Tomás Chio SociedadeMetro | Mais carruagens para a linha de Seac Pai Van [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Gabinete de Infra-estruturas de Transportes (GIT) defendeu, em resposta ao deputado Si Ka Lon, que a compra de mais carruagens para o metro ligeiro se destina à linha que vai funcionar em Seac Pai Van. A entidade prometeu controlar as despesas de manutenção das mesmas, tendo ainda assegurado a conclusão de todos os processos referentes aos concursos públicos da 1ª fase do metro ligeiro. “Os materiais adquiridos destinam-se à linha de Seac Pai Van. Para responder ao aumento do número de passageiros no futuro, essa compra foi incluída no planeamento do desenvolvimento do metro ligeiro. Embora não tenhamos um calendário para a sua entrada em funcionamento, o Governo teve em conta as sugestões feitas pelos consultores do projecto, com vista a garantir o desenvolvimento a longo prazo”, disse Ho Cheong Kei, coordenador do GIT. “O Governo já reuniu com a empresa que irá fornecer as carruagens por forma a adiar a data de entrega, para que possamos diminuir as despesas de manutenção”, referiu Ho Cheong Kei. O GIT está ainda a preparar a “revisão dos documentos do concurso para a prestação de serviços de operação e manutenção da 1ª fase do metro ligeiro e assistência técnica” em conjunto com os empreiteiros. Isto porque, segundo explicou Ho Cheong Kei, havia incertezas quanto ao traçado da península de Macau, sendo ainda feitas mais análises técnicas ao nível da fiscalização. O deputado Si Ka Lon havia exigido na sua interpelação escrita explicações junto do Governo quanto à compra de carruagens extra para o sistema do metro ligeiro, apontando ainda para a ausência de um calendário para o projecto.
Tomás Chio PolíticaConselhos Consultivos | Nomes repetem-se em mais de três órgãos [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]jornal chinês All About Macau noticiou ontem a nomeação de Paulo Tse para o Conselho de Renovação Urbana, referindo que Chui Sai On, Chefe do Executivo e responsável pela nomeação, não cumpriu a sua promessa feita o ano passado, quando disse que um membro não podia pertencer a mais do que três Conselhos Consultivos. Paulo Tse já é membro de quatro. O jornal chinês referiu que, por norma, os despachos publicados em Chinês no Boletim Oficial (BO) devem mostrar os nomes chineses das pessoas nomeadas, mas que no caso do despacho que ditou a nomeação de Paulo Tse havia apenas uma referência ao apelido. A All About Macau questiona a razão por não ter sido revelado o nome chinês, lembrando que mais de metade da lista de nomeados são empresários ou ligados ao sector imobiliário, o que pode levar a sociedade a pensar que haverá um maior controlo dos projectos por parte destes membros. O artigo aponta para o facto do dirigente de Macau ter quebrado a sua promessa política e que tal pode constituir “um grande choque para os cidadãos”. O All About Macau lembrou que esta não é a primeira vez que Chui Sai On quebra o seu compromisso e volta a nomear as mesmas pessoas para estes cargos. No caso do Conselho de Renovação Urbana já terão sido nomeados dois membros que estão em mais três órgãos consultivos, sendo eles o advogado Paulino Comandante e Andy Wu Keng Kuong, secretário da Associação de Indústria Turística. Aquando da apresentação das Linhas de Acção Governativa (LAG), Chui Sai On garantiu que um membro de um Conselho Consultivo não podia ser nomeado para mais do que três órgãos, com um limite temporal de três anos. O HM tentou pedir esclarecimentos sobre o caso, mas até ao fecho desta edição não foi possível.
Tomás Chio BrevesWynn | Deputada questiona recrutamento na China A deputada Kwan Tsui Hang interpelou o Governo sobre uma sessão de recrutamento que uma operadora de Jogo realizou recentemente no interior da China, sendo que já havia realizado uma sessão em Macau. Ao que o HM apurou, foi a Wynn que levou a cabo a sessão, a fim de recrutar para o seu empreendimento no Cotai, o Wynn Palace. Para a deputada, que no hemiciclo representa a Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), a situação não é clara e esta questiona quais os mecanismos que o Governo possui para fiscalizar o caso. A primeira sessão de recrutamento terá ocorrido em Macau em meados de Fevereiro, tendo nela participado 700 locais para preencher 70 vagas, a qual recebeu o apoio da FAOM. Perante isto, Kwan Tsui Hang pretende saber se o Governo já tinha aprovado a quota para trabalhadores não residentes para esta operadora de Jogo antes desta ter promovido a sessão de recrutamento, exigindo mais medidas para proteger o trabalho dos residentes. “O Governo refere todos os dias que promove o emprego para os trabalhadores locais, mas como é que garante que os residentes têm prioridade em ser promovidos para cargos superiores depois da sua formação?”, apontou.
