Hoje Macau PolíticaEleições | Negada ligação entre desqualificação e abstenção Em resposta a interpelação de Sulu Sou, o director dos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP), Kou Peng Kuan reiterou que os desafios colocados pela pandemia e as condições meteorológicas adversas motivaram “em certa medida”, a vontade de voto de alguns cidadãos. Sem estabelecer correlações entre a exclusão de candidatos por não serem fiéis a Macau e não defenderem a Lei Básica e aquela que foi a mais baixa taxa de participação desde a transição (42,38 por cento), os SAFP apontam apenas que as eleições para a Assembleia Legislativa (AL) aconteceram de acordo com a lei. “As eleições (…) decorreram no cumprimento rigoroso das disposições da Lei Básica e da Lei Eleitoral (…), tendo a CAEAL exercido as suas competências de acordo com a lei, incluindo a apreciação da elegibilidade dos candidatos para assegurar a implementação do princípio ‘Macau governado por patriotas’”, pode ler-se na resposta. É acrescentado ainda que, após rever todo o processo, a CAEAL vai apresentar um relatório final sobre as actividades eleitorais ao Chefe do Executivo, para “referência e estudo”. Recorde-se que Sulu Sou questionou se o Governo iria reconhecer que o incidente da desqualificação foi das principais causas da “frieza” eleitoral registada e que garantias podem ser dadas para que a apreciação da CAEAL não seja “abusivamente utilizada” futuramente para excluir vozes críticas da AL.
Hoje Macau PolíticaLinhas de Acção Governativa apresentadas a 16 de Novembro As Linhas de Acção Governativa (LAG) para o ano financeiro de 2022 vão ser apresentadas a 16 de Novembro, na Assembleia Legislativa (AL), pelo Chefe do Executivo. Depois da apresentação do Relatório das [LAG], Ho Iat Seng regressa, no dia seguinte à AL para responder às perguntas dos deputados. Os debates sectoriais LAG para 2022 vão decorrer entre 24 de Novembro e 3 de Dezembro, entre as 15h e as 24h, começando com a área da Administração e Justiça. De acordo com o Gabinete de Comunicação Social, seguem-se os debates sobre as áreas da Economia e Finanças (27 de Novembro), Segurança (30 de Novembro), Assuntos Sociais e Cultura (2 de Dezembro) e Transportes e Obras Públicas (4 de Dezembro).
Hoje Macau Manchete SociedadeMais de 90% da energia de Macau vem de zona que enfrenta crise energética Mais de 90 por cento da energia de Macau vem do Sul da China, num momento em que o país enfrenta uma crise energética que já interrompeu a produção industrial em várias províncias, disse à Lusa fonte da Companhia de Electricidade de Macau – CEM. Apesar desta conjuntura, o preço da electricidade não aumentou, não houve falhas de fornecimentos visíveis, nem avisos por parte das autoridades. Em resposta à Lusa, a CEM frisou que os preços da energia em Macau permanecem inalterados há 20 anos. Segundo a empresa de electricidade, em 2020 foram importados da Rede Eléctrica do Sul da China, representando 90,2 por cento do consumo total de electricidade de Macau, 6,9 por cento do consumo é produzido localmente e os restantes 2,8 por cento são provenientes do centro de incineração de resíduos. Ainda de acordo com a CEM, a rede eléctrica de Zhuhai está interligada com a rede do território, e a mistura de energia eléctrica para Macau é despachada pela Rede Eléctrica do Sul da China. Segundo o acordo de cooperação eléctrica assinado entre os dois locais, Macau recebe para consumo cerca de 40 por cento de energia limpa da Rede Eléctrica do Sul e esta “será ajustada em conformidade de acordo com a optimização do cabaz energético na região da Rede Eléctrica do Sul”. A eléctrica fornece energia a Guangdong, Guangxi, Yunnan, Guizhou e Hainão. Escuridão a norte Segundo relatos nos órgãos de comunicação social chineses, várias cidades da província de Guangdong tiveram o fornecimento de electricidade restringido durante quase uma semana, na semana passada. A produção industrial esteve por isso parada durante várias horas nesses dias. Na cidade de Houjie, a cerca de 85 quilómetros de Macau, que conta com mais de 20.000 fábricas, o departamento de Fornecimento de Electricidade avisou, segundo relatos na imprensa chinesa, que “devido ao actual fornecimento apertado de electricidade na província, a fim de assegurar o fornecimento ordenado de electricidade, de acordo com o princípio de proteger a subsistência das pessoas, os serviços públicos, para proteger os pontos-chave, foi implementado o aviso de pico de fornecimento de electricidade a empresas de elevado consumo de energia”. As restrições energéticas foram registadas em várias empresas e indústrias nas cidades de Foshan, Shantou e Jieyang. A razão, de acordo com fonte próxima da rede eléctrica de Guangdong, citada nos media chineses, é a escassez de energia, provocada pelo aumento do preço e da diminuição da oferta de carvão, que fez com que centrais térmicas deixassem de funcionar em plena capacidade.
Hoje Macau China / ÁsiaJustiça | Condutor que matou cinco peões condenado à morte Um tribunal da China condenou à pena de morte um condutor que guiou propositadamente contra uma multidão, em Maio passado, no nordeste do país, causando cinco mortos e oito feridos. O Tribunal Popular Intermédio da cidade de Dalian disse que o réu foi condenado por “colocar em perigo a segurança pública”. De acordo com a investigação judicial, o condutor, identificado como Liu Dong, guiou contra os transeuntes, por volta das 11h40, do dia 22 de Maio, “porque não conseguiu aceitar o fracasso com um investimento”. O semáforo estava vermelho para carros e os peões encontravam-se na passadeira. O tribunal detalhou que quatro pessoas morreram no local, enquanto outra acabou por morrer mais tarde no mesmo dia. Outras oito pessoas ficaram feridas. Após o incidente, Liu embateu contra uma carrinha, abandonou o seu veículo e deixou o local. Nesse mesmo dia foi a uma esquadra para relatar um acidente de trânsito com outro veículo, mas – segundo informações do tribunal – “não admitiu ter atropelado ninguém”. A fonte indicou que Liu “confessou após interrogatório”. As autoridades chinesas não fornecem dados oficiais sobre o número de condenados à pena de morte, mas, no relatório de 2020 sobre a pena de morte, a organização de Direitos Humanos Amnistia Internacional disse acreditar que “milhares de pessoas são executadas todos os anos na China”.
