Três descendentes de Goa, Damão e Diu ganham diariamente nacionalidade portuguesa

[dropcap style=’circle’]T[/dropcap]rês descendentes de cidadãos naturais de Goa, Damão e Diu obtêm, em média, por dia, nacionalidade portuguesa, de acordo com dados facultados pelo embaixador de Portugal na Índia, Jorge Roza de Oliveira.
“Haverá cerca de 90 aquisições de nacionalidade por mês, a maior parte por descendentes de nascidos até 1961, [o que] dá mais ou menos um milhar por ano”, disse o diplomata à agência Lusa.
Os cidadãos nascidos em Goa, Damão e Diu até 1961, data da ocupação pela União Indiana, têm nacionalidade portuguesa, a qual pode ser requerida pelos seus descendentes até à terceira geração.
Este número é menor do que a média de dez registada entre 2007 e 2013, já que, durante esse período, foram despachados favoravelmente 27.382 pedidos, segundo dados fornecidos, em meados de 2014, pelo Instituto dos Registos e do Notariado (IRN) à Lusa.
Ao contrário de Portugal – onde é permitida a dupla nacionalidade – na Índia só é autorizada uma, ou seja, quando um cidadão adquire a cidadania de outro país tem de abdicar da indiana. Contudo, nem todos o fazem, o que representa um nó górdio para as autoridades indianas que procuram uma solução.
“O que a Índia pretende apenas é tentar limar um problema que existe pelo facto de não aceitar a dupla nacionalidade”, vincou Jorge Roza de Oliveira, considerando que se trata de uma questão interna relativamente à qual não cabe a Portugal intervir.
“Nós vamos acompanhando, mas não é uma negociação connosco. Não temos nada a ver”, disse o diplomata, indicando que, actualmente, o Ministério da Administração Interna indiano – que fez pelo menos uma visita a Goa para falar com todos os intervenientes – estará a preparar legislação para tentar resolver o problema de os indianos terem uma segunda nacionalidade quando a sua lei não o permite.
“Isto é uma coisa interna indiana e está a ser preparada, se assim posso dizer, em [Nova] Deli e no Ministério da Administração Interna, mas eles não terão obviamente uma urgência enorme em resolver isto porque têm outras coisas pela frente”, comentou. [quote_box_right]“O que a Índia pretende apenas é tentar limar um problema que existe pelo facto de não aceitar a dupla nacionalidade”, Jorge Roza de Oliveira, embaixador de Portugal[/quote_box_right]
“Vão tentar triar a situação”, mas “não estão minimamente interessados em criar problemas bilaterais (…). Penso que têm feito isto com alguma calma e sensatez”, anotou Jorge Roza de Oliveira.
As autoridades indianas “não estão à procura de uma solução que provoque crispação, problemas ou que vá afastar-nos uns dos outros”, frisou, defendendo que o facto de a Índia não aceitar a dupla nacionalidade não deve ser olhado como “um crime imenso”.
“Há uma mão cheia de países da União Europeia que não aceitam a dupla nacionalidade, a começar pela Áustria e a acabar na Holanda”, lembrou.

Bom negócio

O embaixador de Portugal na Índia também reconheceu a existência de todo um negócio lucrativo em torno da nacionalidade portuguesa, com agências que vivem apenas do referido expediente, cobrando a clientes menos esclarecidos avultadas somas.
“Está claro. Óbvio que há uma indústria, como há com todos [os países]. Os franceses em Pondicherry também se queixam de haver essa indústria à volta da aquisição de nacionalidade, de maneira que não é uma coisa que possamos resolver, mas que podemos ajudar a diminuir com a nossa seriedade na auscultação dos documentos para aquisição de nacionalidade, tendo em atenção o candidato”, ressalvou.
Jorge Roza de Oliveira vai deixar Nova Deli no próximo mês, ao fim de quatro anos, passando a desempenhar o cargo de embaixador no México.

19 Ago 2015

Benfica de Macau com novo treinador

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]pós o fim da participação da Casa do Benfica de Macau na fase de qualificação para a Taça da AFC de 2016, como previamente assumido pelo treinador e pelo clube, a Casa do Benfica declara o fim da relação profissional do treinador Bruno Álvares com o Clube, informa a direcção do clube encarnado em comunicado. Para a próxima época as águias asseguraram a contratação do treinador Gonçalo Monteiro que após a conclusão do curso de treinadores UEFA PRO em Portugal teve passagens por clubes históricos como o Belenenses, Estoril Praia e Casa Pia, “É com enorme satisfação que aceitei o convite para este projecto. Após uma conversa com o Director Duarte Alves percebi que tínhamos ideias alinhadas e objectivos consonantes”, afirmou o novo treinador encarnado.

