Sabino Osório Lei, piloto que saltou dos videojogos para as corridas reais

[dropcap]N[/dropcap]um período em que o automobilismo de Macau precisa urgentemente de se renovar, a presença de “sangue novo” nas grelhas de partida é sempre bem-vinda. A presença do estreante Sabino Osório Lei em 2019 foi mais uma refrescante adição às provas locais, um piloto que praticamente saiu directo dos simuladores para as corridas a sério.

O piloto macaense debutou no automobilismo apenas na temporada transacta, tendo como experiência anterior nos desportos motorizados algumas participações em eventos de karting na China Continental e um curto teste num Fórmula 4. Contudo, Sabino conta com um vasto currículo nas provas de simuladores, incluindo um segundo lugar nas qualificações da “Esports WTCR OSCARO Asia/Oceania” e a vitória num China Sim Challenge. Depois de ter conseguido o apuramento nas duas provas do Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS), em Zhaoqing, com resultados prometedores, a estreia “a doer” de Sabino no Circuito da Guia também não desapontou.

“Foi fantástico para mim, porque foi a primeira vez no Grande Prémio de Macau e finalmente pude sentir a diferença entre a competição real e o ‘sim racing’…”, explicou ao HM o piloto que tripulou um Volkswagen Golf GTI TCR da equipa local SLM Racing Team.

Sobre a passagem do mundo virtual para o mundo real, Sabino destaca que “a concentração é totalmente diferente”, o que obriga a outro tipo de abordagem. “Tens que manter a tua mente limpa e concentrares-te em tudo o que se passa em pista. O que quero dizer é que não difícil conduzir, mas a parte da ‘concentração total’ requer algum tempo”.

Em termos desportivos, Sabino qualificou-se na décima segunda posição da grelha de partida da Taça de Carros de Turismo de Macau, posição em que terminou a corrida, classificando-se no nono lugar entre os concorrentes da classe “1950cc e Superior”. Este resultado esteve em concordância com os seus objectivos para o evento mais importante da temporada, pois “a minha missão era terminar nos dez primeiros, portanto fiquei satisfeito com o resultado obtido”.

Olhar para fora

Tal como a maioria dos pilotos do território, Sabino ainda não tem a próxima temporada definida, no entanto, está praticamente certo que deverá voltar ao MTCS e ao Grande Prémio de Macau em Novembro. Tentar algo além-fronteiras também não está descartado. “Ainda estou a planear, mas se possível, talvez farei algumas corridas do TCSA, GT Asia, ou TCR Asia”, afirmou.

O piloto que continua activo nas provas de simuladores não esconde um desejo para o futuro: “Eu espero que o AAMC adicione mais corridas ao Grande Prémio, porque gostava de me juntar a uma daquelas corridas de troféus monomarca ou algo parecido em que a competição é mais renhida. Como sabem, a Taça de Carros de Turismo de Macau não é realmente divertida porque existem grandes diferenças entre os carros 1950cc e 1600cc Turbo. Tenho esperanças de ver uma competição com carros com andamentos mais próximos.”

3 Jan 2020

Automobilismo | Vitória em Macau abre portas a Souza na China

[dropcap]F[/dropcap]ilipe Souza foi um dos dois pilotos da RAEM que subiu ao degrau mais alto do pódio na 66ª edição do Grande Prémio de Macau. Depois de ter conseguido cumprir o seu objectivo para esta temporada, o experiente piloto de carros de Turismo está a ponderar as diferentes possibilidades para continuar em bom plano em 2020 e não fecha a porta a um regresso às competições locais.

O piloto macaense abdicou de repetir a participação na Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) no Grande Prémio de Macau este ano, para regressar à Taça de Carros de Turismo de Macau, alcançando o seu objectivo número um: vencer a categoria para viaturas com motorizações de 1950cc ou Superior.

Apesar deste sucesso não ter passado despercebido no automobilismo local, Souza ainda não sabe aonde irá correr na próxima temporada e se voltará a competir no Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS, na sigla inglesa). “Neste momento, não tenho a certeza, mas normalmente tenho que fazer MTCS, porque serve a qualificação para o Grande Prémio de Macau. Caso contrário, só posso fazer a prova do WTCR em Macau”, explicou o experiente piloto do território ao HM.

Regressar esporadicamente ao WTCR, como num passado não muito longínquo, parece estar fora de questão, devido aos “elevados custos e escassas possibilidades de obter um bom resultado para um piloto privado”. Porém, a exemplo de outros pilotos, a nova Taça GT – Corrida da Grande Baía despertou o interesse de Souza, essencialmente por esta reunir carros da categoria GT4, capazes de performances bastante interessantes a um custo razoável.

“É algo que estou a pensar, porque é um campeonato novo para nós e também acredito que é mais competitivo”, realça Souza que em 2017 testou um BMW M4 GT4 no Japão.

Piscar de olho chinês

Para além do triunfo no Circuito da Guia, o piloto do Audi RS3 LMS TCR também se sagrou este ano campeão da categoria TCR dos Pan Delta Super Racing Festival do Circuito Internacional de Zhuhai. Estes resultados de vulto colocaram o nome de Souza no radar das equipas do campeonato TCR China Series para a próxima época.

“O TCR China também é uma hipótese”, revelou Souza. “Este ano fiz duas provas deste campeonato, uma em Zhuhai e outra em Xangai. Tenho equipas que estão a discutir comigo para que corra com eles no próximo ano.” O TCR China Series será composto por seis provas, mais uma que este ano, todas elas na China Interior.

18 Dez 2019

Automobilismo | Vitória em Macau abre portas a Souza na China

[dropcap]F[/dropcap]ilipe Souza foi um dos dois pilotos da RAEM que subiu ao degrau mais alto do pódio na 66ª edição do Grande Prémio de Macau. Depois de ter conseguido cumprir o seu objectivo para esta temporada, o experiente piloto de carros de Turismo está a ponderar as diferentes possibilidades para continuar em bom plano em 2020 e não fecha a porta a um regresso às competições locais.
O piloto macaense abdicou de repetir a participação na Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) no Grande Prémio de Macau este ano, para regressar à Taça de Carros de Turismo de Macau, alcançando o seu objectivo número um: vencer a categoria para viaturas com motorizações de 1950cc ou Superior.
Apesar deste sucesso não ter passado despercebido no automobilismo local, Souza ainda não sabe aonde irá correr na próxima temporada e se voltará a competir no Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS, na sigla inglesa). “Neste momento, não tenho a certeza, mas normalmente tenho que fazer MTCS, porque serve a qualificação para o Grande Prémio de Macau. Caso contrário, só posso fazer a prova do WTCR em Macau”, explicou o experiente piloto do território ao HM.
Regressar esporadicamente ao WTCR, como num passado não muito longínquo, parece estar fora de questão, devido aos “elevados custos e escassas possibilidades de obter um bom resultado para um piloto privado”. Porém, a exemplo de outros pilotos, a nova Taça GT – Corrida da Grande Baía despertou o interesse de Souza, essencialmente por esta reunir carros da categoria GT4, capazes de performances bastante interessantes a um custo razoável.
“É algo que estou a pensar, porque é um campeonato novo para nós e também acredito que é mais competitivo”, realça Souza que em 2017 testou um BMW M4 GT4 no Japão.

Piscar de olho chinês

Para além do triunfo no Circuito da Guia, o piloto do Audi RS3 LMS TCR também se sagrou este ano campeão da categoria TCR dos Pan Delta Super Racing Festival do Circuito Internacional de Zhuhai. Estes resultados de vulto colocaram o nome de Souza no radar das equipas do campeonato TCR China Series para a próxima época.
“O TCR China também é uma hipótese”, revelou Souza. “Este ano fiz duas provas deste campeonato, uma em Zhuhai e outra em Xangai. Tenho equipas que estão a discutir comigo para que corra com eles no próximo ano.” O TCR China Series será composto por seis provas, mais uma que este ano, todas elas na China Interior.

18 Dez 2019

GP Internacional de Karting | Finlandês voador vence em Coloane

[dropcap]A[/dropcap] tradição ainda é o que era. A Tony Kart voltou a ser mais forte que a concorrência na edição de 2019 do Grande Prémio Internacional de Karting de Macau que se realizou no pretérito fim-de-semana no Kartódromo de Coloane. A estrutura fundada em 1958 por Antonio “Tony” Bosio colocou os seus quatro pilotos de fábrica nas quatro primeiras posições da Taça Macau KZ, a corrida “cabeça de cartaz” do fim-de-semana, com Simo Puhakka a sagrar-se o vencedor.

Mesmo sem contar com Marco Ardigò este ano, visto que o carismático especialista transalpino se retirou das lides, o domínio da Tony Kart ao longo da prova raramente foi beliscado. Puhakka, que o ano passado fez a melhor volta da corrida, foi este ano o mais forte, tendo o finlandês de 31 anos levado a melhor sobre os italianos Matteo Viganó e Alessio Piccini que completaram o pódio. O sueco Noah Milell foi o quarto classificado, enquanto o australiano Aaron Cameron, fechou o “Top-5”, sendo o primeiro a não utilizar chassis da Tony Kart, mas sim um JC Kart construído no seu país.

Macau esteve representado na prova por Charles Leong Hon Chio. O jovem piloto que há três semanas competiu no Grande Prémio de Macau de Fórmula 3, abriu uma excepção e queria fazer melhor que o sétimo lugar obtido em 2018, no entanto, tal não foi possível. “Não correu como eu esperava. O resultado não foi bom o suficiente, não me adaptei bem à condução do kart”, afirmou Leong ao HM, ele que terminou no décimo posto.

Outras marcas

Com corridas para todos os gostos, foram vários os pilotos que tiveram motivos para celebrar no evento co-organizado pela Associação Geral-Automóvel Macau-China (AAMC), Instituto do Desporto (ID) e Direcção dos Serviços de Turismo (DST). Na Corrida CKC Macau, classe CKC X30 Cadetes para convidados, onde se destacou a ausência do piloto português inscrito, Pedro Rilhado, venceu Rashid Al Dhaheri dos Emirados Árabes Unidos. Justin Lai, que defendeu as cores de Macau, abandonou na final.

