Leong Veng Chai quer mais fiscalização à transformação alimentar

Mais fiscalização aos locais onde se transformam alimentos é o que pede o número dois de Pereira Coutinho no hemiciclo, considerando mesmo que a emissão de licenças tem de ser cautelosa

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]deputado Leong Veng Chai alega que há “vários estabelecimentos” de transformação de géneros alimentícios com “condições higiénicas terríveis” e que por isso é preciso apertar o cerco a este tipo de negócios. O deputado quer mais fiscalização.
Segundo as definições contidas no documento da legislação sobre Segurança Alimentar – pasta sob tutela do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais –, entende-se por género alimentício “qualquer substância, tratada ou não, destinada à alimentação humana, incluindo as bebidas e os produtos do tipo das pastilhas elásticas, bem como todos os ingredientes utilizados na produção, preparação e tratamento de géneros alimentícios”. Numa interpelação escrita enviada ao Governo, o número dois de José Pereira Coutinho no hemiciclo pede ao Governo que melhor fiscalize este tipo de estabelecimentos, questionando-se ainda sobre que critérios são avaliados para a emissão de licenças.
“O local dos estabelecimentos de transformação de géneros alimentícios é um aspecto vital, pelo que é necessário proceder-se à supervisão da sua segurança”, defende. No entanto, o deputado não se fica por aqui. O também ex-funcionário público considera que a legislação não define, exactamente, aquilo que são estabelecimento deste género, pedindo, por isso, esclarecimentos.
“Afinal, como é que o Governo define os estabelecimentos de transformação de géneros alimentícios e quantos existem?”, perguntou.

Mau ambiente

No documento, Leong Veng Chai quer também que estes locais não estejam tão “junto das residências da população”, argumentando que “vários destes estabelecimentos” se encontram “nos bairros comunitários”. Consequência disso, afirma, são o mau cheiro e a poluição das águas que por aquelas zonas passam. No decurso disso mesmo, Leong Veng Chai pergunta ao Executivo se foram ponderadas estas consequências durante a abertura dos espaços. “Chegou-se a ponderar também os problemas ambientais devido à localização desses estabelecimentos nos bairros comunitários, como, por exemplo, águas poluídas, mau cheiro e segurança contra incêndios, no decurso do processo da transformação?”, questionou o deputado, que quer ainda saber quais os critérios para a emissão de licenças a estes estabelecimentos.

11 Jan 2016

UM | Professores de História galardoados

Os professores da Universidade de Macau (UM) Mao Haijian e Li Ping receberam o bronze nas categorias de Monografia e Artigo Académico, respectivamente. Ambos pertencem ao departamento de História da Faculdade de Ciências Sociais e os galardões foram-lhes atribuídos numa das sucursais do Ministério da Educação chinês. A obra de Mao foi publicada em 2011 e trata-se de uma investigação sólida sobre a Reforma dos 200 Dias praticada pela Dinastia Qing. O artigo do professor Li explora o desenvolvimento da identidade do Imperador Amarelo durante a história da China, tendo sido publicado pela Ciências Sociais na China, em 2012. Este ano foram premiadas 908 dos seis mil documentos entregues, dos quais 50 foram primeiros lugares, 251 foram bronze e outros 596 venceram a terceira posição. Este galardão foi criado pelo Ministério da Educação em 1995 e tem o objectivo de premiar os melhores trabalhos de investigação na área da Filosofia e das Ciências Sociais.

11 Jan 2016

Bibliotecas com espaços especiais para a leitura

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s bibliotecas públicas têm uma nova cara desde Dezembro. Através da iniciativa “Livros ao Sol 2015”, os espaços de leituras têm agora cantos dedicados à leitura aquecida, ou seja, locais especialmente desenhados para que os utilizadores possam ler à luz do sol. Esta iniciativa está patente até 15 deste mês e inclui um destaque especial para o programa “Livros Esquecidos”, que coloca em ênfase obras que raramente são lidas ou requisitadas.
Foram três as bibliotecas que aderiram ao projecto, incluindo a Sir Robert Ho Tung, perto de S. Lourenço, a Biblioteca Central – no Tap Seac – e a da Taipa, no Parque Central. Todos os cantos de leitura foram desenhados por arquitectos do território. A primeira tem a assinatura de Andre Lui Chak Keong, a segunda do atelier Che Hon e a terceira do profissional português Nuno Soares.

Biblioteca Sir Robert Ho Tung
Biblioteca Sir Robert Ho Tung

“O canto de leitura da Biblioteca Sir Robert Ho Tung foi desenhado pelo arquitecto local Andre Lui Chak Keong, o qual se inspirou nas concentrações festivas de eruditos da antiguidade junto aos rios, caracterizadas por um espírito fluído e despreocupado, usando as janelas para criar um elo entre o espaço de lazer e o jardim exterior e dando forma a um canto de leitura completamente diferente das funcionalidades originais do espaço”, conta o IC em comunicado.
A Biblioteca Central tem agora um espaço com uma “iluminação simples para contrastar e fazer sobressair diversas formas de papel”, enquanto a da Taipa está decorada com uma instalação. Os três espaços terão ainda patente uma exposição de fotografia.

11 Jan 2016

Cinemateca Paixão disponibiliza espaços

A Cinemateca Paixão entra agora na sua segunda fase de funcionamento experimental, durante o qual vai disponibilizar os seus espaços para aluguer a artistas e profissionais da área do Cinema. Assim, “os membros da indústria cinematográfica, os cineastas e as associações de cinema podem candidatar-se” a este programa.
A Cinemateca está junto às Ruínas de S. Paulo, sendo igualmente considerada património mundial. O espaço é constituído por três andares com armazenamento de vídeos e filmes, serviço de empréstimo de livros e outras publicações sobre cinema e várias obras. As candidaturas ao programa de cedência de espaço estão abertas desde a passada sexta-feira, estando a bilheteira e a sala de projecção disponíveis para reserva.
“Será organizada sucessivamente uma série de actividades de funcionamento experimental, proporcionando aos interessados em cinema locais e ao público vários seminários e workshops de cinema para introduzir a indústria cinematográfica de forma polifacetada”, assegura o Instituto Cultural (IC) em comunicado. Os detalhes sobre o aluguer dos espaços da cinemateca podem ser consultados na página electrónica do IC.

