Epidemia de Wuhan | Governo vai importar 20 milhões de máscaras só para residentes

[dropcap]A[/dropcap]pós o Governo ter confirmado o primeiro caso de Pneumonia de Wuhan houve uma corrida às farmácias e supermercados que fez com que numa questão de horas as máscaras ficassem esgotadas. Um pouco por toda a cidade começaram igualmente a surgir notícias de pessoas que já estavam a especular e, de acordo com o portal Macau Concealers, a polícia prendeu mesmo duas pessoas na Zona Norte.

Segundo a versão relatada ao HM por uma residente na zona de Seac Pai Van, apesar de ter corrido a oito farmácias e três supermercados não conseguiu encontrar uma única máscara. Frequentemente deparou-se com um aviso para o facto de os produtos estarem esgotados.

Também uma moradora da Taipa traçou um cenário semelhante. Nas três farmácias em que entrou, na Península, foi sempre informada que já não havia máscaras para venda. Face a este cenário desistiu da compra, depois de um amigo lhe ter prometido uma máscara.

De acordo com os dados revelados pelos SSM, ontem à tarde apenas um dos oito fornecedores de máscaras em Macau tinha produtos em stock, nomeadamente numa quantidade de 150 mil.

Quem dá mais?

Já no mercado negro, de acordo com o Macau Concealers, uma caixa estava a ser vendida por 85 patacas, quando normalmente seis caixas do mesmo produto custam 19 patacas.

Por este motivo, as autoridades prometeram importar ainda antes do Ano Novo Chinês vinte milhões de máscaras, que vão estar disponíveis só para residentes. Os produtos vão ser colocados em 53 das 249 farmácias do território e o objectivo é garantirem aos residentes o acesso às mesmas. Os preços são estipulados pelo Governo e cada residente apenas pode comprar 10 máscaras por cada 10 dias.

“Houve turistas e pessoas que compraram 50 caixas de máscaras de uma vez. Por isso encomendámos 20 milhões de máscaras que vão chegar ainda antes do Ano Novo Chinês e que só estão disponíveis para residentes”, revelou Lei Chin Ion.

O director dos Serviços de Saúde desvalorizou igualmente o facto de os trabalhadores não-residentes não poderem ter acesso às máscaras: “Não vai haver nenhuma limitação, os não-residentes vão poder comprar os outros produtos, que estão no mercado normal”, frisou.

Ainda sobre este aspecto, Lam Chong, Chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença, foi questionado sobre o perigo de vários trabalhadores não-residentes lidarem directamente com crianças e idosos poderem ficar afastados da compra de máscaras: “O nosso objectivo é garantir que os residentes têm o acesso às máscaras”, limitou-se a responder.

23 Jan 2020

Epidemia de Wuhan | Governo vai importar 20 milhões de máscaras só para residentes

[dropcap]A[/dropcap]pós o Governo ter confirmado o primeiro caso de Pneumonia de Wuhan houve uma corrida às farmácias e supermercados que fez com que numa questão de horas as máscaras ficassem esgotadas. Um pouco por toda a cidade começaram igualmente a surgir notícias de pessoas que já estavam a especular e, de acordo com o portal Macau Concealers, a polícia prendeu mesmo duas pessoas na Zona Norte.
Segundo a versão relatada ao HM por uma residente na zona de Seac Pai Van, apesar de ter corrido a oito farmácias e três supermercados não conseguiu encontrar uma única máscara. Frequentemente deparou-se com um aviso para o facto de os produtos estarem esgotados.
Também uma moradora da Taipa traçou um cenário semelhante. Nas três farmácias em que entrou, na Península, foi sempre informada que já não havia máscaras para venda. Face a este cenário desistiu da compra, depois de um amigo lhe ter prometido uma máscara.
De acordo com os dados revelados pelos SSM, ontem à tarde apenas um dos oito fornecedores de máscaras em Macau tinha produtos em stock, nomeadamente numa quantidade de 150 mil.

Quem dá mais?

Já no mercado negro, de acordo com o Macau Concealers, uma caixa estava a ser vendida por 85 patacas, quando normalmente seis caixas do mesmo produto custam 19 patacas.
Por este motivo, as autoridades prometeram importar ainda antes do Ano Novo Chinês vinte milhões de máscaras, que vão estar disponíveis só para residentes. Os produtos vão ser colocados em 53 das 249 farmácias do território e o objectivo é garantirem aos residentes o acesso às mesmas. Os preços são estipulados pelo Governo e cada residente apenas pode comprar 10 máscaras por cada 10 dias.
“Houve turistas e pessoas que compraram 50 caixas de máscaras de uma vez. Por isso encomendámos 20 milhões de máscaras que vão chegar ainda antes do Ano Novo Chinês e que só estão disponíveis para residentes”, revelou Lei Chin Ion.
O director dos Serviços de Saúde desvalorizou igualmente o facto de os trabalhadores não-residentes não poderem ter acesso às máscaras: “Não vai haver nenhuma limitação, os não-residentes vão poder comprar os outros produtos, que estão no mercado normal”, frisou.
Ainda sobre este aspecto, Lam Chong, Chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença, foi questionado sobre o perigo de vários trabalhadores não-residentes lidarem directamente com crianças e idosos poderem ficar afastados da compra de máscaras: “O nosso objectivo é garantir que os residentes têm o acesso às máscaras”, limitou-se a responder.

23 Jan 2020

Epidemia de Wuhan | Turista de 52 anos trouxe o primeiro caso para o território

Com a oficialização do primeiro caso da pneumonia de Wuhan no território seguiu-se uma corrida às máscaras. Segundo os SSM, entre os oito fornecedores apenas um tinha stock disponível. Ontem à noite havia ainda outros quatro casos suspeitos

 

[dropcap]U[/dropcap]ma turista de 52 anos que viajou para Macau no dia 19 de Janeiro, vinda de Wuhan, é o primeiro caso no território da epidemia que até ontem já tinha feito nove mortos, todos no Interior da China. A primeira ocorrência em Macau da nova doença foi anunciada ontem pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieng U, numa conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, que teve lugar na sede do Governo.

“Ontem à noite registámos o primeiro caso confirmado [de pneumonia de Wuhan]. É um caso importado por uma visitante de Wuhan, que foi diagnosticada com o coronavírus. Fizemos dois testes e o resultado foi positivo”, anunciou a secretária. “Quando a mulher chegou a Macau não tinha sintomas óbvios de febre, nem os manifestou no hospital. Os sintomas que apresentava eram uma dor de garganta e tosse, que já durava há uma semana”, acrescentou.

Em Macau, a mulher entrou pelas Portas do Cerco, por volta das 22h00 de domingo, tendo depois apanhado um autocarro shuttle da Galaxy, acabando no hotel e casino Landmark, onde ficou hospedada. Segundo a informação oficial, a doente apenas deixou o hotel e as mesas do casino para ir a restaurantes nas zonas adjacentes ao edifício.

Foi já na terça-feira à tarde, quando estava em Macau há quase dois dias, que a comerciante de Wuhan se sentiu mal e se deslocou ao Hospital Conde São Januária, com tosse e dores de garganta. Na instituição foi logo classificada pelo paciente de “alto risco”, revelou Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde, e os dois exames feitos pelo pessoal médico confirmaram a existência do coronavírus.

A mulher infectada viajou com outros dois amigos que se encontravam no mesmo hotel e que estão isolados no Hospital Conde São Januário. Este casal conviveu igualmente com uma outra mulher, que também foi isolada. Os três vão permanecer durante 14 dias em isolamento, que corresponde ao período de incubação da pneumonia de Wuhan.

Além destes três casos suspeitos, há um outro, assinalado desde terça-feira, que diz respeito a um homem com cerca de 60 anos. Em todas as outras situações identificadas na terça-feira a hipótese de contágio foi afastada.

Doença confirmada

Ainda sobre o caso da mulher, Lei Chin Ion apontou que não considera o risco de transmissão “muito alto”, uma vez que a doença foi detectada numa fase inicial, quando ainda nem havia febre.

“A declaração que o risco de transmissão não é muito alto tem por base o diagnóstico médico. O nível de transmissão tem em conta o nível da gravidade do paciente. Se apresentou sintomas graves, como tosse contínua, muitos vírus no corpo ou corrimento nasal então dizemos que existe um alto risco de contágio”, justificou o director dos SSM. “Mas neste paciente a situação não era assim tão grave, apresentou tosse, dor de garganta, mas não tinha febre, nem sintomas no sistema respiratório, por isso consideramos que o nível de transmissão não é assim tão elevado”, clarificou.

Medidas em curso

Após ter sido divulgado o primeiro caso em Macau, o Executivo apresentou igualmente um conjunto de medidas com o objectivo de prevenir mais casos e evitar um surto no território, tal como acontece no Interior.

No que diz respeito aos departamentos governamentais, Ao Ieng U anunciou que vai haver controlos de temperatura e que vai ser obrigatório a utilização de máscara para as pessoas na linha da frente. O mesmo acontece em todas as mesas de jogo da RAEM em que a utilização de máscara passou a ser obrigatória, apesar de na tarde de ontem nem todos os croupiers estarem a utilizá-las.

