Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Japão abre primeiros centros de vacinação em massa em Tóquio e Osaka O Japão abriu hoje em Tóquio e Osaka os primeiros centros de vacinação em massa contra a covid-19, para acelerar a campanha no país, quando faltam dois meses para o arranque dos Jogos Olímpicos. Os centros, geridos pelo exército, vão estar abertos 12 horas por dia, durante três meses, e vão administrar a vacina desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Moderna, cujo uso de emergência foi aprovado pelo Governo japonês na sexta-feira. O executivo espera vacinar até dez mil pessoas por dia no centro de vacinação de Tóquio e cinco mil no de Osaka, e tentar cumprir a meta de inocular a população com mais de 65 anos (cerca de 36 milhões de pessoas) até finais de Julho. Durante a primeira semana, os novos centros só vão administrar a vacina a residentes naquelas localidades, mas, mais tarde, também os residentes das prefeituras vizinhas poderão vacinar-se naqueles locais, mediante reserva prévia, incluindo os habitantes de Saitama, Chiba e Kanagawa, no caso de Tóquio, e os de Kyoto e Hyogo, no caso de Osaka. As 49 mil vagas disponíveis em Tóquio para esta semana e as 24.500 no centro de Osaka esgotaram-se rapidamente desde que se iniciou a inscrição, unicamente pela internet, em 17 de Maio. Espera-se a abertura de outros centros deste tipo, mas com gestão municipal, nas próximas semanas. A campanha de vacinação no Japão só arrancou em fevereiro e está muito atrasada em relação a outros países, o que gera preocupação dentro e fora do país, quando faltam dois meses para o início dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, previsto para 23 de Julho. Segundo os dados mais recentes, até sexta-feira só 5% da população tinha recebido pelo menos uma dose da vacina contra a covid-19. Em 13 de Maio, o Sindicato Nacional de Médicos Japoneses apresentou uma petição ao Governo a pedir o cancelamento dos Jogos Olímpicos, alegando o risco elevado de propagação de novas variantes do novo coronavírus SARS-CoV-2. A organização sindical lembrou que os médicos estão a trabalhar acima das suas capacidades para dar resposta à pandemia da covid-19, e acusou o Governo de querer reduzir o número de profissionais de saúde disponíveis, ao serem destacados para a competição.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Índia é o terceiro país a ultrapassar 300.000 mortes A Índia registou 4.454 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, tornando-se no terceiro país a ultrapassar as 300.000 mortes desde o início da pandemia, depois dos Estados Unidos e do Brasil, segundo dados oficiais. Segundo o Ministério da Saúde indiano, o total de mortes eleva-se agora a 303.720, com 50.000 óbitos registados em menos de duas semanas. Depois dos Estados Unidos e do Brasil, o país é o terceiro do mundo com mais mortes provocadas por covid-19. Nas últimas 24 horas, a Índia contabilizou ainda 222.315 infeções, confirmando a redução gradual do número de casos, após os mais de 400 mil contágios diários, no início deste mês. Com mais de 26,7 milhões de infeções acumuladas, o país é o segundo com mais casos a nível mundial, depois dos Estados Unidos, de acordo com dados da Universidade norte-americana Johns Hopkins. A Índia está a braços com uma segunda vaga com um impacto sem precedentes no sistema de saúde, com falta de oxigénio e de camas, tendo atualmente mais de 2,7 milhões de casos activos. A grave crise sanitária atrasou a campanha de vacinação, com vários estados a criticarem as limitações no fornecimento das vacinas. O total de doses administradas ronda os 196 milhões, de acordo com os dados atualizados diariamente pelo Ministério da Saúde indiano, aquém do objectivo anunciado de vacinar 300 milhões de pessoas até Julho.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Líder da junta militar diz que planeia criar sistema democrático O líder da junta militar de Myanmar garantiu que planeia estabelecer um sistema federal democrático e multipartidário no país no prazo de um ano. Min Aung Hlaing afirmou também que a líder deposta, Aung San Suu Kyi, “fez o que pôde” no Governo e confirmou que a vencedora do Prémio Nobel da Paz está de boa saúde, que deve comparecer na segunda-feira em tribunal. O general, que tomou o poder no golpe de 1 de Fevereiro, fez estas declarações na sua primeira entrevista com a Phoenix Television, um canal de televisão pró-governamental em Hong Kong. A entrevista foi realizada na quinta-feira e ainda não foi transmitida, embora partes da mesma tenham sido publicadas nas redes sociais. Em contraste com os 815 civis mortos na repressão militar, tal como estimado pelos activistas pró-democracia, Min Aung Hlaing disse que o número de mortos é de 300 e que entre as forças de segurança registaram-se 45 óbitos desde o golpe. Na semana passada, os meios de comunicação locais birmaneses noticiaram que a junta militar isentou Min Aung Hlaing e o seu ‘número dois’, Soe Win, de terem de se reformar aos 65 anos, pelo que, em teoria, podem permanecer no poder indefinidamente. O chefe da junta, que faz 65 anos em Julho, já atrasou a sua reforma quando devia fazer 60 anos, o limite para a maioria dos funcionários públicos.