11 Jan 2016

HK | Anos 90 invadem Wan Chai com quatro bandas

O bar The Wanch, situado no número 54 da Jaffe Road em Hong Kong, está a promover uma noite cheia de concertos de reminiscência dos anos 90. São quatro, as bandas que vão tocar músicas dos anos 90. A página de Facebook do bar alerta para a performance de uma série de “secret guilty pleasures”, que vão dos Backstreet Boys aos Deftones. Shatalene, The Peel Colective, After-After-Party e Milk and Cookies foram os grupos seleccionados para tocar no próximo dia 29. O espaço fica em Wan Chai e está a planear oferecer bebidas gratuitas à pessoa que tiver o melhor fato dos anos 90.
Os Shatalene são formados por Shaun Martin e Natalie Belbin, especializando-se em drum & bass. Os Peel Colective começaram a actual em concertos semanais no Peel Frasco. Daí o nome. Já os After-After-Party têm como vocalista uma banda feminina de punk rock “que só se preocupa com a velocidade a que a música pode ir e as gargalhadas que podem dar com isso”, sendo formada por Yanyan Pang, das bandas Hard Candy e Teenage Riot, Kuro Li da XHARKIE e Jaedyn Yu. Os Milk and Cookies são tidos como “a melhor banda de metalcore de Hong Kong” e prometem trazer, na voz de Sheperd The Weak, uma série de hits dos anos 90.
A iniciativa começa por volta das 21h00 e tem entrada gratuita.

11 Jan 2016

Turtle Giant gravaram “Many Mansions I” com o único cravo do Teatro D.Pedro V

[dropcap style=’circle’]C[/dropcap]hama-se “Many Mansions I” e é, em termos de sonoridade, o álbum dos Turtle Giant “mais variado” que já fizeram. Quem o diz são Beto Richie e António Conceição, dois dos três membros da banda, que falam ao HM sobre o recente disco. O terceiro elemento, Fred Richie, está neste momentos pelos EUA a trabalhar no sector da música.
Lançado oficialmente em meados de Novembro, “Many Mansions I” traz faixas fresquinhas e boas saídas da mente do trio, com direito à cedência do Teatro D. Pedro V para a gravação das músicas. Inteiramente feito dentro daquelas quatro paredes, contou com a sonoridade única de um cravo – instrumento musical de teclas semelhante ao piano, mas com uma sonoridade completamente diferente. O nome do novo álbum explica exactamente o que este é: um aglomerar de histórias das “várias casas” musicais por onde a banda vai passando e de onde vai bebendo.
“Cada música é uma história. Um bocado como o nome do álbum, temos muitas ‘casas’ que gostamos de visitar, ou seja, muitos estilos que gostamos de tocar”, explica António Conceição, também conhecido como Kico.

Para português ouvir

Das 12 faixas já disponíveis online em websites como o iTunes ou o Spotify, duas delas são cantadas em Língua Portuguesa, como bem manda a origem dos músicos.
“A Luck tem uma segunda parte cantada em Português e foi o Kico que escreveu”, confessou Beto.
Vida de músico
O lançamento do álbum estava previsto para o Verão de 2014 e, mais tarde, para Outubro do mesmo ano. No entanto, celeumas e entraves com produtoras e agentes dificultaram o processo, arrastando-o até à saída oficial.
Ainda assim, várias das músicas contidas em “Many Mansions I” eram já conhecidas do público, uma vez que foram parar a websites de pirataria online. “Por um lado, é bom vermos as nossas músicas nestes websites, porque se lá estão significa que há quem queira, mas também nos obrigou a alterar os planos para o lançamento”, admite Beto.
O lançamento partiu somente da banda, que colocou o CD online, deixando assim de “se preocupar tanto com o trabalho das agências” discográficas.
“[As agências] nunca nos satisfizeram e desde 2013 que começaram a ficar aquém, em relação aos timings de lançamento e decisões que tomavam. Isso levou-nos a tomar as rédeas do projecto”, esclareceu Kico, que é não só guitarrista, mas também vocalista.
A masterização das músicas aconteceu em Londres, mas a produção das letras e gravação das faixas teve lugar por cá, na terra dos três músicos, e em Hong Kong. De entre as 12 faixas, foram “Nathaniel 3401”, “Golden Summer” e “Business Suit Morning Struggle” que mais gozo deram gravar.

Tempo sem dinheiro

“Quando temos um emprego a tempo inteiro, temos mais dinheiro, mas não temos tempo. E quando estamos desempregados, temos tempo mas não há dinheiro”, afirma Beto, quando questionado acerca da forma como se faz um álbum.
A conversa foi, inevitavelmente, parar à temática badalada da promoção das indústrias culturais e criativas. Que papel tem o Governo local na publicitação de uma banda local? A opinião é unânime: além da cedência do Teatro, nenhum. Há, certamente, vários subsídios disponíveis para quem pretenda mostrar o seu talento em Macau, mas a esmagadora maioria é “restritiva”.
Isso mesmo explicam os dois músicos, que além de terem sempre agido sem a ajuda do Executivo, criticam a falta de abertura ou iniciativa. Tanto do Governo, como de associações locais. Como exemplo, os Turtle Giant contam que se candidataram uma vez, em 2012, a um destes programas, mas foram rejeitados por não cumprirem os requisitos. Um deles era que todas as músicas submetidas fossem totalmente originais e algumas delas já conhecidas do público.
O próximo passo dos Turtle Giant será lançar “Many Mansions I” em formato físico em vinil e em disco ainda este ano e a isso segue-se uma eventual digressão. Por onde, ainda não se sabe, mas certamente por lugares onde o talento dos Turtle Giant é reconhecido. O colectivo já passou por uma série de rádios universitárias norte-americanas e outros quantos festivais em cidades dos EUA, no Canadá e em Inglaterra. “Many Mansions I” pode ser adquirido por 9,99 dólares norte-americanos na loja da iTunes, via website oficial da banda.

