Hoje Macau China / ÁsiaQatar | Pequim diz que “força não trará paz” O Governo chinês afirmou ontem que “a força, por si só, não trará a paz ao Médio Oriente”, após o exército israelita ter morto na terça-feira, em Doha, cinco membros do grupo palestiniano Hamas. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China Lin Jian expressou “profunda preocupação” com a possibilidade de o ataque agravar ainda mais as tensões na região. Pequim condenou com veemência o que considerou uma “violação da soberania territorial e da segurança nacional do Qatar por parte de Israel” e apelou ao “diálogo e à negociação”. “Manifestamos o nosso desagrado perante acções das partes envolvidas que minam as negociações para um cessar-fogo”, afirmou Lin Jian, instando “especialmente Israel” a “esforçar-se por pôr fim aos combates e retomar as negociações”. Na terça-feira, o Governo do Qatar confirmou que Israel atacou uma reunião de “vários membros do gabinete político” do Hamas, num edifício residencial, sem os identificar. O Hamas confirmou a morte de cinco dos seus membros no ataque, sublinhando que nenhum deles fazia parte da delegação envolvida nas negociações.
Hoje Macau China / ÁsiaPolónia | PM vai invocar Tratado da NATO após incursões russas O primeiro-ministro polaco anunciou ontem que vai invocar o artigo 4.º do Tratado da NATO, que prevê consultas entre todos perante ameaças à segurança de um dos Estados-membros, na sequência da violação do seu espaço aéreo por drones russos. As conversações com os aliados “estão actualmente a assumir a forma de um pedido formal para activar o artigo quarto do Tratado do Atlântico Norte”, avançou Donald Tusk ao parlamento polaco. De acordo com o artigo em causa, os Estados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) “devem consultar-se mutuamente quando, a critério de qualquer um deles, a integridade territorial, a independência política ou a segurança de qualquer uma das partes estiver ameaçada”. O primeiro-ministro da Polónia acusou ontem a Rússia de “provocação em grande escala”, após a entrada de drones russos no espaço aéreo do país membro da União Europeia e da NATO. Donald Tusk disse que durante a noite de ontem, a Polónia sofreu uma um total de 19 violações do seu espaço aéreo por aparelhos aéreos não tripulados (drones russos). As Forças Armadas da Polónia anunciaram terem sido enviados, de imediato, aviões polacos e dos aliados. “As aeronaves usaram armas contra objectos hostis”, referiu o ministro da Defesa polaco, Wladysla Kosiniak-Kamysz, numa mensagem difundida através das redes sociais. Em contacto O ministro da Defesa referiu ainda que estava em contacto permanente com o comando da NATO. Também a NATO anunciou ter ajudado a Polónia a abater os drones russos que invadiram o espaço aéreo polaco. Numa publicação feita ontem de manhã nas redes sociais, a porta-voz do secretário-geral da aliança militar que une a Europa e os Estados Unidos, Mark Rute, confirmou estar em contacto com as autoridades polacas e disse que as defesas aéreas da NATO ajudaram a Polónia. “Vários drones entraram no espaço aéreo polaco durante a noite e encontraram defesas aéreas polacas e da NATO”, escreveu Allison Hart. O primeiro-ministro holandês em fim de mandato, Dick Schoof, confirmou que os Países Baixos participaram na operação aérea na Polónia com aviões F-35, denunciando uma “violação inaceitável” do espaço aéreo polaco. “É bom que os caças F-35 holandeses tenham conseguido prestar apoio”, disse Schoof nas redes sociais. “Sejamos claros: a violação do espaço aéreo polaco na noite passada por drones russos é inaceitável”, considerou. O primeiro-ministro polaco indicou ainda que o secretário de Estado norte-americano, Mark Rubio, também está em “contacto constante” com o Presidente do país, Karol Nawrocki, e o ministro da Defesa, que esteve em Londres para participar numa reunião com quatro colegas europeus na quarta-feira. A violação do espaço aéreo polaco obrigou ao encerramento temporário de quatro aeroportos: o Aeroporto Chopin de Varsóvia, o Aeroporto de Varsóvia-Modlin, o Aeroporto de Rzeszów-Jasionka e o Aeroporto de Lublin, a maioria dos quais pôde reabrir ao início da manhã de ontem.
Hoje Macau China / ÁsiaUE | Fome provocada por Israel em Gaza tem de acabar A presidente da Comissão Europeia defendeu ontem que a fome provocada por Israel em Gaza “não pode ser uma arma de guerra” e “tem de acabar” e anunciou medidas para aumentar a pressão sobre Telavive. No discurso sobre o Estado da União, na sessão plenária na cidade francesa de Estrasburgo, Ursula von der Leyen descreveu: “Pessoas mortas enquanto imploravam por comida, mães segurando bebés sem vida… Estas imagens são simplesmente catastróficas e, por isso, quero começar com uma mensagem muito clara [dizendo que] a fome provocada pelo homem nunca pode ser uma arma de guerra”. Depois de ter sido bastante criticada pelo silêncio sobre Gaza e por ser próxima de Israel, a responsável alemã vincou, obtendo aplausos dos eurodeputados: “Pelo bem das crianças, pelo bem da humanidade, isto tem de acabar”. De acordo com Ursula von der Leyen, o que está a acontecer no enclave palestiniano devido à ofensiva israelita “abalou consciência do mundo” e “é inaceitável”. “Isto também faz parte de uma mudança mais sistemática nos últimos meses que é simplesmente inaceitável”, adiantou a política alemã de centro-direita, condenando o sufoco financeiro da Autoridade Palestiniana, os planos para colonização da Cisjordânia ocupada e “as acções e declarações dos ministros mais extremistas do governo israelita”. Ao vincar que “a Europa deve liderar o caminho”, Ursula von der Leyen anunciou mais medidas para pressionar Israel a acabar com a ofensiva em Gaza, como a suspensão do apoio bilateral, a interrupção dos pagamentos sem afectar o trabalho com a sociedade civil, a introdução de sanções contra os ministros extremistas e os colonos violentos e ainda a suspensão parcial do Acordo de Associação da UE com Telavive no que diz respeito a questões comerciais.
