Hoje Macau China / ÁsiaChina | Julgamentos em directo pela internet [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China vai transmitir pela Internet vários julgamentos, desde divórcios a casos de assassinato, uma medida que pretende aumentar a transparência judicial. Segundo a BBC, o site permite que os utilizadores acedam ao mapa da China e seleccionem a província onde o julgamento que pretendem assistir está a ocorrer. O público pode assistir a algumas sessões ao vivo, enquanto que outras são gravadas. Após escolher um julgamento, o utilizador terá uma visão geral de cada uma das sessões – a perspectiva da defesa, juízes e advogados. “Os julgamentos ao vivo serão utilizados para cobrir vários casos e salvaguardar melhor os direitos do povo de saber e supervisionar”, disse Zhou Qiang, chefe do Supremo Tribunal Popular da China, citado pela agência de notícias Xinhua. De acordo com Zhou Qiang, esta iniciativa irá melhorar o processo de julgamento, garantindo imparcialidade e justiça. No entanto, alguns julgamentos de casos políticos e polémicos continuarão a ser realizados em privado. A advogada Lu Miaoqin é uma das apoiantes da transmissão ao vivo de julgamentos porque “faz com que os advogados sejam mais profissionais”. Outros advogados são mais cautelosos, como é o caso de Liang Xiaojun, que não considera que a iniciativa seja “apropriada”, visto que “muitas das pessoas envolvidas nesses casos provavelmente não querem partilhar as suas informações pessoais com o público”. O advogado Zhang Yangfeng diz que a transmissão ao vivo de julgamentos é “uma forma de garantir que a Justiça não seja corrupta e de prevenir qualquer manipulação” mas, por outro lado, “pode usurpar a privacidade das pessoas”. A província de Jiangsu e a província de Cantão são pioneiras desta iniciativa – já o Tibete, Xinjiang e outras áreas mais remotas ainda não transmitem sessões ao vivo.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Tailândia deporta activista Joshua Wong [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] activista de Hong Kong, que liderou os protestos de 2014, Joshua Wong foi deportado ontem da Tailândia, horas depois de ter sido detido à sua chegada a Banguecoque, anunciou o seu partido político, Demosisto. Wong, de 19 anos, um dos rostos do ‘movimento dos guarda-chuvas’, foi detido no aeroporto de Suvarnabhumi, em Banguecoque, na terça-feira à noite, informou o Demosisto em comunicado, citando o activista tailandês Netiwit Chotipatpaisal, que se ia encontrar com o jovem de Hong Kong no aeroporto. O líder pró-democracia, que devia dar na quinta-feira uma conferência numa universidade de Banguecoque, partiu num voo com destino a Hong Kong, referiu o partido. Netiwit Chotipatpaisal acusou as autoridades tailandesas de terem actuado a pedido do Governo chinês. Antes da libertação do activista, o Demosisto condenou “veementemente o Governo tailandês por limitar de forma irrazoável a liberdade e o direito de Wong de entrar” na Tailândia. Fontes da polícia de imigração afirmaram para a emissora “Voice TV” que Wong foi indiciado sob acusações de ameaça à segurança do Estado De acordo com a sua página de Facebook, Netiwit deslocou-se ao aeroporto na terça-feira à noite para se encontrar com Wong, mas após esperar várias horas um funcionário da companhia aérea disse-lhe que o jovem activista tinha sido detido. “Perguntámos depois à polícia turística, que nos disse que ele estava detido na imigração e que não podíamos contactar com o Joshua”, escreveu. Já em Hong Kong Joshua Wong disse ontem, à chegada à ex-colónia britânica ,que esteve detido 12 horas no aeroporto em Banguecoque sem nenhuma explicação oficial. Wong, aterrou ontem em Hong Kong às 15:30 locais, disse que à sua chegada esperavam-no cerca de duas dezenas de polícias e agentes de imigração. “Mandaram-me para uma das esquadras de polícia do aeroporto e obrigaram-me a estar dentro da prisão durante 12 horas”, disse Wong. “Quando perguntei o motivo da minha detenção disseram-me que não tinham de me dar explicações”, acrescentou. “Pedi para contactar um advogado na Tailândia ou a minha família para lhes dizer que tinha chegado, mas continuaram a negar os meus pedidos”, adiantou. Activistas pró-democracia de Hong Kong concentraram-se ontem em frente do consulado da Tailândia na cidade em protesto pela detenção em Banguecoque de Joshua Wong. Os manifestantes pediram às autoridades tailandesas para libertarem Wong – que entretanto já foi deportado -, assim como explicações pela actuação das autoridades de Banguecoque. A segunda vez Wong foi um dos três líderes estudantis condenados em Agosto por tentarem entrar no complexo governamental de Hong Kong em 2014, um evento que precedeu os protestos pró-democracia que paralisaram a cidade por mais de dois meses. Em 2016, co-fundou o Demosisto, um partido que apela a um referendo sobre o futuro de Hong Kong, incluindo a opção de independência. Nathan Law, colega de Wong no Demosisto, tornou-se no mês passado o mais jovem deputado de Hong Kong, aos 23 anos. Wong planeava discursar num evento na quinta-feira em Banguecoque, assinalando o 40.º aniversário de um massacre de estudantes pró-democracia por forças de seguranças e milícias leais à família real tailandesa. No dia 6 de Outubro de 1976, mais de uma centena de estudantes foram mortos por grupos paramilitares ultra-monárquicos e de extrema-direita dias após um protesto contra o retorno ao país de dois ditadores derrubados três anos antes. Os estudantes ficaram presos no campus da universidade antes dele ser invadido pelos ultras, que mataram dezenas e feriram centenas, o que levou muitos outros a juntar-se aos guerrilheiros comunistas ou fugir para o exílio. A detenção de Wong foi criticada por organizações como Human Rights Watch, que através de seu subdiretor para a Ásia, Phil Robertson, recriminou a Tailândia pela sua vontade de ceder perante China. “Wong deve ser libertado imediatamente e deve ser autorizado a viajar e exercer o seu direito à liberdade de expressão”, disse Robertson em comunicado. Wong foi deportado em Maio de 2015 da Malásia, depois das autoridades locais terem impedido a sua entrada no país para participar de vários fóruns sobre o movimento pró-democrático de Hong Kong e o massacre de Praça Tiananmen. “Foi a pedido da China” O vice-comandante da polícia tailandesa no aeroporto Suvarnabhumi disse ao jornal local The Nation que Joshua Wong foi detido e impedido de entrar no país “a pedido da China”. O coronel Pruthipong Prayoonsiri, disse que a China enviou um pedido ao governo tailandês solicitando cooperação, no sentido de ser negada a Wong a entrada no reino. “Na sequência deste pedido, o Depoartamento de Imigração colocou o seu nome numa lista negra e prendeu-o para o deportar. Quando foi informado do facto, Joshua Wong não demonstrou qualquer oposição”, concluiu.
