Fórmula 3 | Ralf Aron reforça Prema Theodore Racing

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] estónio Ralf Aron foi ontem anunciado como reforço da Prema Theodore Racing para a temporada do Campeonato Europeu de Fórmula 3, que se inicia em Maio. O piloto de 19 anos está de regresso à formação ligada a Teddy Yip – filho do antigo parceiro de Stanley Ho, Theodore Yip – após ter passado uma temporada na Hitech. Na última temporada, o estónio terminou o campeonato no 9.º lugar.

No passado, Aaron já tinha defendido as cores da Prema Theodore Racing, tendo em 2015 conquistado o Campeonato Italiano de Fórmula 4 com a equipa, naquele que foi o seu ponto alto da carreira até agora. Depois, em 2016, estreou-se com a Prema no Europeu de Fórmula 3, conseguindo um 7.º lugar à geral e uma vitória.

“Estou muito entusiasmado por estar de regresso à Prema Powerteam para a temporada de 2018. No passado ganhámos um campeonato de F4 juntos, mas posso dizer que agora sou um piloto mais experiente”, disse Ralf Aron, em comunicado.

“Juntando a minha experiência e determinação com as qualidades da equipa, vamos formar uma combinação mais forte do que nunca e conquistar o pódio logo na primeira corrida. Estou muito feliz por estar de regresso”, acrescentou.

Aron é um piloto conhecido dos aficionados dos Grande Prémio de Macau, tendo terminado a edição do ano passado, que marcou a sua estreia na Guia, no terceiro lugar, ao volante de um monolugar da Van Amersfoort Racing.

“Piloto inteligente”

“Para nós é muito bom poder voltar a contar com o Ralf [Aron]. É um piloto inteligente, rápido e consistente. É também uma pessoa que cria muito bom ambiente junto dos membros da nossa formação”, destacou René Rosin, director desportivo da Prema Theodore Racing, em comunicado.

“Quando fez a sua estreia connosco na Fórmula 3 foi logo capaz de conseguir uma vitória, por isso tenha a certeza que tem as capacidades necessárias para se tornar num candidato ao título. Não podia estar mais satisfeito com a forma como estamos a constituir a nossa equipa ao nível de pilotos para a temporada, e tenho a certeza que vamos ter bons resultados”, sublinhou.

Na Prema Theodore, Aron vai ter como colegas de equipa o russo Robert Sheartzman e o australiano Marcus Armstrong, pilotos que estão integrados no programa de formação de talentos da equipa de Fórmula 1 Ferrari.

Também a formação Motopark confirmou esta semana a renovação do contrato com Marino Sato, que vai disputar o Campeonato Europeu de Fórmula 3 pelo segundo ano consecutivo. O piloto japonês de 18 anos vai ter como colega de equipa o britânico Dan Ticktum, que venceu no ano passado o Grande Prémio de Macau.

 

10 Jan 2018

Segunda Divisão | Casa de Portugal e Consulado defrontam-se à quinta jornada

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Casa de Portugal e o Consulado de Portugal vão começar a participação na presente época da Segunda Divisão diante de Chong Wa e Cheac Lun, respectivamente, de acordo com o sorteio de Domingo. O primeiro encontro entre as duas formações de matriz portuguesa está agendado para a quinta jornada.

Porém, até ontem à noite, a Associação de Futebol de Macau ainda não tinha revelado os dias e as horas dos encontros da jornada inaugural.

Esta temporada, a Casa de Portugal vai ter como objectivo a manutenção na Segunda Divisão e o treinador Pelé está à espera de uma estreia difícil diante do Chong Wa.

“Se mantiverem a mesma equipa da temporada passada vão ser um forte candidato aos três primeiros lugares da liga porque jogam muito bem”, disse Pelé, ao HM, sobre a estreia na competição.

No pólo oposto, a Casa de Portugal, que chegou a estar na luta pela promoção na temporada passada, parte para a competição com objectivos muito mais modestos. O primeiro passa mesmo pela manutenção devido às várias alterações na constituição do plantel.

15 caras novas

“Temos 15 jogadores novos, dos quais três são regressos ao clube, como são os casos de Jean Peres e Gonçalo Coteriano, que na temporada passada estiveram no Atlético de Macau”, explicou o técnico da Casa de Portugal.

“Depois temos sete jogadores sub-16 e cinco jogadores que são estudantes vindos de Cabo Verde. Ao contrário do ano passado, também não contamos com os jogadores estrangeiros que vinham do Interior da China para os jogos na época passada”, acrescentou sobre o plantel.

O treinador explicou igualmente que a época foi prepara a pensar no futuro e médio prazo do projecto. Pelé sublinhou também a qualidade dos jovens que vão defender as cores da Casa de Portugal.

“São jovens com grande qualidade que tiveram convites de alguns clubes da Liga de Elite, mas que preferiram acreditar no nosso projecto, também muito pela garantia que aqui têm mais oportunidades para jogar”, frisou.

Em relação aos outros encontros da Segunda Divisão, os Sub-23 vão ter pela frente os Artilheiros, o Hong Lok defronta o Hong Ngai e o Tim Iec joga com o Lun Lok.

9 Jan 2018

Liga de Elite | Sorteio ditou jogo grande logo à primeira jornada

Benfica de Macau começa a defesa do título com um desafio complicado diante do Ka I, que esta temporada volta a ser orientado pelo brasileiro Josecler. Liga arranca a 19 de Janeiro, com o encontro entre Monte Carlos e H.S.

 

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]itou o sorteio da Liga de Elite que Benfica de Macau e Ka I se encontrem no sábado, 20 de Janeiro, às 20h30, naquele que é o principal encontro da primeira jornada do campeonato de futebol 11. No entanto, a jornada inaugural da competição começa na sexta-feira, às 21h00, no Estádio de Macau, com a partida entre o Monte Carlo, um dos candidatos ao título, e o H.S., que foi promovido na época passada.

A jornada promete mesmo assim emoções fortes, com o novo técnico das águias, Bernardo Tavares, a ter uma estreia de fogo, diante de um dos treinadores mais experientes do campeonato, Josecler, que está de regresso ao Ka I, depois de um época à frente do Kei Lun.

Ao HM, Duarte Alves, administrador do Benfica, lembrou a importância de uma entrada vitoriosa.

“Vamos começar a Liga de Elite com o Ka I, depois segue-se o Lai Chi e na terceira jornada temos pela frente o C.P.K.. É um início de campeonato contra equipas muito fortes, principalmente o Ka I e o C.P.K. são equipas que estão a investir mais do que na época passada”, disse Duarte Alves, ao HM.

“As equipas que podem roubar pontos umas às outras não são muitas na Liga de Elite, por isso temos de entrar com uma intensidade elevada e forte. É importante não perder pontos, até porque à excepção de 2016, o campeão não tem terminado a mais de dois ou três pontos do segundo lugar”, explicou.

Plantel experiente

Sobre a estreia de Bernardo Tavares, Duarte Alves considerou que a tarefa é em parte facilitada devido à experiência do plantel das águias, que se sagrou campeão na época passada.

“É um plantel que já joga junto há muitos anos. Este ano, ao contrário da época passada, não há grande diferenças, é praticamente o mesmo plantel que foi campeão em 2017. Isso vai fazer com que o desafio [estreia do técnico] não seja tão complicado, como seria de esperar se houvesse alterações significativas”, considerou.

O objectivo das águias para a temporada volta a passar pela a conquista do título, que seria o quinto consecutivo. Porém, o administrador do Benfica de Macau lamentou o facto de nesta altura ainda não haver campos relvados com as dimensões do futebol onze para as equipas de Macau treinarem. “É um problema que afecta todas as equipas e é igual para todos. Também compreendemos que ainda estamos a falar de consequências da passagem do tufão Hato. Mas também para promover o futebol local e o espectáculo, era importante que já estivéssemos a treinar nos campos indicados”, justificou.

Nos restantes encontros da primeira jornada, o Chao Pak Kei vai ter pela frente o Lai Chi, no Sábado, dia 20, às 18h30. No domingo, dia 21 de Janeiro, Cheng Fung e Sporting de Macau defrontam-se às 14h00, terminando a jornada com partida entre as formações dos Serviços de Alfândega e da P.S.P.

9 Jan 2018

Caso Sulu Sou | Causídico escolhido acostumado a casos mediáticos

Jorge Menezes foi o advogado escolhido por Sulu Sou e Scott Chiang para representá-los no julgamento por desobediência qualificada. Ao HM, colegas de profissão e amigos destacam-lhe o profissionalismo, coragem e envolvimento académico, que Pedro Redinha diz fazer de Menezes um homem à parte na advocacia de Macau

[dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]ascido em Portugal há 51 anos e há mais de duas décadas em Macau, sempre ligado ao Direito, o advogado Jorge Menezes assume um novo desafio na carreira, com a defesa do deputado Sulu Sou e do activista Scott Chiang. Ao HM, amigos e profissionais do Direito destacam a competência de Menezes, assim como a coragem em assumir a defesa dos activistas.

“É um advogado altamente qualificado e está entre os melhores que estão em Macau, indiscutivelmente. É senhor de uma grande preparação académica e profissional”, disse Sérgio de Almeida Correia, advogado, ontem ao HM.

“Sendo meu colega e amigo, fico satisfeito por saber que aceitou o patrocínio de uma causa tão difícil como é aquela em que está neste momento envolvido”, acrescentou.

Também Pedro Legal, amigo e advogado, considerou que a defesa dos activistas não poderia estar em melhores mãos: “É uma pessoa muito competente e inteligente. São duas das suas principais características como profissional. Conheço-o bem, trabalhamos juntos algumas vezes. É um bom colega, competente e inteligente”, afirmou sobre o colega.

“Não me surpreende absolutamente nada que ele tenha sido escolhido para este caso. Ambos os arguidos estão muito bem entregues, não tenho qualquer dúvida sobre isso”, frisou.

Advogado e Académico

Jorge Meneses conhece Macau há mais de duas décadas.

Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, em 1991, Jorge Menezes prosseguiu os estudos académicos e em 2001 completou o grau de Mestre em Direito, na Universidade de Cambridge. Antes disso, em 1996, concluiu uma pós-graduação na mesma área, também na Universidade de Lisboa. Deu aulas de Direito e Filosofia em universidades em Lisboa, Guiné-Bissau, na Universidade de Stanford e de Oxford.

Uma vertente académica muito destacada pelo advogado Pedro Redinha, em conversa ao HM: “Infelizmente não sou uma pessoa que prive muito com o Dr. Jorge Menezes. Mas tive a oportunidade de pleitear com ele, pelo menos uma vez, num tribunal de Hong Kong, e tenho do Dr. Jorge Menezes a ideia de que é um homem à parte do panorama da advocacia em Macau”, disse o causídico.

“É muito mais do que um advogado, é professor, é um homem muito distinto, que eu considero muito. Julgo que não havia pessoa mais qualificada para patrocinar esta causa”, defendeu.

Em relação ao percurso profissional em Macau, Jorge Menezes chegou ao território depois de ter exercido advocacia em Lisboa entre 1992 e 1995. Em 1998, começou a trabalhar como assessor jurídico Governo de Macau, em assuntos ligados ao Direito comercial, do jogo ou laboral.

É também em 1998 que se muda para o escritório de Jorge Neto Valente, actual presidente da Associação dos Advogados de Macau, onde permanece por dois anos. No seu percurso conta ainda com passagens pelo escritórios de António Ribeiro Baguinho, FC Law, entre outros.

Atacado em 2013

Entre os casos mais mediáticos em que está envolvido destaca-se igualmente o processo que opõe Marshall Hao a Sheldon Adelson e à empresa Las Vegas Sands. Hao exige 375 milhões de dólares norte-americanos à concessionária por ter ajudado a Sands a garantir uma licença de jogo em Macau. Um caso que ainda decorre nos tribunais locais.

Também em Maio de 2013 Jorge Menezes fez as manchetes da imprensa local e foi notícia nos Estados Unidos, após ter sido atacado por duas pessoas, quando levava o seu filho à escola. Um ataque que disse, na altura, ser uma forma de intimidação.

É também por não ter medo de aceitar casos complexos que Sérgio de Almeida Correia define Menezes como um homem corajoso: “É evidente que assumir este caso [Sulu Sou] mostra uma grande coragem. Mas a advocacia, como costumo dizer, é uma profissão para gente de bem e corajosa”, apontou.

“É natural que o Dr. Jorge Menezes, independentemente das vicissitudes que tenha passado na sua vida profissional, como homem de grande coragem que é e como advogado que é, não podia dizer que não a uma causa de um cliente”, considerou.

Separação das águas

Ao HM, Sérgio de Almeida Correia, Pedro Leal e Pedro Redinha foram unânimes em considerar o caso complexo. As consequências políticas subjacentes para Macau, incluindo uma possível perda do mandato do deputado Sulu Sou, e o mediatismo do julgamento foram apontados como as principais razões da complexidade.

No entanto, os advogados mostraram-se confiantes na prestação de Jorge Menezes, com Pedro Leal a dizer que o colega vai saber lidar com a complexidade do julgamento: “Nós, advogados, temos de defender as pessoas e desligar-nos das questões políticas no exercício das nossa funções. Não tenho dúvidas que ele vai conseguir isso e focar-se apenas no que é relevante para o processo que decorre no tribunal”, rematou Pedro Leal.

 

 

Julgamento adiado para dia 16

A primeira sessão do julgamento de Sulu Sou e Scott Chiang estava agendada para hoje às 09h45 mas foi adiado, a pedido da defesa, para dia 16 deste mês. A informação foi avançada ontem pelo Tribunal Judicial de Base, em comunicado.

Esta é a segunda vez que o julgamento é adiado. Na primeira ocasião, em Novembro, o tribunal ainda aguardava pela suspensão do deputado, que só foi votada mais tarde. Sulu Sou e Scott Chiang são acusados da prática do crime de desobediência qualificada, devido às actividades da manifestação contra a doação de 100 milhões de yuan por parte da Fundação Macau à Universidade de Jinan.

9 Jan 2018

Metro ligeiro | Ligação entre Portas do Cerco e o Terminal do Pac On gera polémica

Raimundo do Rosário defendeu prioridade de um traçado na Zona Leste da Península de Macau que ligue as Portas do Cerco ao Terminal Marítimo do Pac On sem passar na zona Norte. Deputados questionaram vantagem da opção para os residentes

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]epois da Linha da Taipa, construção do terminal da Barra e da ligação a Seac Pai Van, a prioridade do Executivo no que diz respeito ao Metro Ligeiro vai passar por construir uma ligação na Zona Este da Península que ligue as Portas do Cerco ao Terminal Marítimo do Pac On, com passagem pela Zona A. A revelação foi feita por Raimundo do Rosário, na sexta-feira, na Assembleia Legislativa e levantou várias questões junto dos deputados.

“Se a Linha da Taipa entrar em funcionamento no próximo ano, então vamos ver nos seguintes as obras em Seac Pai Van e na Linha até à Barra a também serem concluídas. Depois, considero que é mais importante que entre em funcionamento o Pac On, porque segundo os nossos estudos pode ter uma ligação até à Barra e até às Portas do Cerco, pela Zona Leste de Macau. Tudo pode ser feito passo a passo”, disse o secretário para as Obras Públicas e Transportes, num primeiro momento.

No entanto, o facto da ligação ir ser feita pela Zona Leste de Macau, num primeiro momento, gerou reacções controversas por parte dos deputados. Em causa está o facto do traçado não passar na zona Norte, onde há a maior densidade populacional.

O deputado José Pereira Coutinho foi o primeiro a levantar questões sobre o assunto: “Vai ser feita uma ligação entre as Portas do Cerco e Pac On, mas quais sãos os fundamentos desta decisão? Foram aqui tidos em conta os interesses económicos da população de Macau?”, começou por questionar.

“É uma decisão para facilitar o movimento das pessoas do Interior da China? É para os estudantes do Interior da China irem para a Taipa estudar?”, continuou.

E a Zona Norte?

Também Au Kam San e Ng Kuok Cheong levantaram questões sobre o tema. Au sublinhou mesmo a expectativa da população de Macau de ter uma paragem na Zona da Areia Preta e Rua Primeiro de Maio para que os residentes se possam deslocar às ilhas. “Areia Preta e pessoas no Norte da Cidade também esperam uma paragem para se poderem deslocar às Ilhas. Há um novo percurso, será que não há condições para fazer estações nessas zonas?”, questionou o deputado.

Ainda sobre o tema, Zheng Anting admitiu estar confuso com a escolha: “Os residentes sempre tiveram dúvidas sobre a eficácia do Metro Ligeiro para o transportes de passageiros. Anteriormente as pessoas queriam o metro a passar pelos bairros movimentados, mas agora vai para o Pac On… Vivem lá poucas pessoas”, apontou.

Prioridades

Em resposta, Raimundo do Rosário disse “estar menos preocupado do que os deputados”, mas reconheceu que “há muitas expectativas” à volta do traçado do metro ligeiro. Depois, assumiu a responsabilidade: “Primeiro vamos concluir a Linha da Taipa, depois a Barra, Seac Pai Van e quarta prioridade é Linha do Leste”, frisou

“Estas opções são melhor do que ligar a Barra ao Porto interior. Há muitos postos fronteiriços que vão ficar ligados. Também estas linhas não foram inventadas por mim. Eu defini a prioridade da construção e essa é uma responsabilidade minha”, assumiu.

No entanto Raimundo do Rosário deixou a garantia que “nenhuma das linhas vai ser abandonada”.

8 Jan 2018

Tufão Hato | Obras com qualidade questionável sem investigação

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s empresas privadas responsáveis pelas obras que resultaram em janelas partidas durante a passagem do Tufão Hato e outras falhas nos edifícios não vão ser alvo de qualquer investigação por parte do Governo.

A garantia foi deixada por Raimundo do Rosário na Assembleia Legislativa, depois de ter sido questionado por José Pereira Coutinho sobre o assunto. Também não haverá uma investigação interna à Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, responsável pela fiscalização, apesar do secretário ter reconhecido que pediu informações sobre a situação.

“Não vai haver uma sindicância aos serviços da minha tutela. Não dei essas instruções nem espero fazer. Mas pedi às Obras Públicas para fazerem um levantamento do que se passou. Queremos saber a razão de ter havido vidros partidos, mas não vai haver sindicância”, afirmou Raimundo do Rosário, na Assembleia Legislativa.

“Também não vou pedir uma investigação às entidades privadas responsáveis pelo trânsito e obras particulares”, sublinhou.

Por outro lado, o director das Obras Públicas, Li Canfeng, revelou, após ter sido questionado pelo deputado Iau Teng Pio, que foram enviadas mais de 60 cartas a empresas de construção, pelo auxílio nas operações de limpeza após a passagem do tufão que matou 10 pessoas no ano passado.

8 Jan 2018

Encerramento de terminal nas Portas do Cerco melhorou trânsito

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] encerramento do terminal de autocarros públicas nas Portas do Cerco a e distribuição das paragens na zona envolvente fez com que o trânsito na zona tenha ficado menos congestionado.

O reconhecimento da situação foi feito por Lam Hin San, director da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego, que admite que alguns autocarros não voltem a parar na infra-estrutura subterrânea, quando esta voltar a abrir.

“No que diz respeito às questões relacionadas com as Portas do Cerco, aplicamos uma certa “triagem”, desviando diversas carreiras e houve um certo melhoramento da situação do trânsito na zona”, disse Lam Hin San.

“Tendo em conta as necessidades da população temos de realocar determinadas carreiras novamente no terminal. Mas determinadas carreiras vão ser mantidas na situação actual e não voltam a parar no terminal porque consideramos que é a solução mais indicada”, justificou.

Ainda no que diz respeito ao serviços dos autocarros, o Governo paga a uma empresa de consultadoria para fazer uma avaliação da situação. Sobre esse aspecto, o director da DSAT disse ter havido melhoramentos em relação a 2013.

“Em 2013 a situação dos autocarros não era satisfatória, estava classificado como na classe F. Neste momento está entre o nível D e C, o que mostra que houve progresso”, revelou.