Hoje Macau China / ÁsiaCabo Verde recebe 31.200 doses da vacina pela Covax nos próximos dias Cabo Verde deverá receber este mês 31.200 doses da vacina contra a covid-19 pelo mecanismo Covax e espera 300.000 doses fornecidas pela China, para acelerar o processo de vacinação, disse à Lusa o ministro da Saúde. “Tudo indica que até finais deste mês, início do próximo essa quantidade chegará a Cabo Verde. Faltam receber 80.000 [pelo mecanismo Covax], neste momento está prevista a chegada de 31.200 doses”, disse o ministro da Saúde de Cabo Verde, em declarações à Lusa. Cabo Verde já tinha recebido 24.000 doses da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca em 12 de Março e 5.850 da Pfizer dois dias depois, no âmbito do mecanismo Covax, iniciativa fundada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que visa garantir uma vacinação equitativa contra o novo coronavírus. Através do mecanismo Covax, Cabo Verde tem atribuídas mais 80.000 doses de vacinas da AstraZeneca. Em 14 de Maio, Cabo Verde recebeu de Portugal uma doação de 24.000 doses de vacinas também da AstraZeneca, pelo que a garantia de entrega nos próximos dias de mais 31.200 doses é um “bom sinal”, segundo o ministro da Saúde. Acrescentou que Cabo Verde já aplicou desde 19 de Março, quando arrancou o plano de vacinação contra a covid-19 no arquipélago, aproximadamente 20.000 doses de vacinas, num processo que deverá acelerar a partir do próximo mês, com o aumento da disponibilidade de vacinas no país. “A previsão é que durante todo o mês de Junho possamos ter mais vacinas e acelerar todo esse processo de vacinação e atingir a meta de 70 por cento [da população elegível] até final do ano”, explicou Arlindo do Rosário. A grande remessa Avançou ainda que está em negociação a entrega de 300.000 doses de uma das vacinas chinesas contra a covid-19, das quais 50.000 serão doadas pelo Governo da China. “É um processo que está a decorrer, está a seguir os seus trâmites normais. Nós apontamos no mais breve possível que possamos ter essa vacina também aqui em Cabo Verde”, disse. Cabo Verde registava na quinta-feira 2.512 casos activos de covid-19, com um acumulado de 28.898 infectados, 26.116 recuperados e 253 mortes por complicações associadas à doença desde 19 de Março de 2020.
Hoje Macau China / ÁsiaGansu | Intempérie durante corrida de montanha faz 21 mortos Vinte e uma pessoas morreram devido ao mau tempo no noroeste da China que vitimou participantes de uma corrida de montanha de 100 quilómetros, num novo balanço divulgado ontem pelas autoridades locais O mau tempo extremo, com queda de granizo, chuva gelada e vento forte, fez 21 mortos ao atingir uma área onde decorria uma corrida, na reserva natural da Floresta de Pedra do Rio Amarelo, perto da cidade de Baiyin, na província de Gansu. No total, a prova contou com 172 participantes. Entre as vítimas estavam duas figuras da maratona nacional chinesa, Liang Jing e Huang Guanjun, segundo os meios de comunicação locais, que citam o treinador do primeiro, Wei Pulong, e um amigo do segundo, que disse ter a confirmação da morte de Huang por parte dos organizadores do evento. Liang tinha ganhado várias multimaratonas na China nos últimos anos. Huang, que era surdo e mudo, vencera a maratona masculina para deficientes auditivos nos Jogos Paraolímpicos Nacionais de 2019 em Tianjin. Oito participantes foram transportados para o hospital com ferimentos menores, adiantou o autarca de Baiyin, Zhang Xuchen. A agência de notícias oficial chinesa, a Xinhua, noticiou que alguns dos participantes foram encontrados com sinais de hipotermia. “Por volta do meio-dia, a secção de alta altitude da prova (…) foi subitamente afectada por condições meteorológicas desastrosas. Em pouco tempo, pedras de granizo e chuva gelada caíram subitamente nesta área, e houve ventos fortes. A temperatura caiu acentuadamente”, descreveu Zhang Xuchen. Pouco depois de receberem pedidos de ajuda, os organizadores da maratona enviaram uma equipa de salvamento que conseguiu salvar 18 participantes, segundo o presidente da câmara. Contudo, as condições meteorológicas pioraram e a corrida foi cancelada, enquanto as autoridades locais enviavam mais ajuda para o local, acrescentou. “Este incidente é um incidente de segurança pública causado por alterações súbitas do tempo numa área local”, concluiu. Na primeira pessoa No total, mais de 700 socorristas foram mobilizados para procurar os desaparecidos. “Todo o meu corpo estava encharcado, incluindo os meus sapatos e meias. Não me conseguia levantar e ficar direito por causa do vento, tinha muito medo de ser levado pelo vento. O frio tornou-se cada vez mais insuportável”, disse um sobrevivente aos meios de comunicação locais. “Ao descer a montanha, já estava a sentir sintomas de hipotermia”, sublinhou. As temperaturas caíram mais durante a noite, tornando o salvamento e a busca ainda mais difícil, de acordo com a Xinhua. A Floresta de Pedra do Rio Amarelo é uma reserva natural famosa pelas suas formações rochosas de quatro mil milhões de anos, que são frequentemente utilizadas como cenário de filmes e programas de televisão na China.
Hoje Macau VozesUm Presente ao Futuro: Macau – Diálogos sobre Arquitetura e Sociedade Por Bernardo Amaral, Arquitecto, Investigador No final do ano passado a editora Circo de Ideias lança “Macau – Diálogos sobre Arquitetura e Sociedade” – uma publicação que propõe fazer um ponto de situação do pensamento crítico sobre as transformações urbanas e sociais que a cidade viveu nos últimos 20 anos. Editado por Tiago Saldanha Quadros e Margarida Saraiva, o livro é composto por nove entrevistas a arquitetos, urbanistas e investigadores e por um ensaio visual da autoria de Nuno Cera. A iniciativa dos editores surge da necessidade de “dar corpo, reunir, arquivar, partilhar uma espécie de estado da arte no que ao urbanismo de Macau diz respeito, permitindo o alargamento do debate sobre o futuro da cidade e sua relação com as regiões vizinhas”, como afirma Margarida Saraiva no prefácio. O livro foi inicialmente publicado em 2015, em inglês, pela organização cultural BABEL, fundada em Macau, no ano de 2013, com o objetivo de gerar oportunidades de investigação e aprendizagem nas áreas da arte contemporânea, arquitetura e ambiente numa abordagem interdisciplinar. Em 2019, o livro é publicado em português pela Circo de Ideias, dando a conhecer aos leitores portugueses o conjunto de entrevistas conduzidas por Tiago Saldanha Quadros entre 2013 e 2014. Para Quadros, “a relevância deste livro passa por analisar o tempo da nossa condição contemporânea, lançando a partir de Macau olhares reflexivos acerca dos desafios que a vida urbana moderna em Macau supõe.” De facto, Macau é hoje mais uma cidade numa aldeia global, testemunho da maior revolução urbana de sempre, nomeadamente o atual processo de urbanização do território chinês. Fundada por mercadores