Hoje Macau Manchete SociedadeONU elege hoje Guterres secretário-geral por aclamação [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] presidente do Conselho de Segurança da ONU disse aos jornalistas, no final da sexta votação do Conselho de Segurança para secretário-geral, que o organismo vai recomendar “por aclamação” o nome de António Guterres, hoje, quinta-feira, pelas 10 horas da manhã, hora de Nova Iorque. “Hoje, depois da nossa sexta votação, temos um favorito claro e o seu nome é António Guterres. Decidimos avançar para um voto formal amanhã de manhã [quinta-feira] e esperamos fazê-lo por aclamação”, disse aos jornalistas Vitaly Churkin, o representante da Rússia. Depois de uma hora e meia de encontro, pela primeira vez na história da organização os 15 embaixadores dos países com assento no Conselho de Segurança vieram falar aos jornalistas para anunciar o nome do português. “Senhoras e senhores, estão a testemunhar uma cena histórica. Nunca foi feito desta forma. Este foi um processo de selecção muito importante”, disse o embaixador russo. Momentos depois, a embaixadora dos Estados Unidos junto da ONU disse que os 15 países membros do Conselho de Segurança decidiram unir-se em volta de António Guterres devido às provas que deu na sua carreira e durante a campanha. “As pessoas queriam unir-se em volta de uma pessoa que impressionou ao longo de todo o processo e impressionou a vários níveis de serviço”, disse Samantha Powell aos jornalistas. António Guterres ficou à frente desta última votação com 13 “encoraja” e não recolheu nenhum veto. Depois de cinco votações em que os votos dos 15 membros eram indiscriminados, os votos dos membros permanentes (China, Rússia, França, Reino Unido e Estados Unidos) foram destacados pela primeira vez, sendo assim possível perceber se havia algum veto. António Guterres venceu as cinco primeiras votações para o cargo, que aconteceram a 21 de Julho, 5 de agosto, 29 de agosto, 9 de Setembro e 26 de Setembro. Depois de a resolução ser aprovada na quinta-feira pelo Conselho de Segurança, o nome de Guterres segue para aprovação na Assembleia Geral da ONU. O novo secretário-geral da organização substitui Ban Ki-moon e entra em funções a 1 de Janeiro de 2017. Costa orgulhoso e satisfeito Em Portugal, o primeiro-ministro, António Costa, disse ontem, a propósito do aval dado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas à candidatura de António Guterres a secretário-geral, que “tudo indica que a pessoa certa” vai estar “no lugar certo”. Questionado pelos jornalistas sobre qual a sua reacção a esta aprovação, o governante disse: “Como português, [reajo] com um enorme orgulho, e como cidadão do mundo, com uma enorme satisfação, porque tudo indica que vamos ter a pessoa certa no lugar certo”. “Acho que à sexta votação já ninguém tem dúvidas que a pessoa melhor colocada para exercer funções de secretário-geral das Nações Unidas é o engenheiro António Guterres”, salientou. Parabéns dos rivais A búlgara Kristalina Georgieva, que já deu os parabéns a António Guterres e desejou-lhe “as maiores felicidades” e “toda a sorte no cumprimento da agenda ambiciosa das Nações Unidas”, recebeu oito votos negativos (dos quais dois de membros permanentes), cinco votos a favor (dois também de membros permanentes) e dois neutros (entre os quais o quinto membro permanente do Conselho de Segurança), indica a France Press. Outra candidata, a neo-zelandesa Helen Clark, também já saudou António Guterres, lembrando que ambos coincidiram nos cargos de primeiro-ministro e na liderança de agências da ONU. Irina Bukova também deu os parabéns a Guterres, mostrando-se convicta de que ele será “um excelente novo secretário-geral da ONU”.
Hoje Macau BrevesSónia Chan admitiu novo aumento salarial na Função Pública A Secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan, confirmou, segundo o Jornal do Cidadão, que “existe a possibilidade” dos funcionários públicos virem a ser contemplados com novo aumento salarial no próximo ano. O anúncio poderá ser feito em Novembro, data em que o Chefe do Executivo irá à Assembleia Legislativa apresentar as Linhas de Acção Governativa.
Hoje Macau Manchete PolíticaFórum Macau | Confirmada vinda de Li Keqiang O Primeiro-Ministro chinês chega à RAEM na próxima semana, por ocasião do Fórum Macau. Aquele que será o quinto encontro entre participantes do Fórum reúne diversos dirigentes, onde se destaca o Primeiro-Ministro português [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Primeiro-Ministro chinês, Li Keqiang, participará este mês na Conferência Ministerial do Fórum Macau, noticiou a agência oficial Xinhua. Também o Governo, através de um comunicado, informa que Li Keqiang estará na RAEM entre 10 e 12 de Outubro, para visitar o território “e participar na cerimónia de abertura da 5.ª Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa”. O Governo diz querer aproveitar esta oportunidade para consolidar e reforçar “ainda mais” o papel que Pequim atribuiu à RAEM em 2003, de ser uma ponte de ligação entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Nesse ano, Pequim criou o Fórum Macau, que tem um secretariado permanente e reúne a nível ministerial a cada três anos. Na semana passada, o Primeiro-Ministro chinês, numa visita aos Açores, enalteceu o aprofundamento das relações entre a China e Portugal e os “excelentes resultados” da cooperação entre as empresas dos dois países em terceiros mercados, nomeadamente na América Latina. Citado pela agência oficial Xinhua, o responsável do Governo Central elogiou os “resultados profícuos da cooperação pragmática entre os dois países em diversos sectores”, afirmando que espera que os dois lados continuem a colaborar em áreas como a Energia, Finanças e Oceano. O Executivo local frisa que é “com enorme prazer” que recebe o também membro do Politburo do Partido Comunista Chinês, numa visita que associa a um “sinal da grande atenção do Governo Central” ao território. Fórum de todos A 5ª Conferência Ministerial do Fórum Macau contará com a presença de vários dirigentes, incluindo António Costa, Primeiro-Ministro português. Participam ainda José Ulisses Correia e Silva, Primeiro-Ministro de Cabo Verde, Baciro Djá, Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau, Carlos Agostinho do Rosário, Primeiro-Ministro de Moçambique, e Abrahão Gourgel, Ministro da Economia de Angola. Do Brasil chega Marcos Pereira, Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, sendo que de Timor-Leste vem Estanislau Aleixo da Silva, coordenador dos Assuntos Económicos e Ministro da Agricultura e Pescas. Gao Hucheng, Ministro do Comércio da China, irá presidir à cerimónia de abertura da conferência, a realizar-se no dia 11 de Outubro, na parte da manhã. São Tomé e Príncipe é o único país lusófono que não integra o Fórum Macau, por manter relações diplomáticas com Taiwan. No sábado passado, o Chefe do Executivo, Chui Sai On, considerou “um grande acontecimento a nível nacional” a realização da conferência ministerial. A Conferência deste ano, onde “serão definidas as linhas, áreas e modalidades de cooperação entre a China e os países de Língua Portuguesa para o triénio 2017-2019″, tem como tema: “Rumo à consolidação das relações económicas e comerciais entre a China e os países de língua portuguesa: unir esforços para a cooperação, construir em conjunto a plataforma, partilhar os benefícios do desenvolvimento”. “Procurará explorar novas áreas para a cooperação económica e comercial (…), elevando o nível de cooperação e, simultaneamente, fortificando e dando continuidade ao processo de consolidação do papel de Macau como plataforma”, acrescenta um comunicado do Governo. A par da Conferência Ministerial, será ainda lançado o “projecto do complexo da plataforma de serviços para a cooperação comercial entre a China e os países de língua portuguesa”, a construir em Macau, e haverá uma “conferência de empresários e quadros da área financeira”. O Chefe do Executivo apelou aos “diversos sectores sociais” envolvidos na organização da conferência para redobrarem os “esforços na sua preparação, em prol do sucesso da reunião”, para consolidar e incrementar “ainda mais” o papel que Pequim atribuiu a Macau em 2003.