Também as escolas, que tiveram ontem uma reunião de emergência com a Direcção de Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), vão ter instruções para aplicarem, após as férias do Ano Novo Chinês.

O Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) vai igualmente conduzir operações de limpeza frequentes em paragens de autocarros, de táxis, assim como nos mercados municipais e casas-de-banho públicas. Já nas Portas do Cerco a limpeza por parte do IAM vai também ser diária.

Por sua vez, a Direcção de Serviços de Turismo vai medir a temperatura dos trabalhadores durante as grandes festividades de Ano Novo Chinês, mas afastou, por enquanto, a possibilidade de aconselhar as pessoas a evitarem multidões e grandes eventos. No entanto, a secretária pediu às pessoas que se sintam mal que não frequentem os espaços, ou que o façam usando máscara.

Camas de isolamento insuficientes

Os dois locais da RAEM prontos para isolar eventuais pacientes só têm capacidade para 180 pessoas. Os números foram avançados ontem por Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde de Macau. Face ao número de pessoas a viver em Macau registados no final do terceiro trimestre do ano passado, que era de cerca de 676.100, o número de camas disponíveis não chega nem para 1 por cento, ficando-se nos 0,03 por cento. Se for tido em conta o número de turistas que entra em Macau durante o período do Ano Novo Chinês, o número cai ainda mais.

23 Jan 2020

Epidemia de Wuhan | Turista de 52 anos trouxe o primeiro caso para o território

Com a oficialização do primeiro caso da pneumonia de Wuhan no território seguiu-se uma corrida às máscaras. Segundo os SSM, entre os oito fornecedores apenas um tinha stock disponível. Ontem à noite havia ainda outros quatro casos suspeitos

 
[dropcap]U[/dropcap]ma turista de 52 anos que viajou para Macau no dia 19 de Janeiro, vinda de Wuhan, é o primeiro caso no território da epidemia que até ontem já tinha feito nove mortos, todos no Interior da China. A primeira ocorrência em Macau da nova doença foi anunciada ontem pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieng U, numa conferência de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, que teve lugar na sede do Governo.
“Ontem à noite registámos o primeiro caso confirmado [de pneumonia de Wuhan]. É um caso importado por uma visitante de Wuhan, que foi diagnosticada com o coronavírus. Fizemos dois testes e o resultado foi positivo”, anunciou a secretária. “Quando a mulher chegou a Macau não tinha sintomas óbvios de febre, nem os manifestou no hospital. Os sintomas que apresentava eram uma dor de garganta e tosse, que já durava há uma semana”, acrescentou.
Em Macau, a mulher entrou pelas Portas do Cerco, por volta das 22h00 de domingo, tendo depois apanhado um autocarro shuttle da Galaxy, acabando no hotel e casino Landmark, onde ficou hospedada. Segundo a informação oficial, a doente apenas deixou o hotel e as mesas do casino para ir a restaurantes nas zonas adjacentes ao edifício.
Foi já na terça-feira à tarde, quando estava em Macau há quase dois dias, que a comerciante de Wuhan se sentiu mal e se deslocou ao Hospital Conde São Januária, com tosse e dores de garganta. Na instituição foi logo classificada pelo paciente de “alto risco”, revelou Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde, e os dois exames feitos pelo pessoal médico confirmaram a existência do coronavírus.
A mulher infectada viajou com outros dois amigos que se encontravam no mesmo hotel e que estão isolados no Hospital Conde São Januário. Este casal conviveu igualmente com uma outra mulher, que também foi isolada. Os três vão permanecer durante 14 dias em isolamento, que corresponde ao período de incubação da pneumonia de Wuhan.
Além destes três casos suspeitos, há um outro, assinalado desde terça-feira, que diz respeito a um homem com cerca de 60 anos. Em todas as outras situações identificadas na terça-feira a hipótese de contágio foi afastada.

Doença confirmada

Ainda sobre o caso da mulher, Lei Chin Ion apontou que não considera o risco de transmissão “muito alto”, uma vez que a doença foi detectada numa fase inicial, quando ainda nem havia febre.
“A declaração que o risco de transmissão não é muito alto tem por base o diagnóstico médico. O nível de transmissão tem em conta o nível da gravidade do paciente. Se apresentou sintomas graves, como tosse contínua, muitos vírus no corpo ou corrimento nasal então dizemos que existe um alto risco de contágio”, justificou o director dos SSM. “Mas neste paciente a situação não era assim tão grave, apresentou tosse, dor de garganta, mas não tinha febre, nem sintomas no sistema respiratório, por isso consideramos que o nível de transmissão não é assim tão elevado”, clarificou.

Medidas em curso

Após ter sido divulgado o primeiro caso em Macau, o Executivo apresentou igualmente um conjunto de medidas com o objectivo de prevenir mais casos e evitar um surto no território, tal como acontece no Interior.
No que diz respeito aos departamentos governamentais, Ao Ieng U anunciou que vai haver controlos de temperatura e que vai ser obrigatório a utilização de máscara para as pessoas na linha da frente. O mesmo acontece em todas as mesas de jogo da RAEM em que a utilização de máscara passou a ser obrigatória, apesar de na tarde de ontem nem todos os croupiers estarem a utilizá-las.
Também as escolas, que tiveram ontem uma reunião de emergência com a Direcção de Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), vão ter instruções para aplicarem, após as férias do Ano Novo Chinês.
O Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) vai igualmente conduzir operações de limpeza frequentes em paragens de autocarros, de táxis, assim como nos mercados municipais e casas-de-banho públicas. Já nas Portas do Cerco a limpeza por parte do IAM vai também ser diária.
Por sua vez, a Direcção de Serviços de Turismo vai medir a temperatura dos trabalhadores durante as grandes festividades de Ano Novo Chinês, mas afastou, por enquanto, a possibilidade de aconselhar as pessoas a evitarem multidões e grandes eventos. No entanto, a secretária pediu às pessoas que se sintam mal que não frequentem os espaços, ou que o façam usando máscara.

Camas de isolamento insuficientes

Os dois locais da RAEM prontos para isolar eventuais pacientes só têm capacidade para 180 pessoas. Os números foram avançados ontem por Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde de Macau. Face ao número de pessoas a viver em Macau registados no final do terceiro trimestre do ano passado, que era de cerca de 676.100, o número de camas disponíveis não chega nem para 1 por cento, ficando-se nos 0,03 por cento. Se for tido em conta o número de turistas que entra em Macau durante o período do Ano Novo Chinês, o número cai ainda mais.

23 Jan 2020

Ex-pistoleiro à solta na AL

[dropcap]Q[/dropcap]uero aqui confessar que sou fã do sempre pertinente e muito presente deputado Vitor Cheung Lap Kwan. Num dia em que se discutia a contratação de “agentes secretos” pela Polícia Judiciária e as preocupações legítimas da população com possíveis abusos de poder, Vitor Cheung Lap Kwan foi para o hemiciclo dizer que já estava farto da discussão.

É assim mesmo! Um debate “quente” entre deputados e um secretário, que até contribuiu para esclarecer alguns pontos e ideias? Que sacrilégio. O homem não é pago para aturar isso, no entender dele só lhe pagam para carregar no botão “aprovado”, ou, às vezes no “contra”, em ocasiões em que os democratas se esticam com “ideias”.

Mais do que ninguém, o ex-pistoleiro Vitor Cheung Lap Kwan tem uma vida empresarial ocupada e não passa pela Assembleia Legislativa. Mas o azar do Vitor é saber votar sempre “bem”. Talvez se começasse a votar “mal” o deixassem ir embora. O pior que lhe podia acontecer era os negócios e as pousadas não ficarem assim tão bem…

No entanto, a César o que é de César, no meio do debate de segunda-feira, em que Wong Sio Chak saiu por cima face a Sulu Sou, a melhor tirada pertenceu mesmo a Vitor, quando disse que as armas eram um “bagatela”. O deputado revelou ainda que teve uma arma, que acabou por entregar. Até me bateu uma saudade desse velho Faroeste, que nunca vivi, em que para ser “respeitado” era preciso ter uma arma… Agora vestem-nos de fato e obrigam-nos a ir à AL…

22 Jan 2020

Governo confirma primeiro caso de Pneumonia de Wuhan em Macau

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Macau confirmaram esta manhã o primeiro caso de Pneumonia de Wuhan, que já matou nove pessoas no Interior da China. Trata-se de uma mulher natural de Wuhan com 52 anos, que entrou no território no domingo à noite, por volta das 23h, e que se deslocou ao hotel Landmark, onde terá ficado hospedada.

Durante a estadia a mulher terá igualmente frequentado restaurantes daquela zona.

Depois de se sentir doente, a mulher que viajava com dois amigos, deslocou-se ao hospital ontem, onde lhe foi diagnosticada a doença. Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde, afirmou que a doença foi detectada numa fase inicial, porque a mulher ainda não apresentava febre, o que faz com que o risco de contágio não seja tão elevado.