19 Ago 2015

Segundo caso confirmado de dengue importado

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde (SS) confirmaram o segundo caso importado de febre de dengue. O doente em causa é uma mulher, não residente de Macau, com 33 anos, filipina, que reside na área do Porto Interior e que recentemente, entre 19 de Julho e 2 de Agosto de 2015, viajou sozinha às Filipinas para visitar a família. Depois do regresso ao território, no dia 6 de Agosto, a doente começou a manifestar sintomas de febre, dores nas articulações e erupções cutâneas em todo o corpo, tendo recorrido a uma clinica privada mas não apresentou qualquer melhoria. No dia 13 de Agosto recorreu ao Hospital Kiang Wu onde foi internada. Esta terça feira, 18 de Agosto, o Laboratório de Saúde Pública confirmou os resultados positivos no teste de anticorpos da febre de dengue. Pelo facto de ter efectuado esta viagem e a data de apresentação de sintomas, este caso foi classificado como um caso importado de febre de dengue, explicam os SS. Nenhum dos seus amigos com quem reside apresentou sintomas similares aos da febre de dengue, sendo por isso, este o segundo caso de febre de dengue importado no presente ano.

19 Ago 2015

JO Tóquio2020 | Criador do logotipo de novo suspeito de plágio

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s responsáveis do Jardim Zoológico de Nagoya, no Japão, solicitaram ontem uma investigação à criação do seu logotipo, da autoria de Kenjiro Sano, acusado de plagiar o símbolo dos Jogos Olímpicos Tóquio2020.
Os mesmos responsáveis, citado pela agência Kyodo, pediram esclarecimentos a Kenjiro Sano depois de se terem apercebido de que o símbolo do Zoo de Nagoya é muito semelhante ao do parque do Museu Nacional da Costa Rica, criado pelo ‘designer’ em 2013.
No sábado, Kenjiro Sano tinha apresentado desculpas por nova polémica de plágio numa campanha publicitária a uma cerveja sem álcool.
Em causa estava uma série de imagens da campanha que a MR Design, empresa de Kenjiro Sano, pediu à marca que comercializa a bebida para serem retiradas.
“Uma investigação interna revelou que tínhamos utilizado parcialmente criações concebidas por terceiros para algumas das nossas criações. Sinto muito por ter causado tantos problemas a todos os interessados. Estou consciente das graves consequências das minhas acções”, explicou Sano em comunicado.
Esta polémica surgiu pouco tempo depois de Kenjiro Sano e da sua empresa terem sido acusados de plágio no logótipo dos Jogos Olímpicos Tóquio2020.
No início de Agosto, o ‘designer’ belga Olivier Debie processou o Comité Olímpico Internacional (COI) para tentar impedir a utilização do logótipo dos Jogos Tóquio2020, por entender que este é um plágio de uma obra sua.

19 Ago 2015

Sucursal da Fidelidade transformada em empresa local

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] seguradora portuguesa Fidelidade vai transformar uma das suas duas sucursais numa empresa local, dedicada ao direito. Fosun, a empresa chinesa detentora da seguradora portuguesa, viu a sua decisão aprovada e publicada em Boletim Oficial, assinada pelo Chefe do Executivo, Chui Sai On, com entrada em vigor a 1 de Outubro.
Num artigo, o Jornal Ponto Final explica que “na prática esta decisão não altera as operações da companhia pois o património, apólices e todas as responsabilidades da sucursal vão ser transferidas para a nova empresa. As transformações vão ser assim quanto à organização da nova empresa que vai passar a ter de constituir um Conselho de Administração de Macau e passar a ter assembleias-gerais aqui.”
Paulo Barbosa, director-geral da operação em Macau, explicou à publicação que a transformação representa “um maior compromisso da Fidelidade em Macau pois esta nova companhia é uma nova seguradora em Macau”, que se irá chamar, adianta Fidelidade Macau – Companhia de Seguros.
A decisão, diz ainda, foi “puramente comercial”. “A injecção de capital vem da Fidelidade, mas esta é detida pela Fosun, por isso podemos dizer que esta decisão reflecte um maior empenho da Fosun no negócios que estão a ser desenvolvidos em Macau”, esclareceu.
Ocupando o quinto lugar entre as seguradoras dos ramos gerais (não vida) – no território ligado principalmente à área da construção de casinos, automóvel ou acidentes de trabalho – a Fidelidade quer conquistar o mercado. “Queremos ir além disso”, defendeu.

19 Ago 2015

Mudanças na lei de habitação económica em vigor

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] partir de hoje as alterações à Lei de Habitação Económica passam a estar em vigor, depois da publicação do diploma em Boletim Oficial (BO). Tal significa, numa primeira fase, que será mais fácil ao Governo analisar todas as candidaturas à habitação pública, graças à implementação de uma apreciação preliminar dos processos e respectivo sorteio, seguindo-se uma apreciação substancial. Segundo um comunicado, o Instituto da Habitação (IH) prevê “a conclusão dos trabalhos de apreciação preliminar dos 42 699 boletins de candidatura ao concurso para a aquisição de habitação económica de diferentes tipologias de 2013 dentro de um mês”. Dois diplomas que também entram hoje em vigor são o Regime de Garantias de Créditos Laborais e o Regime de Contrato de Trabalho dos Serviços Públicos.

