Hoje Macau China / Ásia MancheteCoreia do Norte | China pede contenção aos Estados Unidos [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Presidente Xi Jinping apelou a “contenção” sobre a questão norte-coreana durante uma conversa ao telefone com o homólogo norte-americano, Donald Trump. A troca de impressões, mantida ontem de manhã, acontece numa altura em que um contingente de navios militares, liderado pelo porta-aviões Carl Vinson, anda em águas asiáticas. O telefonema foi feito com uma preocupação crescente em mente: teme-se que Pyongyang leve a cabo outro ensaio nuclear ou um teste com mísseis para assinar o 85.o aniversário da fundação do Exército Popular Coreano. A efeméride assinala-se hoje. A China “espera que as partes envolvidas possam manter a contenção e evitar acções que possam aumentar a tensão na Península Coreana”, disse Xi Jinping, citado por um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros. “A única forma de concretizar a desnuclearização da Península Coreana e de resolver rapidamente o problema nuclear da Coreia do Norte é se cada parte envolvida cumprir totalmente os seus deveres”, continuou o Presidente chinês. Foi a segunda conversa ao telefone entre os dois líderes desde o encontro no resort de luxo de Donald Trump, na Florida, no início deste mês. A conversa tinha sido previamente marcada e, dizem as agências internacionais de notícias, partiu da iniciativa do Presidente dos Estados Unidos. O pedido de Pequim em relação à necessidade de moderação por parte de Washington surge depois de, no sábado passado, o vice-presidente norte-americano Mike Spence ter anunciado que o porta-aviões Carl Vinson iria chegar, “numa questão de dias”, ao Mar do Japão, perto da Península Coreana. No domingo, o Carl Vinson juntou-se a outros navios de guerra para exercícios militares conjuntos com o Japão, no Mar das Filipinas. Mike Pence aproveitou ainda para reiterar os pedidos feitos a Pequim – o único grande aliado e o maior parceiro comercial de Pyongyang” – para que utilize a sua “posição única” para obrigar o regime de Kim Jong-un a ceder nas suas pretensões nucleares. “São recebidos com muito agrado os passos que temos visto a China dar, passos sem precedentes em muitas formas, aumentando a pressão económica na Coreia do Norte”, afirmou ainda o vice-presidente. “Acreditamos que a China pode fazer mais”, acrescentou. Em Fevereiro, a China anunciou que ia suspender todas as importações de carvão da Coreia do Norte – uma fonte de rendimentos essencial para Pyongyang – até ao final do ano. Pequim deixou ainda o aviso, já este mês, que um conflito com o regime de Kim Jong-un poderia rebentar “a qualquer momento”, numa altura em que Pyongyang ameaçava com uma resposta “sem misericórdia” a qualquer acção militar norte-americana. Varrer com eles A Coreia do Norte tem aumentado as ameaças nas últimas semanas, já depois do falhado teste de um míssil que coincidiu com o 105.o aniversário do nascimento do fundador do país, Kim Il-sung. Um recente artigo difundido pela agência oficial norte-coreana KCNA acusa Pequim de ceder às pressões de Washington, advertindo que a postura chinesa poderá ter “consequências catastróficas”. Um site oficial norte-coreano advertiu os Estados Unidos de que serão “varridos da face da Terra” se desencadearem uma guerra na península. Numa série de editoriais, o jornal Rodong Sinmun, porta-voz do partido único no poder, explica que as forças norte-coreanas não estão impressionadas com a chegada iminente do porta-aviões norte-americano, que constitui “uma chantagem militar sem disfarces”. As forças norte-coreanas estão prontas para “afundar o porta-aviões nuclear norte-americano com um único ataque”, escreveu o jornal. O site de propaganda Uriminzokkiri considera que o envio do Carl Vinson é uma declaração de guerra. “É a prova de que uma invasão da Coreia do Norte fica mais próxima todos os dias”, referiu. Num editorial apresentado como tendo sido escrito por um oficial do exército, o site alerta Washington para não confundir a Coreia do Norte com a Síria, que não lançou um “contra-ataque imediato” após um ataque dos Estados Unidos a uma base aérea síria no início do mês. Em caso de ataque à Coreia do Norte, “o mundo verá como os porta-aviões inconscientes de Washington são reduzidos a pedaços de aço e naufragam e como um país chamado América é varrido da face da Terra”, ameaça. Mike Pence, que terminou uma viagem à região, declarou, como outros responsáveis norte-americanos, que face às ambições nucleares norte-coreanas “todas as opções estão sobre a mesa”, incluindo a militar. Arigato a Trump Antes da conversa com Xi Jinping, Donald Trump esteve ao telefone com o primeiro-ministro nipónico, Shinzo Abe. O tema da conversa foi o exercício militar conjunto em que participa o porta-aviões Carl Vinson e a Força Marítima de Auto-Defesa do Japão. “Disse-lhe que apreciamos muito as palavras e as acções dos Estados Unidos, que demonstram que todas as opções estão em cima da mesa”, disse o chefe de Governo aos jornalistas. “Concordamos totalmente com esta exigência de forte contenção por parte da Coreia do Norte que tem, reiteradamente, agido de forma provocatória e perigosa”, acrescentou Shinzo Abe. A demonstração da força naval nipónica reflecte a preocupação crescente de um ataque da Coreia do Norte. Alguns deputados do partido do poder em Tóquio pediram já ao primeiro-ministro que compre armamento capaz de lidar com os mísseis norte-coreanos, temendo um ataque iminente. A frota naval militar japonesa é a segunda maior da Ásia, logo a seguir à da China, mas é sobretudo constituída por contratorpedeiros. A imprensa japonesa tem dado conta de um receio da população em relação a um ataque nuclear da Coreia do Norte na região, que se tem traduzido na procura de abrigos nucleares e na compra de purificadores de ar capazes de bloquear as radiações. Grupo de norte-coreanos em risco de repatriamento Oito norte-coreanos que fugiram do país arriscam-se a serem repatriados depois de terem sido detidos, no mês passado, pela polícia chinesa. A denúncia foi feita ontem pelo grupo Human Rights Watch (HRW), que tem estado a ajudar os desertores. A organização não-governamental explica que as autoridades da China detiveram os oito norte-coreanos em meados de Março, durante uma operação de rotina numa estrada do nordeste do país. A detenção do grupo acontece numa altura em que o Presidente dos Estados Unidos tem estado a pressionar Pequim para que aja de forma mais activa em relação a Pyongyang, por entre um clima de tensão em torno das intenções nucleares norte-coreanas. “Temos, neste momento, muitos relatos de sobreviventes que indicam que a administração de Kim Jong-un persegue aqueles que são obrigados a regressar à Coreia do Norte depois de terem partido ilegalmente. São sujeitos a tortura, violência sexual e trabalhos forçados – e ainda a pior”, afirmou em comunicado o vice-director para a Ásia da HRW. Phil Robertson pede à China que não repatrie os desertores. As Nações Unidas já condenaram o facto de Pequim recambiar os norte-coreanos que são encontrados em território chinês, alertando para o facto de o Governo Central estar a cometer uma violação da legislação internacional. A China contra-argumenta alegando que os desertores norte-coreanos são imigrantes ilegais que fugiram do país de origem por razões de natureza económica. Já a Coreia do Norte diz que se trata de criminosos e chama sequestradores a quem os ajuda a chegar à Coreia do Sul. Apelo aos Presidentes Os oito norte-coreanos em risco de repatriamento estavam na cidade de Shenyang, onde a polícia de trânsito os encontrou. Foram levados para a esquadra por não terem documentação válida. Um pastor cristão que ajuda desertores da Coreia do Norte na China – e que pediu à Reuters para ser identificado pelo pseudónimo Stephan Kim – contou que os homens lhe enviaram um vídeo em que pedem ajuda ao Presidente norte-americano Donald Trump e ao homólogo chinês Xi Jinping. O vídeo mostra o grupo dentro de um veículo, à porta de uma esquadra da polícia chinesa. São muitos os norte-coreanos que, todos os anos, tentam fugir do país natal. Porque a fronteira com o Sul é a mais protegida do mundo, a fuga faz-se, por norma, através da China, passando por outros países do Sudeste Asiático até chegar à Coreia do Sul. Cerca de 30 mil conseguiram chegar a Seul, muitos com a ajuda de grupos de direitos humanos sul-coreanos, de organizações religiosas e até de empresários.
