Hoje Macau China / ÁsiaArranha-céus em Shenzhen evacuado e isolado após oscilação levar à fuga de pessoas A oscilação de um arranha-céu na cidade de Shenzhen, sudeste da China, levou esta terça-feira à fuga de centenas de pessoas, revelam vídeos difundidos nas redes sociais chinesas e que estão a ser analisados pelas autoridades. O Gabinete de Gestão de Emergências de Shenzhen está a avaliar as filmagens, que mostram centenas de pessoas a fugir, assustadas, face à oscilação do SEG Plaza, um edifício com 355 metros de altura. A mesma fonte excluiu a ocorrência de um terramoto em Shenzhen ou nas áreas vizinhas. O incidente ocorreu ao início da tarde na China. O vídeo esteve entre os mais vistos no Weibo, uma rede social chinesa semelhante ao Twitter. O edifício foi evacuado e encerrado temporariamente. Os bombeiros e a polícia estão a examinar o caso. O SEG Plaza é o 104.º edifício mais alto da China e o 212.º mais alto do mundo. A densa malha de arranha-céus de Shenzhen, uma das mais prósperas cidades da Ásia, é símbolo do “milagre económico” que transformou a China nos últimos 40 anos.
Hoje Macau Manchete SociedadeEconomia | Moody’s manteve classificação de Macau como “Aa3” A agência Moody’s manteve a notação de crédito de Macau em “Aa3”, com a perspectiva de que a actividade económica regresse aos níveis pré-pandemia até 2024, impulsionada pela recuperação no sector do jogo. Num relatório divulgado na segunda-feira, a agência refere ainda que “o impacto no mercado laboral, apesar de severo, não será permanente”. “Apesar da natureza altamente volátil do crescimento económico, as vastas reservas fiscais e externas de Macau – significativamente mais fortes do que as dos seus pares com notações semelhantes – e rendimentos ‘per capita’ muito elevados continuam a apoiar o seu perfil de crédito”, indica o relatório. É ainda descrito como os “amortecedores” fiscais e externos permitiram a Macau adoptar medidas de estímulo ao longo do último ano. De acordo com a Moody’s, apesar da perspectiva “estável”, a volatilidade do crescimento económico de Macau está entre as mais altas, não esperando que os esforços de diversificação se traduzam em resultados a curto prazo. Esta volatilidade decorre de uma estrutura económica “altamente concentrada”, com o jogo e o turismo a representarem metade do crescimento. A agência internacional aponta que há “um forte grau de interdependência entre as duas indústrias”, observando que 70 por cento dos visitantes são do Interior da China e que as receitas do jogo advêm dos turistas. Ligação ao interior “O crescimento do PIB de Macau está intimamente ligado à recuperação na China, incluindo a vacinação no Continente, que poderia permitir um relaxamento das restrições de viagem. Por outro lado, atrasos na recuperação do crescimento ou uma nova onda de infecções na China resultaria num atraso da recuperação económica em Macau”, explica. Além retorno aos níveis habituais de entradas de turistas no território – que a Moody’s prevê que não aconteça até 2023 – são apontados outros factores como apoio à recuperação económica. Entre eles as mudanças estruturais para promover diversificação económica e o investimento público. “As reservas fiscais de Macau continuam a ser suficientes para o Governo continuar a apoiar o crescimento, incluindo através de investimento em infraestruturas do sector público”. A manutenção da notação de crédito pela Moody’s também foi divulgada pela Autoridade Monetária de Macau, que explica que as classificações na categoria “Aa” são de alto grau de investimento e sujeitas a um risco de crédito muito baixo. A notação “Aa3” está posicionada em quarto lugar.
Hoje Macau China / ÁsiaMédio Oriente | China exorta EUA a desempenharem papel diplomático construtivo O recente pedido da China, Noruega e Tunísia para que o Conselho de Segurança da ONU emitisse uma declaração e um pedido de cessação das hostilidades foi negado pelos Estados Unidos que se opuseram à resolução A China renovou ontem os apelos para que os Estados Unidos desempenhem um papel construtivo no conflito em Gaza e parem de bloquear os esforços das Nações Unidas para exigir o fim do derramamento de sangue. O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros Zhao Lijian disse que a China, que assume actualmente a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU, pediu um cessar-fogo e a prestação de assistência humanitária, entre outras propostas, mas que a obstrução por “um país”, impediu o conselho de se expressar. “Pedimos aos Estados Unidos que assumam a sua responsabilidade e uma posição imparcial para apoiar o Conselho, desempenhar um papel na redução das tensões e reconstruir a confiança para uma solução política”, disse Zhao, em conferência de imprensa. A China “condena veementemente” a violência contra civis e pede o fim dos ataques aéreos, ataques terrestres, com foguetes e “outras acções que agravam a situação”, disse Zhao. Israel deve “exercer contenção, cumprir efectivamente com as resoluções relevantes das Nações Unidas, parar de demolir as casas do povo palestiniano, parar de expulsar o povo palestiniano e parar de expandir o seu programa de anexações, parar as ameaças de violência e provocações contra muçulmanos e manter e respeitar o ‘status quo’ histórico de Jerusalém como um local sagrado religioso”, disse Zhao. Os pedidos para que o governo de Joe Biden tome uma posição mais activa sobre a violência estão a aumentar. Alta tensão Os Estados Unidos, o aliado mais próximo de Israel, bloquearam os esforços da China, Noruega e Tunísia para fazer com que o Conselho de Segurança emitisse uma declaração, incluindo um pedido de cessação das hostilidades. A China há muito se retrata como um forte apoiante da causa palestiniana, enquanto constrói laços políticos, económicos e militares com Israel. Os actuais combates são considerados os mais graves desde 2014. Os combates começaram em 10 de Maio, após semanas de tensões entre israelitas e palestinianos em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do islão junto ao local mais sagrado do judaísmo. Ao lançamento maciço de ‘rockets’ por grupos armados em Gaza em direcção a Israel opõe-se o bombardeamento sistemático por forças israelitas contra a Faixa de Gaza. O conflito israelo-palestiniano remonta à fundação do Estado de Israel, cuja independência foi proclamada em 14 de Maio de 1948.