8 Jan 2016

Ensino Superior | Protocolos condicionados por falta de Regime, diz Peter Stilwell

Peter Stilwell defende que a Lei do Ensino Superior – ainda em análise pelos deputados – virá beneficiar, em muito, o sector do ensino superior local

[dropcap style=’circle’]U[/dropcap]ma das alterações positivas que virá com a entrada em vigor da Lei do Ensino Superior será, de acordo com Peter Stilwell, a facilidade na criação de cursos em modelo de intercâmbio. O reitor da Universidade de São José (USJ) relembrou ao HM que o actual modelo educativo universitário não permite este tipo de formatos de aprendizagem, numa afirmação que surgiu na sequência da renovação de um protocolo de cooperação com a Universidade Católica Portuguesa. peter stilwell
“Estes protocolos estão condicionados a uma questão: a actual Lei [do Ensino Superior] não permite a realização de graus com outras universidades ou instituições e só quando a nova lei for aprovada é que esse tipo de protocolos são viáveis”, começou por dizer. “Quando a lei for publicada, já irá ser permitida a realização de licenciaturas, mestrados e até doutoramentos conjuntos, que são coisas que, hoje em dia, são do maior interesse e importância a nível internacional”, acrescentou o responsável. É que está em causa, defende Stilwell, “uma conjugação de competências” em termos do que de melhor cada universidade tem para oferecer.

Ver para crer na qualidade

A Universidade de São José assina, às 10h30 de hoje, um protocolo com Universidade Católica Portuguesa para a realização do curso de mestrado integrado de Teologia. Ao HM, o reitor da USJ explicou que se trata de um acordo que vem sendo renovado desde a sua primeira assinatura, em 2009.
“Começou para que o curso ensinado aqui tivesse uma atribuição de grau pela Faculdade de Teologia da Católica.” Ao curso disponível na USJ acresce mais um ano de estudos para completar o grau desejado e expresso no acordo. “Até agora completaram este curso vários alunos nos últimos dois anos, já que o mestrado dura cinco anos em média”, disse.
A ideia do protocolo é que os alunos locais possam completar cadeiras do curso de Estudos do Cristianismo na USJ para depois terem uma certificação de mestrado da Católica. Os finalistas realizam um exame que será avaliada por um júri seleccionado pela universidade portuguesa e ficam assim com o aval da Católica.

7 Jan 2016

Túnel da Guia não fica pronto este ano

A construção do túnel pedonal da Guia não deverá estar concluída este ano, já que os Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) ainda só confirmam a conclusão da análise de um estudo sobre a viabilidade da obra para Junho deste ano. Ao HM, a entidade explicou, na versão original da resposta em Chinês, que a análise estará finalizada “no segundo trimestre de 2016”, admitindo que não está ainda definido um orçamento. A resposta indica então que não é certa a construção do referido túnel. Em Novembro passado, a deputada Kwan Tsui Hang pediu esclarecimentos ao Executivo sobre os avanços no processo. O túnel deveria ser construído perto do local onde, antes do Grande Prémio de 2014, foram inauguradas passagens de peões que ligam a zona da Avenida Rodrigo Rodrigues à Guia.

7 Jan 2016

Galeria de arte com workshops até final de Fevereiro

A galeria Macpro organiza, nos próximos dias 9 e 23 de Janeiro e 20 de Fevereiro, três workshops temáticos com lugares limitados. A reserva deverá ser efectuada através de registo prévio no site da galeria e cada curso tem o custo de 350 patacas com direito a chá durante a actividade.
O primeiro workshop, que se realiza já no próximo sábado, vai focar-se no cultivo de mini-plantas, com a condução de Minnian Ng. A artista é professora a tempo inteiro numa escola primária, mas tem as Artes como passatempo, interessando-se especialmente por decoupage, uma técnica de colagem de tecidos em objectos. Este vai das 14h30 às 17h30 e é leccionado em Inglês e Cantonês.
O segundo curso também acontece a um sábado e lecciona a arte do Zentangle – agregação das palavras “zen” e “entrelaçar” –, uma técnica de desenho com figuras estruturadas para criar formas como animais, prédios e até mesmo cidades inteiras. Este é conduzido pelo treinador espiritual Sumitro Wong, que vai ensinar, entre as 14h30 e as 17h30, a arte de desenhar em padrões com o intuito de relaxar e promover o bem-estar interior.
Em último lugar está o workshop de Tarot, onde o monitor Sandeep vai ajudar a que os participantes saibam ler cartas de Tarot, também das 14h30 às 17h30 de dia 20 de Fevereiro. Todas as sessões serão acompanhadas de chá gratuito e terão lugar na sede da galeria de arte, na Avenida de Praia Grande.

7 Jan 2016

Controlo marítimo | China e RAEM assinam acordos de cooperação

O Governo Central e o Executivo da RAEM assinaram ontem três acordos de cooperação na área do controlo do tráfego das águas agora sob jurisdição da região. Os documentos, adianta o Governo em comunicado, englobam os âmbitos “de assuntos hídricos, tráfego marítimo e uso do mar”, tendo o objectivo de “intensificar a cooperação na gestão dos assuntos hídricos nas áreas circunvizinhas de Macau”. Os acordos foram assinados entre o Ministério dos Transportes, o Ministério dos Recursos Hídricos, a Administração Estatal Oceânica e o governo da RAEM. Macau tem agora sob seu poder 85 quilómetros quadrados de área marítima. Estes deverão servir para melhor gerir a navegação de embarcações, a segurança na navegação e a gestão dos canais de navegação. No entanto, estão englobadas nestes documentos a resposta aos incidentes no mar e a partilha e cooperação nas informações. “A Administração Estatal de Segurança Marítima do Ministério dos Transportes e a Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA) são as entidades responsáveis pela sua implementação, comunicação periódica sobre situações referentes à gestão de segurança do tráfego no mar, bem como à garantia de navegação e supervisão de segurança”, assegura um comunicado.