A temporada de 2019 do Campeonato Open Asiático de Karting (AKOC, na sigla inglesa) também chegou também ao fim entre nós, com mais de uma centena de pilotos a marcarem presença. No que respeita aos pilotos do território, Gonçalo Ferreira foi 25º classificado na Fórmula 125 Jr Open/X30 JR, ao passo que Hermes Lai e Lam Kam San foram primeiro e segundo, respectivamente, na final da Fórmula 125/Rotax Veteranos.

10 Dez 2019

GP Internacional de Karting | Finlandês voador vence em Coloane

[dropcap]A[/dropcap] tradição ainda é o que era. A Tony Kart voltou a ser mais forte que a concorrência na edição de 2019 do Grande Prémio Internacional de Karting de Macau que se realizou no pretérito fim-de-semana no Kartódromo de Coloane. A estrutura fundada em 1958 por Antonio “Tony” Bosio colocou os seus quatro pilotos de fábrica nas quatro primeiras posições da Taça Macau KZ, a corrida “cabeça de cartaz” do fim-de-semana, com Simo Puhakka a sagrar-se o vencedor.
Mesmo sem contar com Marco Ardigò este ano, visto que o carismático especialista transalpino se retirou das lides, o domínio da Tony Kart ao longo da prova raramente foi beliscado. Puhakka, que o ano passado fez a melhor volta da corrida, foi este ano o mais forte, tendo o finlandês de 31 anos levado a melhor sobre os italianos Matteo Viganó e Alessio Piccini que completaram o pódio. O sueco Noah Milell foi o quarto classificado, enquanto o australiano Aaron Cameron, fechou o “Top-5”, sendo o primeiro a não utilizar chassis da Tony Kart, mas sim um JC Kart construído no seu país.
Macau esteve representado na prova por Charles Leong Hon Chio. O jovem piloto que há três semanas competiu no Grande Prémio de Macau de Fórmula 3, abriu uma excepção e queria fazer melhor que o sétimo lugar obtido em 2018, no entanto, tal não foi possível. “Não correu como eu esperava. O resultado não foi bom o suficiente, não me adaptei bem à condução do kart”, afirmou Leong ao HM, ele que terminou no décimo posto.

Outras marcas

Com corridas para todos os gostos, foram vários os pilotos que tiveram motivos para celebrar no evento co-organizado pela Associação Geral-Automóvel Macau-China (AAMC), Instituto do Desporto (ID) e Direcção dos Serviços de Turismo (DST). Na Corrida CKC Macau, classe CKC X30 Cadetes para convidados, onde se destacou a ausência do piloto português inscrito, Pedro Rilhado, venceu Rashid Al Dhaheri dos Emirados Árabes Unidos. Justin Lai, que defendeu as cores de Macau, abandonou na final.
A temporada de 2019 do Campeonato Open Asiático de Karting (AKOC, na sigla inglesa) também chegou também ao fim entre nós, com mais de uma centena de pilotos a marcarem presença. No que respeita aos pilotos do território, Gonçalo Ferreira foi 25º classificado na Fórmula 125 Jr Open/X30 JR, ao passo que Hermes Lai e Lam Kam San foram primeiro e segundo, respectivamente, na final da Fórmula 125/Rotax Veteranos.

10 Dez 2019

WTCR em Macau pelo terceiro ano consecutivo

[dropcap]D[/dropcap]a reunião do Conselho Mundial da Federação Internacional do Automóvel (FIA), realizada na passada quarta-feira em Paris, saiu o calendário para a temporada de 2020 da Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR), competição onde o Circuito da Guia irá continuar a ser parte integrante pelo terceiro ano consecutivo.

A principal competição de carros de Turismo sob a alçada da FIA voltará a ter dez eventos no próximo ano, incluindo provas em Portugal (Vila Real) e na China Interior (Ningbo). No calendário do próximo ano entraram Espanha (Aragão) e Coreia do Sul (Inje) para o lugar da Holanda (Zandvoort) e do Japão (Suzuka). Macau será novamente, a exemplo deste ano, a penúltima prova do ano, ficando o Circuito Internacional de Sepang, na Malásia, com a “honra” de encerrar a temporada.

Entretanto, a FIA e o Eurosport Events prolongaram o contrato por mais três anos que dá à empresa de promoção de eventos do canal pan-europeu de televisão os direitos de ficar à frente da organização da WTCR. Ao mesmo tempo, será introduzido em 2020 um troféu para iniciados que visa a motivar a participação de mais jovens pilotos no campeonato.

De acordo com a informação que chegou de Paris, a 67ª edição do Grande Prémio de Macau será realizada de 19 a 22 de Novembro de 2020. No mês passado, as três corridas da WTCR no Circuito da Guia foram ganhas pelos carros da marca chinesa Lynk & Co, com os triunfos a serem divididos por Yvan Muller (dois) e Andy Priaulx (um).

Nenhuma palavra saiu deste Conselho Mundial sobre as Taças do Mundo de Fórmula 3 e de GT, sendo provável que estas sejam novamente atribuídas à RAEM. O próximo Conselho Mundial está marcado para o dia 6 de Março em Genebra.

9 Dez 2019

Morreu Domingos Piedade, um amigo de Macau

[dropcap]F[/dropcap]aleceu no passado sábado Domingos Piedade, uma figura incontornável do automobilismo português e grande admirador do Grande Prémio de Macau. Piedade tinha 75 anos e lutava há cerca de dois anos contra um cancro no pulmão.

O Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, recordou-o como “uma figura maior” que tudo fez pela projecção do automobilismo. Piedade foi um pouco de tudo, jornalista, manager ou director desportivo, destacou-se como vice-presidente da AMG e teve influência nas carreiras de pilotos mundialmente conhecidos como Emerson Fittipaldi, Michael Schumacher, Michele Alboreto ou Ayrton Senna.

Curiosamente, Piedade estava em Macau no fatídico fim-de-semana que levou o brasileiro. Também teve um papel importante na entrada de Pedro Lamy na Fórmula 1 e foi ele que abriu as portas ao patrocínio da AMG a Nico Rosberg e Lewis Hamilton no karting. Um excelente contador de histórias, em Portugal foi presidente da Circuito do Estoril SA, Conselheiro para a Internacionalização da Economia Portuguesa e durante muitos anos comentou a Fórmula 1 na televisão e rádio. Apesar de já estar reformado, Piedade mantinha-se activo na consultoria para a indústria automóvel, mais precisamente para a HWA, com projectos na área dos veículos eléctricos na República Popular da China, como revelou numa entrevista realizada no ano passado à Rádio Macau.

A abrir portas

Piedade sempre foi um grande admirador do Grande Prémio de Macau, tendo sido fulcral na vinda à Corrida da Guia no início da década de 1990s da poderosa equipa oficial Mercedes-AMG, dando uma projecção internacional à prova rainha de carros de turismo do sudeste asiático que esta até aqui não tinha. Foi o lisboeta que abriu as portas à participação na equipa oficial do construtor de Estugarda do agora Presidente da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, Ni Amorim. Um dos Mercedes 190 E conduzidos por Ni Amorim faz agora parte do espólio do Museu do Grande Prémio. Foi também com ele como manager que Pedro Lamy conseguiu o segundo lugar no Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 em 1992.

Quando esteve presente como convidado no 60º aniversário do Grande Prémio, Piedade deu uma entrevista à agência Lusa onde referiu que o Circuito da Guia “é uma pista muito difícil” e que “se hoje tivéssemos de partir do zero, não seria mais homologada”. Contudo, não deixou de referir que a tradição deverá ser mantida “sempre e quando a parte da segurança não seja demasiado arriscada, o que não é o caso em Macau, sobretudo porque é um evento extraordinariamente bem organizado”.

2 Dez 2019

Grande Prémio Internacional de Karting no próximo fim-de-semana

[dropcap]D[/dropcap]isputa-se no próximo fim-de-semana mais uma edição do Grande Prémio Internacional de Karting de Macau no Kartódromo de Coloane. O evento que vem sendo co-organizado pela Associação Geral-Automóvel Macau-China (AAMC), Instituto do Desporto (ID) e Direcção dos Serviços de Turismo (DST), e que está no calendário internacional de eventos da CIK-FIA, terá um programa recheado de provas: Taça Macau KZ, Corrida CKC Macau (classe X30 Cadete) e as várias corridas das diferentes classes do Campeonato Open Asiático de Karting (AKOC, na sigla inglesa).

A Taça Macau KZ volta a ser a prova “cabeça de cartaz”, juntando algumas estrelas do karting europeu, a nata do karting sudeste asiático, e também concorrentes da Austrália, Canadá e Japão. A grande ausência deste ano é o vencedor da pretérita edição, o italiano Marco Ardigò, mas isso não retira competitividade ao evento, visto que a favorita equipa italiana TonyKart estará presente com quatro dos seus melhores pilotos, incluindo o finlandês Simo Puhakka, o quarto classificado no ano passado e que fez a melhor volta da corrida em 56,975 segundos.

Entre os 42 concorrentes inscritos nesta prova que não pontua para qualquer campeonato, destaque ainda para a presença do regressado Davide Forè, um nome incontornável do karting internacional, o jovem Leonardo Lorandi, o mais recente reforço da Renault Sport Academy, ou Ma Qing Hua, o piloto chinês que actualmente corre na Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) e na Fórmula E.

João Afonso retirou-se das lides no final do ano passado, mas a RAEM continuará a estar bem representada na prova. Apesar de estar afastado do karting a tempo-inteiro, Charles Leong Hon Chio, o jovem piloto que há três semanas competiu no Grande Prémio de Macau de Fórmula 3, abriu uma excepção e vai tentar fazer melhor que o sétimo lugar obtido em 2018. O veterano Lam Kam San, Cheong Man Hei, Leong Kin On e Cheong Chi Hou são os outros pilotos do território que irão tentar a sua sorte entre os melhores da especialidade.

