Hoje Macau China / ÁsiaConcedida aprovação preliminar a 38 marcas do grupo Trump [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China concedeu aprovação preliminar a 38 marcas do grupo Trump, suscitando preocupações de que o Presidente norte-americano, Donald Trump, esteja a receber tratamento especial do Governo chinês, no que constituiria um conflito de interesses. O registo daquelas marcas permite ao grupo Trump abrir spas, casas de massagens, clubes de golfe, hotéis e até serviços privados de segurança. Os advogados de Trump na China solicitaram o registo da marca em Abril de 2016, enquanto o magnata atacava, em comícios políticos, o país asiático por manipulação da moeda e tirar postos de trabalho aos Estados Unidos. Os críticos dizem que os interesses globais de propriedade intelectual de Trump poderão ser usados por países estrangeiros como forma de o influenciar. Além disso, violam a cláusula da Constituição norte-americana que proíbe os funcionários públicos de aceitarem presentes de valor de governos estrangeiros, a não ser quando aprovado pelo Congresso. Trump disse que não fará negócios com o exterior enquanto estiver na Casa Branca. A Administração de Marcas da China publicou a aprovação provisória esta semana e, se não houver objecções, as marcas serão formalmente registadas ao fim de noventa dias. Em Fevereiro passado, o país asiático concedeu ao Presidente dos Estados Unidos o uso comercial do seu próprio nome para serviços no sector da construção. Custou mas foi O registo estava pendente há mais de uma década e ocorreu após várias tentativas falhadas de assegurar os direitos sob o seu nome. Na China, os tribunais estão subordinados ao poder político, que está concentrado no Partido Comunista, partido único no poder. Alan Garten, director jurídico da Organização Trump, afirmou que o grupo tem vindo a reforçar os seus direitos de propriedade intelectual na China desde há mais de dez anos e que registou a sua marca para o sector imobiliário muito antes do magnata anunciar a sua candidatura. “A conclusão recente do processo de registo é o resultado natural desses esforços constantes e empenhados”, disse. “Qualquer sugestão contrária demonstra um completo desprezo pelos factos, assim como uma falta de entendimento sobre as leis internacionais de registo de marcas”, acrescentou, citado pela AP. No entanto, Richard Painter, chefe da Casa Branca para questões de ética durante o mandato de George W. Bush, considera que o volume de novas aprovações pelas autoridades chinesas é motivo de alerta. “O registo de uma patente, marca ou direitos de autor por um Governo estrangeiro não é, à partida, inconstitucional, mas com tantos registos a serem concedidos dentro de um período tão curto de tempo, a questão é se não existirá uma ingerência em pelo menos alguns deles”, afirmou.
Hoje Macau China / ÁsiaGoverno chinês critica situação dos direitos humanos nos EUA [dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]equim criticou ontem a violência policial, descriminação racial e natureza hipócrita da democracia nos Estados Unidos, em resposta às acusações à China no relatório anual de direitos humanos do Departamento de Estado norte-americano. “[os EUA] apontam o dedo e acusam a situação dos direitos humanos em muitos países, enquanto negligenciam os seus próprios terríveis problemas”, aponta o relatório publicado ontem pelo Conselho de Estado chinês. O “Relatório sobre os Direitos Humanos nos Estados Unidos em 2016”, difundido pela agência oficial Xinhua, denuncia o papel do dinheiro na política norte-americana e acusa a eleição presidencial nos EUA de estar “cheia de mentiras e farsas”. O documento, que recolhe dados sobretudo a partir de órgãos de comunicação dos EUA, afirma ainda que a imprensa norte-americana não fez uma cobertura objectiva e imparcial das eleições presidenciais, sublinhando que a taxa de abstenção destas foi a mais alta dos últimos vinte anos. E aponta ainda que o país tem a segunda taxa mais alta prisional no mundo – 693 prisioneiros por cada 100.000 habitantes. Crimes e desigualdades Citando estatísticas do FBI, Pequim salienta que, em 2015 registaram-se nos EUA mais de um milhão de crimes violentos, entre os quais 63,8% foram agressões agravadas, 27,3% assaltos, 7,5% violações e 1,3% homicídios. Segundo a China, em 2016 as desigualdades sociais acentuaram-se nos EUA, com a proporção de adultos com trabalho a tempo inteiro a atingir a proporção mais baixa desde 1983. O relatório destaca que, ajustado à inflação, o salário do trabalhador norte-americano está estagnado há 50 anos, enquanto a percentagem de pessoas nos EUA que faz parte da classe média caiu de 61%, em 2008, para 51%, em 2016. “Um em cada sete norte-americanos, ou pelo menos 45 milhões de pessoas, vive em pobreza”, aponta o documento, citando o jornal Daily Mail. A questão dos direitos humanos é uma fonte de persistente tensão entre o governo chinês e os países mais ricos, sobretudo na Europa e na América do Norte, que tendem a enfatizar a importância das liberdades políticas individuais. Para as autoridades chinesas, “o direito ao desenvolvimento é o mais importante dos direitos humanos” e o “papel dirigente” do Partido Comunista, no poder desde 1949, é “um principio cardial”. Desde a ascensão ao poder do Presidente chinês, Xi Jinping, em 2012, as autoridades prenderam dezenas de activistas dos Direitos Humanos, acusados de subversão do poder do Estado ou perturbação da ordem social.
Hoje Macau China / ÁsiaUm dos mísseis lançados por Pyongyang caiu a 200 quilómetros da costa japonesa [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m dos quatro mísseis balísticos que a Coreia do Norte lançou na segunda-feira caiu a cerca de 200 quilómetros da costa do Japão, informou ontem o governo japonês, indicando que a ameaça de Pyongyang está “numa nova fase”. O míssil, que caiu no oceano a cerca de 200 quilómetros a noroeste da península de Noto, poderá ser o míssil lançado pelo exército norte-coreano que até à data caiu mais perto do território do Japão. “Este último lançamento mostra claramente que a ameaça da Coreia do Norte entrou numa nova fase”, disse em conferência de imprensa o ministro porta-voz do Executivo japonês, Yoshihide Suga. Tóquio estima que os quatro mísseis lançados (que se crê serem uma versão dos Scud soviéticos com uma capacidade de alcance alargada de cerca de 1.000 quilómetros) caíram num raio entre 200 e 450 quilómetros da península, que se encontra a cerca de 280 da capital japonesa. Três dos mísseis caíram na Zona Económica Especial do Japão, espaço que se estende a cerca de 370 quilómetros desde as costas e sobre o qual o país ostenta direitos de exploração e gestão de recursos naturais. Pyongyang disse esta semana que se tratou de um ensaio “para alcançar as bases das forças norte-americanas de agressão imperialista no Japão”. E vão dois O lançamento na segunda-feira é o segundo ensaio de mísseis que o regime de Kim Jong-un realiza este ano e desde a chegada da Administração Trump à Casa Branca. A acção surge numa altura de tensão e como resposta às manobras militares anuais que Washington e Seul levam a cabo por estes dias em território sul-coreano e depois do líder norte-coreano ter dito no Ano Novo que o país está a ultimar o desenvolvimento de um míssil intercontinental que lhe permitiria atingir os Estados Unidos.