6 Jan 2016

Passaporte da RAEM já deu problemas a cinco pessoas desde 2013

Ng Kuok Cheong denunciou casos em que portadores do passaporte da RAEM são impedidos de entrar em alguns países com suposta isenção de visto. A DSI confirma<7h5>

[dropcap style=’circle’]F[/dropcap]oram cinco os residentes de Macau que, entre 2013 e 2015, tiveram problemas em fronteiras de países estrangeiros com acordo de visa com a RAEM. É o que diz a Direcção dos Serviços de Identificação (DSI) ao HM, na sequência de uma interpelação de Ng Kuok Cheong onde o deputado questionava o Governo sobre o poder deste passaporte lá fora.
A DSI adianta que todos estes casos anómalos são reportados às embaixadas ou consulados de Macau nos países respectivos. “Sempre que somos informados das dificuldades sentidas por residentes de Macau nas fronteiras, imediatamente notificamos, por via oficial, a autoridade diplomática do país em questão”, refere a DSI na resposta. A lista de países que aceitam este documento livres de visto ou com visto à chegada engloba 118 países.
Igualmente questionada pelo HM acerca de existência de reclamações, por parte de cidadãos locais, relativamente ao comportamento em fronteiras estrangeiras, a DSI assegura que não tem registo de qualquer situação semelhante. Vai, no entanto, reportar qualquer futuro caso às autoridades superiores. passaporte raem
O mesmo organismo lembra que todos os países “têm o direito de negar a entrada de qualquer estrangeiro no seu país ou território”, mesmo depois de ter acordado pela isenção de visto. Ademais, a DSI afirma que tem estado a “verificar os requisitos de visto exigidos por outros países a residentes de Macau”, preparando-se para “anunciar novas informações ao público” assim que for possível.
Ng Kuok Cheong assegura, na sua interpelação, que nalguns países onde supostamente haveria isenção de visto as pessoas estão a ser impedidas de entrar a menos que paguem as despesas. O deputado deu como exemplo países como a Tânzania, em que portadores de passaporte de Macau tiveram de pagar despesas do visto à chegada, e de países como o Azerbaijão, Uzbequistão, Cazaquistão e Bielorrússia, entre outros, onde o pedido de visto – que deve ser emitido à chegada – foi mesmo recusado aos portadores de passaporte de Macau, por “não haver cartas de convite” desses países. O deputado apontou ainda que existem residentes que passaram pela Indonésia e entraram em Timor-Leste por via terrestre aos quais não foram concedidos vistos.

6 Jan 2016

Desaparecimentos em HK | “Pode muito bem acontecer em Macau”, diz Jason Chao

Desapareceram cinco funcionários da livraria de Hong Kong The Causeway Bay Bookstore e Jason Chao acredita que a história não acaba aqui, podendo mesmo ter lugar na RAEM. “[É uma situação] que pode muito bem acontecer em Macau”, determinou o activista, que ontem falou sobre o assunto à margem de uma conferência da Associação Novo Macau (ANM). Chao confessou sentir-se “sem poder” para travar este tipo de práticas, acreditando que “o Partido Comunista Chinês vai ter sempre formar de raptar pessoas para as julgar em tribunal e até torturar”. O caso está relacionado com o desaparecimento de cinco pessoas da livraria que é conhecida por publicar obras que criticam o governo de Xi Jinping. Ao jornal Ponto Final, vários activistas locais falam de sinais de “um Estado totalitário”, com contornos semelhantes às acções praticadas pelo KGB russo. “A ANM acredita na liberdade de expressão, tal como em outros direitos humanos básicos, enquanto pedras basilares de uma sociedade democrática. As tiranias do passado e do presente tentaram tirar-nos isso através da força, da intimidação e decepção. O seu esforço só nos convence ainda mais da importância da liberdade”, disse o presidente da Associação, Scott Chiang, ao Ponto Final.

5 Jan 2016

Eleições | Novo Macau acusa Comissão Eleitoral de fazer relatórios parciais

A ANM está preocupada com o recente relatório da Comissão Eleitoral. Falta de rigor e de interesse em eleições justas são acusações de Jason Chao

[dropcap style=’circle’]F[/dropcap]alta verdadeiro interesse da Comissão para os Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) em assegurar eleições justas. Esta é, pelo menos, a posição da Associação Novo Macau (ANM) face ao mais recente documento publicado pela Comissão acerca das eleições para a V Legislatura da AL.
“O relatório mostra que a CAEAL não está genuinamente interessada em assegurar uma eleições justa”, referiu o vice-presidente da ANM, Jason Chao. Para o activista, foram ignoradas as ilegalidades cometidas por aqueles a quem Chao chama de “grupos de interesse tradicionais”. Ao mesmo tempo, alega que foram distorcidas as intenções de grupos activistas tentarem promover eleições justas.
Neste ponto, Chao chama a atenção para o exemplo dado no relatório se referir, especificamente, à entrega de panfletos pelo grupo activista – ao qual pertenceu –, Macau Consciência. O colectivo decidiu, com o objectivo de promover eleições justas, distribuir folhetos junto de escolas e a CAEAL fez questão de sublinhar esta prática, frisando que “as escolas públicas mantêm a posição de neutralidade nas campanhas eleitorais”. No entanto, argumenta Jason Chao, actividades ilegais de outros grupos “passaram ao lado” da Comissão. Um dos casos citados pela ANM diz respeito à distribuição de cheques pela Associação Jiangmen aos potenciais votantes.

Versão portuguesa mais soft
Jason Chao faz ainda comentários sobre a disparidade na traduções portuguesa do relatório original em Chinês. “A versão original é mais elaborada e faz um reparo mais duro do que mostra a portuguesa”, explicou. E o vice-presidente da ANM culpa mesmo Ip Song Sang, juiz do Tribunal de Primeira Instância que esteve à frente da CAEAL.
“Tratando-se de um juiz que fala fluentemente Português. Seria óbvio que a tradução passasse por Ip Song Sang antes de ser publicada, portanto em última instância, a culpa reside claramente nele”, afirmou.
Isto porque a tradução literal do original diz que a Comissão quer “proibir que pessoas critiquem outras com a intenção de sobressaírem”, enquanto em Português se pode ler que deve ser “proibida a prática de propaganda antecipada”. A ideia do original, frisou o activista, está “em falta” na versão portuguesa.