18 Ago 2015

Transacções de imóveis com subida no 2º trimestre

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] número de imóveis transaccionados em Macau no segundo trimestre do ano aumentou 63,7% em número e 78,5% em valor face aos primeiros três meses do ano, mas em termos homólogos os números continuam no vermelho. Dados revelados pelos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) revelam uma subida das vendas e dos valores quanto ao primeiro trimestre deste ano, mas as 3.083 fracções vendidas por 18.028 milhões de patacas reflectem uma quebra, em termos homólogos, de 25,85% e 37,76%, respectivamente.
Numa análise mais detalhada percebe-se que as 1.864 fracções habitacionais vendidas, ao preço global de 11.742 milhões de patacas traduzem, face ao segundo trimestre do ano passado, uma quebra de, respectivamente, 24,28% e 33,35%.
Já os parques de estacionamento transaccionados entre Abril e Junho totalizaram 865 por um preço de 1.576 milhões de patacas, ou menos 20,5% em número e menos 4,77% em valor quando comparado com o mesmo trimestre de 2014.
Numa análise semestral, em 2015 foram transaccionadas 4.966 fracções por um valor de 28.126 milhões de patacas, menos 37,95% em número e menos 45,37% em valor do que entre Janeiro e Junho de 2014.

18 Ago 2015

Pedro Jóia actua pela primeira vez na China

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] músico Pedro Jóia estreia-se na China, na próxima semana, onde actua no 8.º Festival Juvenil de Artes, em Pequim, anunciou a Fundação Oriente. O guitarrista Pedro Jóia apresenta-se em trio, com o baixista Norton Daiello e o acordeonista João Frade, nos dias 21 e 22 de Agosto.
“Com uma carreira profundamente marcada pela música popular ibérica, Pedro Jóia apresenta uma abordagem inovadora que conjuga fado e flamenco, combinada com a tradição do folclore português”, afirma em comunicado a Fundação.
Segundo a mesma fonte, “além de apresentar composições próprias, o alinhamento destes concertos inclui alguns dos mais reconhecidos compositores de fado e música tradicional portuguesa e latina, como Armandinho, Paco de Lucia e Carlos Gardel”.
O guitarrista Pedro Jóia actua na capital chinesa, no âmbito de um protocolo estabelecido entre a Fundação Oriente e a China International Culture Association. O programa que será apresentado pelo músico inclui, entre outras, as peças “Tríptico Carlos Paredes”, de Carlos Paredes, “Variações em fado menor”, de Pedro Jóia, “Maldito fado”, de Armandinho, “Ícaro”, de Jóia, “Meditando/Fado Lopes”, de Armandinho, “Entre dos águas”, de Paco de Lucia.

Outras músicas

Pedro Jóia, distinguido em 2008 com o Prémio Carlos Paredes, tem editados, entre outros, os álbuns “Guadiano” (1996), “Sueste” (1999), “Variações sobre Paredes” (2001), “Jacarandá” (2003), disco em que reuniu artistas brasileiros como Ney Matogrosso, Elba Ramalho, Daniela Mercury, Zeca Baleiro e Zélia Duncan, entre outros, e “À espera de Armandinho”, que lhe valeu o galardão.
Do currículo de Pedro Jóia, desde o início da sua formação em guitarra flamenca, destaca-se a direcção musical de projectos diversificados, a composição para teatro e a participação em festivais de música e concertos em várias partes do globo – Cabo Verde, Macau, Marrocos, República Checa, Índia, Brasil, Moçambique, Angola, Costa do Marfim, Finlândia, Holanda, Estados Unidos, Andorra. Recentemente, realizou um projecto com o fadista Ricardo Ribeiro, que incluiu a interpretação de fados, temas do folclore raiano, tangos e canções flamencas. O músico é um dos compositores que fazem parte do novo trabalho de Mariza, “Mundo”, a editar no próximo dia 9 de Outubro.

18 Ago 2015

Um mês depois: 100 mil cigarros apreendidos

[dropcap style=’circle’]S[/dropcap]ão cerca de 100 mil cigarros apreendidos desde a implementação do aumento de imposto sobre o tabaco. Os dados são da Alfândega de Macau que adianta que em todos os postos fronteiriços foram descobertos 293 casos de excesso de posse de cigarros, perfazendo um total de 94.753 mil cigarros, ou seja, 3120 cigarros por dia. Com a entrada em vigor da revisão da tabela do Regulamento do Imposto de Consumo, no dia 14 de Julho, o imposto sobre cada cigarro duplicou de 50 cêntimos para 1,5 patacas, sendo que cada pessoa só poderá ter em sua posse 19 cigarros aquando a passagem nas fronteiras. Citando a Alfândega, o Jornal Ou Mun explica que o posto das Portas do Cerco foi o local onde mais cigarros foram apreendidos, sendo que 65% dos infractores são residentes do interior da China.

18 Ago 2015

Detida adolescente que usou falsa morte do pai para angariar dinheiro

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] polícia anunciou domingo a detenção de uma adolescente chinesa, que mentiu ao afirmar numa rede social que o pai tinha morrido nas explosões de Tianjin, e que, alegadamente, angariou milhares de euros de doações ‘online’.
De início, a adolescente escreveu na rede social Sina Weibo que o pai desaparecera na sequência das explosões ocorridas na quarta-feira num terminal de contentores no porto da cidade chinesa de Tianjin, noticia a agência France Presse (AFP).
O número de seguidores da adolescente aumentou 10 vezes depois desta primeira mensagem, explicou na sua página da internet a polícia de Fangchenggang, localidade da região meridional de Guangxi onde a jovem foi detida.
Depois, a jovem publicou uma segunda mensagem na qual referia que o pai fora encontrado morto, o que levou a que mais de 3.000 utilizadores da rede social contribuíssem com mais de cerca de 12.600 euros.
A Sina Weibo criou, recentemente, uma ferramenta designada “recompensa” que permite aos utilizadores transferirem verbas para outros utilizadores.
A adolescente não conseguiu, contudo, gastar o montante angariado já que a conta foi congelada pela Weibo, depois de alertas de utilizadores.