Além do caso confirmado, as autoridades têm os dois amigos da mulher em isolamento no Hospital Conde São Januário, onde vão permanecer durante 14 dias, o período de incubação. Caso não apresentam a doença após esse período vão ter alta.

Esta manhã foram confirmadas nove mortes pelas autoridades chinesas, assim como um total de 440 infecções.

22 Jan 2020

AL | Pedidas explicações à Macau Investimento e Desenvolvimento S.A.

A análise à execução orçamental de 2018 levou a 2.ª Comissão da Assembleia Legislativa a pedir mais explicações à empresa que faz investimentos no Interior da China, bem como a outros Fundos com capitais públicos

 

[dropcap]N[/dropcap]uma altura em que são cada vez mais os deputados eleitos pela via directa que alertam o Governo para a necessidade de legislar a obrigação das empresas com capitais públicos adoptarem práticas de transparência, a Macau Investimento e Desenvolvimento S.A. vai ser chamada às reuniões da 2.ª Comissão da Assembleia Legislativa para explicar a execução orçamental de 2018. A revelação foi feita ontem pelo deputado Chan Chak Mo, no final de um encontro dos deputados da comissão.

O presidente da comissão explicou que todo o orçamento de 2018 foi auditado pelo Comissariado de Auditoria (CA), sem que houvesse qualquer reservas. Contudo, os legisladores querem pormenores sobre os gastos dos serviços, principalmente quando estes ficam muito abaixo do orçamento.

No que diz respeito à Macau Investimento e Desenvolvimento S.A., o objectivo dos deputados é ficaram melhor informados a respeito dos investimentos sobre esta empresa com capitais públicos: “A Macau Investimento e Desenvolvimento S.A. tem grandes investimentos no Parque de Medicina Tradicional Chinesa”, sustentou Chan Chak Mo.

Fundos na gaveta

Além da Macau Investimento e Desenvolvimento S.A., os deputados querem ouvir igualmente os dirigentes do Fundo de Desenvolvimento de Apoio à Pesca, Fundo de Desenvolvimento Industrial e de Comercialização, o Fundo de Reparação Predial, Fundo para a Protecção Ambiental e Conservação Energética e o Fundo de Pensões.

O Fundo de Pensões é chamado depois de ter gerado prejuízos de 1,2 mil milhões de patacas, entre os quais 400 milhões se terão ficado a dever a investimentos. “Em 2018 houve 1,2 mil milhões de patacas em prejuízos. É o que está indicado nos documentos. Houve prejuízos nos investimentos de 400 milhões.

Queremos que os representantes façam uma apresentação sobre a situação do Fundo de Pensões. Os montantes são avultados”, indicou o presidente da 2.ª Comissão Permanente.

Contudo, a baixa execução orçamental é a principal causa para a chamada dos restantes fundos: “Queremos saber a razão da taxa de execução orçamental ser baixa. Estamos a falar de fundos que têm um grande orçamento para resolver problemas, mas se não gastam também não resolvem as situações. Queremos perceber esse aspecto. Se a taxa de execução for muito baixa, vamos procurar as razões”, explicou.

Antes das reuniões com os respectivos departamentos, os deputados vão esperar por informação extra como demonstrações financeiras, registo dos fluxos de capitais e o balanço dos resultados das empresas com capitais públicos. Só depois de recebida esta informação, o que deverá acontecer já depois do Ano Novo Chinês, é que terá lugar o encontro com os dirigentes dos respectivos departamentos.

22 Jan 2020

AL | Pedidas explicações à Macau Investimento e Desenvolvimento S.A.

A análise à execução orçamental de 2018 levou a 2.ª Comissão da Assembleia Legislativa a pedir mais explicações à empresa que faz investimentos no Interior da China, bem como a outros Fundos com capitais públicos

 
[dropcap]N[/dropcap]uma altura em que são cada vez mais os deputados eleitos pela via directa que alertam o Governo para a necessidade de legislar a obrigação das empresas com capitais públicos adoptarem práticas de transparência, a Macau Investimento e Desenvolvimento S.A. vai ser chamada às reuniões da 2.ª Comissão da Assembleia Legislativa para explicar a execução orçamental de 2018. A revelação foi feita ontem pelo deputado Chan Chak Mo, no final de um encontro dos deputados da comissão.
O presidente da comissão explicou que todo o orçamento de 2018 foi auditado pelo Comissariado de Auditoria (CA), sem que houvesse qualquer reservas. Contudo, os legisladores querem pormenores sobre os gastos dos serviços, principalmente quando estes ficam muito abaixo do orçamento.
No que diz respeito à Macau Investimento e Desenvolvimento S.A., o objectivo dos deputados é ficaram melhor informados a respeito dos investimentos sobre esta empresa com capitais públicos: “A Macau Investimento e Desenvolvimento S.A. tem grandes investimentos no Parque de Medicina Tradicional Chinesa”, sustentou Chan Chak Mo.

Fundos na gaveta

Além da Macau Investimento e Desenvolvimento S.A., os deputados querem ouvir igualmente os dirigentes do Fundo de Desenvolvimento de Apoio à Pesca, Fundo de Desenvolvimento Industrial e de Comercialização, o Fundo de Reparação Predial, Fundo para a Protecção Ambiental e Conservação Energética e o Fundo de Pensões.
O Fundo de Pensões é chamado depois de ter gerado prejuízos de 1,2 mil milhões de patacas, entre os quais 400 milhões se terão ficado a dever a investimentos. “Em 2018 houve 1,2 mil milhões de patacas em prejuízos. É o que está indicado nos documentos. Houve prejuízos nos investimentos de 400 milhões.
Queremos que os representantes façam uma apresentação sobre a situação do Fundo de Pensões. Os montantes são avultados”, indicou o presidente da 2.ª Comissão Permanente.
Contudo, a baixa execução orçamental é a principal causa para a chamada dos restantes fundos: “Queremos saber a razão da taxa de execução orçamental ser baixa. Estamos a falar de fundos que têm um grande orçamento para resolver problemas, mas se não gastam também não resolvem as situações. Queremos perceber esse aspecto. Se a taxa de execução for muito baixa, vamos procurar as razões”, explicou.
Antes das reuniões com os respectivos departamentos, os deputados vão esperar por informação extra como demonstrações financeiras, registo dos fluxos de capitais e o balanço dos resultados das empresas com capitais públicos. Só depois de recebida esta informação, o que deverá acontecer já depois do Ano Novo Chinês, é que terá lugar o encontro com os dirigentes dos respectivos departamentos.

22 Jan 2020

Wuhan | Governo acciona medidas especiais e cria Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus

Ao Ieong U apelou à população para que não se preocupe com a nova epidemia porque o Governo promete tomar as “medidas necessárias”. No entanto, admite que a pneumonia pode mesmo chegar a Macau. Os três infectados em Zhuhai encontram-se no outro lado da fronteira desde o dia 2 de Janeiro, depois de terem voado do epicentro da doença, que já vitimou quatro pessoas no Interior da China

 

[dropcap]E[/dropcap]m resposta à escalada do número de pessoas infectadas com a pneumonia de Wuhan, o Chefe do Executivo anunciou ontem a criação do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus para lidar com a situação. Além do centro, que é liderada por Ho Iat Seng e pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultural, Ao Ieong U, entram hoje em vigor novas medidas no Aeroporto Internacional de Macau, que passa a medir a temperatura de todas as pessoas vindos do Interior da China.

O centro foi criado ontem e apresentado por Ao Ieong U, em conferência de impensa, depois de se ter ficado a conhecer o caso de uma família infectada em Zhuhai. Segundo informações oficiais, os três infectados estiveram em Wuhan e regressaram a Zhuhai no passado dia 2 de Janeiro. Porém, apenas na segunda-feira à noite foi confirmado o caso.

Face a este cenário, a secretária admitiu a hipótese de haver infecções em Macau, mas apelou à população que não se preocupe porque o Governo vai desempenhar a suas funções: “Nos últimos dois dias foram confirmados mais casos no Interior. Também em Zhuhai há uma família infectada. Por isso, existe a probabilidade que a doença chegue a Macau e temos de ser cada vez mais cautelosos. Foi por isso que foi criado o Centro de Coordenação. É uma das medidas especiais para fazer face à doença”, começou por explicar Ao Ieong U. “A população não tem de ficar preocupada com este novo tipo de coronavírus porque o Governo vai tomar as medidas necessárias, assim como vai divulgar as informações de forma atempada”, prometeu.

A outra medida avançada passa pelo rastreio da febre a todos os turistas vindos do Interior da China através do Aeroporto Internacional de Macau, assim como o preenchimento de uma declaração sobre o lugar que ocuparam e outros dados, como a eventual estadia em Wuhan.

No caso das pessoas que vêm do epicentro da epidemia, o rastreio da febre é feito de duas formas, não só a partir da saída do aeroporto, onde há equipamentos para o efeito, mas também com equipas médicas a entrarem nos aviões para fazerem a medição pessoa a pessoa.