Três parques por abrir

Lam Hin San fez igualmente um ponto da situação sobre os parques de estacionamento subterrâneos públicos que estão encerrados devido às consequências da passagem do Tufão Hato. Segundo o responsável, o auto-silo do Edifício Fai Tat, na zona do Fai Chi Kei, vai abrir no terceiro trimestre, precisando de obras significativas. Em relação ao auto-silo do Edifício Cheng I, o primeiro e segundo pisos subterrâneos já foram aberturas, mas o terceiro só deverá abrir ao público no segundo trimestre deste ano. Finalmente o auto-silo do Lido vai abrir durante o primeiro semestre do ano.

Ainda sobre a questão dos danos sofridos pelos carros estacionados nos parques públicos, Lam Hin San negou a necessidade de ser o Governo a pagar para um seguro para as viaturas, porque, considerou, que os seguros são uma obrigação dos proprietários dos veículos.

Também Raimundo do Rosário rejeitou a ideia de que o Governo tenha de intervir como parte independente nas negociações entre proprietários de estacionamentos privados e os donos dos veículos estacionados nas mesmas que ficaram danificados, depois da passagem do tufão Hato.

8 Jan 2018

Governo apresenta até ao final do ano proposta para tornar os despejos mais rápidos

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]té ao final do ano o Governo vai apresentar uma proposta de lei para criar um mecanismo que vai facilitar o despejo dos inquilinos com o pagamento das rendas em falta. A promessa foi deixada, na sexta-feira, por Sónia Chan, em resposta a uma pergunta do deputado Mak Soi Kun, sobre a matéria.

“O Governo decidiu criar um procedimento especial de despejo, célere e simplificado para tratar com prioridade o problema dos chamados inquilinos ‘caloteiros’. Para tal foi formado um grupo de trabalho interno que está incumbido de rever o regime do despejo”, afirmou Sónia Chan, na Assembleia Legislativa. “Ponderando os interesses dos senhorios e dos inquilinos, [o Governo] irá proceder prudentemente à revisão do diploma, elaborando uma proposta de lei, que tudo fará para entrar em processo legislativo no presente ano”, frisou.

A secretária reconheceu que este é um tema sensível visto que “se relaciona com os direitos fundamentais dos cidadãos, bem como com os princípios fundamentais do direito processual civil, nomeadamente o direito à intimidade da vida privada e familiar”.

Em relação às alterações que vão ser propostas, os assessores de Sónia Chan explicaram que o objectivo passa por “agilizar”, “facilitar” e “desburocratizar” o processo de condenação dos inquilinos e a execução do despejo, por não pagamento. Contudo, foi deixada a garantia que os direitos de ambas as partes vão ser garantidos.

Sónia Chan revelou ainda que a revisão vai envolver mais de 115 artigos da lei actual e que vai ter impacto nos tribunais, que vão ter outros meios para tratar de forma mais célere estas questões.

Na sua intervenção, Zheng Anting sugeriu que fosse seguido o exemplo de Hong Kong, onde existem juízos nos tribunais só para tratarem de litígios entre inquilinos e senhorios. Segundo o deputado, após o não pagamento durante três meses da renda, os tribunais podem ordenar o despejo. Sónia Chan reconheceu a validade da sugestão, mas apontou que vão ser ainda analisados os exemplos de outras regiões, indicando que a solução adoptada deve continuar a passar pelos tribunais das pequenas causas.

8 Jan 2018

Higiene | Ilha Verde identificada como lote negro

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]pesar de ser um local com património protegido, a Ilha Verde está identificada como um “ponto negro” no que diz respeito às condições de higiene. A revelação foi feita pelo secretário para os Assuntos Sociais e Cultura Alexis Tam, na sexta-feira, na Assembleia Legislativa.

“Os Serviços de Saúde classificaram o lote da Ilha Verde como um ponto negro de higiene, por conseguinte, para além da eliminação regular e mensal de mosquitos, enviam continuamente pessoal para inspeccionar e acompanhar a higiene do local”, afirmou o secretário.

Ainda sobre este aspecto, Alexis Tam prometeu que os Serviços de Saúde vão promover acções para encorajar os cidadãos “a manterem, de forma activa, a limpeza do ambiente das áreas em redor, colaborando com o Governo na aplicação das medidas de prevenção de doenças transmissíveis”.

Segundo o secretário a Direcção de Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes também já terminaram o Plano de Ordenamento Urbanístico da Zona, recomendando “a criação de uma área verde de recreação do bairro, bem como uma zona mista de habitação, comércio, estabelecimentos públicos e sociais”.

Por outro lado, e apesar do diferente que decorre nos tribunais sobre a titularidade dos lotes, o governante explicou que os cidadãos daquela zona estão proibidos de desenvolverem actividades de cultivo porque isso viola a lei da salvaguarda do património.

8 Jan 2018

Órgãos Municipais | Governo admite receios sobre falta de obediêcia causada por eleições

Sónia Chan afirmou que a escolha dos membros do órgãos municipais através de eleições foi rejeitada porque faria com que os eleitos não tivessem de responder perante o Governo. A secretária prometeu também estar atenta às situações de trocas de nomeações para os órgãos municipais por votos no colégio eleitoral para a nomeação do Chefe do Executivo

 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] secretária para a Administração e Justiça admitiu que o Governo prefere nomear os ocupantes dos cargos dos órgãos municipais para evitar que os membros actuem de forma independente e evitem responder perante o Executivo. O argumento foi explicado na sexta-feira, na Assembleia Legislativa, em resposta a uma questão sobre o tema do democrata Au Kam San.

“Se os membros forem eleitos não vão responder perante o Governo. Mas se forem nomeados aí têm de responder perante o Governo, que é de onde advêm a sua legitimidade para o cargo”, disse Sónia Chan.

“Mas temos de esclarecer que não estamos a ignorar a opinião pública e a discutir o assunto à porta fechada. Estamos aberto às opiniões das pessoas e estamos a escutar a opinião pública. Estamos à espera que estes órgãos prestem os serviços às comunidades porque vão ter membros com uma base sólida junto das populações”, apontou.

Ainda no que diz respeito à nomeação para os cargos nos órgãos municipais, neste momento, Sónia Chan reconheceu que o Governo admite ouvir opiniões sobre a criação de um mecanismo para que as pessoas se possam candidatar à nomeação.

Entre os argumentos utilizados contra as eleições, a secretária apontou a autoridade do Governo Central que proibiu essa forma de selecção e o facto das eleições concederem poderes políticos a estes órgãos, o que na sua da governante seria uma violação da Lei Básica.

O último argumento acabou contestado pelo também democrata e deputado Ng Kuok Cheong, que defendeu que durante Administração Portuguesa os órgãos municipais tinham poder político porque tinham poderes executivos, geriam as receitas que geravam e, inclusivamente, podiam ter uma polícia municipal. O legislador contestou assim que a realização de eleições signifique directamente a existência de poderes políticos.

Troca de favores

Por outro lado, a governante garantiu que o Governo está atento para a possibilidade da nomeação dos futuros membros dos órgãos municipais poder ser utilizada para “comprar” a eleição para o lugar do Chefe do Executivo. O facto foi reconhecido por Sónia Chan que diz estarem a ser tomadas medidas para garantir que tal não acontece.

“Tendo em conta que poderá surgir a questão de que o representante do membro constituinte do órgão municipal venha a ser membro do colégio eleitoral para a eleição do Chefe do Executivo, a solução proposta pelo Governo define claramente que serão membros do ‘Conselho de Administração’ do futuro órgão municipal, as personalidades com experiência e competência na administração pública”, esclareceu Sónia Chan, perante a intervenção de Au Kam San, que alertou para este problema.

Sobre a escolha dos membros do Conselho Consultivo dos órgãos municipais, Sónia Chan apontou como critério fundamental “experiência de prestação de serviços às comunidades e às camadas de base no âmbito da respectiva área funcional do órgão municipal ou que tenham revelado suficiente profissionalismo e a aptidão de servir”.

A explicação da secretária chegou depois das críticas do deputado Au Kam San ao modelo proposto para escolher a constituição dos órgãos. O democrata considerou que o modelo adoptado vai resultar num “negócio política feio”, seguindo a lógica “eu vou nomear-te [para o órgão municipal] e tu vais eleger-me [Chefe do Executivo]” ou “eu vou eleger-te e tu vais nomear-me”.

8 Jan 2018

Audi quer continuação da Taça GT em Macau

Responsável pela preparação dos carros do construtor defende que Taça Mundial de FT deve continuar em Macau, apesar de sugestão para mudança para Abu Dhabi.

 

 

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap]pesar dos espectaculares acidentes que têm marcado as edições da Taça Mundial FIA GT no circuito da Guia, o responsável pela preparação dos Audi para clientes privados, Chris Reinke, defende que a prova deve continuar a ser disputada no território. As afirmações surgem numa altura em que existe a possibilidade desta competição ser mudada por outro circuito, como o Yas Marina no Abu Dhabi. Essa foi pelo menos a sugestão de um construtor, segundo o portal Sportscar375, que não identificou o construtor em causa.

“Para nós é tudo muito claro. Em Macau há uma forma muita própria de recebermos esta prova, que por não fazer parte de qualquer campeonato se torna num evento radical ao nível da provas de GT3”, disse Chris Reinke, responsável da Audi, ao portal Sportscar365. “Nós consideramos que Macau tem o circuito indicado para esta prova. É um evento extraordinário”, acrescentou.

A questão sobre uma possível realocação da prova que desde a criação foi realizada em Macau, prende-se com os vários acidentes. Em 2016, Laurens Vanthoor conquistou o troféu, apesar de ter capotado o carro e obrigado á interrupção da corrida. Depois de uma sessão de 90 minutos em que os carros só realizam 5 voltas em ritmo competitivo. No ano passado, a corrida de qualificação teve um acidente que envolveu quase metade dos concorrentes e que condicionou o resultado final.

Chris Reinke considerou estes episódios uma falsa questão, no sentido em que, diz o responsável, as pessoas que se deslocam ao Território sabem o que têm pela frente. “Se falássemos em incluir esta prova num campeonato poderíamos falar numa aposta com um risco elevado. Mas quando as pessoas vão a Macau sabem o que têm pela frente e se querem arriscou ou não. Para nós não há nenhum problema se a prova continuar a ser realizada em Macau”, explicou.