Hoje Macau PolíticaAPN | Candidatos de Macau e Hong Kong sem financiamento estrangeiro [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m projecto de lei entregue ontem ao órgão legislativo chinês pretende proibir candidatos ao cargo de delegado, oriundos de Macau e de Hong Kong, de receber financiamento estrangeiro durante o processo de eleição. O rascunho foi submetido à Assembleia Popular Nacional (APN) por Wang Chen, vice-presidente e secretário-geral do Comité Permanente da estrutura. O diploma pretende que os candidatos oriundos das duas regiões administrativas especiais declarem que “não receberam, nem vão receber”, directa ou indirectamente, qualquer financiamento oriundo de instituições, organizações ou indivíduos estrangeiros. A normativa visa “salvaguardar a segurança do Estado” e “prevenir poderes estrangeiros de interferir nas eleições”, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua. No total, participam da actual sessão anual da APN 12 deputados oriundos de Macau e 36 de Hong Kong. Os projectos de lei devem ser votados antes do fim da reunião, que termina na próxima quarta-feira. Constitucionalmente, a APN, com cerca de três mil delegados, é o “supremo órgão do poder de Estado na China” e o seu plenário anual decorre durante dez dias no Grande Palácio do Povo, em Pequim. É o mais importante acontecimento da agenda política chinesa, a seguir aos congressos do Partido Comunista Chinês, que se realizam de cinco em cinco anos.
Hoje Macau PolíticaPoder do Povo quer pensões iguais ao valor do risco social [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Associação Poder do Povo organizou ontem uma conferência de imprensa para exigir que o Governo reduza os apoios financeiros que atribui com frequência às associações tradicionais do território. A entidade falou dos casos da Federação das Associações dos Operários de Macau, da União Geral das Associações dos Moradores de Macau e da Associação Geral das Mulheres de Macau, que fornecem serviços de apoio aos idosos. Contudo, segundo a Poder do Povo, muitos idosos acham que os apoios aos quais têm acesso junto das associações não são suficientes, razão pela qual a associação sugere que o Governo cancele os subsídios às associações e que aumente os valores das reformas. Desta forma, a pensão para idosos poderia chegar às quatro mil patacas, atingindo o mesmo montante do risco social. Actualmente a pensão é de 3350 patacas. A Poder do Povo lembra ainda que os salários dos funcionários públicos sofreram novo aumento no passado dia 1 de Janeiro, ao contrário da pensão para os mais velhos. Uma vez que o Governo tem vindo a referir os cuidados que devem ser prestados à terceira idade, a Poder do Povo defende que o Executivo tem o dever de proteger esta camada da população, para que estas pessoas não tenham preocupações no fim da vida. Os responsáveis da associação acreditam que o Governo está a contrariar a Lei Básica ao aumentar apenas os ordenados dos funcionários públicos. Uma vez que o valor de risco social é de 4050 patacas mensais, as pensões para idosos continuam abaixo desse montante, pelo que, sublinha a Poder do Povo, enfrentam dificuldades diárias. A associação critica ainda o facto de o Governo não desenvolver actividades de fiscalização em relação à inflação. “Os idosos, que tanto contribuíram para a sociedade, só recebem 3450 patacas por mês, mas todas as coisas estão cada vez mais caras. O Governo não fiscaliza como deveria para combater a inflação”, referiram os responsáveis em comunicado.
Hoje Macau SociedadeAgressão | Residente quer entregar carta a Wong Sio Chak [dropcap style≠’circle’]I[/dropcap]eong Hak Meng, residente de Macau, planeia entregar uma carta a Wong Sio Chak, secretário para a Segurança, por forma a obter respostas para um caso de agressão do qual diz ter sido alvo. A intenção foi comunicada em conferência de imprensa organizada no escritório dos deputados Ng Kuok Cheong e Au Kam San. O residente encontrava-se à entrada de um edifício quando um homem, que se identificou como polícia, lhe perguntou o que estava ali a fazer e qual a sua morada. Ieong Hak Meng afirma que exigiu a sua identificação, mas o falso polícia tê-lo-á agredido na zona do peito, tendo fugido de seguida. O queixoso pediu ajuda a agentes policiais, tendo relatado o caso, mas afirma que nada foi feito. “Prestei declarações no posto da polícia e quis saber porque é que aquela pessoa apresentava uma identidade falsa. Os agentes disseram-me para fazer declarações noutro dia, mas entretanto já passaram dois meses. Nunca mais tive notícias”, apontou. Ieong Hak Meng acrescentou ainda que o homem que o agrediu costuma frequentar a zona onde reside, tendo dito ainda que já entregou várias informações aos agentes policiais, entre elas a matrícula do veículo do alegado agressor e imagens das câmaras de vigilância. Ainda assim, a polícia continua sem dar quaisquer informações, lamentou.
Hoje Macau SociedadeJustiça | Ho Chio Meng sem advogado [dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]oram ontem canceladas as próximas audiências do julgamento em que é arguido Ho Chio Meng, por o advogado o ex-procurador ter pedido o abandono do patrocínio. De acordo com um comunicado do Tribunal de Última Instância (TUI), onde está a ser julgado por mais de 1500 crimes, o defensor do antigo líder do Ministério Público comunicou ao tribunal que tinha pedido o abandono do patrocínio ao arguido, pelo que a juíza titular do processo decidiu cancelar as audiências que tinham sido marcadas para a tarde de ontem, bem como para os próximos dias 10 e 13. Ho Chio Meng tem agora cinco dias para constituir um novo advogado, acrescenta o TUI. Se não conseguir encontrar defensor que substitua Leong Weng Pun, será nomeado um advogado pelo tribunal. A juíza decidiu ainda notificar o defensor para esclarecer ao tribunal o motivo do abandono, tendo-lhe lembrado que deve cumprir os deveres estipulados no Código Deontológico dos Advogados, de modo a que o arguido possa obter atempadamente a assistência de outro causídico. Uma vez marcada nova data para a realização de audiência, o TUI promete divulgar as informações.