Hoje Macau China / ÁsiaEvergrande | Incumprimento evitado pela segunda semana consecutiva A construtora chinesa Evergrande pagou os juros respectivos a um empréstimo obrigacionista, pouco antes do final de um período de carência de 30 dias, que ditava a entrada em incumprimento. A empresa chinesa, que atravessa uma grave crise de liquidez, conseguiu pagar os quase 45 milhões de dólares que devia aos investidores. Segundo fontes citadas pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post, a empresa pagou os juros sobre um título no valor de 951 milhões de dólares e com um rendimento de 9,5 por cento. O prazo para fazê-lo era 29 de Setembro, mas as cláusulas de caução davam à empresa um período de carência de 30 dias, antes de entrar oficialmente em incumprimento. Trata-se da segunda vez, no período de duas semanas, que a Evergrande evita entrar em incumprimento. No dia 22 de Outubro, pagou os 83,5 milhões de dólares de juros de um outro empréstimo obrigacionista emitido no mercado de capitais internacional, também apenas um dia antes do fim da prorrogação. Mas o conglomerado ainda tem de pagar cerca 720 milhões de dólares em títulos emitidos no exterior, até ao final deste ano, de acordo com o South China Morning Post. Os números oferecidos pelo grupo indicam que, no final do primeiro semestre, acumulava um passivo superior a 300 mil milhões de dólares, dos quais cerca de 37 mil milhões correspondem a empréstimos a serem pagos antes do final de Junho de 2022. A crise da Evergrande alimentou temores de um possível contágio ao sector imobiliário como um todo – o que significa, com impacto indirecto, quase 30 por cento do Produto Interno Bruto chinês -, que experimentou alguns anos de grande expansão amparado por políticas agressivas de alavancagem contra as quais Pequim tomou medidas, restringindo o acesso ao financiamento bancário às construtoras mais endividadas.
Hoje Macau Manchete SociedadeAmbiente | Macau é recordista de produção de lixo ‘per capita’ Na semana em que começa a COP26, a activista ambiental Annie Lao defende uma “mudança de sistema” em Macau para combater as alterações climáticas. Johnson Leong denuncia que a separação de lixo no território é inexistente e que o plástico acaba incinerado A activista ambiental Annie Lao considerou que Macau continua a ser o recordista de resíduos sólidos urbanos descartados ‘per capita’ na região, apesar de, no ano passado, ter recebido menos cerca de 34 milhões de visitantes. “Precisamos de mudar de sistema para combater as alterações climáticas como um todo na sociedade. Governo, sectores privados, indivíduos, organizações, basicamente todos precisam de participar e fazer do combate às alterações climáticas uma prioridade, tal como nós o fazemos para a prevenção da covid-19”, afirmou à agência Lusa a activista. Macau foi um dos primeiros territórios do mundo a ser atingindo pela pandemia e, com isso, praticamente todos os indicadores ambientais melhoraram, não devido a medidas concretas, mas por causa das circunstâncias. Houve uma “descida de 85 por cento no número de visitantes, o PIB baixou consideravelmente em 55 por cento, a quantidade de resíduos sólidos descartados e as emissões de gases com efeito de estufa desceram 20 e 40 por cento, respectivamente, tendo-se verificado ainda uma descida entre 6 e 8 por cento no volume de água facturada e no consumo de electricidade”, exemplificaram. Já em 2020, Macau registou uma queda acentuada: produziu 1,74 metros cúbicos de resíduos por pessoa, diariamente. Ainda assim, o registo continua superior ao de Singapura, Hong Kong, Pequim e Cantão, de acordo com os dados da Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental de Macau (DSPA). “Continuamos a ser ‘os campeões’ de geração de resíduos em comparação com as regiões próximas”, evidenciou a activista, fundadora da Macau for Waste Reduction, um dos principais rostos contra o plástico de utilização única em Macau. “Deitar o lixo fora é grátis em Macau e as pessoas não pensam nos resíduos que geram porque não existe uma ‘política de pagamento do poluidor’”, explicou Annie Lao. A activista criticou ainda o Governo por não ter investido o suficiente nas instalações verdes em Macau, tais como instalações de reciclagem, painéis solares, ciclovias, recolha de água da chuva para reutilização, edifícios verdes, telhados verdes, etc. Recorde-se que mais de 120 líderes políticos e milhares de especialistas, activistas e decisores públicos estão reunidos até 12 de Novembro em Glasgow, na Escócia, na 26.ªconferência das Nações Unidas (ONU) sobre alterações climáticas (COP26) para actualizar os contributos dos países para a redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2030. Miragem da reciclagem Por seu turno, o presidente da Federação de Protecção Ambiental de Macau denunciou à Lusa que os resíduos domésticos em Macau não são separados e a maioria dos plásticos domésticos que podiam ser reciclados são enviados para incineradoras. “As medidas de reciclagem introduzidas pelo Governo são totalmente ineficazes”, afirmou Johnson Leong, cuja empresa exporta lixo. Devido ao custo e ao apoio insuficiente do Governo, acrescentou, “não há estações de reciclagem que recebam plásticos em Macau. Além das empresas de jogo que reciclam plástico, a maioria dos resíduos domésticos de plástico produzidos em Macau são enviados para incineradoras para serem queimados”, sublinhou. Não há dados concretos relativamente à quantidade de plástico consumido em Macau por dia, mas na vida diária da cidade a utilização de plástico é uma constante: de embrulhos de fruta em supermercados, na compra de alimentos, como bolos e pães, embalados individualmente, até aos famosos ‘take away’. “Dados sobre plásticos importados de utilização única não estão disponíveis no Governo de Macau, e é difícil para o Governo controlar a importação de sacos e caixas de plástico”, disse Johnson Leong. Questionada sobre os dados relativos ao consumo e tratamento dado a caixas plásticas descartáveis, a DSPA não adiantou quaisquer dados e respondeu: “As caixas plásticas podem ser colocadas na ‘Recolha de resíduos recicláveis por três núcleos’ ou pontos de reciclagem para triagem e reciclagem depois de terem sido lavadas e limpas”. Johnson Leong salientou que esta é uma ideia inviável, já que apenas um número “muito pequeno” de pessoas lava e limpa as caixas para colocar no ecoponto. “O que o Governo fez foi superficial e não foram tomadas medidas de seguimento”, refutou Johnson Leong, reforçando, contudo, que “os resíduos domésticos não são separados e são incinerados”. À Lusa, as autoridades ambientais apenas responderam que no centro de incineração os veículos com lixo são pesados e que o seu conteúdo é verificado, acrescentando que “o resto dos resíduos é incinerado de acordo com os procedimentos estabelecidos”.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Surto em 14 províncias criou “elevada proporção de casos graves” O atual surto do novo coronavírus na China, que já se propagou a pelo menos 14 províncias, resultou numa “elevada proporção de casos graves”, disse um porta-voz da Comissão Nacional de Saúde, Mi Feng. De acordo com o balanço divulgado hoje pela Comissão de Saúde, a China continental registou mais 71 infetados, 48 deles por contágio local, elevando para 814 o número de casos ativos, 33 dos quais classificados como “graves”. Embora Mi tenha dito que “a situação epidémica está a desenvolver-se rapidamente”, assegurou também que alguns dos locais mais afetados pelo atual surto, como Ejin na Mongólia Interior, conseguiram controlar “o avanço” do coronavírus. De acordo com estatísticas citadas por Guo Yanhong, um perito da Comissão de Saúde afirmou que, entre os infetados, a população com mais de 60 anos excede os 40%, o que explicaria a maior proporção de casos graves. Em surtos anteriores, a percentagem de pessoas mais velhas entre os infetados era de cerca de 18%, disse Guo. As autoridades locais responderam aos surtos da forma habitual: limitando a mobilidade entre cidades, aconselhando as pessoas a permanecer dentro de casa e realizando testes de ácido nucleico em massa. Este último surto foi detetado na China em meados de outubro, após um grupo de reformados ter viajado para zonas turísticas nas províncias de Gansu, Mongólia Interior e Shaanxi. E, de acordo com oficiais de saúde, é causado pela variante delta, que é considerada mais contagiosa. Em Pequim, a capital, há pelo menos 39 casos ativos de covid e a cidade restringiu a entrada de pessoas de áreas com casos e impôs o encerramento de locais de entretenimento em alguns distritos. Embora Mi Feng tenha salientado que 1,07 mil milhões de chineses já foram vacinados com as duas doses da vacina – de um total de 1,4 mil milhões de habitantes – as autoridades chinesas continuam a política de tolerância zero contra a covid-19. Três cidades impuseram um confinamento à população: Lanzhou, Ejin e Heihe. A China registou a sua última morte causada pela covid-19 em janeiro. No total, o país contabilizou 4.636 óbitos e 97.151 infetados desde o início da pandemia.