Hoje Macau SociedadeHo Chio Meng | Alegações finais em meados de Maio [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s alegações finais do julgamento do antigo procurador da RAEM vão acontecer em meados de Maio. De acordo com a TDM, que tem estado a acompanhar o julgamento, a data não vai ao encontro das expectativas da advogada de defesa, que se queixa de falta de tempo. Oriana Pun entrou no processo já o julgamento ia a meio, uma vez que foi substituir Leong Veng Pun, que pediu o abandono do patrocínio. Ainda segundo a TDM, na sessão de ontem esteve em destaque o caso Ao Man Long. Uma testemunha que passou pelo Tribunal de Última Instância afirmou que Ho Chio Meng quis suspender a recuperação de 400 milhões de dólares de Hong Kong que o antigo secretário para os Transportes e Obras Públicas obteve ilicitamente. O montante encontrava-se em Inglaterra. Apesar de o caso não constar da acusação, as afirmações da testemunha – um assessor responsável por recuperar o dinheiro em causa – deram origem a perguntas do colectivo de juízes. O valor acabaria por ser recuperado pela RAEM em 2014. Por seu turno, Ho Chio Meng insistiu que foi graças à sua intervenção e da co-arguida Wang Xiandi que o dinheiro foi recuperado por Macau. O ex-procurador explicou que assumiu compromissos, sem concretizar a ideia, dizendo apenas que prefere não revelar quais são.
Hoje Macau SociedadeEnsino | Bispo de Macau passa a ser o chanceler da São José [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Bispo de Macau é, desde meados deste mês, o chanceler da Universidade de São José (USJ). Até então, o cargo era ocupado pelo magno chanceler da Universidade Católica Portuguesa, instituição com a qual a USJ tem uma estreita relação. É norma, nas universidades de matriz católica, o chanceler ser o bispo do local onde a entidade de ensino superior está localizada. Desde 2013 que esta alteração estava a ser pensada, sendo que foi levada agora a cabo através de uma modificação dos estatutos da USJ, publicada ontem em Boletim Oficial. Esta mudança obrigou à alteração do artigo que diz respeito à nomeação do reitor. O responsável máximo pela universidade é nomeado pelo chanceler: com esta alteração estatutária, passa a ser o Bispo de Macau o responsável pelo acto. Até agora, o Bispo de Macau era apenas auscultado em relação à escolha, tendo o mesmo papel do reitor da Universidade Católica Portuguesa, sendo a nomeação da competência do magno chanceler da Universidade Católica Portuguesa. A USJ aproveitou as mudanças nos estatutos para introduzir algumas modificações, a maioria das quais relacionadas com o facto de ter mais do que um vice-reitor. Os estatutos publicados em 1996, altura em que foi criado o Instituto Inter-Universitário de Macau (que deu origem à Universidade de São José), faziam referência a apenas um vice-reitor. Foi ainda alterado o artigo referente ao funcionamento do Conselho de Gestão. Nos estatutos originais, lia-se que as deliberações são tomadas por maioria, “sendo obrigatória a presença de todos os seus membros ou de quem os substitua”. Com a nova redacção, mantém-se o peso da maioria, mas passa a ser obrigatória a presença do reitor, de pelo menos um vice-reitor ou de quem os substitua. O reitor passa a ter voto de qualidade em caso de necessidade de desempate.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Mais de 2,5 milhões de visitantes em Março [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] número de pessoas que visitou Macau em Março deste ano aumentou 5,7 por cento em comparação com o ano passado. Os dados divulgados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) indicam que o território foi visitado por mais de 2,5 milhões de pessoas, o que traduz também um aumento ligeiro de 0,2 por cento em termos mensais. Do número total de visitantes, destaque para o aumento significativo do número de turistas (mais 13,9 por cento). Em sentido inverso estão os excursionistas, segmento em que se registou uma queda de 2,4 por cento. Quanto à permanência, os visitantes ficaram no território por um período médio de 1,2 dias, idêntico ao registado em Março de 2016. Os turistas são os que ficam mais tempo – 2,1 dias. No que toca à proveniência de quem veio a Macau no mês passado, houve uma subida de 11,5 por cento no mercado da China Continental. O número de visitantes com visto individual cresceu 18,4 por cento em termos anuais. Guangdong, Hunan e Fujian são as províncias de onde vem a maioria dos turistas e excursionistas. Nota também para o crescimento dos mercados da Coreia do Sul (56,9 por cento), Japão (19,2 por cento) e Taiwan (7,5 por cento). A DSEC aponta que se verificou uma tendência contrária no número de visitantes de Hong Kong, com uma diminuição de 12,6 por cento quando comparando com igual período do ano passado. Na lista de origens mais distantes, aumentaram os turistas dos Estados Unidos e do Canadá, sendo que diminuíram os da Austrália e do Reino Unido. A DSEC faz ainda as contas ao primeiro trimestre deste ano: Macau recebeu já a visita de mais de 7,87 milhões de pessoas, ou seja, mais 5,6 por cento do que nos primeiros três meses de 2016. Os números demonstram que estão a diminuir as excursões e que as pessoas vêm ao território cada vez mais sem recorrerem a viagens organizadas.