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Índia com menos de 300 mil casos pela primeira vez em 25 dias A Índia registou 281.386 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, ficando abaixo dos 300 mil diários pela primeira vez em 25 dias, mas contabilizou novamente mais de quatro mil mortos num dia, foi hoje anunciado. O segundo país mais afetado no mundo em número de casos, depois dos Estados Unidos, já acumulou quase 25 milhões de infeções desde o início da pandemia (24.965.463), de acordo com dados do Ministério da Saúde indiano. A Índia registou um declínio gradual dos casos, depois de ter atingido números de mais de 400 mil contágios, há duas semanas, no âmbito de uma segunda vaga da pandemia com um impacto sem precedentes no sistema de saúde, com falta de oxigénio e de camas. Nas últimas 24 horas, o país registou 4.106 mortos, com o total de óbitos desde o início da pandemia a ascender agora a 274.390. Especialistas alertaram que os números oficiais poderão estar subavaliados, devido à falta de testes e à crescente propagação do novo coronavírus nas zonas rurais, onde a cobertura sanitária é menor. Nova Deli, uma das cidades mais duramente atingidas pela crise, que sobrecarregou hospitais e crematórios, prolongou por uma semana o confinamento de quase 20 milhões de habitantes, enquanto o estado oriental de Bengala impôs, no domingo, uma série de restrições devido ao aumento de casos na região. A campanha de vacinação está a decorrer de forma lenta, com vários estados a criticarem as limitações no fornecimento das vacinas, apesar de o Governo ter aberto a 01 de maio o programa a todos os cidadãos com mais de 18 anos de idade. A Índia só conseguiu completar a vacinação de pouco mais de 3% da população (cerca de 40 milhões de pessoas), apesar da intenção anunciada de vacinar 300 milhões de pessoas até julho. O total de vacinas administradas ronda os 182,9 milhões, de acordo com os dados atualizados diariamente pelo Ministério da Saúde indiano. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.371.695 mortos no mundo, resultantes de mais de 162,4 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Papa apela à paz e ao fim da violência O Papa Francisco celebrou ontem uma missa especial sobre Myanmar (antiga Birmânia), em que reiterou os apelos à paz e ao fim da violência ao quarto mês da sangrenta repressão da Junta Militar contra civis. A missa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, em que estavam presentes poucas centenas de fiéis, na maioria estudantes e religiosos birmaneses, decorreu depois de vários apelos à paz feitos nos últimos meses por Francisco, que visitou a Birmânia em Novembro de 2017, sendo esta viagem a primeira visita papal a uma nação predominantemente budista. Na homilia, o sumo pontífice argentino evitou denunciar abertamente o regime militar birmanês que derrubou, a 1 de Fevereiro, o Governo eleito de Aung San Suu Kyi e, em vez disso, pediu aos fiéis para que sejam “firmes na verdade”, exortando-os a não perder a esperança. “Queridos irmãos e irmãs, nestes dias em que vosso amado país, Birmânia, conhece a violência, o conflito e a repressão, perguntemos a nós mesmos: o que somos chamados a manter? Em primeiro lugar, a manter a fé”, afirmou. Francisco apelou também à unidade, considerando a divisão entre as comunidades e os povos uma “doença mortal”. “Sei que algumas situações políticas e sociais são maiores do que nós. Mas o compromisso com a paz e com a fraternidade vem sempre de baixo: cada pessoa, nas pequenas coisas, pode fazer a sua parte. No meio da guerra, da violência e do ódio, a fidelidade ao Evangelho e o ser pacificador exigem empenho, também através de opções sociais e políticas, mesmo com risco de vida”, realçou.
Hoje Macau PolíticaEconomia | Lei Wai Nong reunido com governante de Jiangsu O secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, e o vice-Governador do Governo Popular da Província de Jiangsu, Hui Jianlin, reuniram na quinta-feira para discutir as várias áreas em que os governos de ambos territórios podem cooperar. Segundo o comunicado oficial, Hui destacou o papel de Macau “enquanto plataforma de serviços para a cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa” e disse esperar que a RAEM ajude “as empresas da Província de Jiangsu a entrar no mercado dos países de língua portuguesa”. O vice-Governador destacou ainda a organização em Macau da “Cimeira para o Desenvolvimento Comercial e Industrial da Província de Jiangsu, Macau e os Países de Língua Portuguesa”, que se organiza na RAEM desde 2011. Hui mencionou ainda as ligações ao nível do entretenimento, com a transmissão pelas televisões da província de eventos como a “Noite de Jiangsu no Fórum de Economia de Turismo Global – Macau” ou os concertos de ano novo em Macau, que foram transmitidas pela Jiangsu Satellite TV. Os representantes de Macau deslocaram-se à província de Jiangsu para realizar várias actividade de promoção do turismo. A iniciativa teve como nome “Semana de Macau em Jiangsu” e Lei Wai Nong agradeceu a hospitalidade dos Governo Popular da Província de Jiangsu e do Governo do Município de Nanjing, capital da província. Lei Wai Nong apontou que existe vontade do lado da RAEM de “reforçar a cooperação nas quatro áreas da medicina tradicional chinesa, finanças, tecnologia e cultura”.
Hoje Macau PolíticaBiblioteca Central | Ng Kuok Cheong quer saber critérios de selecção Ng Kuok Cheong quer ter acesso às qualificações profissionais da Comissão de Avaliação das Candidaturas do projecto da Nova Biblioteca Central e aos critérios de selecção do projecto vencedor. O pedido foi feito através de interpelação escrita. O deputado pede para confirmar se a manutenção do painel de mosaicos na fachada foi um dos critérios do caderno de encargo, assim como a obrigação de estabelecer uma relação entre o painel, a praça do Tap Siac e o edifício, para manter as características de ponto de referência cultural e homenagear a história local. O legislador esclarece que ficou com dúvidas depois de ter recebido queixas sobre o projecto. Na origem das reclamações esteve a não manutenção do painel de mosaicos na fachada. A proposta da Mecanoo, que venceu o concurso público, propõe a manutenção do painel no interior. Contudo, Ng Kuok Cheong defende que as dúvidas devem ser esclarecidas e que a pontuação das propostas revelada. Por outro lado, recorda que no passado várias obras públicas ultrapassaram frequentemente o orçamento e o prazo de execução e, para evitar o desperdício, pergunta se há mecanismos para garantir que o orçamento prometido de 500 milhões de patacas é cumprido.
Hoje Macau Grande Plano MancheteGaza | Mortandade sobe com ataques israelitas, enquanto Nações Unidas discutem solução Depois de uma semana de hostilidades, à hora do fecho desta edição o número de mortos do lado palestiniano ronda as duas centenas, com mais de 50 crianças mortas, enquanto do lado israelita as baixas contam-se pelos dedos de duas mãos. O Conselho de Segurança da ONU reuniu ontem para tentar encontrar uma via que conduza ao cessar-fogo, com a China a culpar Washington pela inacção das Nações Unidas A reunião, inicialmente marcada para sexta-feira com carácter de urgência, foi solicitada por 10 dos 15 membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas (China, Tunísia, Noruega, Irlanda, Estónia, França, Reino Unido, São Vicente e Granadinas, Níger e Vietname). Os últimos dados do Ministério da Saúde palestiniano apontam para a existência de 181 vítimas mortais na Faixa de Gaza na sequência dos bombardeamentos do exército israelita. Do lado de Israel, o último balanço dá conta de 10 mortos. Os Estados Unidos, que tinham rejeitado a data de sexta-feira para a reunião, mostraram-se favoráveis a que o encontro se realizasse no início da próxima semana, “para dar um pouco mais de tempo à diplomacia para conseguir resultados”, nas palavras do chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken. Porém, Washington acabou por concordar em realizar a reunião de emergência ontem, numa solução de compromisso entre as duas datas, segundo fontes diplomáticas. A realização deste tipo de reuniões de urgência por videoconferência requer o consenso dos 15 Estados membros do Conselho de Segurança, mas