Tomás Chio Manchete SociedadeColoane | Novo Macau denuncia alterações à medida e chama pelo CCAC [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Associação Novo Macau pediu a intervenção do Comissariado contra a Corrupção (CCAC) numa investigação ao projecto de luxo que poderá nascer no Alto de Coloane, na Estrada do Campo. O grupo diz ter documentos que poderão apresentar irregularidades e alterações feitas à medida para que o projecto fosse aprovado. A Novo Macau diz, por exemplo, que as restrições à construção em altura na zona onde poderá nascer o empreendimento foram “eliminadas” em 2012. Em 2007, afirma, o máximo permitido para a altura da construção no lote era de 11,6 metros, mas em 2012 a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) terá aprovado uma planta para o projecto que permitia a construção até cem metros, sendo que esta tinha a duração de um ano. É aqui que as suspeitas da Novo Macau surgem. “Há alguma ilegalidade administrativa neste processo? Queremos que o CCAC analise esta questão. Poderá haver alguma situação de favorecimento?”, questionam, ao mesmo tempo que pedem que o processo de aprovação para a construção seja suspenso. Além destes dados, a Novo Maca relembra ainda que, apesar de ter estado limitada a um ano, a planta ainda se mantém válida e diz que o anteprojecto da construção foi aprovado em 2013, para que, “talvez, o construtor pudesse começar a obra antes da entrada em vigor da Lei de Salvaguarda do Património Cultural e da Lei do Planeamento Urbanístico”. Pressões múltiplas Recorde-se que o Governo assegurou ao HM que ainda não há condições para que a licença de obra seja emitida, uma vez que o construtor – a empresa de Sio Tak Hong – ainda não apresentou um projecto. Na edição de ontem deste jornal, foi anunciado que o lote não se encontra dentro da área de protecção de Coloane e também que, como é um terreno que serve para aproveitamento de propriedade perfeita, não tem de ser publicada em Boletim Oficial a sua adjudicação. A DSSOPT ainda não deu aval total para o projecto avançar, mas a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental já assegurou que o relatório de avaliação ao impacto no ambiente – feito pela empresa – mostra que não há problemas. Ontem, no dia em que a Novo Macau entregou o pedido de investigação ao CCAC, o grupo “Love Macau” entregou uma carta ao Chefe do Executivo que apela à protecção do “pulmão de Macau” e pede também a suspensão do projecto. Também o presidente da Novo Macau, Scott Chiang, disse ser urgente que tanto a população, como associações locais se unam na defesa de Coloane antes que “seja destruída por promotores imobiliários” e pelo Governo. Scott Chiang pede ainda ao Chefe do Executivo que não permita construções em Coloane até que haja um plano de manutenção da zona.
Tomás Chio PolíticaLionel Leong | “Diversificação económica tem de acontecer” [dropcap style=’circle’]M[/dropcap]esmo que seja difícil, a diversificação económica vai acontecer. É o que garante Lionel Leong, Secretário para a Economia e Finanças e também deputado de Macau à Assembleia Popular Nacional (APN), que assegurou em Pequim que Macau vai enveredar por um caminho além do Jogo. O Secretário assegura ter na manga dois pontos estruturais principais para a promoção da diversificação económica, sendo o primeiro “a construção de um ambiente social mais agradável para a diversificação económica” e o segundo “reforçar as vantagens que Macau tem e evitar as suas desvantagens”. “A RAEM está a encarar um declínio económico e a melhoria não surgirá a curto prazo, portanto, o Governo tem a responsabilidade de cooperar com toda a sociedade para aperfeiçoar a estrutura industrial de Macau, porque a queda [das receitas] é uma oportunidade. Depois temos de desenvolver [as medidas] ‘um centro e uma plataforma’, que podem empurrar a diversificação, melhorar a qualidade dos serviços e cativar mais industrias novas”, disse o responsável. Lionel Leong sublinhou ainda que o Governo Central pode ajudar Macau nesta diversificação, atraindo mais exposições para o território, oferecendo mais facilidades na inspecção de produtos que chegam ao território, especialmente face aos bens provenientes dos países lusófonos, e ainda criando uma reunião anual financeira luso-chinesa. O Secretário admitiu em Pequim que há “uma ânsia entre a sociedade” de ver um desenvolvimento económico mais diversificado. Portanto, diz, “mesmo que seja difícil, Macau tem de acelerar a promoção da diversificação da economia”. Mais apoio para os investimentos jovens e atrair empresas de fora para colaborarem com as locais são outras das medidas que Leong diz poderem vir a ajudar a mudar o rumo económico de Macau.
Tomás Chio BrevesPearl Horizon | Proprietários querem saber das compensações A União de Proprietários do Pearl Horizon publicou uma declaração no Jornal Ou Mun onde acusa a Polytec de não ter cumprido a promessa de atribuição de compensações. A empresa comprometeu-se a 4 de Março a lançar uma compensação para os pequenos investidores do edifício que nunca chegou a ser construído, mas a data passou sem que, de acordo com a nota da União, isso tivesse acontecido. Os investidores acusam a empresa de falta de sinceridade e apelam a que anuncie uma proposta de compensação antes do dia 30 deste mês. “A Polytec já prometeu que ia lançar um proposta de compensação aos [pequenos] proprietários a 4 de Março” pode ler-se na declaração, onde se indica ainda que esta é a segunda vez que a empresa falha com esta promessa. Na declaração, a União diz ainda suspeitar que a empresa já tenha utilizado todo o dinheiro dos pagamentos feitos pelos promitentes-compradores, porque “encontraram centenas de trabalhadores à frente do terreno”, nestes últimos dias. Estes, dizem, estarão a reivindicar salários. A falta de atribuição da compensação pode estar a dever-se ao facto dos manifestantes terem destruído propriedades da empresa e interrompido jantares da equipa, algo que levou a Polytec a dizer que vai pedir uma avultada indemnização e fazer uma queixa judicial. Ainda assim, os representantes da União consideram que os pedidos de compensação sempre foram feitos de “forma racional”, levando até a que a empresa se comprometesse a pagar algo.
