeno museu sobre ópera cantonense.
Tratando-se do primeiro teatro no sul da China, William Kwan referiu ao jornal Ou Mun que tem um valor histórico importante por se tratar de um espaço antigo para divulgar a ópera cantonense.
“Com a ajuda do Governo já foi feita a reparação da estrutura do teatro. A renovação interior do edifício continua e prevejo que partes do teatro, como a sala de ensaios e o museu, possam abrir já este ano”, disse o empresário.
O responsável considerou que o teatro pode oferecer a possibilidade de grupos públicos e associações realizarem actividades culturais, enquanto podem divulgar mais informações sobre ópera cantonense.
William Kwan apela, contudo, que o Governo dê mais apoio à criação de mais instalações na Rua da Felicidade. “O Governo pode criar um parque de estacionamento na Praça da Ponte e Horta e deve discutir com Zhuhai quanto a um planeamento mais rápido do Porto Interior. O ideal seria criar um túnel entre Macau e Wanchai a funcionar durante 24 horas”, concluiu.

17 Fev 2016

Rua da Felicidade | Parte do Teatro Cheng Peng deverá abrir este ano

William Kwan, empresário responsável pela Companhia do Centro Cultural do Teatro Cheng Peng, garantiu que uma parte do teatro pode abrir ao público este ano, incluindo um pequeno museu sobre ópera cantonense.
Tratando-se do primeiro teatro no sul da China, William Kwan referiu ao jornal Ou Mun que tem um valor histórico importante por se tratar de um espaço antigo para divulgar a ópera cantonense.
“Com a ajuda do Governo já foi feita a reparação da estrutura do teatro. A renovação interior do edifício continua e prevejo que partes do teatro, como a sala de ensaios e o museu, possam abrir já este ano”, disse o empresário.
O responsável considerou que o teatro pode oferecer a possibilidade de grupos públicos e associações realizarem actividades culturais, enquanto podem divulgar mais informações sobre ópera cantonense.
William Kwan apela, contudo, que o Governo dê mais apoio à criação de mais instalações na Rua da Felicidade. “O Governo pode criar um parque de estacionamento na Praça da Ponte e Horta e deve discutir com Zhuhai quanto a um planeamento mais rápido do Porto Interior. O ideal seria criar um túnel entre Macau e Wanchai a funcionar durante 24 horas”, concluiu.

17 Fev 2016

“The Only Wedding Studio”, loja de noivas | Suki Cheng e Anna Ng, proprietárias

“O importante é a qualidade”

Emprestam vestidos de casamento, prestam serviços de maquilhagem, tiram fotografias e decoram o espaço. Suki Cheng, Elaine Sam e Anna Ng montaram o “The Only Wedding Studio”, que oferece até excursões aos noivos

Para quem vai casar, o “The Only Wedding Studio” pode ser o local que precisa. Desde roupa a maquilhagem, o espaço permite o aluguer de itens para aquela que será a cerimónia mais importante na vida de alguém. Suki Cheng, uma das proprietárias, explica como tudo começou.
“Sou maquilhadora e a maquilhagem para as noivas é uma das facetas do meu trabalho, interessa-me e também é importante para a minha carreira. Decidi, então, começar um negócio. Procurei algumas parceiras que também tinham interesse nisso e organizámos a empresa”, explica a jovem ao HM.
O número dos registos de casamento em Macau ascende a “mais de quatro mil casais” por ano, mas “cerca de 60%” deles realizam uma festa para celebrar o casamento, assegura Suki, que diz ainda que a competição nesta área é elevada. “Em Macau, há mais de cem empresas como nós, portanto a competição do sector é muito intensa. Outro problema é que é muito difícil sabermos quantos produtos precisamos, como os vestidos, pelo que é sempre possível vermos aumento de custos, ao mesmo tempo que não podemos definir preços muito altos para os nossos serviços, por causa da competitividade”.
Também Anna Ng, um das outras proprietárias, explica que, apesar dos custos dos vestidos não serem nada baixos, “o importante é manter a qualidade”.
Em conjunto com Elaine Sam, as duas jovens abriram o “The Only Wedding Studio” por considerarem, ainda assim, que as perspectivas de negócio são positivas. Aberto há pouco mais de um ano, o espaço costuma ter agenda cheia nos meses “com números par”, sendo que Janeiro e Julho são “mais folgados”, como refere Anna Ng.

Lá fora e cá dentro

O investimento na qualidade é uma aposta da empresa, que diz que não há vestidos como os seus. Mas não só.
“Fazemos excursões pré-casamento para o Japão a cada Abril e Novembro. Apresentamos a informação aos clientes, atraindo o interesse deles e damos desconto aos clientes que participem nas actividades ao estrangeiro. Os clientes também podem pedir à nossa equipa para organizar o casamento no estrangeiro”, explica Anna.
O “The Only Wedding Studio” não tem só clientes de Macau, contando também com pessoas do interior da China. “Os clientes do continente não confiam nos serviços de casamento lá, têm muito mais confiança nas empresas de Macau e Hong Kong, por causa da qualidade”, diz ao HM.
Por isso mesmo, a promoção nas redes sociais como o Weibo e WeChat são importantes para a empresa, que também já participou em exposições de casamento em Macau.
Apesar de estar num espaço comercial, na Rua das Lorchas no décimo andar do Edifício Comercial Si Toi, o “The Only Wedding Studio” começou sem espaço físico, até porque o processo de criação da empresa levou o seu tempo.
“Não acho que seja bom os jovens pedirem os subsídios ao Governo logo quando criam o seu próprio negócio, porque é possível que se gaste mais do que propuseram. Não devemos sentir-nos impacientes durante o processo de criação”, diz-nos Suki Cheng, apoiada pela parceira.
O “The Only Wedding Studio” empresta vestidos de casamento, presta serviços de maquilhagem e fotografia e até aluga decoração para o espaço onde se vai realizar o seu casamento.
Ao HM, as proprietárias garantem que os serviços são prestados a um “preço ideal” e estão até disponíveis na página do Facebook da empresa, com o mesmo nome. Suki e Anna referem ainda que, mesmo que não tenham o que procura, encontram, já que “a diversidade de produtos” é outras das promessas do “The Only Wedding Studio”.