tem sido prática comum nos últimos meses, devido à pandemia de covid-19. O Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, foi uma das vozes que apelou à intervenção do Conselho de Segurança para procurar o alívio da escalada de violência e culpou os Estados Unidos pela inacção da ONU. “Infelizmente, o conselho tem falhado sem chegar a consensos, com os Estados Unidos a apostarem numa posição que contraria a justiça internacional”, referiu no sábado Wang, citado pela Xinhua, numa conversa telefónica com o seu homólogo palestiniano Shah Mahmood Qureshi. O governante chinês voltou a expressar o apoio à chamada solução de dois estados independentes, via que deve ser a prioridade das Nações Unidas, com vista a colocar de novo Israel e Palestina na mesa de negociações. Cruz que se carrega O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) pediu ontem aos membros do Conselho de Segurança da ONU que “exerçam influência máxima para acabar com as hostilidades entre Israel e Gaza”, um conflito de “intensidade nunca antes vista”. “As populações de Gaza e de Israel enfrentam o mais intenso ciclo de hostilidades registado em anos”, refere o CICV num comunicado publicado a poucas horas de ter lugar uma reunião virtual do Conselho de Segurança da ONU dedicada ao conflito no Médio Oriente. No mesmo comunicado, citado pela Agência France-Presse (AFP), o CICV apela a todas as partes que “ponham fim à escalada (da violência) e garantam o melhor acesso às pessoas afectadas na Faixa de Gaza”. “A intensidade deste conflito é algo que nunca tínhamos visto antes, com ataques aéreos incessantes contra Gaza, uma zona densamente povoada, e com foguetes a atingirem grandes cidades de Israel, provocando a morte de crianças de ambos os lados”, refere o director-geral do Comité Internacional da Cruz Vermelha, Robert Mardini. Leve reprimenda A Casa Branca advertiu Israel de que garantir a segurança dos jornalistas é “primordial”, após uma investida israelita ter destruído um edifício em Gaza onde funcionava a agência de notícias Associated Press, que ficou “chocada e horrorizada” com o ataque. “Dissemos directamente aos israelitas que garantir a segurança dos jornalistas e dos meios de comunicação independentes é uma responsabilidade de importância crítica”, disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki. As forças armadas israelitas destruíram no sábado um edifício que albergava os escritórios da agência de notícias Associated Press (AP) e outras organizações jornalísticas em Gaza, num ataque à capacidade de os meios de comunicação reportarem o que se passa no território. O ataque, cujas razões continuam por explicar, aconteceu uma hora depois de os militares terem avisado o proprietário que iam atacar o edifício, ordenando a sua evacuação. Através de uma declaração, a AP manifestou-se “chocada e horrorizada” com o ataque israelita, que destruiu a torre que albergava os seus escritórios e os da Al Jazeera, em Gaza, que classificou de um “desenvolvimento incrivelmente inquietante”. “Estamos chocados e horrorizados com o facto de os militares israelitas terem atacado e destruído o edifício que alberga o escritório da AP e outros meios de comunicação em Gaza”, disse o presidente da agência norte-americana de notícias, Gary Pruitt. E acrescentou: “Há muito que conhecem a localização do nosso escritório e sabiam que os jornalistas estavam lá. Fomos avisados de que o edifício seria atingido”. “Este é um desenvolvimento incrivelmente perturbador. Evitámos por pouco a terrível perda de vidas. Cerca de 10 jornalistas e ‘freelancers’ da AP estavam no edifício e, felizmente, conseguimos retirá-los a tempo”, disse. Pruitt referiu que a AP solicitou informações ao governo israelita e que está em contacto com o Departamento de Estado norte-americano para tentar saber mais. “O mundo estará menos informado sobre o que está a acontecer em Gaza por causa do que aconteceu hoje”, concluiu. Ex-vizinhos de escritório Por seu lado, o chefe do gabinete da Al Jazeera na Palestina e em Israel classificou o ataque como um “crime” e uma tentativa de o exército israelita “silenciar os media”. Falando em directo no canal de notícias em língua árabe, o chefe do gabinete da Al Jazeera para a Palestina e Israel, Walid al-Omari, disse que este “crime” era mais um de uma “série de crimes perpetrados pelo exército israelita”, em Gaza. Israel não quer “apenas espalhar a destruição e a morte em Gaza, mas também silenciar os meios de comunicação social que vêem, documentam e dizem a verdade sobre o que está a acontecer”, adiantou, advertindo que tal “é obviamente impossível”. O proprietário da Torre Jala, Jawad Mehdi, disse que um oficial dos serviços secretos israelitas o avisou, antes do ataque, que tinha uma hora para evacuar o edifício. Mehdi pediu mais 10 minutos para os jornalistas levarem o seu equipamento, o que foi recusado. A Al Jazeera confirmou na rede social Twitter que os seus escritórios estavam no edifício e transmitiu imagens ao vivo do desmoronamento da torre, envolta numa nuvem de poeira. O exército israelita alegou que equipamento militar do Hamas se encontrava no edifício, onde os profissionais dos meios de comunicação estavam a ser utilizados como “escudos humanos”. Disse ainda que avisou previamente “os civis” no seu interior. Rotas de fuga A passagem de Rafah, aberta excepcionalmente pelo Egipto para a entrada das ambulâncias na Faixa de Gaza, não é controlada por Israel, que impôs um bloqueio ao enclave palestiniano há cerca de 15 anos. Por norma, esta passagem fronteiriça está encerrada aos feriados, incluindo a Eid al-Fitr, a celebração muçulmana que marca o fim do jejum do Ramadão e que começou na quarta-feira. Uma criança foi o único sobrevivente depois de um bombardeamento das forças israelitas ter pulverizado no sábado de manhã uma casa no campo de refugiados de al-Shati. Entre os escombros foram encontrados 10 corpos, oito deles de crianças, de acordo com a agência de notícias palestiniana WAFA. Ontem de manhã, um ataque aéreo das forças israelitas atacou vários prédios em zonas residenciais e estradas numa parte da cidade de Gaza. Fotos de residentes e jornalistas mostraram os danos provocados pelas bombas, incluindo uma cratera que bloqueou um dos principais acessos a Shifa, o maior hospital da faixa de Gaza. Num comunicado, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse estar “desolado” com o número de baixas civis. “O secretário-geral recorda todas as partes que atacar indiscriminadamente alvos civis e meios de comunicação social são violações das leis internacionais e devem ser evitados a todo o custo”, afirmou em comunicado. O chefe da diplomacia europeia convocou para amanhã uma reunião de emergência dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) por videoconferência para discutir a escalada da violência entre Israel e palestinianos. “Tendo em conta a escalada em curso entre Israel e a Palestina e o número inaceitável de vítimas civis, convoco uma videoconferência extraordinária dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE para terça-feira”, escreveu Josep Borrell na sua conta na rede social Twitter. Segundo o alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, os ministros irão “coordenar e discutir a maneira como a UE pode contribuir para pôr fim à violência actual”.
