Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Vírus é “desafio número um” das Olimpíadas de inverno em Pequim, diz organização A prevenção epidémica vai ser o “desafio número um” das Olimpíadas de Inverno de Pequim, disseram hoje os organizadores, quando faltam 100 dias para o início da competição. A capital chinesa é a primeira cidade do mundo a receber os jogos de verão (em 2008) e de inverno, que se realizam entre 04 e 20 de fevereiro. As autoridades chinesas, que seguem uma política de “tolerância zero” contra o vírus, têm tomado várias medidas para erradicar um surto epidémico registado nos últimos dias no norte do país. A China detetou 59 casos de covid-19, nas últimas 24 horas. Destes, 50 resultaram de contágios locais no município de Pequim (três), nas regiões autónomas da Mongólia Interior (32) e Ningxia (dois) e nas províncias de Gansu (quatro), Guizhou (cinco) e Shandong (quatro). Lanzhou, a capital de Gansu, lançou uma campanha de testes de ácido nucleico e confinou complexos residenciais, dos quais só é possível sair para comprar alimentos, receber tratamento médico ou participar das tarefas de controlo e prevenção contra o coronavírus. “A pandemia é o desafio número um para a realização dos jogos de inverno”, resumiu à imprensa o vice-presidente do comité organizador, Zhang Jiandong. Uma dúzia de províncias, ou um terço do total, intensificaram as medidas de prevenção, incluindo a cidade de Pequim, onde 20 casos foram contabilizados na semana passada. As medidas planeadas para os jogos “vão reduzir o risco e o impacto do coronavírus”, acrescentou Zhang, alertando que os participantes que não respeitarem as regras serão penalizados. Os jogos de 2022 acontecerão numa “bolha”, destinada a eliminar qualquer risco de contaminação para o resto da China. Os 2.900 atletas que participam nas competições vão ter que estar totalmente vacinados ou cumprir uma quarentena rigorosa de 21 dias ao chegar ao país. Apenas os espectadores já presentes na China vão poder assistir aos eventos. As autoridades planearam 300 ambulâncias de pressão negativa para transportar possíveis pacientes, sem o risco de o ar contaminado sair para o exterior. A China, onde os primeiros casos de covid-19 foram detetados, no final de 2019, conseguiu conter a doença na primavera de 2020, após a adoção de medidas drásticas de confinamento e bloqueio de cidades inteiras. O país praticamente fechou as suas fronteiras com o resto do mundo. Desde o início da pandemia da covid-19, o país registou 96.899 casos da doença e 4.636 mortos.
Hoje Macau China / ÁsiaLucros da indústria chinesa subiram 16,3% em setembro Os lucros das principais empresas industriais da China aumentaram 16,3%, em setembro, em termos homólogos, segundo dados oficiais divulgados hoje pelo Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) do país asiático. Os lucros das empresas analisadas ascenderam a cerca de 738.740 milhões de yuans. Para a elaboração deste indicador, o GNE leva em consideração apenas as empresas industriais com faturamento anual superior a 20 milhões de yuans. Entre janeiro e setembro, os lucros destas empresas atingiram 6,34 biliões de yuans, um crescimento homólogo de 44,7%. O estatístico do GNE Zhu Hong explicou que, no terceiro trimestre, 29 dos 41 setores analisados obtiveram mais lucros do que no mesmo período de 2019 – a comparação com aquele ano serve para eliminar o efeito de base referente a 2020, ano marcado pela paralisia da atividade económica devido à pandemia da covid-19. Zhu destacou os avanços em setores como manufactura de alta tecnologia (+33,6%, no terceiro trimestre) ou mineração, que duplicou os lucros em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto a indústria de extração de petróleo e gás praticamente triplicou. O representante do GNE destacou ainda que a indústria farmacêutica obteve resultados 66,8% superiores, no terceiro trimestre, devido à procura interna e externa por vacinas conta a covid-19. Os dados da GNE revelam que, entre janeiro e setembro, os lucros das empresas dedicadas à produção e fornecimento de energia elétrica e aquecimento diminuíram 24,6%, devido à maior taxa de crescimento das suas despesas operacionais. Isto deve-se ao aumento do preço das matérias-primas, como o carvão, terem disparado e aos limites que o Governo impõe à flutuação do preço da energia elétrica, que fez com que as geradoras tivessem que absorver os custos crescentes, sem poder repassá-los aos clientes. Esta situação acabou por gerar um défice de energia elétrica, que resultou em políticas de racionamento em importantes centros industriais do leste e sudeste do país, ou mesmo em apagões em algumas áreas residenciais no nordeste da China.