Portugal de volta

Diz a história que a presença de Portugal no Grande Prémio Internacional de Karting de Macau nunca foi forte. Nos dois últimos anos, o país mais ao sul da Europa nem sequer teve qualquer representação na prova. Contudo, este ano, o jovem Pedro Rilhado quebra esse hiato, alinhando na Corrida CKC Macau, classe CKC X30 Cadetes. O piloto de Lamego de 13 anos compete na Categoria Mini-Max do Campeonato de Portugal de Karting e do troféu Rotax Max Challenge Portugal, tendo igualmente realizado as provas do Troféu EasyKart.

No kartódromo inaugurado pela administração portuguesa do território em 1996, Rilhado estará novamente com a sua equipa, a BirelART Portugal. Esta corrida para os mais novos tem 21 concorrentes inscritos, incluindo Justin Lai que defende as cores de Macau.

Fim de festa

A temporada de 2019 do Campeonato Open Asiático de Karting (AKOC, na sigla inglesa) chega ao fim em Macau. No total estão inscritos 120 pilotos, divididos pelas cinco categorias, entre eles quatro pilotos de Macau: Lam Kam San e Hermes Lai na Fórmula 125/Rotax Veteranos, Gonçalo Ferreira na Fórmula 125 Jr Open/X30 JR, e Justin Lai na MiniROK,

As actividades em pista no Kartódromo de Coloane começam na quinta-feira, mas é no domingo que se realizam as “finais”, com a corrida “cabeça de cartaz” de 25 voltas a ser disputada às 15h40.

2 Dez 2019

Celebrações dos 20 anos da RAEM travam circuito citadino em Shenzhen

A cidade de Shenzhen preparava-se para organizar pela primeira vez uma prova de automobilismo e motociclismo de velocidade no mês de Dezembro, mas o evento, à imagem do Grande Prémio de Macau, foi cancelado devido às comemorações dos vinte anos da RAEM.

 

[dropcap]O[/dropcap] “Grande Prémio da Cidade Internacional da Baía de Shenzhen”, assim se traduz em português o nome do evento, estava agendado para os dias 20, 21 e 22 de Dezembro, e tinha o aval do governo local. O traçado, localizado no distrito de Nanshan, era constituído por seis curvas e seis rectas. O menu de provas inclua seis corridas: duas para motos, uma para concorrentes locais e outra internacional, uma para carros de GT, uma para Fórmula Renault e duas para diferentes classes de carros de Turismo.

Várias equipas do sul da China foram convidadas a participar no evento do circuito citadino de Nanshan Shenzhen, apesar de nenhuma corrida contar para qualquer campeonato nacional ou regional. Mesmo sendo os custos de transporte das viaturas e equipamento apresentados relativamente mais elevados para os valores habituais, a prova, que está a ser trabalhada nos bastidores desde o passado mês de Agosto, estava a gerar algum interesse junto da comunidade automobilística, principalmente devido à proximidade a Hong Kong a que se alia o factor novidade.

Contudo, visto que a cidade de Shenzhen faz parte da Grande Baía e a vizinha RAEM estará em festa nesse fim-de-semana, os organizadores anunciaram, em comunicado no início de Novembro, o adiamento da prova. Na comunicação escrita do comité organizador do evento, onde se destaca o “forte apoio da indústria automóvel e difusão”, é permitido ler ainda “que uma nova data será confirmada num futuro próximo e comunicada a todas as partes o mais cedo possível”.

Esta não foi a primeira alteração da data deste evento desportivo da primeira zona económica especial criada pela República Popular da China, visto que o “Grande Prémio da Cidade Internacional da Baía de Shenzhen” chegou a estar previsto para o mês de Novembro, num outro ponto da cidade, para no mês de Setembro, devido a obras em curso na localização inicial, ser reagendado para o mês de Dezembro.

A ideia não está morta

Apesar da “falsa partida”, os organizadores do “Grande Prémio da Cidade Internacional da Baía de Shenzhen”, esperam levar avante o evento no próximo ano. Estes terão mesmo encetado contactos para convidar os concorrentes do Campeonato do Mundo FIM de Sidecar, uma competição que está sob a égide da Federação Internacional de Motociclismo (FIM) e que recentemente visitou Portugal, para uma corrida de exibição. Por outro lado, existe a vontade que a corrida de motociclismo faça parte do campeonato asiático de estrada – FIM Asia Road Racing Championship, na designação inglesa -, uma competição com mais de vinte anos de história, mas para que tal aconteça os exigentes padrões internacionais de segurança terão que ser respeitados na integra. Para além das corridas, o programa de festividades inclui exibições de drift, acrobacias de motos e concentrações automóveis de clubes.

29 Nov 2019

Grande Prémio de Macau | As ausências notadas

[dropcap]O[/dropcap]s dois pilotos mais representativos de Macau estiveram ausentes do Grande Prémio. Esta não é a primeira vez que acontece, visto que a edição de 2017 também não contou com a participação André Couto ou Rodolfo Ávila à partida, no entanto, não deixa de ser um mau sinal para o automobilismo local.

Couto não poderia ter sido mais directo, justificando a sua ausência pelo facto de “não ter conseguido reunir as condições ideias para correr, essencialmente faltou-me dinheiro”. O piloto luso, que este ano comemora vinte anos desde a sua vitória no Grande Prémio de Macau de Fórmula 3, diz que “vai trabalhar para voltar para em 2020”.

Por seu lado, Ávila voltou a frisar que a prioridade desportiva na actualidade “passa pelo campeonato CTCC”, mas não também ele não fecha a porta a um regresso ao Grande Prémio, mas para isso ser possível “só se for num projecto que faça sentido. Como qualquer piloto de Macau, este evento é especial, mas não tenho interesse em correr só por correr”.

18 Nov 2019

Grande Prémio de Macau | As ausências notadas

[dropcap]O[/dropcap]s dois pilotos mais representativos de Macau estiveram ausentes do Grande Prémio. Esta não é a primeira vez que acontece, visto que a edição de 2017 também não contou com a participação André Couto ou Rodolfo Ávila à partida, no entanto, não deixa de ser um mau sinal para o automobilismo local.
Couto não poderia ter sido mais directo, justificando a sua ausência pelo facto de “não ter conseguido reunir as condições ideias para correr, essencialmente faltou-me dinheiro”. O piloto luso, que este ano comemora vinte anos desde a sua vitória no Grande Prémio de Macau de Fórmula 3, diz que “vai trabalhar para voltar para em 2020”.
Por seu lado, Ávila voltou a frisar que a prioridade desportiva na actualidade “passa pelo campeonato CTCC”, mas não também ele não fecha a porta a um regresso ao Grande Prémio, mas para isso ser possível “só se for num projecto que faça sentido. Como qualquer piloto de Macau, este evento é especial, mas não tenho interesse em correr só por correr”.

18 Nov 2019

Raffaele Marciello foi o vencedor da Taça do Mundo de GT da FIA

[dropcap]À[/dropcap] terceira tentativa  Raffaele Marciello venceu a Taça do Mundo de GT da FIA. O piloto da Mercedes-AMG Team GruppeM Racing obteve a pole-position na sexta-feira, venceu a corrida de qualificação no sábado e aguentou sempre a primeira posição no dia decisivo. “Sempre estive muito perto da corrida e no ano passado quase consegui ao partir da pole. Macau é uma corrida muito especial e finalmente consegui venci. É fantástico “, disse Marciello no final do dia em que a Mercedes-AMG soma a terceira Taça do Mundo de GT.

O italiano não teve vida fácil, pois os dois Porsche 911 GT3 R da ROWE Racing, conduzidos por Earl Bamber e Laurens Vanthoor, foram sempre uma forte oposição. Ontem, Vanthoor passou Bamber para segundo e na primeira parte da prova foi ele a pressionar o transalpino. Na segunda metade, os pilotos da Porsche trocaram de ordem, com Bamber a lançar os últimos ataques à liderança. Na última volta, os dois primeiros chegaram a tocar-se na Curva Melco, quando Bamber travou demasiado tarde e encostou na traseira do seu adversário. Sobre o incidente, Marciello disse que ” Ele tinha de tentar alguma coisa, pois estava a conduzir de forma louca. Tentou na parte em que estávamos mais lentos, era difícil”, concluiu.

Já sobre a linha de meta, Bamber travou a fundo para deixar passar o seu companheiro de equipa, tendo Vanthoor subido ao segundo posto e o neo-zelandês levado para casa o terceiro lugar. “Tínhamos decidido que um Porsche tinha de ganhar. Tentei no início, no reinício e tínhamos um ritmo muito bom. A certa altura fiz um erro e deixámos que o Earl também tentasse. Estávamos a correr para a equipa, tentámos, mas não foi suficiente”, afirmou Vanthoor, um ex-vencedor desta corrida. Também Bamber admitiu que Marciello esteve intocável: “estive em 3º a vê-los lutar. Depois do recomeço também tive de me preocupar com o BMW atrás.

Foi simpático do Laurens dar-me a vez para atacar. No entanto, o Mercedes consegue sempre sair bem nas últimas três curvas, o que impedia as nossas tentativas de ultrapassagem. Foi uma corrida fantástica do Marciello, que não cometeu qualquer erro ao longo do fim-de-semana e merece os parabéns”.

No quarto posto terminou Augusto Farfus Jr. Este ano a BMW não se conseguiu impor, apesar do brasileiro ter conseguido rodar momentaneamente em terceiro na corrida final de 18 voltas. Os favoritos Edoardo Mortara e Maro Engel, ambos da Mercedes-AMG, viram as suas hipóteses de chegar ao título hipotecadas na corrida de sábado, quando Engel, ao tentar subir um lugar na classificação, fez uma manobra arriscada na travagem para a Curva Lisboa, tendo levado consigo um inocente Mortara que no domingo recuperou até sexto. O melhor da armada Audi foi Christopher Haase, que foi o quinto classificado.

