Resistência | Álvaro Mourato participou na “Huanglong Extreme Endurance Race”

[dropcap]E[/dropcap]nquanto continua afastado das pistas a aguardar por ventos de mudança no automobilismo local, o ex-piloto de carros de Turismo Álvaro Mourato representou Macau na “Huanglong Extreme Endurance Race”, uma prova de “trail running” que se disputou no distrito de Songzhou, na borda leste do Tibete, a mais de cinco quilómetros acima do nível do mar.

“Fui convidado pela Macau Wing Runners Group para participar neste evento. Foi uma prova organizada pelo China Ultra Tour e contou com seiscentos participantes divididos por três classes. Na minha classe participaram cem concorrentes, mas só trinta e oito conseguiram terminar”, explicou Mourato ao HM.

Esta prova de “trail running” dividiu-se em três classes: UTHL100km, XBD60km e MNG40km. Mourato participou na UTHL100km, “que teve 107 km de distância, uma altitude total de 4996 metros e uma altitude máxima acima do nível do mar perto dos cinco quilómetros”. Para terminarem classificados os concorrentes tinham que cumprir o desafio dentro do período de tempo de trinta e uma horas.

“O meu objectivo era mesmo só para terminar dentro das trinta e uma horas. Mas quando cheguei ao ‘check-point’ nº6, fui avisado que estava em oitavo da geral”, confessou o macaense que fez corridas de automóveis e motos no Grande Prémio de Macau num passado recente e que cumpriu a sua terceira participação em provas desta natureza. “Quando recebi aquela informação, troquei logo o meu objectivo, foi ‘tudo ou nada’. Tentar acabar nos dez primeiros passou a ser o objectivo e ataquei ao máximo os participantes que estavam à minha frente. No fim, consegui chegar até sexto e estou muito contente com o resultado obtido.”

Dos dois participantes de Macau na UTHL100km, Mourato foi sexto classificado, cumprindo o desígnio em 21 horas e 52 minutos, enquanto Wai Lok terminou no vigésimo terceiro lugar, em 27 horas e 3 minutos.

20 Set 2019

Resistência | Álvaro Mourato participou na "Huanglong Extreme Endurance Race"

[dropcap]E[/dropcap]nquanto continua afastado das pistas a aguardar por ventos de mudança no automobilismo local, o ex-piloto de carros de Turismo Álvaro Mourato representou Macau na “Huanglong Extreme Endurance Race”, uma prova de “trail running” que se disputou no distrito de Songzhou, na borda leste do Tibete, a mais de cinco quilómetros acima do nível do mar.
“Fui convidado pela Macau Wing Runners Group para participar neste evento. Foi uma prova organizada pelo China Ultra Tour e contou com seiscentos participantes divididos por três classes. Na minha classe participaram cem concorrentes, mas só trinta e oito conseguiram terminar”, explicou Mourato ao HM.
Esta prova de “trail running” dividiu-se em três classes: UTHL100km, XBD60km e MNG40km. Mourato participou na UTHL100km, “que teve 107 km de distância, uma altitude total de 4996 metros e uma altitude máxima acima do nível do mar perto dos cinco quilómetros”. Para terminarem classificados os concorrentes tinham que cumprir o desafio dentro do período de tempo de trinta e uma horas.
“O meu objectivo era mesmo só para terminar dentro das trinta e uma horas. Mas quando cheguei ao ‘check-point’ nº6, fui avisado que estava em oitavo da geral”, confessou o macaense que fez corridas de automóveis e motos no Grande Prémio de Macau num passado recente e que cumpriu a sua terceira participação em provas desta natureza. “Quando recebi aquela informação, troquei logo o meu objectivo, foi ‘tudo ou nada’. Tentar acabar nos dez primeiros passou a ser o objectivo e ataquei ao máximo os participantes que estavam à minha frente. No fim, consegui chegar até sexto e estou muito contente com o resultado obtido.”
Dos dois participantes de Macau na UTHL100km, Mourato foi sexto classificado, cumprindo o desígnio em 21 horas e 52 minutos, enquanto Wai Lok terminou no vigésimo terceiro lugar, em 27 horas e 3 minutos.

20 Set 2019

GP Macau | Porsche desembarca com quatro carros de fábrica

[dropcap]D[/dropcap]epois da BMW ter confirmado que voltaria ao Circuito da Guia em Novembro com dois carros, a Porsche respondeu ontem e tornou-se o segundo construtor a anunciar os seus pilotos para a edição 2019 da “Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA”. O construtor automóvel de Weissach irá inscrever quatro Porsche 911 GT3 R divididos por duas equipas.

Depois de em 2018 ter participado também com quatro carros, a Porsche Motorsport trocou de equipas para a edição deste ano. A equipa oficial Manthey Racing e a Craft-Bamboo Racing, que entretanto se tornou cliente da rival Mercedes AMG, serão este ano substituídas pela alemã ROWE Racing e pela chinesa Absolute Racing.

A Porsche Motorsport colocará quatro dos seus mais experientes pilotos na pista de Macau ao serviço das duas formações. O belga Laurens Vanthoor, vencedor desta corrida em 2016, e o neo-zelandês Earl Bamber, um ex-vencedor das 24 Horas de Le Mans, farão equipa na Rowe Racing. Por seu lado, o francês Kévin Estre e o suíço residente em Xangai Alexandre Imperatori, que já subiu ao pódio nesta corrida em 2013, irão conduzir os Porsche da Absolute Racing, a formação campeã de equipas do Blancpain GT World Challenge Asia de 2019.

Após um resultado desapontante o ano passado, em que armada de Weissach nunca foi realmente capaz de lutar pelos lugares cimeiros em pista, Bamber deixou claro que “este ano temos que fazer tudo para conseguirmos uma melhor posição na grelha de partida”, pois “não há hipóteses de ultrapassar neste rápido e apertado circuito, o que me impediu de chegar à frente o ano passado.”

Evento especial

A presença de equipas apoiadas pela Porsche Motorsport tem sido hábito na “Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA” desde 2015, mas o seu envolvimento nesta corrida do Grande Prémio de Macau já vem detrás. A primeira edição da Taça GT Macau, em 2018, foi ganha por Darryl O’Young num Porsche 911 GT3 Cup patrocinado pela concessionária da marca em Hong Kong.

Para Fritz Enzinger, o Vice-Presidente da Porsche Motorsport, esta prova nas ruas do território “é sempre o momento alto do final da época. Um circuito de altas velocidades, com curvas famosas e um cenário de grandes casinos e hotéis cria uma expressivo contexto. Vamos regressar com uma equipa de pilotos particularmente forte este ano e, como tal, só pode existir um objectivo: um Porsche 911 GT3 R deve ganhar a corrida de estrada de Macau”.

A lista oficial de inscritos para a prova só deverá ser revelada em meados de Outubro, mas depois dos anúncios oficiais da BMW e Porsche é previsível que a Audi e a Mercedes-AMG anunciem as suas equipas e pilotos oficiais para a prova nas próximas semanas.

19 Set 2019

GP Macau | Porsche desembarca com quatro carros de fábrica

[dropcap]D[/dropcap]epois da BMW ter confirmado que voltaria ao Circuito da Guia em Novembro com dois carros, a Porsche respondeu ontem e tornou-se o segundo construtor a anunciar os seus pilotos para a edição 2019 da “Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA”. O construtor automóvel de Weissach irá inscrever quatro Porsche 911 GT3 R divididos por duas equipas.
Depois de em 2018 ter participado também com quatro carros, a Porsche Motorsport trocou de equipas para a edição deste ano. A equipa oficial Manthey Racing e a Craft-Bamboo Racing, que entretanto se tornou cliente da rival Mercedes AMG, serão este ano substituídas pela alemã ROWE Racing e pela chinesa Absolute Racing.
A Porsche Motorsport colocará quatro dos seus mais experientes pilotos na pista de Macau ao serviço das duas formações. O belga Laurens Vanthoor, vencedor desta corrida em 2016, e o neo-zelandês Earl Bamber, um ex-vencedor das 24 Horas de Le Mans, farão equipa na Rowe Racing. Por seu lado, o francês Kévin Estre e o suíço residente em Xangai Alexandre Imperatori, que já subiu ao pódio nesta corrida em 2013, irão conduzir os Porsche da Absolute Racing, a formação campeã de equipas do Blancpain GT World Challenge Asia de 2019.
Após um resultado desapontante o ano passado, em que armada de Weissach nunca foi realmente capaz de lutar pelos lugares cimeiros em pista, Bamber deixou claro que “este ano temos que fazer tudo para conseguirmos uma melhor posição na grelha de partida”, pois “não há hipóteses de ultrapassar neste rápido e apertado circuito, o que me impediu de chegar à frente o ano passado.”

Evento especial

A presença de equipas apoiadas pela Porsche Motorsport tem sido hábito na “Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA” desde 2015, mas o seu envolvimento nesta corrida do Grande Prémio de Macau já vem detrás. A primeira edição da Taça GT Macau, em 2018, foi ganha por Darryl O’Young num Porsche 911 GT3 Cup patrocinado pela concessionária da marca em Hong Kong.
Para Fritz Enzinger, o Vice-Presidente da Porsche Motorsport, esta prova nas ruas do território “é sempre o momento alto do final da época. Um circuito de altas velocidades, com curvas famosas e um cenário de grandes casinos e hotéis cria uma expressivo contexto. Vamos regressar com uma equipa de pilotos particularmente forte este ano e, como tal, só pode existir um objectivo: um Porsche 911 GT3 R deve ganhar a corrida de estrada de Macau”.
A lista oficial de inscritos para a prova só deverá ser revelada em meados de Outubro, mas depois dos anúncios oficiais da BMW e Porsche é previsível que a Audi e a Mercedes-AMG anunciem as suas equipas e pilotos oficiais para a prova nas próximas semanas.

19 Set 2019

Automobilismo | André Couto, Rodolfo Ávila e Tiago Monteiro correram em Ningbo

[dropcap]O[/dropcap] saldo final da presença portuguesa pelo Ningbo Speedpark International foi algumas mazelas e resultados que poderiam ser bem melhores, mas por diversas razões não o foram. André Couto, chamado à última da hora para ajudar a Dongfeng Honda Team na prova do TCR China Series, apenas cumpriu metade do objectivo que lhe tinha sido incumbido.