Hoje Macau PolíticaEleições | Em mandarim, Lei Chan U apela à educação cívica No rescaldo da elevada abstenção nas últimas eleições legislativas, Lei Chan U mostrou-se preocupado com a falta de interesse dos jovens pela política e pelos assuntos eleitorais. Fazendo questão de discursar em mandarim, o deputado referiu que é “difícil analisar a taxa de votação dos jovens”, devido à inexistência de dados, mas avança que “uma parte da população foi politicamente fria e pouco participativa” nas últimas eleições, devido à falta de consciência política. Para Lei Chan U, o Governo deve reforçar a educação cívica e eleitoral nos jovens, “encorajando-os a discutir nas aulas matérias de carácter moral, social, cívico e eleitoral, e a expressarem os seus pontos de vista”. “O caracter chinês que significa ‘pessoa’ tem uma estrutura que parece transmitir a ideia de ‘solidariedade’ e, para assuntos relacionados com todos nós como ‘pessoas’, é necessária a participação solidária de todos”, acrescentou.
Hoje Macau China / ÁsiaCanadá vai passar a receber e integrar refugiados norte-coreanos O Canadá vai tornar-se o terceiro país do mundo, depois da Coreia do Sul e dos EUA, a receber refugiados norte-coreanos, no âmbito de um programa que está a ser preparado por uma organização humanitária canadiana. Sean Chung, diretor executivo da HanVoice, disse hoje que o programa piloto, criado em parceria com o Governo do Canadá, visa trazer cinco famílias de refugiados norte-coreanos da Tailândia para o Canadá nos próximos dois anos. A Tailândia é um importante país de trânsito para refugiados norte-coreanos, porque não os envia de volta para a Coreia do Norte ou para a China, mas não os incorpora na sociedade. A China, principal aliado da Coreia do Norte, tem sido frequentemente acusada de devolver os fugitivos norte-coreanos à força, apesar do risco de tortura e prisão. Entre os candidatos na Tailândia, o Canadá vai dar prioridade as famílias de mulheres norte-coreanas que sobreviveram ou estão em risco de violência sexual e de género, disse Chung. Os canadianos que se oferecerem como anfitriões terão de apoiar as famílias durante 12 meses ou até que estas se tornem autossuficientes. O período de acolhimento pode ser estendido até um máximo de 36 meses em casos excecionais, disse a HanVoice, em comunicado hoje divulgado. “A comunidade estará envolvida em todas as etapas do processo, desde a obtenção de dinheiro para ‘patrocinar’ as famílias até ir buscar as pessoas ao aeroporto e ajudar a matricular os filhos na escola”, disse Chung, sublinhando tratar-se de um programa “exclusivamente canadiano”. “Para os fugitivos norte-coreanos, a maioria dos quais são mulheres que passaram por experiências traumáticas em trânsito, este é um novo caminho seguro e um novo começo”, acrescentou. Acredita-se que dezenas de milhares de norte-coreanos vivam escondidos na China, enquanto cerca de 34.000 outros norte-coreanos fugiram para a Coreia do Sul, onde podem receber cidadania e outros benefícios sob uma lei que considera a Coreia do Norte parte do seu território. Os Estados Unidos admitem refugiados norte-coreanos, mas o número foi muito limitado depois da adoção da Lei de Direitos Humanos da Coreia do Norte, em 2004. Segundo Chung, os fugitivos norte-coreanos não conseguiam, até agora, aceder ao sistema de refugiados do Canadá, embora alguns tenham migrado para o Canadá, Europa Ocidental e Austrália após se estabelecerem na Coreia do Sul.