Tomás Chio SociedadeTráfego | Governo quer enviar carros abandonados para Cantão [dropcap style=’circle]A[/dropcap] Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) está a estudar a possibilidade de transferir os carros abandonados para Cantão. Já os membros do Conselho Consultivo dos Serviços Comunitários das Ilhas defendem que os donos dos veículos fora de circulação devem pagar mais pela manutenção da sucata e o reboque dos carros, apontando que os veículos velhos podem causar um problema de saúde pública. Segundo o jornal Ou Mun, Kou Kun Pang, membro do Conselho, explicou que a DSAT “vai estudar o planeamento da transferência dos carros abandonados da zona das ilhas para Cantão, sendo que neste momento o planeamento não passa de uma ideia preliminar, não existindo um calendário”. O Conselho espera poder avançar mais detalhes ainda este ano. Lo Wa Kit e Leong Meng Ian, também membros do grupo, consideram que a situação dos veículos abandonados é muito grave nas ilhas, especialmente na zona ao lado da escola de condução, em Coloane. Os responsáveis alertam para o facto destes carros estarem naquele espaço há mais de cinco anos, o que trouxe mais mosquitos e insectos para a área, esperando que o Governo tenha mais preocupação em relação a este assunto. O Conselho referiu ainda que a DSAT já tratou de mais de cinco mil veículos abandonados nos últimos anos, mas devido ao facto do período de inspecção dos veículos ter sido cortado, o número de carros abandonados vai continuar a ser grave, com tendência a aumentar.
Tomás Chio SociedadeTerrenos | Associação exige publicação de informações [dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Associação de Estudos Sintético Social de Macau pediu ao Governo para tornar públicas mais informações sobre os terrenos que estão a ser desenvolvidos, por forma a melhorar a política de reserva de terras. Numa carta publicada no Jornal do Cidadão, a Associação lembrou que na concessão da maioria dos terrenos foi usado o sistema de prémios, com excepção de um terreno na zona do Fai Chi Kei, o qual foi concedido através de concurso. Para a associação, isto faz com que existam irregularidades. “O Governo de Hong Kong divulga os dados dos terrenos desenvolvidos para que os seus cidadãos possam reagir ao mercado imobiliário e realizar os seus planos de vida. A maioria dos terrenos em Hong Kong foi concedida de forma transparente, através de concursos”, pode ler-se na carta. A Associação defende que os residentes não têm acesso a uma plataforma com todos os dados sobre os terrenos, referindo que o Governo de Hong Kong encara como prioridade a divulgação de informação junto da sociedade, apesar dos processos dos terrenos serem diferentes em relação a Macau. Na carta é ainda referido que Macau já possui mais 85 quilómetros quadrados de área marítima para gerir, pelo que é importante ter mais dados para poder responder aos pedidos de habitação no futuro.
Tomás Chio SociedadePearl Horizon | Polytec faz acusações. Quatro pessoas detidas A Polytec vai interpor acções judiciais contra investidores do Pearl Horizon e vai mesmo pedir compensações por danos [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] grupo Polytec publicou uma declaração no jornal Ou Mun onde acusa alguns investidores do edifício Pearl Horizon de terem violado “muitas vezes” os seus projectos e eventos. A Polícia de Segurança Pública (PSP) deteve esta quarta-feira quatro pessoas por terem bloqueado uma das entradas do terreno que pertencia à empresa, na Areia Preta. Na declaração, a construtora de Hong Kong acusa os proprietários de já terem provocado vários desacatos, incluindo o protesto no jantar de Primavera da empresa, a 26 de Fevereiro, bem como outro protesto ocorrido num evento a 24 do mesmo mês. O Grupo Polytec garantiu que vai recorrer aos tribunais para punir os autores dos desacatos e assegura que vai fazer um pedido de “avultadas indemnizações”. Para a empresa, o bloqueio de uma das entradas do terreno, revertido à Administração o ano passado, constituiu “uma quebra da segurança e uma ameaça à vida dos trabalhadores”, sem esquecer o direito dos construtores e dos proprietários. “Respeitamos o seu direito de manifestação, mas o abuso, violações e destruição não são actos aceites por nós. Queremos que os manifestantes ajam de forma racional”, apontou a empresa na declaração. O Grupo Polytec garante que está a concentrar a sua atenção no processo judicial do Pearl Horizon e que vai dar explicações aos promitentes-compradores. Elas bloqueiam O bloqueio da entrada principal do terreno aconteceu esta quarta-feira, apesar da polícia ter aconselhado os manifestantes a saírem do local, por estar em causa a segurança dos trabalhadores. A PSP prendeu três mulheres e um homem, com idades compreendidas entre os 37 e os 58 anos, que já foram enviados ao Ministério Público (MP) para prestar declarações. Entretanto, o grupo de proprietários do Pearl Horizon já veio defender que o protesto ocorrido no jantar de Primavera da empresa não foi uma decisão de todo o grupo mas apenas de alguns proprietários. Na manhã de ontem mais de cem investidores reuniram-se em frente ao terreno, num protesto aprovado por todos, incluindo pelas autoridades policiais, e que deverá manter-se até ao dia 18 de Março.
Tomás Chio SociedadeRecursos Humanos | Agência prevê aumentos salariais de 3% [dropcap style=’circle’]L[/dropcap]ei Pui Sze, directora da empresa de consultadoria em recursos humanos Zhong Jiang, disse ao jornal Ou Mun que poderão existir aumentos salariais na ordem dos 3% este ano, sobretudo nos sectores da hotelaria e construção civil, as áreas onde mais faltam trabalhadores. A responsável garantiu que a quebra económica registada no último ano não vai influenciar estes aumentos, que deverão acontecer pelo facto da maior parte dos empreendimentos ficarem concluídos. “Uma parte das empresas de Macau não aumentou os salários dos seus funcionários e muitas delas fizeram uma actualização por baixo porque os seus negócios não correram bem. Muitos empregados despediram-se dos seus trabalhos depois de terem obtido o bónus da empresa, por isso prevê-se um elevado movimento no mercado de recursos humanos depois do Ano Novo Lunar”, apontou. Lei Pui Sze garante que houve mais rigor na contratação de trabalhadores não residentes, o que levou a que muitas obras tenham registado falta de mão-de-obra. Na área hoteleira, os hotéis de cinco estrelas não sentiram pressão ao nível dos recursos humanos, ao contrário dos hotéis de categorias mais baixas, que notaram uma falta de trabalhadores na área da reparação e da limpeza. A directora da empresa Zhong Jiang garante que os trabalhos de escritório são os mais procurados pelos jovens, que querem adquirir experiência para depois tentarem entrar na Função Pública.
