Direitos Humanos | EUA preocupados com tratamento aos jornalistas na China Repórteres com fronteiras

 

Os Estados Unidos estão “profundamente preocupados” com o tratamento reservado aos jornalistas na China, declarou este fim-de-semana a embaixada dos Estados Unidos, depois de Pequim ter recusado renovar o visto de uma repórter norte-americana

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s Estados Unidos estão profundamente preocupados com o facto de jornalistas estrangeiros e locais na China continuarem a enfrentar restrições excessivas que impedem a sua capacidade de realizar o seu trabalho”, afirmou a embaixada dos Estados Unidos em Pequim, em resposta a uma pergunta enviada pela agência de noticias francesa AFP, sobre o caso de Megha Rajagopalan.
A jornalista norte-americana, correspondente em Pequim do ‘site’ de notícias norte-americano BuzzFeed, mora na China há seis anos.
Megha Rajagopalan fazia, nomeadamente, a cobertura do reforço drástico de medidas de segurança em Xinjiang, no noroeste do país, uma região regularmente atingida por atentados. Os ataques são atribuídos pelas autoridades aos extremistas islâmicos ou “separatistas”. A embaixada também denunciou atrasos no processamento de vistos para jornalistas estrangeiros ou restrições à circulação em determinados locais considerados sensíveis pelas autoridades.
Megha Rajagopalan disse numa mensagem publicada na rede social Twitter não saber claramente o motivo por trás da recusa para a renovação do seu visto.

Detalhe processual

Segundo a jornalista, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China disse-lhe que esta era uma “questão processual”.
O Clube dos Correspondentes Estrangeiros na China informou, na quarta-feira, que pediu ao Ministério esclarecimentos “sobre as razões que levaram à expulsão de facto” de Megha Rajagopalan da China.
Esta não é a primeira vez que jornalistas estrangeiros são obrigados a deixar o país.
A ex-correspondente da revista francesa L’Obs, Úrsula Gauthier, teve de deixar a China depois de expirar o seu visto a 31 de Dezembro de 2015, já que as autoridades se recusaram renová-lo. Pequim acusou-a de defender os actos dos terroristas em Xinjiang num artigo.

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