Rodolfo Ávila teve duas corridas estragadas no Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC), mas foi para casa ocupando a mesma posição no campeonato do que quando chegou à cidade que um dia os portugueses chamaram de Liampó. O piloto da RAEM voltou novamente a participar nas provas do TCR China e até poderia ter dado o primeiro pódio à geral da MG no campeonato, se a equipa não tivesse decidido o contrário. Por fim, Tiago Monteiro teve uma jornada chinesa da Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) para esquecer, não somando qualquer ponto e deixando o seu Honda em muito mau estado.

TCR China: soube a pouco

Couto arrancou do quarto lugar da grelha de partida e por ali andou nas 13 voltas da corrida, servindo de tampão ao Audi líder do campeonato de Huang Chu Han, enquanto Daniel Lloyd e Martin Xie, nos outros dois Honda Civic Type-R da Dongfeng Honda Team, terminavam em 2º e 3º respectivamente, mas muito longe do vencedor Luca Engstler (Hyundai). Como o recém-campeão do TCR Asia não está na luta pelo campeonato, o segundo lugar de Lloyd foi uma boa operação para a equipa da província chinesa de Guangdong, até porque Couto acabou por roubar pontos ao líder do campeonato.

Porém, o bom astral na Dongfeng Honda Team, que na prática é a equipa do território MacPro Racing Team, evaporou-se na segunda corrida no domingo. Couto assumiu rapidamente a liderança da corrida, mas à segunda volta, o piloto luso perdeu momentaneamente o controlo do Honda Civic Type-R e atrás de si, a discutir o segundo posto com Luca Engstler, vinha Daniel Lloyd que não conseguiu evitar a colisão com o seu companheiro de equipa. Os estragos foram demasiados para continuar para desespero dos homens da MacPro Racing Team. Huang Chu Han foi segundo e ainda saiu mais líder do campeonato quando falta apenas realizar uma prova.

No novo MG 6 TCR, Ávila foi o décimo classificado na primeira corrida, isto depois de ter cortado a linha de meta com o carro a arrastar-se em três rodas, após a suspensão ter cedido na última volta ao passar por cima de um corrector. No domingo, o novo recruta da MG Power Racing levou o carro de matriz britânica ao quarto lugar. O piloto português rodou a maior parte da corrida no quarto lugar, à frente do seu companheiro de equipa, mas acabou por deixar Zhang Zhen Dong passar a três voltas para o fim, respeitando as ordens da equipa, quando se confirmou que ambos seriam promovidos uma posição, um deles ao pódio, com a penalização de um adversário.

Depois dos problemas de motor na quinta-feira e de caixa-de-velocidades ontem, Rodolfo Ávila levou o novo MG 6 TCR da MG Power Racing ao final da corrida no 10º lugar, a prioridade da equipa para o fim-de-semana. Isto, apesar do piloto português residente em Macau ter cortado a linha de meta muito devagar depois da suspensão do carro de matriz inglesa ter cedido na última volta.

CTCC: do mal, o menos

As duas corridas de Ávila no CTCC não foram muito diferentes as anteriores. O piloto da SVW333 Racing luta por posições no topo do pelotão e acaba invariavelmente abalroado, sem que haja qualquer punição para os seus adversários. Na primeira corrida, Ávila levou um toque logo nos primeiros metros da prova, o que o obrigou a recuperar do 16º lugar até ao 8º posto final. No segundo confronto, partindo do 3º lugar conquistado na qualificação, Ávila foi novamente empurrado para fora por um oponente e terminou no 13º lugar com a suspensão danificada no VW Lamando.

“É muito difícil quando se corre com mais 100kg que os Ford e mais 90kg que os KIA”, explicou Ávila, que representa a SAIC Volkswagen, em comunicado. “Fui sempre o mais rápido da minha equipa ao longo do fim-de-semana, mas no confronto com os adversários das outras equipas foi muito complicado. Ao fim de quatro voltas ficámos sem pneus e somos alvos fáceis. Houve novamente pilotos que se excederam e voltei a ser prejudicado nas duas corridas devido a toques.”

Apesar das duas corridas não terem corrido de feição, Ávila manteve o quinto posto na classificação de pilotos, no entanto, a SVW333 Racing perdeu a liderança dos construtores para a rival Kia.

WTCR: Monteiro quer esquecer

Como cabeça de cartaz na pista da província de Zhejiang esteve a Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR). Os líderes do campeonato Yvan Muller (Lynk & Co), com duas vitórias, e Norbert Michelisz (Hyundai), com uma, dividiram os triunfos naquela que terá sido as provas mais caóticas da temporada, com vários acidentes e colisões a deixarem mais de metade do pelotão muito mal tratado.

Apesar de ter chegado a Ningbo motivado pelo triunfo nas ruas de Vila Real há dois meses, Tiago Monteiro teve um fim-de-semana para esquecer. O piloto português do Honda Civic Type-R da equipa KCMG, de Hong Kong, foi 21º na primeira corrida e desistiu, fruto de acidentes, nas outras duas.

“As corridas são cada vez mais disputadas, ninguém cede um milímetro. Na segunda corrida, bati violentamente no muro a cerca de 130 km/h, mas fisicamente estou bem. A equipa terá agora muito trabalho pela frente até à próxima prova, pois vão ter de trocar o chassis e é um processo demorado. Será uma corrida contra o tempo”, disse o piloto portuense depois de ter sido enviado contra um muro pelo marroquino Mehdi Bennani na terceira corrida.

Antes da visita a Macau, em Novembro, a caravana do WTCR tem uma corrida em Suzuka, no Japão, no fim-de-semana de 26 e 27 de Outubro.

17 Set 2019

Automobilismo | André Couto, Rodolfo Ávila e Tiago Monteiro correram em Ningbo

[dropcap]O[/dropcap] saldo final da presença portuguesa pelo Ningbo Speedpark International foi algumas mazelas e resultados que poderiam ser bem melhores, mas por diversas razões não o foram. André Couto, chamado à última da hora para ajudar a Dongfeng Honda Team na prova do TCR China Series, apenas cumpriu metade do objectivo que lhe tinha sido incumbido.
Rodolfo Ávila teve duas corridas estragadas no Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC), mas foi para casa ocupando a mesma posição no campeonato do que quando chegou à cidade que um dia os portugueses chamaram de Liampó. O piloto da RAEM voltou novamente a participar nas provas do TCR China e até poderia ter dado o primeiro pódio à geral da MG no campeonato, se a equipa não tivesse decidido o contrário. Por fim, Tiago Monteiro teve uma jornada chinesa da Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) para esquecer, não somando qualquer ponto e deixando o seu Honda em muito mau estado.

TCR China: soube a pouco

Couto arrancou do quarto lugar da grelha de partida e por ali andou nas 13 voltas da corrida, servindo de tampão ao Audi líder do campeonato de Huang Chu Han, enquanto Daniel Lloyd e Martin Xie, nos outros dois Honda Civic Type-R da Dongfeng Honda Team, terminavam em 2º e 3º respectivamente, mas muito longe do vencedor Luca Engstler (Hyundai). Como o recém-campeão do TCR Asia não está na luta pelo campeonato, o segundo lugar de Lloyd foi uma boa operação para a equipa da província chinesa de Guangdong, até porque Couto acabou por roubar pontos ao líder do campeonato.
Porém, o bom astral na Dongfeng Honda Team, que na prática é a equipa do território MacPro Racing Team, evaporou-se na segunda corrida no domingo. Couto assumiu rapidamente a liderança da corrida, mas à segunda volta, o piloto luso perdeu momentaneamente o controlo do Honda Civic Type-R e atrás de si, a discutir o segundo posto com Luca Engstler, vinha Daniel Lloyd que não conseguiu evitar a colisão com o seu companheiro de equipa. Os estragos foram demasiados para continuar para desespero dos homens da MacPro Racing Team. Huang Chu Han foi segundo e ainda saiu mais líder do campeonato quando falta apenas realizar uma prova.
No novo MG 6 TCR, Ávila foi o décimo classificado na primeira corrida, isto depois de ter cortado a linha de meta com o carro a arrastar-se em três rodas, após a suspensão ter cedido na última volta ao passar por cima de um corrector. No domingo, o novo recruta da MG Power Racing levou o carro de matriz britânica ao quarto lugar. O piloto português rodou a maior parte da corrida no quarto lugar, à frente do seu companheiro de equipa, mas acabou por deixar Zhang Zhen Dong passar a três voltas para o fim, respeitando as ordens da equipa, quando se confirmou que ambos seriam promovidos uma posição, um deles ao pódio, com a penalização de um adversário.
Depois dos problemas de motor na quinta-feira e de caixa-de-velocidades ontem, Rodolfo Ávila levou o novo MG 6 TCR da MG Power Racing ao final da corrida no 10º lugar, a prioridade da equipa para o fim-de-semana. Isto, apesar do piloto português residente em Macau ter cortado a linha de meta muito devagar depois da suspensão do carro de matriz inglesa ter cedido na última volta.

CTCC: do mal, o menos

As duas corridas de Ávila no CTCC não foram muito diferentes as anteriores. O piloto da SVW333 Racing luta por posições no topo do pelotão e acaba invariavelmente abalroado, sem que haja qualquer punição para os seus adversários. Na primeira corrida, Ávila levou um toque logo nos primeiros metros da prova, o que o obrigou a recuperar do 16º lugar até ao 8º posto final. No segundo confronto, partindo do 3º lugar conquistado na qualificação, Ávila foi novamente empurrado para fora por um oponente e terminou no 13º lugar com a suspensão danificada no VW Lamando.
“É muito difícil quando se corre com mais 100kg que os Ford e mais 90kg que os KIA”, explicou Ávila, que representa a SAIC Volkswagen, em comunicado. “Fui sempre o mais rápido da minha equipa ao longo do fim-de-semana, mas no confronto com os adversários das outras equipas foi muito complicado. Ao fim de quatro voltas ficámos sem pneus e somos alvos fáceis. Houve novamente pilotos que se excederam e voltei a ser prejudicado nas duas corridas devido a toques.”
Apesar das duas corridas não terem corrido de feição, Ávila manteve o quinto posto na classificação de pilotos, no entanto, a SVW333 Racing perdeu a liderança dos construtores para a rival Kia.