18 Nov 2019

Novo F3 ainda não convence

[dropcap]E[/dropcap]sta foi a primeira edição em que o Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 foi disputado com um chassis e um motor único. No passado, a disciplina colocava frente-a-frente construtores de monolugares e várias marcas diferentes forneciam os motores. Tudo mudou e agora existe a obrigatoriedade de utilizar um conjunto único Dallara-Mechachrome que ainda não convenceu os mais “puritas”, nem os responsáveis das equipas.

“A beleza da F3 passava muito pelo trabalho de desenvolvimento de equipas e pilotos e era nessa categoria que os jovens mais aprendiam nesse aspecto. De uma forma que só depois na F1 voltavam a ter contacto com este tipo de trabalho”, explicou Nuno Pinto, o Director Desportivo da SJM Prema Theodore Racing, ao HM.

Além das restrições nos dias de testes, tecnicamente, este novo conceito da Fórmula 3 introduzido pela FIA, que não é mais que uma fusão entre as defuntas GP3 Series e o Campeonato da Europa FIA de F3, limita a evolução de pilotos e engenheiros. “Penso que muito se perde na formação de pilotos e até de jovens e engenheiros e mecânicos ao existirem chassis e motor únicos. Mas foi uma medida para controlar custos”, conclui Nuno Pinto.

18 Nov 2019

Eles podem bater recordes…

[dropcap]R[/dropcap]ob Huff, Michael Rutter, Dan Ticktum e Edoardo Mortara poderão fazer história na 66ª edição do Grande Prémio de Macau, mas nenhum deles dá por garantido um triunfo este fim-de-semana no Circuito da Guia.

Na primeira pessoa:

Rob Huff (procura a 10ª vitória em Macau): “Claro que gostaria de vencer. Como eu venci nove vezes, as pessoas pensam que vou fuzilar toda a gente. Mas todos os anos está cada vez mais difícil. Tenho de repensar onde posso encontrar aquele tempo extra. O WTCR é um campeonato profissional e o nível é extremamente alto, mas este é um recorde que quero estender.”

Michael Rutter (procura a 9ª vitória no GP de Motos de Macau): “A única razão para correr com a Honda RCV é porque é a única forma de tentar vencer e competir com o Peter Hickman. Ele está numa nova BMW superbike, que ainda não atingiu todo o seu potencial, mas se viesse com a BMW superstock não ia funcionar. Fizemos alguma melhoras em termos de electrónica que fizeram diferença e nos dão mais potência.”

Dan Ticktum (procura a 3ª vitória no GP Macau F3): “Eu não tinha a certeza se algum dia poderia voltar a Macau, portanto estar aqui com a Carlin é bastante entusiasmante. Este é um circuito incrível e já fui um vencedor aqui, logo obviamente que o objectivo é o mesmo este ano. Espero conseguir uma adaptação rápida ao novo Fórmula 3 e às borrachas da Pirelli.”

Edoardo Mortara (procura a 5ª vitória na Taça GT Macau): “Vou novamente tentar vencer, depois de ter ganho em 2017 e ter ido ao pódio o ano passado. Tenho tido muito sucesso em Macau e espero este ano conseguir um bom resultado. A concorrência volta a ser muito forte este ano na corrida dos GT, mas estou muito motivado e determinado em vencer. Estou com fome de sucesso como nunca antes.”

15 Nov 2019

F3 | Jake Hughes provisoriamente na pole position

O recorde da melhor volta ao Circuito da Guia caiu ontem, com Jake Hughes a rodar na primeira qualificação do Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 num “tempo canhão” de 2:06.673

 

[dropcap]C[/dropcap]omo em todos os primeiros dias do Grande Prémio, amplificada com a introdução do novo monolugar de Fórmula 3 da FIA no Circuito da Guia, esta foi uma quinta-feira a apalpar terreno para os intervenientes. Todas as equipas começaram os trabalhos de pista com uma folha em branco, pois os dados da telemetria recolhidos em edições passadas com a anterior geração de F3 de pouco ou nada servirão este fim-de-semana. Com o objectivo de recolher toda a informação possível, a ordem era para que os pilotos realizassem o maior número de voltas exequível e se mantivessem longe dos muros. Obviamente, nem todos cumpriram tal missão.

Depois do treino livre matinal, em que Marcus Armstrong registou o melhor tempo, na parte da tarde teve lugar a primeira sessão de qualificação. Jake Hughes foi o mais rápido, o que lhe dá a pole-position provisória para a corrida de qualificação de sábado. O ano passado a melhor volta no primeiro dia foi de Daniel Ticktum em 2:11.004, ele que era o detentor do recorde da pista com um “crono” de 2:10.266. O vencedor da prova nos dois últimos anos ficou-se ontem pelo sexto lugar numa sessão que terminou prematuramente devido a um acidente, sem consequências, do japonês Yuki Tsunoda.

Apesar da excelente prestação, Hughes apenas superou por quatro décimas de segundo o alemão David Beckmann. Dois dos candidatos ao triunfo, Juri Vips e Armstrong, obtiveram o terceiro e o quarto tempo, respectivamente.

Charles Leong, o representante de Macau, teve um dia relativamente tranquilo, colocando o Dallara-Mechachrome da Jenzer Motorsport no 21º posto, com uma marca três segundos mais lenta que o pole-position provisório. Sophia Flörsch ficou duas posições atrás, no 23º lugar, ficando-se a quatro segundos do tempo mais rápido do dia.

Amanhã haverá outra sessão de qualificação para determinar a grelha de partida para a Corrida de Qualificação de sábado.

Novo carro passa primeiro teste

Foram muitas as vozes com peso na disciplina que expressaram publicamente o seu receio e oposição sobre a introdução deste novo F3, mais potente, pesado e potente no Circuito da Guia, um carro que obrigou mesmo a alterações, relacionadas com a segurança, em vários pontos da pista. Estas críticas tinham razão de ser e estão mais relacionadas com direcção diferente que a FIA decidiu para a categoria que visita Macau desde 1983.

“Penso que as queixas vêm mais da parte dos puristas, nos quais me incluo, que consideram os novos FIA F3 como monolugares demasiado grandes e pesados para serem considerados verdadeiros F3 que eram o exemplo supremo de equilíbrio de chassis”, explicou Nuno Pinto, o Director Desportivo da favorita SJM Prema Theodore Racing, ao HM. “A existência de um sistema DRS pode desvirtuar um pouco as características únicas do que era o Grande Prémio de Macau e o desafio de ter de fazer a zona da montanha com uma afinação de pouca carga aerodinâmica como acontecia até agora. A questão da velocidade de ponta antes da curva Lisboa não é tão significativa para mim, já que anteriormente se chegou a rodar a 280km/h mas o facto de serem bem mais pesados pode tornar um incidente ainda mais grave, sim.”

Apesar de vários chefes de equipa terem apontado que este monolugar desvirtua a categoria e por sua vez a sua prova rainha, Nuno Pinto admite que não havia outra hipótese: “esta é a nova F3, é a do campeonato FIA e Macau tem de continuar a ser a prova rainha da F3. Como tal, tinha de ser disputado com os monolugares mais actuais.”

Mesmo sendo quase cinco segundos mais rápidos em pista que os seus antecessores, no primeiro dia do evento o número de incidentes em pista não foi superior ao de edições passadas, tendo a quinta-feira decorrido de uma forma perfeitamente normal para mais importante corrida de F3 do planeta. É previsível que o melhor tempo obtido ontem por Hughes possa ainda ser superado durante o fim-de-semana.

15 Nov 2019

F3 | Jake Hughes provisoriamente na pole position

O recorde da melhor volta ao Circuito da Guia caiu ontem, com Jake Hughes a rodar na primeira qualificação do Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 num “tempo canhão” de 2:06.673

 
[dropcap]C[/dropcap]omo em todos os primeiros dias do Grande Prémio, amplificada com a introdução do novo monolugar de Fórmula 3 da FIA no Circuito da Guia, esta foi uma quinta-feira a apalpar terreno para os intervenientes. Todas as equipas começaram os trabalhos de pista com uma folha em branco, pois os dados da telemetria recolhidos em edições passadas com a anterior geração de F3 de pouco ou nada servirão este fim-de-semana. Com o objectivo de recolher toda a informação possível, a ordem era para que os pilotos realizassem o maior número de voltas exequível e se mantivessem longe dos muros. Obviamente, nem todos cumpriram tal missão.
Depois do treino livre matinal, em que Marcus Armstrong registou o melhor tempo, na parte da tarde teve lugar a primeira sessão de qualificação. Jake Hughes foi o mais rápido, o que lhe dá a pole-position provisória para a corrida de qualificação de sábado. O ano passado a melhor volta no primeiro dia foi de Daniel Ticktum em 2:11.004, ele que era o detentor do recorde da pista com um “crono” de 2:10.266. O vencedor da prova nos dois últimos anos ficou-se ontem pelo sexto lugar numa sessão que terminou prematuramente devido a um acidente, sem consequências, do japonês Yuki Tsunoda.
Apesar da excelente prestação, Hughes apenas superou por quatro décimas de segundo o alemão David Beckmann. Dois dos candidatos ao triunfo, Juri Vips e Armstrong, obtiveram o terceiro e o quarto tempo, respectivamente.
Charles Leong, o representante de Macau, teve um dia relativamente tranquilo, colocando o Dallara-Mechachrome da Jenzer Motorsport no 21º posto, com uma marca três segundos mais lenta que o pole-position provisório. Sophia Flörsch ficou duas posições atrás, no 23º lugar, ficando-se a quatro segundos do tempo mais rápido do dia.
Amanhã haverá outra sessão de qualificação para determinar a grelha de partida para a Corrida de Qualificação de sábado.