Hoje Macau EventosGoverno promove actividades para divulgar história do Colégio de S. Paulo O Instituto Cultural (IC) promove, a partir do dia 6, várias actividades que visam dar a conhecer a história do Colégio de S. Paulo e as descobertas arqueológicas na Rua de D. Belchior Carneiro, situada atrás das Ruínas de São Paulo. Entre os meses de Novembro e Dezembro decorrem visitas guiadas, workshops e jogos digitais. “A realização desta iniciativa tem como objectivo enriquecer a forma de exposição e de educação sobre os vestígios históricos encontrados no referido fosso e optimizar o nível de conhecimento e experiência do público sobre a história e o valor destes vestígios e das Ruínas do Colégio de S. Paulo”, explica o IC. As visitas guiadas incluem um itinerário na zona das Ruínas do Colégio de S. Paulo, que abrange os vestígios históricos encontrados no fosso sito na Rua de D. Belchior Carneiro, as ruínas da antiga Igreja da Madre de Deus e os vestígios do Colégio e antigo muro, entre outros elementos. O limite máximo de participação é de 20 pessoas por cada sessão, com uma duração de cerca de 45 minutos. As visitas guiadas decorrem aos fins-de-semana e feriados públicos, pelas 11, 12, 14 e 15 horas, com apresentação feita em cantonês ou mandarim. Já as visitas guiadas exclusivas terão lugar pelas 11 horas dos dias 27 e 28 de Novembro e nos dias 4 e 5 de Dezembro Ainda é possível reservar vagas para as visitas guiadas de grupo, disponíveis em cantonês, mandarim, inglês e português. As reservas são feitas através do número 2836 6320. O “Workshop Familiar de Exploração do Colégio de S. Paulo” nos dias 20, 21, 27 e 28 de Novembro, às 15h, e às 10h30 e 15h do dia 5 de Dezembro. Esta actividade inclui visitas guiadas às zonas arqueológicas do Colégio de S. Paulo e a demonstração de actividades artesanais temáticas. A ideia é que toda a família possa participar neste workshop. Lançadas moedas comemorativas Além destas actividades o IC lança ainda uma colecção de novas moedas comemorativas a propósito da abertura ao público da área de conservação e exposição dos Vestígios Arqueológicos do Fosso do Colégio de S. Paulo. As moedas, com edição limitada, são inspiradas no Colégio de S. Paulo e nos vestígios históricos da Rua de D. Belchior Carneiro. Os interessados podem dirigir-se presencialmente à referida área, entre 6 de Novembro e 31 de Dezembro, à zona das Ruínas de S. Paulo ou à área dos vestígios históricos do Colégio de S. Paulo, para efectuarem a leitura do código QR disponibilizado na placa de informação disposta nestes locais, de modo a acederem ao website. Nessa plataforma, os concorrentes que concluírem com sucesso dois dos três desafios apresentados terão oportunidade de receber uma moeda comemorativa. Os interessados em participar nas visitas guiadas exclusivas e nos workshops familiares podem efectuar a sua inscrição a partir do dia 6 de Novembro através do website www.icm.gov.mo/eform/event.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Registado aumento de visitantes entre os dias 20 e 28 Macau registou um aumento do número de visitantes nos últimos dias. Segundo dados da Direcção dos Serviços de Turismo (DST), entre os dias 20 e 28 entraram, em média, 25 mil pessoas por dia no território, sendo que o dia 26 registou o número mais elevado de visitantes diários, com mais de 28 mil pessoas. A DST explica que, “com a estabilidade da pandemia e o efeito gradual das promoções” ao turismo de Macau realizadas na China, “o número de entradas de visitantes voltou a subir nos últimos dias”. Além dos eventos habituais que decorrem em Macau até Dezembro, tal como o Grande Prémio de Macau e o Festival de Gastronomia de Macau, a DST também deposita esperanças no evento “Semanas de Macau” para que este atraia mais turistas.
Hoje Macau SociedadeSSM | Registados 38 casos de suicídio desde Janeiro Os Serviços de Saúde de Macau (SSM) contabilizaram 38 suicídios ocorridos no território desde Janeiro, sendo que no período entre Julho e Setembro 16 pessoas puseram termo à própria vida. Destes, 15, ou seja, 93.8 por cento, eram residentes, enquanto que apenas uma pessoa era não residente. Ainda assim, os SSM afirmam que houve uma redução no número de suicídios na ordem dos 30.9 por cento em relação a igual período do ano passado. Os SSM apelam aos pedidos de ajuda e prevenção através da consulta externa de saúde mental nos centros de saúde, bem como através das unidades de aconselhamento psicológico comunitário subsidiadas das associações subsidiadas pelo Governo.