Hoje Macau Desporto7ª jornada da Liga de Elite | Liderança novamente em jogo João Maria Pegado A sétima jornada da liga elite terá o seu normal alinhamento de jogos alterado. Os dois jogos que normalmente se realizam ao sábado à tarde irão ser disputados quinta-feira à noite. De referir ainda que os jogos voltaram ao Estádio de Macau localizado na Taipa. O grande embate O jogo grande, CPK Vs Benfica De Macau, terá lugar às 18:30 de domingo. Os encarnados chegam a este jogo moralizados após a vitória categórica sobre o Monte Carlo, o que lhes permitiu ascender à liderança da prova com 16 pontos. Agora com novo adversário complicado querem a vitória para praticamente garantir o topo da classificação no final da primeira volta. Para tal os pupilos de Henrique Nunes terão que manter a mesma intensidade que mostraram no jogo anterior, para poderem ultrapassar a segunda melhor defesa da prova com 4 golos sofridos. Algo que estará de certeza na palestra do treinador encarnado será a atenção dada às bolas paradas do CPK, a equipa capitaneada por Diego Patriota, que é especialista neste momento do jogo ,seja de livres,muito bem excecutados por Diego e Bruno Figueiredo, como na marcação de cantos, onde Ronald é um finalizador nato dentro da área. Atenção de Batista e dos centrais Filipe Duarte e Bernardo a este momento do jogo. O onze deverá ser o mesmo que alinhou no último jogo. Torrão,melhor marcador do campeonato, talvez seja a maior dúvida para este encontro, ele que abandonou o jogo anterior mais cedo algo queixoso. Se assim for Alison Brito será promovido à equipa titular. O Benfica sabe que este jogo é crucial para ficar com vitórias sobre os adversários directos, por isso terá que ter uma entrada forte, tal como fez contra o Monte Carlo, para aproveitar algum receio que equipa do CPK possa ter de início. Por cada minuto que passar estará a dar motivação extra ao adversário. O CPK vê este jogo como uma oportunidade de se isolar na frente do campeonato ou continuar a depender de si próprio para lá chegar. A seu favor tem, no meu entender, um sector defensivo muito forte, que é único em teoria, e com condições para parar o ataque do Benfica. Para passarem da teoria à prática, o guarda redes Domingos e os defesas, Vitor Almeida, Ronald Cabrera, Kan Chi Hou e Choi Chan In vão ter que fazer um jogo a roçar a perfeição. Será preciso controlar muito bem a profundidade nas suas costas e serem fortes nos duelos individuais, algo em que o Benfica é intenso devido à grande qualidade do seu ataque. Mas sobretudo esta linha de quatro defesas que referi, tem que não ter medo de ter a bola em seu poder e assim sair com ela em segurança da sua fase de construção, passando a primeira fase de pressão dos encarnados. Se assim for, a bola poderá chegar com qualidade aos seus criativos Diego e Bruno que tentarão os ataques rápidos explorando a velocidade dos seus alas, Akio e Lam Ka Seng, aproveitando as costas dos laterais benfiquistas que apoiam muito o ataque, para conseguir chegar rápido à baliza defendida por Batista, conseguindo a finalização ou ganhar lances de bola parada. Mais um encontro com a liderança em jogo e mais uma boa partida para assistir. Restantes jogos Hoje às 19:00 KA I Vs Cheng Fung. Depois de uma vitória saborosa sobre a Polícia, o Ka I pretende somar mais três pontos para fugir aos lugares da despromoção e até mesmo alcançar a equipa de João Rosa. Às 21:00, jogam Sporting Vs Kei Lun,. A equipa de Jose Cler quer voltar às vitórias e tentar aproveitar um deslize de CPK ou Benfica que se defrontam entre si. Já o Sporting depois um empate que deixou algumas marcas na equipa, visto era um jogo para vitoria, terá aqui uma equipa difícil de defrontar. Curiosidade para ver se Junior Soares voltará a jogar de início. Sexta-feira um único jogo, Development Vs Lai Chi às 21:00, partida entre os últimos da tabela com pontos bastante importantes em disputa. Domingo após o jogo entre Benfica vs CPK temos às 20:30 o Monte vs Policia, após a derrota estrondosa frente aos encarnados a equipa de Claudio Roberto quer voltar às vitórias mas pela frente terá uma bem organizada e agressiva equipa da Policia
Hoje Macau China / ÁsiaRadar do sistema antimíssil THAAD montado em Março na Coreia do Sul [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Coreia do Sul e os Estados Unidos prevêem instalar durante o mês de Março o radar do escudo antimíssil THAAD para que o equipamento esteja operacional em Abril, disseram ontem fontes militares em Seul. A instalação do sistema de defesa antimíssil está a provocar fortes protestos da República Popular da China. O potente radar de banda X é um componente essencial do sistema que Seul e Washington querem implementar, mas que está a ser criticado por Pequim por recear que venha a ser utilizado para a obtenção de informações sobre bases chinesas na zona de fronteira com a Coreia do Norte. O dispositivo de detecção vai começar a ser instalado durante o corrente mês na zona de Seongju, no centro do país, a cerca de 300 quilómetros a sudeste de Seul para realizar “testes operacionais”, disseram fontes do Exército sul-coreano à agência Yonhap. A montagem do radar vai decorrer durante as próximas semanas e prevê-se esteja funcional no final de Abril. Primeiros passos Na terça-feira, os exércitos da Coreia do Sul e dos Estados Unidos anunciaram a chegada a território sul-coreano dos primeiros componentes do Sistema de Defesa Terminal de Área a Grande Altitude (THAAD, na sigla em inglês), no quadro das decisões tomadas pelos dois países em Julho de 2016. Aos primeiros componentes, dois lança mísseis e o radar, vão mais tarde adicionar-se os restantes elementos do sistema que vão ficar inicialmente na base aérea de Osan (70 quilómetros de Seul), para depois serem instalados em Seongju. O início da montagem do sistema coincide com o lançamento efectuado na segunda-feira pela Coreia do Norte de quatro mísseis balísticos que atingiram o Mar do Japão. Os ensaios de Pyongyang são vistos como uma resposta do regime norte-coreano contra as manobras militares dos Estados Unidos e da Coreia do Sul no Paralelo 38. A instalação do THAAD tem sido especialmente criticada pelo governo da República Popular da China que já decidiu proceder ao boicote às empresas de turismo sul-coreanas, assim como aos produtos comerciais da Coreia do Sul. O ministro dos Negócios Estrangeiros de Pequim, Wang Yi, sublinhou ontem numa conferência de imprensa em Pequim que a instalação do THAAD é uma decisão errada sendo que já na semana passada a China afirmava que o país iria adoptar as medidas “necessárias” para protecção dos interesses nacionais.
Hoje Macau SociedadeAmbiente | “Lai-si” recolhidos poupam 61 árvores [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) recolheu mais de um milhão e meio de envelopes de “lai si” durante uma campanha de incentivo à reciclagem deste tipo de material, muito utilizado por altura do ano novo chinês. O programa terminou no passado sábado, com a DSPA a dar conta agora dos resultados e a elogiar a adesão da população à iniciativa. Ao todo, foram recolhidos quase 4500 quilogramas de envelopes vermelhos. Depois de terem sido seleccionados, foram contados cerca de 610 mil – ou 1800 quilogramas – que podem ser reciclados. Para a direcção de serviços, “o programa alcançou a eficácia pretendida”. O programa foi lançado a 2 de Fevereiro. Foram disponibilizados mais de 200 postos de recolha em diversas zonas de Macau, sendo que a DSPA contou com o apoio de diversos serviços públicos, associações, escolas, bancos, supermercados, empresas de jogo e hotéis. Pretendeu-se assim “facilitar aos cidadãos a prática dos actos ambientais através de uma rede comunitária”. Os envelopes recolhidos tinham de estar intactos, para poderem ser reutilizados. “Ofereceu-se, assim, o apoio aos trabalhos de carácter ambiental através de acções pessoais e reduziu-se o desperdício de materiais”, sublinha a DSPA no balanço da iniciativa. Segundo as estimativas da direcção de serviços, os “lai si” aproveitados na campanha evitam o abate de 61 árvores. “Alguns envelopes serão utilizados como materiais amigos de ambiente em actividades e workshops, e os envelopes de melhor qualidade serão distribuídos ao público através da colaboração” com várias associações para que possam ser de novo usados. A DSPA promete continuar com campanhas relacionadas com a reciclagem e redução de resíduos.
Hoje Macau SociedadeJogo | Recrutamento subiu na recta final de 2016 [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] número de trabalhadores recrutados para o sector das lotarias e outros jogos de aposta em Macau subiu 76,1 por cento no último trimestre de 2016, em comparação com o mesmo período do ano anterior, revelam dados oficiais. Segundo os Serviços de Estatística e Censos, nos últimos três meses do ano passado, foram recrutados 662 trabalhadores, um número significativamente superior aos 376 registados no quarto trimestre de 2015. No final do trimestre, 55.794 pessoas trabalhavam a tempo inteiro no sector das lotarias e outros jogos de aposta, menos 0,8 por cento em relação ao fim do mesmo trimestre em 2015 – destes, 24.039 eram croupiers, que diminuíram 2,4 por cento em termos anuais. Ainda assim, a remuneração média subiu: os trabalhadores do sector das lotarias e outros jogos de aposta auferiam 21.990 patacas em Dezembro de 2016, mais 1,7 por cento do que no mês homólogo de 2015. Os croupiers, em particular, ganhavam 18.840 patacas mensais, mais 0,3 por cento que em Dezembro de 2015. No fim do trimestre em questão existiam 555 postos de trabalho vagos no sector das lotarias e outros jogos de aposta, mais 93 que no quarto trimestre de 2015. A maioria das vagas dizia respeito a “empregos administrativos” e “pessoal dos serviços e vendedores”. A maioria destas vagas requeria habilitações académicas iguais ou superiores ao ensino secundário complementar (85,2 por cento) e o domínio do mandarim (94,8 por cento), e 43,6 por cento exigiam domínio do inglês.