WTCR: Monteiro quer esquecer

Como cabeça de cartaz na pista da província de Zhejiang esteve a Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR). Os líderes do campeonato Yvan Muller (Lynk & Co), com duas vitórias, e Norbert Michelisz (Hyundai), com uma, dividiram os triunfos naquela que terá sido as provas mais caóticas da temporada, com vários acidentes e colisões a deixarem mais de metade do pelotão muito mal tratado.
Apesar de ter chegado a Ningbo motivado pelo triunfo nas ruas de Vila Real há dois meses, Tiago Monteiro teve um fim-de-semana para esquecer. O piloto português do Honda Civic Type-R da equipa KCMG, de Hong Kong, foi 21º na primeira corrida e desistiu, fruto de acidentes, nas outras duas.
“As corridas são cada vez mais disputadas, ninguém cede um milímetro. Na segunda corrida, bati violentamente no muro a cerca de 130 km/h, mas fisicamente estou bem. A equipa terá agora muito trabalho pela frente até à próxima prova, pois vão ter de trocar o chassis e é um processo demorado. Será uma corrida contra o tempo”, disse o piloto portuense depois de ter sido enviado contra um muro pelo marroquino Mehdi Bennani na terceira corrida.
Antes da visita a Macau, em Novembro, a caravana do WTCR tem uma corrida em Suzuka, no Japão, no fim-de-semana de 26 e 27 de Outubro.

17 Set 2019

Automobilismo | Badaraco renova aposta na Taça Macau

[dropcap]J[/dropcap]erónimo Badaraco vai renovar a aposta este ano na classe “1600cc Turbo” da Taça de Carros de Turismo de Macau. O piloto macaense não esconde que gostaria de voltar a repetir o triunfo obtido na edição de 2017 da popular corrida de automóveis do programa do Grande Prémio de Macau.

Novamente aos comandos de um Chevrolet Cruze preparado pela Song Veng Racing Team, o apuramento no Circuito Internacional de Guangdong, em Zhaoqing, não foi de todo fácil para o piloto macaense. Todavia, a qualificação para o Grande Prémio nunca esteve em causa, até porque um quarto lugar conquistado na segunda corrida e um segundo lugar na terceira foram mais que suficientes para garantir a presença na grelha de partida para o grande evento do mês de Novembro.

“As corridas no Zhaoqing correram mais ou menos”, explicou Badaraco ao HM. “Os resultados poderiam ser melhores, mas houve um problema na embraiagem que não conseguimos descobrir. Só o descobrimos quando voltou a piorar. Vamos testar novas soluções para que este problema não se repita no Grande Prémio”, clarificou o vencedor da última edição da Taça ACP em 1999.

Na corrida do ano passado, que apenas teve três voltas competitivas das doze previstas, “Nóni”, como o piloto do território é conhecido no meio, terminou no 23º da geral e 11º na classe para viaturas de motor turbo e máximo de 1600cc de cilindrada. Um resultado que ficou marcado por problemas na sessão de qualificação e que o piloto local espera ultrapassar este ano. Por isso mesmo, o Chevrolet Cruze voltou a ser alvo de evoluções técnicas face a uma concorrência que também não abranda no desenvolvimento das suas máquinas de competição.

Contudo, para a edição deste ano, Badaraco tem esperança que “o carro ande mais este ano. Mas ainda não sei como está o carro, é que agora ainda está no dinamómetro para afinação.”

As inscrições para a corrida encerraram na passada sexta-feira, no entanto, os nomes dos trinta e seis participantes da Taça de Carros de Turismo de Macau só deverão ser revelados ao público no próximo mês de Outubro.

WTCR nunca foi hipótese

Um regresso à Corrida da Guia – a corrida principal de carros de Turismo do programa do Grande Prémio – esteve sempre fora de questão para o experiente piloto local. “Por agora, não estou a pensar na WTCR e na Corrida da Guia”, afirma. E existem razões para isso, até porque para os pilotos do território esta é uma corrida difícil e pouco vantajosa, porque os “wildcards” para além de terem que ombrear com os melhores do mundo na especialidade equipados com outro tipo de material, carregam várias dezenas de quilogramas de lastro suplementar nos seus carros, o que lhes retira competitividade imediata.

“Primeiro há a parte financeira”, conta Badaraco, salientando que “em segundo lugar é muito difícil ficar no pódio nesta classe. Por enquanto, prefiro concentrar-me mais nesta corrida (Taça de Carros de Turismo de Macau) do Grande Prémio!” A 66ª edição do Grande Prémio de Macau disputa-se de 14 a 17 de Novembro.

10 Set 2019

Automobilismo | Badaraco renova aposta na Taça Macau

[dropcap]J[/dropcap]erónimo Badaraco vai renovar a aposta este ano na classe “1600cc Turbo” da Taça de Carros de Turismo de Macau. O piloto macaense não esconde que gostaria de voltar a repetir o triunfo obtido na edição de 2017 da popular corrida de automóveis do programa do Grande Prémio de Macau.
Novamente aos comandos de um Chevrolet Cruze preparado pela Song Veng Racing Team, o apuramento no Circuito Internacional de Guangdong, em Zhaoqing, não foi de todo fácil para o piloto macaense. Todavia, a qualificação para o Grande Prémio nunca esteve em causa, até porque um quarto lugar conquistado na segunda corrida e um segundo lugar na terceira foram mais que suficientes para garantir a presença na grelha de partida para o grande evento do mês de Novembro.
“As corridas no Zhaoqing correram mais ou menos”, explicou Badaraco ao HM. “Os resultados poderiam ser melhores, mas houve um problema na embraiagem que não conseguimos descobrir. Só o descobrimos quando voltou a piorar. Vamos testar novas soluções para que este problema não se repita no Grande Prémio”, clarificou o vencedor da última edição da Taça ACP em 1999.
Na corrida do ano passado, que apenas teve três voltas competitivas das doze previstas, “Nóni”, como o piloto do território é conhecido no meio, terminou no 23º da geral e 11º na classe para viaturas de motor turbo e máximo de 1600cc de cilindrada. Um resultado que ficou marcado por problemas na sessão de qualificação e que o piloto local espera ultrapassar este ano. Por isso mesmo, o Chevrolet Cruze voltou a ser alvo de evoluções técnicas face a uma concorrência que também não abranda no desenvolvimento das suas máquinas de competição.
Contudo, para a edição deste ano, Badaraco tem esperança que “o carro ande mais este ano. Mas ainda não sei como está o carro, é que agora ainda está no dinamómetro para afinação.”
As inscrições para a corrida encerraram na passada sexta-feira, no entanto, os nomes dos trinta e seis participantes da Taça de Carros de Turismo de Macau só deverão ser revelados ao público no próximo mês de Outubro.

WTCR nunca foi hipótese

Um regresso à Corrida da Guia – a corrida principal de carros de Turismo do programa do Grande Prémio – esteve sempre fora de questão para o experiente piloto local. “Por agora, não estou a pensar na WTCR e na Corrida da Guia”, afirma. E existem razões para isso, até porque para os pilotos do território esta é uma corrida difícil e pouco vantajosa, porque os “wildcards” para além de terem que ombrear com os melhores do mundo na especialidade equipados com outro tipo de material, carregam várias dezenas de quilogramas de lastro suplementar nos seus carros, o que lhes retira competitividade imediata.
“Primeiro há a parte financeira”, conta Badaraco, salientando que “em segundo lugar é muito difícil ficar no pódio nesta classe. Por enquanto, prefiro concentrar-me mais nesta corrida (Taça de Carros de Turismo de Macau) do Grande Prémio!” A 66ª edição do Grande Prémio de Macau disputa-se de 14 a 17 de Novembro.

10 Set 2019

BMW escolhe Augusto Farfus para renovar título de GT do Grande Prémio de Macau

[dropcap]A[/dropcap] BMW Motorsport foi a primeira equipa a confirmar os seus pilotos para a Taça do Mundo FIA de GT – Taça GT Macau do 66º Grande Prémio de Macau. O brasileiro Augusto Farfus vai defender a coroa de campeão.

Num anúncio surpresa, a BMW Motorsport deu conta na tarde de quarta-feira que irá regressar ao Circuito da Guia para tentar reconquistar o ceptro que lhe pertence e com o vencedor da pretérita edição da prova.

“Macau será muito especial este ano”, disse Farfus. “Primeiro, é um lugar de que tenho memórias fantásticas e a vitória na Taça do Mundo FIA de GT foi o momento alto da minha carreira”, afirmou o piloto brasileiro da BMW Team Schnitzer em comunicado.

Para Farfus esta corrida tem outro significado especial, porque será a primeira sem a chefia de Charly Lamm, o histórico chefe de equipa da Schnitzer que faleceu no passado mês de Janeiro.

“Vencer com o Charly, um amigo e meu mentor, e muito próximo de mim e da minha família, foi algo muito especial. Este ano espero repetir o sucesso em memória do Charly. Nós sabemos que será um desafio de verdade, mas lá estaremos a correr pelo terceiro ano consecutivo com o BMW M6 GT3 e temos já a necessária experiência. Vamos dar o nosso melhor para termos sucesso novamente.”

Farfus tem este ano um programa de provas com a BMW Motorsport, mas também está participar na Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) com a Hyundai. Como o Grande Prémio não permite que um piloto tome parte de duas corridas do programa, o construtor sul-coreano terá que encontrar um substituto para o piloto lusófono para a Corrida da Guia.

Eriksson no segundo BMW

Ao contrário do ano passado, em que só inscreveu um carro na prova, desta vez a marca da Baviera inscreveu um segundo M6 GT3 no evento da RAEM para Joel Eriksson, o jovem sueco que terminou na segunda posição na corrida de Fórmula 3 do ano passado. Contudo, o carro do piloto nórdico será preparado pela estrutura asiática FIST-Team AAI, que tem várias participações no Grande Prémio, e não pela equipa de fábrica.

“Eu apaixonei-me pela Circuito da Guia nas minhas visitas na Fórmula 3 e simplesmente mal posso esperar correr com o BMW M6 GT3”, disse Eriksson. “É difícil saber o que esperar. Apenas corri de F3 em Macau, portanto algum nível de adaptação será necessário, mas estou honrado pela BMW ter decidido confiar em mim para uma das corridas mais importantes da temporada.”

Além dos dois GT3 na Taça GT Macau, a BMW também contará com a participação em Macau de várias motas preparadas pela BMW Motorrad Motorsport.

6 Set 2019

André Pires aguarda convite para o GP Motos de Macau

[dropcap]A[/dropcap]ndré Pires prepara-se para ser novamente o único representante de Portugal no Grande Prémio de Motos de Macau em Novembro. O piloto português gostaria que outros pilotos de motociclismo lhe seguissem as pisadas, mas tal cenário é difícil dada a inexistência de corridas de estrada em Portugal e não só.