“Quando vamos a Macau temos consciência do tipo de circuito e a natureza das provas. É um conhecimento que já existe antes da prova e que sai reforçado quando regressamos a casa”, frisou.

Questionada sobre o facto de poder haver uma mudança de pista para a Taça Mundial FIA GT, Reike admitiu que esse cenário está a ser equacionado: ““Há um grande risco de isso acontecer, e nós estávamos cientes desse aspecto quando nos inscrevemos na prova. Acho que todos os que se vão inscrever têm de compreender que isso pode acontecer”, admitiu.

“Os riscos fazem parte desta prova, que também se tornou conhecida por esse risco”, concluiu.

A Taça Mundial FIA GT começou a ser realizada em 2015, a partir da competição para GT do Grande Prémio. Apesar de no início o evento ser aberto a pilotos amadores, nos últimos anos tornou-se exclusivo para pilotos profissionais. No ano passado, um total de 20 carros participação na prova, com sete construtores diferentes, o que foi um recorde.

5 Jan 2018

Académico e ex-jornalista elogia independência da imprensa local

José Manuel Simões considera que financiamento público dos jornais não condiciona a liberdade de imprensa nos meios de comunicação social em língua portuguesa de Macau. No entanto, apela a uma maior abertura para as comunidades falantes de português, que não a portuguesa

 

 

[dropcap style≠‘circle’]U[/dropcap]ma imprensa com coragem para assumir publicamente as suas posições num Território onde as pessoas muitas vezes não o fazem. Foi desta forma que o académico e ex-jornalista José Manuel Simões abordou o Estado dos jornais em língua portuguesa de Macau e a relação com os subsídios públicos.

“Curiosamente os jornais em língua portuguesa de Macau, onde as pessoas não dizem muito abertamente aquilo que pensam, têm essa capacidade e virtude de assumirem posições. Isso é de louvar”, disse, ontem, José Manuel Simões ao HM.

“Nota-se nos órgãos de comunicação social em língua portuguesa uma independência face ao poder político por vezes arrojada, uma liberdade de dizer as coisas que podem, à partida, ser surpreendentes, sabendo dessa aparente condicionante”, sublinhou.

O académico da Universidade de São José escreveu no ano passado, em conjunto com o também académico Paulo Faustino, um artigo, em inglês, sobre o impacto dos apoios públicos para nos jornais de Macau com o título “Impactos do Apoio Público e do Pluralismo de Vozes nos Jornais de Macau”. Entre as conclusões considera-se que existe uma grande liberdade e pluralidade entre os órgãos de comunicação social em língua portuguesa, apesar do financiamento directo do Governo.

“Na prática os subsídios não se reflectem em termos de censura ou controlo editorial. Podemos falar de liberdade de expressão. Isto é em relação à imprensa em língua portuguesa”, explicou José Manuel Simões, ao HM.

“Não me parece, e tendo em conta os trabalhos dos meus alunos na cadeira de jornalismo e no mestrado de comunicação e media, que esta mesma não ingerência do Governo não exista nos órgãos em chinês. Neste caso podemos falar de censura ou, pelo menos, de autocensura”, frisou.

Os apoios são encarados como o garante da pluralidade de vozes na comunicação social, sendo escrito no artigo que a leitura da imprensa em língua portuguesa permite ter acesso a opiniões neutras, contra e a favor das posições do Executivo.

“Os apoios à imprensa portuguesa e chinesa mantêm-se desde a Administração Portuguesa, o que também nos mostra que estamos a falar de um mercado reduzido. É um factor que permitem manutenção e continuidade da diversidade dos média em Macau”, apontou José Manuel Simões.

 

Abertura a outras comunidades

Por outro lado, o académico considera que sem o financiamento público seria muito difícil que a imprensa em língua portuguesa se mantivesse em Macau. No entanto, considerou que pelo menos existe espaço para a existência de um jornal.

“Num universo em que há três diários e dois semanários, acho que seria possível sobreviver um. Os jornais não sobrevivem nem com as tiragens nem com publicidade, portanto à partida se não houvesse os apoios seria muito difícil. O universo de leitores é muito escasso”, comentou.

“Mas se existisse apenas um dos cinco, acho que seria exequível a sobrevivência até na tarefa de angariar publicidade”, completou.

José Manuel Simões defendeu ainda que os jornais deveriam centrar-se mais nas comunidades portuguesas, e menos na comunidade portuguesa de Macau: “Por vezes os jornais deveriam ter a preocupação de trazer para as suas páginas as outras comunidades de língua portuguesa, e não só a comunidade portuguesa para quem são mais virados. Era uma tarefa que não seria propriamente complicada”, indicou.

O artigo escrito por José Manuel Simões foi publicado em Abril do ano passado na revista Journalism and Mass Communication.

5 Jan 2018

Chan Meng Kam compra hotel Lan Kwai Fong por 2 mil milhões

Empresário e político pagou 1,8 mil milhões de dólares de Hong Kong em dinheiro vivo e completou a aquisição do hotel e casino Lan Kwai Fong. Chan Meng Kam passa a controlar quatro casinos no território

 

 

[dropcap style≠‘circle’]C[/dropcap]han Meng Kam finalizou ontem por 2 mil milhões de dólares de Hong Kong a aquisição do hotel e casino Lan Kwai Fong ao grupo China Star Entertainment, controlado pelo empresário Charles Heung. A conclusão do negócio foi avançada ontem, em comunicado à Bolsa de Hong Kong, sendo que a identidade do comprador tinha sido revelada anteriormente, pelo portal GGR Asia.

Aquisição do hotel e casino foi fechada após um pagamento de 1,8 mil milhões de dólares de Hong Kong. Já em Outubro do ano passado, altura em que foi revelado o princípio de acordo para o negócio, Chan Meng Kam tinha pago 200 milhões de dólares de Hong Kong como caução a fundo perdido. Segundo o moldes do negócio, o valor final da compra ficou cifrado em 2 mil milhões de dólares de Hong Kong e foi feito através da empresa Golden Dragon Entertainment Holdings.

“A direcção está feliz por poder anunciar que a conclusão do negócio ocorreu a 3 de Janeiro. Como consequência do pré-acordo existente, o comprador nomeou a empresa Golden Dragon Entertainment Holdings Limited para receber as acções da venda”, pode ler-se num comunicado da China Star Entertainment.

“O restante montante da venda no valor de 1.800 milhões foi pago na totalidade em dinheiro vivo”, é acrescentado.

O hotel Lan Kwai Fong tem 209 casinos, restaurantes, lojas entre outras instalações. Segundo o comunicado de Outubro da China Star Entertainment, na altura o casino tinha 84 mesas de jogo, focadas no mercado de massas e VIP, e 65 máquinas de jogo. O casino é gerido como satélite da Sociedade de Jogos de Macau, detentora da concessão.

 

Sempre a somar

A conclusão deste negócio faz com que o número de casinos controlados pelo empresário e político, que tem lugar no Conselho do Executivo, suba para quatro. Ainda na península de Macau, Chan Meng Kam controla os casinos Golden Dragon e Royal Dragon, também através de acordos com a SJM. Na Taipa, o empresário de Fujian é detentor do Casino Taipa Square, através da licença da Melco Resorts and Entertainment, concessionária controlada por Lawrence Ho.

Rumores nos meios da indústria do jogo têm apontado Chan Meng Kam como um eventual candidato a uma licença de jogo, caso o Governo tome a opção de aumentar o número de concessões. Essa licença poderia ser atribuída numa parceria com Alvin Chao, proprietário da empresa de promoção de jogo Suncity.

5 Jan 2018

Transportes | Circulação na travessia até Hong Kong vai ser condicionada

Raimundo Rosário confirma que circulação na Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau vai ser só para viaturas escolhidas pelas autoridades e avisa que custos com as carruagens do metro vão continuar a aumentar

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] secretário para os Transportes e Obras Públicas frisou ontem que a circulação na Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau vai ser feita por quotas e que os cidadãos estarão sujeitos às mesmas. Raimundo do Rosário explicou que vão ser atribuídas quotas para as regiões, que serão distribuídas por veículos das três regiões e que só essas viaturas poderão circular no tabuleiro.

“A circulação na ponte não é livre. Se o senhor quiser pegar no seu carro e circular na ponte, não pode. Vai haver quotas para todos. Para autocarros, com dois tipos os ‘shuttles bus’, que fazem a ligação entre as fronteiras, outros que circulam de Macau para Hong Kong, depois haverá quotas para viaturas oficiais, para viaturas de todos os géneros. Ainda estamos todos a conversar sobre essa matéria”, disse Raimundo do Rosário, à margem das celebrações no 18.º Aniversário da Transferência da Soberania.

“Se o senhor conseguir uma autorização das quota de Macau, pode circular. Haverá um número de carros e um sistema para saber quem vai ser autorizado a circular”, acrescentou. “Se conseguir ter um lugar nessa quota, anda. Se não conseguir, não anda”, frisou.

Por outro lado, o secretário para os Transportes e Obras Públicas vincou que este se trata de um projecto tripartido entre as regiões de Zhuhai, Hong Kong e Macau e que há um gabinete específico para lidar das questões. É através desse gabinete que serão divulgadas as informações sobre o projecto e as condições de utilização.

De acordo com um comunicado divulgado pelo Gabinete de Comunicação Social do Governo, as quotas para a circulação de autocarros já estão estabelecidas. “As duas regiões administrativas especiais chegaram, em matéria de autocarros, a um consenso sobre a existência de um total de 50 quotas para ambos os territórios, numa proporção diária de 34 para Hong Kong e 16 para Macau”, lês-se.

Metro mais caro

Outro dos aspectos abordados à margem da cerimónia prendeu-se com o preço que o Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes (GIT) vai pagar para que sejam filmados os trabalhos do metro ligeiro. No âmbito do contrato celebrado, o Governo comprometeu-se a pagar quase 5,5 milhões de patacas à Salon Multimédia pelo serviço.