Hoje Macau Manchete SociedadeRegistado 50º caso de covid-19 em Macau Foi hoje detectado o 50º caso de covid-19 em Macau. Segundo informações divulgadas pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, trata-se de um indivíduo proveniente do Nepal que estava a realizar a quarentena, tendo acusado “francamente positivo” ao teste de ácido nucleico de rastreio à covid-19. Trata-se, portanto, de “um caso de recaída assintomático importado”. O homem tem 31 anos de idade e viajou de Kathmandu, Nepal, no dia 24 de Abril. Antes de entrar no território, o teste de ácido nucleico deu negativo. No dia seguinte, a 25 de Abril, o indivíduo foi submetido a novo teste de ácido nucleico, que deu negativo, e a um teste de anti-corpos IgM, que deu positivo. O indivíduo foi reencaminhado para o Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane, uma vez que as autoridades consideraram que “tinha sido infectado com a covid-19 e havia o risco de recaída”. Os testes de ácido nucleico efectuados a 28 de Abril, 2 e 9 de Maio deram todos negativos. Risco de surto O Centro de Coordenação alerta para o “risco elevado de surgir um surto de uma variante altamente contagiosa”. Neste sentido, todos os residentes serão submetidos a testes anti-corpos. “Com isto evita-se que estes indivíduos, após saída de observação médica em isolamento, possam pôr em perigo as suas famílias e a comunidade.” Tendo em conta o aumento de casos em Taiwan, o Centro de Coordenação decidiu aumentar a quarentena obrigatória de 14 para 21 dias para quem viaje para Macau a partir da Ilha Formosa. Além disso, aqueles que estão sob observação médica devido ao histórico de viagens e residência na região de Taiwan devem ser submetidos a autogestão da saúde por 7 dias após o término da observação médica de 14 dias, durante o qual a cor do código de saúde da pessoa passará a ser amarelo”. Esta medida não se aplica, contudo, aos que já completaram a observação médica tendo em conta o histórico de viagens e residência em Taiwan. O Centro deixa ainda notar que “se as condições permitirem as medidas originais [quarentena de 14 dias] serão reiniciadas o mais rápido possível”. Foi ainda decretada a quarentena obrigatória de 14 dias para todos os que viajam para Macau a partir da Vila de Shangpai, Condado de Feixi, da Cidade de Hefei da província de An Hui, ou da Vila de Chentun e Vila de Xiongyue, da Cidade de Yingkou da província de Liaoning, na China. A partir das 21h deste domingo, dia 16, será ainda obrigatória a quarentena para quem tenha estado, nos últimos 14 dias, na comunidade de Yiyuan, do distrito de Heping, da cidade de Shenyang, da província de Liaoning, também na China.
Hoje Macau Manchete SociedadeCovid-19 | Quarentena de 21 dias para quem chega de Taiwan Todas as pessoas que nos 21 dias anteriores à sua chegada a Macau tenham estado em Taiwan terão de cumprir no território uma quarentena de 21 dias. A decisão foi anunciada no sábado pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, tendo entrado em vigor à meia noite deste domingo, dia 16. O Centro informa também que “aqueles que estão sob observação médica devido ao histórico de viagens e residência na região de Taiwan devem ser submetidos a autogestão da saúde por 7 dias após o término da observação médica de 14 dias, durante o qual a cor do código de saúde da pessoa passará a ser amarelo”. Esta medida não se aplica, contudo, aos que já completaram a observação médica tendo em conta o histórico de viagens e residência em Taiwan. O Centro deixa ainda notar que “se as condições permitirem as medidas originais [quarentena de 14 dias] serão reiniciadas o mais rápido possível”. Este sábado as autoridades de Taiwan aumentaram o nível de alerta para a capital, Taipei, e Nova Taipei devido ao surgimento de 180 novos casos de transmissão local. Segundo o jornal Taipei Times, as novas medidas preventivas estarão em vigor até ao dia 28 deste mês. O Centro de Coordenação decidiu também decretar a quarentena obrigatória de 14 dias para todos os que viajam para Macau a partir da Vila de Shangpai, Condado de Feixi, da Cidade de Hefei da província de An Hui, ou da Vila de Chentun e Vila de Xiongyue, da Cidade de Yingkou da província de Liaoning, na China.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Índia com mais de quatro mil mortos nas últimas 24 horas A Índia registou 4.077 mortes devido à covid-19 e 311.170 infeções nas últimas 24 horas, segundo o Ministério da Saúde indiano. Desde o início da pandemia o país já registou 270.284 mortes e mais de 25 milhões de casos. A Índia é o segundo país do mundo que registou mais infeções, apenas atrás dos Estados Unidos. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.359.726 mortos no mundo, resultantes de mais de 161,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Hoje Macau Manchete SociedadeBNU com lucro de 109,4 milhões de patacas no primeiro trimestre O Banco Nacional Ultramarino (BNU) em Macau registou lucros de 109,4 milhões de patacas no primeiro trimestre, menos 20,8% em termos anuais, assinalou hoje a instituição. “Por comparação com Março de 2020, os resultados foram inevitavelmente afectados pela redução das taxas de juro por comparação com os níveis que vigoraram durante grande parte do primeiro trimestre de 2020”, pode ler-se na mesma nota. O BNU salientou que, “não obstante o dinamismo evidenciado pelo crescimento do crédito a clientes (+7,8% por comparação com março de 2020)” a “descida generalizada das taxas de juro afetou negativamente a margem financeira”, que diminuiu 19,4%. A instituição bancária sublinhou ainda que continua “a apresentar uma grande solidez com um rácio de solvabilidade de 20,5%”. Em 2020, o BNU anunciou lucros de 420,3 milhões de patacas, uma perda de 41,7% quando comprado com os resultados de 2019, antes da pandemia do novo coronavírus, que afetou a economia global e a capital mundial do jogo. O BNU, do Grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD) é, juntamente com o Banco da China, banco emissor de moeda em Macau. Além de Macau, o BNU está também presente na China continental, em Xangai e em Hengquin (ilha da Montanha), Zhuhai.
Hoje Macau EventosMorreu a actriz Maria João Abreu aos 57 anos Morreu a actriz Maria João Abreu. A notícia foi avançada ontem pela SIC, onde trabalhava. A actriz de 57 anos encontrava-se internada no Hospital Garcia de Orta (HGO), em Almada, depois de ter sofrido um AVC hemorrágico. A actriz, de acordo com a SIC, sentiu-se mal e desmaiou durante as gravações da novela que está a ser produzida para o canal. A actriz integra o elenco da telenovela “A Serra”, emitida pela SIC desde Fevereiro. Maria João Abreu iniciou a carreira profissional no teatro, uma paixão que nunca abandonou, mas foi a televisão que lhe granjeou a popularidade, graças a produções como “Médico de Família”. A televisão foi o meio em que mais trabalhou e que lhe deu maior visibilidade, tendo participado em mais de 60 programas, entre telefilmes, séries e telenovelas. A sua carreira como actriz remonta, no entanto, a 1983, quando, com 19 anos, se estreou profissionalmente no Teatro Maria Matos, no musical “Annie”, de Thomas Meehan, dirigido por Armando Cortez. A este sucederam-se vários outros espectáculos de revista no Parque Mayer, até participar, na Casa da Comédia, em “O Último dos Marialvas”, de Neil Simon, peça estreada em 1991, que lhe daria visibilidade e reconhecimento como actriz de comédia. Depois de várias actuações em espetáculos de revista, sobretudo no Teatro Maria Vitória e no antigo Variedades, Maria João Abreu passou pelo Teatro Aberto, onde trabalhou com João Lourenço em “As Presidentes”, de Werner Schawb, e com José Carretas, em “Coelho Coelho”, de Celine Serreau. Com Manuel Cintra e José Carretas, fez também “Bolero”, apresentado no Centro Cultural de Belém (CCB). Mais recentemente, participou em filmes como “Call Girl”, de António-Pedro Vasconcelos, “Florbela” de Vicente Alves do Ó, “A Mãe é que Sabe”, de Nuno Rocha, e “Submissão”, de Leonardo António. Ao longo dos seus mais de 35 anos de carreira, e apesar das muitas requisições para televisão, Maria João Abreu nunca deixou o teatro nem a revista, uma das suas paixões, tendo coprotagonizado, em 2004, “A Rainha do Ferro Velho”, de Garson Kanin, encenada por Filipe La Féria, no Teatro Politeama. Perto do fim A sua última participação no teatro aconteceu em 2019, quando protagonizou “Sonho de uma noite de verão”, no Tivoli, contracenando com José Raposo, de quem estava já divorciada, e com Miguel Raposo, um dos filhos do casal. Era também com o ex-marido que contracenava na telenovela “A Serra” e na série “Patrões fora”, ambas actualmente em gravações e em exibição. No dia 30 de abril – cinco meses depois da morte do pai e apenas 16 dias após ter feito 57 anos -, a actriz sentiu-se indisposta durante as gravações da telenovela “A Serra” e desmaiou, tendo sido internada de urgência no Hospital Garcia de Orta, em Almada, com diagnóstico de rotura de aneurisma cerebral.