Hoje Macau China / ÁsiaConsumo | Preços voltam a cair em Agosto Os preços ao consumidor na China voltaram a cair em Agosto, evidenciando persistentes pressões deflacionistas, enquanto uma descida mais moderada nos preços à saída da fábrica sugere um efeito da campanha de Pequim contra as guerras de preços. O índice de preços no consumidor (IPC), principal indicador da inflação, recuou 0,4 por cento em termos homólogos no mês passado, segundo dados divulgados ontem pelo Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) do país asiático. O valor ficou abaixo das expectativas do mercado, depois de uma sondagem da agência financeira Wind prever uma queda de 0,2 por cento. Em Julho, o IPC permaneceu inalterado face ao mesmo mês de 2024. A segunda maior economia mundial enfrenta há mais de dois anos pressões deflacionistas, com a fraca procura interna e o excesso de capacidade industrial a penalizarem os preços, enquanto a incerteza no comércio internacional dificulta o escoamento de produtos por parte dos fornecedores. A deflação consiste numa queda dos preços ao longo do tempo, por oposição a uma subida (inflação). O fenómeno reflecte debilidade no consumo doméstico e investimento e é particularmente perigoso, já que uma queda no preço dos activos, por norma contraídos com recurso a crédito, gera um desequilíbrio entre o valor dos empréstimos e as garantias bancárias. Outro dos efeitos, é o de levar ao adiamento das decisões de consumo e investimento em resultado de expectativas de preços mais baixos no futuro, podendo criar uma espiral descendente de preços e procura difícil de inverter, afectando a economia por inteiro.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Reconhece parentalidade conjunta a casal lésbico Um tribunal de Hong Kong considerou ilegal impedir que um casal lésbico registe conjuntamente a maternidade do filho concebido por fertilização in vitro, ao considerar que essa exclusão viola os direitos à privacidade e à vida familiar da criança. A decisão do tribunal de primeira instância, divulgada na terça-feira pela imprensa local, representa um marco na luta pelos direitos das famílias homoparentais na região administrativa especial chinesa. O casal, identificado como R, de nacionalidade chinesa, e B, cidadã sul-africana com residência permanente em Hong Kong, casou-se no estrangeiro em 2019. O filho, identificado como K e nascido em 2021, foi concebido através de fertilização in vitro recíproca, com um óvulo de R e gestação por B. Contudo, o registo civil local reconheceu apenas B como mãe legal, deixando R – que tem o único vínculo genético com a criança – sem qualquer estatuto parental oficial. A disputa remonta a 2022, quando o casal deu início a uma acção judicial para reinterpretar a legislação local e garantir o reconhecimento de R como mãe. A juíza Queeny Au reconheceu R como “progenitora segundo o direito consuetudinário”, mas sem clarificar os direitos concretos, por considerar que tal ultrapassaria as competências do tribunal. Face à recusa do Departamento de Justiça em alterar o certificado de nascimento, foi pedida uma nova revisão judicial em 2023. Outras perspectivas O juiz Russell Coleman, que presidiu à audiência mais recente, classificou a decisão anterior como “vazia”, por não conferir a R quaisquer direitos ou obrigações legais efectivos. Sublinhou que a omissão de R no certificado de nascimento poderia pôr em causa o seu papel parental, afectando a dignidade e identidade da criança. “Reflecte um sentimento de inferioridade decorrente da ausência de um quadro legal de reconhecimento”, afirmou o magistrado, citando uma decisão de 2023 do Tribunal de Última Instância que obriga à protecção dos direitos das uniões entre pessoas do mesmo sexo. Coleman rejeitou o argumento do Governo de que o certificado de nascimento era “pouco relevante” e frisou que imprecisões nesse documento podem prejudicar a privacidade e o desenvolvimento da identidade da criança em momentos importantes da sua infância. O juiz rejeitou também a sugestão governamental de que R deveria pedir tutela legal da criança, considerando que “um progenitor é um progenitor” e que tal alternativa é insuficiente. O tribunal instou os advogados a proporem medidas concretas para executar a sentença. Em Hong Kong, o casamento entre pessoas do mesmo sexo não é reconhecido de forma plena, sendo apenas admitido para efeitos limitados, como tributação ou heranças, após disputas judiciais. Em 2023, o Tribunal de Última Instância deu dois anos ao Governo para criar um quadro legal claro para os casais do mesmo sexo. Contudo, um projecto de lei sobre direitos médicos e decisões póstumas enfrenta forte oposição e estava prevista para ontem uma votação no Conselho Legislativo. A decisão judicial representa um avanço na luta pela igualdade de direitos da comunidade LGBTQ em Hong Kong, onde o reconhecimento legal das uniões entre pessoas do mesmo sexo continua restrito e controverso.