17 Fev 2016

Estradas | Pedida revisão à lei e instruções obrigatórias de construção

Quem constrói as ruas de Macau não tem de seguir orientações obrigatórias e isso não ajuda a evitar que mais de duas dezenas de estradas tenham crateras. Lee Hey Ip pede, por isso, a revisão ao Regulamento Geral da Construção Urbana, para que se acabe com o problema

[dropcap style=’circle’]É[/dropcap]preciso fazer uma Revisão ao Regulamento Geral da Construção Urbana, para que se evitem casos comuns de buracos nas estradas de Macau. É o que pede Lee Hey Ip, supervisor-geral da Associação para os Engenheiros Geotécnicos de Macau (Macau Association for Geotechnical Engineering), que sugere que se adicionem cláusulas específicas sobre as construções nas rodovias.
Em declarações ao jornal Ou Mun, Lee Hey Ip diz que o Governo tem de preencher as lacunas judiciais nesta área da pavimentação das estradas “o mais rápido possível”, uma vez que o aluimento do chão e buracos nas estradas são comuns em Macau. Mas, o Governo, garante o responsável, poderia evitar que assim fosse.
“No Regulamento Geral da Construção Urbana, o Governo pode adicionar artigos novos para especificar qual deve ser a durabilidade de resistência do pavimento e das ruas, para que se possa exigir às empresas uma determinada forma de construir as estradas”, apontou.
Actualmente, segundo dados do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), 21 ruas e avenidas de Macau estão na lista de estradas com “graves problemas” no que à existência de buracos no pavimento diz respeito. Estas incluem locais de elevado fluxo rodoviário, como a Avenida da Amizade, a Avenida Wai Long, a Estrada Governador Albano de Oliveira, a Avenida do Aeroporto e Avenida de Kwong Tung. Contudo, também a Estrada de Pac On e a Avenida Marginal do Lam Mau – que são apontadas como locais perigosos precisamente devido aos buracos – não estão na lista. buracos
Apesar de admitir que a pavimentação de ruas não é um trabalho fácil, Lee Hey Ip diz que o grande problema incide na ausência de leis específicas e exigências obrigatórias aos empreiteiros, o que pode fazer com que estes construam sem seguir essas instruções.
“Durante o processo de construção é preciso garantir que as ruas, avenidas e estradas não sejam danificadas em tão pouco tempo de utilização. Portanto, é importante que os construtores considerem elementos tão importantes como as matérias a utilizar, o solo onde vai ser feita a pavimentação e até o número de veículos que por lá passam”, sugere Lee Hey Ip, que acrescenta que o Governo deve ter em conta a melhor proposta com base nestes tópicos.
Lee Hey Ip, também consultor para o curso de Engenharia Civil da Universidade de Macau, sublinhou que embora o Regime de Qualificações nos Domínios da Construção Urbana e do Urbanismo esteja efectivo e este exija os engenheiros locais a participação em formação, ainda faltam profissionais locais.

16 Fev 2016

Porto Interior | Pedido novo planeamento para estimular a economia

[dropcap style=’circle’]Y[/dropcap]u Kon Shing, director da Associação de Estudos da Política Sócio-económica de Macau, sugere que a zona do Porto Interior seja reconstruída com maior enfoque no comércio para atrair turistas e residentes. O director considera que o Governo deve assumir uma iniciativa de cooperação com os proprietários dos imóveis da zona para trabalharem em conjunto.
Yo Kon Shing afirmou que o encerramento do posto fronteiriço do Porto Interior veio prejudicar de “forma clara o comércio” da zona, especialmente agora no Ano Novo Chinês. O responsável considera que o Governo deve repensar de forma global o planeamento da zona entre a Rua da Praia do Manduco e a Rua do Patane, ao lado do Porto Interior.
“O Governo deve assumir a iniciativa de cooperação com os proprietários dos prédios nesta zona, explicando-lhe os seus planos, para que sejam reforçadas as actividades comerciais”, apontou.
O director sugeriu ainda que o Governo escolha algumas localizações no Porto Interior como pontos experimentais, restaurando alguns prédios para formar lojas atractivas, estimulando ao mesmo tempo a economia da região.
O director deu como exemplo a Fábrica de Panchões Kwong Hing Tai no Porto Interior, que, diz, poderia ser transformada num museu ou no restaurante subordinado ao tema. “O Governo pode manter a fachada do prédio e renovar a construção e decoração dentro dos edifícios”, apontou.
Yu Kon Shing rematou dizendo esperar que o Governo resolva o problema das inundações no Porto interior, sempre que o nível do rio sobe, melhorando ainda o transporte marítimo e terrestre do local.

Associação da Zona Norte pede mais estímulos

Wong Kin Chong, presidente da Associação Industrial e Comercial da Zona Norte de Macau, disse ao jornal Ou Mun que devem ser criados novos elementos turísticos para estimular a economia da zona norte, pelo facto do volume de negócios ter diminuído em 20%. Para Wong Kin Chong, as razões para esse decréscimo prendem-se não apenas com o abrandamento da economia mas também com o prolongamento dos horários dos funcionários nos postos transfronteiriços. Isso fez com que parte dos consumidores tenha ido para Zhuhai, sobretudo trabalhadores imigrantes do interior da China.