Hoje Macau SociedadeMiss Irão interrogada duas horas à chegada a Macau [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]pós recentes denúncias feitas por turistas referentes a descriminação aquando da sua chegada a Macau, é agora dado a conhecer mais um caso, desta feita protagonizado pela Miss Irão, Melika Razavi. Após ser galardoada nas Filipinas com o lugar de Miss Fitness no concurso Miss Global 2016, a beldade iraniana – que também é jogadora de póquer – foi sujeita a duas horas de interrogatório nos Serviços de Migração do Aeroporto Internacional de Macau, aquando da sua chegada ao território. A notícia, adiantada pelo jornal Macau Daily Times, dá a conhecer o caso de Melika Razavi, que terá sido levada por um agente dos Serviços de Migração após apresentar o passaporte de origem iraniana, tendo sido depois questionada acerca da sua visita à RAEM. A visada apresentou-se como jogadora de póquer visto estar na região para participar num torneio da modalidade. As autoridades solicitaram então que assinasse documentos que lhes permitissem inspecionar a bagagem que trazia e o telemóvel. “[O agente] deu-me um papel para assinar para que pudesse revistar as malas e depois de o fazer deu-me outro papel para que autorizasse a inspecção do telemóvel”, explica Melika Razavi, citada na mesma publicação. Após o escrutínio dos objectos pessoais, foi pedido a Melika Razavi para apresentar um montante de cinco mil patacas. A beleza iraniana afirmou que nunca lhe tinha sido solicitado dinheiro anteriormente para entrar em Macau e que esta era a primeira vez que assistia a este tipo de requerimento para poder entrar numa região. “Mostrei-lhes quatro cartões de crédito e perguntei se podia levantar dinheiro ao que me responderam que não”, afirma. Entretanto, foi informada de que lhe tinha sido recusada a entrada na RAEM e que seria deportada para as Filipinas por não trazer consigo patacas ou dólares de Hong Kong. “Como não sou das Filipinas, nada daquilo fazia sequer sentido para mim”, explica Melika Razavi. Após ter sido informada que iria de volta para as Filipinas, país para onde não mais tinha visto de entrada, a modelo e jogadora contou às autoridades que era a Miss Irão e mostrou alguns vídeos que o confirmaram. No entanto, só foi autorizada a entrar na RAEM após a visualização de imagens que a tinham a fazer truques de magia em frente ao boxer filipino Manny Pacquiao. Foi-lhe então concedido um visto de dez dias. De acordo com o Daily Times, os Serviços de Migração classificam este tipo de inspecções como “parte das formalidades”, sendo que para a lesada este foi um caso em que o que esteve em causa foi a nacionalidade. “Sinto como se fizesse parte do ISIS, quando aqui vim por uma boa causa”, refere Melika Razavi. A jogadora tinha feito saber no concurso em que participara que é seu hábito doar parte dos lucros de jogo a instituições de caridade e que era sua intenção em Macau fazer o mesmo tendo como destinatárias entidades locais.
Hoje Macau SociedadeReceitas de jogo aumentam em Setembro [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s receitas brutas dos casinos aumentaram 7,4% em Setembro, relativamente ao mesmo mês de 2015, sendo esta a segunda subida consecutiva após mais de dois anos de contracção. O mês passado, os casinos facturaram 18.396 milhões de patacas, segundo dados revelados no sábado pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ). As receitas dos casinos caíram consecutivamente, em termos homólogos, entre Junho de 2014 e Julho deste ano, tendo recuperado em Agosto, quando aumentaram 1,1%. Segundo os dados conhecidos esta semana, as receitas brutas acumuladas entre Janeiro e 30 de Setembro ascendem a 162.792 milhões de patacas, menos 7,5% do que nos mesmos meses de 2015. Em 2015, o PIB caiu 20,3% e no primeiro semestre deste ano a contracção homóloga foi 10,3%. Analistas ouvidos pela agência Lusa no início de Setembro consideram precoce falar numa reversão da tendência de contracção verificada nos últimos dois anos e alguns deles associaram o resultado de Agosto, pelo menos parcialmente, à abertura de um novo casino (o Wynn Palace). Assim, entre estes analistas, havia já uma expectativa de que o crescimento se mantivesse em Setembro, com a abertura no dia 13 de um novo espaço de jogo (o Parisian, da Sands China).