Confiança em Zhuhai

Apesar da fronteira das Portas do Cerco ser o principal posto de entrada em Macau, até ontem não estavam previstas medidas especiais do lado de cá, além do reforço do pessoal para o rastreio da febre, durante as celebrações do Ano Novo Chinês.

Actualmente já existe medição da temperatura das pessoas que entram, assim como para os veículos privados que atravessam a fronteira.

Ontem, estas medidas eram consideradas suficientes, o que Lam Chong, chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença, também justificou com a confiança de Macau nas autoridades de Zhuhai.
“Não estão previstas novas medidas para as Portas do Cerco, não só porque acreditamos nas autoridades de Zhuhai, como também porque temos medição de temperatura para os turistas e para os passageiros que entram nos veículos privados. Se houver alguma suspeita de infecção, o caso vai ser diagnosticado”, afirmou o responsável.

Lam Chong indicou também que o posto de Gongbei vai estar em cima dos turistas e que se houver suspeitas vai reter as pessoas: “No posto fronteiriço do lado de Zhuhai vai haver igualmente o rastreio de febre. Se houver casos identificados, o suspeito de infecção vai ser aconselhado a não sair do Interior para Macau”, explicou.

Férias e operações suspensas

Para fazer face a um eventual surto, os Serviços de Saúde vão suspender os procedimentos médicos agendados considerados não-urgentes e impedir que os trabalhadores vão de férias. As intervenções que serão suspensas ainda não estão decididas e só deverão ser anunciadas nos próximos dias.

“Os dirigentes dos Serviços de Saúde vão suspender as suas férias e as equipas têm de ter uma lista de trabalhadores para responder a esta doença. Os trabalhos não relacionados com esta epidemia, como cirurgias, vão igualmente ser suspensos”, anunciou Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde (SSM).

Ontem, ficou igualmente a saber-se que em Wuhan 15 dos infectados fazem parte das equipas médicas que lidaram com pacientes. Contudo, Lam Chong garantiu que o pessoal médico local está preparado para lidar com a situação. “Sempre tivemos em conta a possibilidade de haver transmissão entre humanos. Por isso adoptámos as medidas de protecção mais exigentes. Tivemos casos suspeitos de infecção e já organizamos uma sala própria para o diagnóstico. Todo o nosso pessoal já tinha vestido o uniforme de protecção para prestar o auxilio aos pacientes, assim como as máscaras de M5, para evitar o contágio entre humanos”, garantiu.

O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus vai estar activo 24 horas por dia e vai emitir as informações sobre o número de casos às 17h00 de cada dia.

Aviso contra rumores

Com a criação do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus o Governo passa a poder aplicar medidas especiais para controlar a situação. Durante a aplicação dessas medidas quem proferir rumores pode ser punido com uma pena de prisão que pode chegar a um ano. Por esse motivo, também a secretária deixou o alerta e pediu às pessoas que não acreditem nas redes sociais: “Os cidadãos não devem só ouvir e acreditar nas informações não confirmadas ou que circulem pelas redes sociais”, apelou. Ao Ieong U apontou ainda que Centro de Coordenação vai emitir todas as informações “necessárias”.

Ambulância, em caso de suspeita

Lam Chong apelou à população que no caso de suspeitar estar infectada pela pneumonia de Wuhan que chame uma ambulância para se deslocar ao hospital e que evite os transportes públicos. O responsável sublinhou ainda a necessidade dos eventuais infectados utilizarem máscaras. Por outro lado, o responsável não afastou a hipótese de ser a saliva a espalhar a doença, pelo que apelou às pessoas que pratiquem uma boa higiene pessoal e que usem máscara no dia-a-dia.

 

Autoridades admitem 6 mortes e 291 infectados

Governo Central apela a governantes que evitem SARS e não escondam casos

As autoridades chinesas confirmaram ontem a morte de mais duas pessoas, o que eleva o número de vítimas da pneumonia de Wuhan para seis, desde que a epidemia rebentou em Dezembro. Além disso, o número de casos confirmados subiu para 291, entre os quais 270 em Hubei, província que inclui Wuhan, e 21 em outras regiões como Pequim, Xangai e Cantão. Entre os locais com casos registados, encontram-se Zhuhai e Shenzhen. Além destes números, também Taiwan confirmou ontem à noite um caso, de uma mulher que chegou à Formosa vinda de Wuhan.

No entanto, um estudo apresentado ontem pela Universidade de Hong Kong, com base nos dados disponíveis do Governo Central, aponta para que cerca de 1.343 pessoas tenham sido infectadas, com o vírus a chegar a outras 20 cidades, além das mencionadas. Já na passada semana, um outro estudo, de um académico britânico, tinha avançado a possibilidade de o número de infectados ser superior a 1.700. O cálculo teve por base uma fórmula matemática sobre o contacto com que as pessoas infectadas poderiam ter estado, nomeadamente o caso que foi exportado para a Tailândia.

Pilar da vergonha

Ontem, o órgão superior de Pequim que garante a execução da lei da ordem pública, denominado Comissão para as Políticas Centrais e Assuntos Legais, publicou mesmo um texto nas redes sociais a apelar aos governantes locais para que não escondam potenciais casos, como aconteceu em 2003, com a epidemia da SARS, que vitimou mais de 700 pessoas.

“Qualquer pessoa que coloque a sua carreira política à frente dos interesses da população vai ser o pecador de um milénio para o partido e para a população”, é escrito, de acordo com South China Morning Post.

“Qualquer pessoa que atrase e esconda o relato de casos devido aos interesses próprios vai ser pregado ao pilar da vergonha para a eternidade”, é acrescentado.

Fora da China foram identificados quatro casos, importados, na Tailândia, Japão e Coreia do Sul. Na Austrália um homem foi igualmente colocado em quarentena na cidade Brisbane, por se suspeitar que está infectado, uma vez que esteve recentemente em Wuhan.

Esta realidade levou a que vários países tenham reforçado as medidas de controlo para os voos com origem em Wuhan e na China, como os Estados Unidos.

22 Jan 2020

Wuhan | Governo acciona medidas especiais e cria Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus

Ao Ieong U apelou à população para que não se preocupe com a nova epidemia porque o Governo promete tomar as “medidas necessárias”. No entanto, admite que a pneumonia pode mesmo chegar a Macau. Os três infectados em Zhuhai encontram-se no outro lado da fronteira desde o dia 2 de Janeiro, depois de terem voado do epicentro da doença, que já vitimou quatro pessoas no Interior da China

 
[dropcap]E[/dropcap]m resposta à escalada do número de pessoas infectadas com a pneumonia de Wuhan, o Chefe do Executivo anunciou ontem a criação do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus para lidar com a situação. Além do centro, que é liderada por Ho Iat Seng e pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultural, Ao Ieong U, entram hoje em vigor novas medidas no Aeroporto Internacional de Macau, que passa a medir a temperatura de todas as pessoas vindos do Interior da China.
O centro foi criado ontem e apresentado por Ao Ieong U, em conferência de impensa, depois de se ter ficado a conhecer o caso de uma família infectada em Zhuhai. Segundo informações oficiais, os três infectados estiveram em Wuhan e regressaram a Zhuhai no passado dia 2 de Janeiro. Porém, apenas na segunda-feira à noite foi confirmado o caso.
Face a este cenário, a secretária admitiu a hipótese de haver infecções em Macau, mas apelou à população que não se preocupe porque o Governo vai desempenhar a suas funções: “Nos últimos dois dias foram confirmados mais casos no Interior. Também em Zhuhai há uma família infectada. Por isso, existe a probabilidade que a doença chegue a Macau e temos de ser cada vez mais cautelosos. Foi por isso que foi criado o Centro de Coordenação. É uma das medidas especiais para fazer face à doença”, começou por explicar Ao Ieong U. “A população não tem de ficar preocupada com este novo tipo de coronavírus porque o Governo vai tomar as medidas necessárias, assim como vai divulgar as informações de forma atempada”, prometeu.
A outra medida avançada passa pelo rastreio da febre a todos os turistas vindos do Interior da China através do Aeroporto Internacional de Macau, assim como o preenchimento de uma declaração sobre o lugar que ocuparam e outros dados, como a eventual estadia em Wuhan.
No caso das pessoas que vêm do epicentro da epidemia, o rastreio da febre é feito de duas formas, não só a partir da saída do aeroporto, onde há equipamentos para o efeito, mas também com equipas médicas a entrarem nos aviões para fazerem a medição pessoa a pessoa.