Tomás Chio Manchete PolíticaAnimais | Recuo no uso de açaimes. Casos especificados na lei O Governo já decidiu. O uso de açaimes será obrigatório para cães com ou mais de 23 quilos, raças perigosas ou que já tenham cadastro de agressividade. Depois de muita contestação, o Governo elaborou um estudo que define quem tem ou não de usar [dropcap style=’circle’]D[/dropcap]epois de ser levantada a hipótese da proposta de Lei de Protecção dos Animais definir que todos os cães deveriam usar açaime nos espaços públicos, o Governo vem acalmar as vozes que se levantaram contra a sugestão. “Os cães com peso igual ou superior a 23 quilos terão de usar açaime (…), bem como os cães de raças perigosas (…) e cães com cadastro de ataque”, esclareceu Kwan Tsui Hang, presidente da 1.ª Comissão Permanente, grupo responsável pela análise da proposta na especialidade, que adiantou ainda que o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) realizou um estudo sobre o assunto. “Ouvimos muitas opiniões da sociedade e por isso o IACM fez um estudo. (…) Neste documento é sugerido que só determinados cães precisem de usar açaime”, indicou. Seguindo a proposta anterior o IACM explica que o uso da placa atribuída ao cão após o seu registo poderá funcionar como identificação. O Governo sugere, por isso, que no caso de cães perigosos ou com cadastro esta placa seja “de alguma cor”, sendo que está apontada ser de “cor vermelha”. “Os cães com este tipo de placa terão de usar açaime nos espaços públicos”, explicou a deputada, indicando que depois de ouvir as alternativas do Governo, a Comissão entende que as mesmas são “viáveis”. Verdades universais Os resultados do estudo, cedido ao HM em versão chinesa, indicam que “a implementação do uso de açaime em todos os cães, em espaços exteriores, ou o uso da jaula é difícil de aceitar e de ser compreendido pelos donos dos animais. Para os cães, usar açaime não é confortável e o mau uso pode causar danos directos aos animais. Por exemplo, a humidade e o calor no Verão podem levar a dificuldades respiratórias e falta de oxigénio, não sendo impossíveis os casos de insolação ou doença cardiovascular. Em casos em que o cão se perde, estando a usar o açaime, poderá levá-lo até à morte. Para os cães de idade avançada, doentes, sem dentes, cães muito dóceis, ou cães de guia, usar açaime poderá não ser a melhor opção”. O mesmo estudo indica que a aplicação da obrigação do uso de açaime por todos os cães poderá levar a que os donos deixem de os passear, deixando-os sempre fechados em casa. “Alguns estudos feitos já demonstraram que os cães precisam de contacto social regularmente, caso contrário podem ganhar fobias e chegar a atacar quando saem à rua”, aponta o documento. O IACM confirmou que, depois da última reunião com a Comissão, recebeu várias opiniões da população contra o uso obrigatório do açaime. As opiniões, cita o Instituto, caracterizavam a possível medida de “irracional”, violando “o princípio de protecção para os animais”, chegando até a “feri-los”. “No dia 27 de Fevereiro de 2016 algumas associações de protecção aos animais criaram uma página nas redes sociais contra o pedido de açaime para todos os cães. Até às 21h00 do dia 1 de Março, 3400 pessoas acederam ao movimento pedindo a retirada desta exigência”, pode ler-se ainda no estudo do IACM. Conhecer para saber No mesmo estudo, o IACM indica ainda que “a causa de muitos ataques dos cães deve-se à falta de conhecimento da sociedade”, algo que não deveria actualmente acontecer porque a mesma instituição já “organizou vários seminários e distribuiu folhetos para que a sociedade saiba lidar com os cães”. “Quando a sociedade souber lidar com os animais os ataques vão diminuir”, garante ainda o estudo. Numa decisão final, o Governo propõe que só estes três tipos de cães usem o açaime, sendo que é necessário que estejam acompanhados por maiores de 18 anos. Ao mesmo tempo, a proposta define uma punição de duas mil patacas para os donos que não cumpram a lei. Durante a reunião de ontem, a Comissão pediu ainda que, apesar das disposições já definidas nos Códigos Civil e Penal, sejam introduzidas normas, nesta proposta, que garantam a protecção das vítimas de ataques dos animais. “Para que as vítimas saibam o que podem fazer”, rematou. Ao que o HM apurou, alguns casos tidos como “ataques” dizem respeito a cães que “assustaram as pessoas por terem ladrado agressivamente”, ainda que não tenham tido contacto.
Tomás Chio BrevesPedido sistema legal de publicação de informações Si Ka Lon apontou o dedo ao Governo por considerar que ainda não há qualquer sistema que permite aos organismos públicos divulgar informação governamental, mesmo que este já tenha sido um pedido feito por diversos deputados e prometido pelo Governo. O deputado quer que o Executivo implemente um sistema, através de legislação, para que o público tenha acesso a informações que deveriam ser publicadas. “O Governo ainda não tem um sistema para divulgar informação governamental, como os conteúdos de contratos de compras e adjudicações feitas pelos serviços públicos e as decisões que serviram de base a medidas que vão ser implementadas pelo Governo. Como é que o Governo cumpre o princípio que defende, de ser transparente, ter como base a população e primar pela verdade?”, atira o deputado. Si Ka Lon também considera que, apesar de estar previsto no Código do Procedimento Administrativo, que este tipo de informação deve ser divulgado, isso não acontece porque não existe, de facto, uma lei que o exija. Daí que se revele apenas, informação já escolhida. “O Governo vai rever esta questão? Vai melhorar o sistema de divulgação, como nos EUA, onde já há uma lei que exige que sejam publicados estes dados?”
