Hoje Macau SociedadeVIH | Casos aumentaram ligeiramente em 2016 [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau sinalizou, ao longo do ano passado, 45 casos de VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana), um número que traduz um ligeiro aumento face a 2015. Segundo dados publicados pelos Serviços de Saúde, foram registados mais seis novos casos de infecção por VIH face a 2015, depois de, no ano imediatamente anterior, em 2014, terem sido sinalizados 48 – o valor mais elevado pelo menos da última década. Já o número de casos declarados como SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) – diminuiu de 15 em 2015 para 12 no cômputo do ano passado. O sexo masculino mantém-se como o mais afectado: com 35 dos 45 novos casos de VIH e nove dos 12 de SIDA em 2016. A principal via de transmissão continuou a ser a sexual – com 18 casos adquiridos por via homossexual, 14 por via heterossexual e dois por bissexual. Já nos restantes 11 casos sinalizados em 2016 a via de transmissão é considerada “desconhecida”, por não ter sido possível determinar a via de transmissão devido a “informação insuficiente”. De assinalar que não foi registado qualquer caso de contágio por VIH derivado da utilização de drogas injectáveis em 2016, de acordo com os mesmos dados, ao contrário do que sucedeu em anos anteriores.
Hoje Macau SociedadeGoverno lança novo sistema de alerta de viagens [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau vai ter um novo sistema de alerta de viagens. De acordo com um despacho do Chefe do Executivo publicado em Boletim Oficial, as novas directrizes têm de ser observadas por todos os serviços da Administração Pública, bem como por quaisquer outras entidades “cuja cooperação seja solicitada nos termos da legislação aplicável tendo em conta critérios de necessidade, proporcionalidade e adequação à situação concreta”. Compete ao Gabinete de Gestão de Crises do Turismo gerir o sistema de alerta de viagens. O Governo explica que “acontecimentos como as ameaças do novo tipo de terrorismo, acidentes tecnológicos e catástrofes naturais” são exemplos que vêm realçar “a importância da indústria do turismo se adaptar e estar preparada para, a qualquer momento e sem aviso prévio, enfrentar uma situação de crise”. São circunstâncias em que pode estar comprometida a segurança dos residentes do território que estejam a viajar ou pretendam fazê-lo. Assim sendo, o Executivo pretende, com o novo sistema, encontrar uma forma “fácil e oportuna” de difusão de informações relativas a situações de crise, emergência ou catástrofe que afectem diferentes partes do mundo. No despacho ontem publicado, indica-se que o sistema de alerta de viagens não tem carácter proibitivo, “cabendo a cada indivíduo a decisão de viajar ou de ajustar o seu plano de viagem de acordo com as informações disponibilizadas”. Funciona, por isso, como um indicador, “não constituindo uma garantia de segurança”. São estabelecidos vários de alerta, sendo que podem “incidir sobre o mais variado tipo de acontecimentos, desde origem natural, antrópica ou tecnológica, incluindo mas não limitado a condições meteorológicas adversas, questões de segurança, conflitos políticos ou questões relacionadas com a saúde pública”. A informação pública relativa à emissão, cancelamento, elevação ou diminuição do nível de alerta de viagens será difundida através do Gabinete de Comunicação Social e na página electrónica do Gabinete de Gestão de Crises do Turismo. O sistema entra em vigor no próximo dia 7.
Hoje Macau Manchete SociedadeTáxis | Associação pede aumento da bandeirada para 20 patacas A Associação de Mútuo Auxílio dos Condutores de Táxi reuniu-se ontem com o Governo para pedir um aumento da bandeirada de 17 para 20 patacas. Os taxistas esperam ver o pedido implementado até ao Verão [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s taxistas não estão satisfeitos com o actual valor cobrado por cada viagem e, por isso, reuniram-se ontem com a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) para exigir o aumento da bandeirada das actuais 17 para 20 patacas, referente aos primeiros 1600 metros de circulação. A proposta sugere ainda que os passageiros paguem uma taxa adicional de dez patacas durante os primeiros três dias do Ano Novo Lunar. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, Tony Kuok, presidente da Associação de Mútuo Auxílio de Condutores de Táxi – que esteve reunida ontem com a DSAT e que é a mais representativa do sector –, disse esperar que o Governo aprove as sugestões, para que os novos valores possam ser implementados até ao Verão. Tony Kuok considera que actualmente os taxistas recebem um salário médio mensal muito baixo, entre as 12 e as 13 mil patacas, sendo que os custos com a manutenção e reparação de veículos são elevados. O representante da associação defende, portanto, que o aumento da bandeirada é razoável. Livros de bordo Sobre a marcação dos horários dos turnos num livro de bordo, Tony Kuok defendeu que o sector irá seguir passo a passo as instruções das autoridades, sendo que a associação promete promover mais informações quanto aos deveres a cumprir pelos taxistas. Citada pelo jornal Ou Mun, a subdirectora da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), Chao I Sam, acredita que a assinatura do livro de bordo, algo constante no novo regulamento dos táxis, pode assegurar os direitos e interesses legítimos dos taxistas, mas também dos passageiros. Para Chao I Sam, as autoridades devem reforçar a promoção da assinatura do livro de bordo por forma a prevenir os actos incorrectos cometidos pelos taxistas. A subdirectora da FAOM acrescenta que o regulamento dos táxis em vigor já se encontra desactualizado e que não consegue travar as más práticas do sector, apelando a uma rápida revisão por parte do Governo. Mais 50 radiotáxis a operar no mercado A Companhia de Serviços de Rádio Táxi deverá colocar, numa primeira fase, 50 novos táxis no mercado, por forma a mudar a imagem negativa que existe sobre o sector. Segundo o Jornal do Cidadão, a companhia investiu mais de 60 milhões de patacas no serviço, sendo que os primeiros 50 táxis começam a circular já no dia 1 de Abril. A empresa promete ainda colocar nas estradas mais 50 táxis nos meses seguintes. Para Cheong Chi Man, presidente da concessionária de radiotáxis, as críticas ao sector prendem-se com a falta de concorrência e os custos elevados. O responsável espera ainda que o Governo crie mais lugares de estacionamento para os táxis que circulam com base em chamadas telefónicas ou aplicações de telemóvel. A empresa tem 85 veículos de tamanho normal e dez táxis maiores, bem como cinco veículos preparados para transportar portadores de deficiência.
Hoje Macau Manchete SociedadeHo Chio Meng | TJB quer terminar julgamento antes de Agosto Ho Chio Meng não tinha ligações a casinos, assegurou ontem um dos arguidos do processo conexo ao do ex-procurador. Mak Im Tai confessou, no entanto, que era com o dinheiro dos contratos com o Ministério Público que investia em salas VIP [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ak Im Tai, empresário arguido no processo conexo ao do ex-procurador, confirmou ontem, em tribunal, ter ligações a várias salas de jogo VIP, sendo que usou os lucros dos contratos com o Ministério Público (MP) para comprar fichas mortas, que revendia a jogadores de altas apostas. Negou, no entanto, qualquer participação de Ho Chio Meng em casinos, relatou a Rádio Macau, que tem estado a acompanhar o julgamento. No processo principal, que decorre no Tribunal de Última Instância (TUI), o ex-procurador é acusado de ter investido 9,3 milhões de patacas numa sala VIP, através do irmão. Ho Chio Meng confirmou a transferência de dinheiro para Ho Chio Shun, mas negou a intenção de investir num junket: alegou que o capital destinava-se antes à compra de um apartamento. A versão do antigo procurador foi reforçada por Mak Im Tai. O arguido, amigo de longa data de Ho Chio Meng, disse que o antigo líder do MP “não tinha ligações à actividade de bate fichas”. Mak Im Tai é junket há mais de dez anos, confirmou ter ligações a vários casinos, com destaque para duas salas VIP no Galaxy. O arguido admitiu também que era com o dinheiro conseguido através dos contratos com o MP que comprava fichas mortas em salas de altas apostas. A actividade de bate fichas fazia parte de um acordo com o sócio, também ele arguido. Trata-se de Wong Kuok Wai, que geria as empresas que prestavam serviço ao MP. De acordo com a acusação, foi Ho Chio Meng quem deu ordens aos dois empresários para criarem um grupo de empresas fantasma, com a garantia de que ficariam com todos os contratos de obras e aquisição de bens e serviços do MP. A emissora conta que Mak Im Tai disse estar afastado da administração das empresas, mas confirmou que o cunhado de Ho era “funcionário a tempo parcial”. O arguido confirmou também que as companhias cessaram actividade na sequência da investigação do Comissariado contra a Corrupção porque “já não havia negócio”. Durante a audiência, foram ainda reproduzidas conversas telefónicas, alegadamente tidas entre Ho Chio Meng, Mak Im Tai e Wong Kuok Wai, em que são usados os nomes de código que os arguidos teriam na suposta associação criminosa do ex-procurador. Noutras chamadas, Ho, Mak e um sócio de uma sala VIP, proprietário de uma das fracções arrendadas pelo Gabinete do Procurador, combinam encontrar-se na “escola nocturna”. O arguido confirmou que a expressão era linguagem codificada para uma sauna, localizada perto do MP. TJB com pressa O Tribunal Judicial de Base admitiu ontem estar numa corrida contra o tempo. Lam Peng Fai, o presidente do colectivo de juízes, quer ter o caso resolvido antes de Agosto, mês em que prescreve a prisão preventiva decretada contra dois dos nove arguidos acusados no processo conexo ao do ex-procurador. Dos nove arguidos neste processo, apenas quatro estão presentes em julgamento. O irmão e o cunhado de Ho Chio Meng estão em parte incerta e há mais dois arguidos a monte. Já a mulher do ex-procurador voltou a faltar ontem, para dar assistência a um dos filhos do casal, que se encontra hospitalizado. Quanto ao julgamento de Ho Chio Meng, a rádio explicou que a sessão de ontem foi suspensa, a pedido do arguido, que alegou motivos de saúde. MP | Ip Son Sang nega ilegalidades O Gabinete do Procurador nega ter favorecido uma empresa no concurso para uma obra recente no Ministério Público (MP), noticiou ontem a Rádio Macau. A afirmação surge cerca de uma semana depois de uma testemunha, ouvida durante o julgamento do ex-procurador Ho Chio Meng, ter declarado que uma das três empresas convidadas para fazer obras de remodelação no Gabinete do Procurador foi recomendada por um actual dirigente do MP. Terá sido esta a empresa que ficou com a obra. Numa reacção à Rádio Macau, o Gabinete do Procurador diz que “cumpriu rigorosamente a lei” e o regime de impedimento, escusa e suspeição, durante a realização do concurso e a execução da obra. O MP refere ainda que não foi verificada “qualquer infracção disciplinar cometida por parte dos dirigentes do Gabinete do Procurador no sentido de favorecer determinado empreiteiro”.