Hoje Macau EventosOrquestra Chinesa de Macau | Concerto “Dança de Cordas” acontece dia 20 A Orquestra Chinesa de Macau (OCM) apresenta no próximo sábado, dia 20, o concerto “Dança de Cordas”, que acontece no Teatro D. Pedro V por volta das 20h. Chen Jun irá actuar com a OCM e apresentar a música chinesa em cordas friccionadas. Neste concerto Chen Jun irá colaborar com intérpretes da secção de cordas da OCM para apresentar “Cenas de Uma Aldeia na Montanha”, composta por Chen Yaoxing, que apresenta uma bela melodia lírica com um ritmo alegre e simples, característica do tipo de música de Shandong. Zhang Yueru, concertino da OCM, apresentará “Na Pradaria com Zhonghu”, de Liu Mingyuan, que revela “a deslumbrante paisagem dos vastos campos, bem como o temperamento caloroso e cheio de energia do povo”. Por sua vez, o chefe de Zhonghu, Li Feng, fará uma interpretação de “Melodia Paizi” da Ópera Qinqiang e adaptada por Guo Futuan, acompanhada por Banhu. Com esta actuação o público poderá apreciar o estilo da música de Qinqiang. A OCM vai também interpretar o repertório de Erhu, presente no recente documentário “Um Travo da China”. Chen Jun é considerado o “Guerreiro Taichi de Erhu” e é a segunda geração da família Chen que tem Chen Yaoxing como mestre de Erhu. Além disso, é um dos principais músicos de Erhu da China e um intérprete de primeira classe, tendo actuado em países e regiões como os EUA, Japão, Rússia ou Alemanha, entre outros. Os bilhetes para o concerto encontram-se à venda desde sábado e custam entre 100 e 120 patacas.
Hoje Macau EventosLusofonia | Inaugurada exposição de Reginaldo Pereira Foi inaugurada na sexta-feira a exposição “O Homem e a Floresta”, de Reginaldo Pereira, artista brasileiro, e que se insere no ciclo de exposições “Policromias lusófonas”, inserido na 13.ª Semana Cultural da China e dos Países de Língua Portuguesa. A mostra estará patente na sede do Fórum Macau e pretende “revisitar a grande cultura do Brasil que se estende pelas florestas profundas da Amazónia, pelo ecológico Pantanal ou ainda pelas gigantescas metrópoles como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília ou Belo Horizonte”. Reginaldo Pereira nasceu em 1971 na região do Maranhão, no Brasil, tendo vivido a sua infância “num meio bucólico”. O artista começou a fazer arte sozinho, tendo desenvolvido as suas técnicas de desenho e pintura na cidade de Imperatriz, em Maranhão, onde viveu oito anos. Em 1994 Reginaldo Pereira mudou-se para São Paulo e iniciou os estudos na escola Academia Brasileira de Artes (ABRA). Em 1997 o artista foi viver para em Uberaba, Minas Gerais, onde começou a dar aulas. Com um grupo de alunos abriu um estúdio e galeria de arte, onde pesquisa, estuda e ensina pintura a óleo sobre tela. Desde 1992 que Reginaldo Pereira participou em diversas exposições colectivas e individuais, nomeadamente no Brasil e em Portugal. Com “O Homem e a Floresta” Reginaldo Pereira “integra as diversas cores de uma forma superior ao seu entendimento, é a sua alma em paz que faz toda essa fusão entre o Homem e a Floresta”. Desta forma, “quando as várias cores se tocam e bailam aos sons dos pássaros e do riacho que corre, em palavras em favor das árvores, e animais, e da vida.” A exposição pode ser visitada até ao dia 14 de Novembro, tendo entrada livre. Neste período serão realizados três workshops ministrados pela Casa do Brasil em Macau.
Hoje Macau SociedadeLusofonia | Exportações para Macau subiram 1,5% até Setembro As exportações de mercadorias dos países lusófonos para Macau subiram 1,5 por cento nos primeiros nove meses do ano, em comparação com o período homólogo do ano passado, segundo dados oficiais divulgados ontem. No período em análise, o valor exportado pelos países de língua portuguesa para aquele território atingiu os 522 milhões de patacas, de acordo com a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) de Macau. Já o montante importado de mercadorias daquele território pelo bloco lusófono, no mesmo período, caiu 45,7 por cento, ficando-se pelos seis milhões de patacas. As exportações de mercadorias por Macau, entre Janeiro e Setembro, atingiram 9,87 mil milhões de patacas, mais 25,6 por cento, comparativamente a igual período de 2020, enquanto o valor importado de mercadorias foi de 113,26 mil milhões de patacas, mais 103 por cento, em termos anuais, indicou a DSEC. O défice da balança comercial de Macau nos primeiros nove meses do ano fixou-se em 103,39 mil milhões de patacas, mais 55,45 mil milhões de, em comparação com o período homólogo do ano passado.
Hoje Macau SociedadeHotelaria | Taxa de ocupação subiu 12,2% em Setembro A taxa de ocupação média hoteleira em Macau subiu 12,2 por cento em Setembro, em relação ao mês anterior, informou ontem a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). No último mês, os hotéis e pensões de Macau hospedaram 531 mil indivíduos, quando em Agosto se tinham ficado pelos 435 mil, um aumento que se explica com o alívio “das medidas de inspecção exigidas para entrada e saída” no território, instauradas devido à pandemia de covid-19, “na maior parte do mês em análise”, apontou a DSEC. Em Setembro, nos 36 mil quartos do território de 30 quilómetros quadrados, a esmagadora maioria de hóspedes eram da China continental (418.000), registando-se ainda 82.000 hóspedes locais. A taxa de ocupação média hoteleira em Macau no mês em análise foi de 50,6 por cento, mais 33,5 por cento que no mês homólogo de 2020, “registando-se um aumento de 147,6 por cento, em termos anuais”, informaram os Serviços de Estatística. Nos três primeiros trimestres de 2021, a taxa de ocupação média dos quartos de hóspedes dos hotéis e pensões foi de 50,6 por cento, mais 27,8 pontos percentuais que no mesmo período do ano anterior.