Hoje Macau SociedadeSaúde | Sands China confirma investigações dos Serviços de Saúde [dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Sands China – proprietária e operadora do Parisian – confirmou ao site GGRAsia que foi contactada pelas autoridades de saúde de Macau por causa dos três residentes de Hong Kong que, ao que tudo indica, terão contraído a doença dos legionários na unidade hoteleira. Numa resposta por email, a empresa do sector do jogo garante que está a “cooperar totalmente” com as investigações levadas a cabo pelas autoridades. “Como de momento não temos outros detalhes, não nos encontramos em posição de tecer mais comentários”, escreveu ainda a operadora. Os Serviços de Saúde deram a conhecer, no passado fim-de-semana, que três homens de Hong Kong que estiveram no Parisian foram diagnosticados com a doença dos legionários. Dois doentes ficaram no hotel em Janeiro e Março, sendo que o terceiro tinha pernoitado na unidade hoteleira do Cotai em Dezembro do ano passado. De acordo com as informações das autoridades de Hong Kong, um dos homens infectados encontra-se em estado crítico, sendo que outro caso é considerado grave. O terceiro paciente já recebeu alta hospitalar. O GGRAsia perguntou à Sands China se o incidente está a ter repercussões na marcação de quartos e nas operações para os feriados do Dia do Trabalhador, uma das alturas do ano em que os hotéis do território registam maior procura. A empresa preferiu não comentar a questão. Os Serviços de Saúde estão a levar a cabo uma série de análises à água de fontes, jacuzzis e piscinas do Parisian. O site indica ainda que o sistema de canalização do hotel também já foi alvo de uma inspecção. Com a recolha de amostras de água, as autoridades pretendem tentar encontrar a fonte da infecção que atingiu os três residentes de Hong Kong. Os resultados deverão ficar disponíveis no prazo de dez dias. Sem demoras, nem problemas Entretanto, o secretário para a Saúde de Hong Kong negou ter havido qualquer atraso na investigação em torno dos três pacientes infectados com legionella. Confrontado pela imprensa de Hong Kong acerca de um eventual problema de comunicação com as autoridades de Macau, Ko Wing-man afirmou que o Departamento de Saúde teve de cumprir “certos procedimentos” para identificar a fonte das infecções. O governante assegurou que vai estar em contacto próximo com Macau para que o assunto seja resolvido. Ko Wing-man disse ainda que vai acompanhar de perto os resultados das investigações feitas pelos vizinhos. “A nossa responsabilidade é providenciar tratamento adequado para estes pacientes, bem como ter um bom mecanismo de comunicação em funcionamento”, rematou.
Hoje Macau EventosKura | DJ português observa grande evolução na China [dropcap style=’circle’]D[/dropcap] Desde que actuou pela primeira vez na China, em 2014, o DJ português Kura (Ruben de Almeida) observou uma “evolução muito grande” na forma como o público local reage à chamada EDM (Electronic Dance Music). “Inicialmente, as pessoas ainda não se sabiam comportar em relação à música”, disse Kura à Agência Lusa em Pequim. “Não sabiam se haveriam de saltar, meter os braços no ar. Não estavam habituados”, conta. “Hoje em dia, já reagem de uma maneira completamente diferente”. A nível de cachés, também houve mudanças. “Ao início pagava-se mais aqui. Também pelo desconhecimento da indústria. Mas agora, como os chineses já estão a par dos cachés que se praticam lá fora, já não estão para pagar mais do que os outros”, revela o DJ. Nos últimos três anos, Kura já viajou “umas 30 vezes” para a China. O DJ de 28 anos é um dos dois portugueses entre os 100 Top DJs do mundo seleccionados pela revista britânica da especialidade DJ Mag. Na classificação mais recente, divulgada este mês, estava no 51.º lugar, subindo dez lugares em relação há um ano. Kura actuou este fim-de-semana em Pequim, no Sirteen, um clube nocturno com capacidade para mais de mil pessoas. Público acolhedor No espaço VIP, que compõe cerca de um terço da discoteca, era constante o fluxo de garrafas de champanhe e whiskey para mesas ocupadas por chineses na casa dos 20 anos. Os carros topo de gama estacionados à porta serviam de presságio ao luxo lá dentro. “Eles fartaram-se de torrar dinheiro na discoteca”, observou o assistente de Kura sobre a qualidade do espaço. Como outras actividades, a chamada “vida nocturna” é uma indústria nova na China, mas que tem vivido um boom nos últimos anos, com nightclubs e bares a surgir em todas as grandes cidades do país. Em Pequim, a maioria das discotecas está concentrada em torno do Estádio dos Trabalhadores, ícone da arquitectura socialista, erguido em 1959 para celebrar o 10.º aniversário da República Popular da China. Kura diz já ter tocado em cidades do norte ao sul do país, mas as deslocações são quase sempre muito rápidas e com pouco tempo para descanso ou lazer. Desta vez, o DJ aterrou em Pequim poucas horas antes de actuar e, logo após o fim do espectáculo, apanhou um voo para a ilha de Bali, na Indonésia, onde foi pôr música antes de voltar para Portugal. “A vida de DJ é muito cansativa”, confessa. “Mas faço o que gosto”. Kura garante que o público chinês é muito acolhedor. No final da actuação, o artista conta que é sempre solicitado pelo público para tirar fotografias. O DJ já actuou por todo o mundo, mas diz que continua a “gostar muito” de tocar em Portugal.
Hoje Macau China / ÁsiaMNE chinês reúne com homólogo iraniano [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, encontrou-se este domingo, com o chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, durante a primeira reunião ministerial do “Fórum de Civilizações Antigas”, em Atenas. Segundo Wang Yi, a parceria estratégica abrangente entre a China e o Irão está em constante desenvolvimento. A cooperação bilateral em matéria de economia, comércio, investimento e de cultura tem sido aprofundada. Os dois países mantêm uma estreita comunicação e coordenação em questões internacionais. A China congratula-se com a presença dos altos funcionários do governo iraquiano na reunião de alto nível que visa expandir a cooperação no âmbito de “Uma Faixa, Uma Rota”, informa a rádio China. De acordo com Zarif, a troca de visitas entre os dois Chefes de Estado consolidou a base das parcerias estratégicas bilaterais. O Irão apoia a iniciativa chinesa “Uma Faixa, Uma Rota” e procura realizar um desenvolvimento comum. As duas partes trocaram opiniões sobre questões internacionais e regionais de interesse comum, incluindo a questão da Síria, e a situação nuclear na Península Coreana.
Hoje Macau China / ÁsiaPoluição | Quase três mil empresas violam regras ambientais [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s autoridades ambientais da China encontraram 2.808 empresas que violaram os padrões estabelecidos durante a primeira ronda de inspecção da poluição do ar. As equipas de inspecção em 28 cidades na região de Pequim-Tianjin-Hebei e nas áreas nos arredores descobriram que as 2.808 das 4.077 empresas não cumpriram as normas, disse o Ministério da Protecção Ambiental em comunicado. Os problemas incluíram produção sem licença, prevenção ineficiente de poeira e falta ou mau funcionamento de instalações de tratamento da poluição, informa o comunicado.Os inspectores também descobriram algumas empresas que tinham sido fechadas pelas violações e retomaram a produção ilegal fornecendo dados falsos de controlo. A taxa de dias com boa qualidade do ar em Pequim-Tianjin-Hebei aumentou 14,6 pontos percentuais em relação ao ano transacto, para 66,3% em Março, mesmo que tenha caído no primeiro trimestre, segundo os dados.