“Já estamos a preparar o regresso a Macau”, confirmou o piloto de Vila Pouca de Aguiar ao HM, enquanto aguarda o vital convite da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau.

Este ano, as expectativas pré-prova de Pires são quase sempre “as de sempre”: arranjar uma equipa com uma mota minimamente competitiva e patrocínios, algo que nunca é fácil em Portugal. Para a “Clássica do Estremo-Oriente”, Pires espera tripular uma Yamaha R1 da equipa portuguesa BeautyMachines Racing Team, estrutura que conhece bem do Campeonato Nacional de Velocidade de motociclismo de 2019.

“Este ano fizemos um bom trabalho, apesar de termos tido alguns azares em duas provas, por isso acredito que ainda vamos ganhar mais umas corridas e com isso vamos ainda mais motivados para o Grande Prémio de Macau”, explicou Pires que o ano passado ficou em 19º lugar na prova, numa corrida em que, para si, o mais importante era “chegar ao fim”, um ano depois de ter abandonado.

E mais portugueses?

A prova de duas rodas do Grande Prémio é considerada uma das mais perigosas do mundo, mas não é só isso que nos últimos anos a corrida tem uma presença muito reduzida de pilotos portugueses. Os regulamentos são claros: para competir no Circuito da Guia os pilotos têm que ter competido nas maiores provas da especialidade, como aquela que se realiza anualmente na Ilha de Man ou a North West 200.

No motociclismo, Portugal não tem tradição em circuitos de estrada e os constantes constrangimentos financeiros dos pilotos lusos não lhes permite “dar o salto” para o palco internacional. Actualmente a residir em Braga por questões profissionais, o piloto transmontano explica que “Macau é uma corrida de estrada e ou se tem mesmo gosto ou não. Eu gosto de corridas de estrada e adoro o Grande Prémio de Macau e por isso faço sempre questão de ir a Macau”.

O piloto luso que se estreou entre nós em 2013, e que desde aí tem sido uma presença regular, acredita que “para irem mais pilotos Portugueses é preciso que gostem deste tipo de provas. Para isso, primeiro têm que ir experimentar uma corrida, pois não podem ir directos para Macau. O primeiro passo é ir a Inglaterra, onde há várias corridas desta especialidade, e a partir daí penso que haverá condições para poderem receber o convite para participar em Macau”.

A 66ª edição do Grande Prémio de Macau disputa-se de 14 a 17 de Novembro. Os inscritos nas seis corridas do programa deverão ser revelados em Outubro.

4 Set 2019

Hong Kong | Instabilidade não inquieta actores internacionais do Grande Prémio

[dropcap]O[/dropcap] clima de desassossego social por que está a passar Hong Kong não preocupa os actores internacionais do Grande Prémio de Macau. Entre nós os preparativos para o evento do mês de Novembro decorrem dentro da normalidade e, entre os agentes estrangeiros, ninguém acredita que a agitação na região vizinha vá ter um reflexo negativo no bom desenrolar do maior acontecimento desportivo de carácter anual da RAEM.

“Não há qualquer tipo de inquietude nesta altura”, esclareceu François Ribeiro, o CEO da Eurosport Events, a empresa que tem os direitos de promoção da Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR), à revista semanal francesa Auto Hebdo. Este ano a prova do Circuito da Guia não é a última da temporada do WTCR, que terminará na Malásia em Dezembro. Antes de Macau a caravana do mundial de carros de turismo compete em Suzuka, no Japão, no último fim-de-semana de Outubro. Os carros e o material deverão ser encaminhados por via marítima para a RAEM e por agora não existe qualquer plano de contingência.

Com o período de inscrições a terminar a 31 de Agosto, do lado dos participantes da Taça do Mundo FIA de GT, também não há qualquer tipo de desassossego quanto à regular organização do evento do território. Ainda na pretérita semana as equipas receberam informações quanto ao regulamento desportivo da prova e outras instruções, como por exemplo reservarem os pneus Pirelli para o fim-de-semana.

“É um grande evento que gostámos muito”, afirmou recentemente Stéphane Ratel, o CEO da SRO Motorsport Organization, a empresa que co-coordena a Taça do Mundo FIA de GT com a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC). O empresário francês está optimista para o evento deste ano, mesmo admitindo que “este não é dos (eventos) mais fáceis e tivemos alguns anos turbulentos. O ano passado correu bem. Os anos turbulentos resultaram em apenas 15 carros em 2018. O ano passado foi mais calmo e estamos a ter mais interesse para este ano. Esperamos 16 ou 17 carros e talvez chegar 20 ou 21 carros em Novembro.”

Segundo pode apurar o HM junto de vários outros protagonistas, de igual serena forma também prosseguem paulatinamente os preparativos da Taça do Mundo FIA de Fórmula 3, que este ano terá uma grelha de partida com 30 monolugares da última geração, mais dois que o ano passado.

Os monolugares deverão chegar a Macau por via aérea este ano. Por seu lado, os concorrentes do Grande Prémio de Motos de Macau aguardam ansiosamente pelos convites para participarem na “Clássica do Extremo Oriente”. A 66ª edição do Grande Prémio de Macau disputa-se de 14 a 17 de Novembro.

26 Ago 2019

GP Macau | Filipe Souza não repete corridas do WTCR

[dropcap]F[/dropcap]ilipe Souza já decidiu. O piloto macaense abdicou de repetir a participação na Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) no Grande Prémio de Macau este ano, para regressar à Taça de Carros de Turismo de Macau, onde espera lutar pelos lugares cimeiros da categoria “1950cc e Superior” e à geral.

Souza foi presença assídua na Corrida da Guia entre 2011 e 2014 e regressou em 2018, onde, integrado no pelotão do WTCR, terminou em 19º lugar em duas das corridas e em 17º noutra, sendo o piloto do território melhor classificado na primeira corrida. Contudo, após analisar as opções que tinha para o mês de Novembro, o campeão de Macau de Carros de Turismo de 2015 e 2016, na classe “AAMC Challenge”, optou contra correr novamente na competição mundial.

“Numa corrida do WTCR gasta-se muito dinheiro e as hipóteses de obter bons resultados são baixas”, explicou ao HM o piloto da RAEM que sabe que dificilmente pode competir com as equipas de fábrica e pilotos que, para além de serem rotulados como os melhores da especialidade, chegam a Macau com outra quilometragem e recursos.

Assim sendo, Souza vai apontar baterias à Taça de Carros de Turismo de Macau e vai fazê-lo com o mesmo Audi RS3 LMS TCR com que competiu nas provas de apuramento do Campeonato de Macau de Carros de Turismo (MTCS) em Zhaoqing e na pretérita edição do Grande Prémio de Macau.

Audi dá garantias

Para além das provas do MTCS, Souza tem disputado esta época diversas corridas na República Popular da China com o Audi da TA Motorsport, o que lhe permite fazer uma avaliação optimista para a prova de Novembro.

“Já fiz muitos testes e corridas com o meu Audi e vi as minhas melhores voltas. O carro é muito competitivo e compara-se aos carros de Road Sport”, explica Souza, desmistificando um pouco da ideia que os TCR dificilmente podem superar em pista as máquinas “Road Sport”, a designação popular dos automóveis desenvolvidos localmente para a classe “1950cc ou Superior”.

Depois de ter lutado pela vitória, tendo ficado mesmo no segundo lugar na categoria “1600cc Turbo” desta mesma corrida, Souza espera rodar nos lugares da frente da Taça de Carros de Turismo de Macau na grande prova do final do ano.

“Acho que o meu carro está agora muito competitivo, com andamento comparável aos carros de topo de Road Sport no Circuito da Guia. Se comparar os tempos do ano passado, a minha melhor volta ficava dentro dos cinco primeiros da classe do Road Sport. Por isso, com esse pensamento, decidi competir no Taça Macau este ano”, esclareceu.

Campeonato para vencer

O piloto macaense tem feito diversas corridas esta temporada e, para além do MTCS, está a disputar a categoria TCR dos Pan Delta Super Racing Festival aqui ao lado no Circuito de Zhuhai.

“Vou participar na última corrida em Setembro e se ganhar vou ser o campeão”, diz Souza que na classificação está em segundo, apenas atrás do tailandês Pattarapol Vongprai da Honda.

Só um infortúnio na última corrida impede hoje o experiente piloto de carros de turismo do território de não estar à frente nas contas do campeonato. “A corrida passada até correu muito bem dadas as circunstâncias, pois fiz a pole-position e a melhor volta. Arranquei muito bem, mas a duas últimas voltas do fim um pneu furou, e começou a perder ar, por isso perdi o primeiro lugar. Felizmente consegui acabar no segundo lugar, o que me permite ainda agora lutar pela vitória no campeonato”, esclareceu.

Souza ainda está a trabalhar num outro projecto, levar uma equipa só de pilotos de Macau à primeira edição da “TCR Spa 500” – a prova de resistência só para viaturas TCR a realizar no circuito de Spa-Francorchamps em Outubro.

13 Ago 2019

Automobilismo | Ávila satisfeito com a ligação à MG

[dropcap]R[/dropcap]odolfo Ávila teve o privilégio de estrear em competição o novo MG6 XPower TCR na prova conjunta dos campeonatos TCR China Series/TCR Asia Series que se disputou no Circuito Internacional de Zhejiang o mês passado. O piloto do território gostou do desafio e acredita no potencial do carro inglês fabricado na República Popular da China mas a pensar num mercado global.

O convite que surgiu por parte da equipa MG XPower para que Ávila fizesse parte deste projecto chegou em Junho e foi inesperado. “Não fazia parte dos meus planos para este ano, mas fiquei muito satisfeito com esta oportunidade”, disse ao HM o piloto português, que realça que “aceitou de imediato” mesmo sabendo das limitações em termos desportivos, pois “estamos a falar de um carro totalmente novo, com poucos quilómetros de testes e o primeiro projecto desta natureza realizado na China.”

No regresso oficial da prestigiada marca britânica ao automobilismo, Ávila conseguiu entrar no lote dos doze pilotos mais rápidos na qualificação e passar Q2, terminando as duas corridas no sétimo e sexto lugar entre os concorrentes do TCR China. “O nosso objectivo para esta prova que era terminar as duas corridas com os dois carros foi conseguido. A equipa tem a noção que ainda há muito trabalho pela frente para tornar o carro competitivo, mas este foi um bom primeiro passo”, explicou o piloto da RAEM.