Hoje Macau SociedadeSegurança | Entrou em vigor novo sistema de alerta de viagens Macau passou a ter um novo sistema de alerta para os cidadãos que queiram viajar. O objectivo é permitir aos residentes obterem informações sobre as condições que vão encontrar nos destinos que pretendem visitar [dropcap style≠’circle’]Q[/dropcap]uem mora em Macau passou a poder planear melhor as suas férias, ou deslocações de trabalho, em segurança, com a entrada em vigor do sistema de alerta de viagens. É pelo menos essa a expectativa do Governo, com a revisão do esquema de alerta de viagens. O sistema é gerido pelo Gabinete de Gestão de Crises do Turismo (GGCT) e tem como objectivo permitir, de forma fácil, disponibilizar informação relativa a situações de crise, emergência ou catástrofe que afectem diferentes partes do mundo. Desta forma, quem viaja pode tomar decisões com maior consciência da situação no terreno. O dispositivo cobre os 77 países, ou destinos de viagem, mais procurados pelos residentes de Macau, categorizando-os em três níveis diferentes, e progressivos, de perigosidade. Num primeiro nível de gravidade os residentes que estejam prestes a viajar para o destino em questão, ou que lá se encontrem, devem manter-se alerta quando à sua segurança pessoal. Neste patamar é sugerido que se mantenham atentos ao desenvolvimento dos acontecimentos potencialmente perigosos para o seu bem-estar. Outros níveis O segundo patamar de alerta representa um aumento do grau de ameaça à segurança pessoal do viajante. Neste nível de perigosidade é aconselhado aos residentes de Macau que reconsiderem a viagem. Aliás, todas as deslocações ao país em questão que não sejam essenciais devem ser evitadas. O nível três é o que representa uma ameaça pessoal extrema para os viajantes. Neste estágio de perigosidade é aconselhável que as pessoas compreendam a gravidade da situação e da assistência oficial que pode ser prestada em casos de necessidade de ajuda eminente. Para estes destinos, o GGCT sugere que se cancelem as viagens ou que quem lá esteja abandone o local de imediato. As situações de segurança que este sistema de alerta abarca são o terrorismo, situações extremas de condições meteorológicas adversas, conflitos políticos e armados, ou questões relacionadas com a saúde pública. Além da precaução no planeamento das viagens, o GGCT aconselha o uso dos seguros de viagem, com opção de cobertura para o Sistema de Alerta de Viagens da RAEM e evacuação médica de emergência internacional. Os residentes que estejam em processo de planear uma viagem, se se quiserem precaver, podem consultar o sistema de alerta no site do GGCT. Acrescente-se que os alertas são meramente consultivos, pelo que fica ao critério de cada um segui-los ou não.
Hoje Macau China / ÁsiaEmpresas europeias denunciam favorecimento chinês às firmas locais [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Câmara do Comércio da União Europeia (UE) na China denunciou ontem o favorecimento dado pelo Governo chinês às empresas locais, em prejuízo das firmas estrangeiras, no seu projecto de modernização da indústria nacional “Made in China 2025”. Num comunicado publicado na terça-feira, em Pequim, o grupo reclama um tratamento igual para todas as empresas, independentemente do país de origem, em cumprimento com a lei chinesa. A iniciativa “Made in China 2025” foi lançada em Maio de 2015 para potenciar o desenvolvimento de sectores considerados estratégicos pelas autoridades para o futuro da economia chinesa, como a robótica ou a biomedicina. Segundo a Câmara do Comércio, o plano de modernização da estrutura industrial da segunda maior economia do mundo supõe investimentos de centenas de milhões de euros. “O aparecimento (do conceito) de ‘inovação indígena’, em conjunto com referências à necessidade de alcançar a ‘auto-suficiência’ é particularmente importante”, lê-se no relatório. “Sugere que as políticas chinesas vão distorcer a paisagem competitiva a favor das firmas domésticas”, explica. A mesma nota denuncia que algumas empresas europeias tiveram “problemas” ao participarem naquele plano, como fabricantes de automóveis que produzem veículos movidos a “novas fontes de energia” e que foram pressionados para “ceder” tecnologia avançada, como condição para entrar no mercado chinês. Outras queixas O relatório advertiu ainda que os subsídios de Pequim ao sector da robótica “estão a contribuir para gerar excesso de capacidade” nos segmentos médio e baixo e que, para algumas firmas europeias do sector das tecnologias de informação, o acesso ao mercado chinês “se tornou ainda mais difícil”. A Câmara de Comércio da UE lamentou também que a implementação desta estratégia industrial não siga os princípios da economia de mercado e que os funcionários chineses tenham escolhidos eles mesmos os sectores que acreditam que vão conduzir a economia chinesa no futuro. No entanto, o grupo empresarial reconheceu que o plano “apresenta oportunidades atractivas para algumas empresas europeias” e que muitas destas se associaram com firmas locais para proporcionar componentes e tecnologia.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang proíbe cidadãos da Malásia de saírem do país [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Coreia do Norte anunciou ontem que proíbe todos os cidadãos da Malásia de saírem do país até que o caso do homicídio do meio-irmão do líder norte-coreano em Kuala Lumpur “se resolva adequadamente”. A Malásia acusa Pyongyang de fazer dos malaios “reféns” e reagiu com outra interdição, proibindo a saída de diplomatas norte-coreanos. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte notificou a embaixada da Malásia em Pyongyang de que não permitirá a saída a nenhum malaio do país, até que seja garantida a segurança dos cidadãos norte-coreanos na Malásia. O anúncio surge um dia depois de Pyongyang ter declarado o embaixador da Malásia na Coreia do Norte persona non grata, em represália pela expulsão do seu embaixador na Malásia, Kang Chol, ordenada por Kuala Lumpur no passado sábado depois das suas críticas à investigação pelo homicídio de Kim Jong-nam, meio-irmão de Kim Jong-un. Kim Jong-nam, meio-irmão do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, foi assassinado, a 13 de Fevereiro, por duas mulheres que, segundo as autoridades malaias, lançaram veneno VX contra o seu rosto, provocando a sua morte poucos minutos depois Na quinta-feira, um emissário da Coreia do Norte enviado à Malásia para reclamar o cadáver de Kim Jong-nam negou que este tenha sido assassinado com veneno e atribuiu a sua morte a um ataque de coração. Pyongyang defende que a morte foi causada por um ataque cardíaco e acusou as autoridades malaias de conspirarem com os seus inimigos. Resposta malaia Em resposta, as autoridades da Malásia anunciaram que os funcionários diplomáticos da Coreia do Norte estão impedidos de abandonaram o país. “Nenhum oficial ou funcionário da embaixada da Coreia do Norte está autorizado a abandonar o país”, refere o Ministério do Interior da Malásia em comunicado. Os cidadãos da Malásia estão reféns na Coreia do Norte, disse ontem o primeiro-ministro, após Pyongyang ter proibido de sair do país todos os malaios no âmbito da disputa sobre o homicídio do meio-irmão do líder norte-coreano. “Este acto é horrendo, os nossos cidadãos estão efectivamente a ser mantidos reféns, em total desrespeito de todas as leis e normas internacionais diplomáticas”, disse o primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak em comunicado. Najib Razad exigiu a libertação imediata de todos os cidadãos malaios retidos na Coreia do Norte e convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional.
