Automobilismo | Rui Valente repetirá Taça de Carros de Turismo de Macau

Rui Valente, o piloto de matriz portuguesa do território há mais anos no activo, não tem intenções de abrandar este ano e vai voltar a ter um programa desportivo repleto assim que as competições automobilísticas sejam autorizadas. A presença no 67º Grande Prémio de Macau, no mês de Novembro, não se coloca sequer em questão, mas haverá mais, muito mais, antes do grande evento do mês de Novembro

 

[dropcap]“V[/dropcap]ou correr na categoria para viaturas 1.6 Turbo com o meu MINI Cooper outra vez”, confirmou ao HM o veterano piloto português, acrescentando que “há que aproveitar, já que só haverá mais dois anos para estes carros, pois em 2022 tudo vai mudar. Irão mudar os carros e os regulamentos. Já fui avisado, mais dois anos e acabou para estes carros.”

Visto que este ano não haverá provas de qualificação para os pilotos da RAEM para o Grande Prémio, Rui Valente, a exemplo de outros pilotos, viu-se obrigado a traçar o seu próprio plano de preparação, que contempla a participação em várias outras corridas. “Neste momento, estou a planear realizar as provas de resistência do Circuito Internacional de Guangdong, assim como uma ou outra das corridas de ‘sprint’ que eles organizam, para além das quatro corridas em Julho e Agosto que estão a ser planeadas para a nova pista de Zhuzhou”, conta.

As duas corridas em causa serão as duas provas das cinco provas da “Asia Pacific Cup” previstas para os fins-de-semana de 18 e 19 de Julho e de 8 e 9 de Agosto na pista da província de Hunan. Esta é uma competição aberta para carros de GT e Turismo organizada pela Richburg Motors, a empresa de Hong Kong que num passado recente esteve envolvida em várias provas associadas ao Grande Prémio, como a Taça Lotus ou a Taça GT – Corrida da Grande Baía.

Máquina será melhorada

O piloto luso encarna todo o espírito competitivo do desporto automóvel e quer melhorar a sua viatura, para assim conseguir rodar novamente dentro dos lugares de topo da sua classe. “Assim que conseguir reunir os apoios necessários, estou a pensar melhorar o motor, para tornar o carro mais rápido, como por exemplo, usar outra árvore de cames, com outro perfil, e bielas diferentes”. Rui Valente espera que com isso seja capaz de rodar “entre os primeiros classificados”, com a excepção “daqueles RCZ que todos sabem que é impossível rivalizar, só em corridas com chuva”.

Os RCZ que Rui Valente se refere são os Peugeot RCZ da Suncity Racing Team que têm sido a força dominante na categoria para viaturas 1.6 Turbo nos últimos anos e que em 2019, com Paul Poon ao volante, se deram ao luxo de vencer à geral a Taça de Carros de Turismo de Macau. Na pretérita edição da corrida no Circuito da Guia, o piloto da Premium Racing Team levou o seu MINI ao 13º lugar da classe e 27º da geral.

Este resultado, ligeiramente aquém das expectativas, teve uma explicação: “estava a pensar no pódio da classe e quando estava em quarto ou quinto, um piloto empurrou-me e depois limitei-me a levar o carro até ao final. Já não valia a pensar ultrapassar e arriscar um dissabor”.

Por outro lado, ainda não será este ano que o “velhinho” Honda Integra DC5 de Rui Valente irá para a reforma. O carro japonês irá voltar a competir nas provas organizadas pelo Circuito Internacional de Guangdong que deverão regressar este Verão após um longo período de interrupção devido à pandemia da COVID-19. O ano passado, a equipa 246 Macau Spirit Racing, constituída pelo próprio Rui Valente, Ricardo Lopes, Belmiro de Aguiar e José Mariano da Rosa, todos eles pilotos que escreveram capítulos da história do automobilismo local, subiu ao pódio nas “6 Horas de Endurance do Circuito Internacional Guangdong”. Esta experiência não caiu no esquecimento. E quando questionado sobre com quem fará equipa nas corridas de resistência, o nosso interlocutor respondeu sem hesitar: “ainda não sei, mas existe uma grande probabilidade de ser com a equipa dos reumáticos…”

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