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China confina cidade de quatro milhões após detetar surto A China colocou em confinamento a cidade de Lanzhou, no centro do país e com quatro milhões de pessoas, devido ao aumento dos casos de covid-19 registado nos últimos dias, anunciaram hoje as autoridades. A Comissão Nacional de Saúde do país asiático notificou seis novos casos em Lanzhou, a capital da província de Gansu, diagnosticados nas últimas 24 horas. No total, há agora 51 casos ativos em Gansu, entre os quais 39 em Lanzhou, desde que o surto foi detetado, na China, em meados de outubro. Mais de 33.300 pessoas estão sob observação médica em todo o país. “O controlo da epidemia e a situação de prevenção em Lanzhou são sérios e complexos”, disseram as autoridades locais, em comunicado. Aquela decisão foi tomada para evitar que o surto se alastre ainda mais. A cidade vai lançar uma campanha de testes de ácido nucleico e confinar complexos residenciais, dos quais só será possível sair para comprar alimentos, receber tratamento médico ou participar das tarefas de controlo e prevenção contra o coronavírus. Quem entra e sai de casa deve apresentar no telemóvel um código de reconhecimento rápido (“QR code”) verde, que garante que a pessoa não está infetada ou não entrou em contacto com infetados. O último surto foi detetado na China em meados de outubro, como resultado da viagem de um grupo de reformados a áreas turísticas nas províncias de Gansu, Mongólia Interior (norte) e Shaanxi (centro). Segundo as autoridades sanitárias, o surto foi causado pela variante delta, considerada a mais contagiosa. A Comissão Nacional de Saúde informou hoje que existem agora 603 casos ativos em todo o país, 21 dos quais em estado grave. Apesar de 2.250 milhões de doses de vacinas já terem sido administradas entre a população chinesa de 1.411 milhões de habitantes, as autoridades continuam a seguir uma política de “tolerância zero” contra a doença, o que implica confinamentos seletivos e testes em massa contra o coronavírus nos locais onde são detetados surtos. O país asiático aplica ainda rígido controlo nas entradas no país. Quem viaja para a China tem de apresentar testes de anticorpos negativos antes de embarcar e cumprir um período de quarentena centralizada de pelo menos duas semanas. Segundo a Comissão Nacional de Saúde, 96.840 pessoas ficaram infetadas na China desde o início da pandemia, das quais 4.636 morreram.
Hoje Macau China / ÁsiaChina e Estados Unidos têm “amplo diálogo” sobre economia O vice-primeiro-ministro chinês Liu He e a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, tiveram hoje um “amplo diálogo” sobre economia, via videoconferência, informou a imprensa estatal chinesa. A agência noticiosa oficial Xinhua apontou que o diálogo se centrou em questões como a situação macroeconómica ou a cooperação multilateral, e foi “franco, prático e construtivo”. Ambas as partes concordaram que a recuperação económica global atravessa um “momento crucial” e que é importante que ambos os países “fortaleçam a coordenação e a comunicação sobre as suas políticas macroeconómicas”. A delegação chinesa expressou preocupação sobre as sanções e taxas alfandegárias impostas pelos Estados Unidos e o tratamento dado às empresas chinesas. Em comunicado, o Tesouro dos Estados Unidos revelou que Yellen também expressou preocupações dos Estados Unidos, sem avançar mais detalhes. Ambas as partes concordaram em continuar a dialogar no futuro. Em 09 de outubro, Liu reuniu-se com a Representante do Comércio dos EUA, Katherine Tai, numa reunião que foi também foi descrita pela China como “construtiva”. As relações entre Pequim e Washington deterioraram-se rapidamente nos últimos anos, face a atritos no comércio, tecnologia e Direitos Humanos. Após Joe Biden assumir a presidência norte-americana, em janeiro, os dois países tentaram aliviar as tensões, embora Washington tenha dado continuidade à política de sanções e vetos às empresas chinesas iniciada por Trump.