Hoje Macau EventosPrémio | Filme sobre Mio Pang Fei distinguido em Lisboa [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] filme “Mio Pang Fei”, do realizador português Pedro Cadeira, conquistou a Lebre de Prata do Festival Internacional Filmes sobre Arte Portugal, que encerrou no domingo à noite, em Lisboa, anunciou ontem a organização. Contactada pela Agência Lusa, a directora do festival, Rajele Jain, indicou que a Lebre de Ouro, o prémio mais importante do certame, foi entregue ao filme “Retrato de um anti-poeta” (2009), do realizador chileno Víctor Jiménez Atkin. “Abraham Cruzvillegas: Autoconstrucción” (2016), dos realizadores norte-americanos Susan Sollins e Ian Foster, recebeu a Lebre de Ferro e foram ainda entregues menções honrosas aos filmes “Pontas Soltas” (2016), de Ricardo Oliveira, e a “When water turns into drops”(2015), da holandesa Jeannice Adriaansens. O filme “Mio Pang Fei”, do cineasta português Pedro Cadeira, sobre um dos mais conceituados artistas chineses, censurado pela Revolução Cultural Chinesa, que se refugiou em Macau, foi realizado em 2014. O Festival Internacional Filmes sobre Arte Portugal decorreu entre a passada quinta-feira e domingo, na Galeria Zé dos Bois, em Lisboa, exibindo 18 filmes, dos quais cinco portugueses, com estreia mundial ou nacional da totalidade das obras internacionais em concurso. Nesta nona edição voltaram a estar em foco filmes que abordam temas artísticos em diferentes disciplinas, desde as artes visuais, fotografia, teatro, literatura, música, entre outras. Desde o lançamento, em 2008, o festival apresentou cerca de 240 filmes, introduzindo o universo e práticas artísticas de mais de 350 criadores, músicos, bailarinos, realizadores e escritores, segundo um balanço da actividade elaborado pela organização. Criado pela artista e programadora Rajele Jain, o Festival Internacional Filmes sobre Arte Portugal teve inicialmente o apoio do Festival Temps D’Images e, desde 2015, é produzido de forma independente pela Associação Cultural Vipulamati: Ample Intelligence. O FILME https://vimeo.com/105580946?loop=0
Hoje Macau China / ÁsiaPequim recorre ao crédito para impulsionar economia [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s bancos chineses emprestaram mais dinheiro em Janeiro do que o valor equivalente ao Produto Interno Bruto (PIB) português, à medida que Pequim tornou o crédito mais barato e acessível, visando incentivar o crescimento económico. O incentivo ao crédito gerou, no entanto, uma dívida insustentável, que levou a China a tentar restringir a sua política monetária, ao mesmo tempo que evita o abrandamento do ritmo de crescimento económico. Só no primeiro mês do ano, os bancos chineses concederam 2,03 biliões de yuan em novos empréstimos. No final de 2016, o endividamento do país ultrapassou os 270% do PIB, impulsionado por múltiplos cortes das taxas de juro e pelo crescimento de empréstimos através de esquemas ilegais. Devido em parte ao crédito fácil, a economia chinesa cresceu 6,7%, no ano passado, num ritmo suportado pelo ‘boom’ na construção e aumento dos gastos públicos com infra-estrutura. A segunda economia mundial está agora sobrecarregada com um endividamento difícil de gerir, afirmou no mês passado em comunicado Andrew Fennell, analista da agência de ‘rating’ Fitch. “A estabilidade do crescimento económico da China deve-se a estímulos e não à sustentabilidade”, lê-se. Dinheiro fácil A agência Standard & Poor’s advertiu ainda que “a dependência num crescimento alimentado pelo crédito implica o risco de uma ‘aterragem dura’ [abrandamento súbito] para a economia”, O Banco do Povo Chinês (banco central) cortou por várias vezes as taxas de juro, entre 2014 e 2016, ajudando a contribuir para um ‘boom’ no crédito. A abundância de dinheiro fácil teve consequência imprevisíveis, como a forte subida do preço do imobiliário ou o investimento na moeda virtual ‘bitcoin’. No ano passado, o preço médio por metro quadrado subiu 14% em Pequim, 38% em Nanjing e 49% em Shenzhen, o centro tecnológico da China, no sul do país. Milhões de novas habitações continuam, porém, por vender, nas médias e pequenas cidades do país. O empréstimo para compra de habitação atingiu um terço do crédito concedido pelos bancos chineses em Janeiro, uma percentagem recorde. Entretanto, o banco central chinês subiu, em Fevereiro, as taxas de juro a curto prazo pela primeira vez em quatro anos. Citado pela agência France Presse, Wei Yao, analista do banco Société Generale afirmou que Pequim está a arriscar um equilíbrio do fluxo de crédito. “O alto nível de endividamento e a forte expansão dos balanços dos bancos tornam o sistema financeiro vulnerável a uma mudança abrupta”, disse. “A restrição da política monetária não pode ser demasiado súbita”.
Hoje Macau DesportoLiga de Elite, 4ª Jornada | Monte Carlo é líder isolado João Maria Pegado [dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]o regresso do futebol ao estádio da taipa, a quarta jornada fica marcada pela falta qualidade dos jogos realizados, talvez devido às horas desmotivantes que se realizam, a luz do dia dava algum brilho e colorido ao espectáculo trazendo mais espectadores ao estádio que com este factor motivava mais os intervenientes, mas infelizmente não é só isso. A nível do jogo, a qualidade que o futebol de Macau vinha a elevar parece que este ano decresceu, com jogos mais disputados no coração e na força em vez da razão e do técnico/táctico. As evidentes culpas vão para quem organiza , a associação de futebol de Macau da forma leviana , quase a roçar a negligência ,com que trata de proteger o seu produto, o futebol. Salve-se os outros agentes desportivos , presidentes, equipas técnicas e sobretudo os jogadores que em situações muito difíceis vão tentando fazer o melhor que podem e sabem. No único jogo que escapou à mediocridade dos restantes , esteve o jogo que punha a liderança isolada em disputa , CPK 0 Vs 2 Monte Carlo . O jogo começou sem grandes riscos de parte a parte , com o CPK com alterações relativamente ao último jogo na forma de jogar e nos jogadores que subiram ao relvado de início. Ronald que tinha sido um dos melhores no jogo anterior não esteve no onze inicial. A equipa de Inácio Hui alterou o vértice do seu meio campo , baixando Bruno Figueiredo para o lado de Pedro Clementes de forma a construir jogo a partir daí. O Monte Carlo por seu turno ao perceber essa nova forma de jogar por parte do CPK desceu as sua linhas para impedir os lançamentos longos para as costas dos seus laterais , transformando a linha de 3 centrais em 5 homens o que impedia a largura por parte do ataque do CPK, apostando num meio campo muito forte com Anderson De Oliveira na cobertura de Keverson Cardoso e de Lenandro Tanaka que nunca permitiram a equipa adversária jogar dentro do seu bloco do meio campo , transitando para o ataque rápido explorando a profundidade que era oferecida pelo CPK . Foi exactamente num desses lances com a bola nas costas da linha defensiva que o Monte Carlo chegou ao golo da autoria de Hougaro Da Silva. Chegávamos ao intervalo com a vantagem da equipa canarinha. Atrás do prejuízo A segunda parte começava com a necessidade da equipa de Inácio Hui ter que correr à procura do golo e foi o que fez com bastante determinação dispondo de várias oportunidades para chegar ao empate, nesta fase do jogo. Ora com os passes longos do camisola 8 do CPK ou jogando dentro do bloco do meio campo do Monte Carlo por Diego Patriota , iam aproveitando as costas dos laterais do Monte Carlo que apresentavam alguma fadiga. Aí apareceram os extremos do CPK em grande nível, na esquerda Akio Orlandini e na direita Lam Ka Seng , transportavam a bola em velocidades para zonas de finalização onde aparecia o grande problema de momento deste CPK , a falta de um ponta de lança que dê seguimento à boa organização ofensiva que vem apresentado. Como se diz no futebol “quem não marca sofre “ e num erro do guarda-redes Domingos Chan a equipa de Cláudio Roberto chega ao segundo golo “matando” o jogo apesar dos esforços da equipa negra. Com este resultado o Monte Carlo é o novo líder isolado do campeonato contando com vitórias em todos os jogos ao passo que o CPK cai para 4º lugar . Outros destaques Nos restantes jogos destaque para o Kei Lun 3 Vs 1 KA I que sobe ao 2º lugar com os mesmos pontos , 10 , que o Benfica de Macau 9 Vs 1 Development , que vem dar enfâse ao que foi dito no início do artigo. Como é que não se protege uma equipa de jovens que serão o futuro de Macau a nível de futebol, que crescem no ambiente de sucessivas derrotas, que motivação terão para continuarem a evoluir num espaço competitivo que não é o deles. No meio da tabela o Cheng Fung voltou às vitórias , Cheng Fung 2 Vs 1 Sporting Macau, no entanto a equipa verde e branca vendeu cara a derrota , sofrendo no último minuto o golo do empate, quanto à Policia teve a sua segunda vitória seguida , Policia 2 Vs 0 Lai Chi, empurrando os Velozes para o último lugar com zero pontos.
Hoje Macau China / ÁsiaDuterte acusado de ordenar assassínios quando era presidente de câmara [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m ex-polícia filipino admitiu ontem a existência de “esquadrões da morte” dirigidos por Rodrigo Duterte quando este era presidente da câmara de Davao e acusou o Presidente do país de contratar assassinos a soldo para matar opositores. “O esquadrão da morte de Davao é real”, assegurou Arturo Lascañas, agente da polícia nacional até ao passado mês de Dezembro numa conferência de imprensa transmitida pela televisão no Senado. O ex-polícia, que compareceu no Senado a pedido do grupo de assistência legal gratuita sob a égide da ONU, assegurou que “por cada morte, o presidente da câmara Duterte pagava-nos 20 mil pesos (375 euros) e por vezes 50 mil (935 euros) ou 100 mil (1.875 euros)”. A verdade da mentira Lascañas, que foi um dos polícias mais próximos de Duterte nos seus mais de 20 anos como presidente da câmara de Davao em vários períodos desde 1988 até 2016, tinha negado no passado mês de Outubro no Senado a existência dos esquadrões da morte. Entre palavras de arrependimento e lágrimas, o ex-agente qualificou ontem a sua anterior declaração como “total mentira” e confessou a sua participação em alguns dos assassínios presumivelmente ordenados pelo actual Presidente do país. Em concreto, Lascañas explicou como Duterte lhe deu três milhões de pesos (56.025 euros) para contratar um assassino a soldo que, após duas tentativas falhadas, acabou em 2003 com a vida de Jun Pala, um comentador de rádio crítico da gestão do então autarca. No caso do líder religioso, Jun Barsabal, assassinado em 1993 por alegada ocupação ilegal de terras, o ex-polícia confessou que o então presidente da câmara lhe deu ordem directa para “o matar”. Lascañas acompanhou a sua confissão com uma declaração em que assegurou que está disposto a declarar o mesmo perante qualquer organismo governamental, incluindo o Senado. A câmara alta já investigou no ano passado o tema dos “esquadrões da morte de Davao”, a que são atribuídas mais de mil mortes, sem que fossem encontradas provas suficientes para demonstrar a sua existência. A inesperada declaração de Lascañas pode servir para recuperar o caso depois de outro ex-membro dos esquadrões, Edgar Matobato, ter acusado pela primeira vez Duterte de assassínios, no passado mês de Dezembro.