Hoje Macau PolíticaNg Kuok Cheong pede sustentabilidade do Fundo de Segurança Social [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] deputado Ng Kuok Cheong exige ao Governo a garantia de um desenvolvimento sustentável do Fundo de Segurança Social (FSS). Em interpelação escrita dirigida ao Executivo, o deputado pró-democrata considera que o Governo já tem condições para estimar o desenvolvimento do FSS tendo em conta as mudanças da estrutura social do território. “A pensão de idosos foi ajustada e o regime de contribuições entre as partes laboral e patronal também foi actualizado”, justifica. De acordo com os dados do Governo, o número de idosos com idade superior a 65 anos representava, em 2015, nove por cento da população e as estimativas para o ano de 2036 apontam para 20,7 por cento. “A população idosa está em permanente crescimento”, afirma Ng Kuok Cheong, recordando que não é a primeira vez que defende, junto do Executivo, a necessidade de mobilização dos recursos para garantir o futuro do FSS. Trocos públicos O tribuno apela ainda à divulgação das transacções financeiras efectuadas entre o cofre público e o FSS de modo a poder prever as receitas e despesas para os próximos 20 anos. O objectivo, considera, é analisar se “as contribuições regulares podem satisfazer as despesas relativas às pensões para os idosos e às acções relacionadas com as necessidades causadas pelo envelhecimento populacional”. Pretende-se, assim, conseguir mobilizar os recursos públicos para responder às necessidades. De acordo com a interpelação, o Governo transferiu para o FSS fundos do cofre público, entre 2013 e 2016, para aumentar a capacidade de resposta. No entanto, os valores nunca foram revelados, diz Ng Kuok Cheong. Para este ano, aponta o deputado, já não estão previstos movimentos deste género pelo Governo. Para o tribuno, está na altura de divulgar as contas e, caso seja encontrada alguma “lacuna no financiamento deste fundo, deve ser tratada, uma vez que ainda há recursos que podem ser mobilizados”, afirma.
Hoje Macau PolíticaMobilidade | Lam Heong Sang pede plano pedonal [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] deputado Lam Heong Sang quer saber o que tem sido feito para promover a mobilidade pedonal em Macau. Em interpelação oral, o deputado questiona o Executivo quanto às medidas concretas que pretende implementar de modo a facilitar a circulação de peões no território. O tribuno recorre ao relatório da revisão intercalar da política geral do trânsito e transportes terrestres de Macau (2010-2020) onde se lê que “a península de Macau tem uma área pequena e uma densidade elevada, características ambientais e dimensionais propícias ao desenvolvimento de um sistema pedonal”. No entanto, para Lam Heong Sang, o Governo carece da execução de um planeamento ponderado e abrangente, pelo que “os residentes e os turistas não podem usufruir de transportes públicos e de um sistema pedonal convenientes e facilitadores”. Os transportes públicos são também alvo de críticas por parte do deputado, que quer ver o sistema melhorado. “Actualmente, viajam diariamente de autocarro quase 600 mil pessoas, mas os cidadãos querem que seja exigido às operadoras o aumento da frequência e da cobertura das carreiras”. Ainda no que respeita às deslocações no território, Lam Heong Sang quer saber “de que medidas concretas e viáveis dispõe o Governo para resolver as dificuldades de estacionamento e como é que os proprietários de veículos poderão colaborar na implementação das mesmas”.
Hoje Macau SociedadeDemografia | População não diminuía desde 2009 Há menos gente a viver hoje no território. Com a conclusão dos resorts no Cotai, muitos trabalhadores ligados à construção fizeram as malas e regressaram a casa. No ano passado, nasceram mais crianças, mas registaram-se também mais mortes. E a população está a envelhecer há duas décadas [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau tinha 644.900 pessoas no final do ano passado, menos 1900 em relação a 2015. Trata-se da primeira queda desde 2009 e deve-se, de acordo com os Serviços de Estatística e Censos, à diminuição do número dos trabalhadores não residentes. Os dados revelados agora demonstram que, à entrada em 2017, a maioria da população – 52,6 por cento – era do sexo feminino. Em relação a 2015, verificou-se um aumento de 0,8 pontos percentuais na população. As pessoas com idade igual ou superior a 65 anos representavam 9,8 por cento da população total. A população adulta, entre os 15 e os 64 anos, equivalia a 77,7 por cento, tendo diminuído 1,4 pontos percentuais. O índice de envelhecimento foi de 78,9 por cento, o que representa uma subida de 3,3 pontos percentuais. Este índice aumentou durante 20 anos consecutivos o que, assinalam as Estatísticas, significa que a população tem envelhecido continuamente. Em 2016, o número de nados-vivos totalizou 7146, mais 91 face ao ano 2015. A taxa de natalidade situou-se em 11 por cento, sendo idêntica à do ano anterior. Nasceram mais rapazes do que raparigas, com uma relação de 109,4 bebés do sexo masculino para 100 nados-vivos femininos. Quanto aos óbitos, morreram 2248 pessoas, mais 246 em termos anuais. Destes óbitos, 56,7 por cento eram do sexo masculino. O número de mortes devido a tumores malignos (815) foi o mais elevado, correspondendo a 36,3 por cento do total, mais 0,1 pontos percentuais relativamente ao ano de 2015. Os números de mortes devido a pneumonia e gripe (296) e a doenças hipertensivas (187) representaram 13,2 por cento e 8,3 por cento, respectivamente, tendo ambos aumentado 0,5 pontos percentuais na comparação anual. Mútuo consentimento No que toca aos trabalhadores não residentes, eram 177.638 no final de 2016 – menos 4008 pessoas. Os Serviços de Estatística e Censos salientam que a maior queda, superior a 20 por cento, verificou-se no sector da construção (menos 8868), devido à conclusão de empreendimentos de entretenimento de grande envergadura. Havia 6327 imigrantes chineses, tendo-se registado aqui também um decréscimo de 2141 face a 2015. A maioria destes imigrantes – 4876 – era proveniente da província de Guangdong. Também aqui o sexo feminino está em maioria, com as mulheres a representarem 60,9 por cento do total. Foram autorizados a residir em Macau 1447 indivíduos, menos 337 do que em 2015. Para a China Continental foram repatriados 1290 imigrantes chineses ilegais, menos 488 indivíduos em relação ao ano anterior. Noutros dados, as Estatísticas explicam que foram contraídos 3891 matrimónios, mais 172. A mediana de idade do primeiro casamento foi de 28,7 anos para os homens e de 27,3 anos para as mulheres, mais 0,3 e 0,4 anos, respectivamente, em termos anuais. Quanto aos divórcios, registaram-se 1245 divórcios, um aumento de 77 na comparação com 2015. Quase 92 por cento dos casais se divorciaram por mútuo consentimento. No final de 2016, o número de agregados familiares era de 189.200, tendo caído 3500. HM
Hoje Macau SociedadeParquímetros | Aumentos não chocam, mas são deixados avisos Várias figuras públicas dizem aceitar o futuro aumento dos valores cobrados nos parquímetros. A deputada Song Pek Kei aponta, contudo, que será difícil os cidadãos acatarem a decisão após a actualização das taxas dos veículos [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]a última reunião do Conselho Consultivo do Trânsito saiu a novidade de que as tarifas dos parquímetros serão actualizadas gradualmente, uma vez que não se registam aumentos há cerca de 30 anos. Opiniões recolhidas pela imprensa chinesa indicam uma aceitação generalizada desses aumentos. Kou Kun Pang, membro do Conselho, afirma concordar com a medida, acreditando que os aumentos podem fomentar a utilização dos parques de estacionamento, uma vez que os preços dos parquímetros passarão a estar próximos dos que são cobrados nos auto-silos. Na visão deste membro do Conselho Consultivo do Trânsito, quando os valores dos parquímetros e parques de estacionamento forem semelhantes, os condutores deixam de correr o risco de terem carros bloqueados constantemente, pela via da utilização dos auto-silos, o que pode reduzir o trânsito nas ruas. Kou Kun Pang pensa que o aumento é compreensível, alertando, contudo, para os poucos lugares vagos em alturas de maior movimento de pessoas em Macau. Este responsável pede, por isso, que os cidadãos tenham mais paciência, uma vez que a construção de parques de estacionamento públicos está dependente da existência de terrenos disponíveis. É difícil Song Pek Kei, deputada, lembrou que, em Janeiro, o Governo aumentou