Hoje Macau China / ÁsiaÁsia teve o ano mais quente de sempre em 2020, conclui relatório da ONU A Ásia teve o ano mais quente de sempre em 2020, alertou hoje as Nações Unidas, antes da cimeira climática da COP26. No relatório anual sobre o estado do clima na Ásia, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) afirmou que toda a região tem sido afetada pelas alterações climáticas. “O clima extremo e as alterações climáticas na Ásia em 2020 causaram a perda de milhares de vidas, deslocaram milhões a mais e custaram centenas de biliões de dólares”, disse a OMM num comunicado. “O desenvolvimento sustentável está em risco. A insegurança alimentar e hídrica, os riscos para a saúde e a degradação ambiental estão a aumentar”, afirmou. No relatório, a OMM também faz um balanço das perdas económicas anuais devidas a riscos climáticos. Estes são estimados em 238 mil milhões de dólares na China, 87 mil milhões na Índia, 83 mil milhões no Japão e 24 mil milhões na Coreia do Sul. “Os riscos climáticos e meteorológicos, particularmente inundações, tempestades e secas, tiveram um impacto significativo em muitos países da região”, disse o Secretário-Geral da OMM, Petteri Taalas, citado na mesma nota. Em 2020, as inundações e tempestades afetaram cerca de 50 milhões de pessoas e causaram mais de 5.000 mortes. Estes números são inferiores à média anual das duas últimas décadas (158 milhões de pessoas afetadas e cerca de 15.500 mortes) “e refletem o sucesso dos sistemas de alerta precoce em muitos países asiáticos”, de acordo com a OMM. O ano passado foi o mais quente de sempre na Ásia, com a temperatura média 1,39 graus Celsius acima da média de 1981-2010. No final de junho de 2020, foram registados 38°C em Verkhoyansk, no nordeste da Sibéria, Rússia, que é provisoriamente a temperatura mais alta registada a norte do Círculo Ártico. Em 2020, as temperaturas médias das águas superficiais atingiram níveis recorde nos oceanos Índico, Pacífico e Ártico. No relatório observa-se também que as temperaturas à superfície do mar nos oceanos asiáticos estão a aumentar mais fortemente do que a média global. Por exemplo, o Mar Arábico e partes do Oceano Ártico aqueceram mais de três vezes a média. Os glaciares na Ásia estão a recuar a um ritmo acelerado e a OMM prevê que “a sua massa diminuirá em 20-40% até 2050, afetando a vida e a subsistência de cerca de 750 milhões de pessoas”.
Hoje Macau China / ÁsiaEx-Presidente sul coreano Roh Tae-woo morreu aos 88 anos O ex-Presidente sul-coreano Roh Tae-woo morreu hoje aos 88 anos, segundo o Hospital Universitário Nacional de Seul. A instituição hospitalar adiantou que Roh morreu enquanto estava a ser tratado por uma doença, mas não avançou mais pormenores. Roh liderou uma divisão do exército em Seul em apoio ao golpe militar de 1979 que fez do seu amigo do exército Chun Doo-hwan Presidente. O golpe e uma subsequente repressão militar contra os manifestantes pró-democracia em 1980 são dois dos capítulos mais negros da história moderna da Coreia do Sul. As revoltas pró-democracia em 1987 forçaram Roh e Chun a aceitar uma votação presidencial direta. Roh acabou por ganhar as eleições presidenciais mais tarde, em 1987. Após deixar o cargo admitiu ter acumulado uma fortuna que resultava de subornos e foi preso, tendo sido posteriormente perdoado numa tentativa de reconciliação nacional, passando os seus últimos anos fora da vista do público.