Novo carro passa primeiro teste

Foram muitas as vozes com peso na disciplina que expressaram publicamente o seu receio e oposição sobre a introdução deste novo F3, mais potente, pesado e potente no Circuito da Guia, um carro que obrigou mesmo a alterações, relacionadas com a segurança, em vários pontos da pista. Estas críticas tinham razão de ser e estão mais relacionadas com direcção diferente que a FIA decidiu para a categoria que visita Macau desde 1983.
“Penso que as queixas vêm mais da parte dos puristas, nos quais me incluo, que consideram os novos FIA F3 como monolugares demasiado grandes e pesados para serem considerados verdadeiros F3 que eram o exemplo supremo de equilíbrio de chassis”, explicou Nuno Pinto, o Director Desportivo da favorita SJM Prema Theodore Racing, ao HM. “A existência de um sistema DRS pode desvirtuar um pouco as características únicas do que era o Grande Prémio de Macau e o desafio de ter de fazer a zona da montanha com uma afinação de pouca carga aerodinâmica como acontecia até agora. A questão da velocidade de ponta antes da curva Lisboa não é tão significativa para mim, já que anteriormente se chegou a rodar a 280km/h mas o facto de serem bem mais pesados pode tornar um incidente ainda mais grave, sim.”
Apesar de vários chefes de equipa terem apontado que este monolugar desvirtua a categoria e por sua vez a sua prova rainha, Nuno Pinto admite que não havia outra hipótese: “esta é a nova F3, é a do campeonato FIA e Macau tem de continuar a ser a prova rainha da F3. Como tal, tinha de ser disputado com os monolugares mais actuais.”
Mesmo sendo quase cinco segundos mais rápidos em pista que os seus antecessores, no primeiro dia do evento o número de incidentes em pista não foi superior ao de edições passadas, tendo a quinta-feira decorrido de uma forma perfeitamente normal para mais importante corrida de F3 do planeta. É previsível que o melhor tempo obtido ontem por Hughes possa ainda ser superado durante o fim-de-semana.

15 Nov 2019

Grande Prémio de Macau | Guia do Espectador

Grande Prémio de Macau de F3 – Taça do Mundo de F3 da FIA

[dropcap]A[/dropcap] 37ª edição da corrida de Fórmula 3 do Grande Prémio coincide com a estreia do novo Fórmula 3 da FIA, um monolugar de 380cv, o mais potente de sempre, e que obrigou a um reforço na segurança e uma nova homologação do Circuito da Guia. A introdução destes carros na 4ª edição da Taça do Mundo de F3 da FIA foi tudo menos consensual, existindo um desassossego quanto às velocidades que estes possam atingir. Isto, aliado ao facto que o chassis e motor único deste monolugar em tudo vai contra ao espírito de uma disciplina que pautou pela variedade de construtores desde 1950.

Principal novidade: Um carro totalmente novo e igual para todos.

Pontos de interesse:

– Dan Ticktum tentará ser o primeiro piloto da história a vencer três vezes esta corrida
– Robert Shwartzman poderá ser o primeiro piloto a conseguir juntar ao título do Campeonato FIA de F3 um triunfo em Macau
– Como se irá sair Sofia Floersh após o brutal acidente do ano passado
– David Schumacher (filho de Ralf Schumacher) e Enzo Fittipaldi (neto de Emerson Fittipaldi) trazem apelidos pesados ao Circuito da Guia
– O jovem local Charles Leong faz a sua segunda participação na prova

Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA

A celebrar a sua 12ª edição em 2019, a Taça GT Macau é designada como Taça do Mundo de GT da FIA pelo quinto ano consecutivo. Desde que a FIA “tomou conta” da prova de “sprint” de carros de GT mais importante do calendário internacional, esta tornou-se a arena predilecta na Ásia para os grandes construtores automóveis de viaturas da classe GT3. Contudo, nem todos os construtores se atrevem a enfrentar uma corrida que tem sido colorida de episódios nos últimos anos. Este ano apenas a Audi, BMW, Mercedes-Benz e a Porsche vão estar numa grelha de partida que cresceu de 15 para 17 carros este ano.

Principal novidade: Apenas construtores germânicos à partida.

Pontos de interesse:

– O brasileiro Augusto Farfus Jr defende o seu ceptro e o da BMW Motorsport
– Depois da derrota o ano passado, Edoardo Mortara vai tentar vencer pela sétima vez no Circuito da Guia
– O piloto com mais vitórias da Mercedes-AMG, Maro Engel, vai para o “hattrick”
– A Porsche está disposta a quebrar o enguiço e tentará ganhar uma corrida que não vence desde 2008

Corrida da Guia Macau – WTCR – Taça do Mundo de Carros de Turismo da FIA

O pelotão da WTCR está de volta ao Circuito da Guia. Dos habituais vinte e seis titulares, haverá seis concorrentes convidados, um deles de Macau, o que prefaz a maior grelha de partida de uma temporada que tem sido marcada por corridas acesas e alguns atritos entre pilotos, incluindo o português Tiago Monteiro. Alfa Romeo, Audi, CUPRA, Honda, Hyundai, Lynk & co e Volkswagen são as marcas representadas este fim-de-semana, sendo que das três corridas pontuáveis para o campeonato, a última é que atribui o título de vencedor da Corrida da Guia – a prova de carros de turismo mais antiga do continente asiático.

Principal novidade: Desta vez Macau não é a última prova da temporada, essa sera em Dezembro em Sepang (Malásia).

Pontos de interesse:

– Rob Huff (VW) tentará obter a sua décima vitória no Circuito da Guia
– Luta pelo campeonato: Esteban Guerrieri (Honda) lidera o WTCR com 288 pontos, contra 282 de Norbert Michelisz (Hyundai), 248 de Thed Bjork e 240 de Yvan Muller
– Regresso do português Tiago Monteiro (Honda), um ex-vencedor da Corrida da Guia, a Macau,
– Billy Lo (Audi) é o único representante de Macau na prova

53º Grande Prémio de Motos de Macau

A “Clássica do Extremo Oriente” volta a reunir a nata das corridas de estrada de motociclismo. Da edição do ano passado para esta, apenas se nota a ausência de Martin Jessopp, terceiro classificado em 2018, que se retirou das lides. Peter Hickman será certamente o homem a bater este fim-de-semana e terá no seu companheiro de equipa Michael Rutter o maior rival. Qualquer vencedor que não o duo da MGM Aspire-Ho by Bathams Racing poderá ser considerado uma surpresa. A exemplo dos anos anteriores não haverá qualquer piloto asiático à partida.

Principal novidade: A velha máxima prevalece; para quê mexer no que está bem.

Pontos de interesse:

– Peter Hickman tem estado invencível nas provas de estrada este ano e prepara-se para somar mais um triunfo em Macau
– O recordista de vitórias na prova de motociclismo da RAEM, Michael Rutter, está cada vez mais habituado à condução da monstruosa Honda RC213CV.
– Com ambições limitadas por um orçamento apertado, André Pires é o único piloto lusófono na prova

Taça Food4U de Carros de Turismo de Macau

Apesar das criticas dos pilotos, a corrida de carros de turismo para os pilotos locais do Grande Prémio continuará a manter o formato de duas corridas dentro de uma: uma para a classe para viaturas com motorizações de 1950cc ou superior e outra para viaturas de 1600cc Turbo. Macau tem mais de duas dezenas de pilotos, onde se destacam incontornáveis nomes do automobilismo macaense, como Filipe Souza, Jerónimo Badaraco, Célio Alves Dias ou o veterano português Rui Valente, a que se juntam “sangue novo” como Delfim Mendonça Choi, Sabino Osório Lei ou Luciano Lameiras.

Principal novidade: Maior equilíbrio de forças entre os carros de construção local e os TCR na classe 1950cc ou Superior

Pontos de interesse:

– Kelvin Leong e Wong Lan Long têm a difícil missão de manter o ceptro da corrida não fuja para Hong Kong
– Filipe Souza e “Noni” Badaraco podem ter uma palavra a dizer nas lutas pelos lugares do pódio

Taça GT – Corrida da Grande Baía

O ano passado esta corrida era um troféu monomarca – Taça Lotus – muito pouco cativante. A feliz abertura aos carros da categoria GT4, que se juntam aos Lotus Exige ex-troféu vistos aqui o ano passado, trouxe um novo brilho a uma corrida que tem um enorme potencial. Estes pequenos GT, além de apelativos ao olho do normal espectador, têm um custo muito apelativo. Aston Martin, Audi, BMW, Ginetta, Mercedes-Benz, KTM e Lotus fazem-se representar na grelha de partida.

Principal novidade: Regresso dos carros da categoria GT4 ao Circuito da Guia

Pontos de interesse:

– O sucesso da prova deste ano poderá tornar esta corrida uma das mais apetecíveis no futuro
– Eurico de Jesus é o único nome português numa lista que conta com vários pilotos de Macau, incluindo o ex-F3 Lei Kit Meng ou os ex-WTCC/WTCR Mak Ka Lok e Kevin Tse.