Hoje Macau China / ÁsiaMorte de Max Stahl é “grande perda” para Timor-Leste, diz José Ramos-Horta O ex-Presidente da República timorense, José Ramos-Horta, considerou ontem que a morte de Max Stahl é uma “grande perda” para Timor-Leste e para o mundo, e que vai causar “profunda consternação e dor” em toda a população timorense. “Que grande perda para todos nós, para Timor-Leste, para o mundo. Alguém como o Max, de um grande coração, de uma grande dedicação e amor a Timor-Leste (…), ser levado para outro mundo”, afirmou à Lusa. Em 2019 o parlamento timorense deliberou atribuir a nacionalidade ao jornalista britânico Max Stahl, que filmou o massacre de Santa Cruz, em reconhecimento pelo seu papel na luta pela libertação de Timor-Leste. “Na troca de mensagens com o Max, quando ainda estava mais lúcido, há algumas semanas, eu dizia-lhe: não morras, porque não sei como vamos gerir a situação do drama, da dor do povo timorense. Ele respondeu daquela forma dele, dizendo que ‘eu não quero partir, mas a luta continua em todas as frentes’”, afirmou. Ramos-Horta, que tem nas últimas semanas mantido um contacto quase diário com a mulher de Max Stahl, disse que a notícia da morte já era esperada, dado o agravamento de estado de saúde do jornalista. “Já se sabia que medicamente era irreversível, que era uma questão de dias”, afirmou. A sua morte, disse, será sentida em todo o país, onde o seu nome teve já o reconhecimento do Estado, mas, especialmente, o amor de toda a população. “Mais do que o reconhecimento do Estado, era o reconhecimento universal em Timor-Leste. A presença dele era conhecida e visível, desde Santa Cruz, até hoje. E então era uma figura muito querida”, disse. Max Stahl – jornalista que filmou o massacre de Santa Cruz a 12 de novembro de 1991 – foi condecorado com o Colar da Ordem da Liberdade, o mais alto galardão que pode ser dado a um cidadão. Christopher Wenner, que começou a ser conhecido como Max Stahl, iniciou a sua ligação a Timor-Leste a 30 de agosto de 1991 quando, “disfarçado de turista”, entrou no território para filmar um documentário para uma televisão independente inglesa. Entrevistou vários líderes da resistência e, depois de sair por causa do visto, acabou por regressar, entrando por terra, acabando, a 12 de novembro desse ano por filmar o massacre de Santa Cruz. Morreu hoje num hospital da cidade de Brisbane, vítima de doença prolongada. A resolução do parlamento timorense em 2019 recomendava ao Governo “proceder ao registo do processo de naturalização de Max Stahl e emitir com a maior brevidade possível toda a documentação relevante”. “Durante o longo e difícil percurso rumo à independência, Timor-Leste contou com o apoio genuíno e incansável de muitos amigos, com os quais o povo timorense estabeleceu fortes laços de amizade. Max Stahl é um desses grandes amigos”, afirmou. “Num dos momentos mais difíceis vividos em Timor-Leste durante a ocupação estrangeira, o profissionalismo, coragem e tenacidade de Max Stahl contribuíram de forma inestimável para que a luta do nosso povo fosse vista no palco internacional”, refere ainda. Sublinhando o “profissionalismo e rigor” da sua carreira, o Parlamento timorense refere ainda o “caráter destemido de Max Stahl que deu a conhecer ao mundo o Massacre de Santa Cruz e os atos de crueldade e violações dos direitos humanos perpetrados contra os timorenses”. Uns meses antes de receber a nacionalidade timorense, Max Stahl foi condecorado pelo Presidente da República timorense, Francisco Guterres Lú-Olo, que destacou a sua nobreza e coragem em defesa do direito à autodeterminação. “Alguém que, com tanta nobreza, arriscou a sua vida em horas de extrema gravidade e que se entregou totalmente ao nosso país, ganhou o direito de ser cidadão timorense”, afirmou na altura Francisco Guterres Lu-Olo. “O nosso irmão Max Stahl é tão timorense quanto nós. Solicito ao Parlamento Nacional a atenção para este caso, por uma questão da mais elementar justiça”, disse.
Hoje Macau China / ÁsiaAfeganistão | Países vizinhos insistem em Governo inclusivo em Cabul Os países vizinhos do Afeganistão insistiram ontem, numa conferência realizada em Teerão, na necessidade de Cabul formar um governo inclusivo para que haja estabilidade na região. A conferência visou analisar a situação no Afeganistão após os talibãs terem tomado o poder no país, em meados de agosto, e contou com a presença física dos chefes da diplomacia do Paquistão, Tajiquistão, Uzbequistão e Turquemenistão, e, através de videoconferência, dos da China e da Rússia e do secretário-geral da ONU. “Apoiamos a formação de um Governo inclusivo no Afeganistão”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amir Abdollahian, sublinhando que o futuro executivo afegão deve incluir os diferentes grupos étnicos do país “para evitar mais violência” e garantir a estabilidade na região. Por seu lado, o chede da diplomacia paquistanesa, Shah Mehmood Qureshi, sublinhou que o Governo de Cabul terá de representar “todos os afegãos”, enquanto o homólogo russo, Serguei Lavrov, realçou que Moscovo apoiará um executivo com essas características, lembrando, porém, que é algo que não pode ser imposto a partir de fora do país. Uns após outros, os chefes da diplomacia presentes insistiram na criação de um “mecanismo político inclusivo” para resolver as divergências no Afeganistão, após 20 anos de guerra e da retirada militar dos Estados Unidos. Em setembro, os talibãs nomearam um Governo interino liderado pelo ‘mullah’ Mohammad Hassan Akhund, executivo mais tarde alargado, mas que não conta com mulheres. Hoje, na conferência, o diplomata iraniano também alertou para a obrigação de a comunidade internacional distribuir ajuda para evitar uma crise humanitária. A este respeito, numa intervenção por videoconferência, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que o Afeganistão enfrenta “uma crise humanitária de grandes dimensões” e manifestou repúdio às violações dos direitos humanos que estão a acontecer no país. Para evitar essa crise, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, reiterou o pedido aos Estados Unidos e ao Ocidente para suspenderem as sanções ao Afeganistão, posição também defendida pelos iranianos. “Os talibãs querem dialogar com o mundo”, sublinhou Wang, enquanto Lavrov garantiu que a Rússia vai enviar ajuda humanitária para o Afeganistão, reiterando que à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) não seja dada permissão para sobrevoar território afegão. “Mais uma vez pedimos aos países vizinhos do Afeganistão que não permitam nos seus territórios a presença militar das forças dos Estados Unidos e da NATO, que planeiam ficar aí estacionadas após a retirada do Afeganistão”, sublinhou Lavrov. A reunião de Teerão é a segunda realizada pelos países vizinhos do Afeganistão, depois da primeira que decorreu no Paquistão, em setembro. A China organizará a terceira, em data ainda a definir.