Os dois MG6 XPower TCR estão agora em Xangai a serem preparados para as próximas corridas e Ávila deverá regressar ao volante nos dias 14 e 15 de Setembro em Ningbo.

Macau ainda não

O MG6 XPower TCR foi apresentado no Salão Automóvel de Xangai no início do ano, tendo sido construído e desenvolvido pelos técnicos da marca na China continental. Porém, o carro ainda não possui uma homologação final TCR e para ser autorizado a correr teve que carregar 60 kg de lastro suplementar. Para um dia ser aceite na grelha de partida na Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) e no formato actual da Corrida da Guia do Grande Prémio de Macau, o MG6 XPower TCR precisa mesmo de ser homologado.

“Não sei quais são os planos futuros da marca, se avançam com a homologação ou não”, clarifica Ávila que reconhece que “isso é uma decisão que não me compete”, sendo a sua posição na equipa “ajudar ao desenvolvimento do carro.”

Fundada em Inglaterra em 1924, a MG passou para mãos chinesas em 2006, mas conservou a sua áurea e a ligação com os desportos motorizados – quase todos os modelos que a marca produziu foram utilizados em alguma forma de competição motorizada. O entusiasmo em redor do lançamento deste novo carro de competição não foi excepção e ultrapassou fronteiras, como revela Ávila: “Minutos depois das primeiras notícias apareceram online sobre a primeira corrida do MG6 fui contactado por jornalistas de Inglaterra a quererem saber mais do projecto. Isto mostra o encanto que ainda tem esta marca.”

Prioridade CTCC

Apesar desta presença nas provas de TCR, Ávila reconhece que a prioridade até ao fim da temporada ainda é o Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC). Ocupando o quinto lugar na classificação de pilotos, o piloto lusófono da 333SVW Racing, que até já venceu uma corrida esta época, é bastante claro: “O objectivo número um, traçado no início do ano, é vencer o campeonato de construtores e neste momento estamos na frente. Tive alguns azares em algumas provas, mas temos estado fortes este ano. Falta ainda cumprir a segunda metade do campeonato, mas estamos no caminho certo”.

Com quatro eventos ainda por realizar este ano, o CTCC ainda irá visitar os circuitos chineses de Ningbo, Zhuhou, Xangai e o circuito citadino de Wuhan.

5 Ago 2019

Automobilismo | Rui Valente prepara regresso ao Circuito da Guia

Depois de um ano em que não conseguiu cumprir os mínimos para correr na Taça de Carros de Turismo de Macau, Rui Valente regressou em grande ao garantir o apuramento para o mais importante evento desportivo do território

 

[dropcap]H[/dropcap]á doze meses Rui Valente até tinha razões para celebrar, pois cumpria o feito notável de alcançar trinta anos de carreira no automobilismo. No entanto, desportivamente, a vida não lhe sorria. Devido a diversos problemas com o seu Mini, o mais antigo piloto português em actividade em Macau não conseguiu o apuramento para a Taça de Carros de Turismo de Macau e, na altura, nem tinha a certeza que iria regressar ao Circuito da Guia.

Doze meses passaram e a conjuntura inverteu-se. Este ano o apuramento correu de feição e ficou resolvido logo no primeiro Festival de Corridas de Macau, realizado no Circuito Internacional de Guangdong, nos arredores da cidade continental chinesa de Zhaoqing. O segundo Festival de Corridas de Macau não foi tão profícuo em termos de resultados, mas as performances obtidas em pista foram entusiasmantes.

“O carro nunca esteve tão forte como no fim-de-semana de Junho”, explicou Rui Valente ao HM. Graças a um “motor novo, com mais potência que o anterior”, o Mini Cooper S passou a andar “tanto como os carros da frente”, ao ponto de, na segunda corrida do segundo confronto, “estar em terceiro lugar”. Infelizmente, o destino quis outra coisa e “quando a seis voltas do fim o fusível da bomba de gasolina desligou-se automaticamente, devido ao excesso de aquecimento, e o carro parou”.

O problema já tinha ocorrido na corrida anterior. A bomba foi nova para a segunda corrida, mas o problema manteve-se. Sem mais nenhuma corrida prevista para o Mini até Novembro, apenas umas corridas de resistência com o Honda DC5 para manter a forma, Rui Valente vai focar-se na preparação para a corrida mais importante do ano realizando vários testes.

Já a pensar no GP

Ainda faltam quatro meses para o Grande Prémio, mas não há tempo a perder, porque o Mini ainda vai receber algumas actualizações técnicas antes do ansiado evento final de temporada. Na prova, dentro da Corrida da Taça de Carros de Turismo de Macau, para os carros da categoria “1600cc turbo”, é consabido que os Mini Cooper S e os Ford Focus têm dificuldade em acompanhar em velocidade de ponta os Peugeot RCZ, principalmente aqueles preparados pela Suncity Racing Team, e os Chevrolet Cruze da Son Veng Racing Team.

Por isso mesmo, não é por acaso que “vou melhorar a aerodinâmica do carro para ter mais velocidade na recta em Macau”, explica Rui Valente. “A ver se assim aproximamos mais dos Peugeot RCZ da Suncity Racing Team”, refere Rui Valente que tem os vencedores do MTCS como bitola.

“O carro está espectacular”, afirma convicto o veterano piloto do território, mas na teoria “não tenho carro para ganhar aos RCZ, mas em corrida nunca se sabe…”.

Com uma preparação de acordo com o orçamento muito superior ao da concorrência, os carros da equipa de Hong Kong são naturalmente os favoritos ao triunfo, todavia, ainda está na memória de todos, quando em 2017 o São Pedro alagou o Circuito da Guia e, contra as previsões, foi Jerónimo Badaraco quem saiu vitorioso.

29 Jul 2019

Automobilismo | Equipas japonesas ficam de fora do GP Macau F3

A adopção dos mais modernos monolugares do Campeonato FIA de Fórmula 3 por parte da Taça do Mundo FIA de Fórmula 3 do 66º Grande Prémio de Macau deixou os japoneses desconsolados. A prova revestia-se de capital importância para as equipas de Fórmula 3 do “país do sol nascente” e agora deixou forçosamente de o ser

 

[dropcap]K[/dropcap]eisuke Kunimoto, o último piloto japonês a vencer a prova de Fórmula 3 do Circuito da Guia, em 2008, logo após a corrida durante a qual superou Edoardo Mortara no sprint final rumo à vitória, exprimia ao HM a sua felicidade pelo êxito obtido, pois “tem um especial significado de vencer aqui”, isto porque “esta corrida tem um impacto muito grande no Japão. É a única oportunidade de enfrentar os melhores pilotos e equipas da Europa em terreno neutro e numa pista espectacular.”

Pelo número de jornalistas que se desloca à RAEM naquele fim-de-semana de Novembro, não é difícil perceber que o Grande Prémio de Macau é o evento de automobilismo do continente asiático que goza de maior protagonismo no Japão, excluindo os Grande Prémios de Fórmula 1.

Hoje, é com imensa tristeza que as equipas de Fórmula 3 nipónicas se vêm privadas da tradicional romaria de fim de ano a Macau. “Acreditamos que a maior parte das nossas equipas partilham do mesmo sentimento que nós – estamos extremamente desapontados com o anúncio recente [de Macau],” diz Susumu Koumi, responsável da equipa TOM’S, cuja equipa venceu o Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 mais vezes que qualquer outro adversário. “O nosso chefe engenheiro, Jun Yamada, disse-me: ‘Que pena – um evento histórico e uma corrida tão importante para nós’.”

Caso perdido

A federação japonesa terá desde a primeira hora se oposto em Paris a este novo conceito da FIA para a F3, em que os carros têm um chassis e um motor de uma única marca, o que limita a área de intervenção das equipas e respectivos engenheiros, restringindo também a diversidade técnica e tecnológica.

A disciplina nasceu nos anos 1950 com um espírito completamente antagónico ao caminho que a federação internacional decidiu agora traçar, que deixa de fora de uma assentada pequenos construtores de monolugares, empresas de engenharia, fornecedores de componentes técnicos e até construtores automóveis.

Como o organizador do Campeonato FIA de Fórmula 3 tem o exclusivo dos direitos comerciais sobre os carros, ninguém os pode adquirir, aparte das dez equipas que têm a licença para competir no campeonato a tempo inteiro. Como este caminho traçado pela federação internacional está trancado com contratos plurianuais, não haverá forma de as equipas japonesas regressarem a curto trecho àquele que era a sua favorita arena de final de temporada.

25 Jul 2019

Automobilismo | Riscos de velocidades máximas da F3 dividem opiniões

A confirmação do uso da última geração de monolugares na Taça do Mundo FIA de Fórmula 3 do 66º Grande Prémio de Macau, a que se seguiu o anúncio que a Federação Internacional do Automóvel (FIA) se prepara para mexer em alguns pontos estratégicos do Circuito da Guia a nível da segurança, atiçou novamente a conversa sobre as velocidades que estes pequenos carros de corrida irão atingir

 

[dropcap]O[/dropcap]s novos carros têm um sistema DRS, a sigla inglesa para o sistema de redução de arrasto. Este sistema é visto na Fórmula 1 desde 2011 e existe com o propósito de facilitar ultrapassagens, através da redução do arrasto aerodinâmico durante um curto espaço de tempo e numa zona particular da pista. Pela primeira vez este ano, o regulamento do Grande Prémio de Macau de F3 abre a porta para o uso deste equipamento que tornará os carros ainda mais rápidos, em velocidade de ponta, apesar da FIA não ter ainda comunicado como e se este sistema será mesmo utilizado.

O vencedor do ano passado, Dan Ticktum, sem beneficiar do cone de aspiração, foi cronometrado a 267km/h antes da travagem para a Curva do Lisboa. Os F3 actuais atingem velocidades de cerca de 280km/h nos circuitos convencionais, tendo superado a barreira dos 300km/h em Monza. O anterior monolugar pesava cerca de 580kg, menos cento e dez quilogramas que o actual, o que, para quem entender as leis da física, dá um momento linear superior em 33,7 por cento.