16 Fev 2016

Leong Ka Hang | Único jogador profissional local chinês: “Faltam condições a ser atleta profissional em Macau”

Leong Ka Hang, o melhor jogador de Macau em 2011 e 2013, joga neste momento no Clube de Futebol de Tai Po, de Hong Kong(HK). O atleta, em declarações ao HM, criticou a falta de condições existentes em Macau como a questão dos campos e das instalações de saúde que impedem que os atletas sejam profissionais. Leong Ka Hang diz que a sua situação profissional é muito dura, mas a paixão pelo futebol não o deixa desistir. Diz ainda que tem muita sorte por jogar fora de Macau

Quais são as maiores dificuldades que enfrenta por jogar em Hong Kong?
A minha situação é muito dura, especialmente nas despesas de transportes em Macau e Hong Kong. São custos muito elevados para mim, e o meu salário não é alto, só 6000 dólares de HK. O Governo não dá qualquer subsídio nem ajudas de custos para os jogadores locais, por isso, não existem atletas profissionais em Macau. Só há um ou dois casos raros, incluído eu.

Que diferenças encontra entre o futebol praticado em Hong Kong e em Macau?
A exigência física das equipas em Hong Kong é muito mais rigorosa. As equipas da Liga da região vizinha preferem ter mais domínio de jogo, são mais organizadas, não só ficam 10 pessoas no seu meio campo a defender, embora as equipas dos últimos lugares da liga também joguem um pouco assim, mas os jogos têm outra exigência física, a luta corporal é mais intensa. Em Macau não existem equipas assim, excepto o Benfica. Tenho a certeza que faltam instalações em Macau, porque Macau é muito pequeno.

Como conjuga os treinos com a actividade em Macau?
jogador1
Na última metade do ano, o Tai Po que era a melhor equipa da Liga de Hong Kong, normalmente, tinha de treinar seis dias por semana em Hong Kong, e só tinha um dia para descansar. Alguns dias precisava de treinar duas vezes, ginásio de manhã e treino de futebol à tarde. Por causa da localização do treino, só pude treinar três dias em Hong Kong e o resto de semana praticava ginásio em Macau, tinha aulas na Universidade de Macau, e ainda dava aulas para crianças. Agora dedico-me melhor à carreira profissional de jogador, porque já acabei o curso de comunicação na UM.

Qual é a sua equipa preferida?
Em Macau, prefiro o Lei Chi e o Monte Carlo, porque estas duas equipas cultivam mais jogadores locais, como o Monte Carlo. Embora contratem jogadores estrangeiros, os estrangeiros só ocupam uma pequena parte do plantel, a maioria são residentes locais. Os plantéis destas equipas são mais saudáveis para o futebol de Macau. O facto é que não tenho uma equipa preferida, só tenho um jogador preferido que é o Fernando Torres, o avançado espanhol. A equipa em que ele jogar é a minha equipa.

Como é que vê a Liga de Elite em Macau?
Dez equipas não são suficientes, porque só existem 18 jogos oficiais para cada equipa para além das outras competições em Macau. O número de jogos é baixo, eu prefiro 12 equipas ou mais para a Liga, para que as equipas possam ter mais jogos oficiais e a Liga seja mais competitiva.

Tai Po foi a primeira equipa que o convidou a jogar fora de Macau?
Não, em 2011, tinha a primeira oportunidade de poder jogar fora num outro clube de Hong Kong que se chama South China. Recebi o convite, mas nesse momento eu jogava no Development 18 de Macau que era dirigido pela Associação de Futebol de Macau, e alguns dirigentes da Associação tiveram medo que o desempenho do clube descesse muito com a minha saída e por isso fiquei.

Como é que analisa esta oportunidade de jogar em Hong Kong?
Acho que tenho uma grande sorte para jogar em Hong Kong depois da licenciatura. Posso concentrar-me na minha carreira, caso eu falhe nesta profissão é possível procurar outro emprego. Em Hong Kong, muitos jogadores não têm licenciaturas, e a carreira de jogador muito curta. A licenciatura é muito importante para o meu futuro depois da carreira de jogador. Os meus pais apoiam-me a ser jogador porque terminei do curso.

Acha que no futuro pode vir a ser treinador?
Ainda não tenho nenhuma ideia sobre isso, mas já tenho a licença de treinador no Cargo D. Neste momento estou na idade de jogador, embora dê as aulas a crianças, estas aulas são mantidas em paralelo com o futebol. Ainda não consigo imaginar se poderei vir algum dia a ser treinador.

15 Fev 2016

Turismo | Kwan Tsui Hang quer saber situação de sistema

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]deputada Kwan Tsui Hang apela à Direcção dos Serviços de Turismo (DST) para que estes emitam uma calendarização para a criação de um sistema de alerta para as viagens ao estrangeiro. O pedido já não é novo e foi já prometido pelo Governo, sendo que a DST até já disse ter entregue um relatório ao Secretário sobre a temática.
À falta de respostas concretas, contudo, a deputada volta a interpelar o Executivo, indicando que “é importante que o Governo possa explicar à sociedade qual a orientação que este sistema irá assumir” e quais as datas em que poderá estar a funcionar. Até porque, relembra, é preciso uma lei.
“Como a criação de um sistema ou mecanismo necessita de um quadro judicial, o Governo já tem ou não um calendário relativo à legislação para o sistema de alerta de viagem ao estrangeiro?”, indagou.
Durante a argumentação, Kwan Tsui Hang elogiou a eficácia do estabelecimento do Gabinete de Gestão de Crises de Turismo em Macau que, nos últimos anos, tem auxiliado os residentes e os turistas vítimas ou envolvidos em acidentes tanto no território como fora dele. A deputada considera que tem sido desenvolvido um bom trabalho, mas alerta também que é preciso fazer mais.
“Para responder à tendência internacional, que é cada vez mais complicada, muitas regiões e países vizinhos já criaram os seus sistemas de alerta para as viagens ao estrangeiro. Exemplos disso são Hong Kong, Taiwan e Coreia do Sul. Os sistemas analisam os riscos de seguro e saúde dos seus residentes quando estes visitam outros países. É um sistema padrão para o sector do turismo, facilitando em caso de problemas, por exemplo, no caso de [existirem] tarifas de regresso, ou despesas de excursões e bilhetes. Assim como as compensações para os acidentes, para que se evitem controvérsias desnecessárias”, apontou a deputada.
De acordo com Helena de Senna Fernandes, directora da DST, em Janeiro o relatório para a criação do sistema já foi entregue ao Gabinete do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam. Irá agora seguir-se uma discussão entre as autoridades sobre a melhoria do sistema, garantiu. Citando a directora, Kwan Tsui Hang diz que é necessário esclarecer a sociedade mostrando trabalho concreto e definindo datas.
A deputada perguntou ainda quais os países e regiões que irão estar envolvidos no sistema previsto para Macau e com que bases é que este sistema será criado.