Hoje Macau China / ÁsiaDevin Nunes | Expansão chinesa não beneficia populações [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] congressista norte-americano Devin Nunes criticou ontem em Lisboa a actuação da China em termos globais, nomeadamente em África, por não levar benefícios às populações dos países onde investe e militarizar as regiões. “A China espalha influência pelo mundo; em África trazem pessoas, constroem estruturas, que muitas vezes não funcionam bem, colocam militares, não se misturam com as pessoas e só se preocupam com eles”, disse o republicano em entrevista à Lusa, durante a passagem por Lisboa. “Se faz parte do partido, está numa elite e os outros não têm nada, e projectam isto pelo mundo, e uma das razões por que fazem isto é que uma parte da elite quer tirar o dinheiro do país e pô-lo noutros lugares”, criticou o congressista republicano, que visitou as instalações de defesa naval portuguesa e participou num encontro de legisladores luso-americanos, no fim de semana. Para Devin Nunes, os chineses frequentemente argumentam com razões económicas quando têm fins militares: “Quando vão para esses sítios, e dizem que vão para pesquisa científica ou razões económicas e depois aparecem os militares, isso é inaceitável”, vincou. África minha Em África, a China é um dos principais investidores em Angola, comprando metade do petróleo que o país exporta, e em Moçambique o gigante asiático já investiu 6 mil milhões de dólares desde 2015, segundo dados apresentados pelo embaixador chinês em Maputo, na semana passada. Questionado sobre as relações entre a Rússia e as eleições norte-americanas, que ditou o afastamento de Devin Nunes da investigação, apesar de se manter como presidente da comissão parlamentar sobre informações, o republicano lembrou que “a Rússia tem estado fortemente envolvida nas eleições [norte-americanas] há décadas, mas dantes não se falava nisso”. Os russos, considerou, “são muito bons em propaganda” e estão envolvidos também nas eleições europeias, “é o velho KGB a funcionar, há televisões russas em toda a Europa, incluindo a RT em Portugal, e são muitos bons a promover o seu regime”. “O desafio é saber se a Rússia sai da Crimeia, da Ucrânia, e trabalha connosco contra o ‘jihadistas’, isso seria positivo, mas acho que não”, disse. O congressista considerou que a falha de avaliação das intenções e objectivos da Rússia nos últimos anos “é o maior falhanço desde o 11 de Setembro” e vinca que avisou o anterior Governo “há um ano” e que há vários anos que tem alertado para a “inabilidade dos EUA em perceberem os planos da Rússia”. Sobre a União Europeia e a recente decisão do Reino Unido de abandonar esta entidade, e o ressurgimento de nacionalismos que têm colocado os partidos de extrema-direita mais perto do topo das intenções de voto, Devin Nunes preferiu não se alongar na análise. “É muito importante ter uma União Europeia forte, e o desafio é o nível de burocracia em Bruxelas, saber quanta burocracia é demasiada, porque há uma linha ténue entre ter uma enorme burocracia que dificulta a vida diária das pessoas, versus dar-se bem com os vizinhos e ter uma boa relação; nós só queremos ser úteis e fortalecer a relação com os nossos aliados”, concluiu.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas | Duterte diz que pode ser 50 vezes pior que os terroristas [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, avisou ontem que pode ser 50 vezes mais brutal que os extremistas muçulmanos que fazem decapitações, dizendo que até poderia “comer” os terroristas se fossem capturados vivos pelas tropas do país. Duterte tem repetidamente ameaçado de morte os suspeitos de tráfico de droga nas Filipinas, mas agora elevou a sua retórica a um novo nível com estas declarações feitas no âmbito da abertura de um evento desportivo. O Presidente filipino ordenou às tropas para que matassem militantes muçulmanos que fugiam depois de um ataque fracassado na província central de Bohol e que não os trouxessem vivos, chamando “animais” aos extremistas. “Se querem que eu seja um animal, eu também estou habituado a isso. Nós somos iguais”, afirmou Duterte, citado pela agência de notícias Associated Press (AP). “Eu posso fazer o que vocês fazem 50 vezes mais”, atirou o político, dizendo o que faria que se um terrorista lhe fosse apresentado enquanto estivesse de mau humor. “Passem-me o sal e o vinagre e eu como o seu fígado”, lançou. Duterte venceu as eleições presidenciais filipinas em Maio do ano passado com a promessa de combater as drogas ilegais, a corrupção e o terrorismo. Milhares de pessoas morreram devido à sua campanha anti-drogas, que tem alarmado os governos ocidentais e grupos de direitos humanos. Duterte já avisou que pode colocar sob lei marcial a zona sul das Filipinas – onde há décadas que há uma rebelião separatista muçulmana – caso as ameaças terroristas fiquem fora de controlo.
Hoje Macau China / ÁsiaSondagens consolidam Moon Jae-in como favorito à presidência da Coreia do Sul [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] liberal Moon Jae-in ampliou a sua vantagem nas sondagens e consolida-se como o candidato favorito às eleições presidenciais na Coreia do Sul, que se realizam dentro de duas semanas, indicam dados divulgados ontem. Moon Jae-in, do Partido Democrático, conta com entre 37 e 39% das intenções de voto para as presidenciais de 9 de Maio, o que reflecte uma subida de entre um e três pontos percentuais nas últimas duas semanas, segundo as mais recentes sondagens, cujos resultados foram citados ontem pela imprensa sul-coreana. Os dados indicam que Moon Jae-in, que perdeu as presidenciais de 2012 contra Park Geun-hye, ampliou a vantagem frente ao seu principal rival, o candidato do Partido Popular (de centro-esquerda), Ahn Cheol-soo, o qual caiu cerca de quatro pontos nos últimos 15 dias, para a faixa de entre 26 e 30% nas intenções de voto. Hong Joon-pyo, que pertence ao conservador Partido da Liberdade, da Presidente destituída, Park Geun-hye, surge em terceiro lugar, mas a larga distância dos dois primeiros candidatos, com menos de 10% das intenções de voto, de acordo com as sondagens. Recorde de participantes No total, 15 políticos registaram-se oficialmente como candidatos à presidência – o que supera o recorde de 12 nas presidenciais de Dezembro de 2007 – e participam na campanha eleitoral, que arrancou na semana passada e termina na véspera da votação. Esta é a primeira vez que se realizam presidenciais antecipadas na Coreia do Sul desde que a junta militar do general Chun Doo-hwan autorizou a realização de eleições democráticas em Dezembro de 1987, o que sucedeu depois de Park Geun-hye se ter tornado na primeira chefe de Estado a ser destituída em democracia. Em prisão preventiva desde 31 de Março, Park vai começar a ser julgada a 2 de Maio, por acusações que incluem abuso de poder, corrupção e revelação de segredos de Estado. A acusação considerou provado que Park criou, com a sua amiga de longa data Choi Soon-sil, conhecida como “Rasputina”, uma rede através da qual pediu e obteve subornos de pelo menos três empresas – Samsung, Lotte e SK – no valor de cerca de 59.200 milhões de won (cerca de 48 milhões de euros).