Hoje Macau China / ÁsiaNepal | China espera “restabelecimento da ordem social o mais rapidamente possível” A China afirmou ontem esperar que o Nepal “restabeleça a ordem social e a estabilidade o mais rapidamente possível”, após uma vaga de distúrbios que causou dezenas de mortos e levou à demissão do primeiro-ministro, K.P. Sharma Oli. “China e Nepal são tradicionalmente vizinhos amistosos”, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Lin Jian, em conferência de imprensa, acrescentando que Pequim espera que “todos os sectores do Nepal lidem adequadamente com os seus assuntos internos”. O porta-voz indicou ainda que as autoridades chinesas recomendaram aos cidadãos chineses no Nepal que “estejam atentos à sua segurança”. O exército nepalês, que assumiu o controlo da segurança no país, anunciou ontem a extensão do recolher obrigatório a nível nacional até hoje, após uma vaga de protestos violentos que provocou pelo menos 25 mortos. As forças armadas manifestaram também disponibilidade para facilitar conversações entre as partes envolvidas, com o objectivo de encontrar uma saída política para a crise. O ponto de partida da revolta popular foi a controversa proibição de 26 plataformas de redes sociais, mas os protestos reflectem uma frustração acumulada face à corrupção sistémica e ao nepotismo, simbolizados em campanhas virais contra os chamados “Nepo Kids” – filhos da elite – e contra uma classe política que tem alternado no poder ao longo de décadas. Durante anos, um dos maiores desafios e legados de K.P. Sharma Oli foi a gestão do delicado equilíbrio entre os dois gigantes asiáticos, China e Índia. Oli ganhou reputação como político próximo de Pequim, com quem o Nepal partilha uma fronteira de quase 1.400 quilómetros nos Himalaias, tendo assinado acordos considerados “históricos” para reduzir a dependência de Nova Deli e ganhado popularidade interna ao “desafiar o irmão mais velho indiano”.
Hoje Macau China / ÁsiaRedes Sociais | Bloqueadas 1.200 contas por divulgar notícias alegadamente falsas As autoridades chinesas anunciaram ontem o encerramento ou bloqueio de mais de 1.200 contas nas redes sociais por se fazerem passar por órgãos de imprensa e divulgarem conteúdos informativos sem autorização. De acordo com a Administração do Ciberespaço da China, entre os casos identificados estão perfis em plataformas como Weibo – equivalente chinês da rede X, bloqueada no país –, WeChat ou Baijiahao, que usavam nomes, logótipos ou imagens semelhantes aos de órgãos oficiais para publicar notícias alegadamente falsas. O regulador indicou que foram também eliminadas contas que realizavam entrevistas e reportagens sem licença, outras que utilizavam fotografias de apresentadores da televisão estatal para reforçar publicações sensacionalistas, bem como várias que, segundo as autoridades, difundiam informações falsas ou difamatórias sobre empresas. A medida insere-se numa série de campanhas lançadas recentemente para reforçar o controlo sobre o espaço digital: em Julho, as autoridades intensificaram a supervisão sobre vídeos curtos com conteúdos considerados enganadores e, em Fevereiro, anunciaram o encerramento de mais de 10.000 portais ‘online’ desde o início do ano. Nos últimos anos, os reguladores chineses têm promovido diversas campanhas contra comportamentos como ostentação de riqueza, “informações falsas”, “conteúdos inapropriados” e “valores erróneos” nas redes sociais, o que levou ao encerramento de milhares de contas. A China é o país com mais utilizadores da Internet no mundo – mais de 1.100 milhões – mas também um dos que impõe maior controlo sobre conteúdo ‘online’: serviços populares no resto do mundo, como Google, Facebook, X (antigo Twitter) ou YouTube, estão bloqueados no país há vários anos.
Hoje Macau China / ÁsiaMandarim | Analisadas novas leis para fomentar unidade étnica O projecto de lei em análise visa o reforço da integração étnica e a consciência de uma unidade nacional A China analisou na segunda-feira dois projectos legislativos destinados a reforçar a integração étnica e a promoção do uso do mandarim entre minorias, no âmbito da estratégia do Presidente Xi Jinping para consolidar a identidade nacional. Segundo informou ontem a imprensa local, um dos diplomas, a proposta de “Lei para a Promoção da Unidade e Progresso Étnicos”, foi apresentada ao Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional (APN), o órgão legislativo máximo do país. A agência noticiosa oficial Xinhua considerou o projecto de lei como “um requisito urgente para fomentar um forte sentido de comunidade da nação chinesa e avançar na construção de uma identidade nacional unificada”. Com sete capítulos que abrangem identidade cultural, integração social, desenvolvimento económico, supervisão e responsabilidades legais, a proposta sublinha a promoção de intercâmbios interétnicos através de iniciativas culturais, educativas e turísticas. O projecto estava inscrito no plano quinquenal da 14.ª legislatura da APN, que termina este ano, e foi igualmente discutido pelo Politburo do Partido Comunista Chinês em Agosto, numa reunião presidida por Xi Jinping. Em paralelo, foi apresentada uma revisão à “Lei sobre a Língua Chinesa Comum Escrita e Falada”, com 32 artigos distribuídos por cinco capítulos, que prevê medidas abrangentes para padronizar e promover o uso do mandarim em sectores como os serviços públicos, a educação, a comunicação internacional e o espaço digital. Segundo a Xinhua, o mandarim “é um elemento fundamental da cultura chinesa e um símbolo nacional, tal como a bandeira, o hino e o emblema”. A revisão estabelece ainda a terceira semana de Setembro como a “Semana Nacional de Promoção do Mandarim”. Sentido de comunidade As propostas enquadram-se na política de Xi Jinping para construir “um sentido de comunidade da nação chinesa”, lançada em 2014 e reafirmada em 2021, e surgem em contexto de crescente escrutínio internacional sobre a abordagem de Pequim às minorias étnicas em regiões como o Tibete e Xinjiang, onde as autoridades intensificaram a regulação da língua e da cultura locais. Contas à língua De acordo com dados oficiais, mais de 80 por cento da população chinesa fala mandarim e 95 por cento dos adultos alfabetizados usam carateres normalizados, com a taxa de iliteracia a rondar 2,7 por cento. Contudo, permanecem desafios relacionados com a promoção desigual da língua, a regulação insuficiente nos serviços públicos e no espaço digital e a necessidade de adaptação à era digital e da inteligência artificial. O projecto de revisão reforça também os princípios legais ao acrescentar como objectivos “o fortalecimento da consciência da comunidade da nação chinesa e a consolidação da confiança cultural”, prevendo que “nenhuma organização ou indivíduo poderá impedir os cidadãos de aprender e utilizar a língua comum nacional”.