14 Nov 2019

Grande Prémio de Macau | Guia do Espectador

Grande Prémio de Macau de F3 – Taça do Mundo de F3 da FIA

[dropcap]A[/dropcap] 37ª edição da corrida de Fórmula 3 do Grande Prémio coincide com a estreia do novo Fórmula 3 da FIA, um monolugar de 380cv, o mais potente de sempre, e que obrigou a um reforço na segurança e uma nova homologação do Circuito da Guia. A introdução destes carros na 4ª edição da Taça do Mundo de F3 da FIA foi tudo menos consensual, existindo um desassossego quanto às velocidades que estes possam atingir. Isto, aliado ao facto que o chassis e motor único deste monolugar em tudo vai contra ao espírito de uma disciplina que pautou pela variedade de construtores desde 1950.
Principal novidade: Um carro totalmente novo e igual para todos.
Pontos de interesse:
– Dan Ticktum tentará ser o primeiro piloto da história a vencer três vezes esta corrida
– Robert Shwartzman poderá ser o primeiro piloto a conseguir juntar ao título do Campeonato FIA de F3 um triunfo em Macau
– Como se irá sair Sofia Floersh após o brutal acidente do ano passado
– David Schumacher (filho de Ralf Schumacher) e Enzo Fittipaldi (neto de Emerson Fittipaldi) trazem apelidos pesados ao Circuito da Guia
– O jovem local Charles Leong faz a sua segunda participação na prova

Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA

A celebrar a sua 12ª edição em 2019, a Taça GT Macau é designada como Taça do Mundo de GT da FIA pelo quinto ano consecutivo. Desde que a FIA “tomou conta” da prova de “sprint” de carros de GT mais importante do calendário internacional, esta tornou-se a arena predilecta na Ásia para os grandes construtores automóveis de viaturas da classe GT3. Contudo, nem todos os construtores se atrevem a enfrentar uma corrida que tem sido colorida de episódios nos últimos anos. Este ano apenas a Audi, BMW, Mercedes-Benz e a Porsche vão estar numa grelha de partida que cresceu de 15 para 17 carros este ano.
Principal novidade: Apenas construtores germânicos à partida.
Pontos de interesse:
– O brasileiro Augusto Farfus Jr defende o seu ceptro e o da BMW Motorsport
– Depois da derrota o ano passado, Edoardo Mortara vai tentar vencer pela sétima vez no Circuito da Guia
– O piloto com mais vitórias da Mercedes-AMG, Maro Engel, vai para o “hattrick”
– A Porsche está disposta a quebrar o enguiço e tentará ganhar uma corrida que não vence desde 2008

Corrida da Guia Macau – WTCR – Taça do Mundo de Carros de Turismo da FIA

O pelotão da WTCR está de volta ao Circuito da Guia. Dos habituais vinte e seis titulares, haverá seis concorrentes convidados, um deles de Macau, o que prefaz a maior grelha de partida de uma temporada que tem sido marcada por corridas acesas e alguns atritos entre pilotos, incluindo o português Tiago Monteiro. Alfa Romeo, Audi, CUPRA, Honda, Hyundai, Lynk & co e Volkswagen são as marcas representadas este fim-de-semana, sendo que das três corridas pontuáveis para o campeonato, a última é que atribui o título de vencedor da Corrida da Guia – a prova de carros de turismo mais antiga do continente asiático.
Principal novidade: Desta vez Macau não é a última prova da temporada, essa sera em Dezembro em Sepang (Malásia).
Pontos de interesse:
– Rob Huff (VW) tentará obter a sua décima vitória no Circuito da Guia
– Luta pelo campeonato: Esteban Guerrieri (Honda) lidera o WTCR com 288 pontos, contra 282 de Norbert Michelisz (Hyundai), 248 de Thed Bjork e 240 de Yvan Muller
– Regresso do português Tiago Monteiro (Honda), um ex-vencedor da Corrida da Guia, a Macau,
– Billy Lo (Audi) é o único representante de Macau na prova

53º Grande Prémio de Motos de Macau

A “Clássica do Extremo Oriente” volta a reunir a nata das corridas de estrada de motociclismo. Da edição do ano passado para esta, apenas se nota a ausência de Martin Jessopp, terceiro classificado em 2018, que se retirou das lides. Peter Hickman será certamente o homem a bater este fim-de-semana e terá no seu companheiro de equipa Michael Rutter o maior rival. Qualquer vencedor que não o duo da MGM Aspire-Ho by Bathams Racing poderá ser considerado uma surpresa. A exemplo dos anos anteriores não haverá qualquer piloto asiático à partida.
Principal novidade: A velha máxima prevalece; para quê mexer no que está bem.
Pontos de interesse:
– Peter Hickman tem estado invencível nas provas de estrada este ano e prepara-se para somar mais um triunfo em Macau
– O recordista de vitórias na prova de motociclismo da RAEM, Michael Rutter, está cada vez mais habituado à condução da monstruosa Honda RC213CV.
– Com ambições limitadas por um orçamento apertado, André Pires é o único piloto lusófono na prova

Taça Food4U de Carros de Turismo de Macau

Apesar das criticas dos pilotos, a corrida de carros de turismo para os pilotos locais do Grande Prémio continuará a manter o formato de duas corridas dentro de uma: uma para a classe para viaturas com motorizações de 1950cc ou superior e outra para viaturas de 1600cc Turbo. Macau tem mais de duas dezenas de pilotos, onde se destacam incontornáveis nomes do automobilismo macaense, como Filipe Souza, Jerónimo Badaraco, Célio Alves Dias ou o veterano português Rui Valente, a que se juntam “sangue novo” como Delfim Mendonça Choi, Sabino Osório Lei ou Luciano Lameiras.
Principal novidade: Maior equilíbrio de forças entre os carros de construção local e os TCR na classe 1950cc ou Superior
Pontos de interesse:
– Kelvin Leong e Wong Lan Long têm a difícil missão de manter o ceptro da corrida não fuja para Hong Kong
– Filipe Souza e “Noni” Badaraco podem ter uma palavra a dizer nas lutas pelos lugares do pódio

Taça GT – Corrida da Grande Baía

O ano passado esta corrida era um troféu monomarca – Taça Lotus – muito pouco cativante. A feliz abertura aos carros da categoria GT4, que se juntam aos Lotus Exige ex-troféu vistos aqui o ano passado, trouxe um novo brilho a uma corrida que tem um enorme potencial. Estes pequenos GT, além de apelativos ao olho do normal espectador, têm um custo muito apelativo. Aston Martin, Audi, BMW, Ginetta, Mercedes-Benz, KTM e Lotus fazem-se representar na grelha de partida.
Principal novidade: Regresso dos carros da categoria GT4 ao Circuito da Guia
Pontos de interesse:
– O sucesso da prova deste ano poderá tornar esta corrida uma das mais apetecíveis no futuro
– Eurico de Jesus é o único nome português numa lista que conta com vários pilotos de Macau, incluindo o ex-F3 Lei Kit Meng ou os ex-WTCC/WTCR Mak Ka Lok e Kevin Tse.

14 Nov 2019

Carlos Fu, presidente da Associação SimRacing Macau-China

A Associação SimRacing Macau-China tem uma nova direcção que traz consigo muita vontade de trabalhar e colocar a modalidade de simulação de corridas de automóveis num novo patamar em Macau, seguindo as pisadas do que já se faz lá fora. O HM falou com o presidente Carlos Fu, fundador da primeira equipa de “sim racing” do território, a Macau Sim Racing Team, ex-piloto de karting e que hoje em dia continua activo como “sim racer”

 

Quais são os planos e ambições a curto prazo desta nova direcção?

[dropcap]A[/dropcap] curto prazo é continuar a aumentar o número de sócios, reunindo ainda mais “sim racers” de Macau. Este é o principal objectivo, mas, curiosamente, também estamos a ter bastante procura por parte de praticantes de Hong Kong e de um pouco de toda a Ásia. A finalidade continua a ser ajudá-los a evoluir tecnicamente e a participarem em competições internacionais. Sabemos que existem muitos “sim racers” em Macau e muitos têm grande qualidade, alguns até já competem com alguma frequência. Antes não o faziam porque não conheciam os meios ou porque não havia quem os incentivasse. Ultimamente temos apoiado vários “sim racers” de Hong Kong e, para além da amizade, até reparamos que foi criada uma equipa conjunta entre “sim racers” de Macau e Hong Kong, o que é bastante positivo. Queremos continuar com este intercâmbio e fazer mais amizades, unir esforços das regiões vizinhas, de tal modo que estamos atentos às eventuais oportunidades do projecto da Grande Baía, pois poderá facilitar um maior contacto com “sim racers” da China Continental e conjuntamente sermos uma referência no “sim racing” a nível mundial.

E a longo prazo?

A longo prazo é conseguir instalar a associação numa sede condigna e daí poder estar em contacto directo com os entusiastas do desporto motorizado, promover o “sim racing” junto da população local, turistas e entidades internacionais, podendo esta sede mesmo ser um local onde os pilotos de Macau possam treinar e também para que os mais experientes possam ensinar os menos experientes. Gostaríamos também de assistir à organização de um evento de “sim racing” na RAEM a par com o Grande Prémio.

Como tem sido o desenvolvimento das corridas virtuais em Macau?

Desde 2016 notamos que houve um aumento do número de novos “sim racers” em Macau. Também surgiram equipas novas em várias plataformas. Em termos de número de participantes em corridas internacionais, notamos um acréscimo elevado. Dos tradicionais vinte, actualmente são mais de cinquenta a participar. Os “sim racers” de Macau têm ganho campeonatos asiáticos e regionais nas plataformas mais conhecidas, como o iRacing e Raceroom, e já se vê com alguma frequência a bandeira da RAEM a surgir nas competições internacionais, o que é muito positivo, pois é sinal que o nível competitivo atingiu um patamar internacional respeitável. Por estas razões tem havido mais pessoas a contactarem-nos através da nossa página na rede social Facebook para saberem mais sobre o “sim racing”, pedindo informação sobre o material necessário, as competições, etc. E não são só de pessoas de Macau, mas também de Hong Kong e de vários países asiáticos. Este é outro sinal de crescimento da modalidade, não só em Macau, mas mundialmente.

Têm existido contactos e têm algum apoio das entidades oficiais?

Nunca fomos formalmente contactados por qualquer entidade oficial. Temos pena, pois o “sim racing” já é uma modalidade reconhecida mundialmente e o nome de Macau já é conhecido e respeitado muito devido ao trabalho desenvolvido por conta própria dos nossos associados durante vários anos. Sozinhos fazemos o que podemos e é bastante limitado, quer a nível monetário, quer a nível diplomático, por haver oportunidades de estabelecer contactos com entidades oficiais do desporto de vários países. Os contactos já estabelecidos com várias equipas e organizações internacionais de “sim racing” de vários países foram feitos por nós próprios e sempre em representação de Macau.

Mas noutros países e territórios há já uma abordagem mais oficial por parte dos governos locais.