“Em relação às despesas do GIT fizemos um concurso público e depois houve duas empresas, uma que propôs o preço de 5 milhões e outra que sugeriu mais de 5 milhões. Na avaliação das propostas considerámos também o número e qualificação do pessoal, o plano da empresa e esses são os pontos de consideração. Depois avaliámos o resultado e foi a empresa com o preço mais caro que foi escolhida”, assumiu Ho Cheong Kei, director do GIT.

Uma posição reforçada igualmente pelo secretário da tutela: “São os planos que recebemos durante o concurso público. Não fizemos nada às escondidas, fizemos com base no concurso público, recebemos propostas e tivemos de tomar decisões”, afirmou.

Confrontado com a eventual falta de qualidade das imagens recolhidas, Rosário deixou um aviso: “Sobre a qualidade, temos uma Comissão de Avaliação para tomar decisões”, apontou.

Finalmente Raimundo do Rosário admitiu que o valor gasto com o metro vai continuar a aumentar, devido ao contrato da entrega das carruagens porque ainda faltam realizar os trabalhos da Linha de Macau.

“Não posso garantir que o contrato não vai ser actualizado outra vez, porque agora estamos a fazer a Linha da Taipa e no futuro vamos fazer a Linha de Macau. Esse contrato é para continuar porque está relacionado com as carruagens e o abastecimento das carruagens. Até abrirmos as linhas isso vai continuar a aumentar”, explicou.

Na segunda-feira, foi anunciado que o contrato com a Mitsubishi Heavy Industries tinha aumenta mais 30 milhões de patacas, cifrando-se em 5 mil milhões 388 milhões de patacas. Em seis anos o valor aumentou 700 milhões.

26 Dez 2017

Funcionários Públicos | Revisão do sistema de avaliação para garantir igualdade

Secretária para a Administração e Justiça espera que a reforma do sistema de avaliação crie oportunidade mais iguais de promoção na Função Pública e acabe com “cunhas”. Sobre a reforma jurídica, recusou dar como certo criação de sistema de recurso para os titulares de altos cargos públicos

 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] secretária para a Administração e Justiça afirmou ontem que a revisão do sistema de avaliação dos funcionários públicos vai permitir criar maior justiça em termos das promoções. Por outro lado, Sónia Chan, defendeu que a revisão vai permitir combater o fenómeno da promoção por “cunha”.

“Com a revisão do sistema de avaliação temos de criar critérios mais objectivos que nos permitam evitar essas situações da promoção de familiares e amigos de dirigentes. Queremos a ajudar dos funcionários públicos e da população e é por isso que estamos a fazer uma consulta pública sobre o tópico”, disse Sónia Chan, ontem à margem da celebrações do 18.º Aniversário da criação da RAEM.

A secretária que agora tem como missão combater o fenómeno das cunhas na Administração Pública, foi apanhada num caso do género, durante o julgamento de Ho Chio Meng. Na altura, o ex-Procurador revelou que Sónia Chan, que desempenhava a posição de coordenadora do Gabinete para Protecção de Dados Pessoais, lhe tinha ligado a pedir um emprego para a irmã, que acabaria por ser contratada.

Quotas de avaliação

Ainda em relação ao mecanismo de avaliação, Sónia Chan espera que sejam criados critérios mais rigorosos e admite a possibilidade de haver quotas para o número de funcionários que pode ser avaliado com as notas mais altas, nomeadamente com o número quatro e cinco. Um exemplo inspirado no sistema de avaliação em Portugal.

“Em 2016, segundo a estatística dos Serviços de Administração e Função Pública, mais de 90 por cento dos funcionários foram avaliados com nota quatro ou superior. Não sei se população concorda, mas não acho que seja uma proporção muito normal”, defendeu.

Segundo Sónia Chan, o normal é os funcionários serem avaliados com três, que corresponde ao cumprimento das expectativas normais. O valor quatro é para ser aplicado em casos de um desempenho “muito bom” e o cinco para desempenhos “excelentes”.

“Se 90 por cento dos avaliados têm quatro ou cinco, até os funcionários públicos questionam o sistema. Queremos estabelecer uma quota de 60 por cento, ou talvez 70 por cento. É a nossa proposta. Este é uma sistema que também é utilizado em Portugal”, explicou a responsável pela tutela.

Já o cenário dos trabalhadores avaliarem as próprias chefias foi afastado por Sónia Chan, pelo menos nesta fase.

Recurso? Talvez não

Actualmente, o direito ao recurso de uma decisão dos tribunais para titulares de altos cargos públicos não é respeitado em Macau. Os titulares são julgados em primeira instância pelo Tribunal de Última Instância, fazendo que não haja uma entidade para onde recorrer. No entanto, Sónia Chan não garante que a revisão da Lei de Bases da Organização Judiciária resolva o problema.

“Ainda estamos em fase de consulta pública e não temos uma decisão final. Em termos do recurso é uma questão que vai ser ponderada durante a revisão”, afirmou Sónia Chan, quando questionada sobre o assunto, sem se querer comprometer com alterações nesta área.

Ao mesmo tempo afirmou que não está definido um amento do número de juízes nos tribunais da RAM.

Pearl Horizon

Na terça-feira, o Governo revelou já ter um plano para resolver a situação do empreendimento Pearl Horizon, assim que for conhecida a decisão sobre o diferendo, que está no Tribunal de Última Instância, entre Executivo e a companhia Polytec. No entanto, até esse momento o plano não será conhecido.

Ontem, Sónia Chan garantiu que a solução encontrada respeita a Lei de Terras: “É natural que o Governo faça alguns contactos mas tudo será realizado com base na Lei de Terras. Não haverá negociações por debaixo da mesa”, explicou sobre este capítulo.

O Pearl Horizon é um empreendimento que ficou por construir, apesar das fracções terem sido vendidas. Em causa está o facto da concessão ter expirado e o Governo ter recuperado o terreno, como definido da Lei de Terras, sem que a empresa Polytec acabasse a obra. O tribunal tem de decidir de quem foi a culpa dos atrasos.

26 Dez 2017

Em média todos os meses é agredido um agente da PSP

Desde o início do ano até 17 de Dezembro foram agredidos 13 agentes policiais, que resultou em 11 indivíduos detidos. José Pereira Coutinho diz que o número é aceitável, dado o número de turistas que visitam Macau

 

[dropcap style≠‘circle’]E[/dropcap]ntre o início do ano e 17 de Dezembro um total de 13 agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) foram agredidos durante o serviços. Segundo os dados fornecidos ao HM pela PSP, as agressões resultaram na detenção de 11 pessoas e autuações por “agressão qualificada”.

“Fazem no total de 13 agentes policiais que foram agredidos por outrem durante o cumprimento das missões até 17 de Decembro no ano de 2017, dos quais 11 indivíduos foram detidos, e autuados por agressão qualificada”, informou a PSP, após ter sido questionada sobre o assunto.

Este é um número que o presidente da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau e deputado, José Pereira Coutinho, considera “normal”, tendo em conta o número de visitantes. O legislador destaca igualmente o facto do território ser muito seguro.

“Não recebi nenhuma queixa por parte de agentes sobre agressões. Mas não acho os números preocupantes porque temos 33 milhões de visitantes. Considero que o número é pequeno. Desde que não se registem agressões violentas, com recurso a facas, armas de fogo, acho que é um número normal, dentro da densidade populacional de Macau”, afirmou José Pereira Coutinho, em declarações ao HM.

“Acho que não é um número que justifique uma preocupação generalizada entre estes funcionários públicos. Eles são polícias e estão muito cientes das suas funções. São profissionais que entendem a natureza das suas funções, e que reconhecem que à partida há um certo grau de risco no desempenhar das suas missões”, acrescentou.

“Pearl Horizon” sem influência

Por outro lado, o deputado rejeitou a ideia que o facto das agressões a agentes da PSP, durante manifestação de compradores do Pearl Horizon, possa ser encarada como uma prova de impunidade, para quem agrida agentes policias.

“Não é um sinal de impunidade. O facto de não terem continuado com os casos para os tribunais se deve ao facto de as pessoas terem conseguido uma reconciliação com os polícias. Houve um entendimento para que se resolvessem os casos sem necessidade de ir aos tribunais”, justificou Pereira Coutinho.

Ao mesmo tempo, apontou Macau como um território muito seguro, dada a ligação à indústria do jogo, normalmente associada a elevados níveis de criminalidade.

“Macau continua a ser uma cidade muito segura e é isso que se pode realçar em questões de segurança. O nível de criminalidade, tendo em contra a predominância da indústria do jogo e as tradicionais ligações à prostituição, drogas e da agiotagem, é muito baixo”, considerou.

Um resultado que Pereira Coutinho afirma ser justificado pelas acções do Governo Central em conciliação com os agentes locais.

20 Dez 2017

Governo revela lista de personalidade e instituições distinguidas

O jornalista e investigador João Guedes, o juiz João Gil de Oliveira e o ex-atleta Eduardo de Jesus Júnior estão entre as personalidades que vão receber as distinções em Janeiro do próximo ano

 

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] jornalista e investigador João Guedes, o juiz João Gil de Oliveira e o ex-atleta Eduardo de Jesus Júnior estão entre as personalidades e entidades distinguidas pelo Governo da RAEM com medalhas e títulos honoríficos. Ao nível das medalhas, Choi Lai Hang, o primeiro director-geral dos Serviços de Alfândega, vai ser agraciado com o Lótus de Ouro e Lei Loi Tak, auditor, e Vong Kok Seng, empresário, com o Lótus de Prata.

Em 2018, João Guedes vai receber das mãos do Chefe do Executivo a Medalha de Mérito Cultural pelo trabalho realizado ao longo de 30 anos de investigação sobre a História de Macau. Uma distinção que deixou o também jornalista “muito honrado”, segundo contou ao HM.

“Sinto-me muito honrado pelo Governo ter decidido agraciar-me com essa condecoração no âmbito cultural. É um reconhecimento do meu trabalho ao longo destes mais de 30 anos em Macau. Foi uma carreira dedicada ao jornalismo e à divulgação da História de Macau”, afirmou João Guedes.