Hoje Macau Manchete PolíticaAlexis Tam alega que Ung Vai Meng desconhecia leis de contratação O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura já recebeu o relatório das mãos do Instituto Cultural, no âmbito da última investigação do CCAC. Alexis Tam defende o ex-presidente do organismo e afirma que Ung Vai Meng não conheceria as leis de contratação de funcionários e, por isso, errou sem intenção [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]lexis Tam, secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, veio ontem em defesa do ex-presidente do Instituto Cultural (IC), Ung Vai Meng, no caso do relatório do Comissariado contra a Corrupção (CCAC), que detectou irregularidades ao nível da contratação de funcionários. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, o secretário disse que Ung Vai Meng não esteve envolvido em casos de corrupção, e acredita que tudo aconteceu por um mau entendimento das leis por parte do ex-presidente, pelo que este não saberia que estava a errar ao contratar pessoas através do regime de aquisição de serviços, sem concurso público. Alexis Tam referiu ainda que, além do IC, outros departamentos públicos não estiveram envolvidos no problema das contratações. Questionado sobre a responsabilização do Executivo, o secretário garantiu que não tinha conhecimento das acções de Ung Vai Meng quanto à contratação de funcionários. “Os trabalhos de recrutamento foram feitos pelo ex-presidente do IC, é algo que não tem a ver com o actual presidente e também não tem nada a ver comigo”, disse Alexis Tam, citado pelo Jornal do Cidadão. Questionado face à possibilidade de Ung Vai Meng vir a ser investigado pelo CCAC, Alexis Tam não quis fazer qualquer comentário. Relatório será público Após a publicação do relatório do CCAC, o IC ficou encarregue de realizar um relatório de análise sobre o assunto, sendo que este documento já está nas mãos de Alexis Tam. O Jornal do Cidadão escreve que esta semana o conteúdo do relatório deverá ser divulgado, estando prevista a realização de uma conferência de imprensa sobre o assunto, para explicar os detalhes do documento junto do público. Alexis Tam promete ainda encontrar soluções para os funcionários que foram contratados com base no regime de aquisição de bens e serviços, uma vez que o Governo ainda estará a analisar os detalhes e a viabilidade de cada caso. O secretário promete ainda encontrar formas de garantir a responsabilização dos funcionários do IC que terão estado envolvidos na contratação de pessoas. O relatório divulgado pelo CCAC deu conta das violações à lei que têm acontecido nos últimos anos ao nível da contratação de funcionários para o IC. A investigação, iniciada há um ano, revelou que o IC “recorreu ao modelo da aquisição de serviços para contornar sistematicamente o regime legal do recrutamento centralizado e do concurso público”. Entre 2010 e 2015, o número de trabalhadores contratados em regime de aquisição de serviços, quase duplicou, passando de 58 para 110, o que o IC justificou com o aumento do volume de trabalho nos últimos anos e com a escassez dos recursos humanos. Além disto, “o IC adoptou só a análise curricular e a entrevista na selecção dos candidatos, sem obter a necessária autorização daquele secretário para a dispensa das provas de conhecimentos, constituindo este facto, sem dúvida, uma usurpação do poder do órgão superior no âmbito da gestão de pessoal”, revelou o CCAC.
Hoje Macau SociedadeFAOM | Desemprego na construção civil tem aumentado [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] deputada Ella Lei, ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) alertou para o aumento, nos últimos meses, do desemprego no sector da construção civil, sem esquecer o aumento progressivo da taxa de sub-emprego. Segundo o Jornal do Cidadão, Ella Lei participou num fórum organizado em Seac Pai Van, Coloane, onde a FAOM apresentou os dados recentes do mercado laboral. Foi relatado o exemplo de um residente que foi contratado para trabalhar num hotel, tendo-lhe sido dito posteriormente que não tinha conseguido obter a vaga de emprego. Ainda assim, o hotel estaria a contratar trabalhadores não residentes (TNR). Houve ainda vários participantes no fórum que afirmaram que não só não receberam respostas perante o envio dos currículos como houve outros casos em que ocorreram despedimentos sem justa causa, enquanto TNR continuavam a trabalhar na empresa. Leong Meng Ian, coordenadora da Delegação das Ilhas da FAOM, refere que, de acordo com os inquéritos ao emprego feitos pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), entre Dezembro de 2016 e Fevereiro de 2017, a população empregada foi de 379,100 pessoas, enquanto o número de residentes empregados foi de 277,100. Na visão da coordenadora, a maioria dos sectores, onde se inclui actividades culturais e recreativas, lotarias, serviços, hotéis e restaurantes, escolhem as zonas turísticas da Taipa e Cotai como destino de desenvolvimento dos seus negócios. Tratam-se de locais onde a população já é superior a 100 mil pessoas, sendo importante garantir a promoção e os benefícios suficientes dos direitos laborais.
Hoje Macau SociedadeResidentes de Hong Kong contraíram legionella em Macau [dropcap style≠’circle’]T[/dropcap]rês residentes de Hong Kong contraíram legionella em Macau. De acordo com uma nota dos Serviços de Saúde, as autoridades do território receberam na passada sexta-feira a indicação de que, entre os 17 casos de doença dos legionários reportados em 2017 na região vizinha, três pacientes infectados estiveram em Macau durante o período de incubação e aparecimento de sintomas. Tinham todos o mesmo gene de legionella. Segundo as informações transmitidas pelo Centro de Protecção de Saúde do Departamento de Saúde de Hong Kong, as pessoas em causa têm idades compreendidas entre os 66 e os 84 anos. Os sintomas foram apresentados durante quatro meses, ou seja, entre Janeiro e o corrente mês de Abril. Após a análise laboratorial das amostras de urina destes pacientes, foi confirmado o sorotipo I de Legionella pneumophila. Os dados de Hong Kong indicam que, “possivelmente, as três pessoas permaneceram ou estiveram alojadas no Hotel Parisian”, lê-se na nota dos Serviços de Saúde de Macau, que garantem estar a dar importância ao assunto, pelo que estão a levar a cabo “aprofundadas investigações”. A doença dos legionários é uma infecção provocada por bactérias do género legionella, que vivem em ambientes aquáticos naturais e podem proliferar rapidamente na água morna e em lugares húmidos, especialmente, quando a temperatura varia entre 20 a 25 oC. A legionella pode ser também encontrada em sistemas aquáticos artificiais, como piscinas, sistemas de água doméstica, quente e fria, jacuzzis, fontes e aparelhos médicos de uso domiciliário. O elo mais fraco Os homens, idosos, fumadores, alcoólicos, pessoas com menor imunidade, especialmente os doentes crónicos, bem como os pacientes que estão sujeitos ao tratamento com esteróides e inibidores de imunidade estão mais sujeitos a contraírem esta doença, explicam os Serviços de Saúde. Entre os sintomas desta doença estão a febre, tosse seca, dificuldade de respiração, fadiga, dores de cabeça, musculares e abdominais, e diarreia. O tratamento faz-se com antibióticos. Em Macau, nos últimos anos, apenas foi registado um caso confirmado da doença dos legionários, em 2010.
Hoje Macau SociedadeCasinos | Começaram as auditorias aos junkets [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) começou a auditar as contas dos angariadores de grandes apostadores para os casinos de Macau, noticiou o portal especializado em jogo GGRAsia. Em Novembro, aquando da apresentação do relatório das Linhas de Ação Governativa (LAG) para 2017, o Governo anunciou que ia “desencadear uma auditoria específica aos registos dos depósitos temporários e créditos dos clientes e controlo interno, e analisar o rácio de movimentação financeira de cada promotor de jogo”. Mais de 60 promotores de jogo estão a ser actualmente avaliados na primeira ‘tranche’ do programa de auditoria, segundo o portal especializado em jogo que cita a entidade reguladora. Macau conta com 126 promotores de jogo autorizados a exercer actividade em 2017, o número mais baixo da última década. Segundo as LAG, a auditoria, que deverá terminar em Dezembro, realiza-se no âmbito do reforço da regulamentação e fiscalização das contas financeiras dos junkets, peça fundamental no xadrez do sector do jogo de Macau, dada a tradicional elevada dependência dos grandes apostadores. Embora sem o fluxo de outrora, o segmento VIP ainda contribui para mais de metade das receitas totais dos casinos. Macau tem vindo a apertar o cerco à actividade dos promotores de jogo VIP, com novas instruções a definirem, por exemplo, regras mais apertadas no exercício da profissão ou maiores exigências ao nível do regime contabilístico, surgidas designadamente na sequência de casos de desvios de fundos de salas VIP de casinos.