de “forma exagerada” as taxas de veículos, sendo que uma subida das tarifas cobradas nos parquímetros, apenas três meses após a implementação da polémica medida, será difícil de aceitar por parte dos cidadãos. A deputada revelou estar preocupada com a possibilidade dos valores cobrados nos auto-silos poderem crescer também em consonância com as actualizações dos parquímetros. Song Pek Kei pretende saber se o Governo fez uma avaliação dos potenciais efeitos negativos da medida. A número três da bancada de Chan Meng Kam na Assembleia Legislativa concede que a actualização dos valores pode contribuir para o controlo do aumento do número de veículos, uma vez que, gradualmente, mais pessoas vão usar transportes públicos, por serem mais baratos. Song Pek Kei não deixa, porém, de avisar que poderão surgir nas estradas mais motociclos, por exigirem menos custos. Hoi Long Tong, membro da Comissão Consultiva dos Serviços Comunitários da Zona Norte, também concorda com o aumento dos valores cobrados nos parquímetros. Contudo, entende que se o Governo quer implementar essa medida deve reduzir os valores a pagar nos parques de estacionamento, para que os cidadãos possam aceitar a mudança. No programa de antena aberta do canal chinês da Rádio Macau, o membro da Comissão disse que os lugares de parquímetro destinam-se a quem necessita de estacionar por um curto período, por isso, os preços devem ser superiores aos que se praticam nos auto-silos públicos, por forma a encorajar as pessoas a estacionarem nos parques. Ainda assim, Hoi Long Tong acrescentou que o Governo não deve apenas recorrer a medidas económicas para controlar o aumento dos veículos, pois tal só vai colocar maior pressão junto dos residentes. Por isso, deve ser feita uma maior aposta nos transportes públicos, tendo Hoi Long Tong pedido ao Governo que faça um planeamento para os próximos cinco a dez anos, que deve conter informações sobre tarifas, multas e serviços disponíveis. Um período “negro” Agnes Lam, presidente da Associação Energia Cívica, considera que Macau está a enfrentar um “período negro do trânsito”, uma vez que o metro ligeiro não está concluído e persistem os problemas com o sistema de transportes públicos. Este cenário leva os cidadãos a recorrerem aos veículos particulares. A também docente da Universidade de Macau concorda com os aumentos, referindo que podem ajudar a diminuir o fluxo de veículos nas estradas, mas lembra que não são suficientes para resolver os problemas de trânsito e circulação. Agnes Lam recorda que o Governo não explicou a ligação entre os aumentos e a política geral de trânsito, tendo sugerido que seja criada uma comissão para discutir os aumentos das tarifas. Lam U Tou, responsável da Associação Sinergia Macau, lembrou que as autoridades têm implementado aumentos de forma rápida, o que tem originado queixas. Para Lam U Tou, os aumentos deveriam ser implementados de forma gradual.
Hoje Macau China / ÁsiaAPN | Pequim diz que meta de crescimento de 6,5% “é alcançável” [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo chinês defendeu ontem que o objectivo de alcançar um crescimento económico de 6,5% este ano “é alcançável”, confiando que os vários riscos para a economia podem ser atenuados. A meta consta no relatório do Governo, que foi apresentado pelo primeiro-ministro, Li Keqiang, na abertura da sessão anual da Assembleia Nacional Popular (ANP). “Temos confiança e resolução para o conseguir (…) Estamos confiantes que este ano, e especialmente com a reestruturação do lado da oferta, haverá melhores condições para atingir esse objectivo”, disse He Lifeng, director da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento, o principal órgão de planificação económica da China. Em 2016, a segunda economia mundial cresceu 6,7%, o ritmo mais lento desde 1990. He lembrou que, apesar do ritmo de crescimento do país asiático ter abrandado em termos percentuais, o país continua a gerar cada vez mais riqueza e é um dos principais motores da economia mundial. “Este ano, com o objectivo de 6,5% estamos a esforçar-nos para conseguir algo melhor”, disse He. “É necessário que consigamos manter essa velocidade de crescimento, porque a nossa população está a aproximar-se dos 1.400 milhões e o emprego é um problema enorme”, acrescentou. Ao trabalho O primeiro-ministro chinês anunciou no domingo que a China planeia criar 11 milhões de postos de trabalhos nas cidades este ano. He diz que oito milhões de empregos serão para profissionais com formação universitária. “Sem um crescimento com qualidade é difícil criar emprego. Com base na nossa experiência, chegamos à conclusão de que um ponto percentual de crescimento económico se traduz na criação de 1,7 milhões de postos de trabalho”, explicou. O responsável máximo pela planificação económica da China apostou em “abrir mais” a economia do país, continuar a reduzir o excesso de capacidade de produção e investir em inovação, para cumprir com a meta de crescimento. O sub-director da Comissão, Zhang Yong, reconheceu na mesma conferência de imprensa que o desenvolvimento económico do país tem pela frente “muitas dificuldades, contradições e desafios”. Zhang disse que alguns desses problemas estruturais são resultado da acumulação a longo prazo de uma alocação de recursos pouco eficiente, que resultou num excesso de capacidade de produção, e que existem “barreiras institucionais” e um mercado que “não é perfeito”.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Gastos militares com menor aumento do último quarto de século [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China vai aumentar em sete por cento os gastos com a Defesa, este ano, para 151.000 milhões de dólares, o ritmo mais lento desde 1991, seguindo a tendência de desaceleração do crescimento económico. O orçamento para a Defesa é normalmente incluído nos documentos tornados públicos durante a abertura da sessão anual da Assembleia Nacional Popular (ANP), o órgão máximo legislativo da China. Este ano, porém, Pequim ocultou o número exacto, suscitando preocupações sobre a transparência das despesas militares da China. Mas, segundo avançou ontem a agência Bloomberg, que cita um responsável do ministério das Finanças chinês, o orçamento da Defesa para 2017 vai fixar-se em 1.044 biliões de yuan (142.000 milhões de euros). O Governo não detalhou porque o número não foi divulgado na abertura da reunião da ANP, no domingo, como é habitual. “Não mantivemos o valor privado deliberadamente”, disse o funcionário do ministério, citado pela Bloomberg. Na semana passada, o Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou planos para aumentar os gastos com a defesa em cerca de dez porcento. O exército dos EUA continua a ser o mais poderoso e com o maior orçamento do mundo, num valor superior 566.000 milhões de euros. Ganhar terreno A China tem vindo a modernizar as suas forças armadas, à medida que procura elevar a sua influência militar ao nível do seu poder económico e adopta uma postura assertiva em territórios cuja soberania disputa com países vizinhos. O orçamento da Defesa chinês registou aumentos de dois dígitos durante vários anos, até 2016, quando subiu 7,6%. Analistas consideram, porém, que os números oficiais são inferiores aos gastos reais. Um relatório do Pentágono difundido no ano passado indica que os gastos superam o valor oficial em dezenas de milhares de milhões de dólares. “A falta de transparência [da China] com a sua crescente capacidade militar e decisões estratégicas continuam a aumentar as tensões e levaram os países na região a reforçar os seus laços com os Estados Unidos”, indica o relatório. Fu Ying, a porta-voz da ANP, afirmou no sábado que os futuros gastos de Pequim com o exército vão depender das movimentações de Washington na Ásia. “Precisamos de nos proteger contra a interferência externa nas disputas territoriais”, disse. Nos últimos anos, o país asiático adoptou uma política assertiva no Mar do Sul da China, que inclui a construção de ilhas artificiais capazes de receber instalações militares em arquipélagos disputados pelos países vizinhos. Os EUA acusam Pequim de ameaçar a liberdade de navegação na região, uma via marítima estratégica pela qual passa um terço do petróleo negociado internacionalmente, e enviam regularmente navios e aviões militares para as proximidades das ilhas. Fu Ying lembrou que o poder militar chinês continua a ser modesto, face ao dos EUA, e que as preocupações com a força bélica do país são injustificadas. “A China nunca causou danos a ninguém, a nenhum país”, disse.