portugueses no séc XVI, Macau é definida, a par de Hong Kong, como uma Região Administrativa Especial desde 1982. Enquanto tal, beneficiando de autonomia política e administrativa, estas duas cidades vão servir de tubo de ensaio para o “socialismo de mercado” planeado por Deng Xiaoping; processo também conhecido pelo mote “um país, dois sistemas”. Em 1999, a soberania administrativa de Macau é transferida para a China e desde então são implementadas uma série de medidas estratégicas no sentido de transformar a cidade numa atração turística e na capital mundial do jogo. O centro histórico de Macau, protegido pela UNESCO desde 2005, compete hoje com a monumentalidade dos edifícios dos casinos, cada vez em maior número (cerca de 38). É sobre este período que se centra o livro, sobre a rápida transformação da pacata cidade portuária, que nos últimos 20 anos ganhou 10 quilómetros quadrados de terreno ao mar e aumentou a sua população em mais 200 mil habitantes. Ao selecionar 9 pensadores com diferentes experiências vividas de Macau e de nacionalidades diversas, Tiago Quadros reúne distintas perspetivas sobre o tema, oferecendo ao leitor um retrato multifacetado da condição contemporânea da cidade. Nas entrevistas são abordados temas como a arquitetura, a representação, a história e a memória, questões inevitáveis perante a velocidade a que a paisagem urbana muda, mas também perante regimes de representação que manipulam despudoradamente os signos da história da arquitetura. Um dos entrevistados é o arquiteto Jorge Figueira, que visita Macau desde 2006, no quadro da sua investigação sobre a pós-modernidade na arquitetura portuguesa. Figueira demonstra particular interesse na vida e obra do arquiteto português Manuel Vicente, mas será igualmente fascinado pela condição contemporânea da cidade, como a alta densidade urbana e a sua constante transformação. Manuel Vicente, falecido em 2013, irá projetar e construir em Macau desde os anos 60. Marcado pela sua experiência profissional nos Estados Unidos com Louis Kahn e influenciado pela obra de Robert Venturi, Vicente desenvolve uma obra original, que seduz muitos arquitetos portugueses a descobrirem a exótica cidade, como é o caso de Manuel Graça Dias ou Diogo Burnay, este último também entrevistado por Tiago Quadros. Tendo lá vivido de 1992 -97, Diogo Burnay oferece um testemunho fascinante de como era trabalhar com Manuel Vicente e viver em Macau antes da transição para a administração chinesa. Também Wang Wejien, arquiteto formado em Taiwan e Berkeley e professor em Hong Kong, conhece a cidade desde essa altura, recordando o valor da arquitetura vernacular chinesa e do tecido urbano caracterizado pelos largos e pátios, que ainda hoje se encontram preservados. Por outro lado, Werner Breitung, geógrafo e urbanista alemão, professor em Hong Kong, que assistiu à transformação da cidade desde os anos 90, demonstra mais interesse no conceito de fronteira como lugar de contacto e gerador de urbanidade e de identidade coletiva ao longo dos últimos anos. Jianfei Zhu, historiador da arquitetura chinesa do século XX e formado na Universidade de Tianjin, faz uma leitura das transformações urbanas de Macau à luz da cultura urbana chinesa e enquadrada no processo de urbanização de todo o território continental. Outros pensadores e investigadores entrevistados por Tiago Quadros como Thomas Daniell, Mário Duque, Hendrick Tieben e Pedro Campos Costa, revelam, a par das suas reflexões pessoais sobre outros temas, preocupações com o impacto do turismo e do jogo na urbanização cidade, questionando a qualidade do espaço público, do acesso à habitação, e alertando para o perigo da transformação de Macau num “Parque Temático”. Alertas pertinentes, que espelham a condição contemporânea de uma sociedade de lazer e consumo, que Tiago Quadros irá aprofundar no texto do posfácio. O ensaio visual de Nuno Cera surge no início do livro como um preâmbulo, ilustrando as contradições de uma cidade em “permanente mutação”. Ao longo das 47 imagens realizadas em 2018, o leitor deambula por um território denso e tropical, estranhamente familiar e simultaneamente irreal. Como num palimpsesto, sobrepõem-se edifícios de diferentes tempos e lugares, caracterizando fielmente a condição urbana da cidade peninsular. Para além dos massivos prédios de habitação e suas características “gaiolas”, Nuno Cera capta também a arquitetura festiva dos casinos, que apesar da sua excentricidade surge integrada no quotidiano da cidade. Um ensaio visual que é também um diálogo entre o autor e a cidade, convidando o leitor a percorrer os seus passos. Na entrevista a Diogo Burnay e como resposta à questão sobre a importância da memória como mecanismo de “progresso”, Burnay responde citando Manuel Vicente: “O Manel costumava dizer-nos que o presente é um presente ao futuro e o passado é um presente ao presente.” Eu diria que esta frase atravessa todo o livro e que caracteriza exemplarmente o espírito deste bem sucedido projeto editorial. Um livro para conhecer Macau, enquanto espelho do mundo onde vivemos.
Hoje Macau SociedadeCovid-19 | Descartada ligação entre caso grave e vacinação As autoridades de saúde determinaram que um caso grave depois de vacinação contra a covid-19 notificado pelo Kiang Wu se tratou de epiglotite necrosante aguda, sem relação com a vacina. “O Grupo de Trabalho de Avaliação concluiu que o evento adverso do paciente não está relacionado com a vacinação e trata-se de um incidente ocasional”, comunicou o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. O utente foi vacinado a 13 de Maio num centro de saúde, com a primeira dose da vacina da BioNTech contra a covid-19, sem registar “desconforto significativo”. No dia 17 de Maio, o homem de 48 anos de idade manifestou dores de garganta. Com as dores a agravarem-se e falta de ar, acabou por recorrer a uma clínica privada na quarta-feira passada, que lhe prescreveu um tratamento anti-infeccioso oral. Horas mais tarde, quando se encontrava em casa, “desenvolveu dificuldades respiratórias, desmaiou e perdeu a consciência, foi transportado por ambulância para o Serviço de Urgência do Hospital Kiang Wu”. Depois de manobras de reanimação, o utente recuperou o batimento cardíaco e foi internado na Unidade de Cuidados Intensivos. O doente está em estado grave e a receber tratamento, tendo-lhe sido diagnosticada epiglotite necrosante aguda. Na sexta-feira de manhã, o centro de coordenação foi notificado pelo Hospital Kiang Wu de um caso grave após inoculação contra a covid-19. O Grupo de Trabalho de Avaliação de Eventos Adversos após a Inoculação da Vacina contra a Covid-19 analisou a situação e concluiu que o caso não tem ligação à vacina. “A epiglotite necrosante aguda é causada por infecção bacteriana e não há evidências de que a vacinação aumente o risco de epiglotite necrosante aguda”, indica a nota do centro de coordenação.