Hoje Macau Manchete SociedadeJogo | David Chow contra a redução do número de concessionárias Numa altura em que se discutem alterações à lei do jogo e novas licenças para operar os casinos do território, David Chow, co-presidente da Macau Legend, declarou-se contra a redução do número de concessionárias. Segundo a agência Lusa, através de uma nota enviada às redacções, David Chow, que anteriormente já mostrou interesse em garantir uma concessão de jogo em Macau, sublinhou que, de “acordo com o artigo 5.º da ‘Lei Básica de Macau’, ‘o anterior sistema capitalista e modo de vida permanecerá inalterado durante 50 anos’ na Região Administrativa Especial de Macau”. Por esta razão, o responsável da empresa que opera vários casinos em Macau sob a bandeira da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), fundada pelo magnata do jogo Stanley Ho, sustenta que o valor central do sistema capitalista é a economia de mercado, baseado no mercado e concorrência livres. David Chow assume assim que “o número de concessionários de jogos não deve ser suprimido porque o menor número de concessionários pode resultar em oligopólio ou monopólio”. Recorde-se que, em meados de Setembro o Governo de Macau disse querer rever o número e prazos das concessões de jogo, bem como proibir as subconcessões, intenções que constam do documento da consulta pública sobre a revisão da lei do jogo que se encontra neste momento em discussão. Qualidade vs. Quantidade Ainda sobre o número de concessionárias, David Chow contesta a argumentação das autoridades de que “a qualidade é mais importante do que a quantidade”. Na sua opinião, tal argumento referido no documento “é, de facto, questionável”. O Governo vai avançar com um concurso público para atribuir novas concessões, já que as actuais terminam a 26 de Junho de 2022, tendo decidido rever o regime jurídico da exploração de jogos e fortuna ou azar em casino, cuja legislação tem já 20 anos. David Chow considerou ainda que o período de concessão devia ser dividido em duas categorias, entre novos investidores e antigos investidores, com montantes investidos a entrar também na equação. “A participação de novos investidores deve ser encorajada e devem ser introduzidos novos mecanismos de concorrência”, afirmou. O responsável é da opinião de que “para o investimento que é superior a dezenas de biliões de patacas, deve ser concedido um período de concessão de 20 anos e que, para os antigos investidores (os seis existentes), o período de Concessão deve ser encurtado em conformidade”. Em relação à introdução de delegados do Governo junto das concessionárias, David Chow, concorda na generalidade, apontando ser “apenas necessário esclarecer a supervisão e autoridade funcional destes representantes”. Recorde-se que, na proposta de revisão à lei do jogo, o Governo prevê a distribuição de dividendos aos accionistas das empresas que exploram o sector, fique dependente de aval governamental e a introdução de delegados do Governo junto das concessionárias, para efeitos de fiscalização. Por outro lado, também se pretende aumentar os requisitos legais das operadoras, assim como das responsabilidades sociais e criminais.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China começa a vacinar crianças dos 3 aos 11 anos Crianças dos 3 aos 11 anos vão começar a receber vacinas contra a covid-19 na China, onde 76% da população foi já totalmente vacinada e as autoridades mantêm uma política de tolerância zero em relação ao coronavírus. Os governos locais, de nível municipal e provincial, em pelo menos cinco províncias, anunciaram recentemente que crianças dos 3 aos 11 anos vão ser chamadas para receber as vacinas. A expansão da campanha de vacinação ocorre numa altura em que várias regiões da China voltam a adotar medidas de prevenção, para tentar extinguir pequenos surtos. Gansu, uma província no noroeste cuja economia depende