Hoje Macau PolíticaCalçada do Gaio | UNESCO não disse nada [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]té à data, a agência das Nações Unidas responsável pela classificação de Macau enquanto património mundial não pediu qualquer esclarecimento à China acerca de eventuais problemas com a protecção do Farol da Guia. A ideia foi deixada por Leung Hio Ming, o novo presidente do Instituto Cultural, em declarações à margem da cerimónia de tomada de posse. Em meados de Dezembro último, a Associação Novo Macau (ANM) anunciou que a UNESCO iria pedir explicações sobre a altura de um edifício na Calçada do Gaio, uma vez que a torre coloca em causa a vista do Farol da Guia. Os dirigentes da ANM tinham então estado em Paris, para uma reunião com a directora do Centro de Património Mundial da UNESCO em que manifestaram preocupação com o desembargo do edifício em causa, que terá 81 metros. Na sequência da polémica, o Governo de Macau pediu um parecer às autoridades chinesas, uma vez que a candidatura à UNESCO se processou através do Governo Central. Leung Hio Ming explicou que a resposta de Pequim já chegou: a China concorda com “a forma de tratamento adoptada por Macau”, pelo que deverá mantida a altura do edifício. “Mas ainda precisamos de ter a certeza se a UNESCO vai enviar uma carta formal ao Gabinete de Conservação Nacional”, ressalvou. “Até agora, não recebemos quaisquer pedidos de esclarecimento”, rematou o presidente do IC.
Hoje Macau Manchete PolíticaEstaleiros | Alexis Tam promete parecer sobre planeamento da povoação Não lavou as mãos do assunto, mas espera que a opinião pública entenda que “cada secretário tem atribuições diferentes”. Alexis Tam já disse a Raimundo do Rosário que a sua tutela gostaria de intervir no futuro planeamento da zona [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]e nada lhe adiantou explicar que a demolição dos estaleiros de Lai Chi Vun é uma decisão que se prende com questões de segurança e que está nas mãos das Obras Públicas. À margem da tomada de posse do novo presidente do Instituto Cultural (IC), Alexis Tam foi bombardeado com perguntas sobre a povoação de Coloane. As questões foram sempre as mesmas – e as respostas também. Mas ao secretário para os Assuntos Sociais e Cultura chegou ainda um apelo feito por uma jornalista veterana de um jornal chinês de Macau, que lhe pediu para transmitir ao Chefe do Executivo as preocupações da população acerca da descaracterização de Lai Chi Vun, caso a maioria dos estaleiros vá mesmo abaixo. Apesar de ter salientado que “cada serviço público tem as suas próprias competências e atribuições”, Alexis Tam assegurou que está atento ao que se passa com os estaleiros. O secretário recordou que a demolição de parte destas estruturas tem que ver com “questões de segurança”, acrescentando que “vai ser lançado um concurso público para a realização de um estudo e planeamento da zona”. Desejo transmitido Ora, as questões no âmbito do planeamento são da competência do secretário para os Transportes e Obras Públicas, mas o responsável pelos Assuntos Sociais e Cultura prometeu que pretende colaborar “através da apresentação de um parecer no âmbito da salvaguarda da cultura”. Neste contexto, já demonstrou junto do secretário para os Transportes e Obras Públicas o desejo sobre a intervenção do Instituto Cultural e da Direcção dos Serviços de Turismo no futuro planeamento da zona. Alexis Tam disse também que “valoriza muito tanto a preservação, como o futuro do local”. Espera, por isso, que “seja revitalizada a zona de Lai Chi Vun no pressuposto de uma preservação adequada da paisagem e do tecido urbano, a fim de melhorar não só a qualidade de vida dos residentes daquela zona, como também torná-la num novo ponto de interesse turístico”. O secretário afirmou ainda que esteve duas vezes na povoação de Coloane, acompanhado por funcionários do IC e do Turismo. Falou com representantes dos residentes e titulares das licenças para exploração dos estaleiros, para se inteirar do ponto de situação e dos pedidos da população, tendo encaminhado estas solicitações aos serviços competentes. Tam lembrou ainda que o Instituto Cultural vai ser o responsável pela preservação de um conjunto em Lai Chi Vun, composto por um antigo estaleiro e duas habitações. Nas últimas declarações que fez enquanto presidente do IC, Guilherme Ung Vai Meng explicou que falta apenas a entrega das chaves para que se possam começar a fazer os trabalhos de reforço das estruturas, que se encontram muito degradadas.
Hoje Macau Manchete SociedadeFamiliares de Ho Chio Meng faltam à primeira audiência do julgamento conexo Cinco dos nove arguidos do processo conexo ao do antigo procurador da RAEM faltaram à primeira audiência no Tribunal Judicial de Base. Entre os ausentes, contaram-se três familiares de Ho Chio Meng. No total, há quatro pessoas que vão ser julgadas à revelia [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]ma das ausências foi a da mulher do antigo procurador – que responde pela prática, em co-autoria, dos crimes de falsas declarações e riqueza injustificada. Chao Sio Fu que faltou por estar a acompanhar um dos filhos menores do casal que foi hospitalizado, explicou a advogada, dando consentimento para o arranque do julgamento após garantir que Chao Sio Fu pretende comparecer em próximas sessões. Já Ho Chiu Shun, irmão mais velho de Ho Chio Meng, e Lei Kuan Pun, cunhado – acusados da prática, em co-autoria e na forma consumada, de participação em organização criminosa, de burla qualificada e de branqueamento de capitais –, encontram-se em parte incerta e vão ser julgados à revelia, tal como os arguidos Lam Hou Un e Wang Xiandi. Os restantes quatro arguidos – os empresários Wong Kuok Wai e Mak Im Tai (os únicos em prisão preventiva) e os antigos funcionários do Ministério Público António Lai Kin Ian e Chan Ka Fai – marcaram presença na primeira audiência do processo conexo ao do ex-procurador, que está a ser julgado, desde o dia 9 de Dezembro, no Tribunal de Última Instância. Está acusado de mais de 1500 crimes, incluindo burla, abuso de poder, branqueamento de capitais e associação criminosa. As super-empresas Wong Kuok Wai, que responde pela prática, em co-autoria e na forma consumada, de participação em organização criminosa, de burla qualificada e de branqueamento de capitais, foi ouvido durante todo o dia sobre as dez empresas que criou, geriu ou administrou, que conquistaram milhares de adjudicações de obras, serviços e bens do Ministério Público (MP) durante anos. As empresas em questão constituiriam a alegada associação criminosa supostamente chefiada pelo antigo procurador que, de acordo com a acusação, tinha por objectivo ganhar, exclusivamente, e por meio fraudulento, todas as adjudicações do MP. Wong Kuok Wai negou a participação em associação criminosa, rejeitou ser conhecido como “capitão”, o seu nome de código segundo a acusação, e afirmou que o antigo procurador, que conhecia sensivelmente desde 1999, nunca o contactou. No entanto, confirmou ligações do irmão e do cunhado de Ho Chio Meng às empresas. O arguido, de 56 anos, disse que o irmão do ex-procurador não tinha nenhuma relação formal com as companhias, mas que chegou a servir de intermediário de um fornecedor da China; enquanto o cunhado trabalhou a tempo parcial, aparecendo às vezes para “ajudar” nas empresas, que teriam, no total, três funcionários. Falhas de memória O presidente do colectivo de juízes, Lam Peng Fai, foi particularmente incisivo nas perguntas sobre como as empresas conquistaram milhares de contratos e de natureza muito distinta – desde fornecimento de vidros à prova de bala a serviços de desinfestação –, relativamente ao facto de usarem números de telefone e fax do MP (que funciona no mesmo edifício onde estava a sede das empresas) ou de algumas prestarem serviços exclusivamente ao MP. “Está a dizer que foi meramente por sua sorte que lhe calhava sempre o que quer que fosse? E de fora [do MP] nunca conseguiu arranjar nada?”, questionou o juiz, considerando o feito “extraordinário”. “Está à espera que eu acredite que foi só pela sua capacidade de [fazer] negócios?”. Wong Kuok Wai, com um depoimento com falhas de memória, não conseguiu explicar como obteve todas as adjudicações, nem por que razão, nos casos em que o MP fez consultas a três empresas, lhe telefonaram a pedir um orçamento da sua e de outras duas, que escolheu, na maioria das vezes, entre as que controlava. Também não foi capaz de identificar quem o contactava do MP a pedir as propostas com as cotações. “Não era sempre a mesma pessoa”, afirmou. “Nenhum serviço público vai pedir a uma empresa para encontrar duas concorrentes. Só um funcionário maluco ou anormal. Não achou isso estranho?”, perguntou o juiz, questionando por que motivo estaria o MP inclinado a seu favor, mas o empresário não soube responder. Wong Kuok Wai atestou ainda que, nos casos em que as empresas não tinham capacidade ou competência para executar as adjudicações que obtinham, contratava outras empresas, garantindo uma margem de lucro na ordem dos dez por cento. O julgamento continua hoje.