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan vai enviar delegação para cimeira climática apesar da oposição da China [dropcap style≠’circle’]T[/dropcap]aiwan vai enviar uma delegação para a 22.ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Novembro, em Marrocos, informou ontem o Ministério de Negócios Estrangeiros, citado pela agência de notícias Efe. Depois de ter sido excluída da reunião trienal da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) celebrada em Montreal (Canadá), Taiwan vai enviar uma delegação sob a bandeira do Instituto de Investigação em Tecnologia Industrial (IITI), como organização não-governamental, informaram as autoridades diplomáticas da ilha Formosa. A COP22 terá lugar em Marraquexe, entre 7 e 18 de Novembro, e a representação não oficial de Taiwan já tinha sido excluída de participar em actividades complementares da conferência, devido à pressão da China, disseram funcionários sob anonimato. Taiwan pretende participar como observador no encontro, mas devido à oposição da China e à deterioração das relações com Pequim desde a tomada de posse da actual presidente, Tsai Ing-wen, do Partido Democrata Progresista (PDP), não avança no pedido de adesão, apesar do apoio dos Estados Unidos e de outros países. A ilha Formosa foi excluída da reunião da OACI, celebrada entre 27 de Setembro e 7 de Outubro, devido à frontal oposição da China. Taiwan foi convidada para anterior reunião trienal da OACI, em 2013, quando as suas relações com Pequim eram melhores e o então presidente, Ma Ying-jeou, aceitava o “Consenso 1992”, ao abrigo do qual as duas partes reconhecem que existe apenas uma China, mas cada uma delas faz a sua interpretação desse princípio. Num evento académico realizado no sábado, a Presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen disse que a ilha não vai abandonar o objectivo de ampliar a sua presença internacional, apesar das dificuldades por parte da China.
Hoje Macau China / ÁsiaChefe do Executivo de Hong Kong apela à união com a China [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] chefe do Executivo de Hong Kong apelou à união sob o sistema político da cidade, durante um discurso para assinalar o Dia Nacional da China interrompido por protestos. CY Leung descreveu o sistema como o “mais benéfico e prático” para Hong Kong. Também encorajou os jovens de Hong Kong a visitarem a China, afirmando que há “profundos laços de sangue” entre os dois lados da fronteira. Deputados pró-democracia interromperam o discurso de CY Leung, gritando palavras de ordem a pedir a sua demissão, antes de serem retirados pelos seguranças. Entre os deputados que protestaram estava James To, do Partido Democrático, que disse que CY Leung “causou divisões na cidade e fez com que os residentes sintam que não podem continuar (com Leung no poder)”. Vários novos deputados que ganharam assento no Conselho Legislativo (LegCo) nas eleições de Setembro e que apelam à autodeterminação e mesmo independência de Hong Kong boicotaram o evento. Nathan Law, que aos 23 anos se tornou o mais jovem membro do LegCo, foi um dos ausentes. “Enquanto eles não reconhecerem que o estão a fazer é errado, não devemos ir e celebrar este tipo de data”, disse Law, apontando a Revolução Cultural e o caso dos desaparecimentos de cinco livreiros em Hong Kong no ano passado como algumas das violações de direitos humanos cometidas pela China. Desde as manifestações pró-democracia e ocupação das ruas em 2014 uma nova vaga de grupos designados ‘localists’ aumentou os pedidos de ruptura em relação à China. A jovem deputada Yau Wai-ching, do grupo Youngspiration, também não participou no evento. “Não é um dia nacional para os residentes de Hong Kong”, disse à AFP. Longas faixas vermelhas com mensagens a apelar à independência de Hong Kong foram penduradas em edifícios de várias universidades na cidade. Um grupo de manifestantes, liderado pelo deputado radical Leung Kwok-hung, conhecido como “Long Hair” (“Cabelo Comprido”), reuniu-se fora do centro de convenções onde decorriam as celebrações e pediu a libertação de presos políticos na China.
Hoje Macau China / ÁsiaHomem mais rico da China diz que imobiliário é a “maior bolha da História” [dropcap style=’circle’]W[/dropcap]ang Jianlin, o homem mais rico da China, disse na quarta-feira que o mercado imobiliário chinês é a “maior bolha da História”, numa altura em que os preços das habitações continuam a disparar nas principais cidades do país. Em entrevista à estação televisiva CNN, Wang lembrou que os preços do imobiliário continuam a subir nas grandes cidades chinesas, mas que estão em queda nas restantes, onde várias habitações continuam por vender. “Eu não vejo uma solução viável para este problema”, afirmou o fundador do grupo Wanda, que começou por se impor no sector imobiliário, mas que nos últimos anos passou a investir também no cinema e no turismo. “O Governo adoptou todo o tipo de medidas, mas nenhuma funcionou”, disse. O imobiliário é um sector chave para a economia chinesa, a segunda maior do mundo e o principal motor da recuperação global, mas que no último ano cresceu ao ritmo mais lento do último quarto de século. Segundo um relatório difundido este mês pelo Bank for International Settlements (BIS), entre Janeiro e Março, o desvio do rácio entre o crédito e o Produto Interno Bruto (PIB) do país atingiu 30,1%, o nível mais alto de sempre e bem acima dos 10%, o patamar que “acarreta riscos para o sistema bancário”. O BIS alertou para os riscos iminentes no sistema bancário chinês, nos próximos três anos. A dívida da China tem aumentado à medida que Pequim tornou o crédito mais barato e acessível, num esforço para incentivar o crescimento económico. Analistas chineses e estrangeiros alertam, no entanto, que o rápido aumento da dívida e do crédito mal parado poderá resultar numa crise financeira. Wang disse não estar preocupado com um súbito abrandamento da economia chinesa, afirmando que “o problema é que a actividade económica ainda não recuperou”. “Se retirarmos os estímulos muito rápido, a economia deverá ressentir-se. Por isso, temos de esperar até que a actividade económica recupere. Só então podemos reduzir os estímulos e a dívida”, disse. O grupo Wanda está a negociar a compra da produtora Dick Clark Productions, a empresa que organiza os Globos de Ouro nos EUA, segundo um comunicado difundido pela empresa esta semana. O Wanda detém já a empresa norte-americana AMC Entertainment, proprietária da segunda maior cadeia de cinemas dos Estados Unidos. No início do ano, anunciou a compra da Legendary Entertainment, produtora de filmes como “Jurassic World” e “Godzilla”, por 3.500 milhões de dólares.
Hoje Macau PolíticaReceitas do Governo diminuem mas saldo mantém-se no verde [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s receitas da Administração caíram 12,9% nos primeiros oito meses de 2016, mas as contas públicas continuam a apresentar um saldo positivo equivalente a mais de 17 mil milhões de patacas. De acordo com dados provisórios publicados no portal da Direcção dos Serviços de Finanças, a Administração arrecadou, até Agosto, receitas totais de 63.426 milhões de patacas. Os impostos directos sobre o jogo – 35% sobre as receitas brutas dos casinos – foram de 54.823 milhões de patacas, reflectindo uma diminuição de 11,8% face ao período homólogo de 2015. Na despesa verificou-se um aumento de 3,9% face aos primeiros oito meses de 2015, para 45.555 milhões de patacas – impulsionado por um crescimento de 4,7% nos gastos correntes –, com a taxa de execução a corresponder a 56,8% do orçamentado autorizado para 2016. Outro impulso deu também o PIDDA (Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração): foram gastos 2.490 milhões de patacas – mais 23,5% em termos anuais homólogos. Pese embora o aumento, o PIDDA encontra-se executado em apenas 22,5% face ao orçamentado para todo o ano. Assim, entre receitas e despesas, a Administração de Macau acumulou um saldo positivo de 17,8 milhões de patacas, excedendo largamente o previsto para todo o ano (3,46 milhões de patacas), com a taxa de execução a atingir 515,1% do orçamentado, isto apesar da almofada financeira ter emagrecido 38,4% face aos primeiros oito meses do ano passado. A Administração encerrou 2015 com receitas totais de 109.778 milhões de patacas, um valor inferior ao de 2014 que representou a primeira queda em pelo menos cinco anos.