Hoje Macau SociedadeInflação em Macau fixou-se em 1,69 por cento em Março [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] taxa de inflação em Macau subiu 1,69 por cento nos 12 meses terminados em Março em relação ao período homólogo imediatamente anterior. De acordo com os Serviços de Estatística e Censos (DSEC), o Índice de Preços no Consumidor (IPC) subiu devido aos aumentos registados nas secções de bebidas alcoólicas e tabaco (mais 14,62 por cento), educação (mais oito por cento) e transportes (mais 6,92 por cento). Só no mês passado, o IPC geral médio aumentou 0,72 por cento em termos anuais. O crescimento homólogo em Março foi impulsionado principalmente pelo aumento dos preços das refeições adquiridas fora de casa e das propinas escolares e da gasolina, informou a DSEC. Nos primeiros três meses, o IPC geral – que permite conhecer a influência da variação de preços na generalidade das famílias de Macau – cresceu 0,95 por cento em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Em 2016, a taxa de inflação de Macau foi de 2,37 por cento, a mais baixa desde 2009, ano em que se fixou em 1,17 por cento. Segundo as projecções do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgadas na semana passada, a taxa de inflação de Macau deve fixar-se em dois por cento este ano, em 2,2 por cento no próximo e em três por cento em 2022.
Hoje Macau EventosAvião que faz volta ao mundo aterrou ontem em Macau [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] mais antigo avião a realizar uma volta ao mundo aterrou ontem em Macau, procedente das Filipinas, no âmbito de uma digressão iniciada em Março e que inclui paragens em 55 cidades de todo o mundo. O percurso de volta ao mundo O “Breitling DC-3”, que efectuou o primeiro voo inaugural há 77 anos, quando ainda era conhecido por “Douglas DC-3” antes de ser adquirido pela marca de relógios, iniciou a volta ao mundo na Suíça, país ao qual deve regressar em Setembro, depois de cumprir uma série de escalas e de participar em eventos e em espectáculos aéreos. O “Breitling DC-3” pode ser visitado ao longo do dia de hoje num hangar do Aeroporto Internacional de Macau, de onde parte amanhã com destino a Taiwan. O avião de propulsão bimotor realizou o voo inaugural a 9 de Março de 1940 nos Estados Unidos, onde esteve ao serviço de companhias aéreas norte-americanas até ser recrutado pelo exército entre 1942 e 1944 durante a Segunda Guerra Mundial. Ao longo da vida, teve uma série de usos: foi bombardeiro, avião de combate e até avião hospital e de turismo e utilizado para o transporte de pára-quedistas. O Douglas DC-3 utilizado nesta aventura Em 2008, o “DC-3” foi adquirido pelo piloto Francisco Agullo e um grupo de amigos, com o apoio da Breitling. Restaurado para poder voltar a voar, o aparelho tem estado, desde então, em várias exibições aéreas da marca de relógios. O fabrico dos “DC-3” terminou em 1945. Actualmente, existem menos de 150 modelos operacionais em todo o mundo, dos quais 15 na Europa. “A escala em Macau está prevista para ser o maior evento da aviação na cidade, atraindo uma série de seguidores que têm acompanhado o início do ‘tour’ desde Março. Além disso, acreditamos que a chegada do ‘Breitling DC-3’ irá trazer inspiração às futuras gerações de Macau”, refere um comunicado da marca de relógios. “A volta ao mundo do ‘DC-3’ vai permitir a muitas pessoas, entusiastas da aviação e crianças, estabelecer laços com a cultura e património aeronáutico, fomentar o interesse pela aviação e levar inspiração à próxima geração de pilotos”, conclui. > Seguir a página oficial no Facebook
Hoje Macau Eventos25 de Abril | Memorial a Zeca Afonso inaugurado em Lisboa [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m memorial dedicado ao músico Zeca Afonso vai ser inaugurado no dia 25 de Abril no Jardim das Francesinhas, junto à Assembleia da República, em Lisboa, numa cerimónia que vai contar com o presidente da Câmara Municipal da capital portuguesa, Fernando Medina. O Memorial a José Afonso “nasce de uma proposta de Orçamento Participativo e foi desenvolvida em parceria com a Associação José Afonso – AJA”, referiu em comunicado a Câmara Municipal de Lisboa. “Este memorial reúne um conjunto de elementos biográficos patentes na sua construção e na sua localização: o jardim encontra-se junto ao poder político da Assembleia da República, do Ensino e da Juventude (aqui corporizado pelo ISEG) e da própria AJA, entidade que promove o conhecimento e a valorização da vida e obra do cantautor”, destacou a autarquia. O município acrescentou que “a esta simbologia acresce o facto de o memorial, propriamente dito, ter sido concebido como parte do trabalho de curso dos alunos de Escultura da Faculdade de Belas-Artes, sob orientação do professor Sérgio Vicente, e a placa em bronze concebida por Luísa Barros Amaral”. Segundo a Câmara, o Memorial a José Afonso, recuado no espaço do jardim, pretende, no futuro, ser ponto de encontro para leituras de poesia e outros momentos de celebração cultural dinamizados pela AJA. José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos nasceu a 2 de Agosto de 1929, em Aveiro. Estudou em Coimbra, no curso de Ciências Histórico-Filosóficas da Faculdade de Letras, foi professor em vários pontos do país e também viveu em Moçambique. Ao longo da sua carreira como cantor e músico interpretou o fado de Coimbra, mas ficou mais conhecido pelas suas canções de intervenção, contra o regime ditatorial. Morreu, aos 57 anos, a 23 de Fevereiro de 1987.