O brutal acidente de Sophia Flörsch o ano passado continua bem presente em todos intervenientes. Frits van Amersfoort, o chefe da equipa por quem Flörsch conduziu em 2018, lembrou, em entrevista à revista inglesa Autosport, que “Barry Bland [ex-co-coordenador do Grande Prémio de Macau de F3] introduziu os carros de F3 em Macau em 1983. Na altura, era uma excelente ideia, mas não nos podemos esquecer que esses primeiros carros de F3 tinham restritores de ar de 24 milímetros e 190 cavalos de potência. Agora vão correr com mais de 300 cavalos. Será sensato fazê-lo?”

Trevor Carlin, co-proprietário da equipa Carlin, a equipa por quem o português António Félix da Costa venceu o Grande Prémio, partilha o mesmo desassossego, como revelou à publicação britânica. “Estou ligeiramente preocupado com as velocidades, porque a velocidade máxima irá ser imensa”, afirmou o inglês, que acrescentou que “pelo que ouvi, eles (a FIA) fizeram simulações e dizem que está tudo bem. Mas claro, eles obviamente nunca estiveram ao pé do Mandarim ou do Lisboa.”

Pilotos tranquilos

Curiosamente, ao contrário da chefe de equipa, os pilotos estão mais tranquilos. Questionado sobre a perigosidade do Circuito da Guia numa sessão de perguntas e respostas com os fãs que antecedeu a ronda britânica do Campeonato FIA de Fórmula 3, no passado fim-de-semana, Jack Hughes, piloto que terminou em quarto lugar na pretérita edição da corrida, garantiu que “pessoalmente não acho que seja mais perigoso. Macau é perigoso, ponto final. É e sempre há-de ser. Eu não penso que a FIA vá tirar esse factor.”

Para o piloto inglês, conhecedor como poucos das diferenças entre as duas gerações de carros, “as velocidades não serão assim tão mais elevadas com o novo chassis Dallara. Com o carro anterior já eram de 270km/h. Não será uma diferença enorme, apenas na primeira curva. Na montanha as velocidades atingidas não serão muito diferentes.”

O jovem piloto de Macau Leong Hon Chio, que continua a trabalhar para fazer parte do lote restrito de 30 pilotos que correrão na edição deste ano da prova e que se estreou na categoria o ano transacto, em declarações ao HM, diz que “não acredita” que haja uma escalada dos riscos e reconhece que, em princípio, “estará tudo bem”. Para o piloto da RAEM, se os “Fórmula 1 correm no Mónaco, os novos F3 devem ser bons em Macau.”

19 Jul 2019

Automobilismo | FIA vai mexer na Curva do Lisboa

De forma a acomodar a Taça do Mundo FIA de Fórmula 3 com carros de última geração, o Circuito da Guia terá de sofrer alterações, especialmente focado na segurança

 

[dropcap]N[/dropcap]a conferência de imprensa do passado mês de Maio, a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau tinha deixado perceptível que a Taça do Mundo FIA de Fórmula 3 da 66ª edição do Grande Prémio de Macau iria ser realizada com a última geração de monolugares da disciplina. Contudo, apenas na semana passada a Federação Internacional do Automóvel (FIA) confirmou oficialmente que serão os novos carros do Campeonato FIA de Fórmula 3 a dar corpo do Grande Prémio de Macau de Fórmula 3, realçando com especial ênfase o factor segurança.

Também construído pela Dallara e incorporando os últimos elementos de segurança da FIA, incluindo o “halo” e os painéis anti-intrusão, o novo carro de Fórmula 3 é maior e mais potente que o antecessor. Apesar do receio quase generalizado quanto às velocidades que este carro será capaz de atingir, a introdução deste monolugar no Circuito da Guia permite a Macau conservar a Taça do Mundo da disciplina pelo quarto ano consecutivo.

Para o Presidente da Comissão de Monolugares da FIA, Stefano Domenicali, a Taça do Mundo FIA de Fórmula 3 é “um dos testes máximos para os jovens pilotos e nós trabalhámos no duro para assegurar que se mantém entre os eventos mais prestigiados do calendário do automobilismo”. O ex-director desportivo da Scuderia Ferrari na Fórmula 1 e actualmente CEO da Lamborghini está a desfrutar da temporada “super-competitiva” e “combativa” do Campeonato FIA de Fórmula 3 e admite que “a perspectiva de ver esta grelha em Macau é muito entusiasmante”.

Domenicali destacou o facto desta nova geração de Fórmula 3 “ser mais potente que as iterações anteriores” e apresentar as “últimas soluções de segurança” para monolugares. O italiano que está responsável pelas categorias de fórmulas a abaixo da Fórmula 1 confessa “que juntando isto com as mudanças que serão feitas no Circuito da Guia este ano, aguardo uma Taça do Mundo FIA de Fórmula 3 segura e espectacular.”

O Circuito da Guia possuía até ao ano passado homologação Grau 3 da FIA, sendo que para acolher estes novos carros a FIA requer a passagem a Grau 2. Para tal, algumas alterações, especialmente focadas na segurança, terão que ser embutidas no traçado arquitectado em 1954.

FIA parca em palavras

Depois do monstruoso acidente de Sophia Flörsch o ano passado, a curva do Hotel Lisboa irá com certeza merecer uma especial atenção por parte dos delegados da segurança da federação internacional.

No comunicado emanado pela FIA, o órgão máximo que rege o desporto automóvel é parco nas palavras sobre que modificações serão implementadas no traçado de 6.2 quilómetros, apenas referindo que “a segurança se mantém a principal prioridade para a FIA, com várias actualizações a serem realizados antes da edição de 2019, incluindo um novo perfil das barreiras da curva do Lisboa.”

Diversas fontes ouvidas pelo HM acreditam que a escapatória da Curva do Lisboa poderá ser alvo de alterações e que a polémica “salsicha” azul, colocada no interior da curva e que serviu de lançamento ao carro da alemã Sophia Flörsch, poderá ser removida. A Comissão Organizadora despende anualmente bastante energia e recursos na segurança do circuito, sendo expectável que haja outras novidades nesta área para o evento de Novembro.

Entretanto, está confirmado que a grelha de partida da corrida de Fórmula 3 vai ser composta novamente por 30 carros, mais dois que nas pretéritas edições, o que permitirá a todas as equipas do Campeonato FIA de Fórmula 3 visitarem a RAEM em Novembro.

11 Jul 2019

Automobilismo | Red Bull dispensa duplo vencedor do GP Macau

No passado mês de Novembro, Dan Ticktum entrou para o restrito painel de pilotos que venceram o Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 por duas ocasiões. Depois da notícia de que a restrita porta da Fórmula 1 poderia estar aberta ao britânico, a Red Bull veio agora fechar essa possibilidade

 

[dropcap]H[/dropcap]á seis meses, aclamado pela imprensa internacional especializada pelo seu triunfo irrepreensível entre nós, o inglês de 20 anos era um sério candidato a um lugar na Fórmula 1. Seis meses depois, Ticktum recebeu “ordem de marcha” de quem lhe ia proporcionar essa possibilidade, a Red Bull.

Depois do segundo triunfo consecutivo no Circuito da Guia e sem pontos suficientes para tirar a super-licença, e assim garantir um lugar na Fórmula 1 esta temporada, o piloto que igualou o feito de Edoardo Mortara (2009/10), António Félix da Costa (2012/16) e Felix Rosenqvist (2014/15) foi enviado pela Red Bull para o Japão. A ideia era que o vice-campeão europeu de Fórmula 3 seguisse as pisadas do francês Pierre Gasly que usou a experiência acumulada no exigente campeonato de monolugares nipónico Super Fórmula como trampolim para o “Grande Circo”.

Contudo, ao fim das três primeiras corridas, Ticktum só somou um ponto e ocupava uma modesta 14ª posição na classificação de pilotos.

Na passada quinta-feira, a Red Bull Junior Team comunicou que o mexicano Pato O’Ward iria tomar o volante de Ticktum no Japão. Não houve lugar a explicações, nem qualquer menção ao futuro do jovem inglês. Todavia, em declarações à imprensa durante o fim-de-semana do Grande Prémio da Áustria de Fórmula 1, o Dr Helmut Marko, que gere todas as actividades relacionadas com o automobilismo do gigante das bebidas energéticas, esclareceu que Ticknum não abandonou o Red Bull Junior Team, foi sim afastado.

Menino mal-comportado

Ticktum foi recebido de braços aberto no programa de jovens pilotos da Red Bull, apesar do seu passado colorido. Em 2015, o londrino, então com 16 anos, foi suspenso por duas temporadas por ter atingido propositadamente um rival durante um período de “safety-car” numa corrida da Fórmula 4 britânica. Regressaria à competição no final de 2016 após a Red Bull ter visto nele um campeão em potência.

O ano passado, quando era uma séria possibilidade para a Toro Rosso, a segunda equipa da Red Bull no mundial de Fórmula 1, Christian Horner, o chefe de equipa da Red Bull Formula 1, criticou o compatriota publicamente por “falar antes de pensar”. Isto, depois de Ticktum ter levantado suspeitas quanto à performance superior de Mick Schumacher na segunda metade no europeu de Fórmula 3. Na altura, Horner afirmou que Ticktum teria que moderar o temperamento se quisesse ser considerado um candidato viável à F1.

Colocado pela Red Bull nas séries de Inverno do asiático de Fórmula 3, com o objectivo de alcançar pontos para a tão desejada super-licença, Ticktum voltou a falar com coração quando os resultados ficaram muito aquém das expectativas. Com dois triunfos em Macau no bolso e o estatuto de super-favorito, Ticktum não conseguiu impor-se a uma concorrência teoreticamente mais fraca e lançou dúvidas infundadas sobre a legalidade dos carros dos seus adversários. A desilusão foi tão grande que a Red Bull colocou um fim prematuro a esta primeira aventura asiática.

O seu curto périplo na Super Fórmula também não correu bem, deixando críticas à equipa e levantando dúvidas sobre a condição do seu monolugar. A Red Bull não foi na conversa e desta vez cortou o mal pela raiz.

1 Jul 2019

Festival de Corridas | Nomes lusos selaram apuramento para o GP

[dropcap]O[/dropcap] Circuito Internacional de Guangdong, nos arredores da cidade continental chinesa de Zhaoqing, foi palco do segundo e decisivo Festival de Corridas de Macau, a manifestação de automobilismo anual organizada pela Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) que apura este ano os pilotos locais para a “Taça de Carros de Turismo de Macau” e para a “Taça GT – Corrida da Grande Baía” da 66ª edição do Grande Prémio de Macau.