Confiança em Zhuhai

Apesar da fronteira das Portas do Cerco ser o principal posto de entrada em Macau, até ontem não estavam previstas medidas especiais do lado de cá, além do reforço do pessoal para o rastreio da febre, durante as celebrações do Ano Novo Chinês.
Actualmente já existe medição da temperatura das pessoas que entram, assim como para os veículos privados que atravessam a fronteira.
Ontem, estas medidas eram consideradas suficientes, o que Lam Chong, chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença, também justificou com a confiança de Macau nas autoridades de Zhuhai.
“Não estão previstas novas medidas para as Portas do Cerco, não só porque acreditamos nas autoridades de Zhuhai, como também porque temos medição de temperatura para os turistas e para os passageiros que entram nos veículos privados. Se houver alguma suspeita de infecção, o caso vai ser diagnosticado”, afirmou o responsável.
Lam Chong indicou também que o posto de Gongbei vai estar em cima dos turistas e que se houver suspeitas vai reter as pessoas: “No posto fronteiriço do lado de Zhuhai vai haver igualmente o rastreio de febre. Se houver casos identificados, o suspeito de infecção vai ser aconselhado a não sair do Interior para Macau”, explicou.

Férias e operações suspensas

Para fazer face a um eventual surto, os Serviços de Saúde vão suspender os procedimentos médicos agendados considerados não-urgentes e impedir que os trabalhadores vão de férias. As intervenções que serão suspensas ainda não estão decididas e só deverão ser anunciadas nos próximos dias.
“Os dirigentes dos Serviços de Saúde vão suspender as suas férias e as equipas têm de ter uma lista de trabalhadores para responder a esta doença. Os trabalhos não relacionados com esta epidemia, como cirurgias, vão igualmente ser suspensos”, anunciou Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde (SSM).
Ontem, ficou igualmente a saber-se que em Wuhan 15 dos infectados fazem parte das equipas médicas que lidaram com pacientes. Contudo, Lam Chong garantiu que o pessoal médico local está preparado para lidar com a situação. “Sempre tivemos em conta a possibilidade de haver transmissão entre humanos. Por isso adoptámos as medidas de protecção mais exigentes. Tivemos casos suspeitos de infecção e já organizamos uma sala própria para o diagnóstico. Todo o nosso pessoal já tinha vestido o uniforme de protecção para prestar o auxilio aos pacientes, assim como as máscaras de M5, para evitar o contágio entre humanos”, garantiu.
O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus vai estar activo 24 horas por dia e vai emitir as informações sobre o número de casos às 17h00 de cada dia.

Aviso contra rumores

Com a criação do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus o Governo passa a poder aplicar medidas especiais para controlar a situação. Durante a aplicação dessas medidas quem proferir rumores pode ser punido com uma pena de prisão que pode chegar a um ano. Por esse motivo, também a secretária deixou o alerta e pediu às pessoas que não acreditem nas redes sociais: “Os cidadãos não devem só ouvir e acreditar nas informações não confirmadas ou que circulem pelas redes sociais”, apelou. Ao Ieong U apontou ainda que Centro de Coordenação vai emitir todas as informações “necessárias”.

Ambulância, em caso de suspeita

Lam Chong apelou à população que no caso de suspeitar estar infectada pela pneumonia de Wuhan que chame uma ambulância para se deslocar ao hospital e que evite os transportes públicos. O responsável sublinhou ainda a necessidade dos eventuais infectados utilizarem máscaras. Por outro lado, o responsável não afastou a hipótese de ser a saliva a espalhar a doença, pelo que apelou às pessoas que pratiquem uma boa higiene pessoal e que usem máscara no dia-a-dia.
 

Autoridades admitem 6 mortes e 291 infectados

Governo Central apela a governantes que evitem SARS e não escondam casos

As autoridades chinesas confirmaram ontem a morte de mais duas pessoas, o que eleva o número de vítimas da pneumonia de Wuhan para seis, desde que a epidemia rebentou em Dezembro. Além disso, o número de casos confirmados subiu para 291, entre os quais 270 em Hubei, província que inclui Wuhan, e 21 em outras regiões como Pequim, Xangai e Cantão. Entre os locais com casos registados, encontram-se Zhuhai e Shenzhen. Além destes números, também Taiwan confirmou ontem à noite um caso, de uma mulher que chegou à Formosa vinda de Wuhan.
No entanto, um estudo apresentado ontem pela Universidade de Hong Kong, com base nos dados disponíveis do Governo Central, aponta para que cerca de 1.343 pessoas tenham sido infectadas, com o vírus a chegar a outras 20 cidades, além das mencionadas. Já na passada semana, um outro estudo, de um académico britânico, tinha avançado a possibilidade de o número de infectados ser superior a 1.700. O cálculo teve por base uma fórmula matemática sobre o contacto com que as pessoas infectadas poderiam ter estado, nomeadamente o caso que foi exportado para a Tailândia.

Pilar da vergonha

Ontem, o órgão superior de Pequim que garante a execução da lei da ordem pública, denominado Comissão para as Políticas Centrais e Assuntos Legais, publicou mesmo um texto nas redes sociais a apelar aos governantes locais para que não escondam potenciais casos, como aconteceu em 2003, com a epidemia da SARS, que vitimou mais de 700 pessoas.
“Qualquer pessoa que coloque a sua carreira política à frente dos interesses da população vai ser o pecador de um milénio para o partido e para a população”, é escrito, de acordo com South China Morning Post.
“Qualquer pessoa que atrase e esconda o relato de casos devido aos interesses próprios vai ser pregado ao pilar da vergonha para a eternidade”, é acrescentado.
Fora da China foram identificados quatro casos, importados, na Tailândia, Japão e Coreia do Sul. Na Austrália um homem foi igualmente colocado em quarentena na cidade Brisbane, por se suspeitar que está infectado, uma vez que esteve recentemente em Wuhan.
Esta realidade levou a que vários países tenham reforçado as medidas de controlo para os voos com origem em Wuhan e na China, como os Estados Unidos.

22 Jan 2020

Vírus de Wuhan | Wong Kit Cheng apela a reforço de medidas

No dia em que se registou a terceira vítima mortal no Interior da China, a deputada ligada à Associação das Mulheres admitiu temer o agravamento da epidemia e apelou a que se reforce a supervisão nas fronteiras. Pede ainda ao Executivo que “lide” com os rumores que podem gerar “pânico social”

 

[dropcap]N[/dropcap]o dia em que as autoridades do Interior da China revelaram mais uma morte relacionada com a pneumonia de Wuhan, que aumenta o número de vítimas fatais para três, a deputada Wong Kit Cheng apelou ao Governo para que se prepare para o Ano Novo Chinês. Entre as 22 intervenções antes da ordem do dia, a legisladora ligada à Associação Geral das Mulheres foi a única que fez da epidemia o assunto principal. Ontem, ficou igualmente a saber-se que o número de infectados subiu para 190 no Interior do país.

“Neste momento, não se registou em Macau nenhum caso confirmado de pneumonia de Wuhan, e todos os 13 casos suspeitos são infecções por vírus de gripe ou constipação. A pneumonia de Wuhan e a gripe são doenças respiratórias transmissíveis com características semelhantes, que não podem ser subestimadas”, alertou. Por isso, Wong avisa que numa altura em que se espera que mais de um milhão de turistas visite Macau, devido às celebrações do Ano Novo Chinês que “os trabalhos de prevenção e tratamento de doenças transmissíveis do Governo e dos cidadãos não podem ser relaxados”.

Neste contexto, a deputada, que é enfermeira de formação, deixou várias sugestões ao Governo que espera ver cumpridas. Para evitar a importação do vírus, Wong sugere um “reforço da monitorização da temperatura corporal e da divulgação sobre a prevenção da epidemia nos postos fronteiriços”, porém vai mais longe.

Segundo a legisladora é igualmente necessário, caso haja um agravar da situação, tomar medidas mais drásticas como o reforço da “monitorização”, “o preenchimento de impressos de saúde pelos visitantes”, a “divulgação de informações sobre a prevenção nos postos fronteiriços de Macau”, “a elaboração de orientações de saúde para os turistas” e ainda a disponibilização de máscaras.

Caça ao rumor

Situada no espectro político mais tradicional, Wong Kit Cheng mostra-se ainda preocupada com os rumores que podem conduzir ao “pânico social”. Neste sentido, apelou ao Governo para “reforçar a divulgação imediata de informações” de forma a “prevenir rumores que podem provocar pânico”. A deputada recorda também ao Executivo que deve lidar “com os rumores falsos que circulam na sociedade”.

Além da deputada, apenas Mak Soi Kun mencionou o assunto com duas frases na sua intervenção. Segundo o deputado ligado à comunidade de Jiangmen, “os cidadãos estão preocupados”, mas a “responsável pelos Assuntos Sociais e Cultura tomou a iniciativa de enfrentar a situação, realizando várias reuniões e lançando medidas detalhadas de protecção, o que merece elogio!”. Porém, Mak Soi Kun avisou que o problema sanitário de acumulação do lixo nas ruas pode contribuir negativamente, no caso da situação se agravar.

A Pneumonia de Wuhan surgiu em Dezembro e suspeita-se que a origem tenha estado num mercado de marisco. Segundo os dados revelados pelas autoridades, há três vítimas mortais entre os 190 casos identificados no Interior da China, um número que cresceu em 136 ocorrências só no dia de ontem. Segundo o South China Morning Post, há inclusive casos em Xangai e Shenzhen, além de no Japão, Tailândia e na Coreia do Sul.