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Ativistas pedem à ASEAN diálogo oficial com Governo de Unidade Nacional Ativistas de direitos humanos pediram hoje à Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) que estabeleça um diálogo oficial com o chamado Governo de Unidade Nacional de Myanmar, formado por políticos pró-democracia e opositor da junta militar no poder. O apelo foi apresentado por organizações como a Parlamentares da ASEAN para os Direitos Humanos (APHR, na sigla em inglês), a Voz do Progresso de Myanmar ou a Altsean numa conferência virtual de preparação da cimeira de líderes da ASEAN, que decorre de forma virtual desde esta manhã. O deputado malaio e presidente da APHR, Charles Santiago, elogiou o facto de a ASEAN não ter convidado o líder da junta militar birmanesa, Min Aung Hlaing, para a cimeira, mas defendeu que o bloco deve abrir um diálogo oficial com o chamado Governo de Unidade Nacional. “Estamos a aproximar-nos do primeiro aniversário do golpe do exército birmanês, em que uma junta militar assumiu o poder em Myanmar, lançando terror e violência sem precedentes contra o povo”, disse Charles Santiago, observando que a pobreza e a fome aumentaram consideravelmente desde que os militares tomaram o poder, em 01 de fevereiro. Segundo o ativista, a ASEAN não deve aceitar nenhum representante da junta militar birmanesa até que seja erradicada toda a violência e sejam libertados todos os presos políticos e respeitado o desejo do povo de restaurar a democracia. O enviado especial do Governo birmanês de Unidade Nacional para a ASEAN, Bo Hla Tint, indicou, na conferência virtual, que as eleições de novembro de 2020 demonstraram que o seu Governo tem a “legitimidade democrática” para representar o país. Bo Hla Tint destacou o “fracasso” da junta militar no diálogo ou na cessação da violência e exortou a ASEAN a trabalhar com o Governo de Unidade Nacional para que Myanmar possa recuperar a democracia. Por seu lado, a responsável da organização Voz do Progresso de Myanmar, Khin Omar, considerou que a falta de iniciativa da ASEAN tem permitido o aumento da violência no país. “Vamos garantir que esta junta militar pare os ataques violentos dia após dia. Caso contrário, não vejo nenhum sentido para haver um diálogo”, disse. Myanmar (antiga Birmânia) tem sido o grande ausente desta cimeira devido à relutância da junta militar em cumprir o acordo alcançado na ASEAN em abril para resolver a profunda crise que se abateu sobre o país depois do golpe de Estado do passado dia 01 de fevereiro. O acordo incluía a cessação da violência, um diálogo entre todas as partes, a autorização à entrada de ajuda humanitária e a mediação do conflito por um enviado especial da ASEAN. Face à rejeição da junta militar em pôr estas obrigações em prática, a ASEAN ofereceu ao Governo birmanês a possibilidade de enviar à cimeira um representante não político em vez do líder da junta, Min Aung Hlaing, mas Naypyidaw preferiu não participar na reunião. Fundada em 1967, a ASEAN é constituída por Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Myanmar, Singapura, Tailândia e Vietname.
Hoje Macau China / ÁsiaPutin alerta para risco de corrida armamentista na Ásia O Presidente russo, Vladimir Putin, alertou ontem para o risco de uma corrida armamentista na Ásia e reiterou o seu pedido de uma moratória para a instalação de mísseis de médio e curto alcance na região. O alerta foi feito durante a intervenção de Putin na cimeira da Ásia Oriental, realizada no âmbito da reunião de chefes de Governo e de Estado da ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático), que decorre este ano de forma virtual devido à pandemia de covid-19. O Presidente russo referiu-se ao tratado para a eliminação de mísseis nucleares de médio e curto alcance (INF, na sigla em inglês), assinado em 1987 entre Moscovo e Washington, e que foi suspenso depois de o então Presidente norte-americano Donald Trump anunciar a saída do seu país, em 2019. “Temos dito reiteradamente que, depois do fim do Tratado INF, a região enfrenta a possibilidade de esse tipo de armas ser colocado no seu vasto território”, disse Putin, que lembrou que a Rússia já tinha proposto uma moratória para esse tipo de armas na Ásia, no Pacífico e noutras regiões do mundo. “Esta proposta russa continua em vigor e está a tornar-se cada vez mais urgente”, disse o Putin, apelando a que se “inicie uma conversa séria sobre o tema”. Além disso, o Presidente russo propôs a criação de um mecanismo de cooperação regional contra a pandemia de covid-19, sob os auspícios da cimeira da Ásia Oriental. “A Rússia aspira a oferecer uma contribuição real para garantir acesso livre e não discriminatório a vacinas contra a covid-19 aos cidadãos de todos os países”, disse Putin, que propôs “expandir o programa de preparação de especialistas e epidemiologistas dos países da ASEAN no Centro de Segurança Biológica de Vladivostoque”. A cimeira da Ásia Oriental, em que são abordados temas como segurança e comércio, engloba os parceiros da ASEAN e os líderes dos Estados Unidos, China, Índia, Rússia, Japão, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia. Myanmar (antiga Birmânia) é o grande ausente desta cimeira – que termina na quinta-feira – devido à relutância da junta militar birmanesa em seguir os acordos alcançados em abril pela ASEAN para resolver a profunda crise que se instalou no país após o golpe de Estado do passado dia 01 de fevereiro. A ASEAN ofereceu à junta militar, no poder, a possibilidade de enviar à cimeira um representante não político, em vez do chefe do conselho, Min Aung Hlaing, mas Naypyidaw optou por não participar da reunião. Fundada em 1967, a ASEAN, é composta pelo Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Myanmar, Singapura, Tailândia e Vietname.