Pilotos de Macau, Hong Kong, Taiwan, Japão, Singapura, Coreia do Sul e China continental lutaram em pista por uma entrada directa no evento do mês de Novembro. Entre os pilotos do território, esta segunda jornada do Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCC) serviu para confirmar o apuramento de vários nomes portugueses.

Com quase tudo praticamente definido quanto ao apuramento dos dezoito concorrentes, seis dos vinte e quatro inscritos não compareceram sequer à prova. Na primeira corrida do fim-de-semana, Cheong Chi On triunfou, cortando a linha de meta com meio segundo de avanço sobre o Chevrolet Cruze de Jerónimo Badaraco. Às portas do pódio e atrás de Chang Weng Tong, terminou Célio Alves Dias que assim garantiu o regresso a uma prova onde esteve ausente em 2018.

No segundo embate, Alex Fung levou o “super” Peugeot RCZ da Suncity Racing Team ao triunfo, seguido de Cheong Chi On e Cheang Kin San. Badaraco não conseguiu repetir o segundo lugar na segunda corrida, devido a um problema de embraiagem, mas passar à fase seguinte nunca esteve em questão.

Também já com o carimbo para o “GP”, obtido na primeira jornada dupla, Rui Valente teve uma jornada azarada, mas onde deixou boas indicações para o que está para vir. O “renovado” MINI do piloto português rodou mesmo nos lugares do pódio na segunda corrida, mas um fusível da bomba de gasolina, que se desligou automaticamente devido ao excesso de aquecimento da bomba, quis o contrário. Um problema desta natureza já tinha sido encontrado na corrida de sábado, o que irá obrigar a equipa a encontrar uma solução para o mesmo nos meses que antecedem a prova.

Venham mais cinco

Na classe “AAMC Challenge 1950cc ou Superior”, que hoje engloba as viaturas que davam corpo ao “Road Sport Challenge” e tinha trinta e oito candidatos para dezoito vagas, o japonês Mitsuhiro Kinoshita e Samson Fung, de Hong Kong, dividiram os triunfos nas duas corridas do programa. Contudo, o elemento de maior destaque é o maior número de sempre de nomes portugueses apurados para o Grande Prémio de Macau nesta categoria: cinco.

O sistema de pontuação e um calendário reduzido permite aos pilotos que obtiveram resultados dentro dos cinco primeiros encarar esta segunda jornada sem qualquer pressão. A Delfim Mendonça Choi, Sabino Osório Lei e de Hélder Assunção, que tinham garantido o apuramento em Maio, juntaram-se Luciano Castilho Lameiras que terminou a primeira corrida na quinta posição, optando depois por não alinhar na corrida de domingo.

Também apurado está Filipe Souza que nesta sua estreia na categoria apenas selou o passaporte com um quarto lugar na última oportunidade, embora o experiente piloto macaense possa abrir mão à vaga conquistada em Zhaoqing para regressar ao Circuito da Guia integrado na caravana do WTCR.

Entre os GT, onde Eurico de Jesus já tinha garantido o passaporte, Lei Kit Meng, Kenny Chung e Sam Lok partilharam os triunfos de uma categoria que foi novamente dividida em dois grupos.

25 Jun 2019

F1 | Grande Baía fora do roteiro do campeonato

[dropcap]O[/dropcap] Campeonato do Mundo de Fórmula 1 procura uma segunda corrida na República Popular da China e a organização do maior campeonato está em conversações com governos de seis cidades chinesas, mas nenhuma destas é da Grande Baía.

No passado mês de Abril, a AFP revelou que uma representação da Liberty Media, a empresa norte-americana que gere dos destinos da Fórmula 1 desde 2017, visitou seis cidades chinesas para negociar a possibilidade de realizar uma segunda prova no país que acolheu 1000º Grande Prémio de Fórmula 1 este ano no Circuito Internacional de Xangai.

A China integra o calendário da Fórmula 1 desde 2004 e a Liberty Media, proprietária da Fórmula, não esconde o interesse em expandir a sua presença no mercado asiático. No próximo ano, Hanói receberá o primeiro Grande Prémio do Vietname, “uma corrida realmente especial que oferecerá uma competição excitante”, prometeu o chefe máximo da Fórmula, Chase Carey.

Apesar da República Popular da China possuir mais de uma dezena e meia de circuitos espalhados por todo o país, apenas o Circuito Internacional de Xangai tem as infra-estruturas para acolher um evento desta natureza. A solução passaria por organizar uma prova num circuito provisório numa das grandes cidades do pais.

“A Fórmula E tem duas provas na China, porque não ir a Hong Kong ou Pequim?” afirmou Toto Wolff, o responsável máximo da equipa de Fórmula 1 da Mercedes ao canal televisivo alemão Sport1. “Este é um dos mercados mais importantes para a Mercedes e para a Fórmula 1.”

Em declarações à AFP, Sean Bratches, o director comercial da Liberty Media, não confirmou, nem negou, a vontade que a Fórmula 1 tem em realizar uma prova nas ruas de Pequim, como tem vindo a ser falado insistentemente nos bastidores do “Grande Circo”.

Longe daqui

Uma prova de Fórmula 1 na região da Grande Baía poderia ter impacto negativo na relevância do Grande Prémio de Macau, o maior evento desportivo de carácter anual da RAEM. Contudo, essa questão nem sequer se coloca por agora.

A Liberty Media não comenta as negociações em curso, mas segundo o que o HM apurou as seis cidades chinesas que terão recebido a representação da Liberty Media foram Pequim, Chengdu, Xian, Tianjin, Wuhan e Hangzhou. Nenhuma das cidades da Grande Baía, nomeadamente Guangzhou, Shenzhen, Zhuhai, Foshan, Huizhou, Dongguan, Zhongshan, Jiangmen, Zhaoqing, Hong Kong e Macau – estará, por agora, no roteiro da Fórmula 1.

Hoje em dia, quem ambicione entrar no exclusivo calendário do Grande Prémio de Fórmula 1 terá que estar disposto em gastar pelo menos 320 milhões de patacas e encontrar um patrocinador principal capaz de desembolsar mais 40 milhões de patacas.

Zhuhai é passado

O Circuito Internacional de Zhuhai foi o primeiro circuito permanente construído na República Popular da China e inicialmente pensado para acolher a Fórmula 1, numa ideia que Bernie Ecclestone, o então dono do campeonato, andou a conjecturar durante nove anos.

A cidade chinesa adjacente a Macau chegou mesmo a fazer parte do calendário provisório do mundial de Fórmula 1 em 1998, mas a Federação Internacional do Automóvel (FIA) optou por cancelar a corrida por falta de condições da infra-estrutura. A prova ainda foi adiada para 1999, mas voltou a ser anulada pelas mesmas razões. Foram precisos mais cinco anos para a caravana da Fórmula 1 visitar o país da Grande Muralha. Hoje o circuito de Zhuhai não tem a homologação mínima necessária e continua sem ter uma infra-estrutura para receber os monolugares mais rápidos do planeta.

21 Jun 2019

GP Macau | Cinco construtores esperados na Taça do Mundo de GT

[dropcap]J[/dropcap]á são conhecidas as primeiras informações sobre a quinta edição da Taça do Mundo de GT da FIA que se disputará no programa da 66ª edição do Grande Prémio de Macau. A edição do ano passado teve boa adesão por parte dos construtores, mas só conseguiu reunir catorze viaturas, o número limite para a prova se realizar. Este ano é esperada uma grelha de partida mais composta.

Na conferência de imprensa de apresentação do Grande Prémio, no mês passado, Chong Coc Veng, Coordenador da Subcomissão Desportiva da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau, referiu que “as equipas da FIA e da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau (COGPM) tomaram já medidas com o objectivo de atrair mais pilotos a Macau e para melhorar ainda mais a corrida para o espectadores.”

A prova continuará a ser co-organizada pela influente SRO Motorsports Group que, numa comunicação enviada às equipas na passada quarta-feira, esclarece que o “formato manter-se-á praticamente inalterado: com pilotos e equipas apoiados pelos construtores em luta por um dos mais prestigiados títulos das corridas de GT”.

A estrutura do fim-de-semana da Taça do Mundo também não sofrerá alterações, estando previstos dois treinos-livres de 30 minutos, uma sessão de qualificação com a mesma duração, uma corrida de qualificação de 12 voltas, provavelmente a ser realizada no sábado do evento, e a corrida decisiva de 18 voltas, ou 75 minutos, no domingo. Como é tradição, as viaturas participantes também deverão ser expostas na Praça do Tap Seac no fim-de-semana que antecede o evento, proporcionando à comunidade local um contacto muito próximo com algumas das máquinas que irão animar o fim-de-semana de 16 e 17 de Novembro.

Para além da importância do triunfo na prova, os concorrentes também irão contender pelas 725,000 patacas, em prémios monetários, que estarão em jogo.

Quem virá?

Neste momento ainda é cedo para prever quem serão os pilotos e equipas que irão marcar presença no Circuito da Guia em Novembro. No entanto, segundo a comunicação enviada aos potenciais intervenientes, “nesta fase inicial estamos a contar com pelo menos cinco construtores”.

O ano passado cinco construtores disseram “sim” ao desafio de Macau – Audi, BMW, Mercedes-AMG, Nissan e Porsche. Os quatro gigantes da indústria automóvel germânica deverão repetir a presença este ano, tendo a BMW, que venceu o ano passado com o brasileiro Augusto Farfus, e a Porsche já admitido as suas intenções publicamente. A Bentley, a Honda, a Lamborghini e a Nissan são outros construtores que também estarão a ponderar um regresso à RAEM.

Além dos pilotos “Ouro” e “Platina” segundo o ranking da FIA, a prova irá aceitar a presença de pilotos “Prata”. Para incentivar a presença dos mesmos, haverá prémios monetários para os três melhores classificados. Os dois pilotos de automobilismo mais representativos do território, os portugueses André Couto e Rodolfo Ávila, são únicos categorizados pela FIA como “Silver”.

O período de inscrições para a prova dura de 28 de Junho até ao dia 31 de Agosto. Contudo, a lista de inscritos só será tornada pública na habitual Conferência de Imprensa da COGPM no mês de Outubro.

10 Jun 2019

Guangdong | Pilotos de matriz lusa em evidência

[dropcap]N[/dropcap]o Circuito Internacional de Guangdong, nos arredores da cidade continental chinesa de Zhaoqing, realizou-se o primeiro Festival de Corridas de Macau, a manifestação de automobilismo anual organizada pela Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) que este ano irá apurar os pilotos locais para a “Taça de Carros de Turismo de Macau” e para a “Taça GT – Corrida da Grande Baía” da 66ª edição do Grande Prémio de Macau.