Hoje Macau China / ÁsiaJerusalém | Pequim expressa preocupação com escalada da violência A China expressou ontem “profunda preocupação” com a escalada militar entre Israel e grupos islâmicos armados na Faixa de Gaza, e pediu à ONU que reafirme o apoio a uma solução de dois Estados. “A China expressa a sua profunda preocupação com a situação em curso entre Israel e os palestinianos”, disse a porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying, pedindo à ONU que “tome medidas” para acabar com os confrontos. A China, que neste mês detém a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU, disse ontem que estava pronta uma declaração conjunta a pedir o fim dos confrontos. No entanto, alguns países estão “a bloquear” o texto, criticou a porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying, à imprensa, sem especificar as nações. Em duas reuniões do Conselho de Segurança nesta semana, os Estados Unidos opuseram-se à adopção de uma declaração conjunta, considerando-a “contraproducente” nesta fase, disseram diplomatas. Outra reunião de emergência do Conselho de Segurança está marcada para sexta-feira. A porta-voz da diplomacia chinesa também pediu à ONU que estabeleça o “firme apoio” à solução de dois Estados para encerrar o conflito israelo-palestiniano. Hostilidades em alta Israel e os palestinianos estão envolvidos numa das maiores escaladas de violência dos últimos anos naquela região. Os confrontos intensificaram-se esta semana com milhares de foguetes a serem lançados contra Israel pelo movimento islâmico Hamas. O exército israelita retaliou com ataques à Faixa de Gaza. O movimento islâmico Hamas deu ontem conta de mais 16 mortos nos ataques israelitas à Faixa de Gaza, que controla, o que faz aumentar para 83 o total de palestinianos mortos desde o início das hostilidades, na segunda-feira. Além de um total de 83 mortos, incluindo 17 crianças, 487 pessoas ficaram feridas, indicou o Hamas, após uma nova noite de ataques aéreos de Israel no enclave e de disparo de ‘rockets’ a partir de Gaza em direcção ao território israelita. Esta foi a terceira noite de hostilidades entre Israel e grupos armados palestinianos em Gaza. As salvas de ‘rockets’ contra território israelita levaram ao desvio de todos os voos em direcção ao aeroporto internacional Ben Gurion de Telavive. A luta entre Israel e o Hamas iniciou-se na segunda-feira após semanas de tensões israelo-palestinianas em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar mais sagrado do islão, junto ao local mais sagrado do judaísmo, nesta zona da cidade ilegalmente ocupada e anexada pelo Estado hebreu, de acordo com a lei internacional. Desde segunda-feira, o exército israelita indicou ter realizado 600 bombardeamentos na Faixa de Gaza, território exíguo sob bloqueio israelita há mais de uma década e onde vivem cerca de dois milhões de palestinianos. As milícias do Hamas e da Jihad Islâmica dispararam cerca de 1.600 ‘rockets’ contra território israelita, que mataram sete pessoas, incluindo uma criança e um soldado, e deixaram feridas centenas.
Hoje Macau SociedadeYoga World | Conselho de Consumidores já recebeu 98 reclamações No espaço de um dia, o Conselho de Consumidores (CC) recebeu mais 56 queixas em relação ao Yoga World, um centro que fechou depois de ter cobrado a assinatura anual dos alunos. O caso foi relatado pela imprensa no início da semana e terá causado cerca de 500 lesados, num valor que se pode aproximar de 5 milhões de patacas. Segundo uma nota de imprensa, ontem o CC já totalizava 98 reclamações, em contraste com os números de quarta-feira em que apenas tinha registado 42 queixas de afectados. A entidade de fiscalização e protecção dos direitos do consumidor apela assim que os lesados entrem em contacto para poderem receber “ajuda”. “O CC apela aos consumidores envolvidos para entrar em contacto com o CC o mais rápido possível, podendo reclamar e apresentar as informações necessárias através da plataforma ‘Consumidor Online’. O CC irá prestar-lhes ajuda com todo o esforço”, poder ler-se no comunicado de ontem. “Recebidas as reclamações, o CC considerou que a acção do centro de yoga prejudica os direitos e interesses do consumidor e portanto tomou imediatamente medidas para apoiar os consumidores afectados”, foi acrescentado. O CC divulgou também que o encerramento foi precedido por parte da gestão do espaço de um aviso de que o centro ia encerrar de forma permanente. Porém, nunca ninguém da administração tomou a iniciativa de proceder à devolução do dinheiro da assinatura anual, que já tinha sido adiantado pelos praticantes de yoga. “Segundo as informações apresentadas pelos reclamantes, estes receberam um aviso a informar que o centro de yoga em questão irá encerrar permanentemente, mas sem indicação de qualquer informação sobre a devolução do valor das inscrições já pago, pelo que vieram pedir ajuda junto do CC”, foi indicado.
Hoje Macau China / ÁsiaMiss Birmânia junta-se à guerrilha para lutar contra ditadura militar Uma ‘miss’ e modelo birmanesa publicou uma fotografia no Facebook com uma espingarda de assalto, na selva, afirmando que está a fazer a “revolução”, quando muitos jovens se unem a grupos armados para fazerem frente à Junta Militar. A fotografia da modelo Htar Htet Htet, de 30 anos, vencedora do concurso Miss Birmânia 2013, foi publicada hoje, o dia que assinala os 100 dias após o golpe de Estado militar de 01 de fevereiro. “Hoje faz 100 dias que perdemos tudo. Porque vim para território ‘revolucionário’? Já cá estou há um mês e 11 dias”, escreveu Htar Htet Htet na mensagem que publicou na rede social Facebook. “Eu não faço política, mas derrotando a ditadura eu faço a ‘revolução'”, acrescenta a birmanesa. No passado dia 01 de maio, Htar Htet Htet publicou na rede social uma fotografia do filme “Libertarias” (1996), do realizador espanhol Vicente Aranda, em que as atrizes Ana Belén, Victoria Abril e Adriadna Gil interpretam milicianas anarquistas durante a Guerra Civil de Espanha (1936-1939). Calcula-se que centenas de jovens estão atualmente a receber treino militar junto de grupos de guerrilha das várias minorias étnicas dos Estados de Karen (leste) e Kachin (norte), cansados dos efeitos quase nulos dos protestos pacíficos contra a Junta Militar do Myanmar (antiga Birmânia). Os jovens mostram-se dispostos a organizar a luta armada contra a ditadura militar integrados em grupos na selva, mas muitos dizem estar dispostos a regressar às cidades para formarem organizações de guerrilha urbana. Outras figuras públicas da Birmânia já se uniram aos movimentos de desobediência civil como o ator e modelo Paing Takhon, que permanece detido desde o mês de abril, acusado de incitar à violência por mostrar publicamente apoio aos protestos contra o golpe de Estado. Hoje, segundo a imprensa local, controlada pelo Exército, as forças de segurança prenderam 39 pessoas supostamente envolvidas em ataques ou dispostas a integrar grupos rebeldes para receberem treino militar. Estas detenções começaram no dia 17 de abril em Rangum durante uma rusga à casa de um opositor ao golpe de Estado onde as autoridades no poder dizem ter encontrado munições, detonadores e mechas para explosivos, escreve o jornal The Global New Light of Myanmar que agora é controlado pelos militares. De acordo com a notícia, a polícia relaciona as detenções com a série de ataques com explosivos ocorridos na antiga capital do país contra edifícios governamentais, apesar de os atentados não terem sido reivindicados. Outras operações levaram à prisão um total de 39 pessoas supostamente relacionadas com ataques e “ações suspeitas” como a vontade de se unirem às guerrilhas étnicas que operam sobretudo no leste da Birmânia. Pelo menos 783 pessoas morreram desde o golpe de Estado devido à brutal repressão da polícia e dos militares durante as manifestações, em todo o país. Segundo a Associação de Auxílio aos Presos Políticos, além do balanço de mortos, divulgou o número de presos políticos que ascende a cinco mil detidos de forma arbitrária. O Exército da Birmânia justificou o golpe de Estado com a alegada fraude eleitoral de novembro de 2020. Nas legislativas o Liga Nacional para a Democracia, da Nobel da Paz Aung Sang Suu Kyi, venceu as eleições, como em 2015, em resultados validados pelos observadores internacionais.