Hoje Macau SociedadeTaxas | Mais de 100 veículos juntaram-se ao protesto deste fim-de-semana A polícia separou os manifestantes, mas a manifestação sobre rodas decorreu sem problemas. Os números da polícia e da organização são, como de costume, muito diferentes. A organização fica agora à espera da resposta do Governo [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ais de uma centena de carros e motos saíram à rua no sábado para uma marcha lenta contra o aumento de taxas administrativas relacionadas com os serviços de tráfego, exigindo a retirada do despacho que fez os valores subirem. A iniciativa, em protesto contra a actualização, a 1 de Janeiro, de uma série de taxas administrativas, como a de remoção de veículos que, a título de exemplo, passou de 300 para 1.000 patacas, e contra os aumentos acentuados também para licenças, inspecção de veículos ou exames de condução, durou aproximadamente uma hora e meia. A marcha lenta foi convocada por um grupo de cidadãos liderado pelos deputados Pereira Coutinho e Leong Veng Chai, mas o primeiro faltou à iniciativa. No final da marcha lenta, junto à sede do Governo, Leong Veng Chai explicou que Pereira Coutinho, que até pediu a demissão do secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, por causa do aumento das taxas, não compareceu devido “a questões privadas relacionadas com a sua família”. Aos jornalistas, o “número dois” de Pereira Coutinho indicou que a adesão à marcha lenta “quase” correspondeu às expectativas iniciais, falando na participação de entre 250 a 300 veículos. Uma estimativa superior à dos jornalistas (cujas contas apontam para menos de 150) e aos números da polícia, já que, segundo a PSP, participaram na marcha lenta 111 veículos (57 automóveis e 54 motos), envolvendo cerca de 150 pessoas. Os veículos que participaram na marcha lenta tinham fitas verdes amarradas nos retrovisores e bandeirolas com os caracteres chineses para a palavra “retirar”, numa alusão ao objectivo do protesto. Aproximadamente meia centena de agentes foram destacados para acompanhar a manifestação, ainda de acordo com a PSP, que destacou que o itinerário proposto foi cumprido e que as viaturas desfilaram de forma ordeira e pacífica. A marcha lenta partiu de perto da Praça da Assembleia Legislativa, com destino à Taipa, pela ponte de Sai Van, regressando à península, onde foi até ao Centro de Ciência e deu a volta, culminando no Lago Sai Van, onde representantes do grupo que convocou o protesto entregaram petições na sede do Governo. Os promotores da iniciativa queixaram-se, porém, do facto de a polícia ter separado a marcha lenta em pequenos grupos. Segundo constatou a Lusa no local, os carros foram divididos em dois grupos e as motas saíram integrados num, partindo com uma ligeira diferença temporal. Só as taxas Luís Machado, um polícia aposentado, foi um dos que participou no protesto. “Acho que o Governo deve pensar um pouco na parte do cidadão de Macau ou dos condutores”, disse à agência de notícias, considerando os aumentos das taxas “muito exagerados”. “A gente está à espera que mude alguma coisa”, afirmou, quando questionado sobre se acha realista a possibilidade de o Governo recuar nos aumentos das taxas administrativas, um cenário que a Administração descartou poucos dias após os primeiros sinais de contestação, ao sustentar que a maioria dos valores não sofria alterações desde o final da década de 1990. Leong Veng Chai adiantou que o grupo de promotores do protesto pretende agora “aguardar pelo ‘feedback’ do Governo”. Caso não chegue, o grupo planeia solicitar uma nova reunião com o secretário para os Transportes e Obras Públicas, depois do encontro “desanimador” que afirmou ter mantido a 25 de Janeiro com Raimundo do Rosário. O deputado esclareceu ainda que a manifestação deste fim-de-semana apenas teve apenas como objectivo pedir ao Chefe do Executivo que retire o despacho que eleva as taxas administrativas e não pedir a demissão do secretário, como anteriormente. No passado dia 8, o grupo de cidadãos liderados pelos deputados Pereira Coutinho e Leong Veng Chai convocou uma marcha lenta para dia 11, mas acabaria por cancelar horas depois devido a divergências relativamente ao itinerário proposto pela polícia. Antes, no primeiro fim-de-semana a seguir à entrada em vigor das taxas administrativas, a 8 de Janeiro, uma manifestação juntou milhares de pessoas nas ruas (1600 segundo a polícia e cinco mil de acordo com a organização).
Hoje Macau China / ÁsiaPequim suspende importações de carvão da Coreia do Norte [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China vai deixar de importar carvão da Coreia do Norte até final de 2017 – anunciou este sábado Pequim, após um novo teste de um míssil por Pyongyang e de um apelo dos EUA para a aplicação de sanções. “A China vai cessar momentaneamente as importações de carvão proveniente da Coreia do Norte até ao final do ano”, uma interrupção que será aplicada a partir de domingo e será válida até 31 de Dezembro, indicou o Ministério chinês do Comércio. Esta suspensão “inclui cargas em relação às quais os procedimentos aduaneiros não estejam concluídos”, precisou o comunicado, citado pela agência France Press. A decisão de Pequim é tornada pública menos de uma semana depois de um novo teste de um míssil balístico por Pyongyang, o Pukguksong-2, que percorreu no passado dia 19 cerca de 500 quilómetros, antes de cair no mar do Japão, o suscitou fortes reacções tanto na Ásia com em Washington. O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, que se encontrou na passada sexta-feira pela primeira vez com o seu homólogo chinês, Wang Li, apelou a Pequim para usar “todos os meios” no sentido de “moderar” os ímpetos turbulentos do seu vizinho e aliado tradicional. Em resposta, o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros apelou para o restabelecimento das negociações a seis (as duas Coreias, Japão, Rússia, China e Estados Unidos), considerando imperioso ultrapassar-se o ciclo viciosos dos ensaios nucleares e das sanções. A interrupção das importações “mete em execução a resolução 2321 do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, explicou sábado o Governo chinês num comunicado breve, no que parece ser uma decisão de Pequim assumir a política do ‘pau e da cenoura’. A resolução do Conselho de Segurança, adoptada no passado dia 30 de Novembro, resulta no apertar da rede das sanções contra a Coreia do Norte, em resposta aos avanços no seu programa nuclear com objectivos militares. A resolução estabelece, nomeadamente, um ‘plafond’ das vendas norte-coreanas de carvão nos 400,9 milhões de dólares, ou 7,5 milhões de toneladas, por ano, a partir de 1 de Janeiro de 2017, o que representa uma redução de 62% em relação a 2015. Pequim suspendeu as importações em Dezembro de carvão norte-coreano por três semanas, mas retomou-as no início de Janeiro. Parceiro de relevo A China é o único parceiro económico relevante de Pyongyang praticamente o único interessado no carvão norte-coreano. Ao abrigo do anterior regime de sanções, o Conselho de Segurança autorizava a compra de carvão e de minerais de ferro à Coreia do Norte, desde que os ganhos comerciais não fossem utilizados por Pyongyang para financiar o seu programa nuclear ou de armamento. Esta possibilidade permitiu a Pequim, sob o argumento da sua boa-fé, aumentar fortemente as suas importações de carvão, que ascenderam a 24,8 milhões de toneladas no período de Março a Outubro de 2016, três vezes mais do que o ‘plafond’, entretanto, imposto pelas Nações Unidas.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas | Milhares contra restabelecimento da pena de morte [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ilhares de católicos filipinos manifestaram-se ontem em Manila contra o restabelecimento da pena de morte e para condenar a enorme quantidade de vítimas mortais causadas pela guerra contra as drogas promovida pelo presidente do país, Rodrigo Duterte. “Não podemos ensinar que é errado matar se o fizermos matando aqueles que matam”, afirmou o presidente da Conferência de Bispos Católicos das Filipinas, o arcebispo Socrates Villegas, aos manifestantes, através de um comunicado, citado pela agência Efe. “Os criminosos têm de ser detidos, acusados, condenados e presos para que possam corrigir-se. O delito de que são acusados tem que ser provado em tribunal, não executado à lei da bala”, acrescentou Villegas. O arcebispo de Manila, Luis Antonio Tagle, afirmou, pelo seu lado, que “combater a violência com violência é duplicar a violência”. Entre 50 mil pessoas, de acordo com os organizadores, o grupo Sangguniang Laiko ng Pilipinas, e 10 mil, de acordo com a polícia, juntaram-se durante mais de três horas no Parque de Rizal, na zona antiga de Manila, para participar na Marcha pela Vida. Villegas instou os manifestantes a rejeitarem outros “pecados” contra a vida, como o aborto, as drogas, a corrupção ou a blasfémia e pediu-lhes que não vivam subjugados pelo terror, apesar de rodeados de violência e da tentativa de restabelecimento da pena capital, porque “o sol voltará a brilhar”. “Há esperança. Não tenham medo da sombra. Nunca vivam em medo”, sublinhou o clérigo. “A Marcha pela Vida não é um protesto, mas uma afirmação da sacralidade da vida humana, que provém de deus”, acrescentou. Do extermínio Mais de sete mil alegados toxicodependentes e narcotraficantes foram mortos na campanha contra as drogas lançada por Duterte no próprio dia da sua investidura, em 30 de Junho de 2016. Desse número, cerca de 2.500 mortos resultaram de operações policiais e o resto às mãos de grupos civis que tomaram a justiça por sua conta. A Amnistia Internacional denunciou no início de Fevereiro que foram cometidos “crimes contra a humanidade” durante a guerra contra as drogas, para além do encobrimento de homicídios a soldo, provas falsas e roubos levados a cabo pela polícia. A campanha encontra-se de momento suspensa, com a finalidade de “limpar” a polícia de agentes corruptos, mas o chefe de Estado já manifestou a intenção de retomá-la o quanto antes e de prolongá-la até ao final do mandato único de seis anos, em 2022. Duterte, fiel a si mesmo, investiu já contra a posição da Igreja Católica filipina, tratando os bispos por “filhos da puta”, no passado dia 19 de Janeiro. “Vocês, católicos, se quiserem acreditar nestes sacerdotes e bispos, fiquem com eles. Se quiserem ir para o céu, fiquem com eles. Agora, os restantes, os que quiserem erradicar as drogas, venham comigo, ainda que eu vá até ao inferno”, disse o Presidente no passado dia 5 de Fevereiro. As Filipinas contam com 86% de católicos entre uma população de 100 milhões de habitantes, o que confere à Igreja uma grande influência no país”, tendo sido fundamental na revolta popular pacífica que derrubou o regime de Ferdinand Marcos, em 1986, e no movimento que destituiu o Presidente Joseph Estrada em 2001.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Deng Xiaoping morreu há vinte anos [dropcap style≠’circle’]V[/dropcap]inte anos depois da morte de Deng Xiaoping, o líder que abriu a China à economia de mercado, resta em Pequim pouco de herança operária, arrasada para dar lugar a torres envidraçadas e complexos luxuosos. No centro da capital chinesa, porém, um prédio semi-devoluto de oito andares remete para a ortodoxia comunista que perdurou na China durante o reinado de Mao Zedong (1949 – 1976). O edifício ‘Fusuijing’ foi construído em 1958, inspirado no “Grande Salto em Frente”, uma campanha lançada por Mao para “acelerar a transição para o comunismo”, através da colectivização dos meios de produção. “Não importava qual a posição ou autoridade de quem vinha para aqui morar, as casas eram gradualmente ocupadas, sem olhar a classes”, conta Zhang Qiwei, 60 anos, que viveu quase toda a vida no prédio. Nenhum dos apartamentos tem cozinha: os habitantes comiam juntos numa cantina comum, segundo o espírito revolucionário da época. Espaços para ler, jogar xadrez ou para as crianças brincarem eram também partilhados. “Alguns populares viviam até em casas melhores do que membros da marinha, exército ou força aérea”, diz Zhang Qiwei. “Agora, os funcionários do partido moram em vivendas, enquanto o trabalhador não tem onde viver”. Hoje, emaranhados de fios eléctricos, paredes descascadas e tralha amontoada nas escadas ilustram a degradação do edifício, situado a poucos quilómetros do bairro de Fuxingmen, sede de algumas das maiores empresas da China. Automóveis Porsche, Ferrari ou Maserati são ali às dezenas, enquanto espaços outrora associados a um estilo de vida burguês – centros comerciais ou lojas de luxo – se multiplicaram nos últimos anos a um ritmo ímpar. Mas para os chineses da geração de Zhang Qiwei, formados num ambiente de extrema politização, a realidade gerada pelas reformas económicas promovidas por Deng Xiaoping é difícil de aceitar. “O povo está dividido; existe um materialismo excessivo”, refere. “No período de Mao Zedong, trabalhava-se arduamente sem pensar em dinheiro: lutava-se por um ideal comum”. “Hoje, as pessoas ganham dinheiro, mas não dão o litro”, diz Zhang. Prós e contras Para os maoístas, Deng Xiaoping, que morreu a 19 de Fevereiro de 1997, é culpado por problemas como a corrupção e desigualdade social, as duas principais fontes de descontentamento popular na China actual. Afastado duas vezes por Mao, Deng, um antigo “seguidor do capitalismo”, assumiu o poder poucos anos após a morte do fundador da República Popular. O desenvolvimento económico – e não o “aprofundamento da luta de classes”, como no tempo de Mao – tornou-se “a tarefa central”. A pobre e isolada China, que vivia até então num universo à parte, mergulhada em constantes “campanhas políticas”, converteu-se em 40 anos numa potência capaz de disputar a liderança global com os Estados Unidos. “Após a China adoptar a política de reforma e abertura, o nível de vida do povo melhorou”, conta Zhang Yan, de 66 anos, e também residente de longa data no edifício. “Quem foi perseguido [durante o maoísmo] tem de agradecer muito a Deng Xiaoping”, acrescenta. Zhang e os pais foram vítimas da Revolução Cultural, uma radical campanha política de massas lançada por Mao para “aprofundar a luta de classes sob a ditadura proletária”. Entre 1966 e 1976, dezenas de milhões de pessoas foram perseguidas, presas e torturadas sob a acusação de serem “revisionistas”, “reaccionárias” ou “inimigos de classe”. Só no interior da China, estima-se que a violência tenha deixado 750.000 mortos. Após a morte de Mao, contudo, os seus mais fiéis seguidores, incluindo a mulher, Jiang Qing, acabaram na prisão, e o próprio Partido Comunista Chinês classificou aquele período como “o maior erro e o mais grave retrocesso da história do socialismo na China”. “Foi muito doloroso”, recorda Zhang Xiaoyan sobre a Revolução Cultural. “Sem a política de Deng Xiaoping, o meu pai ficaria para sempre marcado como um elemento negro”, conclui.