Hoje Macau EventosIIM relança publicidade de livros sobre identidade de Macau [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]colecção de livros “Cidade Cristã”, lançada pelo Instituto Internacional de Macau (IIM), está a ser novamente divulgada pela instituição. O objectivo é divulgar a identidade de Macau com os três livros lançados em 2001 e que pretendem preservar a memória e a identidade do território sob três perspectivas diferentes: Macau de matriz portuguesa, Macau de referências ocidentais e Macau macaense. Rufino Ramos, director-geral do IIM, explica por que se decidiu recordar as obras: é que na altura que estes livros foram editados influenciaram o aparecimento de outras obras sobre Macau. “Havia muito pouca coisa sobre este assunto e as pessoas não tinham referências. Soube por exemplo de um livro de culinária lançado há pouco tempo por um luso descendente que tem por nome ‘Arroz Gordo’. Ora este é um prato típico de Macau. Quando as coisas são difundidas começam a dar mote para que mais coisas apareçam.” Os livros, que foram editados em 2001 durante o encontro das Comunidades Macaenses, são novamente motivo de conversa porque o IIM considera que nunca é demais divulgar a identidade e a importância da cultura de Macau. “O primeiro chama-se ‘Identidade Macaense’ e foi escrito pelo Coronel da Silva que foi funcionário dos correios e posso dizer que é um livro escrito com muito sentimento e que explica por palavras suas o que é ser macaense. É um conjunto de memórias que ficam registadas para o futuro.” “Macau somos nós”, o segundo exemplar, reúne dezenas de testemunhos de macaenses que estão fora. “São os macaenses da diáspora. A sua grande maioria está, ou esteve, no Brasil, alguns já voltaram e outros entretanto morreram, mas fica o seu relato. As aventuras que viveram nessas terras e as saudades que deixaram em Macau”, diz. Este volume tem também fotografias “preciosas” na opinião de Rufino Ramos, por se tratarem de “registos particulares de cenas antigas que de outra forma não teríamos acesso e ficariam esquecidas”. Finalmente o último livro da colecção, que foi escrito por Miguel de Senna Fernandes, numa parceria com o linguista australiano e actual director da Universidade de São José e cujo nome é “Maquista Chapado”. Nele se encontram referências ao patuá, já que contém “um glossário de termos de patuá e respectiva tradução para português e ainda uma lista de alcunhas antigas cuja explicação, nalguns casos, é muito engraçada”, frisa Rufino Ramos. Todos os livros foram editados em língua portuguesa mas no caso do terceiro exemplar existe também uma versão em inglês, que não é contudo da responsabilidade do IIM. Os livros podem ser encomendados no Instituto ou nas livrarias locais.
Hoje Macau SociedadeGoverno sem progressos face ao Túnel da Taipa [dropcap style=’circle’]”[/dropcap]Não há nenhum progresso.” Esta é a resposta do Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-Estruturas (GDI) quando questionado sobre os avanços na obra do Túnel da Taipa, cujo prazo de conclusão estava previsto para 2013. O plano para desobstruir as artérias daquela zona continua a não passar do papel, depois de em 2009 o Governo ter apresentado uma proposta para aliviar o trânsito na zona da Taipa. Foi em Junho, quando apresentadas as Linhas Gerais do Planeamento para a Reforma e Desenvolvimento da Região do Delta do Rio das Pérolas, que o Executivo disse estar a proceder ao estudo do plano de abertura de um túnel no morro da Taipa Grande, no sentido de “proporcionar aos condutores de veículos que circulam entre a Península de Macau e as Ilhas passagens rápidas e aliviar a pressão do trânsito nas rodovias junto ao aeroporto e da Vila da Taipa”. A conclusão da obra estava prevista para 2013, numa articulação com o Terminal Marítimo do Pac On, também ele fonte de sucessivos atrasos e que tem agora data de inauguração prevista para Fevereiro de 2017. Se as questões de trânsito já existiam em 2009, com o desenvolvimento urbano e o aumento do fluxo de pessoas no território as coisas pioraram, como têm vindo a defender deputados. Recentemente, Chan Meng Kam frisou que com a aproximação da data da inauguração do Terminal Marítimo receia que o grande volume de turistas que poderão aceder ao território e o consequente aumento de veículos seja “um grande desafio para aquela zona da Taipa”. Foi neste sentido que o mesmo deputado dirigiu uma interpelação escrita ao Executivo onde questiona, face à ausência de informação sobre a referida obra, se o Governo já considerou algum plano de substituição da infra-estrutura ou se, por outro lado, está a tomar medidas no que respeita à avaliação do trânsito do local. O deputado relembrava ainda que o Governo pretenderia com a criação do Túnel Rodoviário da Colina de Taipa Grande estabelecer uma interligação directa entre os acessos marítimos, como por exemplo a Ponte de Amizade e o Cotai. Contudo, respostas a perguntas como em que fase se encontra a obra, se há nova previsão para a sua conclusão e as razões que levam ao seu atraso ficam sem resposta, bem como se existe um plano paralelo de desobstrução do trânsito naquela zona da cidade ou algum plano de substituição para a referida obra.