Hoje Macau SociedadeSuicídio | Destacado dia mundial de prevenção Os Serviços de Saúde (SS) destacaram a celebração, ontem, do Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio em 2003. Numa nota, é referido que foram criadas consultas externas de saúde mental e psicoterapia em nove centros de saúde, dando subsídios a duas instituições sem fins lucrativos para a prestação de serviços de consulta psicológica. Os SS explicam ainda que o Serviço de Psiquiatria do Centro Hospitalar Conde de São Januário criou “um mecanismo de contacto urgente com os centros de saúde e as instituições de serviço social para acompanhar e encaminhar os casos” mais prementes. Além disso, entre os meses de Junho e Agosto Macau acolheu diversas actividades comunitárias para aumentar a consciencialização sobre esta temática. Os SS dizem ainda ter uma colaboração estreita com o Instituto de Acção Social, a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude e instituições de serviço social, “a fim de proporcionar os serviços relacionados com a saúde mental, aumentar a acessibilidade contínua dos serviços, e alargar a rede de apoio social”. Todos aqueles que estejam emocionalmente angustiados ou considerem que se encontram numa situação de desespero devem ligar para ligar para a Linha Aberta “Esperança de vida da Caritas” através do telefone n.º 28525222 de forma a obter serviços de aconselhamento emocional.
Hoje Macau Manchete SociedadeSaúde / IA | Projecto-piloto em Macau e Évora Um projecto académico entre a Universidade de São José e a Universidade de Évora criou um sistema de inteligência artificial para ajudar profissionais de saúde a acelerar diagnósticos e terapias. O projecto deu origem a uma empresa, sediada no Alentejo, que pretende desenvolver um projecto-piloto em Portugal e Macau em 2026 Uma nova empresa tecnológica sediada em Évora quer criar um sistema de inteligência artificial (IA) que ajude profissionais de saúde a determinarem, de forma mais rápida, o diagnóstico e terapêutica dos doentes, revelou na terça-feira um dos responsáveis. A empresa Trustworthy AI foi criada, este mês, por Paulo Quaresma e Vítor Nogueira, docentes do Departamento de Informática da Universidade de Évora, em conjunto com Jianbiao Dai, da Universidade de São José, em Macau. “Não pretendemos, nem achamos que seja possível, nem desejável, nem vantajoso qualquer tipo de substituição” dos profissionais de saúde, mas será “um apoio à decisão”, afirmou à agência Lusa Paulo Quaresma. Segundo o docente e sócio da empresa, o sistema de IA a desenvolver pela Trustworthy AI vai “ter a capacidade de explicar [aos profissionais de saúde] o porquê de chegar a uma determinada proposta diagnóstica ou terapêutica” de uma doente. O sistema de IA vai analisar “os sintomas, a história clínica, o contexto e todas as características” do doente e, depois, explicar a médicos ou enfermeiros, “com níveis de confiança, o porquê de estar a fazer a sugestão”, salientou. Paulo Quaresma assinalou que a solução terá “o histórico de aprendizagem com muitas situações”, pelo que “pode até, eventualmente, alertar o profissional de saúde para situações que, no momento, podia não estar a ter em conta”. Com este sistema, “há a questão, claramente, de ganhar tempo e de também poder contribuir para melhorar a prestação de serviços de saúde”, considerou. Olhos no futuro De acordo com o responsável, o sistema, que pode constituir-se como um apoio aos profissionais de hospitais, centros de saúde e lares, baseia-se em metodologias de IA auditáveis, explicáveis e éticas para lhe conferir “um grau superior de confiança”. Ou seja, terá “a capacidade, por um lado, de começar por explicar exactamente o porquê de chegar a uma determinada geração de uma resposta” e de ser auditável para que “alguém externamente possa, com autorização, fazer uma auditoria para perceber e identificar exactamente todo esse processo”, explicou. Já instalada num espaço no Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia (PACT), a Trustworthy AI está agora a trabalhar em processos de candidatura a financiamento comunitário do programa regional Alentejo 2030 e a apoios em Macau. O docente e sócio realçou que a empresa pretende desenvolver, durante o próximo ano, um projecto-piloto no Alentejo e outro em Macau para testar e avaliar a solução, de forma a que, no final de 2026, possa ser alargado a outros locais.
Hoje Macau SociedadeGastronomia | Festival junto à Torre de Macau em Novembro Decorre no próximo mês de Novembro mais uma edição do Festival da Gastronomia, organizado pela União das Associações dos Proprietários de Estabelecimentos de Restauração e Bebidas de Macau. O evento decorre entre os dias 14 e 30 de Novembro junto à Torre de Macau, na praça do lago Sai Van, e traz um total de 150 bancas. Segundo o comunicado, Chan Chak Mo, ex-deputado, presidente desta União e responsável pela comissão de organização, avançou que nesta 25.ª edição o número de bancas se mantém semelhante à edição de 2024, sendo que cada edição costuma atrair mais de 200 inscrições de comerciantes ou empresários da restauração. Além da possibilidade de o público poder desfrutar de petiscos de todo o mundo, a 25.ª edição é tempo de festa e oferece também alguns eventos especiais, como é o caso do “Campeonato Internacional de Chefs de Culinária Chinesa”, que conta com equipas de mais de 40 países e regiões de todo o mundo. Haverá ainda a I Exposição Internacional de Equipamentos Inteligentes para a Restauração que “abrange os produtos, equipamentos, tecnologias e serviços mais recentes para o sector da restauração e hotelaria”. O anúncio do evento foi feito na terça-feira.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Arranca novo programa de apoio financeiro A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) recebe, a partir de amanhã, candidaturas a apoios financeiros atribuídos a associações ou entidades que desenvolvam projectos, no próximo ano, na área do turismo comunitário. Trata-se de projectos sobre áreas como “Viajar por Macau”, actividades de promoção gastronómica sobre “Sabores de Macau” e eventos de turismo marítimo, com o nome “Diversões na Orla Costeira”. As candidaturas podem ser submetidas até ao dia 3 de Outubro, devendo ser apresentadas no website do “Programa de Apoio Financeiro para 2026” da DST. A DST explica, em comunicado, que deverá dar uma resposta aos candidatos em Dezembro deste ano, sendo que as actividades aprovadas serão lançadas entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2026. Em 2025, foram aprovadas, no âmbito do Programa de Apoio Financeiro, 54 actividades alvo de apoio financeiro, nomeadamente visitas guiadas, feiras, produção gastronómica ou passeios marítimos. Até Agosto deste ano, foram concluídas 25 actividades, estando as restantes actividades a ser lançadas sucessivamente este ano, descreve a DST na mesma nota.