Hoje Macau SociedadeDSPA não concretizou planos de acção devido a mudanças sociais [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) justificou as falhas em algumas das metas prometidas ao nível ambiental pela ocorrência de mudanças na sociedade e na economia. Em resposta ao deputado Si Ka Lon, o organismo liderado por Raymond Tam afirmou que “dez planos de acção ficaram por desenvolver, pelo facto de, durante os anos de execução do planeamento, a situação da sociedade e da economia ter mudado”. Tal fez com que o panorama “se tenha tornado diferente das estimativas feitas, pelo que algumas políticas, acções e projectos também foram ajustados”. Por este motivo, a DSPA “acabou por dar prioridade à melhoria da qualidade do ar e à gestão dos resíduos sólidos”. Sobre a ausência de informações acerca das zonas arborizadas do território, a DSPA explicou que a avaliação da taxa de área urbana arborizada é feita com base em dados de classificação de área verde e outras estatísticas. Como os critérios de classificação foram ajustados, e tendo em conta que o organismo não recebeu os novos dados a tempo de realizar a avaliação a médio prazo, não foi, assim, possível avaliar a taxa das áreas urbanas com árvores. O número dois de Chan Meng Kam na Assembleia Legislativa havia colocado questões sobre a concretização do “Planeamento da Protecção Ambiental de Macau 2010-2020”. A DSPA promete, então, reforçar a comunicação entre os diversos departamentos públicos, bem como fazer uma aposta no Plano de Desenvolvimento Quinquenal da RAEM, a ser implementado até 2020. O organismo garante ainda olhar para as “mudanças gerais da sociedade, da economia e do ambiente”, por forma a fazer uma “avaliação da eficácia e execução a médio prazo do planeamento”. Fica ainda a ideia de aperfeiçoamento do planeamento já feito, por forma a atingir metas com base nas ideias de “planear, executar, avaliar, alterar e inovar”. A DSPA afirma que está a realizar avanços quanto à instalação de uma central de tratamento de resíduos alimentares, encorajando as empresas que tenham espaço suficiente a instalar este tipo de aparelhos. A direcção de serviços pretende ainda instalar estas máquinas em habitações públicas e na actual central incineradora. Este ano será lançado o “Plano de Resíduos Sólidos”, que tem como objectivo incentivar a reciclagem junto de moradores e empresas, e fomentar a utilização de produtos reciclados, apontou a DSPA.
Hoje Macau China / ÁsiaPescadas dezenas de toneladas de tubarão em águas timorenses [dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]avios chineses que estão a operar, com licença, em águas timorenses pescaram nos últimos meses pelo menos 40 toneladas de tubarão, animal protegido nas leis timorenses, disseram fontes de organizações ambientalistas. Imagens vídeo obtidas a 10 de Fevereiro e a que a Lusa teve acesso mostram vários arrastões chineses a pescar ao largo da costa norte de Timor-Leste, com quatro deles acoplados ao ‘navio-mãe’, de grande dimensão, onde depositam os animais pescados. Os autores das imagens solicitaram anonimato. As imagens mostram o interior de um dos depósitos desse navio principal onde praticamente só são visíveis tubarões, suscitando entre organizações ambientalistas grande preocupação sobre o facto de os navios estarem a pescar espécies que são protegidas na lei timorense. Fontes ligadas a duas organizações ambientalistas, a Conservation International e WorldFish, e elementos ligados ao sector do mergulho referiram à Lusa preocupações com a “pouca clareza e transparência” relativamente ao contrato dado à empresa que opera os navios. As mesmas fontes levantam igualmente dúvidas sobre o licenciamento dado aos navios chineses, que operam em Timor-Leste desde Novembro do ano passado, e sobre a não implementação de outros aspectos prometidos do acordo com a empresa. Questionado pela Lusa, o director-geral de Pescas, Acácio Guterres, garantiu que os animais não vão ser exportados, quando confrontado pela Lusa com imagens de vídeo obtidas por um drone que mostram o depósito de um dos navios chineses com dezenas de tubarões. “Pescaram cerca de 40 toneladas. Já dissemos que não vão ser exportados”, garantiu Acácio Guterres, depois de ver o vídeo, não explicando no entanto o que vai acontecer ao tubarão já pescado. O responsável timorense não conseguiu igualmente explicar o que ocorre aos responsáveis dos navios que pescaram espécies protegidas, em particular porque a lei em vigor prevê nestes casos penas de 1 a 5 anos de prisão e multas de entre 500 e 500 mil dólares. Outras espécies Fontes do Ministério da Agricultura e Pescas explicaram à Lusa que o volume de tubarão pescado pode ser até “muito mais elevado” e que há igualmente outras espécies protegidas, como é o caso de tartarugas, a ser apanhadas nas redes dos navios chineses. Joni Freitas, chefe do departamento de Captura e Licenciamento do Ministério da Agricultura e Pescas disse à Lusa que apesar de todas as espécies de tubarão estarem protegidas em Timor-Leste os animais pescados pelos arrastões chineses não se incluem entre as cinco mais protegidas internacionalmente. Os navios em causa pertencem à empresa Pingtan Marine Entreprise, que se virou para Timor-Leste depois de o Ministério de Assuntos Marítimos e Pescas indonésio ter suspendido a concessão ou renovação de licenças de pesca em 2014. Acácio Guterres e Joni Freitas, chefe do departamento de Captura e Financiamento do Ministério da Agricultura e Pescas, confirmaram à Lusa dados sobre o acordo de licenciamento dos 15 navios que estão em Timor-Leste. No total, a empresa pagou 312.600 dólares para todas as licenças de operação e exportação em Timor-Leste o que permite a cada um dos navios pescar 100 toneladas por ano, ou 1.500 toneladas entre si (o que equivale a cerca de 21 cêntimos por quilo). “Gostaríamos de aplicar valores mais elevados mas não podemos porque é o que está na lei”, disse Freitas, referindo-se ao decreto de 2005 que define as tarifas a cobrar para a pesca comercial em Timor-Leste (entre 80 dólares por tonelada para peixe pequeno e 250 por tonelada para crustáceos). Os dois responsáveis referem que os navios são inspeccionados “cada três meses quando visitam o porto”, confirmou que o Governo só tem “cinco inspectores” mas são menos claros sobre se o tipo de espécie pescado está ou não a ser verificado. Em entrevista à Lusa em Novembro – quando divulgou detalhes sobre os navios que tinham acabado de chegar a águas timorenses – Estanislau da Silva, ministro de Estado, Coordenador dos Assuntos Económicos e ministro da Agricultura e Pescas, explicou haver garantias que parte do pescado seria para o mercado nacional. Até ao momento ainda não chegou ao mercado timorense nem um único peixe do acordo, tendo Acácio Guterres explicado que isso ocorreu porque os navios pescaram aquém do esperado, sendo que o valor total do trimestre, “cerca de 374 toneladas” é equivalente a um quarto da quota anual. “Talvez nos próximos meses chegue ao mercado”, referiu, sem explicar em que circunstâncias. Não foi possível obter comentários adicionais do ministro da Agricultura e Pescas que está actualmente numa visita ao estrangeiro.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim concede a Trump registo da sua marca ao fim de dez anos [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China concedeu esta semana ao Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o uso comercial do seu próprio nome, ao permitir o registo da sua marca por um período de dez anos para serviços no sector da construção. O registo foi anunciado na terça-feira, através do ‘site’ da Administração de Marcas da China. Só no país asiático, Donald Trump tem 49 pedidos pendentes para registo de marcas e 77 que já estão registadas em seu nome, cuja maioria terá de ser renovada ainda durante o seu mandato. Os críticos dizem que os interesses globais de propriedade intelectual de Trump poderão ser usados por países estrangeiros como forma de o influenciar. Além disso, violam a cláusula da Constituição norte-americana que proíbe os funcionários públicos de aceitar presentes de valor de governos estrangeiros, a não ser quando aprovado pelo Congresso. Na China, os tribunais estão subordinados ao poder político, que está concentrado no Partido Comunista. Uma questão de ética O registo, concluído esta semana, estava pendente há mais de uma década, e ocorre após várias tentativas falhadas de assegurar os direitos sob o seu nome, até então detidos por um homem chamado Dong Wei. Qualquer tratamento especial por parte da China significaria que Trump efectivamente aceitou presentes de Pequim, uma acção que viola a Constituição, afirmou Richard Painter, chefe da Casa Branca para questões de ética durante o mandato de George W. Bush, citado pela Associated Press. “Talvez houvesse uma conclusão diferente se Trump tivesse sido tratado como qualquer outra pessoa, mas as evidências não apontam nesse sentido”. Alan Garten, director jurídico da Organização Trump, afirmou que as operações de registo de marca de Trump são anteriores à sua eleição. O magnata entregou a gestão da sua empresa aos filhos e a uma equipa de executivos, de forma a afastar-se dos seus negócios e do seu portefólio de marcas registadas, afirmou.