Com condições climáticas instáveis, em que a chuva marcou presença com especial incidência no dia de sábado, pilotos de Macau, Hong Kong, Taiwan, Japão, Coreia do Sul e China continental lutaram por uma vaga na grande corrida do mês de Novembro. Para os pilotos macaenses, esta jornada do Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCC) foi bastante positiva, com vários nomes portugueses a alcançarem resultados promissores e alguns a carimbarem já o passaporte para a prova do Circuito da Guia.

Tal como em anos anteriores, os ultra-preparados Peugeot RCZ da Suncity Racing Team ditaram as leias na categoria “AAMC Challenge 1.6 Turbo”, com Paul Poon a vencer no sábado e Alex Fung no domingo. Num circuito que conhece bem, o veterano piloto português Rui Valente esteve em pleno destaque ao ser sexto classificado na corrida de sábado, em piso molhado, onde a diferença entre o seu Mini Cooper S para os demais não é tão notória. Na corrida de domingo, Valente levou um toque, caindo para último, recuperando num pelotão de mais de duas dezenas de viaturas até ao décimo lugar final, praticamente selando o seu apuramento.

Já Jerónimo Badaraco largou do sexto lugar na primeira corrida, mas deu-se mal com a chuva, terminando no 11º posto. Contudo, na segunda corrida e mesmo com problemas na bomba de água do Chevrolet Cruze, o piloto macaense obteve um valioso quarto lugar.

Vitória macaense

Na classe “AAMC Challenge 1950cc ou Superior”, que hoje engloba as viaturas que davam corpo ao “Road Sport Challenge”, o favorito Leong Ian Veng triunfou tranquilamente no sábado, terminando à frente do estreante Sabino Osório Lei e de Hélder Assunção.

Depois de um quarto lugar na primeira corrida, Delfim Mendonça Choi fechou o fim-de-semana com uma espectacular vitória no domingo, numa corrida em que o pódio ficou também preenchido pelos pilotos locais Lam Kam San e Chan Chi Ha.

Numa corrida de sábado onde os pilotos de matriz lusa tiveram em evidência, Luciano Lameiras obteve um quinto lugar, ele que desistiu no segundo embate com um problema de caixa de velocidades no seu Mitsubishi. Ao volante de um Audi RS 3 TCR, Filipe Souza teve um fim-de-semana complicado na sua estreia na categoria, mas ainda assim conseguiu um lugar entre os dez primeiros na primeira corrida.

Estreia dos GT

Com vinte e cinco inscritos aos comandos de viaturas de Grande Turismo (GT) num circuito tão exíguo como este, os organizadores optaram por dividir o pelotão em dois na Taça GT – Corrida da Grande Baía. Sendo assim, no Grupo A, Alex Au de Hong Kong, em Audi R8 LMS, e Kevin Tse de Macau, em Mercedes-AMG GT4, dividiram os triunfos. Já no Grupo B, David Pun de Hong Kong, em Aston Martin Vantage GT4, e o conhecido piloto do território Lei Kit Meng, em Ginetta G55 GT4, partilharam as vitórias que uma categoria que também abarca o recém-criado “AAMC GT Challenge”. Eurico de Jesus, que está a participar com um Lotus Exige ex-Taça Lotus, terminou ambas as corridas no quinto posto.

O segundo Festival de Corridas de Macau, também a ser realizado no Circuito Internacional de Guangdong, está agendado para o fim-de-semana de 22 e 23 de Junho.

28 Mai 2019

F3 | Novo carro de Sophia Flörsch não afasta vontade de regressar

[dropcap]S[/dropcap]ophia Flörsch, a jovem piloto alemã que saiu miraculosamente ilesa após o aparatoso acidente na edição passada do Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Taça do Mundo de F3 da FIA, promete voltar este ano ao Circuito da Guia. E apesar de não estar a participar no campeonato que acolhe os novos Fórmula 3, nada a impede de voltar à grelha de partida no mês de Novembro.

Na passada quarta-feira a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau (COGPM) confirmou publicamente a vontade de trazer em Novembro à RAEM a última geração dos monolugares de Fórmula 3. Estes trinta monolugares construídos em Itália pela Dallara estão exclusivamente alocados ao Campeonato FIA de Fórmula 3, competição que arrancou em Maio em Espanha e termina em Setembro na Rússia.

Por ser uma Taça do Mundo da FIA, a prova do Circuito da Guia não contará para qualquer campeonato, e Chong Coc Veng, coordenador da Subcomissão Desportiva da COGPM, na conferência de imprensa de apresentação do evento, disse acreditar que “após a conclusão do campeonato na Europa, muitos destes carros e pilotos virão a Macau.”

Durante o defeso, o súbito cancelamento do ex-Campeonato da Europa FIA de Fórmula 3 obrigou a uma mudança de planos de última hora para Sophia Flörsch. A piloto natural de Munique está esta temporada a participar no ‘Formula Regional European Championship’, uma competição reconhecida pela FIA como “Fórmula 3 Regional” que usa carros diferentes e menos potentes que os monolugares que serão vistos nas ruas de Macau no final do ano. Contudo, mesmo perante este cenário, Sophia Flörsch está decidida em regressar ao Oriente, pois “o meu plano é subir ao Campeonato FIA de Fórmula 3 no próximo ano, portanto Macau seria um bom treino para mim”, revelou esta semana ao HM.

A Embaixadora da Boa Vontade do Turismo de Macau mantém-se hoje fiel ao discurso esclarecido que ouvimos momentos depois de ter recebido alta do Centro Hospitalar Conde São Januário.

“Eu adoraria voltar a Macau e a correr (no Circuito da Guia) novamente. É um evento fantástico e a pista é simplesmente incrível”, afirma convictamente a piloto que esta semana esteve a participar no rali histórico italiano ‘1000 Miglia’ com um Mercedes 300 SL e ao lado da compatriota Ellen Lohr que em 1992 fez parte da equipa oficial da Mercedes AMG na Corrida da Guia.

Em negociações

Apesar de ainda estarmos a cinco meses do grande evento desportivo do território, Sophia Flörsch já está em negociações com algumas das dez equipas que planeiam viajar até ao sul da China no final do ano para segurar um volante competitivo.

“Neste momento estou em contactos com equipas para ver se será possível participar em Macau e com quem. Claro, isto depende das equipas e dos meus patrocinadores, mas penso que todos ficarão felizes”, confirma a piloto de 18 anos, que não hesita em concluir, que qualquer que seja o desfecho destas negociações, que “se tiver a possibilidade de voltar a correr em Macau outra vez, definitivamente o farei!”

O 66º Grande Prémio de Macau terá um programa constituído por seis corridas diferentes e será realizado de 14 a 17 de Novembro.

24 Mai 2019

GP Macau | Pilotos locais em força nas provas de apuramento

[dropcap]Q[/dropcap]uase cem pilotos, noventa e nove para sermos mais precisos, inscreveu-se nas provas de apuramento para as corridas da “Taça Carros de Turismo de Macau” e “Taça da Grande Baía de GT” da 66ª edição do Grande Prémio de Macau. A primeira das duas jornadas do Festival de Corridas de Macau, organizadas pela Associação Geral-Automóvel de Macau-China (AAMC), está agendada para o fim-de-semana de 25 e 26 de Maio no Circuito Internacional de Guangdong.

Este ano o Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS, na sigla inglesa) será novamente dividido em duas classes: “AAMC Challenge 1.6 Turbo” e “AAMC Challenge 1950cc ou Superior”.

Os melhores dezoito classificados de cada classe no somatório dos dois fins-de-semana – num total de quatro corridas – terão apuramento directo para o grande evento do mês de Novembro.

Os que ficarem de fora do “top-18” terão que aguardar alguma desistência para terem uma vaga.

A classe “AAMC Challenge 1.6 Turbo”, que tem a particularidade de ter um regulamento técnico único no mundo e que estará a chegar ao fim, reunirá vinte e três concorrentes, dezassete deles da RAEM. Destaque para a presença do veterano português Rui Valente e de Jerónimo Badaraco e Célio Alves Dias, dois nomes incontornáveis do automobilismo macaense.

Popularidade em alta

A popular categoria “Road Sport”, hoje designada como “AAMC Challenge 1950cc ou Superior”, volta a reunir um número vasto de concorrentes. Trinta e oito inscritos provenientes de cinco países e territórios vão medir forças numa classe que acolhe um colorido leque de viaturas e dezanove pilotos locais.

Para além dos tradicionais favoritos Leong Ian Veng, Ng Kin Veng ou Wong Wan Long, o contingente local contará com vários pilotos macaenses. Destaque para a presença de Filipe Souza, que ao volante de um Audi RS3 LMS TCR, que se estreia nesta classe, juntando-se à promessa Delfim Mendonça Choi e aos regressados Jo Merszei e Luciano Castilho Lameiras, que o ano passado falharam a qualificação.

O vencedor da Taça da Corrida Chinesa do Grande Prémio em 2017, Hélder Assunção, também está de volta, mas desta vez com uma máquina nova, um Nissan GTR-34. E numa altura em que o automobilismo do território precisa de novo sangue, há que realçar a estreia de Osório Sabino com um Volkswagen Golf GTi.

Estreia auspiciosa

A novidade do Festivais de Corridas de Macau de 2019 será a introdução da “Taça da Grande Baía de GT”. Esta competição irá permitir a participação de trinta e seis concorrentes na 66ª edição do Grande Prémio de Macau. Destinada a carros da categoria GT4 e ex-Taça Lotus, em termos de adesão, a estreia não poderia ser melhor apesar dos custos base que apresentam este tipo de viaturas.

Com trinta e oito carros garantidos à partida, devido às limitações do circuito dos arredores da cidade de Zhaoqing, a organização viu-se forçada a dividir os participantes em dois grupos. Audi, Aston Martin, BMW, Ginetta, Lotus, Mercedes AMG e McLaren são as marcas representadas numa Taça que no futuro poderá ganhar relevância dentro do Grande Prémio, trazendo para o Circuito da Guia aqueles pilotos que se viram afastados com a introdução da Taça do Mundo FIA de GT há três. Eurico de Jesus, ao volante de um Lotus Exige, é o único nome português na lista de inscritos dos carros de Grande Turismo.

17 Mai 2019