18 Ago 2015

Cavaco Silva envia mensagem de pesar

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Presidente português, Aníbal Cavaco Silva, manifestou “pesar” e “consternação” pelas explosões da semana passada em Tianjin, norte da China, que causaram mais de cem mortos e centenas de feridos. Numa mensagem enviada ao homólogo chinês, Xi Jinping, a que a agência Lusa teve acesso, Cavaco Silva manifestou também “sinceras condolências” e “sentida solidariedade” às famílias das vítimas. As autoridades chinesas têm recebido mensagens de condolências de estadistas e governantes de vários países, entre os quais Bélgica, Dinamarca, Estados Unidos, França, Grécia, Malásia, Reino Unido, Rússia e Singapura. Cavaco Silva visitou oficialmente a China em Maio do ano passado e em 1987, quando era primeiro-ministro, assinou a Declaração Conjunta sobre Macau, que determinou a transferência do território para a administração chinesa.

18 Ago 2015

Tianjin | Imprensa critica resposta dos dirigentes de às explosões

As suspeitas em torno da gestão da catástrofe aumentaram depois da revista Caijing anunciar que quem realmente controla a empresa onde se registaram fortes explosões é o filho de um antigo alto dirigente do governo local

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] imprensa estatal chinesa criticou ontem fortemente os responsáveis da cidade portuária de Tianjin, acusando-os de falta de transparência no caso das explosões na zona industrial da cidade que causaram a morte de, pelo menos, 114 pessoas.
As autoridades chinesas têm limitado as críticas à gestão do desastre, suspendendo ou encerrando dezenas de páginas na Internet ou contas em redes sociais.
No entanto, a imprensa estatal condenou ontem os dirigentes locais por falta de transparência, dizendo que a sua atitude tem um reflexo negativo no Governo central.
“Durante as primeiras dezenas de horas após as explosões foi disponibilizada pouca informação pelas autoridades de Tianjin”, escreveu ontem o Global Times no seu editorial.
“Tianjin não é um caso excepcional em termos de resposta desadequada em situação de desastre. O esforço para responder aos repórteres deve passar a ser rotineiro, caso os governos voltem a enfrentar um acontecimento de grande dimensão. Uma reacção lenta pode levar a que rumores corram desenfreados. E como consequência, a confiança pública no Governo continua a decrescer”, diz o jornal com ligação ao Partido Comunista.
Por seu lado, o China Daily escreve que “muitas questões continuam por responder” sobre as explosões, que geraram vários dias de incêndios e receio de contaminação tóxica.
“Não é surpreendente que a falta de informação confirmada tenha resultado em teorias da conspiração (…) que vão aumentar, a não ser que o Governo revele os mistérios em torno do incidente através de uma investigação exaustiva e transparente que possa responder às perguntas das pessoas”, escreve.
O jornal afiliado com o órgão de disciplina do Partido Comunista, o “China Discipline Inspection and Supervision News”, afirmou que o desastre em Tianjin expôs graves lacunas na implementação das regulações do país.
“As chamas engoliram não só vidas e propriedade, mas também o sentido de segurança. O promotor dos complexos [industriais] e os residentes não sabiam que estavam a viver ao lado de um ‘vulcão’ até as explosões acontecerem”, escreve.

Ligações opacas

A revista económica chinesa Caijing escreveu também ontem que quem realmente controla a empresa proprietária do terminal de contentores do porto de Tianjin, em que se registaram fortes explosões, é o filho de um antigo alto dirigente do governo local.
Apesar de o titular oficial da empresa Ruihai International Logistics ser Zhi Feng e os principais accionistas pessoas com o nome Li Liang e Shu Zheng, com 55% e 45% das acções, respectivamente, quem “realmente controla” a empresa é Dong Mengmeng, diz a revista.
A publicação indica que Dong é o filho do ex-director do Gabinete de Segurança Pública do Porto de Tianjin, onde fica o terminal de depósitos.
A ligação entre a empresa e o governo aumenta as suspeitas sobre a opacidade na gestão da catástrofe, sem que ainda tenha sido revelado o que a provocou.
Desde que se deram as explosões que se revelaram várias possíveis violações às regras de segurança, entre informações oficiais e publicadas pela imprensa.
O Tribunal Supremo Chinês já anunciou uma investigação para apurar possíveis negligências.
Apesar de ainda não ter sido oficialmente confirmado, a hipótese mais forte é que as explosões se deveram ao contacto dos produtos químicos nos contentores – incluindo cianeto – com a água usada pelos bombeiros para apagar um incêndio que havia deflagrado previamente.
Ainda não se sabe se a Ruhai International Logistics tinha licença para armazenar estes químicos perigosos, já que a autorização de 2012 não contemplava esta opção, ainda que fontes do Governo local tenham dito na sexta-feira que a licença foi “redefinida” mais tarde.