Hoje Macau DesportoAntevisão da 4ª jornada da Liga de Elite João Maria Pegado [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] 4ª jornada da liga Elite está de regresso ao salão de cerimónias da Associação Futebol de Macau, facto que agrada e de que maneira a jogadores e técnicos, como referiu Cláudio Roberto, técnico do Monte Carlo, no final da partida frente ao Sporting de Macau. Com esta mudança de casa, também teremos a mudança de horários com os jogos do fim de semana a realizarem-se mais tarde, (18:30 e 20:30) aqui se calhar já não tanto do agrado das equipas mas especialmente dos que dão cor ao espectáculo , os adeptos. A abrir A ronda começa na sexta feira , com o Kei Lun Vs KA I. O principal destaque desta partida vai para o Treinador Josecler, que defronta a sua antiga equipa onde passou os últimos anos da sua carreira , tendo inclusive ganho um campeonato e uma Taça. Frente ao KA I , o técnico vai procurar a terceira vitória consecutiva da sua equipa e desta maneira manter-se invicto na competição . Para que isso aconteça terá que melhorar a sua organização defensiva visto ter sofrido seis golos em três jornadas, muito para quem quer andar na frente da tabela, se bem que nesses mesmo jogos tenha marcado 13 golos. Para tal, a equipa azul celeste já deve contar com o mais recente reforço, Jorge Tavares, antigo jogador do Sporting de Macau que irá representar o Kei Lun como guarda-redes, posição que o médio centro formado no Sporting de Portugal já experimentou em vários torneios de futebol, não sendo portanto uma novidade para ele. Já o KA I quer dar seguimento ao seu crescimento como equipa e conseguir aliar o bom futebol que está a praticar aos pontos que bem precisa. Desde da vitória na primeira jornada frente ao Sporting , surgiram duas derrotas, Monte Carlo e CPK respectivamente , duas equipas que lutam por objectivos diferente do KAI. Para tal acontecer a equipa vermelha terá que ser muito disciplinada defensivamente como fez frente ao CPK toda a primeira parte, para depois aproveitar as possíveis debilidades defensivas do Kei Lun com o seu homem golo William Carlos Gomes. Um jogo que vale a pena assistir em que os golos irão aparecer em bom número. Dose dupla No sábado vão-se realizar mais dois jogos , Polícia Vs Lai Chi e Sporting De Macau Vs Cheng Fung. No primeiro jogo a equipa da Polícia que surpreendentemente conseguiu a sua primeira vitória na jornada passada frente ao Cheng fung, tem neste jogo frente aos Velozes a oportunidade de somar mais três pontos muito importantes para a permanência na liga, visto os jovens do Lai Chi estarem muito diferentes de anos anteriores após a saída dos seus melhores jogadores , Ka Him Lei e Chi Hang. No jogo das 20:30 vamos ter uma partida bastante interessante , de um lado os jovens de Nuno Capela , que tem estado jogo a jogo a mostrarem-se mais conhecedores do jogo e neste momento já não são a equipa que se dizia de início que estava condenada a descer. A verdade é que o trabalho do técnico e toda a estrutura tem pernas para andar e que estão ali algumas pérolas para lapidar, contra o Cheng Fung tem a oportunidade de poder surpreender e darem seguimento a esse crescimento. A equipa de João Rosa por seu turno terá que mostrar que a derrota com a Polícia foi um acidente e que quer ser uma equipa para andar na frente da tabela. Para isso terão que fazer um grande jogo para passarem este Sporting competente. Prato forte No domingo temos o jogo grande da jornada , CPK vs Monte Carlo , com as equipas a procurarem a liderança isolada na competição . O CPK para o conseguir terá que melhorar a sua organização ofensiva principalmente no ultimo terço do terreno , onde está a faltar alguém que dê seguimento às boas combinações do seu meio campo, se assim o fizer estará mais perto do sucesso porque defensivamente tem estado muito bem, tendo sofrido um golo até ao momento. A equipa do Monte Carlo, ao contrário do CPK, vai ter que melhorar a sua organização defensiva para conseguir potencializar a sua grande forca que se encontra no ataque. Em três jogos os canarinhos já sofreram quatro golos, situação que de certeza não agrada ao técnico Cláudio Roberto que já terá comunicado aos seus jogadores a forma de impedir que isso aconteça e se assim for o Monte Carlo estará mais perto da vitória. Se nenhuma das equipas for superior em termos de resultado quem irá aproveitar no jogo seguinte será o Benfica que não deverá ter grandes dificuldades para bater os jovens da associação de Macau.
Hoje Macau China / ÁsiaTailândia | Polícias e soldados cercam complexo religioso [dropcap style≠’circle’]S[/dropcap]oldados e polícias cercaram ontem um templo budista nos subúrbios de Banguecoque, atingido por um escândalo, na tentativa de prender o seu líder espiritual, depois do primeiro-ministro ter invocado poderes especiais para colocar o lugar sob controlo militar. Trata-se do mais recente desenvolvimento no âmbito da saga de longa data envolvendo o templo Wat Dhammakaya, de uma ordem budista separatista cujo controverso fundador foi acusado nomeadamente de lavagem de dinheiro e desvio de fundos mas nunca foi presente a tribunal. Tentativas anteriores de fazer rusgas no complexo religioso foram frustradas depois de milhares de fiéis terem aparecido para defender o monge septuagenário, identificado como Phra Dhammajayo, segundo os ‘media’ tailandeses. Suspeita-se que o homem, que não é visto em público há meses, esteja escondido no interior do templo. O monge é acusado de lavagem de dinheiro e de ter aceitado fundos desviados no valor de 1,2 mil milhões de baht (cerca de 33 milhões de euros) do proprietário de um banco cooperativo que foi entretanto preso. Ao início do dia de ontem, centenas de agentes e militares estavam no local, onde fecharam estradas que levam ao enorme templo, na sequência de uma ordem aprovada repentinamente pelo líder da junta e primeiro-ministro, Prayut Chan-O-Cha. A ordem invoca poderes especiais, da chamada “secção 44”, para colocar a zona sob controlo militar. “Estamos a montar um cordão em torno do templo e depois vamos fazer buscas em todos os edifícios”, afirmou o coronel Paisit Wongmaung, chefe da DSI, o equivalente tailandês ao FBI. “Se [o monge] pensa que é inocente deve entregar-se e participar no processo judicial”, acrescentou. Ligações perigosas Num comunicado enviado por e-mail, citado pela agência AFP, o templo indica que “4.000 polícias e militares” foram destacados para o local, implantando bloqueios que “proíbem neste momento qualquer pessoa de entrar ou sair” do complexo religioso. Segundo a agência noticiosa francesa, apoiantes do líder religioso devem estar no interior do templo, ao lado dos monges, dado que podem ser ouvidos mantras no exterior. Têm sido feitas diversas tentativas, em vão, de persuadir o antigo líder do templo a deixar o complexo. O templo também é acusado de ter ligações ao antigo-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, deposto no golpe militar de 2006. O governo da sua irmã Yingluck, que também foi primeira-ministra, também foi alvo de um golpe pelos militares em 2014. O templo tem uma sofisticada operação de relações públicas, incluindo o seu próprio canal, e acolhe diversos grandes encontros de monges anualmente. Nos últimos 30 anos, o templo Dhammakaya cresceu exponencialmente, angariando dezenas de milhões de dólares.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Milionário chinês continua desaparecido Há pouco mais de um ano, foram os livreiros. Agora, um empresário com muito dinheiro e com boas ligações políticas a Pequim. O que é feito de Xiao Jianhua? Ninguém sabe onde está, nem o que terá levado ao desaparecimento do milionário. Mas Hong Kong sai cada vez pior no retrato [dropcap style≠’circle’]J[/dropcap]á passaram mais de duas semanas desde que Xiao Jianhua atravessou, pela última vez, a porta da suite de luxo que ocupava no hotel Four Seasons em Hong Kong. O desaparecimento de um milionário – mesmo tratando-se de alguém relativamente discreto, como é caso de Xiao Jianhua – é, em períodos de normalidade, alarmante. Mas, quando o local para onde foi levado é o “buraco negro” da segurança de Estado da China, a situação é ainda mais preocupante. É assim que começa um longo artigo do Guardian sobre o último grande mistério de Hong Kong. O jornal presta especial atenção ao que está a acontecer na antiga colónia britânica, num texto que tem como título, em citação, “o tempo mais sombrio”. Xiao Jianhua é conhecido por ter relações próximas e negócios com famílias ligadas à elite chinesa, incluindo pessoas próximas do Presidente Xi Jinping. Muitos acreditavam que essas ligações faziam dele uma figura intocável. O local que escolheu para viver – um hotel onde uma suite pode custar mais de 210 mil patacas por mês – e o facto de estar no ambiente relativamente seguro de Hong Kong, com um sistema judicial separado da China, dariam ao milionário uma protecção extraordinária. O empresário tinha ainda uma forte rede de seguranças, com contratos celebrados com várias empresas. Costumava andar rodeado de mulheres que desempenhavam a tarefa de garantir que ninguém lhe faria mal. Mas nada disto teve qualquer relevo quando foi visto a ser levado, numa cadeira de rodas, por agentes de segurança da China, vestidos à paisana. De acordo com o New York Times, Xiao Jianhua tinha a cabeça coberta com um lençol e foi transportado para a fronteira com o Continente, onde entrou, possivelmente de barco, para evitar o controlo na imigração. Fortuna a mais Numa altura em que Hong Kong se prepara para assinar o 20.o aniversário da transferência de soberania, o caso de Xiao Jianhua – à semelhança do que aconteceu, há pouco mais de um ano, com cinco livreiros da antiga colónia britânica – vem salientar o estado de erosão da autonomia e das liberdades prometidas, escreve o Guardian. A estranha história do milionário ameaça ainda a reputação internacional do território. “Há uma tendência crescente para Hong Kong se transformar, cada vez mais, numa cidade como outra qualquer da China Continental”, diz Anson Chan, antiga deputada e ex-secretária-chefe do Governo da região, funções que desempenhou antes e depois de 1997. “De que modo poderemos nós competir como cidade global se não garantirmos o respeito pelo Estado de direito, a independência do sistema judiciário, os direitos e as liberdades, especialmente a liberdade de expressão e a circulação livre de informação?”, lança. “São estas as vantagens de Hong Kong mas, a cada dia que passa, assistimos a uma erosão dessas mais-valias. O longo braço das autoridades do Continente chega a Hong Kong”, afirma. Xiao Jianhua ocupa o lugar número 32 da lista dos mais ricos da China Continental, com uma fortuna avaliada em 40 mil milhões de yuan. Desde 2013, mais do que triplicou as contas