21 Jan 2020

Vírus de Wuhan | Wong Kit Cheng apela a reforço de medidas

No dia em que se registou a terceira vítima mortal no Interior da China, a deputada ligada à Associação das Mulheres admitiu temer o agravamento da epidemia e apelou a que se reforce a supervisão nas fronteiras. Pede ainda ao Executivo que “lide” com os rumores que podem gerar “pânico social”

 
[dropcap]N[/dropcap]o dia em que as autoridades do Interior da China revelaram mais uma morte relacionada com a pneumonia de Wuhan, que aumenta o número de vítimas fatais para três, a deputada Wong Kit Cheng apelou ao Governo para que se prepare para o Ano Novo Chinês. Entre as 22 intervenções antes da ordem do dia, a legisladora ligada à Associação Geral das Mulheres foi a única que fez da epidemia o assunto principal. Ontem, ficou igualmente a saber-se que o número de infectados subiu para 190 no Interior do país.
“Neste momento, não se registou em Macau nenhum caso confirmado de pneumonia de Wuhan, e todos os 13 casos suspeitos são infecções por vírus de gripe ou constipação. A pneumonia de Wuhan e a gripe são doenças respiratórias transmissíveis com características semelhantes, que não podem ser subestimadas”, alertou. Por isso, Wong avisa que numa altura em que se espera que mais de um milhão de turistas visite Macau, devido às celebrações do Ano Novo Chinês que “os trabalhos de prevenção e tratamento de doenças transmissíveis do Governo e dos cidadãos não podem ser relaxados”.
Neste contexto, a deputada, que é enfermeira de formação, deixou várias sugestões ao Governo que espera ver cumpridas. Para evitar a importação do vírus, Wong sugere um “reforço da monitorização da temperatura corporal e da divulgação sobre a prevenção da epidemia nos postos fronteiriços”, porém vai mais longe.
Segundo a legisladora é igualmente necessário, caso haja um agravar da situação, tomar medidas mais drásticas como o reforço da “monitorização”, “o preenchimento de impressos de saúde pelos visitantes”, a “divulgação de informações sobre a prevenção nos postos fronteiriços de Macau”, “a elaboração de orientações de saúde para os turistas” e ainda a disponibilização de máscaras.

Caça ao rumor

Situada no espectro político mais tradicional, Wong Kit Cheng mostra-se ainda preocupada com os rumores que podem conduzir ao “pânico social”. Neste sentido, apelou ao Governo para “reforçar a divulgação imediata de informações” de forma a “prevenir rumores que podem provocar pânico”. A deputada recorda também ao Executivo que deve lidar “com os rumores falsos que circulam na sociedade”.
Além da deputada, apenas Mak Soi Kun mencionou o assunto com duas frases na sua intervenção. Segundo o deputado ligado à comunidade de Jiangmen, “os cidadãos estão preocupados”, mas a “responsável pelos Assuntos Sociais e Cultura tomou a iniciativa de enfrentar a situação, realizando várias reuniões e lançando medidas detalhadas de protecção, o que merece elogio!”. Porém, Mak Soi Kun avisou que o problema sanitário de acumulação do lixo nas ruas pode contribuir negativamente, no caso da situação se agravar.
A Pneumonia de Wuhan surgiu em Dezembro e suspeita-se que a origem tenha estado num mercado de marisco. Segundo os dados revelados pelas autoridades, há três vítimas mortais entre os 190 casos identificados no Interior da China, um número que cresceu em 136 ocorrências só no dia de ontem. Segundo o South China Morning Post, há inclusive casos em Xangai e Shenzhen, além de no Japão, Tailândia e na Coreia do Sul.

21 Jan 2020

Cantão | Explosão leva a pedidos de mais segurança em Macau

[dropcap]O[/dropcap]s deputados Ho Ion Sang, ligado aos Moradores de Macau, e Si Ka Lon, da comunidade de Fujian, apelaram ao Governo para legislar rapidamente a lei do armazenamento das substâncias perigosas, tal como o secretário da Segurança, Wong Sio Chak, havia feito na semana passada.

Ambos os legisladores recordaram a explosão na fábrica de Gaolan, em Zhuhai, e apelaram ao Executivo para que trate rapidamente o assunto, para evitar sustos, numa cidade com um elevado nível de concentração populacional.

21 Jan 2020

Cantão | Explosão leva a pedidos de mais segurança em Macau

[dropcap]O[/dropcap]s deputados Ho Ion Sang, ligado aos Moradores de Macau, e Si Ka Lon, da comunidade de Fujian, apelaram ao Governo para legislar rapidamente a lei do armazenamento das substâncias perigosas, tal como o secretário da Segurança, Wong Sio Chak, havia feito na semana passada.
Ambos os legisladores recordaram a explosão na fábrica de Gaolan, em Zhuhai, e apelaram ao Executivo para que trate rapidamente o assunto, para evitar sustos, numa cidade com um elevado nível de concentração populacional.

21 Jan 2020

Educação | Chan Hong defende ensino da “História correcta”

[dropcap]É[/dropcap] preciso seguir os ensinamentos do Presidente Xi Jinping e ensinar aos alunos a versão correcta da História do País de forma a promover o Amor pela Pátria. A tese foi defendida ontem pela deputada Chan Hong, na Assembleia Legislativa, que é vice-directora da Escola Secundária Hou Kong e presidente da Associação de Educação de Macau.

“O Presidente salientou que o patriotismo é a base sólida política e social para a concretização com sucesso do princípio “Um País, Dois Sistemas”, sendo necessário conhecer bem a história… para aprender conhecimentos históricos exactos e completos, estabelecendo uma visão correcta da História”, sublinhou.

“Esta é a responsabilidade que tem de ser assumida pelos nossos serviços de educação e pelas escolas. […] Em pleno cumprimento das orientações do Presidente, terá de haver empenho no ensino da história, na transmissão da herança e na divulgação da excelente cultura tradicional chinesa, para o espírito de amor pela Pátria e por Macau passar de geração em geração”, acrescentou.

21 Jan 2020

Educação | Chan Hong defende ensino da “História correcta”

[dropcap]É[/dropcap] preciso seguir os ensinamentos do Presidente Xi Jinping e ensinar aos alunos a versão correcta da História do País de forma a promover o Amor pela Pátria. A tese foi defendida ontem pela deputada Chan Hong, na Assembleia Legislativa, que é vice-directora da Escola Secundária Hou Kong e presidente da Associação de Educação de Macau.
“O Presidente salientou que o patriotismo é a base sólida política e social para a concretização com sucesso do princípio “Um País, Dois Sistemas”, sendo necessário conhecer bem a história… para aprender conhecimentos históricos exactos e completos, estabelecendo uma visão correcta da História”, sublinhou.
“Esta é a responsabilidade que tem de ser assumida pelos nossos serviços de educação e pelas escolas. […] Em pleno cumprimento das orientações do Presidente, terá de haver empenho no ensino da história, na transmissão da herança e na divulgação da excelente cultura tradicional chinesa, para o espírito de amor pela Pátria e por Macau passar de geração em geração”, acrescentou.

21 Jan 2020

Iluminação | Mak Soi Kun critica orçamento de 7,7 milhões

[dropcap]O[/dropcap] legislador Mak Soi Kun atacou ontem o aumento de 24 por cento no preço na iluminação de Ano Novo Chinês, que vai custar aos cofres da RAEM 7,7 milhões de patacas.

Apesar de o deputado ter elogiado a iluminação, não deixou de criticar o planeamento tardio do processo que terá feito disparar os preços e defendeu ainda que o dinheiro seria melhor gasto se fosse focado na recolha do lixo que se acumula nas ruas e no tratamrnto das águas residuais que se acumulam, principalmente na área do Iao Hon.

21 Jan 2020

Iluminação | Mak Soi Kun critica orçamento de 7,7 milhões

[dropcap]O[/dropcap] legislador Mak Soi Kun atacou ontem o aumento de 24 por cento no preço na iluminação de Ano Novo Chinês, que vai custar aos cofres da RAEM 7,7 milhões de patacas.
Apesar de o deputado ter elogiado a iluminação, não deixou de criticar o planeamento tardio do processo que terá feito disparar os preços e defendeu ainda que o dinheiro seria melhor gasto se fosse focado na recolha do lixo que se acumula nas ruas e no tratamrnto das águas residuais que se acumulam, principalmente na área do Iao Hon.

21 Jan 2020

Deputados aprovam arrendamento de espaço em Hengqin sem saberem valor da renda

[dropcap]O[/dropcap]s deputados aprovaram ontem na generalidade a lei que vai permitir que Macau arrende mais um espaço na Ilha da Montanha, onde vai construir uma ponte, uma nova fronteira, assim como ligações ferroviárias ao Interior. No entanto, e apesar de a lei ainda ter de ser votada mais uma última vez na especialidade, os membros da Assembleia Legislativa não sabem quanto é que a RAEM vai ter de pagar pelo arrendamento, nem o espaço que vai ser ocupado.