15 Fev 2016

Estudos | Ella Lei pede plataforma de partilha de resultados

Ella Lei apela à transparência na divulgação de resultados de estudos, projectos e sondagens realizados pelo Governo. A deputada diz que o Executivo deve justificar a necessidade de tantos estudos

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]deputada Ella Lei perguntou ao Governo quando é que este pretende criar uma plataforma de partilha de resultados das investigações e estudos realizados pela Administração. A deputada levanta a hipótese de o Governo estar a ponderar quais os dados que devem ou não ser tornados públicos. Para que nenhuma informação seja escondida, a Administração deve ter uma postura transparente, aponta.
De acordo com um recente relatório do Comissário de Auditoria, lançado em Janeiro, o Governo utilizou 1,4 milhões de patacas para a realização de 1514 projectos, adjudicações de consultoria, estudos e sondagens de opinião. A deputada considera que o dinheiro que foi utilizado pelo Governo é erário público, portanto, os dados dos estudos devem ser publicados para análise da sociedade, respeitando sempre a não divulgação dos dados pessoais. Se os residentes não tiverem acesso aos resultados detalhadamente, é o mesmo, diz, que deitar dinheiro ao lixo. “É um desperdício e leva a que a sociedade pense que o Governo não está a ser sincero, gastando dinheiro em projectos desnecessários e repetidos”.

Em duplicado

O relatório do Comissariado da Auditoria apontou ainda que alguns departamentos governamentais fizeram estudos sobre assuntos semelhantes, violando até a lei para a concessão de projectos. “O Governo tem algum mecanismo, ou irá lançar alguma medida que, dentro do aspecto administrativo, explique a necessidade de tantos estudos, projectos e sondagens? O Governo vai lançar algum mecanismo de fiscalização?”, indagou a deputada.
Sónia Chan, Secretária para a Administração e Justiça, disse, anteriormente, que vai estudar o problema da publicação de dados dos relatórios e da informação governamental. Perante as afirmações, a deputada quer saber quando é que o Governo vai avançar com tais planos.
“É preciso que o público conheça os dados do Governo e fiscalize a Administração. Quando é que o Governo vai criar uma plataforma de partilha para a divulgação de todas estas informações?”, questionou.
Ella Lei interpelou ainda se o Governo vai imitar a medida assumida por outras regiões, de partilhar os dados nos sites oficiais de cada departamento administrativo, garantindo o direito ao acesso por parte da sociedade.

15 Fev 2016

Património | Pedida revisão de sistema de administração de templos

Recebem doações e são responsáveis diariamente pelos templos, mas nem isso faz evitar acidentes e intervenção do Governo em caso de incidentes. Um membro do Conselho do Património Cultural vem pedir que se mude a forma de gerir o património

[dropcap style=’circle’]L[/dropcap]am Fat Ian, membro do Conselho do Património Cultural, sugere a implementação de um sistema de responsabilidade para os proprietários de imóveis classificados, de forma a que seja garantida protecção. O pedido chega depois de um incêndio ter danificado o Templo de A-Má, com Lam a pedir também a revisão do sistema de doação nos templos.
Lam Fat Ian diz que o fogo que danificou uma parede antiga no Templo da deusa, na Barra, mostra que, apesar de o Instituto Cultural ter a sua quota parte de responsabilidade na fiscalização, é a própria administração do templo quem tem de intervir em casos de necessidade. Os templos são geridos por associações e, diz, o Governo deve rever completamente esse sistema, já que estas associações recebem doações para manter os locais.
Lam Fat Ian diz ser não só necessário um sistema de responsabilização para quem faz a administração diária dos templos, mas também um maior aperto ao nível financeiro.
“Como cada templo tem um administrador geral, este funcionário deveria participar em cursos de formação sobre técnica administrativa, sistema de segurança dentro templo, etc”, exemplificou, acrescentando que “o Governo deve rever o sistema de doação dos templos, porque neste momento a doação dos visitantes é recebida pelas associações, mas a despesa de reparação vai ser paga pelo Governo, logo erário público”.
Lam Fat Ian acha que é o tempo de rever completamente o sistema de doação, até porque no caso do Templo de A-Má da Barra vai mesmo ser o Executivo a prosseguir com o pagamento das obras de reparação, que vão demorar um ano.
O membro do Conselho do Património diz ainda que deveria haver punições no caso dos templos que são classificados não serem bem mantidos pelos proprietários.

Depois dos estragos

Num comunicado à imprensa, o Instituto Cultural avisa que Guilherme Ung Vai Meng, presidente, e a Chefe do Departamento do Património Cultural, Leong Wai Man, se reuniram mais uma vez com a Associação do Templo de A-Má, pedindo que esta cumpra rigorosamente as orientações para a segurança contra incêndios nos templos de Macau para evitar casos semelhantes.
A avaliação inicial ao incêndio mostrou que as estruturas principais do pavilhão não sofreram danos graves, incluindo vigas principais, paredes e telhado, entre outras partes, mas os artigos de madeira colocados no interior do pavilhão, como o altar, mesa para incenso e painel em madeira, entre outros, ficaram “danificados gravemente”. O item mais valioso, a estátua da deusa, ainda tem “condições para ser recuperada”.
O IC prevê que a obra de restauro da estrutura do pavilhão principal esteja concluída dentro de dois ou três meses, mas para a recuperação do Templo original vai ser necessário “pelo menos um ano”. O incêndio deveu-se a um curto circuito.