“É uma distinção que tem mais significado por partir da Administração da RAEM do que se tivesse sido pela Administração Portuguesa. Foi completamente inesperado, não estava minimamente à espera. Por isso sinto-me ainda mais honrado. Não esperava que o Governo de Macau olhasse particularmente para o meu trabalho”, admitiu.

O jornalista deixou igualmente o desejo que com este reconhecimento, muito do seu trabalho possa ser traduzido para chinês, para que a comunidade falante dessa língua possa ter acesso ao mesmo.

“Algumas coisas do meu trabalho estão traduzidas para chinês, mas a maior parte não está. Provavelmente com esta distinção vão ser traduzidas para chinês, era algo que gostava que acontecesse”, disse. “Espero ter contribuído também para que o trabalho feito na lusofonia seja melhor conhecido pela comunidade chinesa. Esta distinção é um incentivo para isso”, frisou.

 

Reconhecimento desportivo

Também Eduardo de Jesus Júnior, ex-atleta internacional em futebol e hóquei de campo por Macau, foi distinguindo com a Medalha de Mérito Desportivo. Durante a sua carreira no mundo do futebol, o jogador chegou a treinar no FC Porto, sob o comando do treinador Bella Gutmann, em 1974, e no Benfica, numa altura em que o internacional português e ex-treinador das águias Toni também estava no plantel

“Estou contentíssimo com a distinção. Era uma coisa que não esperava. Como português e macaense sou dos primeiros a receber esta distinção e estou mesmo muito contente”, disse Eduardo de Jesus Júnior, ao HM.

“Na altura da Administração Portuguesa contribui muito para o desporto local, principalmente nas décadas de 70 e 80. O reconhecimento chegou agora já na altura da RAEM e ficou muito feliz”, sublinhou o também fundador da Associação de Veteranos de Futebol de Macau.

Eduardo de Jesus Júnior foi igualmente internacional por Portugal, na modalidade de hóquei de campo.

Por sua vez, João Gil de Oliveira foi agraciado com a Medalha de Mérito de Profissional. Os títulos e medalhas vão ser entregues no próximo ano.

Também entre os agraciados estão Lawrence Ho, filho de Stanley Ho, com a Medalha de Mérito Turístico, e Loreto Jr. de Guia Mijares, filipino que salvou um casal de idosos durante a passagem do Tufão Hato.

 

Tai Fung distinguido apesar de polémica

Entre as entidades distinguidas encontra-se o Banco Tai Fung, fundado por Ho Yin, pai de Edmundo Ho, e actualmente controlado pelo Banco da China. No entanto, o banco ficou ligado a uma controvérsia durante o julgamento do ex-Procurador Ho Chio Meng, em Abril. Na altura, o Banco Tai Fung foi acusado pela investigadora do Comissariado Contra a Corrupção Wong Lei Peng de ter ignorado depósitos suspeitos realizados por Ho Chio Shun, irmão de Ho Chio Meng, sem perguntar a proveniência dos fundos.

20 Dez 2017

Lei de bases marítima impede jogo nos aterros

O Conselho Executivo entregou ontem a proposta de bases marítimas à Assembleia Legislativa e Leong Heng Teng, porta-voz do Conselho Executivo, garante que o diploma deixa muito claro que não vai haver espaços para o jogo nos novos aterros

 

[dropcap style≠‘circle’]U[/dropcap]ma lei para definir o âmbito da política de gestão do uso, exploração e protecção das áreas marítimas, que não admite a instalação de espaços de jogo nos aterros. Foi desta forma que o porta-voz do Conselho Executivo, Leong Heng Teng, definiu a proposta da Lei de Bases de Gestão das Áreas Marítimas, que foi ontem submetida pelo Executivo à Assembleia Legislativa.

“A exigência de não utilizar os aterros para espaços de jogo partiu do Governo da RAEM. Queríamos legislar desta forma”, garantiu Leong Heng Teng, quando questionado se a iniciativa desta política tinha partido do Governo Central ou do Governo da Macau.

“Não vai haver nenhuma excepção que permita, no futuro, a instalação de espaços de jogo nos aterros”, acrescentou sobre este ponto.

A proposta foi entregue, ontem, à Assembleia Legislativa, depois da conferência de imprensa em que foi apresentada.

Com o novo diploma vai ser criada a Comissão Coordenadora da Gestão e do Desenvolvimento das Áreas de Jurisdição Marítima, que vai ter como presidente o Chefe do Executivo, Chui Sai On. A este nível a Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA) e a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) vão ficar competentes pela “gestão integrada das áreas marítimas e da protecção ambiental das áreas marítimas, respectivamente”.

“No topo está o Chefe do Executivo que vai definir políticas e princípios gerais. Depois as duas entidades competentes é que vão executar as políticas”, explicou Leong Heng Teng.

 

Celeridade esperada

O porta-voz do Conselho Executivo não quis fazer um prognóstico em relação ao tempo esperado para que a lei seja aprovada na especialidade na Assembleia Legislativa, no entanto, pediu “celeridade”.

“Não podemos avançar com uma previsão porque eles têm a sua agenda. Mas já há consenso na sociedade sobre esta lei e as opções tomadas. A aprovação desta lei é uma expectativa da sociedade”, começou por dizer Leong Heng Teng. “Mas esperamos que a proposta seja discutida com celeridade”, apontou.

O porta-voz foi ainda questionado sobre a possibilidade deste diploma permitir a instalação de uma base naval do Exército de Libertação do Povo Chinês nos 85 quilómetros de água marítima controlada por Macau. Mas Leong Heng Teng, com a ajuda do director dos Serviços de Assuntos de Justiça (DSAJ), Liu Dexue, explicou que essa matérias não é legislada por este diploma.

20 Dez 2017

Obras viárias | Um total de 617 projectos em marcha no próximo ano 

Apesar de uma redução no número de pedidos para obras nas estradas, o Território vai ter 617 obras viárias em 2018, com artérias como a Avenida do Almirante Lacerda, Avenida do Conselheiro de Ferreira e Almeida e Avenida da Ponte da Amizade a ficarem condicionadas

 

[dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]o próximo ano as estradas de Macau vão receber 617 obras viárias, de acordo com os pedidos recebidos pelo Grupo de Coordenação de Obras Viárias, por parte dos serviços públicos e concessionárias. Os números foram revelados, ontem, numa conferência de imprensa do Grupo de Coordenação de Obras Viárias.

Segundo os dados apresentados, há uma redução de 13,2 por cento em relação aos projectos para obras, uma vez que o número de trabalhos realizados na rede viária foi de 711, ao longo deste ano. Contudo, este número de obras não é definitivo, porque ao longo do próximo ano podem surgir outros pedidos para a realização de mais obras.

Mesmo assim, o Grupo de Coordenação de Obras Viárias promete implementar medidas para minimizar o impacto junto da população e encurtar os períodos das obras. Estas medidas podem passar por multas para atrasos e bónus para quem completar os trabalhos antes dos prazos definidos.

Em 2018, as obras de grande dimensão vão afectar algumas das principais estradas do território, nomeadamente: Avenida do Almirante Lacerda, Avenida do Conselheiro de Ferreira e Almeida, zona da Areia Preta, Avenida da Ponte da Amizade e Estrada do Reservatório. Também a Avenida de Guimarães, Avenida dos Jogos da Ásia Oriental, Estrada de Pac On e Rotunda da Piscina Olímpica da Taipa vão sofrer condicionamentos.

Sobre os trabalhos apresentados pelos serviços públicos e concessionárias estão principalmente relacionados com “fornecimento de energia eléctrica, construção e reordenamento da rede de esgotos, ligação da rede viária da NAPE, substituição de canalizações de asbestos e construção de viadutos”, explicou o Governo, em comunicado.

Elogios ao trabalho feito

Por outro lado, o Grupo de Coordenação de Obras Viárias fez um balanço positivo das dez medidas implementadas ao longo deste ano, com o objectivo de evitar a pressão sobre o trânsito e os residentes.

“Com a colaboração dos serviços públicos e das concessionárias, surtiram algum efeito nas obras viárias realizadas em 2017, tanto no controlo do número de obras e extensão da área das obras como a compressão do cronograma”, considerou o Governo, sobre as 10 medidas lançadas. “A par disso, a Divisão de Fiscalização da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego reforçou as suas acções de fiscalização sobre as medidas provisórias de trânsito das obras”, foi acrescentado.

Ainda ao longo de 2017, o grupo da DSAT fez questão de referir que quando um empreiteiro não cumpriu as recomendações feitas, que as informações foram divulgadas online, para que houvesse conhecimento do público sobre os responsáveis.

19 Dez 2017

Governo | Contradições e discursos vistos como falta de coordenação interna

Um Chefe do Executivo com um discurso e um Secretário para a Economia e Finanças com outro. Dois Secretários que não se entendem sobre os atrasos no Hospital das Ilhas. O Governo fala a várias vozes e os deputados ouvidos pelo HM entendem que se trata de um sintoma de uma descoordenação geral, existente no Governo liderado por Chui Sai On

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s Linhas de Acção Governativa (LAG) chegaram ao fim, mas o que fica é uma imagem de descoordenação geral do Governo. O exemplo mais demonstrativo foi dado pelo secretário para a Economia e Finanças, quando disse, em resposta às perguntas dos deputados, que o controlo dos preços no mercado imobiliário passaria pelo aumento da oferta. No entanto, em Pequim, o Chefe do Executivo desmentiu Lionel Leong e prometeu implementar mais medidas para controlar o imobiliário.

Também durante a apresentação das LAG, Alexis Tam, secretário dos Assuntos Sociais e Cultura, e Raimundo do Rosário, secretário para os Transportes e Obras Públicas, recusaram, ambos, assumir responsabilidades sobre os atrasos na construção no Hospital das Ilhas. Raimundo do Rosário apontou que não há calendário para a conclusão dos trabalhos porque o projecto dos edifícios não estava concluído. Depois, sublinhou, que essa responsabilidade era dos Serviços de Saúde, que estão sob a tutela dos Assuntos Sociais e Cultura. Por sua vez, Alexis Tam justificou que não é ele que controla os tempos para a realização dos concursos públicos das empreitadas nem define os calendários para as obras.