Hoje Macau PolíticaFinanças | Shenzhen emite em Macau mil milhões em títulos de dívida O Governo Popular de Shenzhen emitiu pela primeira vez em Macau títulos de dívida “offshore” no valor de mil milhões de renminbis (RMB), indicou ontem a Autoridade Monetária de Macau (AMCM). A iniciativa das autoridades de Shenzhen foi a primeira emissão em Macau de obrigações verdes destinadas ao combate às alterações climáticas. Como é habitual nestas situações, a AMCM saudou o sucesso da emissão, “manifestando o seu agradecimento pelo apoio prestado pelo Ministério das Finanças da República Popular da China e pelo Governo Popular de Shenzhen” ao desenvolvimento de novos sectores financeiros de Macau. A emissão de terça-feira destina-se a investidores profissionais e terá um prazo de três anos e taxa de juro de 1,74 por cento. A AMCM indica que “os fundos angariados serão utilizados em projectos de transporte limpo desenvolvidos em Shenzhen”. As autoridades realçam que esta emissão de títulos de dívida “offshore” em RMB representa um avanço inovador na colaboração financeira transfronteiriça entre Shenzhen e Macau, sendo também um marco significativo no desenvolvimento do mercado obrigacionista de Macau. Além disso, é referido que a iniciativa demonstra “a capacidade do mercado obrigacionista de Macau em servir como plataforma de financiamento externo para governos locais e empresas do Interior da China”.
Hoje Macau PolíticaEleições | Detido homem que vandalizou cartaz de Coutinho Um residente, na casa dos 40 anos, foi detido na tarde de terça-feira, por suspeitas de ter vandalizado um cartaz de campanha eleitoral com um cigarro, uma ofensa que viola a lei eleitoral pelo dano a materiais de campanha. O caso foi encaminhado para o Ministério Público e, segundo o Corpo de Polícia de Segurança Pública, a lista envolvida, liderada pelo deputado Pereira Coutinho, procura a responsabilização legal do suspeito. As autoridades acrescentam que o suspeito faz biscates, por exemplo, em obras de remodelação ou construção, mora na Ilha Verde e foi identificado através do sistema de videovigilância “Olhos no Céu”. Quando foi detido na sua residência, os agentes da polícia encontraram um pacote de cigarros da mesma marca das beatas encontradas junto ao cartaz vandalizado, assim como as roupas que usava na altura das acções que levaram à sua detenção. Quanto à motivação, o suspeito terá afirmado que estava mal-humorado na altura, e que não teve intenção de vandalizar especificamente o cartaz da lista Nova Esperança, nem teve motivações políticas. Recorde-se que no final da semana passada a lista de encabeçada por Pereira Coutinho apresentou queixas à Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) e à polícia na sequência deste incidente.
Hoje Macau China / ÁsiaSul-coreanas forçadas a prostituir-se durante décadas processam EUA Mais de 100 mulheres sul-coreanas forçadas a prostituir-se para militares norte-americanos entre as décadas de 1950 e 1980 apresentaram um processo inédito contra os Estados Unidos, acusando-os de violência sexual, anunciaram ontem os advogados das denunciantes. Dezenas de milhares de mulheres sul-coreanas trabalharam em bordéis aprovados pelo Estado durante este período, de acordo com historiadores e activistas. Os seus clientes eram militares norte-americanos que protegiam os sul-coreanos da Coreia do Norte. Em 2022, o mais alto tribunal da Coreia do Sul decidiu que o Governo tinha “criado, gerido e operado” ilegalmente estes bordéis para os militares norte-americanos. O tribunal ordenou o pagamento de indemnizações a aproximadamente 120 denunciantes. Na semana passada, 117 vítimas apresentaram um novo processo, acusando formalmente os militares norte-americanos pela primeira vez e exigindo um pedido de desculpas. Pedem 10 milhões de wons (aproximadamente 6.116 euros) por vítima pelos danos causados e procuram especificamente a responsabilização dos Estados Unidos. Numa declaração conjunta, os activistas dos direitos das mulheres que apoiam as vítimas alegaram que os militares norte-americanos “ignoraram a Constituição sul-coreana”, privaram estas mulheres das suas liberdades e “destruíram as suas vidas”. “Este julgamento visa responsabilizar tanto o Governo sul-coreano como as autoridades militares norte-americanas”, disse a advogada Ha Ju-hee à agência de notícias AFP. O processo nomeia formalmente o Governo sul-coreano como réu, uma vez que Seul é legalmente responsável por indemnizar as vítimas de soldados norte-americanos em serviço. Seul deve então procurar o ressarcimento de Washington, disseram os advogados. Corpo do negócio Ao contrário das “mulheres de conforto”, abusadas sexualmente pelos soldados japoneses na Segunda Guerra Mundial, as mulheres sul-coreanas entregues aos norte-americanos permaneceram praticamente invisíveis, em parte devido aos fortes laços entre Washington e Seul. A economia ligada às bases norte-americanas – incluindo bordéis, restaurantes, salões de beleza e bares – representou 25 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) da Coreia do Sul nas décadas de 1960 e 1970, segundo os historiadores. Os Estados Unidos mantêm actualmente 28.500 soldados no país para o proteger da Coreia do Norte, que possui armas nucleares.