Sem dentes

O relatório da CAEAL denuncia uma série de irregularidades, mas não define qualquer acção como efectivamente legal. A Comissão pede uma auditoria aos orçamentos das campanhas eleitorais antes da sua entrega, por terem sido detectados valores muito diferentes.
O documento confirma ainda que houve queixas quanto à distribuição de ofertas por parte dos candidatos a um lugar de deputado na AL, mas defende que os actos de corrupção “não foram graves” e diz-se ainda sem poder para fazer mais. “Analisado o processo decorrido de preparação e de organização das eleições da V Legislatura e em 2013, consideramos que, no cômputo geral, e para além das críticas por parte dos cidadãos acerca da distribuição de prendas pelas associações para efeitos de propaganda eleitoral, não foi grave a corrupção eleitoral registada nesta Legislatura devido à fiscalização rigorosa por parte do Comissariado contra a Corrupção (CCAC)”, lê-se.

5 Jan 2016

Subsídios | Governo abre inscrições para produção discográfica original

O IC tem prontos 1,7 milhão de patacas para atribuir oito subsídios a produtores discográficos locais

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Instituto Cultural (IC) inicia hoje o período de candidatura para atribuição do subsídio para produção de álbuns de músicas originais, havendo oito subsídios disponíveis até ao montante máximo de 210 mil patacas. As inscrições encerram a 4 de Março e cada uma é elegível para a gravação de um álbum.
Este financiamento está integrado no programa de subsídio para as Indústrias Culturais e Criativas, tendo sido lançado em 2014, e pretende incentivar os músicos locais a SDFSFS.
“Através do apoio à produção e promoção de álbuns de canções originais, o IC pretende incentivar os talentos musicais locais a produzirem e lançarem as suas obras, a fim de estabelecer as bases para o desenvolvimento do mercado”, escreve o IC em comunicado.
Os candidatos têm que cumprir os requisitos de serem portadores do BIR permanente, maiores de idade e ter a capacidade de se assumirem como produtores discográficos do projecto a título individual. Estes deverão também já ter um repertório de faixas já lançadas oficialmente antes de ingressar no programa de subsídio, ou ter agido enquanto produtores de um outro disco. Print
“O álbum candidato pode ser um álbum de solista, conjunto vocal ou grupo musical”, esclarece a entidade.
De entre os critérios de selecção do júri estão a racionalidade orçamental, a perfeição das propostas apresentadas, a estratégia de marketing empregue para a promoção ou a compatibilidade entre os trabalhos de som e a imagem do disco. O financiamento atribuído pode ser utilizado para cobrir despesas de produção musical, do design da capa, da promoção e marketing e de impressão. Estes devem, no entanto, ser distribuídos por via digital em, pelo menos, dois canais comerciais de música.
O regulamento e formulário pode ser consultado nas páginas electrónicas das Indústrias Culturais e Criativas e do IC.

5 Jan 2016

Ilha da Montanha | Nasce local dedicado ao mercado lusófono em 2018

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]fundador da empresa local Mutual Honest Lda., Raymond Chan, conseguiu um terrenos de seis mil metros quadrados na Ilha da Montanha para ali edificar uma plataforma destinada ao comércio com países lusófonos e latinos. O anúncio surge num comunicado do Instituto de Promoção e Comércio de Macau (IPIM). Trata-se de um investimento de 350 milhões de reminbis para um projecto que deve estar concluído entre finais de 2017 e inícios do ano seguinte.
Raymond Chan abriu a sua primeira empresa de exportação na China, em 1987. Foi em 2004 que fundou a Goldland MCO em Macau. Esta promove a mesma vertente empresarial e trabalha com os mercados países lusófonos africanos. A construção da referida plataforma surgiu durante a visita a uma feira de produtos de Macau na China. A participação das delegações locais lá fora atinge, para Chan, “um grande efeito positivo”, pois explora várias vertentes de negócio. Uma das ideias em cima da mesa é, segundo o IPIM, organizar “visitas de estudos aos PALOP”, incluindo Angola e Moçambique.
O empresário vai “reservar um piso inteiro” para a organização de exposições e venda de produtos dos PLP e outro para venda de itens da China. Tudo isto, assegura Chan citado pelo IPIM, “com vista a desenvolver com maior dinamismo o papel de plataforma desempenhado por Macau”.
O testemunho de Chan é para o IPIM sinónimo de sucesso conquistado no seio destas feiras e visitas de delegações locais à China e outros países.

Feiras satisfatórias

O IPIM tem organizado uma série de feiras de produtos de Macau na China, incluindo em Guangdong, Guangzhou, Zhongshan e Jiangmen. A mais recente teve lugar em Novembro, tendo sido conjuntamente organizada com os Serviços do Comércio do município.
“Durante os três dias em que decorreu a referida feira, esta atraiu mais 110 mil visitantes, denotando-se grande movimento de pessoas. A situação das vendas dos expositores, tanto de Macau como de Zhongshan, foi satisfatória”, sublinha o IPIM em comunicado. Mais de 60 empresas que aí estiveram presentes já confirmaram a sua presença numa feira da mesma natureza este ano, em Guangzhou.

Acima da média

Raymond Chan não está sozinho nesta luta pelo reconhecimento internacional dos seus produtos. Também Cheong Lai Meng revelou ter-se saído bem nas últimas feiras em que marcou presença. Os contactos foram “úteis” para agora ter já uma rede fidedigna de clientes por essa China fora. Cheong é director-geral da produtora Winemarkers’ Alliance, mas também possui uma vinha em França, algo que o caracteriza enquanto produtor. A empresa estabeleceu-se no território há mais de sete anos e além de agenciar vinhos portugueses, fá-lo igualmente com vinhos da Argentina.