Sim, por exemplo, este ano organizamos e patrocinámos, com ajuda monetária de alguns associados, vários campeonatos de “sim racing” conjuntamente com um grupo de “sim racers” da Ásia (Sim Racers Asia), e soubemos que em Singapura estes campeonatos foram acompanhados pela entidade oficial do desporto. É sinal que a nossa associação já é conhecida a um nível diplomático. Contudo, em Macau sentimos que o Governo ainda não sabe da nossa existência ou que não sabe que o nome de Macau já é bastante conhecido neste mundo. Outro exemplo mais recente foram os “FIA Motorsports Games”, um evento criado este ano pela FIA em que as várias nações e territórios podiam inscrever-se nas competições de carros GT, de Turismo, Formula 4, Drifting, Karting e Simulação. Macau podia inscrever-se em várias modalidades e, quanto ao nosso interesse, temos todas as condições de inscrever uma equipa de simulação. Infelizmente, não houve qualquer contacto por parte da Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), que é a entidade representante de Macau junto da FIA, e não nós! Vamos continuar envidar esforços no sentido de as entidades oficiais de Macau se interessarem mais pelo “sim racing”. Estamos dispostos num futuro próximo a entrar em contacto com a AAMC e com o Instituto do Desporto, pois acreditamos que é uma questão de bons ofícios.

À imagem do Grande Prémio de Macau, tem a RAEM capacidade de organizar um grande evento de “sim racing”?

Macau tem investido muito e já é considerado um centro internacional de convenções. Um evento de “sim racing” a ser organizado em Novembro em conjunto com o Grande Prémio seria o que todos os entusiastas do desporto motorizado desejariam assistir em Macau. É prática normal haver este tipo de eventos conjuntamente com os grandes eventos desportivos. Quase todas as etapas de Fórmula 1 têm eventos de “sim racing” em que participam os pilotos de Fórmula 1 como convidados especiais e anualmente organiza-se o SimRacing Expo no circuito mítico de Nurburgring, em que para além de toda a indústria marcar presença, fazem-se corridas com os melhores “sim racers” do mundo. Macau podia ser pioneiro em organizar um evento desta natureza na Ásia. Penso que não existem dúvidas sobre o enorme impacto que criará no Grande Prémio, quer a nível turístico e comercial. Macau já tem tudo para organizar este tipo de eventos, nós temos o know-how, só precisamos de nos sentar todos à mesa e discutir pormenores.

Acreditam que o “sim racing” pode ter um papel no desenvolvimento do automobilismo de Macau?

O “sim racing” tem ajudado o desenvolvimento de pilotos e também na indústria do automobilismo a nível mundial, já não é segredo. A FIA já organiza campeonatos de “sim racing” e até equipas profissionais de Fórmula 1 já têm a sua própria equipa de “sim racing”.
Macau tem equipas e pilotos que participam em provas de automobilismo e todos utilizam o “sim racing” para treinar e para melhorar a técnica de condução. O “sim racing” poderá ainda servir para treinar novos pilotos que pretendam um dia entrar na realidade do desporto motorizado. São muitos os exemplos de jovens que se aperceberam que têm habilidade para o desporto motorizado após um primeiro contacto com o “sim racing”. A realidade é que qualquer um pode sentar-se num simulador e sentir a adrenalina de andar rápido e ser competitivo, evitando assim andar rápido nas ruas de Macau e arriscar a própria vida e a vida dos outros.

 

Do simulador para a pista

Nos últimos anos tem-se visto lá por fora vários pilotos a darem o “salto” das corridas de simuladores para as corridas reais. Vencedor em várias provas de “sim racing” nos campeonatos asiáticos organizados pela Sim Racers Asia, Leonardo Oliveira está a dar os primeiros passos no automobilismo do território. O piloto da Macau Sim Racing Team completou este ano duas provas do Campeonato de Karting de Macau no Kartódromo de Coloane.

“A primeira corrida em que participei foi em Junho e fiquei em terceiro na pré-final e quarto na final, o qual considero ser um óptimo resultado”, contou o piloto ao HM. “A minha segunda corrida foi em Julho e foi a minha primeira corrida à chuva e fiquei em segundo lugar. Este ano não foi possível correr em várias corridas de kart da categoria KZ em Macau porque os horários coincidiram com os do meu emprego”. O jovem de 25 anos não esconde que “espera conseguir competir em mais provas no próximo ano. Gostaria de correr numa época inteira e ter bons resultados. O ideal seria ficar no pódio no campeonato de Macau na categoria KZ e depois logo se via, pois não escondo a esperança de um dia poder competir no Grande Prémio”.

Leonardo Oliveira não esquece as raízes e continua activo nas provas de simulação, “ainda participo nas corridas quando posso. Obtive bons resultados nos campeonatos da Sim Racers Asia. Continuo a competir em provas internacionais, principalmente as de endurance com os meus amigos da equipa Macau Sim Racing Team”.

8 Nov 2019

JLOC | André Couto no Asian Le Mans Series 2019/2020

[dropcap]A[/dropcap]ndré Couto vai estar ausente da 66ª edição do Grande Prémio de Macau, mas o piloto português de Macau vai continuar bastante activo este Inverno. Couto foi confirmado como um dos três pilotos da equipa Japan Lamborghini Owner’s Club (JLOC) para a temporada 2019/2020 do campeonato Asian Le Mans Series.

A equipa japonesa, que Couto representou este ano no campeonato nipónico Super GT, vai inscrever um dos seus dois Lamborghini Huracan GT3 EVO na classe GT do campeonato de quatro provas promovido na Ásia pelos organizadores das 24 Horas de Le Mans. O vencedor desta categoria receberá um convite para a clássica de resistência francesa que anualmente se disputa no solstício de Junho.

Na sua estreia no Asian Le Mans Series, Couto fará equipa com os experientes pilotos japoneses Yuya Motojima e Yusaku Shibata. O dono da equipa, Isao Noritake, disse em comunicado que a equipa “preparou o melhor conjunto para este novo desafio. Vamos fazer o nosso melhor desde a primeira corrida em Xangai, que será realizada no fim-de-semana de 23 e 24 de Novembro”.

Objectivo vencer

Tal como o responsável máximo da equipa, o reputado piloto do território está igualmente confiante que a equipa poderá conseguir um bom resultado nesta sua estreia.

“O objectivo principal será tentar conquistar o título”, afirmou convictamente Couto ao HM. “Sabemos que temos uma boa equipa, bons parceiros e um carro com muito potencial. Vamos ver o que podemos fazer nestas quatro corridas, mas à partida estamos confiantes. Não sabemos quão forte será a concorrência, mas a equipa está motivada e quer mostrar que é capaz de vencer”.

A competição arranca com as 4 Horas de Xangai para continuar depois em Janeiro na Austrália, com uma prova de 6 horas na The Bend Motorsport Park. Em Fevereiro realizam-se as duas provas finais, ambas de quatro horas de duração, em Sepang (Malásia) e Buriram (Tailândia).

Entretanto, a época de 2019 do campeonato Super GT terminou no pretérito fim-de-semana no circuito de Motegi. Na temporada que marcou o seu regresso a tempo inteiro ao mais forte campeonato de automobilismo do país do sol nascente, Couto, que fez equipa com Tsubasa Takahashi num dos Lamborghini da JLOC, terminou classificado na 8ª posição da categoria GT300.

O destaque da temporada foi sem dúvida a vitória, contra todas as probabilidades, nos 500 km de Fuji, a prova mais importante da temporada do Super GT.

6 Nov 2019

JLOC | André Couto no Asian Le Mans Series 2019/2020

[dropcap]A[/dropcap]ndré Couto vai estar ausente da 66ª edição do Grande Prémio de Macau, mas o piloto português de Macau vai continuar bastante activo este Inverno. Couto foi confirmado como um dos três pilotos da equipa Japan Lamborghini Owner’s Club (JLOC) para a temporada 2019/2020 do campeonato Asian Le Mans Series.
A equipa japonesa, que Couto representou este ano no campeonato nipónico Super GT, vai inscrever um dos seus dois Lamborghini Huracan GT3 EVO na classe GT do campeonato de quatro provas promovido na Ásia pelos organizadores das 24 Horas de Le Mans. O vencedor desta categoria receberá um convite para a clássica de resistência francesa que anualmente se disputa no solstício de Junho.
Na sua estreia no Asian Le Mans Series, Couto fará equipa com os experientes pilotos japoneses Yuya Motojima e Yusaku Shibata. O dono da equipa, Isao Noritake, disse em comunicado que a equipa “preparou o melhor conjunto para este novo desafio. Vamos fazer o nosso melhor desde a primeira corrida em Xangai, que será realizada no fim-de-semana de 23 e 24 de Novembro”.

Objectivo vencer

Tal como o responsável máximo da equipa, o reputado piloto do território está igualmente confiante que a equipa poderá conseguir um bom resultado nesta sua estreia.
“O objectivo principal será tentar conquistar o título”, afirmou convictamente Couto ao HM. “Sabemos que temos uma boa equipa, bons parceiros e um carro com muito potencial. Vamos ver o que podemos fazer nestas quatro corridas, mas à partida estamos confiantes. Não sabemos quão forte será a concorrência, mas a equipa está motivada e quer mostrar que é capaz de vencer”.
A competição arranca com as 4 Horas de Xangai para continuar depois em Janeiro na Austrália, com uma prova de 6 horas na The Bend Motorsport Park. Em Fevereiro realizam-se as duas provas finais, ambas de quatro horas de duração, em Sepang (Malásia) e Buriram (Tailândia).
Entretanto, a época de 2019 do campeonato Super GT terminou no pretérito fim-de-semana no circuito de Motegi. Na temporada que marcou o seu regresso a tempo inteiro ao mais forte campeonato de automobilismo do país do sol nascente, Couto, que fez equipa com Tsubasa Takahashi num dos Lamborghini da JLOC, terminou classificado na 8ª posição da categoria GT300.
O destaque da temporada foi sem dúvida a vitória, contra todas as probabilidades, nos 500 km de Fuji, a prova mais importante da temporada do Super GT.