18 Ago 2015

Moeda chinesa mantém ligeira valorização face ao dólar

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] moeda chinesa voltou ontem a subir ligeiramente face ao dólar norte-americano, mantendo a tendência de sexta-feira e indicando que o inesperado processo de “ajustamento” do yuan, que em apenas três dias desvalorizou 4,66%, estará “basicamente concluído”.
Segundo as cotações do banco central chinês, ontem de manhã, um dólar valia 6,3969 yuan, menos 0,0006 do que na sexta-feira passada.
O euro também desceu, para 7,0943 yuan – menos 0,0382.
Pelas regras do Banco Popular da China, o yuan pode variar diariamente até 2% face às principais moedas internacionais.
Na semana passada, entre terça e quinta-feira, a moeda chinesa desvalorizou sucessivamente 1,9%, 1,6% e 1,1% face ao dólar norte-americano, na maior descida do género desde 1994.
A acentuada desvalorização do yuan foi apresentada pelas autoridades chinesas como uma medida destinada a “reflectir melhor o mercado”, no âmbito de um processo de “ajustamento” que já estará “basicamente concluído”
“O valor do yuan voltou gradualmente aos níveis do mercado depois das quedas nos dias anteriores, e permanecerá uma moeda forte no longo prazo, sem bases para uma persistente e substancial desvalorização”, afirmou Zhang Xiaohui, vice-governador adjunto do Banco Popular da China, na quinta-feira passada.
O mesmo responsável disse que “havia um fosso de 3% entre a cotação do yuan e as expectativas do mercado”.

18 Ago 2015

Banguecoque | Explosão de bomba causa pelo menos dez mortos

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] explosão de uma bomba no interior de um templo no centro de Banguecoque causou ontem à tarde pelo menos dez mortos e vários feridos, segundo o chefe da polícia da Tailândia.”Há pelo menos dez pessoas mortas e muitas feridas”, afirmou Chakthip Chijinda a um canal de televisão. Partes de corpos encontravam-se espalhadas pela rua após a explosão, ocorrida às 19:00 horas locais no exterior do Templo de Erawan, no bairro de Chidlom da capital tailandesa.”Posso confirmar que foi uma bomba, mas ainda não posso dizer de que tipo, estamos a confirmar”, declarou à AFP o porta-voz da polícia tailandesa, o Tenente-General Prawut Thavornsiri. O Templo de Erawan, dedicado à divindade hindu Brahma, é bastante popular, sendo até visitado diariamente por milhares de devotos budistas. O edifício situa-se na principal rua da zona comercial da cidade, e é rodeado por três centros comerciais de grandes dimensões.

18 Ago 2015

Bolsa de Xangai subiu 0,71%

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] bolsa de Xangai subiu ontem 0,71%, encerrando em alta pela terceira sessão consecutiva. O Indice Composite de Xangai fechou nos 3.993 pontos, mais 28 pontos do que na sexta-feira passada, e a bolsa de Shenzhen, de menor dimensão, subiu 0,95%. Foi a terceira subida consecutiva, depois de duas sessões a fechar em terreno negativo, e coincidiu com a aparente estabilização do valor da moeda chinesa face ao dólar norte-americano.

18 Ago 2015

Deslizamento de terras causa sete mortos e 57 desaparecidos

[dropcap style=’cirlcle’]P[/dropcap]elo menos sete pessoas morreram e 57 outras são dadas como desaparecidas, quatro dias depois do deslizamento de terras numa empresa mineira no noroeste da China, noticiou ontem a agência oficial Xinhua. Ontem à noite foram retirados sete corpos dos escombros de um dormitório de funcionários da empresa, que funciona na região de Saanxi, segundo responsáveis citados pela agência noticiosa. O deslizamento de terras registado na quarta-feira passada soterrou os alojamentos da empresa de mineração sob um milhão de metros cúbicos de terra, segundo as mesmas fontes. O trabalho das equipas de resgate foi dificultado por uma enorme massa de lama e detritos, e também, o risco de outro deslizamento de terra, noticiou a AFP. Os acidentes nas minas de carvão chinesas causaram 931 mortes no ano passado, disse um funcionário em Março último.

18 Ago 2015

EUA exigem o fim do repatriamento forçado de chineses

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s Estados Unidos exigiram ao Governo de Pequim que ponha fim às actividades secretas dos agentes que estão a operar em território norte-americano para repatriar cidadãos chineses procurados na China.
De acordo com o jornal New York Times, as missões secretas fazem parte da operação “Caça à Raposa” que tem como objectivo forçar o regresso à China de pessoas que são procuradas por delitos como corrupção e, em alguns casos, proceder à apreensão de bens das pessoas alvo dos processos de busca.
Segundo informa o Times na edição digital, o aviso dos Estados Unidos para que sejam interrompidas as operações foi transmitido ao Governo de Pequim devido aos actos de “intimidação” alegadamente usados pelos agentes da República Popular da China.
Segundo a imprensa norte-americana, os agentes são funcionários do Ministério da Segurança Pública de Pequim, que pressionam os chineses expatriados nos Estados Unidos para que regressem de imediato à China.
As tácticas de intimidação incluem ameaças aos familiares dos fugitivos, refere o New York Times, que cita fontes oficiais norte-americanas não identificadas.
A notícia refere que os agentes entram nos Estados Unidos com vistos turísticos ou a coberto de falsas actividades comerciais.
O jornal recorda que Pequim tem em prática uma campanha que foi imposta pelo Presidente Xi Jinping, contra a corrupção, desde 2014 e que já conseguiu o repatriamento de mais de mil alegados suspeitos.