5 Jan 2016

Chui Sai On reconhece “insuficiências” no Governo

Chui Sai On vê a definição das águas marítimas como uma “importante missão” de 2015 e o ano de 2016 como uma data para agarrar oportunidades. Na tradicional mensagem de Ano Novo, o Chefe do Executivo denuncia “insuficiências existentes na acção do Governo”, apontando ser necessário “elevar a capacidade governativa e o nível de governação” para ser prevenir para “eventuais riscos”.
Mas o líder do Governo também se mostra optimista: sobre a fase de ajustamento económico, Chui Sai On falou da urgência em fazer uma “gestão prudente” como até agora, já que foi possível, mesmo em fase de cortes, manter os benefícios sociais à população.
“Temos vindo a dar continuidade aos benefícios sociais e ao plano de investimento, a garantir o desenvolvimento estável da economia e a assegurar o superávit financeiro, dando prosseguimento firme à construção dos cinco mecanismos eficientes de longo prazo nomeadamente nos domínios da segurança social, da saúde, da habitação, da educação e da formação de recursos humanos”, refere, na sua mensagem de Ano Novo, onde apela ao “patriotismo” para que se possam ultrapassar dificuldades.
É também preciso “melhorar” o desempenho de Macau enquanto “plataforma de serviços para a cooperação” entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Para além disso, Chui Sai On frisa a importância de “elevar constantemente a competitividade geral de Macau e a sua capacidade para enfrentar pressões”.

4 Jan 2016

LMA | Dinamarquesa Lydmor volta a Macau para concerto no dia 16

A dinamarquesa Jenny Rossander – conhecida como Lydmor – volta ao seu berço de Macau, a Live Music Association. Este será o segundo concerto da artista no mesmo local. A estreia foi em 2014

[dropcap style=’circle’]L[/dropcap]ydmor é a palavra dinamarquesa para a expressão portuguesa “mãe do som”. É também o nome que a artista Jenny Rossander escolheu para se apresentar em palco, regressando às 21h30 do próximo dia 16 a Macau e à Live Music Association (LMA). A cantora já esteve nesse mesmo palco em Outubro de 2014, com um set de músicas que combinam sonoridades electrónicas com uma voz inconfundivelmente feminina.
“Uma jovem tímida sobe a um palco de Viena perante 400 pessoas e nenhuma delas conhecia as suas músicas, deixando-a sozinha, de holofote virado para si, um computador, um teclado e alguns instrumentos de música electrónica”, escreve a LMA no texto de apresentação de Rossander, em 2014. Cerca de 40 minutos depois, continua a Associação, a plateia “só queria mais”, tal era o talento mostrado.
Depois de Viena, foi sempre a crescer. Tanto que artistas como Sort Sol e Bon Homme se apaixonaram pelo estilo de Lydmor e quiseram actuar em conjunto. Dinamarquesa de sangue, a cantora distingue-se pelo amor às digressões mundiais, sendo esta a segunda vez que pisa território macaísta, onde se mantém fiel à casa que primeiramente a acolheu.

A magia do palco

Numa entrevista à revista Time Out Shanghai, Lydmor conta que não vive o palco sem a gravação em estúdio e vice-versa. É que, de acordo com a artista, “é impossível escolher um [cenário], porque ambos são extremamente exploratórios”. Sobre a sua relação com o público, Lydmor explica que se trata de uma experiência sem igual: “Durante um concerto, consegue-se criar uma relação especial com a plateia, uma que é completamente única para cada sessão. Cada aplauso, cada silêncio, cada cara que vejo do palco passam a fazer parte do todo de um quadro. E se o ‘mood’ for o certo, pode mesmo transformar-se numa viagem mágica”, adianta na mesma entrevista.
Em 2013, a cantora dedicou-se a uma série de projectos conjuntos e só em 2014 passou a fazer uso do seu talento para desenvolver uma carreira a solo. De voz e mestria comprovadas, Lydmor junta-se ao ex-rapper dos Das Racist, Heems, para um concerto sem igual em Xangai.

Mãe do Som e o Homem Bom

“Seven Dreams of Fire” é o resultado de um projecto entre Lydmor e Bon Homme. “Imagine juntar dois talentos musicais distintos, mas complementares, já estabelecidos enquanto compositores e produtores nas suas áreas. Um homem e uma mulher”, começa o website HFN por explicar. É sobre o novo disco da dupla que a página fala, adjectivando-o de “uma mistura de ritmos condutores, sons sintéticos luxuosos, efeitos psicadélicos e epítomes musicais que ficam no ouvido. Tudo isto, envolvido numa atmosfera escura de melancolia e beleza”, continua o HFN.
Lydmor conta já com quatro álbuns a solo: “A Pile of Empty Tapes”, “Seven Dreams of Fire”, “Y” e “She Moves”. A artista prepara agora o próximo CD, depois de passar 2014 numa tour na Ásia e num projecto com o duo electrónico belga Arsenal.
Os bilhetes para o concerto custam 100 patacas se comprados de antemão – na Livraria Portuguesa ou na Pin-to Música -, ou 120 patacas à porta.

4 Jan 2016

HK| Toro Y Moi e Death Cab for Cutie em concertos

[dropcap style=’circle]T[/dropcap]oro Y Moi vai dar um concerto às 20h00 do próximo dia 12 em Hong Kong, na The Coming Society. Ao contrário do que se possa pensar, a banda é constituída por apenas um membro, de seu nome Chazwick Bundick. Norte-americano de origem, já viajou por todo o mundo, tendo optado pelo nome artístico de Toro Y Moi. A produção musical tem sido profícua, com cinco álbuns lançados desde 2010 até ao ano passado. Entre estas aventuras foram ainda publicados dois outros discos de compilações, em 2012 e em 2015. Também a banda Death Cab for Cutie, constituída por Ben Gibbard, Nick Harmer e Jason McGerr actua às 20h00 de 1 de Março no Estádio MacPherson, em Mongkok. O trio masculino formou-se em 1997 em Seattle e prima por ser uma das primeiras bandas de indie-pop e rock alternativo dos anos 90. Os Death Cab for Cutie ficaram conhecidos em Orange County devido à paixão do realizador da série televisiva pelo colectivo musical. Com oito disco lançados desde 1998, publicaram o mais recente no ano passado, denominado “Kintsugi”. O nome do álbum remete para um tipo de arte japonesa de nome homónimo. Os bilhetes para o primeiro concerto custam 290 dólares e para os Death Cab for Cutie 490 dólares de Hong Kong, podendo ser comprados www.ticketflap.com.