15 Fev 2016

Fórum Macau | Governo prepara-se para injectar restantes 350 milhões

Lionel Leong, Secretário para a Economia e Finanças, confirmou ao jornal Ou Mun que o Governo está a ultimar a injecção dos 350 milhões de dólares norte-americanos para o Fundo de Cooperação e Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa, sendo esta a última parte de um montante de 400 milhões de patacas que Macau se comprometeu a desembolsar.
“Os restantes 350 milhões de dólares já estão a ser preparados e o Governo vai discutir com o Banco de Desenvolvimento da China sobre as formas de acesso ao Fundo, e a forma como as empresas de Macau podem participar no investimento em conjunto com os países lusófonos”, apontou o Secretário.
Conforme foi avançado em 2013, o Fundo, anunciado pelo Governo Central, vai contar com mil milhões de dólares norte-americanos, para o qual vão contribuir vários países. Macau investiu 50 milhões de dólares logo na primeira fase do projecto, que visa fomentar os negócios de Pequenas e Médias Empresas (PME) do mundo lusófono e o incremento das relações com a China.
Lionel Leong não apresentou datas concretas para a inauguração dos três centros de cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa, os quais deverão arrancar este ano em Macau. O Secretário prometeu continuar a cooperar com o Governo Central sobre esta medida, anunciada também em 2013, ano da 3ª Conferência Ministerial do Fórum Macau.
“No Fórum Internacional de Investimento e Construção de Infra-estruturas (realizado em Macau), alguns países lusófonos participaram e tiveram a possibilidade de pedir empréstimos ao Fundo. Agora podem ser analisados potenciais projectos, o que pode causar bons efeitos aos países lusófonos”, defendeu o Secretário.
O Secretário para a Economia e Finanças disse ainda que a criação de uma exposição sobre produtos alimentares dos países lusófonos vai ser concluída este trimestre. Lionel Leong lembrou que o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento (IPIM) lançou em Abril o Portal para a Cooperação na Área Económica, Comercial e de Recursos Humanos entre a China e Países de Língua Portuguesa, algo que vai apoiar as políticas neste âmbito.

12 Fev 2016

Macau Pass | Nova plataforma de pagamento surgirá em Março

O director-geral da Macau Pass, Zhang Zhihua, indicou que a empresa vai divulgar a nova plataforma de pagamento na internet já neste trimestre. O responsável espera que mais restaurantes e estabelecimentos sejam envolvidos na lista de locais onde se pode pagar via Macau Pass.
Zhang Zhihua sublinhou que neste momento cerca de 80% dos supermercados e lojas de conveniências já instalaram as máquinas da Macau Pass. O objectivo da empresa é que todas as lojas e supermercados tenham uma máquina de Macau Pass. O director indicou que só no último ano foram instaladas cerca de 3600 máquinas de pagamento.
“Os engenheiros da empresa estão a estudar como combinar a Macau Pass com os cartões de membros ou VIP das Pequenas e Médias Empresas (PME), a fim de que um cartão tenha várias utilizações sendo mais conveniente para os residentes. ” disse.

Mais plataformas

O responsável apontou ainda que “a plataforma de compra na internet de Macau Pass já está a ser preparada, apontando dez meses para a duração do estudo. “O projecto da plataforma também já foi aprovado pela Autoridade Monetária de Macau e a empresa esta mais completa com outros tipos de produtos. A novidade é que a plataforma estará activa no final do Março”, garantiu.
Zhang Zhihua deu como exemplo o Macaumarket, um site de compras de Macau, onde poderá ser utilizado o Macau Pass. A empresa irá cooperar com os bancos locais ligando o Macau Pass aos cartões de bancos.
O responsável indicou que “o e-dinheiro ainda tem um grande espaço no mercado de Macau” e, por isso, a Macau Pass vai dedicar-se a este sector com, por exemplo, venda as bilhetes e produtos de Macau. Esta é uma boa ajuda, diz, para as empresas de Macau conseguirem desenvolver os seus negócios.
Tomás Chio

11 Fev 2016

Prisão | Segunda fase da obra arranca este semestre

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) garantiu que a segunda fase do projecto de construção da nova prisão deverá arrancar já este semestre, sendo que a primeira fase do projecto já foi analisada.
Numa resposta ao deputado Si Ka Lon, Li Canfeng, director da DSSOPT, garantiu que a primeira fase do projecto está completamente concluída.
“O colapso do talude devido ao tufão e as complicações no solo e meio-ambiente fizeram com que as obras das fundações demorassem mais tempo do que inicialmente previmos, sendo que o progresso foi sendo adiado. Mas a primeira fase da obra já foi verificada”, lê-se na resposta.
Li Canfeng prevê que “as obras da segunda fase vão iniciar-se no primeiro semestre deste ano”, tendo defendido que “o desenho de concepção da segunda fase foi alvo de ajustamentos por causa das condições ambientais e geográficas, sendo que a terceira fase da obra deverá começar assim que terminar a segunda fase”, garantiu.
A DSSOPT está a fiscalizar o projecto em conjunto com o próprio Estabelecimento Prisional de Macau (EPM), sendo que áreas como as portas ou janelas ficam sujeitas a especiais exigências por questões de segurança. Só depois da verificação pelo EPM é que os materiais são inseridos na obra, para garantir a qualidade do projecto.