6 Nov 2019

GP | Sophia Flörsch regressa com apoios de Macau

[dropcap]E[/dropcap]m meados de Outubro, cerca de 585 mil patacas separavam Sophia Flörsch de um regresso ao Circuito da Guia, como a própria explicou ao HM. Porém, graças ao apoio de empresas da RAEM, a jovem de Munique, que saiu miraculosamente ilesa após o aparatoso acidente na Curva Lisboa na edição passada da prova, viu concretizar-se o seu objectivo de voltar ao “Grande Prémio de Macau de F3 – Taça do Mundo de F3 da FIA” este ano.

Sophia Flörsch segurou a última vaga disponível na equipa HWA Racelab, com quem testou um dia em Valência no mês passado. Numa época em que os pilotos de Macau lamentam a falta de apoio por parte das empresas do território, a participação da piloto germânica só foi possível porque três entidades locais – MGM Casinos, Theodore Racing e IXO Models – decidiram apoiar o seu regresso.

“Acredito que todo o Macau está contente em ver a rápida recuperação e o regresso da Sophia ao Circuito da Guia”, declarou o director-executivo da MGM China Holdings Limited, Grant Bowie, em comunicado. “A MGM está entusiasmada em apoiar jovens talentos com alto potencial a brilhar e a perseguir os seus sonhos, e a Sophia deu-nos a melhor das razões para nos aventurar-mos na Fórmula 3 pela primeira vez.”

Seguindo as pisadas do seu pai, que no tempo da administração portuguesa foi um dos grandes impulsionadores do Grande Prémio, Teddy Yip Jr, através da sua Theodore Racing também decidiu apadrinhar este aclamado regresso. O sobrinho do empresário Stanley Ho volta a estar em força este ano no Grande Prémio, apoiando o esforço de três carros da favorita equipa Prema na prova de Fórmula 3.

Bernard, Jean e Eric Peres, da IXO Models, uma marca que tem uma ligação forte ao evento, também se juntaram à iniciativa, partilhando o seu entusiasmo: “Depois do dramático acidente do ano passado, a Sophia provou ser uma lutadora e uma piloto corajosa, e estamos contentes em tê-la vinculada à nossa marca. Esperamos que este seja o começo de um relacionamento gratificante e compensador. Temos a certeza de que nossa marca estará bem representada.”
Ambições limitadas

Numa grelha de partida que terá trinta pilotos à partida, Flörsch não entra em falsas euforias no que respeita às suas ambições desportivas na prova, até porque este ano disputou o Campeonato Europeu de Fórmula Regional, a competição criada pela federação internacional que se posiciona entre a F4 e a F3. O Grande Prémio será a sua primeira prova ao volante do novo Fórmula 3 da FIA.

“Tentei tudo, nos últimos doze meses, para estar o melhor preparada possível, mas preciso de ser realista”, disse a alemã de 18 anos que recentemente completou a maratona de Berlim. “É um carro novo, não tenho muita prática e há muitas variáveis.”

Contudo, Flörsch admite que “vou dar o meu melhor. É isso que eu devo a todos os que me apoiaram. Na altura e agora”, salientando a Embaixadora da Boa Vontade do Turismo de Macau que “é por isso que estou muito agradecida ao meus novos patrocinadores: MGM Casinos, Theodore Racing e IXO Models. Sem eles, o meu sonho não se tornaria realidade”.

Entretanto, a FIA comunicou que a lista de participantes na prova ficou completa com as confirmações das participações de Flörsch, do holandês Richard Verschoor, do indiano Arjun Maini, do dinamarquês Frederik Vesti, do inglês Enaam Ahmed e dos italianos Leonardo Pulcini e Alessio Lorandi.

5 Nov 2019

GP | Sophia Flörsch regressa com apoios de Macau

[dropcap]E[/dropcap]m meados de Outubro, cerca de 585 mil patacas separavam Sophia Flörsch de um regresso ao Circuito da Guia, como a própria explicou ao HM. Porém, graças ao apoio de empresas da RAEM, a jovem de Munique, que saiu miraculosamente ilesa após o aparatoso acidente na Curva Lisboa na edição passada da prova, viu concretizar-se o seu objectivo de voltar ao “Grande Prémio de Macau de F3 – Taça do Mundo de F3 da FIA” este ano.
Sophia Flörsch segurou a última vaga disponível na equipa HWA Racelab, com quem testou um dia em Valência no mês passado. Numa época em que os pilotos de Macau lamentam a falta de apoio por parte das empresas do território, a participação da piloto germânica só foi possível porque três entidades locais – MGM Casinos, Theodore Racing e IXO Models – decidiram apoiar o seu regresso.
“Acredito que todo o Macau está contente em ver a rápida recuperação e o regresso da Sophia ao Circuito da Guia”, declarou o director-executivo da MGM China Holdings Limited, Grant Bowie, em comunicado. “A MGM está entusiasmada em apoiar jovens talentos com alto potencial a brilhar e a perseguir os seus sonhos, e a Sophia deu-nos a melhor das razões para nos aventurar-mos na Fórmula 3 pela primeira vez.”
Seguindo as pisadas do seu pai, que no tempo da administração portuguesa foi um dos grandes impulsionadores do Grande Prémio, Teddy Yip Jr, através da sua Theodore Racing também decidiu apadrinhar este aclamado regresso. O sobrinho do empresário Stanley Ho volta a estar em força este ano no Grande Prémio, apoiando o esforço de três carros da favorita equipa Prema na prova de Fórmula 3.
Bernard, Jean e Eric Peres, da IXO Models, uma marca que tem uma ligação forte ao evento, também se juntaram à iniciativa, partilhando o seu entusiasmo: “Depois do dramático acidente do ano passado, a Sophia provou ser uma lutadora e uma piloto corajosa, e estamos contentes em tê-la vinculada à nossa marca. Esperamos que este seja o começo de um relacionamento gratificante e compensador. Temos a certeza de que nossa marca estará bem representada.”
Ambições limitadas
Numa grelha de partida que terá trinta pilotos à partida, Flörsch não entra em falsas euforias no que respeita às suas ambições desportivas na prova, até porque este ano disputou o Campeonato Europeu de Fórmula Regional, a competição criada pela federação internacional que se posiciona entre a F4 e a F3. O Grande Prémio será a sua primeira prova ao volante do novo Fórmula 3 da FIA.
“Tentei tudo, nos últimos doze meses, para estar o melhor preparada possível, mas preciso de ser realista”, disse a alemã de 18 anos que recentemente completou a maratona de Berlim. “É um carro novo, não tenho muita prática e há muitas variáveis.”
Contudo, Flörsch admite que “vou dar o meu melhor. É isso que eu devo a todos os que me apoiaram. Na altura e agora”, salientando a Embaixadora da Boa Vontade do Turismo de Macau que “é por isso que estou muito agradecida ao meus novos patrocinadores: MGM Casinos, Theodore Racing e IXO Models. Sem eles, o meu sonho não se tornaria realidade”.
Entretanto, a FIA comunicou que a lista de participantes na prova ficou completa com as confirmações das participações de Flörsch, do holandês Richard Verschoor, do indiano Arjun Maini, do dinamarquês Frederik Vesti, do inglês Enaam Ahmed e dos italianos Leonardo Pulcini e Alessio Lorandi.

5 Nov 2019

Macau apenas com um representante na Corrida da Guia

[dropcap]A[/dropcap] Corrida da Guia contará com apenas um representante de Macau este ano. Billy Lo Kai Fung – residente em Macau mas natural de Hong Kong – será o único piloto a ostentar a bandeira da flor de lótus na edição deste ano da prestigiada corrida de carros de turismo pontuável para a Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR).

A exemplo do que aconteceu no ano transacto, o ex-vencedor da Corrida Interport MAC / HKG Hotel Fortuna e da Corrida Macau Road Sport Challenge irá conduzir um Audi RS 3 LMS TCR da equipa chinesa TSRT. Lo foi um dos cinco “wildcards” propostos pela Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC). Os outros quatro pilotos convidados para a prova do próximo mês serão James Tang, Kwai Wah Wong, Arthur Law e Terence Tse; todos eles pilotos amadores de Hong Kong.

Jim Ka To será o sexto piloto convidado. O piloto de Hong Kong, que foi primeiro chinês a fazer parte do Red Bull Junior Team e já participou como “wildcard” na prova do WTCR no Japão, irá tripular um Honda Civic Type-R TCR da equipa KCMG, a mesma estrutura que inscreve o português Tiago Monteiro no campeonato.

Ao todo, alinharão trinta e dois carros no fim-de-semana da Corrida da Guia, o que será a maior grelha de partida do WTCR esta temporada.

Outras paragens

O ano passado Macau contou com seis pilotos nesta corrida, mas este ano o interesse dos pilotos da casa nesta corrida esmoreceu. Lo será o único a enfrentará pela segunda vez consecutiva o pelotão do mundial.

Os experientes Rui Valente, Filipe Souza e Lam Kam San optaram por regressar Taça de Carros de Turismo de Macau. Valente deixou claro que só voltaria à Corrida da Guia se “tivesse a oportunidade de fazer uma boa preparação”, enquanto que Souza explicou anteriormente ao HM que “numa corrida do WTCR gasta-se muito dinheiro e as hipóteses de obter bons resultados são baixas”.

Também André Couto não irá repetir a experiência de 2018. O piloto português nem sequer vai alinhar em qualquer outra corrida do Grande Prémio, pois não conseguiu “reunir as condições ideais para correr e essencialmente faltou dinheiro”.

Por fim, Kevin Tse escolheu participar na renovada Taça GT – Corrida da Grande Baía este ano. O HM sabe que houve mais pilotos do território interessados em alinhar na prova, mas nenhum dos projectos se concretizou por falta de verbas. O 66º Grande Prémio de Macau disputa-se de 14 a 17 de Novembro.

31 Out 2019