4 Jan 2016

McDonald’s | Abriu primeiro conceito saudável na RAEHK

[dropcap style=’circle]N[/dropcap]asceu na zona de Admiralty, em Hong Kong, o primeiro McDonald’s Next, restaurante da famosa cadeia americana com um conceito totalmente diferente do que até agora se viu. Entre as novidades estão menus inovadores com oferta não só dos já conhecidos hambúrgueres, mas também de comida saudável, ao lado de estações de carregamento de telemóvel nas mesas e outros detalhes. O restaurante oferece agora opções vegetarianas com uma série de produtos que vão do tomate aos espargos e da quinoa ao milho. Diversos tipos de pão e saladas são outros dos pratos fortes.
O típico Ronald McDonald amarelo e vermelho foi abolido desta loja, onde impera um estilo de design clássico que combina madeira com vidro e cores mais sóbrias. O desenho tomou forma no atelier dos australianos Landini Associates, que afirmaram à revista Dezeen que se trata de “uma experiência na área do não-design”. Houve, de certa forma, uma reforma na imagem da empresa.
“O ambiente gráfico colorido que se tornou na assinatura da McDonald’s a nível internacional foi agora substituído por uma abordagem mais simples, calmo e clássico”, adianta a empresa responsável. A intenção, neste caso, é que a “comida seja o herói”, juntamente com o serviço oferecido às pessoas que por aquela porta entram. Sem Ronald e sem cores berrantes, o novo McDonald’s Next de Admiralty promete encantar qualquer pessoa que por lá passe. É que agora há comida para todas as idades e gostos, não apenas para quem procura um hambúrguer rápido.

4 Jan 2016

Salário Mínimo | Governo cria plano para ajudar senhorios

A implementação do salário mínimo fez com que o Governo assuma parte do trabalho das empresas de gestão de condomínios demissionárias. A higiene e segurança passam agora a contar com a ajuda das autoridades

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Governo admite que a obrigatoriedade de pagamento do salário mínimo a trabalhadores de limpeza e segurança dos edifícios possa trazer complicações aos condomínios e resolveu criar uma rede de apoio para colmatar os problemas que podem advir desta medida. A presente obrigatoriedade de salário mínimo a este sector de trabalhadores teve início no passado dia 1 e pretende, segundo o Executivo, assegurar “uma retribuição justa pelo trabalho prestado, de forma a melhorar as suas vidas e benefícios”.
Em cima da mesa está um plano de financiamento, a cabo do Instituto da Habitação, que visa ajudas monetárias aos proprietários de prédios que se tenham já reunido em assembleia-geral de condomínio. No entanto, esta apenas é válida se a reunião tiver já acontecido.
Também a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), juntamente com o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais e a CSR, vai aumentar o número de contentores do lixo perto dos edifícios sem administração e ter, com mais frequência, carrinhas de recolha a passar, uma vez que poderá haver problemas com a higiene dos espaços.
Antes de mais, o IH pede que as empresas de gestão predial “elaborem, o mais rápido possível, o orçamento de gestão” para este ano e o entreguem à respectiva assembleia-geral de forma a que os proprietários possam decidir se mantêm aquela empresa na gestão ou se contratam outra.
“Se o orçamento não for aprovado, os proprietários devem ponderar uma nova deliberação após mais uma revisão, ou um concurso para procurar outra empresa de gestão, bem como, ponderarem a possibilidade da gestão do edifício ficar a cargo dos próprios proprietários”, nota o IH.
No caso de ser a própria empresa de gestão a retirar-se, os condóminos terão então que se tornar responsáveis pela gestão do prédio, o que inclui a higiene do edifício e o pagamento atempado de contas com electricidade ou águas. É na mesma situação que a Sociedade de Abastecimento de Águas de Macau (SAAM) se encarrega de pagar, juntamente com os proprietários, as contas em atraso, “prevendo que o valor repartido por dois meses para cada proprietário seja de apenas um dígito”. No caso da electricidade, a responsabilidade caberá somente e apenas aos condóminos.

Faça você mesmo

No bairro de habitação económica Keep Best, já não existem trabalhadores de gestão predial. De acordo com a publicação All About Macau, a empresa Keng Fong abortou missão por ver vetado o aumento de 20% das despesas de condomínio pelos mais de 600 proprietários do espaços. O caso deu-se a 1 de Janeiro e, ao ficar sem pessoal, a Comissão de Condóminos optou por escolher um dos moradores para porteiro.
No entanto, como faltam trabalhadores de limpeza, são os membros da Comissão quem tratam do lixo doméstico. Iong, uma das proprietárias, apontou que a qualidade de serviços da antiga empresa de gestão era muito má. “[Os porteiros] ou estavam a dormir ou desapareciam. As condições sanitárias eram más, havia sempre ratos na sala de lixo e na sala do contador de água. Ninguém limpava”, disse.
Iong acrescentou que a empresa de gestão prometeu que 17% das despesas de condomínio reverteriam para a criação de um fundo de reparação. Contudo, estas despesas chegaram às 200 mil patacas e o dinheiro nunca chegou à Comissão de Condóminos, nem os habitantes conseguirem recuperá-lo.
O presidente da Aliança do Povo de Instituição de Macau, Chan Tak Seng referiu que está a tratar de 60 casos relativos ao aumento de despesas de condomínios, referindo que apenas 20% dos edifícios aceitaram o aumento. O presidente prevê a saída de muitas destas empresas devido à recusa dos moradores em aceitar a subida. Sobretudo na zona norte, acrescenta.
Para o deputado Ng Kuok Cheong, além da publicação de medidas para lidar com as ausências na administração de propriedades, o Governo deve ainda ajudar os moradores a resolver a questão de gestão predial através de conciliação.

Segurança primeiro

A maior preocupação é a segurança dos habitantes. Nos casos em que a própria empresa se demite da gestão, a Associação de Administração de Propriedades de Macau terá que notificar a PJ, a PSP e o Corpo de Bombeiros para que sejam destacados mais agentes de policiamento para as zonas então desprotegidas. Em primeiro lugar está o aviso ao Grupo de Prevenção Criminal na Área da Habitação da PJ, que lida precisamente com este tipo de segurança. Assim, será um policiamento público a substituir o que até agora tem sido assegurado por empresas privadas.