Hoje Macau China / ÁsiaSupremo tailandês decreta prisão para ex-PM Thaksin Shinawatra O Supremo Tribunal da Tailândia ordenou ontem que o influente ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra cumpra um ano de prisão, depois de, em 2023, ter passado parte de uma pena por corrupção num hospital em vez de na prisão. Os 180 dias que Thaksin, figura-chave da política tailandesa nas últimas décadas, passou hospitalizado sob custódia policial alegando problemas de saúde “não podem ser contabilizados na sua pena”, explicou o tribunal num comunicado. O poderoso ex-governante foi detido para cumprir várias penas pendentes por corrupção em Agosto de 2023, quando regressou à Tailândia, coincidindo com o regresso ao poder do seu partido, o Pheu Thai, depois de ter passado 15 anos no Dubai em fuga da justiça, mas foi-lhe permitida uma hospitalização sob custódia policial. Thaksin permaneceu no hospital por seis meses e depois aceitou um regime de prisão domiciliária, que terminou em Agosto de 2024. “O réu beneficiou com a permanência no hospital”, quando “sofria apenas de doenças crónicas que podiam ter sido tratadas em regime ambulatório, sem necessidade de internamento”, decidiu hoje o Supremo Tribunal. O tribunal salientou ainda que Thaksin optou por “submeter-se a cirurgias não urgentes” devido a problemas num dedo e no ombro direito, o que “resultou no prolongamento da sua hospitalização”. Na sombra A Justiça tailandesa analisou o argumento de Thaksin sobre os problemas de saúde num momento em que o ex-líder, de 76 anos, mantém uma agenda recheada de viagens ao exterior e aparições em eventos públicos, e é considerado o líder na sombra dos governos do clã político da família Shinawatra, entre eles o de sua filha Paetongtarn. Na noite da última quinta-feira, o magnata voou de Tailândia para Dubai no seu jacto particular, alegando, mais uma vez, motivos de saúde, o que gerou rumores de que poderia ter fugido novamente. No entanto, Thaksin retornou esta segunda-feira ao país para cumprir a obrigação de comparecer na audiência agendada pelo Supremo Tribunal. A viagem do ex-governante, inicialmente planeada para realizar um exame médico na vizinha Singapura, ocorreu horas antes da votação realizada na sexta-feira no Parlamento para a eleição de um novo primeiro-ministro depois da destituição de Paetongtarn, da qual saiu vencedor o conservador Anutin Charnvirakul. Paetongtarn, afastada do poder pelo Tribunal Constitucional por ter criticado o Exército, disse ontem à imprensa à saída do tribunal, onde se deslocou para acompanhar o pai que a “família agradece a clemência real ao reduzir a pena” de Thaksin para um ano. O patriarca dos Shinawatra passará, em princípio, um ano na prisão, depois de ter sido absolvido no passado dia 22 de Agosto de uma acusação de lesa-majestade, um crime que protege a Casa Real da Tailândia de qualquer insulto e que, nos últimos anos, tem sido utilizado como uma arma legal para desacreditar adversários políticos.
Hoje Macau China / ÁsiaCooperação | China, Rússia e Mongólia realizam manobras conjuntas China, Rússia e Mongólia realizaram entre 08 e 09 de Setembro o exercício “Cooperação Fronteiriça-2025”, as primeiras manobras conjuntas organizadas pelas forças de defesa de fronteiras dos três países, informou ontem a imprensa oficial chinesa. O exercício teve lugar numa zona fronteiriça partilhada e focou-se na “prevenção e combate a actividades terroristas e de sabotagem em áreas limítrofes”, segundo a mesma fonte. Durante as manobras, as três partes estabeleceram um posto de comando conjunto em território chinês, sob o princípio de “quem organiza no seu território, lidera”, com consultas multilaterais e comando paralelo. As actividades incluíram operações de reconhecimento conjunto, bloqueio, ataques coordenados, controlo de danos e entrega de suspeitos, entre outras. As autoridades chinesas indicaram que o objectivo do exercício foi “elevar o nível de coordenação estratégica, reforçar a capacidade de resposta a ameaças à segurança nas fronteiras e consolidar a confiança mútua”, testando ainda um novo modelo de cooperação fronteiriça. Após a conclusão do simulacro, representantes dos três países trocaram experiências sobre gestão de fronteiras e mecanismos de controlo. É a primeira vez que as forças de defesa de fronteiras da China, Rússia e Mongólia participam num exercício conjunto deste tipo, que, segundo Pequim, visa “demonstrar uma cooperação pragmática e aprofundar a amizade tradicional” entre os três países vizinhos.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte | Xi felicita Kim Jong-un pelos 77 anos do país O Presidente chinês, Xi Jinping, enviou ontem uma mensagem de felicitações ao líder norte-coreano, Kim Jong-un, por ocasião do 77.º aniversário da fundação da Coreia do Norte, reiterando a vontade de Pequim em manter e desenvolver os laços bilaterais. Na mensagem, divulgada pela televisão estatal chinesa, Xi assinala que, nas últimas décadas, a Coreia do Norte “tem impulsionado o desenvolvimento dos seus projectos socialistas”, e expressa confiança na capacidade do país para enfrentar com sucesso os próximos desafios políticos e económicos. O chefe de Estado chinês recorda que a China e Coreia do Norte são “vizinhos tradicionais unidos por montanhas e rios” e sublinha que “manter, consolidar e desenvolver” os laços bilaterais constitui uma “estratégia inabalável” para Pequim. Xi mencionou ainda a recente visita de Kim a Pequim para participar nas celebrações do 80.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial no Pacífico, ocasião em que ambos os líderes se reuniram e “traçaram uma rota” para a cooperação futura. O líder chinês afirmou estar disposto a “reforçar a comunicação estratégica” com Pyongyang e a “avançar lado-a-lado” para contribuir para a paz e estabilidade na região.