Tomás Chio BrevesHo Ion Sang quer saber taxa de desocupação de casas O deputado Ho Ion Sang entregou uma interpelação escrita ao Governo onde exige dados sobre a taxa de desocupação de imóveis, bem como a criação de um índice para o sector imobiliário, algo que iria contribuir para uma maior transparência. “A fim de evitar um comportamento irracional dos consumidores, o Governo possui dados científicos para planear medidas de controlo do mercado imobiliário? Será que o Governo consegue melhorar o sistema de informações?”, questionou. Ho Ion Sang, também presidente da União Geral das Associações de Moradores (UGAMM, ou Kaifong), citou dados dos censos de 2011, que referiam uma taxa de desocupação de casas de 9,7% com base nos dados de consumo de electricidade, o que se traduz em 22430 imóveis. Contudo, os Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) garantem que não existem informações sobre a desocupação de fracções para habitação ou espaços para lojas, em resposta à última interpelação do deputado. Citando dados de um estudo da consultora imobiliária Jones LangLaSale, Ho Ion Sang lembrou que Macau teve apenas 3,65 pontos no índice de transparência, tendo ficado no 71º lugar entre 102 países e regiões. O grau de transparência situou-se entre os 3,13 e 3,65 pontos nos últimos nove anos (entre 2009 e 2014). “Os dados da Jones LangLaSale mostram que o mercado imobiliário não está desenvolvido o suficiente, que a lei não é completa e que as informações não são suficientes para o público”, rematou.
Tomás Chio SociedadeSaúde | Sugerida faculdade do exterior para gerir Hospital das Ilhas Não só pelo dinheiro, mas pela “maior qualidade”. Tong Ka Io defende que o novo hospital das ilhas deveria ser gerido por alguém de fora [dropcap style=’circle’]T[/dropcap]ong Ka Io, secretário da Associação de Política de Saúde de Macau, sugere que o Governo convide uma Faculdade de Medicina de uma universidade estrangeira “reconhecida” para administrar o complexo hospitalar das Ilhas. A ideia, diz, não é só para contratar alguém com experiência, mas para que haja “uma diminuição” das despesas na área da saúde. Tong Ka Io indicou que os Serviços de Saúde (SS), responsáveis pela gestão de todos os centros de saúde de Macau e do hospital Conde de São Januário, estimam um orçamento de cerca de sete mil milhões de patacas para a construção do novo hospital público, mas de acordo com o calendário do Governo, o hospital das Ilhas será concluído em 2019 e o orçamento irá, diz, duplicar. “Se o Governo quer uma despesa mais baixa e uma melhoria nos serviços prestados, então deve convidar uma Faculdade de Medicina conhecida de alguma Universidade estrangeira para coordenar e administrar o complexo”, apontou. “É como a Universidade de Sun Yat-sen que, para responder aos pedidos do Governo de Cantão, já administra dois hospitais, um em Zhuhai e outro em Humen. Trabalha em conjunto com os governos locais. E a Universidade de Hong Kong também gere um hospital em Shenzhen”, exemplificou. O responsável da Associação, que já foi membro dos Serviços de Saúde, avançou ainda que, caso uma faculdade faça a gestão do complexo, novas teorias e métodos de medicina serão trazidos para Macau. Por outro lado, diz, “algumas famílias mais ricas, que queiram um serviço de saúde com uma qualidade de nível mais alto, podem ir ao complexo, local onde se pode oferecer um bom serviço com tarifas mais altas”. Isto poderá diminuir o apoio financeiro necessário por parte do Governo, defende. Tong Ka Io rematou dizendo que a ideia defendida por si traz ainda mais valias no que respeita à formação de profissionais, pois, aponta, o nível de serviços que a faculdade escolhida deve trazer deverá ser reconhecida internacionalmente. “Os locais podem aprender mais durante a sua gestão”, rematou. Tong Ka Io não indica, contudo, se esta ideia fará com que o complexo das ilhas se torne privado, fazendo com que Macau continue apenas com um hospital público.
Tomás Chio SociedadeRendas | Associação defende que limites trazem “mais competição” Ip Kin Wa, presidente da Associação Geral do Sector Imobiliário de Macau, enviou uma carta ao jornal Ou Mun onde defende que o controlo dos aumentos das rendas vai destruir o sector imobiliário, agravando a competição. Para Ip Kin Wa, a imposição de limites nas rendas vai fazer com que os proprietários acabem por habitar mais as suas casas ou que decidam arrendá-las mas apenas por um período de um ano. Para o responsável, isso levará a um menor número de casas para arrendar no mercado e uma subida contínua da renda ou, por oposição, a mudanças anuais de casa. Os arrendatários vão procurar outra maneira para discutir o valor da renda, porque acreditam que os proprietários nunca vão baixar esse valor, defendeu na carta. Ip Kin Wa referiu que a imposição de limites aos aumentos das rendas é uma política que já foi implementada em muitos países estrangeiros, mas defendeu que “arrendatários e proprietários não tiram partido” da medida. “A economia de Macau está numa situação de declínio neste momento e as rendas já baixaram cerca de 30%. Se o Governo limitar o aumento das rendas, o Governo vai também fixar um limite para a quebra das rendas?”, questionou. Ip Kin Wa deu como exemplo as consequências negativas de outros diplomas. “No caso da Lei do Salário Mínimo, os trabalhadores de segurança mais velhos foram substituídos por pessoas mais jovens”, exemplificou. O responsável defendeu ainda que a exigência de um contrato de arrendamento reconhecido pelo notário é uma medida que causa “incómodo”. “O recurso ao notariado traz mais gastos para os proprietários e arrendatários. Os mediadores das agências têm de lidar com mais documentos e isso aumenta o volume de trabalho nos cartórios notariais”, rematou.