Hoje Macau China / ÁsiaChina merece um lugar na cobertura mediática internacional, diz MNE A China, a segunda maior economia do mundo, o maior país em desenvolvimento com 1,4 mil milhões de habitantes, quase um quinto do total mundial, com uma civilização ininterrupta de 5.000 anos, é merecedora de um lugar na cobertura mediática internacional – disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China. Hua Chunying proferiu estas afirmações na terça-feira, em conferência de imprensa, quando solicitada a comentar uma recente reportagem da media americana que refere que a China está a criar uma alternativa à media noticiosa global, dominada por veículos como a BBC e CNN, e inserindo dinheiro, poder e a perspectiva chinesa em quase todos os países do mundo. “O mundo é um lugar diverso. No sector da media, em vez de haver apenas a CNN e BBC, os países deveriam ter suas próprias vozes”, disse Hua. Devido à diferença nos sistemas, os meios de comunicação em diferentes países operam de maneiras diferentes. Ao avaliar se uma organização de media é profissional, o mais importante a referir é se ela segue a ética do jornalismo, a objectividade e justiça nas suas reportagens, acrescentou. “Eu observei que o Comité de Relações Exteriores do Senado dos EUA aprovou a Lei de Competição Estratégica de 2021, que autoriza a alocação de 300 milhões de dólares para cada ano fiscal para ‘conter a influência maligna do Partido Comunista Chinês globalmente'”, disse Hua, enfatizando que a imprensa chinesa faz a cobertura de forma objectiva e nunca inventa ou dissemina desinformação visando outros países. Hua disse que a Agência de Notícias Xinhua é uma agência de renome mundial com quase 90 anos de história. Seguindo as regras habituais de operação, fornece serviço de notícias confiável e profissional a usuários globais. A cooperação com outras agências de notícias não é diferente da AP, Reuters, AFP, Kyodo, entre outras. “Ninguém pode privar a media chinesa como a Xinhua do seu direito de intercâmbio e cooperação só porque é da China, um país socialista. Acusar a Xinhua de se envolver em intercâmbios e cooperação com outras agências apenas com base nisso consiste num viés ideológico e discriminação política “, disse. Direitos protegidos Hua observou que é uma completa distorção dos factos acusar a China de suprimir a media estrangeira e negar vistos a jornalistas norte-americanos. A porta-voz disse que, “após o surto de Covid-19, fizemos o que pudemos para superar as dificuldades e ajudar os correspondentes americanos na China e as suas famílias retidas no exterior a regressar à China. Mesmo que os EUA se recusem a conceder a prorrogação de visto a jornalistas chineses, nós oferecemos apoio e assistência aos jornalistas americanos que trabalham na China, como a todos os jornalistas estrangeiros. As suas reportagens aqui não foram afectadas”. Ao abusar da hegemonia do discurso, os EUA lançaram um ataque de desinformação à China sob o pretexto da liberdade de imprensa. Nesse sentido, os EUA estão a ideologia substituir os princípios de objectividade e autenticidade, justificando a manipulação política com a repressão da imprensa chinesa através da difamação, disse Hua. “Face a mentiras e rumores difamatórios, é natural que façamos com que nossa própria voz seja ouvida”, disse Hua, acrescentando que a China explicou a verdade e os factos sobre muitas questões importantes, incluindo a Covid-19, para assegurar uma narrativa objectiva e directa na memória da humanidade. “A isso chamamos de atitude responsável de um país responsável”, disse Hua.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Timor-Leste com mais 133 casos e aumento na incidência As autoridades timorenses anunciaram hoje novos 133 novos casos de infeção com a covid-19, com quase o mesmo número de casos recuperados nas últimas horas, com a maioria das infeções a serem detetadas em Díli. Rui Araújo, coordenador da ‘task-force’ para a prevenção e mitigação da covid-19 do Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC) explicou em conferência de imprensa online que, além de 117 casos em Díli, registaram-se 10 casos em Ermera, quatro em Baucau e um cada em Covalima e Manufahi. Atualmente Timor-Leste tem 1.727 casos ativos e 3.626 casos acumulados desde o início da pandemia. Hoje, os casos positivos em Díli corresponderam a mais de 12% dos 966 testes realizados na capital. Doze dos casos positivos registados hoje tinham sintomas da covid-19. Os dados fizeram aumentar a taxa de incidência para 9,1/100 mil habitantes em Timor-Leste e 31,1 por 100 mil habitantes em Díli. Rui Araújo disse que a estimativa de casos positivos na região de Díli é “atualmente de 35 mil pessoas” com uma taxa de prevalência entre os 9,9 e os 12% e uma taxa de incidência que foi em média de 27,8 por 100 mil habitantes nos primeiros nove dias do mês de maio. Isso implica, disse, hipoteticamente, que se as autoridades conseguissem realizar 10 mil testes por dia poderia haver novas 1.300 a 1.500 infeções diárias registadas. Segundo explicou, tem havido um aumento constante no número de casos sintomáticos como percentagem de todos os casos positivos detetados – que passou de 7 para 12% entre abril e maio – e no número de hospitalizados, que quase triplicou. No que se refere à hospitalização, Araújo disse que o número total tem aumentado, com um aumento significativo de mulheres grávidas infetadas. “Em termos gerais, os casos que demonstram sintomas respiratórios têm vindo a aumentar com alguma gravidade, mas nestas duas últimas semanas, não muitos em situação crítica”, disse. “Hoje por exemplo temos um caso a utilizador ventilador em Vera Cruz, um exemplo da continua gravidade de casos que podem surgir”, referiu. O responsável timorense explicou que desde 01 de abril até agora, um total de 209 pessoas foi autorizada a fazer o confinamento terapêutico em casa, dos quais 70 casos já tiveram alta. Rui Araújo disse que o CIGC está a trabalhar para poder começar a utilizar um novo mecanismo online para registo de pessoas que pretendem sair da cerca sanitária de Díli, e que atualmente estão a fazer os pedidos presencialmente, com grandes aglomerações diárias. “Isso é um risco para a saúde pública e tem-se insistido na dispersão de aglomerações dessas. A população reage de forma negativa ao esforço de dispersão. Estamos a trabalhar nesse mecanismo online e a fazer preparativos para o começar a utilizar”, disse. Timor-Leste está a viver atualmente o pior momento desde o início da pandemia. Hoje, o Governo timorense deliberou manter o confinamento obrigatório em Díli durante mais 14 dias, até ao final de maio, renovando a cerca sanitária na capital e nos municípios de Baucau e Covalima, as regiões com mais casos ativos da covid-19. As cercas sanitárias em Baucau, Covalima e Díli mantém-se por mais 14 dias, não tendo sido renovadas, por outro lado, as que vigoram até 16 de maio em Ainaro, Ermera, Lautém, Liquiça, Manufahi e Viqueque.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Malásia decreta restrições para travar nova vaga da pandemia As autoridades malaias decretaram hoje restrições à circulação no país e limitaram as atividades sociais, medidas que deverão estar em vigor até 7 de Junho, para tentar travar uma nova vaga da pandemia da covid-19. As medidas, anunciadas em comunicado pelo primeiro-ministro malaio, Muhyiddin Yassin, incluem o fecho das salas de restaurantes ao público e a proibição de grandes eventos sociais, passando as viagens entre distritos e estados a ser limitadas apenas a quem se desloque por motivos de trabalho ou de saúde. As restrições foram aprovadas na véspera da celebração do Aid al-Fitr, quando os muçulmanos regressam a casa, no final do Ramadão. O chefe do Governo malaio justificou as medidas com a pressão no sistema de saúde, devido ao aumento de casos da covid-19 e à presença no país da variante no novo coronavírus detetada na Índia. Esta é a terceira vez que a Malásia impõe restrições devido à covid-19, embora menos severas do que as aprovadas no ano passado e nos meses de janeiro e fevereiro. O país, um dos mais afetados pela pandemia no Sudeste Asiático, registou mais de 444 mil infeções e 1.700 mortes desde o início da pandemia. A crise sanitária afetou particularmente os migrantes, incluindo trabalhadores nas fábricas do maior fabricante mundial de luvas de látex, a empresa Top Globe, que em novembro último foi obrigada a encerrar 28 fábricas na Malásia, devido a um surto de covid-19. Com 32 milhões de habitantes, o país vacinou apenas um milhão de pessoas, o que representa cerca de 3% da população.