Hoje Macau DesportoSexta jornada da Liga de Elite | Estrondosa vitória encarnada João Maria Pegado [dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]om estrondo, foi assim que o Monte Carlo caiu aos pés do Benfica De Macau. Se duvidas existiam sobre quem seria a melhor equipa do campeonato, sábado ficaram dissipadas. Os encarnados despacharam literalmente os canarinhos por 6-0. Como foi possível um resultado tão desnivelado entre as duas melhores equipas do campeonato local? Desinvestimento torna Benfica mais forte Comecemos pelo que foi dito num artigo anterior. Este campeonato está mais fraco devido ao desinvestimento de equipas de topo(KA I, Sporting de Macau) e à apatia da Associação que ignora estas situações encarando-as como normais, sem se preocupar em ver o seu produto empobrecido. Quem ‘lucrou’ com a situação foi o Benfica de Macau, que foi prejudicado pela mesma associação no caso AFC. Juntou à sua forte equipa os melhores jogadores locais dessas equipas(Sporting, KAI) e passou ter um fortíssimo plantel. Monte Carlo Um paradoxo completo a maneira como o seu treinador montou o plantel para esta época e o seu modelo de jogo para este desafio. E passo a explicar falando do jogo deste fim de semana. Com tudo que foi escrito anteriormente ficou claro que o título se iria decidir nos dois jogos entre estas equipas, por isso a planificação do plantel teria de ter em foco a maneira que se iria jogar esses mesmo duelos, mais da parte do Monte Carlo visto não ter os mesmos recursos que o Benfica em termos de jogadores locais. Os profissionais a contratar teriam que ser a pensar nestes jogos. O que observei neste fim de semana foi um treinador do Monte Carlo com um obsessão exagerada pela organização defensiva. Ora bem, tal como escrevi na antevisão desta jornada, esse é o ponto mais frágil do Monte Carlo. Sem nenhum jogador que possa controlar bem esse momento do jogo, se queria jogar desta forma então para quê a contratação de jogadores de cariz ofensivo? Sendo assim devia encarar este jogo(CPK também)de forma a potencializar o melhor que tem, o sector ofensivo, pressionando alto o Benfica e tentar ter o controlo do jogo ao invés de recuar excessivamente a sua equipa. Benfica de Macau Ao perceber-se desta situação, o treinador Henrique Nunes, fez o que tinha que fazer para ganhar este jogo, colocou a sua equipa subida no terreno a pressionar alto a inexperiente defesa dos canarinhos, e colocando Edgar Teixeira e Marco Meireles em cima dos organizadores de jogo do Monte Carlo, Anderson Oliveira e Keverson Cardoso e os seus laterais a acompanharem os alas quando estes vinham buscar jogo interior, Neto e Hougaro. A partir daqui o Monte Carlo estava amarrado e a sua linha defensiva não tinha qualidade para sair com a bola jogada, permitindo o Benfica ganhar a bola ainda na primeira fase de construção do Monte Carlo, que quando perdia a bola recuava em demasia deixando os médios e os centrais do Benfica jogarem à vontade e golos foram aparecendo com naturalidade. O minuto 32, segundo golo é exemplo disso. A equipa canarinha estava com 2 linhas de 5 Homens separadas por 5 metros dentro da sua área num lançamento lateral para o Benfica na face lateral da grande área do Monte Carlo. E foi simples, lançamento para trás para os centrais que sem pressão dos avançados canarinhos, recuados em demasia, lançam a bola para as costas das duas linhas de 5 que subiram sem grande controlo da profundidade. Ching Hang recebe, coloca em Edgar que de peito assiste Leonel para o golo colectivo mais bonito do encontro. Ao intervalo o jogo estava resolvido com 3-0 e a segunda parte foi uma formalidade com destaque para o grande golo de Carlos Leonel que de moinho fez o quinto golo. Em suma, um jogo que mostra o desequilíbrio deste campeonato onde o treinador do Benfica leu muito bem e recuperou a intensidade que andava perdida nos seus jogadores e onde o treinador do Monte Carlo não potencializou as suas maiores armas colocando-as a fazer o que eles não tem de melhor para oferecer. Nos restantes jogos, Kei Lun 1Vs3 CPK, com os três golos do CPK a aparecerem nos últimos 10 minutos, Cheg Fung 3Vs1 Development, a equipa de João Rosa de volta às vitórias. Na luta pela permanência, Sporting de Macau 1Vs1 Lai Chi, com destaque para o regresso de Junior Soares aos Leões e Policia 0Vs4 KA I, onde KAI apareceu também mais reforçado do que em jornadas anteriores. Jogador da Jornada #45 Leonel Fernandes Grande jogo do ponta de lança do Benfica, numa exibição onde não poupou esforços, pressionou alto quando não tinha a bola como também atacava ferozmente a profundidade à procura da mesma. Com bola, foi letal na altura de finalizar com um hat-trick e com golo para mais tarde recordar.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul, Washington e Tóquio coordenam posições após lançamento de mísseis norte-coreano [dropcap style≠’circle’]R[/dropcap]epresentantes dos governos da Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão coordenaram posições a propósito do lançamento de quatro mísseis balísticos levado a cabo ontem pela Coreia do Norte. O responsável do Escritório de Segurança Nacional de Seul, Kim Kwan-jin, manteve uma conversa telefónica com o conselheiro nacional de segurança norte-americano, Herbert R. McMaster, na qual ambos acordaram aumentar a pressão e as sanções sobre Pyongyang, segundo porta-vozes do governo sul-coreano citados pela agência Yonhap. Por sua vez, o ministro dos Negócios Estrangeiros sul-coreano, Yun Byung-se, e o seu homólogo japonês, Fumio Kishida, também acordaram por via telefónica reforçar a cooperação entre Seul e Tóquio para parar o que consideram provocações do regime de Kim Jong-un. Por sua vez, o representante de Seul nas negociações para a desnuclearização da península coreana, Kim Hong-kyun, falou ao telefone com os seus homólogos norte-americano, Joseph Yun, e japonês, Kenji Kanasugi. Alta tensão Os quatro mísseis lançados ontem pela Coreia do Norte a partir da sua costa voaram cerca de 1.000 quilómetros e caíram no Mar do Japão. Três deles caíram na Zona Económica Especial do Japão – espaço que se estende a cerca de 370 quilómetros desde as costas nipónicas – perto do litoral de Akita. O ensaio contribui para aumentar ainda mais a tensão na península coreana, onde na semana passada Washington e Seul iniciaram as suas manobras militares anuais, as maiores até à data. Depois do míssil de médio alcance lançado a 12 de Fevereiro, o lançamento de ontem é o segundo ensaio balístico que a Coreia do Norte realiza desde que o seu líder, Kim Jong-un, anunciou no início do ano que Pyongyang estava a ultimar o desenvolvimento de um míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês), arma