Hoje Macau China / ÁsiaGrécia procura atrair investimentos em visita de MNE chinês O chefe da diplomacia grega, Nikos Dendias, debateu ontem com o homólogo chinês, Wang Yi, o aprofundamento de relações económicas, culturais e turísticas, e defendeu que a Grécia “pode ser uma porta de entrada da Ásia para a Europa”. “Estamos ansiosos por novos projetos de investimento no maior porto do Mediterrâneo, um dos maiores do mundo”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros grego, Nikos Dendias, após o encontro com o homólogo chinês na capital grega. A empresa chinesa Cosco Shipping detém atualmente 67% da autoridade portuária grega do Pireu, após os legisladores gregos terem ratificado a venda de uma participação de 16% na empresa, para além dos 51% já detidos pela Cosco. A Grécia concedeu também à Cosco mais cinco anos para prosseguir com os investimentos que tinha prometido fazer como parte do seu acordo para comprar uma participação maioritária em Pireu. Os gregos emergiram recentemente de uma década de crise financeira que dizimou um quarto da sua economia e tem estado ansiosa por atrair investimentos internacionais. A China, que está a construir portos, caminhos de ferro e outras infraestruturas em dezenas de países de todo o mundo no âmbito da Iniciativa “Belt and Road” (“Iniciativa Nova Rota da Seda”), já está fortemente envolvida na Grécia. Dendias relatou ao homólogo chinês sobre os “desenvolvimentos particularmente preocupantes no Mediterrâneo Oriental” e o que descreveu como o “papel desestabilizador da Turquia” na região, algo que, segundo ele, poderia inibir o comércio marítimo que “interessa muito ao lado chinês”. Os vizinhos Grécia e Turquia estão divididos em relação a uma longa série de disputas, incluindo sobre direitos de exploração no Mediterrâneo Oriental, que levaram a recentes escaladas de tensão. Dendias disse ter falado “extensivamente” com Wang Yi sobre o que disse ser o esforço da Turquia para se envolver com “populações muçulmanas em todo o mundo, promovendo ideologias como a irmandade muçulmana e tentando um envolvimento direto nos assuntos internos de outros países”. No passado, a Turquia levantou questões sobre o tratamento dado pela China aos uigures, uma minoria etnicamente turca muçulmana no noroeste da China, embora recentemente se tenha tornado menos expressiva sobre esse assunto recentemente, durante os esforços de Ancara para forjar laços económicos mais estreitos com Pequim. A China tem sido acusada de grandes violações dos direitos humanos na província de Xinjian contra os uigures e outras minorias, incluindo encarceramentos em massa, controlo forçado de natalidade, esterilização e abortos. Pequim rejeita as acusações, dizendo que os campos são centros de formação profissional e de ‘desradicalização’ para afastar os residentes da região do extremismo e terrorismo. Os repórteres não foram autorizados a assistir às declarações conjuntas e não foram permitidas perguntas. Wang Yi descreveu o envolvimento da China no Pireu como um projeto “emblemático” da iniciativa “Belt and Road” e um modelo de cooperação mutuamente benéfico. Contudo, os sindicatos criticaram as condições de trabalho no terminal marítimo, dizendo que os lucros são colocados acima da segurança, no seguimento da morte de um trabalhador esta semana num acidente no terminal de contentores gerido pela Cosco no Pireu. O partido de oposição grego Syriza criticou as condições de trabalho no porto, afirmando que os acidentes de trabalho foram causados “pelas constantes taxas esgotantes de trabalho [no terminal de contentores] que causa exaustão a longo prazo e doenças relacionadas com o trabalho”. A Cosco adquiriu a participação de 51% do porto do Pireu em 2016, sob um governo liderado pelo Syriza. Wang Yi disse que a China estava disposta a expandir a “estratégia de interconexão global da União Europeia, de modo a aumentar o nível de interconexão do continente euro-asiático, estimular o potencial de crescimento da China e da Europa e acelerar a recuperação económica global”.
Hoje Macau PolíticaEducação patriótica tem de ser “bem-ensinada”, Ho Iat Seng Perante os membros de Macau da Federação da Juventude da China, o Chefe do Executivo considerou que, apesar de ser notório “um grande desenvolvimento da educação patriótica” no território, o tema precisa de “ser bem-ensinado”, para que a tradição de “amar o país e amar Macau” passe a ser uma “herança”. A tomada de posição de Ho Iat Seng surgiu na terça-feira, após vários membros da Federação da Juventude da China, que reuniram com o Chefe do Executivo para apresentar sugestões sobre as Linhas de Acção Governativa (LAG), terem defendido o reforço da educação patriótica juntos dos jovens. Segundo uma nota oficial, a reboque do projecto de cooperação entre Macau e Guangdong em Hengqin, a associação que tem o director dos Serviços de Saúde, Alvis Lo Iek Long como vice-presidente, apresentou ainda ideias sobre o ensino do “Amor à Pátria” na universidade, o aumento do conhecimento dos jovens e a sua integração no desenvolvimento de Hengqin, a formação de quadros qualificados e a legislação sobre o registo de medicamentos tradicionais chineses. Por seu turno, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ioeng U, também presente na ocasião, frisou que “amar o país e amar Macau não deve passar a ser apenas um slogan”, mas servir para que os jovens compreendam a situação nacional e conheçam o “desenvolvimento e as conquistas do país nos vários campos”. No início da reunião, Alvis Lo Iek Long transmitiu ainda a Ho Iat Seng que os membros da Federação da Juventude da China deram o exemplo “através das próprias acções” ao terem participado como voluntários nos planos de testagem em massa da população. O director dos Serviços de Saúde referiu ainda que, apesar dos desafios da pandemia, Macau deve “agarrar a oportunidade” de se integrar na conjuntura nacional e que os jovens devem “encontrar o seu próprio caminho”, explorando a zona de cooperação em Hengqin. Materializar a ambição No mesmo dia, Ho Iat Seng esteve também reunido com os membros de Macau no Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), que sugeriram, sobre o projecto de Hengqin, a criação de organismos de consulta para diferentes domínios e a definição por parte do Governo, da “direcção do desenvolvimento”, assumindo o papel de “liderança” para a participação das PME. Por sua vez, Ho Iat Seng disse que irá ter em conta todas as sugestões apresentadas aquando da elaboração das LAG, frisando esperar que os pormenores sobre o projecto geral da zona de cooperação sejam lançados “o mais breve possível”. Isto, quando o objectivo traçado passa por fazer com que o mecanismo do sistema de negociação, construção e administração conjuntas e partilha de resultados entre Guangdong e Macau “funcione bem em 2024”.
Hoje Macau PolíticaCapitais públicos | Governo vai ajustar número de empresas Sónia Chan, coordenadora do Gabinete para o Planeamento da Supervisão dos Activos Públicos, disse no programa Fórum Macau do canal chinês da TDM – Rádio Macau que o Governo vai ajustar o número de empresas de capitais públicos. Actualmente, existem 22 empresas deste tipo, sendo que a criação de novas entidades vai depender das necessidades do Governo. A reforma deve passar também pela criação de um departamento público que faça a gestão destas empresas, uma vez que o seu funcionamento não está sujeito ao Código Comercial em vigor. Caberá ainda a este departamento a aprovação da injecção de fundos públicos nestas empresas. Sónia Chan foi ainda questionada porque o seu gabinete não divulga as informações da Companhia de Telecomunicações de Macau (CTM). A ex-secretária para a Administração e Justiça disse que o Governo detém apenas um por cento das acções da concessionária, não podendo, por isso, divulgar as informações, porque “o accionista maioritário tem mais liberdade, e a CTM decidiu não publicar essas informações”.