Hoje Macau DesportoSporting campeão: Hora tardia ‘rouba’ força à festa em Macau, sem tirar drama e lágrimas A hora tardia do jogo ‘roubou’ força às celebrações em Macau do título nacional de futebol do Sporting, mas a diferença de sete horas não despojou os adeptos do drama nem das lágrimas contidas durante 19 anos. A mais de 10.000 quilómetros de Portugal, os sportinguistas vibraram com a vitória sobre o Boavista (1-0) já na madrugada de quarta-feira, mas a distância só ‘emprestou’ intensidade aos festejos num bar na ilha da Taipa que adiou especialmente a hora de fecho para projetar o jogo que ‘carimbou’ o 19.º título, à 32.ª jornada. Num grupo composto por muitos jogadores do Sporting de Macau, seniores e veteranos, já próximo do final do jogo, alguém do grupo procurou sossegar o nervosismo e tensão geral, face às perdidas do Sporting e à vantagem ‘maga’ do marcador: “Somos do Sporting, qual é a novidade? Temos de sofrer”. “É claro que não era preciso sofrer tanto, mas sendo sportinguista, e, sabendo como tem sido a história do Sporting, (…) é claro que tínhamos de sofrer [neste jogo]”, desabafou no final do encontro Pedro Paulo Santos, ainda a recuperar das emoções. Entre abraços, Carlos Oliveira, reforçou o sentimento: “Foi um grande alívio emocional, (…) mas correu bem”. Afinal, salientou, “isso é o sportinguista, se formos ver os campeonatos para trás da história recente (…) é sempre sofrimento até à última”, para reconsiderar logo de seguida: “Bom, foi a três jornadas do fim”, portanto, “correu bem”. Pedro Paulo Santos até preferia que o título fosse garantido na jornada seguinte, pelo simbolismo e pela rivalidade, mas não conseguiu disfarçar satisfação imediata. “Até esperava que fosse no jogo com o Benfica, tinha tido um sentimento especial, obviamente, apesar de ser muito triste ver os estádios vazios, era bom festejar o título na Luz, mas estou contente do Sporting ter conseguido já a três jornadas do fim, que se mantém invicto há 32 jornadas”, assinalou. Os festejos, tinham arrebatado o fôlego e a fluência a Ismael Gulamo, mas não a memória. O sportinguista sublinhou que a conquista do campeonato foi um feito de todos, lembrou a frase motivacional ‘leonina’ de “Onde vai um vão todos” e recordou o último campeonato que o Sporting venceu, o de “Jardel, do João Pinto, lembro-me de tudo”, reiterou. Embalados pelo entusiasmo, já pela manhã que se levantava na capital mundial do jogo, e à falta de melhor cenário, mais de uma dezena de adeptos fez questão de se deslocar para o casino da MGM para tirar uma fotografia junto do leão, um símbolo que é partilhado pela operadora de casinos e, claro, pelo Sporting.
Hoje Macau Manchete SociedadeMacau perdeu população e milhares de TNR No final do primeiro trimestre deste ano, Macau tinha uma população total de 682.500 pessoas, menos 600 em comparação com o trimestre anterior, e menos 13.600 em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), no final de Março viviam em Macau 363.400 pessoas do sexo feminino, representando 53,2 por cento da população. A DSEC afirmou durante o primeiro trimestre do ano registaram-se 1.173 nascimentos, menos 172, em termos trimestrais. Do total de bebés nascidos, 650 foram meninos. No capítulo dos óbitos, registaram-se 586 óbitos nos primeiros três meses do ano, mais 20, em termos mensais. As três principais causas antecedentes de morte foram tumores (222 óbitos), doenças do aparelho circulatório (163 óbitos) e doenças do aparelho respiratório (99 óbitos). Atravessar fronteiras No trimestre em causa o número de indivíduos do Interior da China recém-chegados a Macau titulares de “Salvo-Conduto Singular” fixou-se em 675 pessoas, com os indivíduos autorizados a residir em Macau a totalizarem 124. Estes índices demográficos registaram quebras de 245 e 19 pessoas, respectivamente em termos trimestrais. Um dos factores demográficos mais afectados pela pandemia, e decorrente crise económica, foi o número de trabalhadores não residentes (TNR). No final de Março, viviam em Macau 173.113 TNR, menos 4.548 em relação ao trimestre anterior. Em termos anuais, nos primeiros três meses de 2021 o número de TNR registava uma quebra de 16.405 em relação ao primeiro trimestre do ano passado, uma diminuição de quase 10 por cento. Outro dos aspectos analisados pela DSEC é o número de casamentos. Nos primeiros três meses do ano registaram-se 973 casamentos, mais 84 em termos trimestrais.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Crescimento populacional quase nulo nos últimos 10 anos A queda da taxa de natalidade e a consequente diminuição da população activa surgem como novos obstáculos a ultrapassar para dar seguimento ao crescimento económico e à estabilidade social do país A população da China praticamente parou de crescer, à medida que menos casais têm filhos, segundo dados do Governo chinês difundidos ontem, indicando uma inversão da pirâmide demográfica que pode ter implicações para o país. A população aumentou em 72 milhões de pessoas, nos últimos 10 anos, para 1.411 milhões, em 2020, segundo o Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) da China. O crescimento médio anual fixou-se em 0,53 por cento, em termos homólogos, uma queda de 0,04 por cento, em relação à década anterior. A China praticou um rígido controlo de natalidade, entre 1980 e 2016, em nome da preservação de recursos escassos para a sua economia em expansão. A queda na taxa de natalidade é vista agora, no entanto, como grande ameaça ao progresso económico e à estabilidade social no país. A política de filho único foi abolida em 2016, mas os casais permanecem reticentes em ter mais filhos, face aos elevados custos de vida e discriminação das empresas contra as mães. “A mão de obra ainda é abundante”, disse o director das estatísticas chinesas, Ning Jizhe, em conferência de imprensa. A percentagem de crianças na população aumentou ligeiramente, em comparação com 2010, mas a percentagem de população acima dos 60 anos aumentou mais rápido. O grupo de pessoas em idade activa, entre os 15 e os 59 anos, encolheu para 894 milhões, uma queda de cerca de 5 por cento em relação ao pico de 2011. As mudanças nos limites de natalidade e outras políticas “promoveram uma recuperação da natalidade”, disse Ning. No entanto, a mesma fonte disse que nasceram 12 milhões de bebés, no ano passado, uma queda de 18 por cento, em relação a 