A questão do montante que terá de ser pago pelos cofres da RAEM foi levantada pela deputada Song Pek Kei, eleita com o apoio do empresário Chan Meng Kam. A legisladora recordou que no caso da “cedência” do Campus da Universidade de Macau há um pagamento anual de 100 milhões de patacas e quis saber como seria agora.

No entanto, o secretário para a Administração e Justiça, André Cheong, admitiu que o valor ainda não está definido e que muitas das respostas às perguntas dos deputados só vão ser respondidas ao longo do período da construção. Cheong fez também o contraste com o caso da UMAC, uma vez que, quando se fez a lei para a ocupação do espaço na Ilha da Montanha todas as condições de arrendamento, área ocupada e data do início do pagamento estavam definidas. Contudo, no caso da nova fronteira e da nova ponte o cenário é diferente.

“O local que Macau vai arrendar está definido, é uma área de 16 mil metros e é o local que o Chefe do Executivo já visitou. Mas o projecto envolve uma ponte que vai ser construída por fases, não é como a Universidade de Macau em que tudo estava construído”, reconhece o secretário. “Ainda estamos à espera que os pormenores sejam revelados pelos serviços competentes. Após termos a divulgação da informação vamos proceder à publicação no Boletim Oficial”, acrescentou.

Por partes

André Cheong explicou depois que a ponte vai ser construída por fases e que o início do pagamento e o valor da renda vão depender do andamento dos trabalhos e da conclusão das diferentes fases.

Apesar da ausência de informação, proposta que surge após uma deliberação da Assembleia Popular Nacional, o arrendamento foi aprovado por unanimidade, com 30 votos a favor.

21 Jan 2020

Armas são “bagatela”, diz deputado Vitor Cheung

[dropcap]O[/dropcap] deputado e presidente do Hotel Pousada Marina Infante considerou que as armas em Macau são uma “bagatela” e admitiu ter tido uma, que posteriormente entregou às autoridades.

Foi quando se falava no facto dos agentes que investigam tríades serem obrigados a entregar as armas que Vitor Cheung fez a revelação, para desvalorizar o assunto: “Mas estamos a falar de armas? São uma bagatela. Eu também tinha uma que depois entreguei à polícia”, confessou. Na mesma intervenção Vitor Cheung disse ainda estar cansado do debate sobre as alterações à Lei da Polícia Judiciária.

21 Jan 2020

Armas são "bagatela", diz deputado Vitor Cheung

[dropcap]O[/dropcap] deputado e presidente do Hotel Pousada Marina Infante considerou que as armas em Macau são uma “bagatela” e admitiu ter tido uma, que posteriormente entregou às autoridades.
Foi quando se falava no facto dos agentes que investigam tríades serem obrigados a entregar as armas que Vitor Cheung fez a revelação, para desvalorizar o assunto: “Mas estamos a falar de armas? São uma bagatela. Eu também tinha uma que depois entreguei à polícia”, confessou. Na mesma intervenção Vitor Cheung disse ainda estar cansado do debate sobre as alterações à Lei da Polícia Judiciária.

21 Jan 2020

Segurança | Lei dos “Agentes Secretos” foi aprovada, mas Wong Sio Chak “picou-se” com Sulu Sou

Wong Sio Chak viu aprovada as alterações à lei da PJ, mas antes teve de olhar para as imagens da Gestapo, KGB e PIDE e foi acusado de voltar a argumentar com leis que já não estavam em vigor em outros países. O secretário recusou as críticas e acusou Sulu Sou de possuir “demónios”

 

[dropcap]A[/dropcap] Assembleia Legislativa (AL) aprovou ontem as alterações à Lei da Polícia Judiciária (PJ), que vai permitir a contratação de agentes sem revelar a identidade dos mesmos. O secretário da Segurança somou uma vitória, mas contou com votos contra de Sulu Sou, Ng Kuok Cheong e Au Kam San e ainda foi confrontado com fotografias de polícias políticas de regimes repressivos, nomeadamente da Gestapo, KGB e da Polícia Internacional de Defesa do Estado (PIDE).

A questão que levantou mais polémica foi a contratação de agentes sem a obrigatoriedade de divulgar os resultados dos concursos públicos. A medida depende de autorização do Chefe do Executivo: “Em relação aos agentes secretos… Tenho aqui fotos. Sabe que unidade é esta? É a polícia política Nazi, a Gestapo. As pessoas também não sabiam a identidade destes agentes. […] Tenho outra foto, na União Soviética. É o KGB e também não precisava de publicar a identidade dos agentes. E em Portugal, mais uma fotografia, Salazar também criou uma polícia política […] que perseguia políticos. Foi extinta após a revolução”, afirmou Sulu Sou, para Wong Sio Chak, enquanto ia mostrando as fotografias.

Mas o democrata foi mais longe. Na intervenção acusou ainda o secretário de, à imagem do que tinha acontecido com a Lei de Protecção Civil, fazer a comparação dos documentos que propõe com leis de outros países que já não estão em vigor. O exemplo dado foi a lei Portuguesa de 2018 de contratação de agentes para a Polícia Judiciária e para as “secretas” portuguesas.

A resposta às perguntas de Sulu Sou só vieram depois de um intervalo e da intervenção de outros deputados. No regresso, o democrata chegou atrasado e o secretário para a Segurança não perdoou: “Vejo que houve deputados que fizeram perguntas e que saíram. Dizem coisas que parecem que são como dizem, mas não é assim”, começou por disparar.

Enquanto Sulu Sou não regressava, Wong Sio Chak respondeu a questões de outros deputados. Foi já com o democrata no hemiciclo que voltou à carga: “Somos comparáveis ao KGB? Não, estamos a trabalhar tudo de acordo com a lei. Não estamos a fazer nenhuma coisa fora da Lei. A situação do KGB da União Soviética era em tudo diferente”, sublinhou. “Tudo o que fazemos tem fiscalização do Ministério Público, não decidimos tudo. Se não cumprirmos a lei, não podemos utilizar as provas, não podem ser apresentadas em tribunal. Comparar a PJ com o KGB é injusto”, acrescentou.

O secretário queixou-se também de Sulu Sou o ter acusado de utilizar uma lei de Portugal que foi revogada, sem ter dito que havia uma nova “mais rigorosa”. “Falou que a lei foi revogada, mas não disse que foi substituída pelo decreto-lei 138/2019, que entrou em vigor em Setembro. Quando esta proposta de lei foi apresentada ao Conselho Executivo a lei portuguesa ainda não tinha sido revogada. Porque é que o deputado não disse isso?”, questionou, Wong. “A nova lei de Portugal até é mais rigorosa”, vincou.

Apesar das intervenções de Wong Sio Chak terem sido muito focaas nas críticas de Sulu Sou, houve outros deputados a mostrarem-se preocupados com o assunto, como os democratas Au Kam San, Ng Kuok Cheong, Ella Lei, dos Operários, Mak Soi Kun, ligado à comunidade de Jiangmen, e Agnes Lam.

Artigo 23…

Um dos documentos mais mencionados ontem foi a Lei de Salvaguarda do Estado, ou seja, o documento que concretizou o Artigo 23 da Lei Básica, da protecção nacional. Há cerca de duas semanas surgiram relatos online de que agentes da polícia tinham evocado esta lei para impedir que residentes tirassem fotografias, mesmo a partir da rua, das instalações da DSAMA.

Embora não tenha mencionado directamente o caso, Sulu Sou apontou que é cada vez mais frequente o medo desta lei. O deputado revelou mesmo que foi abordado por um homem, numa acção de campanha, que lhe pediu cuidado para evitar acusações contra a segurança nacional. “Parece que esta lei já ultrapassou os limites da sua aplicação e que se está a criar um clima de Terror Branco”, atirou.

Na resposta, Wong Sio Chak falou de “demónios” e disse a Sulu Sou para ir ler a Lei da Salvaguarda do Estado, para conseguir perceber a aplicação da mesma. “Porque é que liga sempre os seus actos com a segurança do Estado? Acho que é o demónio dentro de uma pessoa”, apontou. “Mas pode ler novamente o documento, até porque não tem muitas normas, e vai poder entender o conteúdo”, convidou.

Outra das perguntas prendeu-se com eventuais abusos das autoridades. A deputada Agnes Lam focou este assunto numa das suas intervenções, mas também Au Kam San e Ng Kuok Cheong. No entanto, Wong Sio Chak considerou que as polícias já “têm supervisão suficiente”.

Vários deputados questionaram igualmente a necessidade de se criar departamentos para a recolha de informação sobre a Segurança Nacional, quando nunca houve uma única acusação na RAEM. A esta pergunta, a resposta veio de Iau Teng Pio, deputado nomeado pelo Chefe do Executivo, que defendeu que a prevenção é essencial para garantir a segurança, ainda antes de serem cometidos os crimes. A resposta de Iau teve a concordância de Wong Sio Chak.

Ainda em relação à PJ, foi aprovado na generalidade, o novo estatuto de carreira, com votos contra de Sulu Sou e uma abstenção de José Pereira Coutinho.