Hoje Macau PolíticaPaus – “Mo People” “Mo People” Com a camisa aberta A vontade aperta People com people À volta da mesa A vazar garrafas Com a camisa aberta A vontade aperta People com people À volta da mesa Sem punhos nem facas Paus FÁBIO JEVELIM / HÉLIO MORAIS / JOAQUIM ALBERGARIA / MAKOTO YAGYU
Hoje Macau Manchete SociedadeAgências de Viagem | Lucros descem mais de 10% em 2015 Os lucros das agências de viagem baixaram mais de 10% em 2015, face ao ano anterior. Muito graças ao decréscimo na venda de bilhetes de transporte de passageiros e ao número de reservas de quartos, numa tendência que vem acentuar as preocupações já manifestadas no sector hoteleiro [dropcap style≠’circle’]J[/dropcap]á foi divulgado o inquérito anual da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) sobre as agências de viagens e os principais resultados apontam para um decréscimo das receitas na ordem dos 10,6%, em 2015. Ainda assim foram obtidos lucros no valor dos 6,50 milhões de patacas. As receitas de bilhetes de transporte de passageiros e das reservas de quartos contribuíram para a descida, já que registaram também diminuições de 17,9% e 31,6% respectivamente. As razões apontadas para este resultado prendem-se “ao facto da reserva electrónica de quartos de hotéis e de bilhetes de avião se ter gradualmente vulgarizado entre os residentes, pelo que as receitas deste ramo de actividade económica decresceram”, como informa o organismo. No sentido inverso, estão os números referente a excursões, que aumentaram 7,6% com lucros de 1,96 milhões. Com 250 agências de viagens a funcionar em pleno, mais 13 que em 2014, estavam registados 4545 trabalhadores, também mais que os do ano anterior. As receitas de agências consideradas de maior dimensão – as que contemplam mais de 50 empregados – foram obtidas maioritariamente de excursões e do aluguer de automóveis de turismo de motorista, tendo 723 milhões e 645 milhões de patacas de lucro, respectivamente, um crescimento de 20,1% e 8,6%. Ainda assim, em termos gerais, os lucros baixaram quase 5%. Para isto contribuíram o decréscimo nas reservas de quartos, que foi na ordem dos 30%, e da venda de bilhetes de transporte de passageiros, que caíram cerca de 20%. As receitas das agências de viagens de menor dimensão, que tinham menos de dez trabalhadores, provinham essencialmente dos bilhetes de transporte de passageiros (692 milhões de patacas, mais 26,5%, em relação ao ano 2014). Ainda assim as receitas baixaram porque as excursões e as reservas de quartos decresceram. As despesas das agências de viagens cifraram-se em 6,21 mil milhões de patacas, traduzindo uma diminuição de 9,5% em comparação com o ano 2014. A aquisição de bens e serviços também baixaram, mas já as despesas de exploração com o pessoal aumentaram 7,1% e 10,8%, respectivamente. O contributo deste sector para a economia foi de mil milhões de patacas, descendo 4% quando comparado a 2014. Ainda a semana passada, durante uma reunião do Conselho para o Desenvolvimento Turístico, alguns membros de associações ligadas ao sector manifestaram a sua preocupação relativamente à quebra dos lucros na indústria hoteleira. Com um aumento de 15% no número de camas em Macau, o número de visitantes não acompanhou essa subida. Para aumentar a competitividade os preços dos quartos baixaram e se a tendência se mantiver poderá causar uma crise no sector, alertaram. Também as receitas ligadas ao sector hoteleiro desceram mais de 40%, ao mesmo tempo que as do Jogo e ligadas a ele – como a restauração – diminuíram também no ano passado.
Hoje Macau PolíticaGoverno recusa dizer quanto pagou por parar obras em Mong Há [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, não divulga quanto é que o Governo pagou ao antigo empreiteiro da habitação pública e pavilhão de Mong Há porque os jornalistas “insistem em dizer que a compensação é indemnização, quando não é”. Depois de também o HM tentar, sem sucesso há mais de duas semanas, saber qual o montante, Raimundo do Rosário foi abordado por jornalistas à margem de um evento. “Se disser este valor, vocês tomam-no como indemnização. Não é. Este valor é o somatório de parcelas positivas e negativas, e no fim, pode ser positivo ou negativo. Depois, numa negociação temos sempre em conta questões que não são quantificáveis: quanto vale o empreiteiro abandonar o local e deixar-nos fazer o concurso e prosseguir com a obra? Quanto vale desistirem as duas partes das acções judiciais e ganharmos tempo com isso?”, explicou o Secretário. O projecto esteve parado desde 2012 e foi alvo de um processo judicial, tendo o litígio sido resolvido através de um acordo entre o Governo e o antigo empreiteiro da obra, numa rescisão do contrato. Apesar de não revelar o valor envolvido, Raimundo do Rosário explica o que pesou nas contas. “A legislação em vigor permite que, quando interrompemos uma obra, possamos pagar até 10 por cento pelos trabalhos que não foram executados. (…) Quando paramos uma obra, há trabalhos executados que ainda não foram pagos, há materiais que foram adquiridos e que não foram utilizados, e depois há coisas mais subjectivas como a desistência de qualquer acção judicial”, frisa a rádio. As obras vão agora ser levadas a cabo por outro empreiteiro.
Hoje Macau PolíticaDSEJ descarta problemas com política de exame unificado [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] directora dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) não está preocupada com um eventual impacto negativo que o exame unificado de acesso ao ensino superior possa ter em Macau. A prova só vai ser implementada no próximo ano lectivo, mas a comunidade escolar diz muitos alunos já acusam a pressão. Leong Lai desvaloriza. “Temos mantido um contacto estreito com o grupo de trabalho do exame unificado sobre as exigências e competências académicas básicas. Por isso, não estou muito preocupada com este ponto. Aliás, penso que é um trabalho que tem de ser feito. Pensemos bem, é mais fácil fazer uma vez o exame, digamos de Inglês, ou fazer quatro vezes quando se concorre a outras universidades? Temos de ver a questão neste sentido”, disse citada pela Rádio Macau. Apesar de o exame não estar a gerar consenso, Leong Lai demonstra confiança no grupo de preparação do exame unificado de acesso. “Este exame vai começar no próximo ano lectivo e há determinados trabalhos que têm de avançar senão ficamos parados. Muitas pessoas estão preocupadas com este exame, depois de uma análise ou de acompanhar o assunto [o grupo de preparação] vai ver como pode melhorar os trabalhos. Este é um problema que merece a atenção de todos, mas, pelo que sei, não vai exigir muito treino dos alunos.” A ideia é haver um exame único de acesso a quatro instituições de ensino, a saber a Universidade de Macau, a Universidade de Ciência e Tecnologia, o Instituto Politécnico de Macau e o Instituto de Formação Turística.
Hoje Macau BrevesAltura da Biblioteca Central motiva diferentes opiniões [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] futura Biblioteca Central de Macau voltou a ser o centro das atenções, desta feita devido à altura de 53 metros prevista para a construção do edifício. A questão foi levantada ontem na Reunião Plenária do Conselho Consultivo da Cultura, onde um dos membros sugeriu que, dada a localização da Biblioteca estar prevista para o edifício do antigo tribunal e ficar entre dois prédios mais altos, o Executivo poderia aproveitar para avançar em altura com este projecto. A justificação prende-se com o facto de Macau ter “um espaço limitado” e esta poder ser uma forma albergar outros serviços do Governo. A chefe do Departamento do Património Cultural do Instituto Cultural, Leong Wai Man, não deu uma resposta concreta, mas explicou que é preciso ter como “referência” indicações para a preservação do património cultural. Na Avenida da Praia Grande, apesar de já existirem prédios mais altos, o Governo não parece querer abrir um precedente e construir em altura. “Temos um estudo. Achamos que é a altura ideal para aquela zona”, completou Leong Wai Man, citada pela rádio.