Tomás Chio BrevesEx-chefe da DSSOPT obrigado a aposentar-se Teng Si Un, agora ex-chefe de Departamento de Planeamento Urbanístico da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transporte (DSSOPT), foi forçado a aposentar-se em Janeiro. Num despacho da DSSOPT, publicado em Boletim Oficial, o Governo indica que a aposentação de Teng aconteceu já desde 22 de Janeiro. “Teng Si Un, técnico superior assessor, 3º escalão, foi desligado dos serviços para efeitos de aposentação obrigatória por incapacidade permanente e absoluta para o exercício de funções públicas”, pode ler-se. O ex-chefe é suspeito de ter influenciado projectos de acordo com a sua escolha pessoal e, segundo a rádio, de ter adicionado informação a documentos para que não fosse obrigado a contribuir para a pensão de aposentação. Teng Si Un apresentou um recurso no Tribunal de Última Instância no ano passado, mas o Tribunal julgou-o improcedente. Teng Si Un foi promovido a Chefe de Departamento de Planeamento Urbanístico em 2004 e no dia seguinte à sua promoção, o Governo permitiu o aumento da altura do edifício localizado ao lado do Pearl on the Lough, na Taipa. Este terreno está ligado ao caso de corrupção de Ao Man Long, o ex-Secretário para os Transporte e Obras Públicas que está actualmente preso. Nas agendas do ex-Secretário, terá aparecido o nome de Teng Si Un, que é também filho de Teng Man Lai, réu no processo da Rua do Padre João Clímaco.
Tomás Chio Breves Residente de Hong Kong preso por “assédio” Um homem de Hong Kong foi preso depois de ter assediado pelo menos cinco estudantes no Fai Chi Kei. O suspeito, um projectista a trabalhar em Macau e com 37 anos, foi preso pela PSP, tendo sido mandado ao Ministério Público. De apelido Fong, o homem é suspeito de “ofensa à integridade física”, depois de, no início desta semana, ter perseguido uma estudante no caminho para a escola, na Freguesia de Nossa Senhora de Fátima. Fong terá agarrado a perna da estudante, tendo a vítima gritado e pedido ajuda na rua. Um bombeiro que estava fora de serviço conseguiu agarrar o homem e chamar a polícia, tendo as autoridades enviado a jovem ao hospital para receber tratamento. Esta não terá sido, contudo, a primeira vez que a jovem “foi assediada pelo mesmo homem” e a vítima terá visto Fong mais do que uma vez perto da sua escola, onde “ele perseguiu” também outras estudantes. O homem acabou por admitir ter um “fetiche por uniformes escolares” e diz que já “assediou” outras quatro estudantes.
Tomás Chio SociedadeTáxis | DSAT entrega Regime revisto “em breve” e adiciona figura do polícia à paisana [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) afirmou que a revisão do Regulamento do Transporte de Passageiros em Automóveis Ligeiros de Aluguer (ou Táxis) vai ser entregue à Assembleia Legislativa (AL) “o mais breve possível” e vai mesmo haver polícias à paisana a fiscalizar o transporte. Em declarações ao jornal Ou Mun, a DSAT disse estar a preparar a revisão do Regulamento em conjunto com a PSP e a Direcção dos Serviços dos Assuntos de Justiça (DSAJ) e avançou algumas das mudanças. “O trabalho está na fase final, vamos acelerar para entregar a revisão à AL o mais rápido possível”, disse o organismo. “A revisão tem alguns assuntos importantes, como a melhoria do sistema de licenciamento, o aumento da punição contra as acções ilegais, o combate às infracções via polícia à paisana, a instalação do equipamento de gravação de forma voluntária dentro dos táxis e a suspensão ou cancelamento da licença.” A Associação dos Taxistas de Macau diz mesmo que a multa atribuída neste momento às infracções cometidas por estes profissionais não é “suficientemente” dissuasora. Tai Kam Leong, vice-presidente da Associação, diz que mil patacas é o mesmo montante pago há 20 anos, pelo que sugere o aumento da sanção. “Caso os taxistas violem a lei três vezes em dois anos, o Governo pode suspender a licença e exigir que frequentem cursos de formação. Para que os taxistas consigam voltar a trabalhar devem passar um exame” exemplificou o vice-presidente. Outros dos pedidos é a criação de uma plataforma online semelhante à da Uber, para reservar táxis. De acordo dos divulgados do Governo, a DSAT contou 357 casos dos serviços de transporte sem a devida autorização, sendo que nove diziam respeito à Uber. A revisão deste regime estava planeada para terminar no ano passado. Licenças adicionais asseguradas A DSAT assegurou que vai adicionar mais 250 licenças de táxis para que o número destes transportes ascenda aos 1500 a 1600 até ao fim deste ano e indicou ainda que vai criar outra plataforma de chamada de serviços de táxi, para ser mais conveniente para os deficientes físicos.