21 Jan 2020

Segurança | Lei dos “Agentes Secretos” foi aprovada, mas Wong Sio Chak “picou-se” com Sulu Sou

Wong Sio Chak viu aprovada as alterações à lei da PJ, mas antes teve de olhar para as imagens da Gestapo, KGB e PIDE e foi acusado de voltar a argumentar com leis que já não estavam em vigor em outros países. O secretário recusou as críticas e acusou Sulu Sou de possuir “demónios”

 
[dropcap]A[/dropcap] Assembleia Legislativa (AL) aprovou ontem as alterações à Lei da Polícia Judiciária (PJ), que vai permitir a contratação de agentes sem revelar a identidade dos mesmos. O secretário da Segurança somou uma vitória, mas contou com votos contra de Sulu Sou, Ng Kuok Cheong e Au Kam San e ainda foi confrontado com fotografias de polícias políticas de regimes repressivos, nomeadamente da Gestapo, KGB e da Polícia Internacional de Defesa do Estado (PIDE).
A questão que levantou mais polémica foi a contratação de agentes sem a obrigatoriedade de divulgar os resultados dos concursos públicos. A medida depende de autorização do Chefe do Executivo: “Em relação aos agentes secretos… Tenho aqui fotos. Sabe que unidade é esta? É a polícia política Nazi, a Gestapo. As pessoas também não sabiam a identidade destes agentes. […] Tenho outra foto, na União Soviética. É o KGB e também não precisava de publicar a identidade dos agentes. E em Portugal, mais uma fotografia, Salazar também criou uma polícia política […] que perseguia políticos. Foi extinta após a revolução”, afirmou Sulu Sou, para Wong Sio Chak, enquanto ia mostrando as fotografias.
Mas o democrata foi mais longe. Na intervenção acusou ainda o secretário de, à imagem do que tinha acontecido com a Lei de Protecção Civil, fazer a comparação dos documentos que propõe com leis de outros países que já não estão em vigor. O exemplo dado foi a lei Portuguesa de 2018 de contratação de agentes para a Polícia Judiciária e para as “secretas” portuguesas.
A resposta às perguntas de Sulu Sou só vieram depois de um intervalo e da intervenção de outros deputados. No regresso, o democrata chegou atrasado e o secretário para a Segurança não perdoou: “Vejo que houve deputados que fizeram perguntas e que saíram. Dizem coisas que parecem que são como dizem, mas não é assim”, começou por disparar.
Enquanto Sulu Sou não regressava, Wong Sio Chak respondeu a questões de outros deputados. Foi já com o democrata no hemiciclo que voltou à carga: “Somos comparáveis ao KGB? Não, estamos a trabalhar tudo de acordo com a lei. Não estamos a fazer nenhuma coisa fora da Lei. A situação do KGB da União Soviética era em tudo diferente”, sublinhou. “Tudo o que fazemos tem fiscalização do Ministério Público, não decidimos tudo. Se não cumprirmos a lei, não podemos utilizar as provas, não podem ser apresentadas em tribunal. Comparar a PJ com o KGB é injusto”, acrescentou.
O secretário queixou-se também de Sulu Sou o ter acusado de utilizar uma lei de Portugal que foi revogada, sem ter dito que havia uma nova “mais rigorosa”. “Falou que a lei foi revogada, mas não disse que foi substituída pelo decreto-lei 138/2019, que entrou em vigor em Setembro. Quando esta proposta de lei foi apresentada ao Conselho Executivo a lei portuguesa ainda não tinha sido revogada. Porque é que o deputado não disse isso?”, questionou, Wong. “A nova lei de Portugal até é mais rigorosa”, vincou.
Apesar das intervenções de Wong Sio Chak terem sido muito focaas nas críticas de Sulu Sou, houve outros deputados a mostrarem-se preocupados com o assunto, como os democratas Au Kam San, Ng Kuok Cheong, Ella Lei, dos Operários, Mak Soi Kun, ligado à comunidade de Jiangmen, e Agnes Lam.

Artigo 23…

Um dos documentos mais mencionados ontem foi a Lei de Salvaguarda do Estado, ou seja, o documento que concretizou o Artigo 23 da Lei Básica, da protecção nacional. Há cerca de duas semanas surgiram relatos online de que agentes da polícia tinham evocado esta lei para impedir que residentes tirassem fotografias, mesmo a partir da rua, das instalações da DSAMA.
Embora não tenha mencionado directamente o caso, Sulu Sou apontou que é cada vez mais frequente o medo desta lei. O deputado revelou mesmo que foi abordado por um homem, numa acção de campanha, que lhe pediu cuidado para evitar acusações contra a segurança nacional. “Parece que esta lei já ultrapassou os limites da sua aplicação e que se está a criar um clima de Terror Branco”, atirou.
Na resposta, Wong Sio Chak falou de “demónios” e disse a Sulu Sou para ir ler a Lei da Salvaguarda do Estado, para conseguir perceber a aplicação da mesma. “Porque é que liga sempre os seus actos com a segurança do Estado? Acho que é o demónio dentro de uma pessoa”, apontou. “Mas pode ler novamente o documento, até porque não tem muitas normas, e vai poder entender o conteúdo”, convidou.
Outra das perguntas prendeu-se com eventuais abusos das autoridades. A deputada Agnes Lam focou este assunto numa das suas intervenções, mas também Au Kam San e Ng Kuok Cheong. No entanto, Wong Sio Chak considerou que as polícias já “têm supervisão suficiente”.
Vários deputados questionaram igualmente a necessidade de se criar departamentos para a recolha de informação sobre a Segurança Nacional, quando nunca houve uma única acusação na RAEM. A esta pergunta, a resposta veio de Iau Teng Pio, deputado nomeado pelo Chefe do Executivo, que defendeu que a prevenção é essencial para garantir a segurança, ainda antes de serem cometidos os crimes. A resposta de Iau teve a concordância de Wong Sio Chak.
Ainda em relação à PJ, foi aprovado na generalidade, o novo estatuto de carreira, com votos contra de Sulu Sou e uma abstenção de José Pereira Coutinho.

21 Jan 2020

AL | Governo pressionado a ser mais informativo na apresentação de despesas


Os legisladores da Comissão de Acompanhamento de Finanças Públicas querem que o Governo seja mais detalhado no futuro, quando apresenta as contas de “despesas comuns”. O pedido surge depois do Executivo não ter conseguido explicar, numa primeira fase, os gastos de 535 milhões da mudança do local do heliporto

 

[dropcap]A[/dropcap] Comissão de Acompanhamento de Finanças Públicas da Assembleia Legislativa pede ao Governo que seja mais detalhado quando apresenta os números das “Despesas Comuns” no âmbito da execução orçamental. Esta é a reacção dos deputados que não gostaram do que consideram falta de informações face à indemnização de 535 milhões de patacas paga à empresa Linhas Aéreas Ásia Oriental pela deslocação do heliporto.

O pedido de informações consta nas opiniões do “Relatório Intercalar da Execução Orçamental de 2019: “Tendo em vista facilitar o trabalho de apreciação pela Assembleia Legislativa, o Governo deve incluir na rubrica ‘Despesas Comuns’ informações complementares que contenham dados detalhados sobre as despesas públicas efectuadas pelos Serviços Públicos que estejam inscritas nessa rubrica”, é defendido.

Ainda de acordo com as opiniões da comissão liderada por Mak Soi Kun esta alteração vai permitir não só “clarificar quais são os serviços responsáveis pelas despesas públicas” mas também perceber “as despesas públicas que estão inscritas nos vários itens das ‘Despesas Comuns’”.

Este pedido foi ainda elaborado por Mak Soi Kun, que defendeu a necessidade de permitir que também a população tenha mecanismos para poder supervisionar os gastos do Executivo: “Sem as informações apresentadas como é que a sociedade pode avaliar o Governo? No futuro devem ser apresentadas informações mais detalhadas sobre as despesas comuns, não só para facilitar o trabalho da Assembleia Legislativa, mas também a fiscalização pela sociedade”, sublinhou.

Avaliação por objectivos

Em relação à execução orçamental, a comissão aconselha o Executivo a “dialogar melhor entre si”, principalmente antes da elaboração de projectos para que não sejam orçamentadas obras que depois acabam por não arrancar, devido a diferendos internos. “Os serviços públicos não devem orçamentar projectos que depois não são viáveis. Devem fazer os estudos de viabilidade primeiro, porque se os trabalhos não avançam, a população acaba por sentir-se desiludida”, avisou.

Outras das medidas pedidas pela comissão, é que a execução de trabalhos seja avaliada de acordo com objectivos pré-definidos. Os deputados defendem que se houver um balanço periódico, o Governo saberá o que correu mal e poderá corrigir as falhas no futuro.

Zona C dos aterros finalizada em 2021

A Zona C dos Novos Aterros, situada à frente dos Jardins do Oceano e cujos trabalhos já decorrem, vai ficar concluída no final do próximo ano. A informação consta das explicações avançadas pelo Gabinete de Infra-estruturas (GDI) aos deputados no âmbito da execução orçamental para a primeira metade do ano passado.

20 Jan 2020