4 Jan 2016

Hospital | Obra adjudicada a empresas chinesas custa 871,6 milhões

As obra das fundações de parte do Hospital das Ilhas foram adjudicadas a dois consórcios, uma vez que se tratam de dois projectos distintos. Ambos vão custar cerca de 871,6 milhões de patacas. A construção das fundações do Edifício de Administração e Multi-Serviços será desenvolvido pelo consórcio entre a Companhia de Construção de Obras Portuárias Zhen Hwa Limitada e a Companhia de Engenharia Porto da China Limitada, com um montante calculado em 153 milhões de patacas. Já a construção das fundações do Edifício do Hospital Geral e do Edifício de Apoio Logístico fica à responsabilidade do consórcio entre a empresa Road and Bridge Corporation e a Sociedade de Construção e Engenharia de Xangai. Esta é a construção que mais dinheiro vai custar ao Governo, num montante total de 718 milhões de patacas dividido por três anos até 2017.

3 Jan 2016

EPM | Segunda fase de nova prisão vai custar mil milhões

As obras da segunda fase do novo Estabelecimento Prisional de Macau vão custar mil milhões de patacas e ficarão à responsabilidade da empresa Soi Kun Limitada, de acordo com anúncio publicado ontem em Boletim Oficial. A conclusão está prevista para 2019, mas a soma mais avultada – de 300 milhões de patacas – será paga em 2017 e 2018. Em meados de Agosto de 2010, o Governo havia anunciado o início das obras deste complexo, prevendo que este poderia entrar em funcionamento dali a quatro anos, em 2014. No entanto, 2015 está já a acabar e ainda só foi anunciada a 2ª fase de construção do novo EPM, em Ká Ho. A empresa é do deputado Mak Soi Kun.

3 Jan 2016

CCM | Primavera chega com dança e música contemporânea

O CCM celebra a Primavera com a estreia de duas peças exclusivas no território: o concerto baseado na animação “Trigémeas de Belleville” e o espectáculo de dança contemporânea “Sun” acontecem em Março e Abril próximos, com bilhetes já à venda

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Centro Cultural de Macau (CCM) abre Março com um cine-concerto e um espectáculo de dança e teatro contemporâneo para animar pequenos e graúdos.
“Trigémeas de Belleville” realiza-se às 20h00 do dia 9 de Março no Grande Auditório. É na sequência da entrada na Primavera que o CCM opta por trazer ao território uma “nostálgica viagem” pelas ruas de Paris das décadas de 20 e 30 e, como não podia deixar de ser, pelo jazz que nessa altura começava a espalhar-se por Nova Iorque. A obra foi dirigida pelo compositor e guitarrista canadiano Benoît Charest em conjunto com a Le Terrible Orchestre, que traz a palco um revivalismo do filme com o mesmo nome.
A obra cinematográfica de animação conta a história de um atleta profissional de ciclismo que entra numa aventura perigosa envolvendo a máfia francesa. Foi Charest quem compôs toda a banda sonora da peça teatral, com instrumentos que vão do trompete ao trombone, do acordeão à bateria. “Trigémeas de Belleville” venceu dois óscares de Melhor Banda Sonora e Melhor Filme. A entrada custa entre 100 e 250 patacas.
A peça coreografada por Hofesh Shechter, “Sun”, acontece a 2 de Abril, convidando crianças a juntar-se na plateia. Também no Grande Auditório, apresenta-se enquanto espectáculo de dança e teatro contemporâneo.
“Com laivos de humor, argúcia e sarcasmo, a história começa quando a existência feliz e descontraída de um rebanho de ovelhas é bruscamente ameaçada pelo aparecimento de um lobo, enraivecido e perigoso”, explica o CCM em comunicado. Em palco estarão 15 bailarinos profissionais numa “entrega frenética” à plateia ao som da música escolhida por Shechter. Esta foi inspirada em sons que vão desde Wagner a rock electrónico com gaitas de foles pelo meio. O coreógrafo tem o seu talento reconhecido no Reino Unido, por juntar a cultura urbana londrina às suas heranças israelitas. O mais recente espectáculo do autor a ter lugar em Macau foi “Uprising”, em 2009. O preço da entrada oscila entre as 150 e as 300 patacas.
Os bilhetes para ambos os espectáculos já estão à venda e podem ser adquiridos na bilheteira online ou no CCM.

30 Dez 2015

Pintura | Artista de Guangzhou expõe “Fantasia” na Creative

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]artista chinesa Grace Yeu prepara-se para mostrar a sua colecção “Fantasia”, composta por telas pintadas a óleo e que têm um conceito ligado à ecologia. Com inauguração marcada para 13 de Janeiro na Creative Macau, “Fantasia” pretende ser uma chamada de atenção para o problema da existência, por toda a cidade, de plástico sob várias formas.
“A artista incorpora uma série de pedaços de plástico nas suas telas para abordar a questão da imersão da cidade em inúmeros plásticos: caixas, embrulhos, pacotes, etc”, começa por explicar a entidade organizadora.
Os pedaços integrados nas pinturas querem-se enquanto interrogação e recordação “para todos nós”, sobre se será esta a forma de cuidar do nosso planeta. “Será assim que queremos preservar a Terra, o nosso lar e todas as outras criaturas?”, questiona-se a artista.
Grace Yeu começou no mundo da pintura enquanto actividade lúdica, com a qual passava o seu tempo livre. No entanto, cedo percebeu que esta arte era uma das suas paixões, tendo ingressado num curso de Pintura e num mestrado de Pintura a Óleo na Academia de Belas Artes de Guangzhou. Foi então que conheceu o seu mestre e desde 2011 que, ao aperfeiçoar o seu talento, tem ganho uma série de prémios em Macau, Hong Kong e no continente.
Foi em 2012 que Yeu se mudou para a cidade com o seu marido, vivendo no território desde então. Antes de se formar em pintura, a artista trabalhou durante vários anos na indústria internacional de cosméticos.
A mostra fica patente na Creative Macau até 13 de Fevereiro e a galeria está aberta de segunda-feira a sábado, das 14h00 às 19h00, sendo a entrada livre.

30 Dez 2015