Hoje Macau China / ÁsiaChina espera que Venezuela consiga manter a estabilidade [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China expressou sexta-feira o seu apoio à Venezuela, nação que considerou “país amigo”, e expressou a sua confiança de que o povo venezuelano consiga “gerir os seus assuntos domésticos, manter a estabilidade e o desenvolvimento social e económico”. Numa reacção aos confrontos entre manifestantes e forças de segurança do país, que resultaram na morte de três pessoas, o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros Lu Kang afirmou que a “China está atenta à situação”. “Sabemos que o Governo da Venezuela expressou a sua confiança de retomar o diálogo com a oposição”, acrescentou. O porta-voz chinês assegurou que Pequim considera essa “a linha a seguir, para bem dos interesses fundamentais” do povo venezuelano. O secretário-geral das Nações Unidas, o português António Guterres, pediu que sejam tomadas medidas para “reduzir a polarização” no país latino-americano, um apelo repetido pela Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, México, Paraguai, Perú e Uruguai, que condenaram a violência dos últimos dias. Segundo Caracas, três pessoas morreram na quinta-feira durante as manifestações da oposição contra o presidente do país, Nicolás Maduro, e outras 62 ficaram feridas. Foram detidos 312 manifestantes.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Cargueiro espacial acoplou-se com sucesso a laboratório [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] primeiro cargueiro espacial chinês acoplou-se sábado com sucesso ao laboratório espacial ‘Tiangong 2’, dois dias depois de ter sido lançado sem incidentes, anunciou o centro de controlo aeroespacial de Pequim. Segundo a agência noticiosa francesa AFP, o cargueiro Tianzhou-1 (‘Navio celestial’), terá realizado a acoplagem perto das 5:30, hora de Lisboa, depois de um primeiro contacto estabelecido com o laboratório espacial, cerca de 15 minutos antes. O laboratório deverá abrir caminho ao desenvolvimento de uma estação espacial habitável, prevista para 2022, quando a estação espacial internacional deixar de funcionar. O desenvolvimento de um cargueiro espacial era imprescindível para a construção da estação espacial, cujo primeiro módulo será colocado no espaço em 2019 (um ano depois do previsto inicialmente) e que se espera esteja concluída três anos depois. Durante a missão, a nave “Tianzhou 1” (navio celestial) ensaiará três tipos diferentes de acoplagem ao laboratório espacial, ao qual estará unida durante dois meses. Também fará o transvase de combustível para que o “Tiangong 2” mantenha a órbita, bem como equipamentos científicos e técnicos. Após cinco meses numa órbita a 385 quilómetros de altitude, o cargueiro espacial iniciará uma descida controlada para se desintegrar nas camadas mais altas da atmosfera. Teste vital O principal objectivo da missão é comprovar o funcionamento da nova nave, que será necessária para o transporte de todo o tipo de elementos para a estação espacial. A futura estação espacial vai exigir um abastecimento periódico de alimentos, água, oxigénio e materiais, sendo que o programa espacial chinês não pode avançar na construção da estação sem ter antes um sistema fiável de transporte. A “Tianzhou 1” é uma nave de nove metros com uma capacidade de carga de 6,5 toneladas e um peso total de 13 toneladas, cujo desenvolvimento pressupôs “um esforço de seis anos” em desenho e construção, segundo Luo Guqiang, responsável adjunta da missão. O primeiro módulo da estação espacial, chamado “Tianhe 1” (rio celestial), terá um peso de 20 toneladas e um braço robot articulado, pelo que precisa de um foguete propulsor mais potente capaz de por em órbita cargas até 25 toneladas.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte foi “isolada à força”, diz empresário espanhol [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] empresário espanhol León Smit, que organiza visitas à Coreia do Norte, diz que o país foi “isolado à força”, sendo “muito difícil” estabelecer relações comerciais com Pyongyang, sob o regime de Kim Jong-un. “É um país que foi isolado à força”, afirma à agência Lusa Smit, que em 2015 concluiu um mestrado em Política Internacional na Universidade de Yanbian, cidade chinesa situada na fronteira com a Rússia e a Coreia do Norte. O espanhol colabora actualmente com a KTG, agência de viagens fundada em 2008 e uma das raras especializadas em organizar visitas à Coreia do Norte. “Os norte-coreanos consideram-se abertos ao mundo, dispostos a estabelecer conversações e negociações com qualquer país”, diz. No entanto, “é muito difícil estabelecer relações comerciais com a Coreia do Norte”, acrescenta Smit. “Mesmo para nós, uma agência de viagens certificada, é por vezes complicado realizar transferências bancárias” com Pyongyang, revela, explicando que as companhias que oferecem aquele tipo de serviço bloqueiam qualquer movimento que envolva o país. Tensões antigas Tecnicamente, a Coreia do Norte e a Coreia do Sul continuam em guerra e o armistício assinado em 1953, após quase quatro milhões de mortos, ainda não foi substituído por um tratado formal de paz. Desafiando as resoluções das Nações Unidas, o Governo de Pyongyang continua a testar mísseis de médio e longo alcance e a desenvolver um controverso programa nuclear. A própria China, que até há pouco tempo mantinha com a Coreia do Norte uma relação descrita como de “unha com carne”, tem-se progressivamente afastado do país, consciente de que este representa cada vez mais uma fonte de tensão regional e um embaraço para a diplomacia chinesa. Em Novembro passado, a ONU reforçou as mais duras sanções dos últimos 20 anos contra o regime dos Kim, limitando as exportações norte-coreanas de carvão, que tinham na China praticamente o único importador. O turismo tem assumido uma importância crescente como fonte de receitas para o país. As visitas organizadas pela KTG custam entre 800 e 1.695 euros e incluem o transporte de comboio de ida e volta a partir de Pequim, deslocações internas, hotéis e três refeições por dia. A estada varia entre 3 e 10 dias e inclui visitas até sete cidades e à montanha de Myohyang. Mas não foi sempre assim: “Nos primeiros anos da KTG, só se podia visitar um par de cidades, mas com o tempo foram abertos mais locais ao turismo, assim como zonas de diversão e desporto, parques naturais e quintas”, diz Smit. A KTG leva, em média, 500 turistas por ano a visitar a Coreia do Norte, a maioria europeus, mas também norte-americanos e australianos. “Inicialmente, eram sobretudo europeus mais velhos, que viveram durante a época da União Soviética e queriam ver com os seus próprios olhos um país que continua a ser soviético”, explica. Já os norte-americanos visitam a Coreia do Norte “por curiosidade”. Nos últimos anos, a maratona de Pyongyang passou também a atrair pessoas ligadas ao desporto. “Ao contrário do que muita gente pensa, viajar para a Coreia do Norte não é difícil de todo”, diz Smit. “O visto é feito ‘online’ e em menos de uma semana está pronto”. As visitas têm que ser feitas em grupo e sempre na companhia de um guia turístico. O espanhol lembra que “tecnicamente, o país continua em guerra, por isso, as medidas de segurança são mais fortes do que em outros lugares”. Questionado sobre se os norte-coreanos estão contentes com o regime, León Smit diz que “não é ninguém para englobar o ponto de vista de todo um povo”. “Mas, no geral, existe orgulho por se terem mantido uma nação independente durante todos estes anos, apesar das dificuldades”, conclui.
Hoje Macau SociedadeLei da nacionalidade em debate na reunião do Conselho das Comunidades Portuguesas [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] regulamentação da lei da nacionalidade, o registo automático dos portugueses no estrangeiro e o trabalho dos órgãos regionais deverão ser alguns dos temas da reunião do Conselho Permanente do CCP, disse o secretário de Estado das Comunidades. “Entre as matérias que deverão ser abordadas na reunião do Conselho Permanente do Conselho das Comunidades Portuguesas há algumas que tem uma especial importância, nomeadamente o facto de se avaliar os resultados alcançados até aqui, quer trabalho dos órgãos regionais, quer outros avanços, como a proposta de lei que será submetida à Assembleia da República sobre o recenseamento automático dos portugueses no estrangeiro”, disse José Luís Carneiro à Lusa. A reunião do CP-CCP decorrerá entre quarta e sexta-feira, em Lisboa. Este ano já houve reuniões ordinárias anuais dos conselhos regionais de África, em Joanesburgo, em Fevereiro deste ano; da Europa, em Lisboa, em Março; da Ásia/Oceânia, em Macau, igualmente em Março, e da América Central e do Sul, em Março e Abril, em Santos, no Brasil. “(Na reunião do CCP) deverá ser abordada ainda a regulamentação da lei da nacionalidade, aprovada na quinta-feira, que permitirá a aquisição mais ágil da nacionalidade a netos de portugueses, sobretudo no caso do Brasil”, referiu o secretário de Estado. Segundo o governante, deverá na agenda estará também “um balanço da aplicação ‘Registo do Viajante’, outras medidas que se encontram em curso sobre a modernização da rede consular” e ainda o debate sobre “o reforço dos recursos humanos na rede consular”. “Este órgão máximo do CCP é autónomo do ponto de vista da sua agenda, mas são temas que estão a ser tratados nos órgãos regionais e admito que deverão ser tratados no Conselho Permanente”, disse José Luís Carneiro. Boas energias O secretário de Estado referiu ainda que esteve reunido com alguns conselhos regionais entre Fevereiro e Abril, nomeadamente os de África, Europa, Ásia e Oceânia, e América Central e do Sul. “Quero sublinhar o recebimento de uma comunicação dos conselheiros do CCP a congratular-se com estas duas medidas políticas que foram consideradas muito importantes por parte dos conselheiros, a regulamentação da lei da nacionalidade e o registo automático dos portugueses no estrangeiro”, afirmou. Nesta reunião do CCP será apresentado ainda o plano de acção do CCP para 2017/2020 e a eleição da mesa directora do Conselho Permanente, actualmente presidido por Flávio Martins, conselheiro do Brasil. O CP é composto por 12 membros eleitos pelos vários conselhos regionais em que o CCP se decompõe: dois conselheiros de África, um da Ásia/Oceânia, dois da América do Norte, três da América Central e do Sul e quatro da Europa. O CCP conta actualmente com 65 conselheiros, que são eleitos por círculos eleitorais correspondentes a países ou grupos de países por mandatos de quatro anos, por sufrágio universal, directo e secreto.