Para os deputados ouvidos pelo HM, Agnes Lam e José Pereira Coutinho, o discurso governativo a várias vozes reflecte a descoordenação existente no Executivo.

“Os diferentes discursos [do Chefe do Executivo e Secretário para a Economia a Finanças] demonstram a falta de uma acção política orientada para o desenvolvimento sustentado da habitação. Ora dizem uma coisa aqui, ora dizem uma coisa ali… Como não há uma definição clara sobre o futuro de Macau, eles contradizem-se”, afirmou José Pereira Coutinho, em declarações ao HM.

“São trapalhadas que demonstram falta de coordenação e de comunicação. Essas duas falhas são muito nítidas, principalmente entre as diversas tutelas. Mas não é só com a pasta da Economia e Finanças, também entre as outras tutelas e a área da Administração e Justiça, principalmente ao nível das propostas de lei”, acrescentou.

Preocupação recorrente

Para Agnes Lam a descoordenação entre o Executivo, principalmente na altura de comunicar com a população e responder às perguntas dos deputados, tem sido um dos grandes temas das suas intervenções na Assembleia Legislativa.

“As diferentes respostas e, por vezes, contraditórias têm sido um tema recorrente das minhas intervenções. Acontece frequentemente que os diferentes secretários nos fornecem informações contraditórias, parece que não há de todo coordenação”, afirmou Agnes Lam, ao HM.

“Claro que é um aspecto que me preocupa muito por ver sinais contraditórios nos discursos de secretários do mesmo Governo. Por exemplo, a resposta de Raimundo do Rosário [sobre a falta de calendarização para o Hospital das Ilhas por ausência de projecto] deixou-me muito chocada. Só que não tinha tempo para fazer questões”, admitiu a deputada.

Para os dois membros da Assembleia Legislativa a passagem do Tufão Hato por Macau, em Agosto do ano passado, foi a grande prova de desorganização existente e da ausência de uma resposta organizada.

“O Hato mostrou que não há coordenação nem responsabilidade neste Governo. As pessoas não precisaram de assumir responsabilidades porque não se sabe muito bem quem tomou as decisões. Isso é muito claro”, apontou Agnes Lam.

“Quem é que foi o responsável pelas medidas de resposta? A passagem do Tufão Hato mostrou muito claramente que não havia uma pessoa a chefiar a resposta de emergência”, considerou.

“A situação mais clara da descoordenação deste Governo foi a passagem do Tufão Hato. Nessa altura, não houve liderança no apoio e na ajuda à população de Macau. Isso foi a prova dos nove”, defendeu José Pereira Coutinho.

Falhas nas reuniões do Executivo

A ausência de um discurso coordenado levanta questões, para os deputados, sobre o funcionamento do Governo. Segundo José Pereira Coutinho, o Chefe do Executivo afirma que se reúne com os secretários para abordar os diferentes temas.

“O Chefe do Executivo diz na AL que se reúne frequente com os secretários. Mas reunir-se e resolver os problemas, já é outra questão. Duvido muito que essas reuniões tenham os resultados desejados pela população”, sublinhou.

No entanto, Agnes Lam entende que deveriam ocorrer reuniões frequentes entre o Chefe do Executivo e os secretários, para que houvesse uma maior comunicação.

“O Chefe do Executivo e os secretários deviam ter reuniões frequentes, semanais, para trocarem informações e saberem o que se passa nas diferentes tutelas. Actualmente, existem as reuniões do Conselho Executivo, mas estamos a falar de um órgão com uma constituição estranha, e que apenas tem com dois secretários”, disse Agnes Lam,

“Quando o Conselho Executivo toma medidas muito importantes, acontece que há secretários que não sabem dessas decisões. Pode acontecer mesmo que não tenham qualquer decisão sobre o que vai ser decidido”, frisou.

A deputada considera, assim, que o Conselho Executivo devia ser reformado, porque, defende, é um órgão herdado da administração portuguesa e que tem traços muito específicos do tempo colonial, em que era utilizado pelo Governador para ouvir a comunidade chinesa.

Mesmo assim, diz que é possível o Governo melhorar este aspecto sem alterações profundas: “Devia haver um encontro entre secretários para que soubessem o que está a acontecer nas outras tutelas. Era algo que evitava a existência de mensagens contraditórias, assim como o desenrolar de várias consultas públicas ao mesmo tempo. Às vezes temos cinco consultas públicas ao mesmo tempo, também dá uma imagem que não há coordenação”, apontou.

“Às vezes parece que os secretários não estão informados e que precisam de ler os jornais para saber o que se está a passar no Governo”, considerou.

Outras prioridades

Por outro lado, o economista e colunista José Isaac Duarte considerou, em declarações ao HM, que a comunicação não está entre as prioridades do Governo.

“Não é normal que isto aconteça [falta de coordenação na comunicação do Executivo]. Penso que esse ponto não tem sido a principal preocupação da Administração”, justificou.

José Isaac Duarte considerou que o Governo de Macau não considera necessário preocupar-se muito com a forma como comunica, porque tem outras alternativas para resolver os problemas existentes, nomeadamente com a distribuição de fundos.

“Para o mal e para o bem é uma Administração que tem muito dinheiro e, portanto, acaba sempre por tentar resolver os problemas com mais dinheiro ou medidas avulsas”, frisou.

“Existe alguma falta de consistência de orientação política. As questão são resolvidas mais caso a caso do que em resultado de uma visão ou orientação geral”, acrescentou.

 

 

 

Problema vindo do passado

Para José Pereira Coutinho o problema da falta de comunicação entre os membros do Governo não é novo e já se verificava durante os mandatos de Edmundo Ho: “Com o Edmundo Ho também não houve uma liderança forte, que evitasse estes problemas. Acredito que é algo que tenha continuado deste Governo para este”, disse José Pereira Coutinho, ao HM. Para o membro da AL ligado à Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau, poderia haver uma melhor imagem do Executivo, mas devido à existência de outras condições: “Talvez fosse uma liderança um bocado melhor do que a de Chui Sai On, mas eram outros tempos e com outras condições que não se verificam hoje”, considerou.

Habitação como prioridade

Para Agnes Lam, Chui Sai On fez bem em focar-se no mercado de habitação, durante a viagem a Pequim, porque é um dos principais problemas da população. A deputada admitiu ainda que tinha ficado desiludida com a resposta de Lionel Leong, quando o secretário afirmou que as soluções para o controlo dos preços das habitações passavam pelo aumento da oferta: “Fiquei surpreendida quando o secretário Lionel Leong disse que não tinha medidas para o mercado do imobiliário. Espero que o Governo implemente as políticas necessárias para combater o aumento dos preços”, disse Agnes Lam, ao HM. “Agora, é uma das minhas prioridades. Os cidadãos não querem falar de outros problemas sem verem este resolvido”, admitiu a legisladora.

Habitação? Mais do mesmo

O economista José Isaac Duarte afirmou ontem ao HM que não espera que as políticas referidas em Pequim tenham um verdadeiro impacto no controlo dos preços do mercado. Para o economista, o Governo de Chui Sai On vai limitar-se a fazer o que tem feito até agora e que não tem resultado: “Vão fazer mais do mesmo, dentro daquilo que já não funcionou no passado. As medidas que foram sugeridas, o tipo de intervenções referidos nos órgãos de comunicação social, são mais do mesmo e não toca na questão essencial, que é a necessidade de mais oferta”, apontou.

19 Dez 2017

Coreia do Sul vence Torneio da Soberania

A Coreia do Sul conquistou o Torneio da Soberania, após vitória por 5-2, na final, diante Cantão. Macau terminou no sexto lugar e Portugal, representado pelo Sporting, ficou em terceiro

 

[dropcap style≠‘circle’]C[/dropcap]om uma vitória por 5-2 frente a Cantão, a selecção da Coreia do Sul conquistou ontem o Torneio da Soberania, para equipas de veteranos. O pódio ficou completo com Portugal, que derrotou Hong Kong por 2-1, num dia marcado pelas baixas temperaturas que se fizeram sentir no Canídromo.

Em relação à final, a formação de Gangdong entrou melhor no encontro e aos 10 minutos já se tinha colocado na frente do marcador. A vantagem durou pouco e passados cinco minutos, os coreanos empataram 1-1, tendo feito, ainda antes do intervalo, aos 35 minutos, o 2-1.

Já na segunda parte, a Coreia do Sul continuou a acelerar e fez o 3-1, pouco minutos depois do recomeço. Nessa altura, começou a sentir-se uma equipa de Cantão mais cansada, tendo também o 4-1 chegado sem surpresas.

Até ao final, Cantão reduziu para 4-2, mas acabou por sofrer o 5-2 a dois minutos do fim do encontro.

Já o Sporting, em representação de Portugal, finalizou a competição no último lugar do pódio, com uma vitória por 2-1, frente a Hong Kong. No final, o capitão da equipa, Romeu Silva lamentou a derrota de Sábado frente à Coreia do Sul, por 1-0, que impediu a passagem à final.

“Queríamos participar com espírito de competição e com fair-play, mas tudo é mais bonito quando se ganha. Nós gostamos de competir, brincar de forma séria, mas gostamos muito mais de ganhar. Infelizmente sofremos um dissabor”, disse Romeu Silva, capitão do Sporting, ao Hoje Macau.

“A Coreia do Sul era a equipa mais forte, tem demonstrado ao longo dos anos com as participações neste torneio ser uma equipa muito competitiva, com outro valor em relação às outras selecções. Ombreámos com a mesma valia que eles e o resultado foi uma lotaria e nesta lotaria só ganhou um”, acrescentou.

Romeu Silva deixou ainda o desejo da equipa do Sporting de Portugal regressar a Macau no próximo ano, se a equipa for convidada por parte da organização: “Sinceramente, para nós é muito agradável estarmos presentes e gostaríamos de voltar no próximo ano, se for essa a vontade da organização. Queremos ganhar”, admitiu.

 

Balanço positivo

Por sua vez, Francisco Manhão, fundador e antigo presidente da Associação de Veteranos de Futebol de Macau, fez um balanço positivo da competição.