Tomás Chio SociedadePedida outra consulta sobre Plano Quinquenal [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Federação de Juventude de Macau lançou um relatório, no último domingo, sobre os conhecimentos dos residentes sobre o Plano de Desenvolvimento Quinquenal, sendo que este indica que 65% dos entrevistados nunca ouviu, nem recebeu qualquer informação sobre o plano. Segundo o Jornal Ou Mun, a Fundação organizou um inquérito, entre 28 de Dezembro a 2 de Janeiro, via telefone, para perceber os conhecimentos dos cidadãos sobre o plano. Os resultados, agora divulgados mostram que 65% dos 502 inquiridos, maiores de idade, nunca ouviram falar, nem receberam qualquer informação sobre o plano. Um total de 30 pessoas, de 169 entrevistados, disse conhecer o plano e saber que o Governo está a receber opiniões dos residentes. Apenas um, do total de inquiridos, afirmou ter apresentado opinião sobre o assunto. Neste caso o residente não entregou directamente a sugestão ao Governo mas sim a um deputado. Os resultados mostram ainda que 21% dos inquiridos sabiam da criação da Comissão para a Construção do Centro Mundial de Turismo e Lazer. De acordo com os dados da Federação, a participação e o conhecimento dos cidadãos para o plano são “sinceramente insuficientes”. A Federação considera que o Governo não está a fazer uma boa promoção do plano, estando em falta informações ao público. É importante, defende, que o Governo realize uma segunda fase de consulta pública para que os residentes, especialmente os jovens, conheçam mais sobre o plano, aproveitando para recolher ainda mais opiniões. É ainda tornado público que as maiores preocupações dos residentes fixam-se no aumento da qualidade de vida e na melhoria do nível educativo. Por fim, questionados sobre a conclusão de projectos avançados, os inquiridos indicaram que esperam que dentro dos próximos cinco anos o metro ligeiro (40%), o Centro Hospitalar das Ilhas (30%), a construção e o Plano dos Novos Aterros Urbanos (25%) e para a Estação de Tratamento de Águas Residuais da Península de Macau (23%) estejam concluídos.
Tomás Chio SociedadeSalário mínimo | Carta de associação denuncia fraude [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Associação de Mútuo-Auxílio de Trabalhadores enviou uma carta ao Governo onde denuncia a existência de fraude no pagamento de horas extra aos funcionários da limpeza e segurança dos edifícios. A carta enviada às redacções acusa uma empresa ligada à gestão de prédios de ter obrigado os seus empregados a assinar um acordo que determina uma diminuição do valor das horas extra, devido à implementação do salário mínimo obrigatório para estes funcionários. A carta fala do caso protagonizado pela empresa Yi Fat – ligada à gestão de prédios em Macau e na Taipa – que terá garantido serviços de 24 horas para os edifícios que trabalham consigo, tendo os empregados na área da segurança de trabalhar dois turnos seguidos, o que significa que cada trabalhador terá de cumprir 12 horas de trabalho, incluindo quatro horas extras. A Associação afirma ainda que “a empresa aproveitou as zonas cinzentas da lei para praticar uma acção fraudulenta aos proprietários dos apartamentos e aos funcionários dos edifícios”. A Yi Fat, diz ainda a carta, terá forçado os trabalhadores a assinar um acordo que obriga os funcionários a trabalhar dez horas por dia, incluindo duas horas extra, sendo que o salário pago para cada hora extra é inferior ao que a nova lei determina. A empresa terá referido que as 26 patacas por hora extra é um valor que consta nos regulamentos da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), tendo-os forçado a assinar o documento. Enquanto isso outros trabalhadores terão sido despedidos, tendo sido substituídos por trabalhadores não residentes. A Associação pede que o Governo dê mais atenção a estes casos, tendo acusado o Executivo de falta de fiscalização na área da gestão predial e de aplicar a Lei do Salário Mínimo “sem sinceridade”. O HM tentou contactar a empresa, mas sem sucesso. Também a DSAL foi contactada para saber se o organismo teria recebido alguma queixa, mas não foi possível obter resposta.
Tomás Chio SociedadeHomem de Shenzen terá comprado blue card por 50 mil patacas [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Polícia Judiciária (PJ) prendeu um cidadão oriundo de Shenzen, de apelido Chan, suspeito de ter comprado um blue card falso por 50 mil patacas. Segundo o jornal Ou Mun, o homem terá comprado a falsa identificação através de um amigo com ligações a um hotel que teria uma vaga para um trabalhador não residente na área das limpezas. Contudo, Chan nunca desempenhou funções neste hotel e o blue card seria apenas mais conveniente do que o seu passaporte chinês para entrar em Macau e jogar nos casinos. O suspeito já foi presente ao Ministério Público estando a responder pelo crime de falsificação de documentos. O jornal Ou Mun referiu ainda um caso de imigração ilegal ocorrido em 2014, quando a Polícia Judiciária (PJ) detectou anomalias nas transacções das contas bancárias e nos registos de entrada e saída de trabalhadores chineses contratados por este mesmo hotel. As autoridades suspeitaram de que alguns empregados de hotel ou junkets venderam blue card a residentes chineses para estes jogarem no território. Ouvida pelo Ou Mun, a deputada Ella Lei fala de ausência de supervisão e abusos. “Se a PJ já tinha detectado o hotel em 2014, porque é que o caso continuou a acontecer? O pedido para TNR foi ou não investigado, e porque é que o novo pedido de blue card foi aprovado?”, questionou. A deputada indicou que o Governo já autorizou quotas para mais de 200 mil TNR, sendo que mais de 180 mil se deslocam a Macau. “Alguns TNR não trabalham em Macau depois de conseguirem o blue card e, em muitos casos, os documentos não estão completos, mas ainda assim os processos foram aprovados. Isto é testemunho de que o Governo não fiscaliza bem o processo de aprovação e que falta um mecanismo para a saída destes trabalhadores”, apontou. Ella Lei falou ainda dos “grandes empresários que podem ganhar dinheiro com a venda das quotas”, sendo que “não é fácil para as Pequenas e Médias Empresas (PME) obterem uma quota”. A deputada pede, assim, que seja diminuído o número de quotas para os grandes empresários. Ao Ou Mun, o Gabinete de Recursos Humanos (GRH) disse que vai punir de forma severa os empregadores suspeitos de obterem quotas de forma fraudulenta, sendo possível a sua abolição total.