Hoje Macau BrevesDSPA anuncia mais 50 postos de recolha de pilhas [dropcap style≠’circle’]R[/dropcap]aymond Tam, director dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), anunciou ontem que o Governo vai começar a instalar mais postos de recolha de pilhas em Macau: 50 novos postos vão ser colocados em diversos sítios, segundo o canal chinês da Rádio Macau. Tam referiu que o organismo iria cooperar com o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) e a CSR para escolher 50 pontos de resíduos para a instalação das caixas de recolha das pilhas. A CSR é a responsável pela modificação dos pontos de recolha de lixo. Está previsto que nos próximos meses poderão ser instalados mais meia centena destes locais, depois de ter sido noticiado que a DSPA tem apenas dois locais de recolha destes materiais. Raymond Tam também referiu ainda que a ideia é instalar mais destes postos em sítios “onde passam mais pessoas, como supermercados”, no futuro.
Hoje Macau China / ÁsiaRússia e China desafiam supremacia aérea militar dos EUA [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Rússia e a China estão a gastar elevados recursos financeiros na criação de novas tecnologias militares, desafiando os Estados Unidos e os seus aliados europeus no ar e estimulando uma corrida armamentista, escreve The Wall Street Journal. “O desafio mais actual para a Força Aérea dos EUA é o surgimento de forças adversárias iguais, com potencial militar desenvolvido e que não são inferiores às nossas capacidades”, disse o Chefe de Estado-Maior da Força Aérea dos Estados Unidos general David Goldfein. Nos próximos anos, Moscovo e Pequim podem obter novos modelos de tecnologia aeronáutica, bem como de defesas anti-aéreas, disse o jornal. A modernização é realizada num momento em que a Rússia e a China demonstram a sua força em pontos quentes do Médio Oriente e do mar do Sul da China, por isso os estrategistas militares ocidentais também começam a insistir activamente na construção da nova geração de aviões de combate. A Força Aérea dos EUA tem o caça F-35 e o caça-bombardeiro F-22, que também é capaz de recolher informações sobre o território do inimigo. No entanto, 76% dos aviões de combate dos EUA são aviões ultrapassados: o F-15 está activo na Força Aérea dos EUA desde 1975, o F-16 desde 1979 e o caça F/A-18 da Marinha dos EUA foi entregue pela primeira ao serviço em 1978. Estes aviões bastante velhos também formam a base da Força Aérea de muitos dos aliados dos EUA na Europa e na Ásia, acrescentou o WSJ. A Rússia planeia adoptar o seu próprio caça invisível T-50 em 2018, diz o artigo. A China, por sua vez, aposta há muito tempo em modelos russos, usando projectos antigos ou criando novos usando licenças, mas o país também tem novos projectos – o J-20 e o FC-31, que têm um aspecto semelhante aos F-22 e F-35 americanos. A comunidade militar dos EUA não está apenas preocupada com os meios aéreos da Rússia e da China, lê-se no artigo. Moscovo e Pequim estão a adoptar sistemas de mísseis anti-aéreos mais modernos, como o S-400, que é capaz de abater aviões inimigos a uma distância de 380 quilómetros, o que é duas vezes mais do que anteriormente. “São desafios muito sérios para a realização de quaisquer operações militares”, disse o tenente-general na reserva da Força Aérea dos EUA David Deptula.
Hoje Macau China / ÁsiaTAP vai ter quatro voos para a China antes do verão de 2017 [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s primeiros voos directos da TAP para a China podem acontecer antes do verão de 2017, avançou esta terça-feira um dos principais accionistas da TAP, David Neeleman, à margem da III Cimeira do Turismo que decorreu no Museu do Oriente, em Lisboa. “Inicialmente falámos com os nossos accionistas chineses, a HNA, na possibilidade de fazer dois voos, mas depois fomos à China e eles disseram que podíamos fazer quatro voos semanais e portanto vamos fazer quatro voos para Pequim já no ano que vem e acredito que seja possível antes do verão”, disse. Neeleman até comentou que, da próxima vez que for à China, ainda consegue chegar acordo para se fazerem não quatro, mas sim sete voos semanais para a China e comentou mesmo, referindo-se à HNA: “É bom ter um tio rico”. A HNA obteve autorização para lançar uma rota para Portugal no início de Junho deste ano e a concretizar-se como Neeleman e a TAP estão a planear será a primeira ligação aérea directa entre Portugal e a China. O problema pode mesmo ser o aeroporto de Lisboa que Neeleman diz ser cada vez mais pequeno para os objectivos de crescimento da empresa. “Nós precisamos de mais pistas, mais terminais. Há muita coisa que queríamos fazer, mas não podemos”, comentou. Para Neeleman, uma das soluções é mesmo o Portela+1, usando a base do Montijo que ficaria para as low cost como a Easy Jet ou a Ryan Air. O empresário acredita que estas duas empresas não teriam qualquer entrave em mudar a sua base de operações para lá, principalmente a Easy Jet que, assim, libertaria o Terminal 2 do aeroporto de Lisboa para a TAP e isso já permitiria à empresa crescer.