“É um balanço muito positivo porque os jogos realizados mostraram um nível muito equilibrado. Antigamente havia um desnivelamento entre as equipas, mas os resultados mostram que houve uma boa preparação para este torneio. Não podia ser melhor”, afirmou Francisco Manhão, ao HM.

Em relação à edição do próximo ano, Manhão explicou que ainda não está nada decidido: “Há equipas garantidas como Macau, Taipé Chinês, Hong Kong e Interior da China. São equipas com lugares cativos, sem elas não fazia muito sentido fazer o Torneio da Soberania. Mas fazemos sempre questão de ter uma equipa portuguesa. Ainda vamos pensar como vai ser para o ano”, explicou.

18 Dez 2017

Imobiliário | Dois terrenos na Taipa vendidos por 3,51 mil milhões

Começou a corrida ao ouro. Empresa controlada pelo empresário William Kuan fecha negócio com valor recorde, em que cada metro quadrado custou 627,1 mil dólares de Hong Kong. Criação da Grande Baía e entrada de capital do Interior da China em Macau apontadas como as razões do recorde

 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Companhia de Fomento Predial San Kin Tai, detida a 40 por cento por William Kuan, vendeu dois terrenos na Taipa pelo preço recorde de 3,51 mil milhões de dólares de Hong Kong. A informação foi confirmada pela representação de Macau da Jones Lang La Salle (JLL), intermediária no negócio, que fala numa nova fase no mercado, com a entrada de capital do Interior da China motivado pela criação da Grande Baía.

Os dois terrenos ficam na Taipa, na Avenida Dr. Sun Yat-Sen, e estão identificados como Lote TN20 e Lote TN24. O primeiro tem uma área de 2.323 metros quadrados e o segundo 3.274 metros quadrados, o que dá um total de 5.597 metros quadrados. Por cada metro quadrado, a empresa do Interior da China pagou 627,1 mil dólares de Hong Kong. 

“No passado a maioria dos terrenos foi desenvolvida por construtores locais. Agora, com a conclusão de infra-estruturas como a Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, a extensão férrea entre Guangzhou e Zhuhai e a criação da Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau, os construtores da China começam a procurar oportunidades na região”, afirmou Gregory Ku, director-geral da JLL Macau, em comunicado.

O grupo Jiayuan vai concluir o negócio através da representação em Macau, a empresa Xiangyuan, criada em Agosto deste ano, que tem como principal sector de operações o imobiliário.

Oportunidades de Grande Baía

“O Grupo acredita que a aquisição representa uma excelente oportunidade de investimento para a entrada no mercado do imobiliário de Macau e para melhorar a influência da marca na Zona Metropolitana do Delta do Rio das Pérolas”, explicou a Jiayuan, num comunicado enviado à bolsa de Hong Kong, em Setembro, quando foi concluído o princípio de acordo para este negócio.

“A recente recuperação da indústria do jogo de Macau é um factor favorável no curto e médio prazo. Com o apoio do Governo Central e sob a política ‘Uma Faixa, Uma Rota, o Grupo acredita que a economia de Macau vai ser injectada com uma nova dinâmica, à medida que os mercados chinês e de Macau se integram”, foi justificado.

A empresa aponta também para uma corrida ao imobiliário nos próximos anos, motivada pela entrada no mercado de mais “investidores do Interior da China e do exterior”.

A empresa vendedora, a Companhia de Fomento Predial San Kin Tai, é controlada a 40 por cento pelo empresário William Kuan e ex-candidato derrotado à Assembleia Legislativa, pela lista de Angela Leong. Segundo o registo comercial da empresa, em 1999, a San Kin Tai tinha como proprietários os empresários Luo Zhihai, como sócio-gerente, e Liu Sjing, como sócio. Além disso, num comunicado em Boletim Oficial de 2001, Chen Wei e Tang Baoqin apareciam como directores da empresa.

Devido a acordos assinados previamente, a empresa vai ter de ceder uma área de 1.771 metros quadrados ao Governo da RAEM naquela zona para a construção de instalações públicas. No entanto, em troca, vai receber uma concessão, no mesmo terreno, que lhe permite construir em altura uma área bruta de 60.969 metros quadrados de fracções residenciais, comerciais e parques de estacionamento.

18 Dez 2017

ANIMA tem 371 pessoas à espera de adoptar um galgo no Canídromo

Associação de protecção dos animais com lista de espera para receber galgos, mas Albano Martins queixa-se que Canídromo não quer entregar os animais. No Interior da China um galgo pode ser vendido por preços até às 4 mil patacas

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] ANIMA tem 317 pessoas em lista de espera para adoptarem galgos do Canídromo de Macau. Contudo, a associação não consegue começar já a enviar os animais porque a empresa responsável pelo espaço, ligada à deputada Angela Leong, não quer disponibilizar os galgos para adopção. O cenário foi traçado, ontem, pelo presidente da associação de protecção dos animais, Albano Martins.

“Temos neste momento uma lista com 317 pessoas de 14 países e regiões que estão preparadas para adoptar os cães.”, afirmou Albano Martins. “Temos 37 organizações a dizerem-nos que aceitam os cães, que fazem campanha connosco para encontrar uma casa para os animais e que podem doar-nos dinheiro para ajudar. Mas ainda não aceitámos o dinheiro, porque não temos cães disponíveis”, acrescentou.

Albano Martins aproveitou para clarificar que neste momento a maior dificuldade passa pelo facto do Canídromo não estar interessado em que os galgos sejam entregues para adopção. De acordo com os números apresentados pela ANIMA, desde 1963 até hoje o Canídromo apenas cedeu oito galgos para adopção.

Ainda segundo explicou o presidente da ANIMA, há urgência na entrega dos galgos porque o processo de adopção leva algum tempo. Por exemplo, se os cães forem adoptados por pessoas fora de Macau, é preciso realizar exames aos sangue dos animais três meses antes do transporte. A maioria dos interessados na adopção são fora de Macau, de países como Inglaterra, França, Itália, Hong Kong, entre outros.

Actualmente existem no Canídromo 605 galgos, dos quais 539 estão em condições de correr e 66 inactivos, que podem ser adoptados. Os 605 animais estão distribuídos por 44 donos.

“Não conseguimos começar a campanha para encontrar mais donos e não queremos já receber os fundos das outras associações porque não temos cães para entregar”, explicou Albano.

Governo sem resposta

Para salvar o maior número de galgos, a ANIMA fez dois pedidos ao Governo, para que pressione o Canídromo a disponibilizar os cães para adopção e que deixa a associação gerir o espaço durante um ano, enquanto encontra um lar para todos os galgos.

Até ao momento, as várias cartas enviadas ao Chefe do Executivo e ao secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, ficaram sem qualquer resposta.

Por essa razão a ANIMA está a preparar-se para ter de encontrar um espaço para os animais, na iminência de não ser autorizada a gerir o Canídromo: “Estamos a preparar-nos para o pior cenário e estamos à procura de uma unidade industrial para colocar os galgos, enquanto procuramos uma solução”, revelou.

“A deputada Angela Leong criou uma associação de protecção dos animais, mas tememos que seja apenas uma associação fachada para levar os galgos para o Interior da China”, afirmou também Albano Martins.

No Interior da China os galgos podem ser vendidos por valores que chegam às 3 mil e 4 mil patacas, onde são utilizados para corridas legais, mas que acabam por promover apostas ilegais. Por esse motivo, a ANIMA enviou uma carta ao Gabinete de Ligação.

“Vender os galgos para o Interior da China é capaz de ser a solução mais fácil para o Canídromo. Mas os cães só podem ser exportados com a autorização do Governo. Se não conseguirmos que o Governo previna a exportação, esperamos que no Interior da China não autorizem a importação”, apontou Albano Martins.

15 Dez 2017

Karting | Piloto de Macau correu na semana passada com costela fracturada

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] local João Afonso falha a corrida de karting de Domingo, que celebra a criação da RAEM, porque fracturou uma costela no fim-de-semana passado, também num prova. O piloto só deve voltar às pistas em Março.

O piloto João Afonso vai falhar a prova de karting que celebra a criação da RAEM, agendada para domingo, após se ter lesionado no fim-de-semana passado, com uma fractura numa costela. O incidente decorreu no Sábado, mas o piloto só foi diagnosticado no dia seguinte, após ter conquistado o 11.º lugar na Taça de Macau.

“Não vou participar [na corrida]. No fim-de-semana passado tive um acidente numa prova, ainda no sábado, aleijei-me e não estou recuperado para poder correr já este fim-de-semana”, disse João Afonso, ao HM.

“Lesionei-me durante na corrida da pré-final [apuramento para a final], quando na última curva da última volta um piloto veio contra mim e o karting dele subiu o meu e acertou-me. Fiquei com uma costela fractura e agora não posso correr”, acrescentou.

Na semana passada o piloto tinha participado nas corridas da Taça de Macau e na classe X30 SR, a última prova a contar para o Campeonato Asiático da modalidade. O acidente ocorreu no sábado, mesmo assim, no Domingo, João Afonso alcançou um 7.º lugar no Asiático e um 11.º posto na Taça de Macau, após ter arrancado do 22.º lugar.

Na altura, João Afonso não mencionou as lesões, até porque não pensava que se tratava de algo tão sério: “Eu no Domingo já me estava a sentir mal. Logo na primeira corrida depois de 15 voltas já não estava muito bem e isso afectou a minha performance”, explicou.

“Depois corri na prova da Taça de Macau, já com muitas dores. Eu na altura não me tinha apercebido que era tão grave. É verdade que no Sábado à noite já me tinha sentido mal, mas só no Domingo é que me apercebi que era mais grave do que estava à espera”, frisou.

Recuperação até Março

João Afonso entra agora num período de recuperação, apontando para um regresso à competição apenas em Março do próximo ano. O mais importante por agora, diz, é assegurar que recupera e descansa o suficiente para evitar possíveis complicações.

“Vou esperar para recuperar bem e pensar no próximo ano. É chato mas temos de aceitar a realidade, se não estou apto para correr também não vou forçar. Vou recuperar com calma”, justificou.

“Só devo voltar a competir em Março. Não vale a pena estar a esforçar-me porque como se viu no Domingo passado, os resultados também não foram nada de especial. Agora é esperar”, apontou.

15 Dez 2017