Tomás Chio SociedadePME | Comerciantes optam por fechar caso negócios não melhorem [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]lguns proprietários de centros comerciais da zona central da cidade disseram ao jornal Ou Mun que o volume de negócios deverá cair muito, sendo que as rendas, pelo contrário, não baixaram, algo que os vai levar a optar pelo fim do negócio. Um proprietário, que não foi identificado na reportagem, referiu que a mobilidade das pessoas é o factor mais importante para o centro comercial, mas garantiu que os visitantes estão a desaparecer, inclusivamente ao nível dos turistas. Dado que as rendas não deverão baixar nos próximos tempos, este comerciante garantiu que vai fechar portas, sendo que “outras lojas do mesmo centro comercial estão a passar pela mesma situação”. A senhora Tam, proprietária de uma loja de roupa no bairro San Kio, disse que “cada loja usa técnicas de saldos para atrair mais clientes, o que traz uma má competição ao sector. O ambiente de mercado não é bom para as PME, e embora as rendas tenham baixado ligeiramente, isso não é suficiente para compensar o declínio do volume de negócios. Juntamente com a situação económica, tenho uma perspectiva muito negativa do futuro da minha loja”, disse ao Ou Mun. Chang, dona de uma loja no mesmo bairro, defendeu que embora o nível do consumo tenha diminuído, acredita que a economia vai melhorar. Chang assinou recentemente novo contrato de arrendamento com o mesmo valor de renda, pelo que tem intenções de pedir subsídio ao Governo para manter o negócio.
Tomás Chio SociedadeCEM | Novas instalações e despesas a descer [dropcap style=’circle’]I[/dropcap]un Iok Meng, Vice-Presidente da Comissão de Ligação CEM-Clientes, defendeu que a Companhia de Electricidade de Macau (CEM) planeia adicionar mais dez estações de carregamento de carros eléctricos em parques de estacionamento público. Numa reunião da Comissão de Ligação, na última quarta-feira, o responsável anunciou ainda que a tarifa de electricidade deverá diminuir em Abril. Em declarações ao jornal Ou Mun, Iun Iok Meng anunciou que a CEM planeia adicionar entre sete a dez estações de carregamento para os carros eléctricos nos parques de estacionamentos público ainda este ano, já que só existem nove destas estações actualmente. A empresa quer ainda que estas estações sejam também instaladas nos prédios privados, sendo que dois terços dos proprietários de um dos edifícios previstos já concordaram com a instalação. “Espero que se simplifiquem os processo administrativos relativos a essas instalações”, apelou o responsável. O vice-presidente, que também é assessor da Comissão Executiva da CEM, avançou que as estações vão ser instaladas para responder às medidas governamentais e ajudar ao aumento dos veículos eléctricos em Macau. Iun Iok Meng prevê ainda que as despesas de electricidade diminuam por causa da depreciação do Renminbi. Rede de consultas Na mesma reunião, Billy Chan, director de Operação e Manutenção da Rede da CEM, explicou que os projectos da empresa a curto-prazo envolvem um consulta sobre a utilização de electricidade – como o valor e a forma de utilização, o projecto de instalação de subestações e a utilização de carros eléctricos – e um estudo para utilização dos espaços subterrâneo públicos – bem como a possibilidade de implementar subestações subterrâneas e o projecto de instalação de cabos electrónicos. Viena Ng, da área de desenvolvimento da CEM, sublinhou que o resultado de um relatório sobre a satisfação face aos serviços da CEM, que feito em Julho e Agosto, demonstrou que 86% entrevistados se sentem satisfeitos com os serviços.
Tomás Chio SociedadeUE | Defendida inclusão de Macau no Acordo de Compras E se Macau integrasse o Acordo de Compras dos Governos da UE? Para Vincent Piket, seria o ideal para que o território alcançasse a almejada diversificação económica [dropcap style=’circle’]V[/dropcap]incent Piket, chefe do Gabinete da União Europeia (UE) em Hong Kong e Macau, espera que o território entre para a lista de países e regiões pertencentes ao “Acordo de Compras dos Governos” da Organização Mundial de Comércio. Vincent Piket indicou que, caso Macau entre neste acordo, poderá elevar a sua competitividade e transparência nas compras e, ao mesmo tempo, desenvolver a sua diversidade económica. O responsável da UE nas regiões especiais sublinhou que como Macau é uma unidade microeconómica, a flutuação económica é elevada, mas isto não será um problema. “Embora o valor de exportações da UE para Macau tenha registado uma queda de 11% – diminuindo de 600 milhões de euros até 540 milhões euros – e de Macau para UE mais de 37% , fixando-se nos 72 milhões de euros, o declínio não vai ser continuado”, defendeu. Vincent Piket considera que a UE e Macau têm uma ligação histórica natural. Macau, apontou, é uma cultura aberta e inclusiva, de liberdade comercial e com um sistema de baixos impostos ligados ao continente chinês. Pontos que são considerados como vantagens para o território. Contudo, diz Vicent Piket, há algumas lacunas no território. “O que falta a Macau são métodos para enriquecer a diversidade económica e desenvolver as actividades económicas. As exposições e o sector da cultura são fortes plataformas para o território”, defendeu. O chefe indicou ainda que na reunião anual “do Acordo de Comércio e Cooperação União Europeia – Macau”, assinado em 1993, foi acordado o reforço e cooperação na formação para a área judicial e de empreendedorismo. O Governo de Macau já apresentou a ideia de criação de um fundo, para que ajude as associações locais a participar o projecto da UE, o “Horizon2020”. Vincent Piket rematou que Macau tem de reforçar a promoção no Turismo, pois tem um grande espaço para se desenvolver.