bancárias. Controla o Tomorrow Group, que tem participações no sector imobiliário, nas áreas dos seguros e na banca, e nos sectores do carvão e do cimento. A sua riqueza pode ter sido a sua desgraça, na sequência da ideia deixada pelo regulador da bolsa chinesa em relação ao plano de captura dos “crocodilos do mercado de capitais”. A China atravessou momentos complicados em 2015, com consequências não só para o valor das acções em bolsa, mas também para a reputação do país em termos financeiros. Xiao Jianhua ajudou a irmã e o cunhado de Xi Jinping a verem-se livres de bens depois de, em 2012, a Bloomberg ter dado conta da riqueza da família do Presidente. Além disso, escreve o Guardian, o empresário fez investimentos com outros membros da elite política do país. Depois de Xiao ter desaparecido, a sua mulher pediu para ter protecção policial, mas tentou retirar o apelo e, alegadamente, fugiu para o Japão. As autoridades de Hong Kong dizem estar a investigar o sumiço do milionário, mas fontes do jornal descrevem o caso como estando muito além das competências da polícia local. Em ramo verde Entretanto, há homens de negócios de Hong Kong que começam a reconsiderar o significado das ligações a empresas da China Continental, especialmente às que são controladas por elites bem posicionadas do ponto de vista político. “Havia a sensação de que aqueles que fizessem investimentos com pessoas politicamente poderosas estariam a salvo, mas o desaparecimento de Xiao Jianhua demonstra que isso não funciona”, afirmou ao Guardian um empresário de Hong Kong, com muitos negócios na China, que preferiu não ser identificado. “Muitas pessoas perguntam: valerá a pena, se depois alguém me for buscar a casa a meio da noite?”. Existia a ideia de que Hong Kong era um santuário. O acordo da transferência de soberania do Reino Unido para a China procurou salvaguardar a autonomia relativa do território, com liberdades que não existem no Continente, ao abrigo do princípio “um país, dois sistemas”. A polícia chinesa não pode operar na cidade. “Quem achar que Hong Kong é uma espécie de céu, está a iludir-se. Se a China quiser deter determinada pessoa, fá-lo”, avisa o mesmo empresário, sob anonimato. “Muitas pessoas apenas esperam ter a possibilidade de pegarem nelas próprias, nas famílias e no dinheiro e saírem de Hong Kong antes de os chineses os apanharem.” Quando cinco livreiros – responsáveis pela publicação de obras, do desagrado de Pequim, acerca de líderes da China – desapareceram em 2015, vários empresários estrangeiros demonstraram, junto dos consulados na cidade, preocupação em relação às autoridades de Hong Kong e do Continente. “É a época mais sombria para os direitos humanos e para a liberdade de Hong Kong”, defende o deputado Nathan Law, que integra a comissão de segurança do Conselho Legislativo. “Costumávamos achar que desaparecer a meio da noite só acontecia na China, mas agora isso também se verifica em Hong Kong.” O deputado aponta o dedo à actual liderança de Pequim: “Com este Governo, e com Xi Jinping a comandar a China, a situação tem vindo a piorar, e todos os cidadãos de Hong Kong têm essa sensação”. Para Nathan Law, assistiu-se a uma “rápida deterioração” nos últimos cinco anos. O membro do Conselho Legislativo conta ainda que conhece pessoas que estão a ponderar a possibilidade de emigrarem, uma vez que, com este desaparecimento recente, deixaram de se sentir seguras. Deixar a cidade é, há muito, o plano B dos residentes mais afortunados, depois do massacre de Tiananmen, em 1989, e dos anos que antecederam a transferência de soberania, em 1997. O silêncio Uma das razões para o desaparecimento de Xiao Jianhua nesta altura do campeonato poderá ser a reunião de alto nível do Partido Comunista Chinês, agendada para Outubro próximo. É neste encontro que vai ser decidida a nova constituição do comité permanente do Politburo, com consequências para a liderança do país a médio prazo. O Presidente Xi Jinping, consensualmente entendido como sendo um dos políticos mais poderosos desde Mao Zedong, passou os últimos cinco anos a consolidar o seu poder e todos os analistas acreditam que não pretende interferências nos seus planos, de modo a poder cumprir mais um mandato sem obstáculos partidários. Os investimentos de Xiao Jianhua ao lado de famílias da elite significam que poderá estar na posse de informação sensível sobre uma série de figuras importantes na hierarquia do Partido Comunista Chinês. A opção de viver no Four Seasons em Hong Kong não foi uma iniciativa inédita: quando os media chineses deram conta de que Xiao tinha estado envolvido na privatização de bens estatais abaixo do valor de mercado, o empresário foi viver temporariamente para o Canadá, indica o New York Times num perfil escrito em 2014. Além de ter documentos de viagem do Canadá, conquistados através de investimentos no sector imobiliário, Xiao Jianhua tem também um passaporte diplomático de Antígua e Barbuda, na qualidade de “embaixador com poderes para promover o investimento, as trocas e o comércio, o desenvolvimento do turismo e dos negócios com as autoridades de todos os estados e territórios”. Esta nomeação foi polémica, com a oposição do arquipélago a contestar os poderes concedidos ao empresário chinês. Até à data, não houve qualquer comentário oficial da China acerca do desaparecimento de Xiao Jianhua. O caso deu azo às mais variadas especulações, uma vez que ninguém sabe o que é que o milionário poderá ter feito para merecer tão misteriosa sorte. “Há muitos empresários poderosos em Hong Kong, podem pisar o risco a qualquer momento, e há cada vez mais riscos que não podem ser pisados”, diz Nathan Law, o deputado pró-democrata. “Talvez um dia pise uma dessas linhas, sem saber que estou a fazê-lo, e na manhã seguinte já não esteja em Hong Kong. De facto, essa ameaça existe.”
Hoje Macau SociedadeFMI | São precisas décadas para diversificar como Las Vegas O Fundo Monetário Internacional considera que é prematuro fazer uma avaliação dos elementos não jogo dos casinos, alertando que são necessárias “décadas” para que a economia se diversifique. Lionel Leong mostra-se “satisfeito” com as conclusões [dropcap style≠’circle’]T[/dropcap]odos os anos o Governo anuncia nas Linhas de Acção Governativa que a diversificação da economia é um objectivo primordial, mas os resultados têm sido vagos. No seu mais recente relatório, o Fundo Monetário Internacional (FMI) considera “prematuro” avaliar o potencial de Macau no segmento extra-jogo por ser uma aposta recente. “Actualmente, o turismo não-jogo representa apenas 26 por cento do total, muito abaixo dos 64 por cento de Las Vegas. Dito isto, ao ritmo da própria transição feita por Las Vegas, a RAEM iria precisar de cerca de 30 anos para atingir um nível idêntico de diversificação”, lê-se nas conclusões citadas pela Agência Lusa. Não obstante, o FMI nota que “muitos centros de jogo em todo o mundo lutaram para fazer essa transição”. A instituição com sede em Washington afirma que continua a ser precoce avaliar o potencial de Macau no segmento não-jogo porque “só recentemente é que as operadoras de jogo investiram na necessária oferta, em particular, em adequar os hotéis para atrair grandes convenções e mais entretenimento apropriados para o visitante que não procura casinos”, como as famílias. “Macau tem uma economia particularmente concentrada. O turismo chegou a representar quase 90 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) no ‘pico’ e agora [o peso] diminuiu para uma percentagem ainda elevada de 67 por cento”, sublinha o FMI que, faz o paralelo com a fatia média que o sector detém nas economias das Caraíbas (apenas 19 por cento). O FMI também recorda que o turismo é enorme em termos absolutos, com Macau a gerar a décima maior receita do mundo (e a quarta na Ásia), algo “impressionante” para um território pequeno com uma população estimada em aproximadamente 647 mil habitantes. A indústria do jogo representa entre 73 a 80 por cento do total do sector do turismo e 94 por cento das receitas das operadoras de jogo. O FMI observa ainda que se considera “crucial” o aumento da capacidade hoteleira (os quartos aumentaram de 27.300 em 2014 para 36.300 em 2016, contra 62.000 em Las Vegas), na medida em que as restrições em termos de oferta limitaram anteriormente o espaço para a realização de grandes eventos. Lionel Leong, secretário para a Economia e Finanças, reagiu entretanto ao relatório. Citado por um comunicado oficial, o governante mostrou-se “satisfeito pelo reconhecimento da capacidade de resposta da cidade, numa mudança económica e por uma melhor previsão do crescimento económico de Macau, bem como pela confiança na diversificação adequada da economia e indústrias”. Três frentes Com uma economia fortemente dependente da indústria do jogo, Macau tem, há muito, o “ambicioso plano” – como descreve o FMI – de a diversificar, uma meta que compreende três frentes. Em primeiro lugar, diversificar a própria indústria do jogo, do segmento VIP para o mercado de massas. Depois, alargar a própria carteira de turistas – procurando atrair mais visitantes pela oferta extra-jogo em detrimento dos casinos – e, por fim, abrir o espectro das fontes de rendimento do sector do turismo para o dos serviços financeiros, conforme o primeiro plano quinquenal de Macau apresentado no ano passado. Malditos choques Na sua análise sobre Macau, o FMI aponta ainda que os recentes “choques” sofridos pela economia [queda das receitas dos casinos] evidenciam a importância da estratégia de a diversificar. “Os recentes ‘choques’ externos sublinham a importância da estratégia das autoridades de uma transição para um modelo económico mais diversificado”, mas “felizmente, a RAEM inicia esta transição a partir de uma posição de força”, dado que conta com “importantes amortecedores”, sublinha a instituição com sede em Washington. Apesar de notar que os ‘choques’ sofridos pela economia de Macau colocaram em relevo a importância de diversificar o tecido económico – com “a rapidez e dimensão da recente queda da procura externa a servir de lembrete de quão curta a base se tornou durante os anos de ‘boom’” –, os efeitos no resto da economia foram “surpreendentemente limitados”. O FMI dá o exemplo da baixa taxa de desemprego e da mediana dos salários, que estabilizou, acima dos níveis de 2014. “A principal fonte dessa resiliência foi que, não obstante a média das despesas dos visitantes ter caído significativamente, o número de turistas se manteve estável.” “A grande fatia da contracção nas receitas foi absorvida na forma de lucros extraordinários menores em vez de numa redução do emprego”, explica o FMI. Além disso, “a resiliência na procura por mão-de-obra no sector do turismo ajudou a conter a queda no consumo interno e a deterioração da qualidade dos activos bancários”.