2019, quando nasceram 14,6 milhões. A China, juntamente com a Tailândia e alguns outros países asiáticos em desenvolvimento, enfrenta o risco de envelhecer antes de enriquecer. Alguns especialistas consideram que o país asiático enfrenta uma “bomba-relógio demográfica”. Preocupações activas Reflectindo a sensibilidade da questão, o gabinete de estatísticas da China tomou a decisão invulgar, no mês passado, de reagir a uma notícia do jornal The Financial Times, que avançou que o último censo tinha revelado um declínio demográfico. “Estamos mais preocupados com o rápido declínio da população em idade activa”, disse Lu Jiehua, professor de estudos populacionais da Universidade de Pequim. A população em idade activa cairá de três quartos do total, em 2011 para pouco mais da metade, em 2050, de acordo com Lu. “Se a população envelhecer, vai ser impossível resolver o problema através da imigração”, disse Lu. Os casais que desejam um filho enfrentam grandes desafios. Muitos dividem apartamentos com os pais em cidades densamente povoadas no litoral do país. Os cuidados infantis são caros e a licença de maternidade curta. A maioria das mães solteiras está excluída do seguro médico e dos pagamentos da previdência social. Algumas mulheres temem que o parto possa prejudicar as suas carreiras. Não estamos sós Japão, Alemanha e alguns outros países ricos enfrentam o mesmo desafio de sustentar populações envelhecidas com menos trabalhadores, mas podem recorrer ao investimento em fábricas, tecnologia e activos estrangeiros. Em contraste, a China continua a ser um país de rendimento média, com agricultura e manufactura intensivas em mão-de-obra. O declínio da população em idade activa “vai pôr um limite no crescimento económico potencial da China”, disse Yue Su, da Economist Intelligence Unit, num relatório. Trata-se de um “incentivo poderoso para introduzir reformas que aumentem a produtividade”. O Fundo Monetário Internacional prevê um crescimento económico de 8,4 por cento para este ano, após uma recuperação da pandemia do novo coronavírus. O Partido Comunista Chinês estipulou como meta dobrar o PIB (Produto Interno Bruto), por pessoa, até 2035, face aos níveis de 2020, o que exigiria um crescimento económico anual de cerca de 4,7 por cento. A política de filho único, imposta através de ameaças de multas ou perda de emprego, levou a abusos, incluindo abortos forçados. A preferência por filhos homens levou os casais a abortar meninas, gerando um desequilíbrio entre o número de homens e mulheres, o que poderá alimentar a tensão social. Os dados agora revelados mostram que a China tem 105,7 homens e meninos para cada 100 mulheres e meninas, ou cerca de 33 milhões a mais de pessoas do sexo masculino. Índia a crescer Alguns investigadores dizem que a população da China já está em queda. Yi Fuxian, cientista em obstetrícia e ginecologia da University of Wisconsin-Madison, diz que a população começou a cair em 2018. No seu livro “Big Country With An Empty Nest”, argumentou contra a política de “um só filho”. “As políticas económica, social, educacional, tecnológica, de Defesa e externa da China são construídas com base em números errados”, disse Yi. Reguladores chineses falam em aumentar a idade oficial de reforma para os 55 anos, para aumentar o número de trabalhadores. Os dados mais recentes colocam a China mais perto de ser ultrapassada pela Índia como o país mais populoso do mundo, o que deve acontecer até 2025. A população da Índia no ano passado foi estimada pelo Departamento de Assuntos Económicos e Sociais da ONU em 1.380 milhões. A agência afirma que a Índia deve crescer 0,9 por cento ao ano até 2025.
Hoje Macau PolíticaTurismo | Isenção de imposto alargado a mais estabelecimentos O Governo alargou as medidas de redução e isenção de impostos para estabelecimentos que prestam serviços turísticos, prevendo-se que haja mais de 370 beneficiários. Desta feita, desde ontem que a isenção do imposto de turismo foi alargada aos estabelecimentos hoteleiros, salas de dança, bares, saunas, estabelecimentos do tipo “health clubs”, massagens e “karaokes”. Segundo uma nota divulgada na segunda-feira pela Direcção dos Serviços de Turismo (DST), o plano, que visa concretizar as acções governativas integradas no “Plano de garantia do emprego, estabilização da economia e asseguramento da qualidade de vida da população 2021”, mais concretamente “revitalizar a economia e injectar dinamismo na recuperação da indústria do turismo de Macau”, irá custar aos cofres do Governo cerca de 379 milhões de patacas. Com a aplicação da medida, os estabelecimentos beneficiários ficam isentos de pagar até ao final do ano, a taxa de 5,0 por cento relativa ao imposto de turismo. Em comunicado, a DST deixa, no entanto, um aviso aos estabelecimentos abrangidos pelo apoio, que tentarem cobrar indevidamente o imposto de turismo aos consumidores. “Se descobertos, além de estarem sujeitos ao pagamento do respectivo imposto, podem ver ser aplicadas a respectiva multa nos termos da lei”, pode ler-se no mesmo comunicado.
Hoje Macau PolíticaDICJ | Governo promete ouvir população sobre lei do jogo O Executivo diz que vai ouvir a população antes de definir as exigências que vão integrar o caderno de encargos para as empresas que concorrem ao processo de atribuição das licenças de jogo. A revelação foi feita por Adriano Ho, director da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) na resposta a uma interpelação escrita de Ho Ion Sang. No documento, Adriano Ho aponta que o Executivo está comprometido com o desafio de desenvolver o sector de forma sustentada e saudável, de forma que haja um contributo para o desenvolvimento de um Centro Mundial de Turismo em Macau. Contudo, as exigências vão mais longe, e o Executivo entende que o sector do jogo vai ser essencial para a diversificação da economia. Em relação às responsabilidades sociais das concessionárias, Adriano sublinha que o Governo está empenhado em encorajar as operadoras a recorrerem às empresas locais, nomeadamente às Pequenas e Médias Empresas, no que concerne ao fornecimento de produtos e serviços para os hotéis e casinos. Sobre este aspecto, a DICJ admite que pedem informação com regularidade às concessionárias. Sobre a revisão do Regime jurídico da exploração de jogos de fortuna ou azar em casino, o Governo promove uma consulta pública para a segunda metade deste ano.