Hoje Macau China / ÁsiaBRICS | Xi afirma que Sul Global deve fazer-se ouvir O líder chinês participou na reunião virtual extraordinária convocada pelo Brasil e voltou a apelar ao trabalho conjunto em prol do multilateralismo O Presidente chinês afirmou segunda-feira que o bloco BRICS deve “fazer ouvir a voz do Sul Global”, opor-se a “qualquer forma de proteccionismo” e trabalhar em conjunto para enfrentar “desafios externos”. “As guerras comerciais estão a acelerar e o grupo BRICS [que integra Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] deve manter-se forte na defesa do multilateralismo”, defendeu Xi Jinping, no discurso proferido no início desta reunião extraordinária virtual, convocada pelo Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. O chefe de Estado chinês sustentou também que é necessária “mais democracia nas relações internacionais e fazer ouvir a voz do Sul Global”, ao mesmo tempo insistindo em que o grupo de economias emergentes deve demonstrar “solidariedade e cooperação em prol do desenvolvimento comum” para “enfrentar os desafios exteriores”. O BRICS é um grupo criado em 2009, actualmente composto por 10 economias emergentes e que funciona como um fórum de articulação e cooperação do Sul Global, centrado no desenvolvimento económico, político e social. Além dos cinco fundadores, tem como Estados-membros: Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irão. O líder chinês sublinhou que “o hegemonismo, o unilateralismo e o proteccionismo estão cada vez mais descontrolados” e que “as guerras comerciais e tarifárias conduzidas por um determinado país [Estados Unidos] estão a perturbar gravemente a economia mundial e a minar as regras do comércio internacional”. “Só conseguiremos enfrentar estes desafios se formos capazes de gerir os nossos próprios assuntos em primeiro lugar”, afirmou, antes de salientar que “os BRICS representam cerca de metade da população mundial, cerca de 30% da produção económica global do mundo e um quinto do comércio global”. “Quanto mais trabalharmos juntos, mais resistentes seremos perante os desafios. A China está pronta para trabalhar para reforçar a cooperação e aproveitar os pontos fortes de cada membro para trazer mais benefícios práticos aos nossos povos”, acrescentou. Em conjunto Xi vincou que os países não podem prosperar sem um ambiente internacional aberto e que “nenhum país pode dar-se ao luxo de se retirar para um isolamento auto-imposto”. “Independentemente da evolução da situação internacional, temos de continuar empenhados em construir uma economia global aberta, partilhar oportunidades e alcançar uma cooperação assente no benefício mútuo”, afirmou. O Presidente chinês destacou igualmente a necessidade de serem “mais práticos e mais produtivos” e de “salvaguardar um sistema internacional com as Nações Unidas no seu centro”, a partir do qual possa “defender-se o multilateralismo”. “Devemos também defender uma globalização inclusiva, na qual os países do Sul Global possam participar em pé de igualdade, e salvaguardar a ordem económica e comercial internacional. A globalização é a tendência histórica, devemos continuar empenhados numa economia global e opor-nos a todas as formas de protecionismo”, sustentou. A cimeira extraordinária do bloco, que reúne as principais economias do Sul Global, decorre num contexto de tensões sobre a guerra comercial conduzida pelo Governo do Presidente norte-americano, Donald Trump. A anterior cimeira do grupo realizou-se em Julho de 2025 na cidade brasileira do Rio de Janeiro, e a próxima cimeira estava agendada para 2026 na Índia.
Hoje Macau EventosBanda desenhada | Associação “Somos!” lança competição para residentes A “Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa”, lança em Outubro uma competição de artes visuais, mais concretamente de banda desenhada, a pensar num público de residentes jovens com idades compreendidas entre os 15 e os 25 anos. Esperam-se trabalhos com tema livre, contando também com um workshop de Wesley Chan, presidente da Hyper Comic Society, e com o cartoonista local Rodrigo de Matos Está quase a surgir uma competição para os amantes de artes visuais e usam esta forma artística para expressar a sua visão. Trata-se do concurso “BD-Macau”, promovido pela “Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa” (Somos – ACLP), que será lançado em Outubro. Trata-se de uma competição direccionada para um público jovem local, pretendendo-se, segundo uma nota da associação, “incentivar a criação de banda desenhada original” sobre o território. Naquela que será a primeira edição deste concurso, que se pretende bi-anual, o tema é livre. O evento será precedido por um workshop dirigido pelo cartoonista local Rodrigo de Matos, nome habitual dos cartoons editoriais publicados no jornal Ponto Final e também no semanário português Expresso, e ainda Welsey Chan, presidente da Hyper Comic Society, que prometem relevar todos os segredos e mestrias para desenhar um bom cartoon ou banda desenhada. O prazo de inscrições decorre até ao dia 5 de Outubro, sendo que os trabalhos finais deverão ser submetidos de 12 de Outubro a 30 de Novembro. Os participantes têm de ser residentes de Macau, com idades compreendidas entre os 15 e 25 anos. Cada trabalho deve ter no mínimo quatro pranchas, utilizando-se a narração por imagens e a linguagem típica da banda desenhada. As especificidades socioculturais de Macau devem ser destacadas, com a acção das “histórias aos quadradinhos” a desenrolar-se na cidade, ilustrando-se a sua paisagem urbana. No caso de haver incorporação de texto, este deve ser escrito numa das línguas oficiais, o chinês ou português. Podem ser submetidos a concurso trabalhos originais feitos anteriormente, desde que nunca tenham sido premiados. O workshop decorre a 11 de Outubro, esperando-se que os participantes possam “aprender ou consolidar as técnicas básicas de desenho e de criação de personagem, assim como de desenvolvimento de narrativa para este género literário”. Uma estreia Não sendo o primeiro concurso da “Somos!”, que já apresentou iniciativas na área da fotografia ou do desenho, com uma ligação ao mundo da lusofonia, esta é a primeira vez que se apresenta um concurso virado para a BD. Com este projecto, a associação pretende apoiar o desenvolvimento criativo na área do desenho e ilustração e impulsionar o surgimento de mais obras locais nesta expressão artística, é referido na mesma nota. O júri irá escolher o grande vencedor e os segundo e terceiro classificados, sendo-lhes atribuídos, respectivamente, prémios pecuniários de 7000, 4000 e 2000 patacas. Além disso, uma eventual edição em livro de algumas das bandas desenhadas a concurso poderá ser considerada, mediante uma avaliação qualitativa prévia por parte do júri e da Somos – ACLP. A associação visa, assim, contribuir para o aumento de livros produzidos e editados em Macau, bem como para o registo imagético e escrito do progresso da cidade e das suas mutações. Com a organização da Competição de Arte Visual: “BD-Macau”, a Somos – ACLP pretende celebrar Macau e a sua riqueza arquitectónica e histórica, como local de confluência cultural e base sino-lusófona. As inscrições devem ser feitas através da página electrónica da Somos – ACLP.