Hoje Macau PolíticaEleições | Jornalistas preocupados com “clima de incerteza” instalado [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Associação de Imprensa em Português e Inglês de Macau (AIPIM) está preocupada com “o clima de incerteza” gerado sobre a cobertura jornalística das eleições para a Assembleia Legislativa, advertindo que o ambiente instalado “pode condicionar o trabalho dos jornalistas”. A reacção da AIPIM surge depois de a Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) ter recusado um pedido de reunião para clarificar questões relacionadas com a referida cobertura jornalística. Isto porque, a 8 de Março, numa sessão de esclarecimento, a comissão eleitoral advertiu que os meios de comunicação social podem incorrer “em contravenções” fora do período de campanha, caso seja considerado que a cobertura constitui propaganda. Nessa sessão com os órgãos de comunicação social, o presidente da CAEL, o juiz Tong Hio Fong, frisou que fora do período de campanha a propaganda é proibida e punível, regra que, afirmou, se aplica também aos jornalistas. Num comunicado emitido ontem, a AIPIM afirma que “é fundamental que em todas as ocasiões e períodos, inclusive antes do início da campanha eleitoral, o exercício da liberdade de imprensa e o direito à informação sejam integralmente respeitados, incluindo a realização de entrevistas e cobertura noticiosa de acções envolvendo candidatos, em consonância com o que está consagrado na Lei Básica de Macau e na Lei de Imprensa”. A associação de jornalistas salienta ainda que “é importante que CAEAL não emita quaisquer instruções ou orientações aos jornalistas ou órgãos de comunicação social relativas à cobertura jornalística em qualquer período específico”. Sugestões e objectividade Estas são as primeiras eleições para a Assembleia Legislativa após a aprovação, em 2016, de uma nova lei eleitoral, que impõe maiores restrições à propaganda eleitoral. Segundo a lei, a propaganda eleitoral consiste numa actividade que “dirige a atenção do público para um ou mais candidatos” ou “sugere, de forma expressa ou implícita, que os eleitores votem ou deixem de votar nesse candidato ou candidatos”. A comissão não definiu o que é tido como sugestão “implícita”, dizendo apenas que “exige à comunicação social que tome medidas para não chamar a atenção do público (…) e sugerir aos eleitores que votem nalgumas listas”. Tong pediu então aos media que “observem a objectividade e relatem toda a realidade para os cidadãos” e sugeriu que os órgãos de comunicação “criem regras internas para que os profissionais tenham padrões para seguirem e fazerem as devidas reportagens”. A comissão indicou ainda que devem ser apagados comentários deixados nas redes sociais dos meios de comunicação, que possam constituir propaganda. Sobre “investigação ou sanções” aos jornalistas, a comissão, que irá acompanhar a cobertura para identificar infracções, “vai transferir essas informações às autoridades competentes”.
Hoje Macau SociedadeJogo | Fitch prevê crescimento de 12 por cento A Fitch prevê um crescimento de 12 por cento nas receitas de jogo de Macau em 2017. A agência de notação financeira espera um contributo semelhante do mercado de massas e do segmento VIP para este aumento [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s previsões da Fitch, apresentadas num relatório divulgado esta semana, tiveram em consideração um eventual agravamento da política monetária e aumento das restrições imobiliárias que possam fazer abrandar o crescimento económico na China. “Esperamos uma contribuição igual do mercado VIP e do mercado de massas para a previsão de crescimento de 12 por cento”, indica uma nota publicada na página de Internet da agência de notação sobre o relatório. O desempenho do jogo VIP dos casinos de Macau excedeu as expectativas da Fitch, com as receitas deste segmento a crescerem 16,8 por cento no primeiro trimestre, em termos anuais homólogos, atingindo 35,491 mil milhões de patacas, indicaram dados oficiais divulgados na passada quarta-feira. De acordo com o site da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), os lucros do jogo VIP (angariados nas salas de grandes apostas) representaram 55,9 por cento das receitas brutas arrecadadas pelos casinos entre Janeiro e Março, contra 54 por cento no primeiro trimestre de 2016. A percentagem de crescimento das receitas do segmento VIP nos primeiros três meses do ano foi o dobro do registado no mercado de massas. As receitas do jogo de massas, incluindo as das slot machines, subiram 8,5 por cento, em termos anuais homólogos, para 27,988 mil milhões de patacas. Trata-se de um sinal positivo para o segmento VIP que, apesar de deter a ‘fatia de leão’, tem visto a proporção nas receitas totais da indústria do jogo a diminuir nos últimos anos: em 2016 foi de 53,2 por cento, em 2015, 55,3 por cento, e em 2014, 60,4 por cento – isto quando chegou a ser superior a 77 por cento. Dar a volta Para a melhoria do desempenho do mercado VIP, a Fitch destacou factores como “a melhoria dos indicadores económicos no interior da China, a habituação dos apostadores às iniciativas de combate à corrupção e ao combate pelas autoridades chinesas ao marketing dos casinos por empresas estrangeiras [até à data com sede fora de Macau]”. “A receita bruta do jogo VIP tem actualmente um nível similar ao de 2010”, adiantou a agência de notação financeira, indicando que “há uma boa margem de crescimento”. A Fitch afirmou esperar que os investimentos fixos na China, um importante motor para o jogo VIP, cresçam 4,3 por cento em 2017, abaixo dos 5,7 por cento em 2016. Mas a agência sublinhou “a natureza opaca” deste segmento, o que justifica uma análise cautelosa. Já no que respeita ao mercado de massas, a agência de notação referiu que este segmento vai ser impulsionado pelos “gastos saudáveis dos consumidores”, para os quais a Fitch previu “um crescimento de 7,5 por cento” este ano, e pelo “aumento da capacidade de alojamento, que “incentiva a estadas mais longas”. Além de apontar que o mercado de massas continua por desenvolver na região da Ásia-Pacífico, a Fitch observou também as mais-valias das infra-estruturas em curso em termos de acessibilidade: “Apesar do atraso, os projectos de infra-estruturas pendentes, como a ponte Zhuhai-Hong Kong-Macau, o terminal marítimo da Taipa, a ligação ferroviária ao aeroporto de Zhuhai e o metro ligeiro em Macau deverão tornar a cidade mais acessível”. No final de Março, Macau contava 6423 mesas de jogo e 16.018 slot machines, distribuídas por 39 casinos.