Tensão em alta

Nos últimos meses, verificou-se o incremento das operações dos agentes da República Popular da China, num período em que se registam também várias tensões políticas e diplomáticas entre Washington e Pequim.
Entre outros casos, os Estados Unidos suspeitam que a China é responsável pelo roubo de milhões de arquivos com informações de funcionários norte-americanos.
De acordo com o Times, o aviso às autoridades chinesas sobre as operações secretas pode ser interpretado como um primeiro passo para a possível expulsão dos agentes.
O mesmo jornal escreve que um dos cidadãos da República Popular da China – cujo repatriamento está a ser imposto – é Ling Wancheng, um homem de negócios que se move em meios políticos e que chegou aos Estados Unidos e é residente em Sacramento, Califórnia, desde 2014.
As fontes consultadas pelo Times não adiantam o número de indivíduos procurados nem se são alvo de perseguição política.
 

18 Ago 2015

DSAT quer passes mensais tão caros como no privado

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] director dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), Lam Hin San, prevê que os preços dos passes mensais dos auto-silos públicos possam vir a ter o mesmo preço dos parques privados. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, Lam Hin San garantiu ainda que os passes mensais já emitidos não vão ser cancelados. No programa “Macau Talk” da Rádio Macau vários ouvintes queixaram-se do que consideram ser uma “injustiça”, mas Lam Hin San afirmou que o regulamento sobre os passes mensais já está aperfeiçoado o suficiente, considerando ser necessário respeitar e cumprir a lei em vigor. “Não cancelar e não aumentar o número de passes mensais” é, para o director da DSAT, a medida mais adequada.

17 Ago 2015

AMCM prevê impacto negativo da desvalorização do yuan

Consequências ao nível da competitividade das exportações e dos investimentos da Reserva Financeira: eis o impacto para a economia local da desvalorização do yuan, analisadas pela Autoridade Monetária e Cambial de Macau

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Autoridade Monetária de Macau (AMCM) prevê que a desvalorização do yuan tenha impacto na economia de Macau nomeadamente na competitividade das exportações, no número de visitantes e nos investimentos da Reserva Financeira, sem traçar, porém, cenários alarmistas.
Numa avaliação preliminar, divulgada na passada sexta-feira, a AMCM estima um “enfraquecimento, a curto prazo, da competitividade das exportações”; e que “pode eventualmente diminuir a atracção” de visitantes da China, a principal fonte de turistas, um cenário passível, por seu turno, de “conduzir a um impacto negativo de curto prazo, quer para o sector do turismo, quer para o sector retalhista”.
A AMCM calcula também “um impacto negativo de curto prazo sobre os rendimentos e medidas de controlo de risco prestes a aplicar”, apesar de ressalvar que tem diminuído a proporção de activos denominados na moeda oficial chinesa.
A rentabilidade do yuan tornou-se “bastante atraente” nos últimos anos, com as taxas de juros nos países desenvolvidos a aproximarem-se do nível zero, acrescendo o enfraquecimento do câmbio. No entanto, continua a AMCM, “face à mudança da direcção das políticas monetárias internacionais, nomeadamente ao aumento da taxa de juros do USD [dólar norte-americano] e ao fortalecimento do seu câmbio, a Reserva Financeira reduziu, gradualmente, no início do ano, a percentagem dos activos denominados em RMB para controlar o risco”.An employee counts yuan banknotes at a bank in Suining
Assim, “até finais de Junho, depois de ajustar a carteira de posições – contratos de ‘swap’, os activos denominados em RMB representavam 33% dos activos da Reserva Financeira, número inferior ao nível dos 48,6% em 2014”, especifica a entidade reguladora da banca em comunicado.
Sublinha ainda a AMCM que, segundo as estimativas preliminares, até Junho, a rentabilidade anual da Reserva Financeira será de cerca de 4%, prognosticando-se, como consequência da queda do câmbio do yuan, uma diminuição da mesma no período de Janeiro a Agosto.
No entanto, “o desempenho anual depende ainda da evolução dos mercados financeiros internacionais nos restantes meses do ano [e], segundo as previsões, a Reserva Financeira continua a registar uma rentabilidade positiva”, ressalva.