Sob controlo

Li Canfeng sublinhou que a DSSOPT não aceita materiais que não satisfaçam as exigências sendo que, caso os materiais utilizados pelo empreiteiro não passem na verificação, serão trocados. Caso a empresa concessionária não consiga terminar o projecto a tempo, o Governo tem direito a pedir a uma terceira entidade para reparar ou reconstruir, sendo que essas despesas serão pagas pela concessionária.
Todos os meses ocorre uma reunião conjunta do Executivo sobre o projecto, a qual conta com a presença dos Secretários para a Segurança e Obras Públicas e Transportes. Desde Julho que estas reuniões ocorrem para evitar os atrasos que já se verificaram na primeira fase da obra.

10 Fev 2016

Cancro | Serviços de Saúde prometem relatório este ano

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde (SS) deverão publicar um relatório sobre o panorama do cancro no território no primeiro semestre deste ano, anúncio que foi feito ontem, no âmbito do Dia Mundial do Cancro.
Segundo o jornal Ou Mun, Chan Tan Mui, secretária da comissão de prevenção e controlo de doenças crónicas dos SS, confirmou a criação de um registo de doentes em 2003, sendo que o cancro do colo-rectal, do fígado e faringe são os tipos de cancro mais comuns em Macau. Em 2013, cerca de 713 pessoas morreram com esta doença.
“O cancro do colo-rectal tem sido o mais comum nos últimos anos em Macau, portanto o Governo já começou a criar um programa piloto, e o rastreio acabou em Janeiro. Os SS estão a estudar os dados e o relatório vai ser lançado no primeiro semestre deste ano, sendo que no quarto trimestre o Governo irá realizar o trabalho de rastreio para todos os residentes”, disse Chan Tan Mui ao Ou Mun.
A responsável garantiu que o cancro está ligado aos hábitos diários, para além de ser uma doença hereditária. “Os cidadãos devem alimentar-se correctamente no dia-a-dia e fazer desporto durante a semana”, rematou.

10 Fev 2016

Inquérito | Maioria das PME desconhece financiamento público

A União Geral das Associações de Moradores de Macau (Kaifong) realizou um inquérito sobre a situação de negócio das Pequenas e Médias Empresas (PME), que revela que cerca de 80% dos empresários entrevistados nunca se inscreveram para receber apoio do Governo, sendo que 50% afirmou desconhecer a existência de subsídios. Já 27% dos inquiridos disse que o processo de candidatura é complicado e que isso fez com que não tenham pedido apoio.
Das 611 empresas que responderam ao inquérito 131 receberam financiamento do Governo, que actualmente tem dois programas diferentes para apoiar as PME. As empresas que receberam dinheiro do Governo utilizaram os montantes para adquirir novas instalações ou garantir a liquidez, a fim de manter o negócio.
Lei Cheok Kuan, chefe da comissão para os assuntos de economia e comunidade dos Kaifong, disse ao Jornal do Cidadão que o Governo tem um grande espaço para melhorar ao nível dos procedimentos administrativos para este tipo de pedidos, exigindo uma simplificação.
“De acordo com os resultados, algumas empresas têm problemas ao nível dos recursos humanos. Como é difícil recrutar locais, então têm dificuldades em ver aprovado um pedido de importação de trabalhadores”, explicou Lei Cheok Kuan.
O inquérito mostra que 15% das empresas entrevistadas continuam os seus negócios na Ilha da Montanha, o que significa que a maioria continua a querer desenvolver-se no território. 28,5% dos entrevistas mostraram uma perspectiva negativa para a economia local.

4 Fev 2016

Zheng Anting apela a um planeamento educativo integrado

Zheng Anting, deputado, questionou ao Governo sobre a fórmula a utilizar no planeamento educativo completo para o território, pedindo que o mesmo apresente um objectivo integrado.
“Alexis Tam, Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, defendeu, em Dezembro de 2015, que o número de finalistas das escolas secundárias iria diminuir de 5323 alunos – no ano lectivo 2013/2014 – para 3500. Em Macau, 10 institutos de educação superior temem a possibilidade de não receber candidatos suficientes, especialmente nos cursos de Contabilidade, de Desenho e de Finanças. Alguns vogais do sector educativo apontam que, até 2021, o número de finalistas de escolas secundárias baixe a barreira dos três mil alunos. Tendo em conta o desenvolvimento das instalações haverá falta de alunos, sendo que o equilíbrio entre a procura e o fornecimento será quebrado”, argumentou o deputado numa interpelação escrita, frisando que este é um “assunto ao qual o Governo deve estar atento”.
Perante a situação, o Governo deve prestar esclarecimentos sobre qual o planeamento desenvolvido, até agora, para a educação não superior, neste caso do ensino secundário.
“Queria saber se o Governo vai ter como base o planeamento educativo integrado da interior da China, ou seja, o esboço de planeamento nacional para a reforma e desenvolvimento educativo em médio e longo prazo (2010-2020), para formular um plano completo para o sistema educativo no território, envolvendo o ensino infantil, o não superior, o profissional e o especial”, apela o deputado.

4 Fev 2016

Fronteira | Chan Meng Kam quer novo posto até 2019

O deputado Chan Meng Kam questionou o Governo numa interpelação escrita sobre a coordenação de todas as obras públicas, incluindo o novo posto transfronteiriço entre Guangdong e Macau, esperando que este possa ficar concluído daqui a três anos.
“Será que o Governo pode garantir a conclusão do projecto em 2019, será que a concepção do projecto está correcta ou não?”, questionou Chan Meng Kam, sugerindo que se clarifiquem responsabilidades para a fiscalização da qualidade das obras.
O deputado pretende ainda saber se existe a possibilidade de implementar o modelo de passagem na fronteira de 24 horas, tal como tinha sido referido no relatório das LAG. “Em que fase é que essa proposta está, e como se pode coordenar com o novo modelo de passagem?”, apontou.
Chan Meng Kam considera que este será um projecto muito importante para as relações transfronteiriças e para desenvolver a zona norte de Macau, questionando o calendário para a sua entrada em funcionamento.
Em relação ao novo mercado abastecedor, o deputado lembrou que o Executivo prometeu que o projecto ficaria concluído em finais deste ano, contudo, o mais recente relatório das Linhas de Acção Governativa (LAG) refere apenas que o projecto está na fase de escavação do terreno. “Será que o mercado vai ficar concluído a tempo? Como é que a Nam Yue, de Guangdong, é a única entidade que administra e fiscaliza o projecto do novo espaço entre as duas regiões?”, questionou Chan Meng Kam.