Hoje Macau SociedadeContrabando | Seis casos em sete dias Os Serviços de Alfândega (SA) relevaram que durante a Operação Trovoada 2025, entre 29 de Agosto e 4 de Setembro, os agentes alfandegários descobriram seis casos de tráfico e transporte ilegais nos postos fronteiriços das Portas do Cerco e de Hengqin. Segundo o comunicado, os SA apreenderam um total de mil conjuntos de movimentos de relógio (mecanismos que fazem o relógio funcionar), 142 quilos de alimentos não inspeccionados, 34 telemóveis antigos, três vinhos chineses baijiu, um inalador de cigarro electrónico e 117 cartuchos de cigarro electrónico. Os seis contrabandistas têm idade entre 29 e 70 anos e o grupo é constituído por residentes de Macau e do Interior. Três contrabandistas foram multados ao abrigo da lei do comércio externo, e os casos de outros dois contrabandistas foram encaminhados para o Instituto para os Assuntos Municipais devido à violação das normas de controlo sanitário e fitossanitário. Um outro contrabandista, foi encaminhado aos Serviços de Saúde devido à violação do regime de prevenção e controlo do tabagismo.
Hoje Macau SociedadeBurla | Estudante perde 1,3 milhões de dólares de Hong Kong Uma estudante de Macau a estudar no Interior da China foi alvo de uma burla, com perdas de 1,37 milhões de dólares de Hong Kong, depois de ter acreditado nos burlões que se fizeram passar pela polícia. Segundo o jornal Ou Mun, a mãe da vítima foi contactada por um banco de Macau, no final mês passado, porque foram verificados movimentos suspeitos na conta bancária da filha. Segundo os funcionários da instituição local, a conta que a mãe tinha criado para a sua filha estava sem saldo, devido a várias transferências suspeitas. Após a mãe ter confrontado a filha, esta confessou ter transferido o dinheiro para financiar a investigação criminal no Interior, porque lhe tinha sido dito que tinha praticado crimes. A filha confessou também ter omitido a situação da mãe, a pedido dos burlões, e reconheceu ter pedido dinheiro à família com a desculpa que precisava de fazer uma prova de meios de subsistência no exterior, para obter um visto de estudante, quando o objectivo era transferir os fundos para “a polícia”. Por último, a vítima contou que nunca partilhou o sucedido com a família, depois de ter sido contactada, devido ao pedido “dos polícias”, que lhe disseram para manter toda a investigação em segredo. A PJ está a investigar o caso.
Hoje Macau SociedadeInfiltrações | Inspecções podem custar mais de 5 milhões O Laboratório de Engenharia Civil de Macau mostrou-se disponível para fazer a inspecção às infiltrações nos edifícios controlados pela Direcção de Serviços de Solos e Construção Urbana (DSSCU), por um preço de 5,67 milhões de patacas. A informação consta do portal da DSSCU e a proposta foi apresentada no âmbito de uma consulta por escrito a esta entidade. O preço prevê a prestação dos serviços durante o período de um ano, entre Setembro e Agosto de 2026. No entanto, à data de ontem, a DSSCU ainda não tinha avançado a adjudicação do serviço. O Laboratório de Engenharia Civil de Macau foi criado em 1988 com o objectivo de fornecer às empresas de construção civil e à sociedade de Macau apoio técnico em engenharia civil, testes laboratoriais e serviços de calibração.
Hoje Macau PolíticaFunção Pública | Aberto curso de habilitação para chefe de divisão Realizou-se ontem a cerimónia de abertura do Curso de habilitação para o exercício do cargo de chefe de divisão, co-organizado pela Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP) e pela Universidade de Macau (UM). O curso terá a duração de cinco semanas e os formandos foram propostos pelos próprios serviços e entidades tutelares. A directora do SAFP, Leong Weng In, afirmou que foram introduzidas optimizações neste curso, acrescentando precisão na definição de objectivos e maiores exigências, tendo em conta “a experiência adquirida nas últimas cinco edições do Curso de Formação de Liderança para os Trabalhadores dos Serviços Públicos”. A responsável vincou também o compromisso do Governo com a continuidade deste tipo de cursos para “formar quadros qualificados em prol do reforço da constituição da equipa de governação”. Leong Weng In lançou um repto aos 29 formandos para se dedicarem aos estudos, “inspirarem-se mutuamente e progredirem em conjunto, para que, quando regressarem ao trabalho, possam aplicar o que aprenderam e impulsionar a melhoria contínua dos serviços públicos prestados”. Segundo o Executivo, os formandos do curso são “provenientes de diversas áreas de governação, possuem excelentes competências e potencialidades”, com bom desempenho no trabalho.