Hoje Macau SociedadeCrime | Detido suspeito de abuso sexual de menor Um jovem que já tinha registo criminal de violação é suspeito de ter abusado de uma menor com quem namorou três dias através de uma aplicação móvel. Segundo o jornal Ou Mun, a Polícia Judiciária (PJ) abriu uma investigação depois de ter recebido notificação do hospital na passada quinta-feira. A menor foi acompanhada ao hospital por familiares e pelo assistente social da escola, depois de ter denunciado que foi violada. Segundo a investigação, a vítima conheceu o suspeito a 16 de Maio através de uma aplicação de mensagens e começaram rapidamente um relacionamento online. Dias depois, a 19 de Maio, o suspeito encontrou-se com a menor num café na zona norte. No entanto, levou-a para sua casa sob o pretexto de visitar a irmã doente e terá acabado por violar a menor depois desta ter recusado envolver-se sexualmente. O residente de 25 anos, foi, entretanto, detido pela PJ e já tinha registo criminal por abuso sexual de menores, em 2012. O caso foi encaminhado para o Ministério Público por suspeitas de abuso sexual de criança.
Hoje Macau PolíticaAdministração | Ng Kuok Cheong quer responsabilização de chefias Ng Kuok Cheong questionou a responsabilização de titulares de altos cargos da Administração Pública e da máquina executiva. Em interpelação escrita, o deputado pergunta se o Governo desistiu de pedir a responsabilização das chefias que os relatórios do Comissariado contra a Corrupção (CCAC) criticaram por abuso de competência. Além disso, pediu exemplos de pessoas que tenham sido responsabilizadas ou retiradas dos cargos. O deputado recordou que em resposta a uma interpelação, a Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública declarou que “o regime disciplinar geral dos trabalhadores da função pública é aplicado ao pessoal de direcção e chefia, deste modo, surgem situações de falta de articulação”, e como a inexistência de um regime disciplinar dirigido aos titulares de altos cargos é um entrave à sua responsabilização. Neste sentido, Ng Kuok Cheong questionou se Governo tem planos concretos para melhorias e a concretização de um novo regime.
Hoje Macau Manchete PolíticaCCAC | IPIM e DST dão “grande importância” a relatório Em reacção ao relatório divulgado pelo Comissariado Contra a Corrupção (CCAC), a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) comunicou que “dá grande importância aos pareceres e coopera activamente” com a entidade. A DST garante estar “atenta” à interpretação jurídica do CCAC sobre as sanções do processo disciplinar instaurado no seguimento de uma denúncia relativa a uma chefia funcional que se teria ausentado frequentemente durante o horário de trabalho. A DST diz que vai dar a conhecer a instauração e tratamento de todos os processos disciplinares. Por sua vez, também o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) nota que atribui “grande importância” às sugestões que o relatório do CCAC apresenta sobre a apreciação dos pedidos de fixação de residência, acrescentando que procede “de modo pré-activo e contínuo” à melhoria dos trabalhos. De acordo com um comunicado, o IPIM vai rever as autorizações de fixação de residência temporária concedidas. Além disso, pretende “elevar a transparência de informação” e rever periodicamente a eficácia dos procedimentos.
Hoje Macau EventosMuseu do Grande Prémio | Entradas à venda a partir de hoje Os bilhetes para o Museu do Grande Prémio estão à venda a partir de hoje, uma vez que o espaço abre oficialmente portas em Junho. O sistema de venda antecipada de bilhetes online foi optimizado, para facilitar as visitas de residentes e visitantes. Os bilhetes podem ser adquiridos para o dia seguinte ou até 30 dias antes da visita. A partir de 2 de Junho deixa de haver interrupção à hora de almoço, sendo acrescentada a venda de bilhetes para o dia no local do museu. A partir do próximo mês as entradas serão vendidas ao preço original, deixando de haver divisão de sessões de entrada, e será acrescentada a venda para o dia no local, excepto terça-feira, dia de encerramento do museu. No dia 1 de Junho, o horário de abertura ao público será excepcionalmente das 14h às 18h, sendo que, a partir do dia 2 de Junho o museu abre das 10h às 18h, sem interrupção à hora de almoço.
Hoje Macau PolíticaActivismo | Grupo sugere roupas pretas no dia 4 de Junho O grupo “Macau Student’s Concern Groups Alliance” sugeriu que quem queira homenagear as vítimas do Massacre de Tiananmen se vista de preto e use uma máscara da mesma cor no dia 4 de Junho. A iniciativa com o nome “Uma cidade toda vestida de preto a 4 de Julho” está a ser divulgada através de uma página do Facebook. Ao jornal All About Macau, o organizador da associação, Lireo, justificou a iniciativa com a obrigação moral de recordar o movimento de 4 de Junho, que considera um símbolo de liberdade. Quanto à tradicional vigília para recordar as vítimas, que foi proibida pela primeira vez no ano passado, Lireo admitiu acreditar na repetição da proibição. O organizador afirmou que como o Governo proibiu a vigília no ano passado, a manifestação contra os cupões electrónicos de consumo e a exposição fotográfica sobre o Massacre de Tiananmen, que o mais provável é que a vigília não seja autorizada. Em relação ao Macau Student’s Concern Groups Alliance, Lireo revelou que foi criado em Fevereiro deste ano por alunos do ensino secundário e universidades, que prestam atenção a assuntos como os direitos dos estudantes, democracia, direitos humanos, cultura e questões identitárias e sexuais.