4 Fev 2016

IC | Ung Vai Meng assume pouco poder do organismo cultural

O presidente do Instituto Cultural (IC), Guilherme Ung Vai Meng, negou que o instituto assuma um poder decisório no processo de classificação de bens imóveis de Macau. Em termos práticos, o presidente quis com isto dizer que apesar das várias sugestões da sociedade a última palavra será sempre do Governo.
As declarações aconteceram no programa Macau Talk, do canal chinês da TDM, ontem, onde o presidente aproveitou também para garantir que o organismo em causa tem capacidade para reparar o edifício nº1 da Rua da Barca. Guilherme Ung Vai Meng explicou ainda que a preservação do património é um trabalho da sociedade.
Até ao momento, apontou, foram realizadas 400 inspecções ao património, sendo que o trabalho de conservação, passando também pela sociedade, permite que a mesma se pronuncie sobre classificação do mesmo. Ainda assim, repara, mesmo com a chegada de sugestões durante o processo de classificação, a decorrer, não é o IC que tomará a decisão final.
“O importante é a participação dos residentes na classificação, só o público pode encontrar as conotações culturais dos edifícios históricos, como no caso do Hotel Estoril, o IC prefere a renovação do hotel para um complexo de jovens, por causa da Lei de Salvaguarda do Património Cultural, o Governo tem de respeitar as suas sugestões deles, e os cidadãos podem participar no trabalho de classificação.” exemplificou.

Reparação na Barca

Relativamente ao edifício da Rua da Barca, parcialmente destruído, Guilherme Ung Vai Meng garantiu que o organismo tem competência para a reparação do mesmo, permitindo a sua reconstrução, mesmo sem o telhado. “Depois da recuperação predial o público conseguirá saber o valor deste edifício”, avançou.
O presidente explicou ainda que a classificação não é um acto de confiscar as propriedades privadas – tal como alguns proprietários acusaram o IC -, mas sim um acordo necessário ao desenvolvimento da sociedade. Ao mesmo tempo, acha que a destruição dos edifícios patrimoniais não é melhor opção, sendo que a revitalização dos mesmos – depois de reparados – é o melhor caminho, podendo ser aproveitados para desenvolver o turismo.
O IC tomou a decisão de não iniciar a classificação para os dois prédios que estão ao lado do Centro Hospitalar Conde de São Januário, depois de ouvir a opinião dos Serviços de Saúde, acrescentou.
Tomás Chio

4 Fev 2016

Caso Dore | Governo cancelou reunião com lesados

O director da Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), Paulo Chan, cancelou o encontro que estava agendado com os lesados do caso Dore, já que a empresa junket garantiu que irá resolver a questão. Ip Kim Fong, porta-voz dos investidores, confirmou ao HM no passado domingo que estava marcada uma reunião com a DICJ. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, a DICJ prometeu que vai continuar a observar o caso e verificar se a Dore vai de facto contactar os lesados. Tudo isso para decidir se haverá nova reunião com os investidores depois do Ano Novo Chinês. Ip Kim Fong disse ao canal chinês da Rádio Macau que concorda com o cancelamento do encontro, mas a verdade é que a Dore ainda não contactou as vítimas do caso. A empresa junket explicou, numa declaração publicada no jornal Ou Mun na semana passada, que parte das contas envolvidas no extravio de 300 milhões de dólares de Hong Kong já foram analisadas, tendo garantido o contacto junto dos seus titulares.

3 Fev 2016

Habitação | CEM já entregou proposta de saída de central térmica

A Companhia de Electricidade de Macau (CEM) já entregou ao Governo a proposta para a saída das instalações da actual central térmica que a concessionária ocupa na Avenida Venceslau de Morais. Numa resposta ao deputado Si Ka Lon, o director dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), Li Canfeng, garantiu que o Executivo vai agora avançar com o planeamento da construção de mais um edifício de habitação pública neste local.
“O Governo ainda está a discutir com a CEM sobre a utilização do terreno na Venceslau de Morais tendo a empresa garantido que vai desocupar o terreno, e já entregou uma proposta para a sua saída”, disse Li Canfeng.
A proposta da CEM visa a destruição das actuais instalações, a limpeza e descontaminação do solo, estando ainda prevista uma avaliação do impacto ambiental do edifício. A CEM pretende ainda que o Governo dê o aval para a melhoria das infra-estruturas da central térmica de Coloane.
A DSSOPT promete ainda resolver o problema da concessão de um terreno localizado na zona oeste do Cotai, o qual poderá servir para construir mais duas mil fracções de habitação pública. Li Canfeng prometeu tornar públicas todas as novidades sobre o projecto.