que poderia permitir-lhe no futuro alcançar o território dos Estados Unidos. Pequim condena O Governo chinês condenou o lançamento dos quatro mísseis balísticos realizado pela Coreia do Norte em direcção ao mar do Leste, e apelou a que se evitem provocações. “A China opõe-se aos lançamentos da Coreia do Norte”, declarou o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Geng Shuang, que alegou também que a acção de Pyongyang “viola as resoluções do Conselho de Segurança” das Nações Unidas. “As resoluções do Conselho de Segurança têm cláusulas claras sobre os lançamentos da Coreia do Norte utilizando a tecnologia de mísseis balísticos”, acrescentou. Geng afirmou ainda que a China está a par dos exercícios militares realizados em conjunto entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul “dirigidos contra a Coreia do Norte”. “As partes envolvidas devem manter a moderação e evitar provocar a outra parte ou agir de uma forma que aumente a tensão”, disse Geng. O porta-voz reiterou a oposição de Pequim à instalação do sistema de defesa antimísseis THAAD pelos EUA e Coreia do Sul na península coreana, que considera ameaçar os interesses da China.
Hoje Macau PolíticaEleições | Chui Sai On não arrisca previsões sobre sucessor [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Chefe do Executivo disse que não faz previsões sobre a possibilidade de haver mais do que um candidato ao cargo em 2019, o que só se verificou uma vez na região, ao contrário de Hong Kong. “Não consigo fazer nenhuma previsão sobre a situação [das eleições para o Chefe do Executivo] em 2019. Mas vamos fazer com que este Governo possa garantir que as eleições para o Chefe do Executivo sigam a legislação (…). Primeiro, os candidatos têm de ter as suas condições, os requisitos, para participarem, para se candidatarem. Eu não consigo, por enquanto, dar nenhuma resposta concreta”, disse Chui Sai On. O líder do Governo respondia assim num encontro com jornalistas no Aeroporto de Macau, à partida para Pequim, onde ontem participou na cerimónia de abertura da quinta reunião da 12.ª Assembleia Popular Nacional. Em Hong Kong, a eleição para o próximo Chefe do Executivo é disputada no próximo dia 26, por três candidatos: a ex-número dois do actual Governo, Carrie Lam, o ex-secretário para as Finanças John Tsang e o juiz aposentado Woo Kwok-hing.
Hoje Macau PolíticaRelatório | Estados Unidos criticam Macau. Governo da RAEM bate o pé Macau não gostou do que os Estados Unidos tiveram a dizer sobre as práticas dos direitos humanos no território. No relatório anual sobre a matéria, Washington lança críticas, uma vez mais, ao sistema político da RAEM e aponta o dedo a questões do âmbito judicial. O Governo manifesta “a sua forte oposição” [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] garantia é dada pelo Executivo de Chui Sai On, num comunicado à imprensa do Gabinete do Porta-voz do Governo: “Os amplos direitos e liberdades gozados pela população da RAEM são plenamente garantidos, nos termos da Lei Básica”. A afirmação serve para contestar as conclusões do mais recente relatório sobre direitos humanos publicado por Washington. Mais uma vez, Macau não sai bem no retrato global. O Governo local não concorda com a análise feita e diz mesmo que o respeito pelos direitos e liberdades são “testemunhados pela sociedade internacional”. Para o Executivo, o relatório publicado pelo Departamento de Estado norte-americano “ignora os factos, tecendo comentários irresponsáveis sobre a RAEM, que é um assunto interno da China”. Por isso, “manifesta-lhe a sua forte oposição”. A incapacidade dos residentes em mudar o Governo, face à ausência de sufrágio universal na eleição do líder, e restrições à liberdade académica e de imprensa figuram entre os problemas apontados a Macau pelos Estados Unidos. No relatório, o Departamento de Estado norte-americano refere também “preocupações relativamente à extradição de criminosos para jurisdições com penas mais severas” – mas sem facultar pormenores – e ainda que o tráfico de seres humanos também “continuou a ser um problema” no ano passado. Um dos aspectos apontados a Macau no documento prende-se com a liberdade de imprensa, com o relatório a indicar, por exemplo, que dois sites de media independentes conhecidos por serem críticos do Governo alegaram que foram alvo de ataques informáticos antes da visita a Macau, em Outubro, do primeiro-ministro Li Keqiang. Convite à autocensura Washington volta também a destacar preocupações levantadas por activistas relativamente à autocensura, particularmente porque órgãos de comunicação e jornalistas receiam que certos tipos de cobertura crítica possam limitar o financiamento do Governo, dando ainda conta de que o Executivo seleccionou membros dos media com cargos de chefia para cargos em comissões consultivas, o que também resultou em autocensura. Essa autocensura estendeu-se ao mundo académico, com Washington a observar que foram relatados casos de académicos que foram dissuadidos de estudar ou de falar de assuntos controversos relativos à China, os quais reportaram também que foram advertidos para não falar em eventos politicamente sensíveis ou em nome de determinadas organizações políticas. Sobre a liberdade de reunião e manifestação, Washington refere que activistas alegaram que as autoridades estavam a fazer um esforço concertado para desencorajar os participantes de protestos pacíficos, designadamente através da intimidação, filmando “ostensivamente” os manifestantes ou advertindo os transeuntes para não se juntarem. O relatório fala ainda do uso de circulares internas e de ‘rumores’ ameaçando os funcionários públicos para não participarem em eventos ou protestos politicamente sensíveis; e que activistas políticos denunciaram que o Governo monitorizou as suas conversas telefónicas e utilização da Internet. São também referidas sete queixas de abuso das forças policiais que acabaram arquivadas devido à falta de provas e atrasos na justiça por causa de incapacidade administrativa. Das desigualdades O Departamento de Estado norte-americano refere ainda que existem desigualdades salariais entre homens e mulheres, com observadores a estimarem uma significativa diferença, em particular nos trabalhos não qualificados, dando igualmente eco às frequentes queixas de discriminação no trabalho apresentadas por trabalhadores não-residentes, que representam mais de um quarto da população. O Departamento de Estado norte-americano afirma ainda que, apesar de o Governo ter feito esforços, indivíduos de ascendência portuguesa e/ou macaenses continuaram a argumentar que não são tratados de forma igual pela maioria étnica chinesa.