Hoje Macau EventosPrograma de apoio a designers de moda anuncia vencedores da primeira fase [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]na e Nair Cardoso e Nuno Lopes de Oliveira venceram a primeira fase do “Programa de Subsídios à Criação de Amostras de Design de Moda 2016”. Os designers locais passam, assim, a ter a possibilidade de ir mais além no programa, organizado pelo Instituto Cultural (IC). Os candidatos foram avaliados com base em vários critérios que passaram pela criatividade e originalidade, potencial de mercado, qualidade, viabilidade e grau de perfeição do plano de participação em exposições e desfiles da moda bem como a viabilidade do plano de marketing, entre outras. O júri – composto por cinco nomes todos ligados à indústria da moda – seleccionou 15 finalistas de uma lista de 24 candidatos. Ana e Nair Cardoso formam uma das equipas seleccionadas para passar à segunda fase, com a marca Anna Noir, com a qual concorreram pela segunda vez a este concurso. Apresentaram uma colecção cujo tema foi “amor incondicional” e foi com “muito entusiasmo” que souberam ter passado à fase seguinte. “Apresentámos 12 coordenados em catálogo e desses temos de preparar um para ser apresentado na fase seguinte”, disse Ana Cardoso ao HM. “Todos os prémios são bem-vindos e [este concurso] ajuda a impulsionar e a afirmar a marca no mercado.” Quanto à inspiração, a estilista explica. “Ambas fomos mães recentemente, ambas gostamos do que fazemos e foi uma maneira de mostrar o que sentimos. São vários amores incondicionais”, frisa, justificando o tema da colecção. Já Nuno Lopes de Oliveira admitiu ao HM que chegar a esta fase “significou muito”, uma vez que o estilista diz ter “muito mais para mostrar”, além de que o significado é ainda maior quando o prémio chega do lugar onde nasceu, frisa. “Este prémio encoraja designers como eu, que vivem fora de Macau, a regressarem.” O “Programa de Subsídios à Criação de Amostras e Design de Moda” existe desde 2013 e tem na sua génese a promoção do desenvolvimento da indústria da moda de Macau. Este ano recebeu mais de 40% de candidaturas provenientes da chamada nova geração de designers. Os nomes que passaram à segunda fase terão ainda de dar provas do seu trabalho. Assim, foram incumbidos da tarefa de “produzir um traje amostra com base no trabalho seleccionado, o qual deverá ser exibido por um modelo, com maquilhagem e penteado apropriados, de forma a realçar o efeito estilístico global”, diz um comunicado do IC. Segue-se depois uma entrevista com os jurados. Após a segunda análise, os candidatos seleccionados recebem, cada um, um subsídio no montante máximo de 11 mil patacas “como compensação para a execução e apresentação das amostras”. Já durante a “segunda análise serão escolhidos, no máximo, oito vencedores, os quais terão direito a um subsídio até um máximo de 160 mil patacas cada, para a execução de amostras e de materiais promocionais”. A segunda análise ainda não tem nem data nem local marcado.
Hoje Macau China / ÁsiaÓbito | Shimon Peres não resistiu a um AVC [dropcap style≠’circle’]J[/dropcap]á tinha sido internado durante o mês de Janeiro, devido a complicações cardíacas. Depois de ter implantado um cateter para alargar uma artéria, voltou a dar entrada no hospital com um episódio de arritmias. Ontem, o Prémio Nobel da Paz Shimon Peres não resistiu e morreu depois de sofrer um AVC. A notícia da morte do líder histórico foi avançada pelo médico. Apesar de ter nascido na actual Bielorrússia, é em Israel, para onde se mudou com apenas 11 anos, que Peres desenvolve o seu percurso político. Primeiro integra as fileiras do Haganah, que viria a tornar-se, aquando da formação do Estado Judeu em 1948, as Forças Armadas de Israel. Aos poucos foi desenvolvimento habilidade política e tornando-se numa peça chave nos corredores do governo, acabando por ser eleito pela primeira vez em 1959 para o Knesset, parlamento israelita. Shimon Peres esteve à frente de vários ministérios mas ambicionava comandar Israel. Candidatou-se cinco vezes às eleições legislativas, mas nunca conseguiu ser escolhido. Apesar de ter sido um perdedor neste capítulo, conseguiu atingir o cargo, mas sem ter sido eleito para o fazer. A primeira vez foi na década de 80, quando o seu partido se uniu ao rival histórico, o Likud. Em 1995 foi novamente chamado para ocupar o cargo maior, desta vez para substituir Itzhak Rabin, assassinado por um fanático. Incontornável foi a sua ambição de pacificar o território, marco que lhe valeu o Nobel da Paz dividido com outros dois protagonistas deste período: Ytzhak Rabin e Yasser Arafat, em 1994. Os acordos de Oslo assinados em 1993, entre Israel e o Líder da OLP Yasser Arafat são outro marco no seu percurso político, desta feita enquanto Ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo de Rabin. Neste documento, Israel comprometia-se a desocupar militarmente a faixa de gaza e a Cisjordânia além de reconhecer a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) como entidade administradora transitória dos territórios palestinos. Poderia ter sido o início de uma nova fase, mas as bases políticas nunca chegaram a ser consolidadas devido a grupos extremistas de ambos os lados que dificultaram o processo de pacificação. O ultimo cargo político que ocupou foi o de Presidente do Estado de Israel, entre 2007 e 2014. Depois disso dedicou-se ao Centro Peres pela Paz, fundado com o dinheiro do prémio Nobel da Paz, que promove a co-existência entre judeus e árabes. Shimon Peres gostava de dizer que o segredo da sua longevidade se devia a dois copos diários de um bom vinho, exercício físico e uma boa alimentação. O pacificador do Médio Oriente morreu ontem aos 93 anos. Em sete décadas de carreira, foi primeiro-ministro por duas vezes, ministro em 16 governos, deputado durante 48 anos e chefe de Estado ao longo de sete.
Hoje Macau SociedadeLui Che Woo confiante no mercado de massas [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]presidente da Galaxy Entertainment disse ontem que a era dos grandes apostadores na cidade passou, mas que tem “confiança absoluta” na evolução do mercado de massas. Lui Che Woo, de 87 anos, disse numa entrevista à agência AFP que vislumbra agora um crescimento estável para Macau, que viu as receitas dos casinos caírem de forma contínua ao longo de mais de dois anos, até Agosto último. Para o magnata de Hong Kong, o único caminho para seguir agora em Macau, após este ajustamento, é o do mercado de massas, por oposição ao do dos grandes apostadores, que ainda representam mais de metade das receitas dos casinos, mas cujo peso tem vindo a cair. “Estamos a seguir a direcção do mercado de massas, a nossa confiança nisto é absoluta”, afirmou à AFP. Segundo assegurou, tem havido um crescimento saudável no número de clientes da classe média nos casinos de Macau, apesar da desaceleração da economia da China, origem da esmagadora maioria dos apostadores. Apesar de confiante, Lui Che Woo duvida de um regresso aos níveis de receitas de há dois anos, dizendo não saber se o mercado de massas alguma vez crescerá a esse ponto. Sobre a renovação das concessões das licenças de jogo em Macau, entre 2020 e 2022, afirmou estar confiante em que serão renovadas, dado o compromisso das operadoras com a aposta no mercado de massas, como pedem as autoridades do território. Na próxima semana, será entregue pela primeira vez o Prémio Lui Che Woo, instituído no ano passado com um valor de cerca de cerca de 7,75 milhões de dólares norte-americanos para distinguir quem torna o mundo um sítio melhor e mais sustentável. Entre os vencedores deste ano estão o ex-presidente Jimmy Carter e a Organização Não-Governamental (ONG) Médicos Sem Fronteiras.