Hoje Macau Manchete PolíticaOrçamento | Segunda revisão prevê reforço de 2,3 mil milhões O Governo volta a recorrer à Reserva Financeira para injectar 2,3 mil milhões de patacas na economia para apoiar 15.000 pequenas e médias empresas e cerca de 100 mil empregados. O Conselho Executivo terminou também a análise do novo diploma que vai regular os centros de explicações O Governo vai recorrer novamente à Reserva Financeira para fazer face ao aumento da despesa no orçamento, que permanece praticamente paralisado devido às políticas de combate à pandemia. A proposta de lei, anunciada ontem em conferência de imprensa do Conselho executivo, submetida com carácter de urgência à Assembleia Legislativa, prevê o reforço da despesa do orçamento no montante de 2,3 mil milhões de patacas. A nova rectificação tem como objectivo cobrir o custo de oito medidas destinadas a manter a sobrevivência dos estabelecimentos comerciais e assegurar o emprego, anunciadas em 11 de Outubro. O valor total da despesa do orçamento ordinário integrado passa assim de 103,5 mil milhões de patacas para 105,8 mil milhões de patacas. Durante a conferência de imprensa o porta-voz do Conselho Executivo, André Cheong, explicou que as medidas vão beneficiar 100 mil funcionários de cerca de 15 mil pequenas e médias empresas de Macau. “Considerando que não há recursos financeiros públicos disponíveis para as medidas de atribuição de apoios aos operadores comerciais e pessoas empregadas, o Governo propõe a alteração orçamental através de verbas da Reserva Financeira”, explicou, segundo a TDM Rádio Macau. Em Abril deste ano o Governo já tinha ido buscar à Reserva Financeira 9,1 mil milhões de patacas, sendo que o primeiro orçamento para este ano já contemplava a injecção extraordinária de 26,6 mil milhões de patacas. No total, já foram acrescentados 37,9 mil milhões de patacas para colmatar o aumento de despesas e redução das receitas em 2021. Desde o início da pandemia, em 2020, e a concretizar-se esta nova ida ao ‘cofre’, o Governo de Macau já injectou 84,5 milhões de patacas para cobrir as despesas orçamentais. Centros em mudança O Conselho Executivo apresentou também o novo regulamento administrativo que vai regular os centros de explicações no território, prometendo reforçar a fiscalização de várias questões como o transporte de alunos e horários das aulas, entre outras. Na prática, o novo regulamento administrativo deverá afectar cerca de 400 centros de explicações. O Governo quer introduzir o sistema de one stop para licenciar estes espaços educativos, sendo ainda criado um regime sancionatório. “Alguns centros tinham seis ou menos alunos e permitimos o seu funcionamento em residências, mas era preciso registo na DSEDJ [Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude]. Os centros vão beneficiar de um período transitório de dois anos. Estamos em comunicação e eles sabem que terão um período razoável de dois anos para fazer os devidos ajustamentos à nova lei”, concluiu um representante da DSEDJ. A proposta da lei regula o licenciamento de centros, exigências de habilitações académicas dos pessoais dos centros, a fiscalização de serviços de refeições ou de transporte dos alunos, o horário de prestação do serviço de apoio pedagógico e o regime sancionatório.
Hoje Macau China / ÁsiaMacron pede a Xi Jinping que levante sanções contra países da UE O Presidente francês, Emmanuel Macron, pediu esta terça-feira ao seu homólogo chinês, Xi Jinping, que levante as “medidas coercivas” adoptadas contra países da União Europeia (UE) e que faça um contributo ambicioso para o combate às alterações climáticas. Os dois líderes abordaram, por telefone, diversos temas, a começar pelo reequilíbrio da relação entre a China e a União Europeia, cuja presidência caberá a França no próximo semestre, indicou o Eliseu em comunicado. Nessa perspetiva, Macron pediu a Xi “uma maior reciprocidade, em particular no acesso aos mercados”, solicitando também “uma abordagem construtiva”, que deve passar pelo levantamento de sanções a países da UE, bem como a representantes de instituições europeias e do Parlamento Europeu. O chefe de Estado francês exigiu igualmente que a China cumpra os seus compromissos em matéria de combate ao trabalho forçado, adoptados no âmbito da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Em vésperas do G20 de Roma e da cimeira COP26 sobre o clima em Glasgow, Macron instou a China a “divulgar a sua contribuição ambiciosa a nível nacional” sobre a redução das emissões de gases com efeito-de-estufa e a “dar um sinal decisivo” apresentando progressos no sentido do abandono do carvão como fonte energética. Ao mesmo tempo, Macron aplaudiu as primeiras conversas sobre a proteção da biodiversidade, no âmbito da COP15, sob presidência chinesa, e pediu a Pequim que apoie iniciativas como o grupo intergovernamental High Ambition Coalition (HAC) for Nature and People e a Aliança pela Conservação das Florestas Tropicais e das Áreas Marinhas protegidas no Antártico. Macron e Xi acordaram manter um diálogo estreito na luta contra a pandemia de covid-19 e na ajuda aos países mais vulneráveis. “A implementação de um quadro comum acordado no G20 sobre a questão da dívida e a transferência de 20% dos direitos especiais para alcançar coletivamente o objetivo de 100.000 milhões de dólares foram definidos como prioritários”, indicou a Presidência da República francesa. Os dois chefes de Estado abordaram igualmente a situação no Afeganistão, sobre a qual Macron insistiu nas exigências aos talibãs sobre o combate ao terrorismo e o respeito dos direitos das mulheres. O Presidente francês sublinhou a necessidade de o Irão, aliado da China, pôr fim às atividades que constituem uma violação do acordo nuclear e retome a cooperação “plena e completa” com a Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA). No plano bilateral, os dois líderes acordaram manter contactos estreitos para impulsionar projetos em setores estratégicos, e Macron destacou a qualidade do diálogo no setor agroalimentar. Nessa área, o líder francês expressou o desejo de que se avance na divisão por zonas do gado porcino, na concessão de novas licenças e na abertura do mercado chinês.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China detecta 59 casos locais e 50 importados nas últimas 24 horas A China detetou 59 casos de covid-19, nas últimas 24 horas, 50 por contágio local e os restantes oriundos do estrangeiro, anunciaram hoje as autoridades de saúde do país. Os casos locais foram detetados no município de Pequim (três), nas regiões autónomas da Mongólia Interior (32) e Ningxia (dois) e nas províncias de Gansu (quatro), Guizhou (cinco) e Shandong (quatro). Lanzhou, a capital de Gansu, lançou uma campanha de testes de ácido nucleico e confinou complexos residenciais, dos quais só é possível sair para comprar alimentos, receber tratamento médico ou participar das tarefas de controlo e prevenção contra o coronavírus. Os restantes nove casos foram diagnosticados em viajantes provenientes do estrangeiro, nos municípios de Xangai (leste) e Tianjin (norte) e nas províncias de Guangdong (sudeste), Liaoning (nordeste), Guangxi (sudoeste), Fujian (sudeste) e Shandong (leste). A Comissão de Saúde da China adiantou que o número total de casos ativos é de 643, entre os quais 27 graves. Desde o início da pandemia da covid-19, o país registou 96.899 casos da doença e 4.636 mortos.