3 Fev 2016

Turismo | Docente sugere mais guias para bairros históricos

Lam Fat Iam, professor do Instituto Politécnico de Macau (IPM) e membro do Conselho do Património Cultural disse ao jornal Ou Mun que o Governo deveria colaborar com as associações do sector do turismo no sentido de implementar guias turísticos nos bairros comunitários, incluindo os espaços históricos junto ao Leal Senado e às Ruínas de São Paulo.
“Os bairros antigos que ficam ao lado da Avenida Almeida Ribeiro e do Leal Senado estão cheios de turistas, por isso o Governo deveria realizar mais actividades nessas zonas, por exemplo junto aos edifícios da Casa de Penhores Tak Seng On ou da biblioteca Tung Sin Tong”, referiu.
Lam Fat Iam lamentou o facto do Festival das Luzes não ter decorrido junto aos bairros antigos, lembrando que os edifícios acima referidos também têm o seu valor histórico e cultural. “A Casa de Penhores Tak seng On abriu de forma gratuita aos turistas no primeiro dia deste ano, e segundo dados do Instituto Cultural houve cerca de seis mil visitantes, número recorde. Isso prova que a Casa de Penhores é um elemento cultural muito importante para o turismo de Macau”, frisou.
Para além disso, o docente do IPM defende que estes lugares deveriam ser incluídos na futura edição do programa “Sentir Macau passo-a-passo”. “O Governo deve reforçar a promoção e realizar mais actividades para atrair mais turistas, por forma a promover a diversidade do turismo”, disse.
Lam Fat Iam referiu ainda que, como plano a longo prazo, poderia considerar-se a distribuição dos turistas pelas ruas de menor dimensão dos bairros antigos. Contudo, o académico acredita que o Governo tem de melhorar as instalações nesses locais.

3 Fev 2016

Finanças | Gastos de todos os serviços públicos analisados

Chong Seng Sam, subdirectora dos Serviços de Finanças (DSF), confirmou que a entidade está a avaliar os gastos de todos os departamentos públicos, semanas depois do Comissariado de Auditoria (CA) ter apontado o dedo aos gastos feitos com adjudicações sem concurso público para a realização de estudos.
“A DSF está a analisar os dados dos gastos de todos os organismos públicos nos últimos anos, e vamos ter em conta a experiência de Hong Kong”, explicou a responsável ao Jornal do Cidadão.
Chong Seng Sam prevê que o estudo das instruções pode estar concluído no primeiro semestre deste ano, estando a ser pensada a sua implementação ainda em 2016. A responsável defendeu que os departamentos devem utilizar os cofres públicos de acordo com as instruções.
A subdirectora da DSF disse que irão ser criadas regras para uma melhor regularização dos gastos, sendo que o Governo pretende continuar com as medidas de austeridade implementadas devido às quebras no sector do Jogo. A responsável garantiu que, através da nova proposta da Lei de Enquadramento Orçamental será possível criar instruções e estimativas mais científicas para a elaboração dos orçamentos.
O novo diploma vai ainda confirmar os princípios da “eficácia, eficiência e economia”, levando a Função Pública a fazer mais com menos dinheiro. A subdirectora da DSF avançou que as instruções vão regulamentar a atribuição de subsídios e despesas com viagens oficiais.

2 Fev 2016

Sónia Chan | Funcionários públicos não ganham mais do que sector privado

A Secretária para a Administração e Justiça defende que os trabalhadores não têm salários mais altos na Função Pública face ao sector privado, garantindo que o plano completo para a fusão dos departamentos será conhecido este ano

Sónia Chan, Secretária para a Administração e Justiça, deu uma entrevista ao jornal Ou Mun onde considera que os salários pagos na Função Pública não são mais elevados do que no sector privado. “Os dados do Governo mostram que nos últimos dois anos a percentagem do aumento dos funcionários públicos são de 6,76% e 2,53%, enquanto que o aumento nas empresas privadas foi de 7,33% e 8,36%. Não é fácil concluir o trabalho do aumento salarial por categorias e é algo complicado, mas o Governo vai rever as carreiras gerais este ano, estando a estudar quais as carreiras que vão sofrer aumentos em função das categorias de trabalhadores”, explicou.
A Secretária garantiu que a mão-de-obra no Governo não vai sofrer cortes, não estando previsto um limite ao número de funcionários públicos. Segundo dados do Governo divulgados o ano passado, o número actual de trabalhadores é de 32 mil, tendo sido recrutadas mais 600 pessoas em 2015.
“As medidas para optimizar a governação visam aumentar a eficácia administrativa e judicial, mas alguns departamentos governamentais pediram para aumentarem os recursos humanos, e outros vão precisar de mais trabalhadores depois da fusão, pelo que o Governo vai considerar as diferentes realidades na hora de recrutar”, referiu Sónia Chan.
Sem avançar com um limite de funcionários a contratar, a Secretária apenas falou dos cerca de três mil profissionais de saúde para o novo hospital público, sem esquecer os funcionários para a gestão das novas águas territoriais.
A nível da produção legislativa, a Secretária prometeu criar um mecanismo que permita a decisão e o planeamento sem que as leis fiquem paradas, estando prevista a contratação de mais profissionais na área do Direito para a formação de uma equipa.

Plano este ano

Questionada sobre o processo de fusão dos departamentos públicos, Sónia Chan garantiu que este ano será tornado público. “O plano de fusão dos departamentos governamentais para os próximos dois anos vai ser divulgado este ano. Para essa fusão, o Governo vai trabalhar objectivamente e por enquanto não estamos preocupados com o número de departamentos que vão ser alvo de reorganização”, disse.
Sónia Chan admitiu que o “regime da Função Pública tem muito espaço para melhorar”, sendo que “a reforma para o regime tem de responder ao desenvolvimento da sociedade e tem de facilitar o processo administrativo. A reforma será um plano de longo prazo para concluir daqui a cinco anos”, frisou.
A Secretária garantiu que os funcionários públicos em Macau têm revelado dedicação, especialmente depois da transferência de soberania. Como exemplo, Sónia Chan referiu que “a Direcção dos Serviços de Identificação recebeu 97 comentários positivos, mais 30% do que as reclamações. Nos restantes departamentos do Governo também existe muita dedicação”, rematou, negando que os funcionários públicos tenham um trabalho burocrático e rígido.

2 Fev 2016