O lado bom

Em contrapartida, na análise da AMCM, a desvalorização do yuan pode ter pelo menos um efeito positivo: aliviar a inflação que, no primeiro semestre, foi de 4,92%. “A queda do câmbio do RMB pode baixar o preço dos bens importados e diminuir a pressão sobre a vida da população em geral”, já que uma larga variedade de produtos alimentares provém do interior da China.
A AMCM refere ainda que “uma resposta às recomendações das organizações internacionais pode beneficiar o reforço dos rendimentos a médio e longo prazo”, realçando ser “do conhecimento geral do mercado que a implementação das medidas da reforma para aperfeiçoamento do câmbio do RMB visa responder ao relatório de avaliação do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre ‘Direitos de Saque Especiais’, publicado na última semana”.
“A adopção pelo Banco Popular da China das políticas de reforma do câmbio pode eliminar os obstáculos que existam na adesão do RMB aos ‘Direitos de Saque Especiais’ [SDR, na sigla em inglês], o que pode contribuir, a longo prazo, para o impulso da transferência, por uma grande variedade de bancos centrais e investidores institucionais, dos seus activos para os denominados em RMB”, antecipa a AMCM na mesma nota.
“Em consequência, a detenção pela Reserva Financeira dos activos em RMB pode contribuir para o aumento da sua rentabilidade a médio e longo prazo, no contexto em que são adoptadas estratégias de investimento caracterizadas pelo controlo rigoroso do risco”, conclui a entidade reguladora.
Esta quarta-feira, o FMI vincou, porém, que as medidas de Pequim “não têm implicações directas” nos critérios referentes à eventual inclusão do yuan no cabaz de moedas usado pelo FMI, isto apesar de ter saudado a reforma cambial como um “bom passo” para a abertura e flexibilização do mercado de divisas da segunda economia mundial.
Nos últimos três dias, a moeda chinesa desvalorizou sucessivamente 1,9%, 1,6% e 1,1% face ao dólar norte-americano, na maior descida do género em mais de duas décadas.

17 Ago 2015

Chumbo | Resultados dentro dos padrões da OMS

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] resultado das análises feitas à quantidade de chumbo presente na água da habitações locais demonstra que os níveis não excedem aqueles permitidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Os testes foram concluídos na semana passada por um grupo de trabalho criado para o efeito e que inclui membros dos Serviços de Saúde, dos Serviços para os Assuntos Marítimos e de Água, entre outros. “O resultado mostra que a quantidade de chumbo contido em 24 amostras recolhidas na rede pública de tubagens e nas fracções desocupadas enquadra os padrões de segurança da Organização Mundial de Saúde”, esclarece o colectivo responsável em comunicado.

17 Ago 2015

Cinema | Cheong Kin Man com obra sobre a RAEM na Califórnia

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] curta-metragem “Uma Ficção Inútil”, de Cheong Kin Man, foi apresentada sábado na Califórnia, no Festival de Cinema de Macau de San Leandro, depois de dois prémios no Canadá e Espanha e da exibição em Cannes. “Uma Ficção Inútil” resulta de um trabalho de mestrado em Antropologia Visual e Media na Freie Universität Berlin, em 2014, e nos últimos meses conquistou o “2015 Rising Star Award”, na categoria de cinema experimental do Festival Internacional de Cinema do Canadá (Vancouver), e a “Distinción Amarilla” do prémio “La Lupa y el Imán” do Festival Cinemística, em Espanha (Granada). A curta-metragem de 31 minutos mistura viagens e influências do jovem de 28 anos desde Macau, onde nasceu e cresceu, até Portugal – primeiro país europeu onde se fixou para estudar –, evidenciando também marcas da cultura asiática, nomeadamente japonesa.

Em camadas

Inspirado pelas obras cinematográficas e literárias dos japoneses Kon Ichikawa e Michio Takeyama, o mais recente filme de Cheong Kin Man tem, segundo o autor, “múltiplas camadas”, desde a identidade macaense ao multiculturalismo que constatou em Singapura, onde passou dois meses em estágio na Nanyang Technological University, enquanto bolseiro de uma investigação sociológica. Numa sucessão de “atropelos” visuais, a obra mistura ruído, rostos e paisagens, e uma colecção de línguas que Cheong Kin Man se desafiou a aprender. Em grandes porções de texto sobrepostas sobre imagens de Macau, e de outros sítios por onde andou, ouvem-se e lêem-se línguas asiáticas e europeias. A língua de Camões surge na tela, por breves momentos, através de Sophia de Mello Breyner Andresen, porque, durante o processo criativo da curta-metragem, Cheong Kin Man “tropeçou por acaso” num artigo publicado duas vezes – em 1975 e 2014 – no Expresso. Originalmente dado à estampa no período revolucionário, o texto da poetisa “Em defesa da cultura” foi a forma de o jovem autor dizer no filme que “é muito importante a democratização” da mesma. Licenciado em Estudos Portugueses pela Universidade de Macau, Cheong Kin Man trocou o emprego de tradutor na Administração Pública por um mestrado no estrangeiro, pelas viagens e pelo conhecimento do outro. Fala e traduz inglês, francês e alemão, além das duas línguas oficiais da região: o chinês e português. “Continuo muito interessado em aprender línguas, porque para mim elas são muito importantes para compreender o mundo”, afirmou à agência Lusa.Cheong Kin Man
O Festival de Cinema de Macau da cidade de San Leandro integra outros dois trabalhos da autoria e com a participação de Cheong Kin Man: “Ou Mun Ian, Macaenses – 35 Entrevistados, 35 Identidades” (2009) – documentário sobre a cultura e identidade macaense – e “As Fontes de Água de Macau” (2008), sobre a Fonte do Lilau. Os dois filmes são em cantonense e português, com legendas em inglês. Depois da cidade californiana de San Leandro, o jovem autor quer apresentar “Uma Ficção Inútil” em Portugal, ainda este ano, e no próximo em Macau.