Hoje Macau Manchete SociedadeNeto Valente, presidente da AAM: “Há alguns constrangimentos, as pessoas evitam dizer coisas” Jorge Neto Valente, presidente da Associação dos Advogados de Macau (AAM), comentou, à agência Lusa, o panorama político e social do território a propósito do 30º aniversário da Associação dos Advogados de Macau (AAM), que se celebra esta sexta-feira. Ao contrário do que aconteceu em Hong Kong, “onde havia muita gente a querer a independência” e “a hostilizar o Governo” chinês, recordou Neto Valente, Macau já tinha uma lei da segurança desde 2009, mas a situação na ex-colónia britânica levou à multiplicação de apelos ao patriotismo no antigo território sob administração portuguesa. “Hoje é difícil encontrar alguém que não se declare patriota convicto e extremo, toda a gente quer ser patriota”, ironizou Neto Valente. “Não tem a ver com a justiça, mas de facto, há alguns constrangimentos, e as pessoas evitam dizer coisas e falar de coisas que possam ser interpretadas contra elas”, apontou, negando, no entanto, a existência de “repressão pública contra pensamentos que não sejam ortodoxos”. “Na justiça não se vê isso. Não foi levado ninguém a tribunal por violação da lei da segurança nacional”, frisou. Em relação à advocacia, Neto Valente lembrou que a proporção de advogados de língua materna portuguesa em Macau diminuiu drasticamente, passando de 70% há 30 anos, quando a associação que regula a profissão foi criada, para menos de 30%. Em 1999 “havia 87 advogados de pleno direito e 13 estagiários, e a esmagadora maioria, seguramente 70%, eram de língua materna portuguesa”, recordou. “Neste momento, eu diria que 70% [dos inscritos] são de língua materna chinesa”, num universo de “436 advogados e 127 estagiários”, apontou o presidente da AAM. Menos português Nos últimos anos, o número de advogados de Portugal que vão para Macau para exercer a profissão tem vindo a diminuir, apontou. “Há muito poucos, porque, além da questão da pandemia, os advogados de Portugal não podem chegar aqui, bater à porta e dizer ‘estou cá'”, disse. Antes de poderem exercer no território, têm de obter autorização de residência e de trabalho, “o que não é fácil”, e “fazer um curso de adaptação ao Direito de Macau”. “Ou então têm de começar pelo estágio, e a maior parte dos advogados não quer ter de fazer estágio outra vez”, explicou. Neto Valente, que foi presidente da AAM em 1996, ainda antes da cessão de Macau à China, e voltou a assumir o cargo alguns anos após a transição, considerou que a língua portuguesa está em recuo também nos tribunais. “Os tribunais têm caminhado no sentido de privilegiar o uso da língua chinesa, embora os magistrados de Macau tenham de ser bilingues”, sublinhou. “Chinês todos sabem, e depois, português, uns sabem mais, outros menos, mas há magistrados que são muito bons, são bilingues perfeitos”, acrescentou. Segundo Neto Valente, “nos casos cíveis, há mais produção em língua portuguesa, nos criminais, há mais produção em língua chinesa, por uma razão de facto (…): os suspeitos são, na esmagadora maioria, chineses”. “Quando chega aos magistrados, muitos deles preferem escrever em chinês, porque o processo está todo em chinês”, explicou o advogado, frisando que o português continua a ter estatuto de língua oficial, consagrado na Lei Básica. “Está lá escrito”, sublinhou. O facto de algumas decisões serem escritas em chinês “cria algumas dificuldades, porque há muitos advogados, mesmo de língua chinesa e locais, sobretudo os que estudaram em Portugal, que ainda pensam o Direito em português”, disse.
Hoje Macau China / ÁsiaÍndia ameaçada por outro ciclone após tempestade Tauktae fazer 110 mortos Um ciclone está a formar-se na baía de Bengala, no leste da Índia, alertaram hoje meteorologistas indianos, depois da passagem pelo país da tempestade tropical Tauktae, que deixou pelo menos 110 mortos. De acordo com o departamento meteorológico da Índia, a zona de depressão deve formar-se no sábado na costa leste da Índia. É “muito provável” que o sistema gradualmente se transforme numa tempestade ciclónica que poderá atingir os estados de Bengala Ocidental e Odisha por volta de 26 de maio. O ciclone Tauktae atingiu fortemente os estados costeiros do oeste da Índia na segunda-feira, num momento em que o país está a enfrentar uma segunda onda da pandemia do novo coronavírus de grandes proporções desde o final de março. Mesmo antes de o sistema de furacões atingir a costa do Estado de Gujarat, rajadas de até 185 quilómetros por hora e chuvas torrenciais mataram cerca de 20 pessoas no oeste e no sul da Índia. Só neste estado registaram-se pelo menos 53 mortos, disseram autoridades na noite de quarta-feira. Mas o número de mortos pode aumentar, de acordo com a imprensa local, que relatou a morte de cerca de 80 pessoas em desabamentos de casas e paredes. A marinha indiana encontrou 37 corpos após o naufrágio de um navio de apoio a instalações petrolíferas e 40 pessoas ainda estão desaparecidas. O navio, que naufragou ao largo de Mumbai, capital do Estado de Maharashtra, tinha 273 pessoas a bordo e ficou à deriva devido aos fortes ventos que se abateram na costa ocidental da Índia. Em maio do ano passado, mais de 110 pessoas morreram depois de o ciclone Amphan ter devastado o leste da Índia e Bangladesh na baía de Bengala. Especialistas dizem que o Mar da Arábia, onde Tauktae teve a sua origem, está a proporcionar ciclones mais fortes do que no passado, devido ao aquecimento global. “O Mar da Arábia é uma das bacias de aquecimento mais rápido entre os oceanos do mundo”, disse à AFP Roxy Mathew Koll, do Instituto Indiano de Meteorologia Tropical.