fortemente do turismo, encerrou todos os locais turísticos, após diagnosticar quatro novos casos de covid-19. Outros 19 casos foram detetados na região autónoma da Mongólia Interior. Residentes em algumas áreas foram obrigados a ficar em casa. No total, a Comissão de Saúde do país asiático informou hoje ter diagnosticado 35 novos casos de transmissão local nas últimas 24 horas. A China mantém uma política de tolerância zero em relação à pandemia, caracterizada por bloqueios, quarentenas e testes obrigatórios para o vírus. O país vacinou já 1,07 mil milhões de pessoas, entre uma população de 1,4 mil milhões. O governo está particularmente preocupado com a disseminação da variante delta, mais contagiosa, e quer ter um público amplamente vacinado antes das Olimpíadas de Pequim, em fevereiro. Os espectadores estrangeiros já estão proibidos e os participantes terão que permanecer numa ‘bolha’ que os separa das pessoas de fora. As províncias de Hubei, Fujian e Hainan emitiram avisos de nível provincial sobre novos requisitos de vacinação, enquanto cidades na província de Zhejiang e na província de Hunan também emitiram anúncios semelhantes. Em junho, a China aprovou duas vacinas – Sinopharm do Instituto de Produtos Biológicos de Pequim e Sinovac – para crianças com idades entre os 3 e 17 anos. Em agosto, os reguladores aprovaram outra vacina da Sinopharm, desenvolvida pelo Instituto de Produtos Biológicos de Wuhan. O Camboja usa já injeções da Sinovac e Sinopharm para crianças entre 6 e 11 anos. Os reguladores no Chile aprovaram a Sinovac para crianças a partir dos 6 anos. Na Argentina, os reguladores aprovaram a vacina da Sinopharm para crianças a partir dos 3 anos.
Hoje Macau SociedadeLucro do HSBC mais que triplica até setembro para mais de 10 milhões de dólares O banco HSBC revelou hoje que o lucro mais que triplicou até setembro, para 10.819 milhões de dólares e anunciou a recompra de 2.000 milhões de dólares de ações próprias. Apesar de o lucro ter crescido 223% até setembro, para 10.819 milhões de dólares, as receitas do grupo financeiro caíram 2,9% para 37.563 milhões de dólares, salientou o banco num comunicado enviado à bolsa de Hong Kong. O banco atribuiu a queda das receitas à redução nas taxas de juros e à quebra das receitas nos negócios de mercado e valores, se bem que destaca que conseguiu contrabalançar com os negócios noutros setores, nomeadamente nos seguros de vida. O presidente executivo do HSBC, Noel Quinn, afirmou, entretanto, que a estratégia da empresa “continua no caminho certo”. Numa videoconferência com analistas, Quinn realçou que o banco “está satisfeito” com os “bons resultados” em todas as regiões em que opera, adiantando que a recompra de ações, no valor de 2.000 milhões de dólares, começará “em breve”. “Embora sejamos cautelosos devido à envolvente de risco externo, acreditamos que o mínimo (referindo-se ao lucro) dos últimos trimestres terá ficado para trás”, disse o gestor, numa alusão ao impacto que a pandemia teve nos negócios. Estes resultados do banco marcam uma “forte melhoria” face à sua situação no ano passado, quando o lucro caiu devido à desaceleração do comércio mundial e ao impacto dos bloqueios para responder à pandemia da covid-19, lê-se no comunicado. Em termos de solvabilidade, o rácio Tier 1 – que corresponde aos fundos próprios de base, isto é, ao capital social e às reservas acumuladas (soma dos lucros não distribuídos), situou-se em 15,9%, mais 0,3 pontos percentuais que em junho, devido à redução dos ativos ponderados pelo risco. Entretanto, no terceiro trimestre, o lucro do HSBC aumentou 160,7% na comparação com igual período do ano passado, enquanto as receitas subiram 0,7% em termos homólogos. Quanto aos dividendos, o banco já antecipou que não os pagará de forma trimestral durante este ano e vai decidir se voltará a fazê-lo antes de apresentar os resultados deste ano fiscal, em fevereiro do próximo ano.