Momentos marcantes

Para trás ficam as apresentações oficiais da curta-metragem no Canadá, Espanha, Eslovénia e no “Short Film Corner” do Festival de Cannes: “A experiência em Cannes foi interessante, mas é uma plataforma mais para ficção. Eu diria que o que mais me marcou foi sobretudo em Espanha, onde contactei com filósofos e recebi muitos comentários interessantes”. Actualmente a residir em Bruxelas a maior parte do tempo, Cheong Kin Man falou à Lusa via Skype a partir dos Estados Unidos, onde na semana passada apresentou “Uma Ficção Inútil” no Columbia River Film Festival, em Washington. Em San Leandro – cidade onde é visível a presença da comunidade macaense e é destacada a ligação entre os Estados Unidos e a China –, o jovem já não teve que explicar o que é Macau, uma missão que, não obstante, abraça com prazer. “Há muita gente que não sabe onde é Macau: é normal, é uma terra pequena. Do meu ponto de vista muito pessoal, eu explico a Macau que eu entendo. Explico muito”, contou.

17 Ago 2015

HTC vai cortar 15% da força laboral

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] taiwanesa HTC vai cortar 15% da força laboral, cerca de 2.250 trabalhadores de um universo acima dos 15.000, num plano de reorganização para reduzir custos perante a queda de vendas, anunciou a fabricante de telemóveis.
De acordo com a imprensa taiwanesa de sexta-feira, citada pela Efe, a fabricante de telemóveis e computadores anunciou na quinta-feira uma nova estratégia para alcançar “um crescimento significativo e rentável com um modelo operacional mais ágil e ligeiro”.
Com os despedimentos anunciados, a tecnológica, afectada pela forte concorrência no sector dos ‘smartphones’ [telemóveis inteligentes] que lhe retirou parte da sua quota de mercado e reduziu as suas vendas, espera conseguir reduzir os custos em cerca de 35%.
Além disso, com esta reestruturação, e apesar da redução da força laboral, a HTC pretende criar novas unidades de negócios e apostar nos dispositivos de realidade virtual e aos aparelhos quotidianos ligados à Internet [também conhecido como a Internet das coisas], mantendo o seu enfoque nos telemóveis.
No final de Março, a HTC tinha 15.685 trabalhadores, de acordo com o seu relatório anual.
A fabricante de telemóveis, que já foi uma das marcas de ‘smartphones’ mais vendidas nos Estados Unidos, anunciou na semana passada que previa prejuízos cinco vezes maior ao estimado neste trimestre, o que levou à queda das suas acções para o mínimo em dez anos.
A concorrência de fabricantes de ‘smartphones’ como a Samsung e Apple, incluindo as marcas chinesas Huawei Technologies e Lenovo, levou a uma quebra de vendas da HTC.
A presidente e conselheira-delegada da HTC, Cher Wang, afirmou que a tecnológica precisa de uma “organização dinâmica” para aproveitar as vantagens dos novos mercados que irá apostar, ao diversificar a sua produção além dos telemóveis inteligentes.

17 Ago 2015

Poluição mata diariamente 4.000 pessoas

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] poluição atmosférica é actualmente responsável por uma em cada seis mortes prematuras registadas no país mais populoso do mundo.
Especialistas da Universidade da Califórnia, Berkeley, estimam que 1,6 milhões de pessoas morram anualmente na China devido a problemas no coração, pulmões e acidentes vasculares cerebrais provocados pelo ar extremamente poluído.
Estudos anteriores estimavam o número anual de mortes devido à poluição atmosférica em entre um e dois milhões, mas este é o primeiro a utilizar dados recentes de monitoramento do ar.
O estudo, a ser publicado na revista científica PLOS One, atribui a culpa às emissões resultantes da combustão de carvão — tanto para a produção de energia eléctrica como para aquecimento das casas — pelos elevados níveis de partículas registadas.
Foram utilizadas medições do ar em tempo real e, posteriormente, aplicados cálculos computacionais para estimar as mortes por problemas do coração, pulmões e acidentes vasculares cerebrais causadas por diferentes tipos de poluentes.
O principal autor do estudo, Robert Rohde, afirmou que 38% da população chinesa vivia numa zona com uma média de qualidade do ar a longo prazo que a Agência de Protecção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês) considera “insalubre”.
Ao contrário do que sucede nos Estados Unidos, a poluição atmosférica na China é mais grave no Inverno, devido à combustão de carvão para aquecimento das habitações e às condições meteorológicas que mantém o ar poluído mais próximo do chão, explicou Robert Rohde.
Pequim foi recentemente escolhida para organizar os Jogos Olímpicos de inverno de 2022.

17 Ago 2015

Pequim condena ataque terrorista no Iraque

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] porta-voz da Chancelaria chinesa, Hua Chunying, condenou na sexta-feira o ataque realizado por um carro-bomba numa feira em Bagdad, Iraque, que matou 76 pessoas. Segundo Hua Chunying, a China quer expressar o luto pela morte das vítimas e as condolências às famílias das vítimas e aos feridos. A porta-voz reiterou que o país se opõe a todas as formas de terrorismo e apoia os esforços do governo iraquiano para salvaguardar a estabilidade do país. Quanto ao processo de reconciliação no Afeganistão, Hua Chunying afirmou que a China quer manter cooperações estreitas com todas as partes envolvidas e desempenhar um papel construtivo para concretizar a paz e a reconciliação ampla e inclusiva no Afeganistão.

17 Ago 2015