Hoje Macau China / ÁsiaÁsia regressa a confinamentos com aumento de novos casos de covid-19 Uma nova vaga da pandemia de covid-19 está a obrigar partes da Ásia a introduzir intensivas medidas de confinamento, perante o aumento de número de contágios e de mortes. A escassa população da Mongólia viu o número de mortos subir de 15 para 239, enquanto Taiwan, que foi considerado um caso de sucesso na luta contra o novo coronavírus, registou mais de 1.200 casos desde a semana passada e colocou mais de 600.000 pessoas em isolamento por duas semanas. Hong Kong e Singapura adiaram pela segunda vez a possibilidade de retomar viagens entre si sem quarentena, após um surto de origem incerta em Singapura. A China, que praticamente tinha eliminado os casos de infeções, viu novos casos de covid-19, aparentemente devidos ao contacto com pessoas que chegam do exterior. A situação está a prejudicar os esforços para o regresso ao normal da vida social e económica na Ásia, especialmente em escolas e setores como o turismo, que depende do contacto pessoal. Em Taiwan, o aumento de novos casos de contágio está a ser impulsionado pela variante mais facilmente transmissível identificada pela primeira vez no Reino Unido, de acordo com Chen Chien-jen, epidemiologista e ex-vice-Presidente da ilha, que liderou a muito elogiada resposta à pandemia no ano passado. Em Wanhua, normalmente uma área movimentada de Taiwan com barracas de comida, lojas e locais de entretenimento, o mercado noturno de Huaxi e o templo budista Longshan estão encerrados. A ilha fechou todas as escolas e as restrições foram ampliadas a todo o território: restaurantes, ginásios e outros locais públicos foram encerrados e reuniões de mais de cinco pessoas em ambientes fechados e mais de 10 pessoas ao ar livre foram proibidas. A Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, procurou tranquilizar as pessoas que procuravam voltar a circular livremente, mas foram confrontadas com novas medidas de confinamento. “Continuaremos a fortalecer a nossa capacidade médica”, disse Tsai, acrescentando que as vacinas devem chegar em breve. A Malásia impôs inesperadamente um confinamento de um mês, até 07 de junho, depois de as autoridades terem registado aumentos acentuados no número de novas contaminações e o aparecimento de novas variantes do vírus. Este é o segundo confinamento geral em pouco mais de um ano e ocorre depois de os casos terem quadruplicado desde janeiro no país, sendo agora mais de 485.000, incluindo 2.040 mortes. As viagens entre os estados da Malásia, bem como as atividades sociais, estão proibidas, as escolas estão fechadas e os restaurantes podem fornecer apenas serviço de entrega, quando os hospitais estão quase a esgotar a sua capacidade de atender mais doentes com covid-19. Singapura impôs severas medidas de distanciamento social até 13 de junho, restringindo as reuniões públicas a duas pessoas e proibindo o serviço de jantar em restaurantes, depois de um significativo aumento no número de novas infeções com o novo coronavírus. As escolas voltaram ao regime de ensino à distância, após os alunos de várias instituições de ensino terem sido contaminados. Hong Kong respondeu a novos surtos aumentando a exigência de quarentena de 14 para 21 dias para viajantes não vacinados que chegam de países de “alto risco”, incluindo Singapura, Malásia e Japão, bem como da Argentina, Itália, Holanda e Quénia. A China montou postos de controle em aeroportos e estações ferroviárias na província de Liaoning, onde novos casos foram registados esta semana. Os viajantes devem ter prova de um recente teste de vírus negativo e os testes em massa foram exigidos em Yingkou, uma cidade portuária com conexões marítimas para mais de 40 países. A Tailândia registou 35 mortes na terça-feira e 29 ontem, os mais elevados números desde o início da crise sanitária, elevando o número total de óbitos para 678. Nas Filipinas, o Presidente Rodrigo Duterte suavizou as medidas de combate à pandemia, procurando combater a crise económica e a fome, mas continua a impedir reuniões públicas, numa época de festividades religiosas no país. As infeções de covid-19 nas Filipinas aumentaram em março para os piores níveis da Ásia, ultrapassando 10.000 novos casos por dia e levando Duterte a impor confinamento em Manila, em abril. O secretário de Saúde filipino, Francisco Duque, disse que a retoma parcial das atividades económicas, o aumento do não cumprimento das restrições e o rastreio inadequado das pessoas expostas ao vírus combinaram-se para desencadear o aumento acentuado das infeções.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Voos para a China aceitam certificado de vacinação como alternativa ao teste IgG A companhia aérea Beijing Capital Airlines, que opera o voo entre Portugal e China, anunciou ontem que passa a permitir aos passageiros que apresentem um certificado de vacinação, como alternativa ao teste de anticorpos IgG. Em comunicado enviado à agência Lusa, a companhia esclarece que passa, desde ontem, a permitir que os passageiros que viajam para a China apresentem o certificado de vacinação ou o certificado negativo IgG. Para além de um daqueles dois certificados, o passageiro deve apresentar os resultados negativos dos testes de ácido nucleico PCR e de anticorpos IgM. A companhia aérea chinesa opera atualmente uma ligação entre Lisboa e Xi’an, cidade no centro da China, com a frequência de um voo por semana. Os certificados devem ser emitidos por um laboratório de análises português até 48 horas antes da partida, lê-se na mesma nota. Fonte da companhia aérea esclareceu à Lusa que qualquer vacina contra a covid-19 serve para o efeito. As autoridades chinesas reduziram as ligações aéreas com o exterior, no final de março do ano passado, à medida que o novo coronavírus se alastrou pelo mundo. A Beijing Capital Airlines retomou, no final de agosto passado, o voo entre Portugal e a China. O país, onde a covid-19 surgiu em dezembro, foi o primeiro a conter o surto, pelo que passou a temer uma ressurgência devido aos casos oriundos do exterior, sobretudo chineses que tentam regressar ao país.
Hoje Macau China / ÁsiaHidrogénio verde | Portugal quer cooperar com a China O Secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, disse que Portugal quer cooperar com a China no hidrogénio verde, avançou a Embaixada chinesa em Lisboa. Segundo um comunicado, João Galamba disse que Portugal gostaria de receber mais investimento chinês e alargar a cooperação com a China no sector da energia aos veículos eléctricos e ao hidrogénio verde. O dirigente falava durante uma videoconferência com o novo Embaixador da China em Portugal, Zhao Bentang, na semana passada. O diplomata disse que a China está disposta a trabalhar com Portugal para reforçar a cooperação na área das energias renováveis. Zhao Bentang sublinhou ainda que a cooperação bilateral tem beneficiado não apenas os dois países, “mas tem também dado frutos” em outros mercados como a América Latina e a África. Portugal pode atingir a neutralidade carbónica antes de 2050, segundo um estudo, em que se preconiza um investimento inicial recuperável a longo prazo. No estudo, elaborado pela consultora McKinsey&Company, defende-se que Portugal precisa de estimular a adopção de veículos eléctricos e o desenvolvimento de novas cadeias de valor, incluindo o hidrogénio verde. A REN, gestora das redes energéticas em Portugal, anunciou na sexta-feira que prevê investir 40 milhões de euros até 2024 para a compatibilização da rede de gás com a injecção de hidrogénio, que faz parte da estratégia nacional de acelerar a transição energética. A REN tem como principal acionista a eléctrica estatal chinesa State Grid of China, com 25 por cento do capital social. Outro grupo estatal chinês, a China Three Gorges Corporation, é o maior accionista da elétrica portuguesa EDP – Energias de Portugal, com uma participação de 19,03 per cento. No Brasil, as duas empresas construíram em conjunto os projetos hidroeléctricos de Santo Antônio do Jari, de Cachoeira Caldeirão e de São Manuel e 11 parque eólicos.