Hoje Macau SociedadeHo Chio Meng | TUI discute papel de irmão de Florinda Chan O Tribunal de Última Instância voltou a discutir o papel do irmão da antiga secretária para a Administração e Justiça na fiscalização dos alegados falsos contratos, atribuídos durante o tempo em que Ho Chio Meng foi procurador. Foi ouvida também uma testemunha que falou de outros tempos, mais recentes [dropcap style≠’circle’]R[/dropcap]oque da Silva Chan, irmão da antiga secretária para a Administração e Justiça, recusou-se a cumprir uma ordem superior, dada por um dos arguidos envolvidos neste caso, de acordo com uma testemunha ouvida ontem de manhã, noticiou a Rádio Macau, que tem estado a acompanhar o julgamento do antigo procurador da RAEM. Chan Hoi Fan fez parte do grupo criado por Ho Chio Meng para lidar com a aquisição de bens e serviços para o Ministério Público (MP), em sobreposição com o departamento financeiro. A equipa foi liderada por Chan Ka Fai, co-arguido no processo de Ho Chio Meng, e terá cometido várias irregularidades nas adjudicações: foram emitidas facturas falsas e omitidos dados relevantes para garantir o pagamento de algumas despesas, como uma viagem à Europa, em que Ho Chio Meng se fez acompanhar da mulher e de um sobrinho. Durante o mandato do ex-procurador, a aquisição de bens e serviços foi sempre feita às mesmas empresas, todas controladas por familiares e pessoas próximas de Ho Chio Meng. De acordo com acusação, a maior parte dos contratos foi manipulada e haverá casos em que os serviços nunca foram prestados. Segundo a emissória, Chan Hoi In confirmou que Roque Chan era responsável por ver se os contratos eram executados, mas deu mais detalhes. A testemunha disse que houve situações em que o irmão de Florinda Chan não quis assinar documentos por ser incapaz de confirmar se a informação correspondia à verdade e, num dos casos, ter-se-á recusado a dar luz verde ao pagamento das despesas. Apesar da falta de informações, os gastos foram sempre liquidados pelo departamento financeiro do MP, que aceitou a omissão de dados como prática comum e não questionou que a entrega dos cheques fosse sempre feita à mesma pessoa. Misteriosa acusação Também ontem, foi ouvida Tang Wai Man, funcionária do MP, que afirmou que um dirigente recomendou uma empresa para a realização de obras no piso onde funciona o Gabinete do Procurador. Em causa está a remodelação do 16º piso do edifício Hotline, o andar onde Ho Chio Meng terá mandado construir uma sauna para uso particular e que continua a ser arrendado pelo MP. Após a mudança de mandato, o actual procurador, Ip Son Sang, decidiu fazer obras no local. O contrato terá custado sete milhões de patacas, de acordo com Tang Wai Man. A testemunha que, até Janeiro de 2016, foi chefe do Gabinete de Apoio, declarou que o contrato foi atribuído através de concurso por convite a três empresas. De acordo com Tang, uma das três companhias foi indicada por um dirigente. De acordo com a Rádio Macau, a testemunha, familiar de Ho Chio Meng, não identificou a chefia em causa, nem foi questionada pelo tribunal sobre este facto. Tang Wai Man disse ainda que as duas empresas sugeridas ao superior tinham já trabalhado com o MP. Durante o depoimento, a funcionária referiu ainda que o “novo chefe não gostou” que fossem contratadas as anteriores companhias. Nas últimas sessões, houve vários depoimentos que indicam que o actual Gabinete do Procurador mantém as práticas iniciadas por Ho Chio Meng em relação à aquisição de bens e serviços, havendo apenas uma mudança nas empresas contratadas. Ainda assim, o dado que causou mais perplexidade ao tribunal tem que ver com o facto de MP continuar a usar intermediários para comprar café Nespresso. O juiz Lai Kin Hong ordenou que fosse enviado um oficio ao Gabinete do Procurador a informar que as cápsulas podem ser compradas directamente, através da Internet, sem portes de envio. A Rádio Macau contactou o MP para esclarecer as informações dadas por Tang Wai Man, mas não obteve resposta até ao momento.
Hoje Macau SociedadeBNU | Congeladas dezenas de contas por omissão de dados pessoais São normas impostas pela Caixa Geral de Depósitos que, por sua vez, responde às entidades reguladoras de Portugal e da União Europeia. É esta a justificação do BNU para pedir dados que nem todos os clientes estão dispostos a fornecer. Há dezenas de contas que já foram congeladas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] BNU em Macau congelou “dezenas de contas de clientes” que recusaram autorizar a transferência de dados pessoais para efeitos de supervisão por parte do Grupo Caixa Geral de Depósitos, disse à Agência Lusa o presidente executivo do banco. “São umas dezenas. Em 225 mil clientes [do BNU em Macau], seja qual for o cálculo que fizer, seja com um, seja com 99, vai ver que a percentagem é muito pequenina”, disse Pedro Cardoso, sem precisar o número de contas congeladas. Os lucros do BNU em Macau atingiram 560,5 milhões de patacas em 2016, mais 9,8 por cento do que no ano anterior. Pedro Cardoso disse que as contas congeladas representam um volume de negócios “perfeitamente insignificante”, mas escusou-se a revelar valores. O processo para pedir aos clientes do BNU Macau para darem o seu consentimento para que o banco pudesse prestar à casa-mãe (Grupo CGD) “informação bastante simplificada sobre a relação que têm com o banco” para efeitos de supervisão consolidada foi iniciado em Agosto de 2015. “Já vamos a mais de 90 por cento do nosso volume de negócio coberto [dos clientes que preencheram o formulário a autorizar a transferência de dados pessoais] e ainda temos mais um ano e meio para o nosso projecto inicial que era até três anos, até ao terceiro trimestre de 2018”, disse. Pedro Cardoso explicou que o formulário enviado aos clientes “é um requisito que decorre da supervisão” a que a casa-mãe do banco “está sujeita”. “Como se sabe, é sujeita à supervisão do Banco de Portugal e Banco Central Europeu e – depois de termos consultado a Autoridade Monetária de Macau e o Gabinete para a Protecção de Dados Pessoais, e de termos tido o seu acordo para este nosso processo –, pedimos aos nossos clientes que nos dessem o seu consentimento para podermos prestar esta informação bastante sucinta”, explicou. Essa informação, segundo referiu, inclui dados de identificação pessoal (nome, local e data de nascimento, entre outros), e dados sobre o valor dos depósitos ou créditos que os clientes têm no BNU em Macau. Paciência e pedagogia Para Pedro Cardoso, o processo registou um “sucesso muito assinalável”, e o banco tem tido uma abordagem “muito paciente e pedagógica” em relação aos clientes. “Tivemos, no entanto, alguns clientes que se recusaram, que disseram que, de maneira alguma, dariam essa informação, e chamámos a atenção desses clientes, relativamente poucos, para as consequências dessa posição, que seria ter que terminar a prazo as relações”, acrescentou. O presidente executivo do BNU Macau afirmou que, depois do contacto com esses clientes, “a maioria repensou a sua posição e decidiu dar o seu consentimento” para a transferência dos dados pessoais. “No entanto, tivemos algumas dezenas que decidiram manter a sua posição e não dar o consentimento ao BNU [em Macau], e banco iniciou um processo de encerramento das relações comerciais com esses clientes.” Pedro Cardoso disse ainda que o encerramento das contas só começou “na parte final de 2016”. O responsável escusou-se a quantificar o número de clientes que poderão ainda ver as suas contas congeladas, afirmando que “o encerramento dessa relação é muito expedito” nos casos em que os clientes têm apenas conta à ordem. “Algum cliente que esteja nestas circunstâncias, mas que tenha outros produtos ou serviços, como por exemplo cartões de crédito, crédito à habitação, crédito pessoal, o encerramento não pode ser imediato porque temos obrigações. E aí temos de esperar até ao fim desses contratos”, disse. A título de exemplo, num caso de um cliente com crédito à habitação, o congelamento da conta poderá só acontecer no final do prazo do contrato de 20 ou 30 anos, apesar de estarem previstas “restrições para a actividade normal do cliente em termos da sua relação com o BNU”. Actividade do BNU cresceu quase 20 por cento A actividade de ligação aos países de expressão portuguesa do BNU em Macau cresceu quase 20 por cento em 2016 e “tem uma importância crescente”, “mas ainda é pequena” face a outras linhas de negócio, disse à Lusa o seu presidente. Sem referir o volume de negócios do Banco Nacional Ultramarino (BNU) em Macau com clientes ligados ao universo lusófono, Pedro Cardoso explicou que o crescimento registado no ano passado ocorreu depois de, em 2015, a mesma área de negócio ter aumentado 153 por cento. “A actividade de ligação aos países de expressão portuguesa ainda é relativamente pequena face a outras linhas de negócio”, frisou, dando como exemplos o crédito à habitação, que representa 46 por cento do crédito total e é o principal produto; a exposição ao sector do turismo, que é cerca de 20 por cento do crédito; e a actividade de cartões de crédito, em que o BNU tem uma quota de mercado que ronda os 13 por cento em Macau. Pedro Cardoso justificou os crescimentos registados nos últimos anos com o facto de “a base ser muito pequena” e com a criação, há quatro anos, de uma equipa dedicada a dinamizar a ligação, em termos de negócios, entre Macau ou o interior da China e os países de expressão portuguesa, e todos os 23 territórios onde a Caixa Geral de Depósitos está presente. “O nosso volume de negócios global neste momento ultrapassa os 10 mil milhões de euros e o volume de negócios associado ao chamado ‘cross border’ com esses países não representa sequer cinco por cento mas, de qualquer forma, tem tido uma importância crescente. E neste último ano o crescimento rondou cerca de 20 por cento”, acrescentou. Em relação ao mercado lusófono, o objectivo “é continuar a crescer a um ritmo bem superior ao crescimento em Macau”. “O BNU em Macau tem várias vantagens competitivas: uma é a nossa longevidade neste mercado há quase 115 anos (…) e outra é a ligação ao Grupo Caixa Geral de Depósitos, que tem um posicionamento absolutamente ímpar no espaço lusófono”, justificou. O BNU abriu, no mês passado, a primeira sucursal no interior da China. A abertura da agência situada na Ilha da Montanha foi justificada com o desenvolvimento das relações comerciais entre Macau e a China e também com o papel de Macau como plataforma entre a China e os países de língua portuguesa.