Hoje Macau China / ÁsiaNuclear | Críticas americanas, cooperação com Moscovo O embaixador americano na Conferência sobre o Desarmamento acusou a China de se opor a uma negociação bilateral para reduzir o arsenal nuclear dos dois países e expressou esperança de que Pequim mude de atitude. “Até agora, Pequim não quis ter discussões significativas, semelhantes às que temos com a Rússia, e esperamos sinceramente que isso mude”, afirmou Robert Wood, em Genebra. Organizações internacionais estimam que a China tem mais de 300 ogivas nucleares, número superior ao da França ou do Reino Unido, mas bem abaixo das 5.800 ainda activas nos Estados Unidos e das mais de 6.300 na Rússia. O diplomata mencionou o “crescimento dramático do arsenal atómico chinês” e afirmou que os Estados Unidos vão continuar a procurar dialogar com a China em “doutrinas nucleares, acordos de notificação de lançamento de mísseis e melhores canais de comunicação de crises”. Moscovo e Washington concordaram este ano em prorrogar o novo acordo de controlo de armas START por mais cinco anos. O tratado é o último acordo remanescente que limita as armas nucleares dos EUA e da Rússia, depois de ter sido assinado, em 2010, pelo Presidente norte-americano, Barack Obama, e pelo Presidente russo, Dmitri Medvedev, para limitar cada país a instalar um máximo de 1.550 ogivas nucleares e restringir a 800 o número de aviões bombardeiros com capacidade de lançar mísseis nucleares. Ano de cooperar Entretanto, Moscovo e Pequim iniciaram ontem um projecto de cooperação energética nuclear. “O início do projecto de cooperação energética nuclear China-Rússia promoverá a actualização dos laços bilaterais”, disse um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês nesta terça-feira. O presidente chinês, Xi Jinping, e o presidente russo, Vladimir Putin, testemunharam conjuntamente a cerimónia de abertura do projecto por videoconferência na quarta-feira. O porta-voz Zhao Lijian disse que “este ano marca o 20º aniversário da assinatura do Tratado China-Rússia de Boa Vizinhança e Cooperação Amigável, e o evento de quarta-feira será o primeiro intercâmbio online bilateral entre o presidente Xi e o presidente Putin este ano, o que é de grande importância para liderar a parceria estratégica abrangente China-Rússia de coordenação para uma nova era e para manter um alto nível de desenvolvimento”. Zhao disse que a energia nuclear é uma área tradicional de “cooperação prioritária” entre os dois países, e que se desenvolveu rapidamente nos últimos anos, atraindo muita atenção dos dois chefes de Estado. Observando que a energia nuclear é “limpa e eficiente”, Zhao disse ainda que as emissões de dióxido de carbono serão reduzidas, reflectindo a firme determinação da China em alcançar o objetivo de “pico de carbono” e “neutralidade de carbono” e demonstrando “o seu forte senso de responsabilidade como um grande país”.
Hoje Macau SociedadeMacau impõe quarentena a viajantes de duas províncias chinesas Macau impõe desde ontem, quarta-feira, uma quarentena de 14 dias aos viajantes provenientes de várias localidades das províncias chinesas de An Hui e Liaoning, devido à situação epidemiológica de covid-19, anunciaram as autoridades de saúde. A medida aplica-se a quem nos 14 dias anteriores tenha estado na província de Liaoning, incluindo na vila de Chentun, cidade de Yingkou, comunidade de Honghai, vila de Xiongyue, distrito de Bayuquan, cidade de Yingkou, comunidade de Yiyuan, distrito de Heping e cidade de Shenyang, informou o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. O período de 14 dias de observação médica obrigatória aplica-se igualmente a quem venha de algumas zonas da província de An Hui, incluindo os distritos de Jin An e Yu An, cidade de Lu An, vila de Shangpai, condado de Feixi e cidade de Hefei, acrescenta-se na nota. Desde terça-feira, as pessoas que regressem da Índia, Paquistão, Filipinas, Nepal e do Brasil são obrigadas a cumprir 28 dias de quarentena, período que será alargado para 35 dias caso seja detetada a presença de anticorpos do novo coronavírus, devido ao risco de re-infecção.
Hoje Macau SociedadeTaiwan | Governo alerta para situação dos estudantes de Macau O Governo da RAEM indicou estar atento aos estudantes de Macau que estão em Taiwan. “A Delegação Económica e Cultural de Macau em Taiwan, enviou, ontem (17 de Maio), uma carta à Comissão para os Assuntos da China Continental, na qual menciona que o recente aumento de intensidade da epidemia na Ilha trouxe incerteza e ansiedade aos milhares de estudantes de Macau e aos encarregados de educação”, diz um comunicado do Gabinete de Comunicação Social. A nota indica que a carta também foca a preocupação de alguns alunos com os estudos, condições de vida e assistência médica. É dada a indicação que os estudantes de Macau em Taiwan e os encarregados de educação podem contactar a Delegação Económica e Cultural de Macau em Taiwan ou a linha de informações do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus . De acordo com o jornal Exmoo, o subdirector dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSDEJ), indicou que 807 alunos de Macau que estudam em Taiwan planeiam regressar à RAEM entre Maio e Agosto, 300 deles nos meses de Junho e Julho. Teng Sio Hong, confirmou com a Direcção dos Serviços de Turismo que há dois a três voos diários entre Macau e Taiwan, garantindo que a DSDEJ vai manter contacto próximo com as autoridades de Taiwan para dar apoio aos estudantes. Há cerca de 3.000 a 4.000 estudantes locais a estudar na Formosa.
Hoje Macau EventosFRC | Arlinda Frota dá amanhã aula de pintura em porcelana A ceramista Arlinda Frota dá amanhã uma masterclass de pintura em porcelana na Fundação Rui Cunha (FRC), às 16h, com entrada gratuita, sem necessidade de inscrição prévia. A iniciativa surge no contexto da exposição “Padrões de Vida”, patente na galeria da FRC até 31 deste mês. Arlinda Frota vai abordar “a história da pintura em porcelana e demonstrar ao vivo as técnicas e materiais no espaço da galeria, dado o interesse geral do público pelo tema e a afluência de visitantes durante esta mostra”, descreve a FRC. Arlinda Frota aponta que “a intenção deste programa é transmitir a consciência das diferentes técnicas de pintura em porcelana, a compreensão do ambiente de trabalho e do estado de espírito necessário à criação de uma obra, e de todos os cuidados inerentes aos diferentes passos da sua produção, desde a escolha da peça a pintar, à definição do desenho pretendido e adaptado à peça, das cores a escolher e sua preparação, dos cuidados relativos à queima das peças”. A artista pretende também “dar a conhecer uma revisão histórica da porcelana e da pintura em porcelana desde a sua criação, durante a dinastia Han, no período 220 a 206 A.C., e desde a chamada Proto-Porcelana”. A artista é professora na Casa de Portugal em Macau desde 2014, tendo frequentado, nos últimos cinco anos, diversos cursos de livres e ateliers de pintura e cerâmica. Arlinda Frota desenvolveu, entretanto, diversas técnicas de pintura em tintas acrílicas e óleos, bem como azulejaria de matriz portuguesa.
Hoje Macau PolíticaONU | Chefe do Executivo reuniu com coordenador residente na China Ho Iat Seng reuniu na terça-feira com o coordenador residente das Nações Unidas na China, Siddharth Chatterjee. Segundo uma nota de imprensa, a reunião serviu para a “troca de opiniões sobre o incremento da cooperação multilateral, a concretização do objectivo das Nações Unidas no desenvolvimento sustentável e a formação de quadros qualificados na área da ciência e tecnologia”. O Chefe do Executivo falou também do Instituto Internacional para Tecnologia de Programação da Universidade das Nações Unidas em Macau, que “tem formado muitos quadros qualificados”. O governante prometeu ainda “pesquisar, em conjunto, formas de desempenhar um papel mais eficaz” na formação. Huang Jingbo, directora do Instituto, manifestou interesse em criar um mecanismo de formação, no intuito de permitir aos jovens locais e mesmo até os do Interior da China, receberem formação na Universidade das Nações Unidas. Siddharth Chatterjee apontou que Macau pode ser um centro de ciência e tecnologia não só na Grande Baía, como para o Interior da China e para o mundo. Além disso, o território pode desenvolver áreas como o comércio ou a cooperação académica. O coordenador residente da ONU na China frisou também que o Instituto Internacional para Tecnologia de Programação da Universidade das Nações Unidas em Macau e o Governo da RAEM “poderão abordar, em conjunto, formas de transformar Macau num centro principal de actividade na área da ciência e tecnologia”.
Hoje Macau China / ÁsiaPelo menos 33 mortos e 89 desaparecidos após passagem de ciclone na Índia Pelo menos 33 pessoas morreram e outras 89 continuam desaparecidas após a passagem do ciclone Tauktae na Índia, informaram hoje as autoridades locais. Na terça-feira, sete mortes foram registadas, elevando o número de mortos para 33, a maioria destas vítimas do desabamento de casas ou paredes, segundo o chefe do governo de Gujarat, Vijay Rupani. Oitenta e nove pessoas ainda estão desaparecidas e outras centenas de milhares estavam hoje sem energia no oeste da Índia, aumentando o sofrimento de uma nação fortemente atingida pela covid-19. Os navios da Marinha resgataram mais de 600 pessoas de plataformas de petróleo atingidas pelo mar agitado e as operações de salvamento foram particularmente perigosas, disse hoje o Ministério da Defesa indiano. Por outro lado, aviões e helicópteros ainda procuram 89 tripulantes desaparecidos após o naufrágio do seu navio. O barco tinha 273 pessoas a bordo e ficou à deriva devido aos fortes ventos que se abateram na costa ocidental da Índia. O ciclone Tauktae, que obrigou a retirar mais de 200.000 pessoas de zonas de risco, tocou terra na segunda-feira em Gujarat com rajadas de até 185 km/hora, segundo o departamento meteorológico indiano. A tempestade tropical, a mais forte a afetar a região em décadas, fez vítimas nos Estados de Kerala, Goa, Maharashtra e Gujarat. O nível do mar subiu três metros ao longo da costa, informaram as autoridades meteorológicas da cidade costeira de Diu, com ventos de 133km/h. O ciclone atingiu a Índia numa altura em que o país enfrenta uma segunda vaga da pandemia de covid-19 que está a levar ao colapso do sistema de saúde, com oxigénio e medicamentos em falta. A costa ocidental da Índia é muitas vezes assolada por ciclones devastadores, mas a mudança dos padrões climáticos fez com que estes se tornassem mais intensos, em vez de mais frequentes. Em maio de 2020, também durante a pandemia de covid-19, uma centena de pessoas morreu devido ao ciclone Amphan, a tempestade mais poderosa que atingiu o leste da Índia em mais de uma década, que devastou a região e deixou milhões sem energia. Com uma população de 1,3 mil milhões de habitantes, a Índia registou 4.529 óbitos pela covid-19 nas últimas 24 horas, um novo recorde, além de 267.334 novos casos, ultrapassando os 25,4 milhões de casos e registando 283,2 mortes desde o início da pandemia.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China com 14 novas infecções em 24 horas, todos oriundos do exterior A China detectou 14 pessoas infectadas pelo novo coronavírus, que provoca a covid-19, nas últimas 24 horas, todas oriundas do estrangeiro, anunciaram hoje as autoridades de saúde do país. Os casos foram diagnosticados em viajantes, provenientes do estrangeiro, na cidade de Xangai (leste) e nas províncias de Guangdong (sudeste), Jiangsu (leste), Hubei (centro) e Shaanxi (centro). A Comissão de Saúde da China adiantou que o número total de casos activos é de 296, entre os quais três em estado grave. Desde o início da pandemia da covid-19, o país registou 90.908 casos da doença e 4.636 mortos. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.391.849 mortos no mundo, resultantes de mais de 163,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.