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping defende “coexistência pacifica” no aniversário da adesão à ONU O Presidente chinês insistiu hoje na “coexistência pacífica” e defendeu que “ninguém deve ditar a ordem internacional”, numa crítica velada aos Estados Unidos, no discurso que assinalou o 50º aniversário desde que o país aderiu à ONU. “As regras internacionais devem ser desenvolvidas em conjunto pelos 193 membros da ONU. Nenhum poder ou bloco deve ditar a ordem internacional”, apontou Xi Jinping, citado pela agência noticiosa oficial Xinhua. O líder chinês acrescentou que o que o mundo precisa é de “mais cooperação regional e mecanismos multilaterais mais eficazes” para enfrentar os “desafios existentes”, entre os quais citou o terrorismo, as alterações climáticas e a cibersegurança. Ele também afirmou que a “China vai continuar comprometida com a paz” e que “respeitará a autoridade” das Nações Unidas. Xi pediu que “diferentes sistemas políticos” possam coexistir “pacificamente”, um dos mantras mais repetidos por políticos do país asiático, quando se referem às disputas com os Estados Unidos. Em 25 de outubro de 1971, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a resolução 2.758 – com 76 votos a favor, 35 contra e 17 abstenções, além de 3 ausências – para reconhecer a República Popular da China como “o único representante legítimo da China nas Nações Unidas”. Desta forma, foram expulsos os nacionalistas do Kuomintang (KMT), que se estabeleceram em Taiwan, em 1949, após perderem a guerra civil contra os comunistas. Taiwan passou então a ter a designação oficial de República da China. Na década de 1990 o território realizou a transição para a democracia. A China insiste em “reunificar” a República Popular com a ilha e não descartou o uso da força para esse efeito. Taiwan, desde então, ficou de fora da ONU e de outras organizações sob pressão da China, com poucas exceções, como a Organização Mundial da Saúde, da qual participou como observador sob o nome de Taipé Chinês. No domingo, o Departamento de Estado dos EUA disse em comunicado que os seus representantes mantiveram conversas com o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Taiwan para “expandir a participação de Taiwan” nas Nações Unidas e em outros fóruns internacionais. O ex-embaixador chinês nos Estados Unidos Cui Tankai disse hoje que Pequim “nunca permitirá” que Taiwan participe da ONU e que “isso simplesmente vai contra a tendência da História”. Taiwan é uma das principais fontes de conflito entre Washington e Pequim, visto que os EUA são o principal fornecedor de armas da ilha e seriam o seu maior aliado militar em caso de uma guerra com a China.
Hoje Macau EventosAutorizado curso de Língua, Literatura e Cultura Chinesa na Universidade de Cabo Verde A Agência Reguladora do Ensino Superior (ARES) cabo-verdiano autorizou a Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) a ministrar a primeira licenciatura em Língua, Literatura e Cultura Chinesa, conforme despacho publicado hoje. No despacho, com data de 21 de outubro, a ARES “reconhece estarem reunidas as condições para o registo e funcionamento” do ciclo de estudos, de cinco anos (6.620 horas), da licenciatura em Línguas, Literaturas e Culturas – Estudos Chineses. O curso funcionará “a partir do ano académico 2021/2022”, já iniciado, e será ministrado na Faculdade de Ciências Sociais, Humanas e Artes (FCSHA), na cidade da Praia, já no novo campus da Uni-CV, precisamente construído e financiado em 5.600 milhões de escudos (50,7 milhões de euros) pela China, que o entregou ao Governo cabo-verdiano em julho passado. Naquela cerimónia, realizada em 23 de julho, o embaixador da China na Praia, Du Xiaocong, referiu que este novo campus, construído ao longo de quatro anos, é o “maior projeto” financiado por Pequim em Cabo Verde, com capacidade para mais de 5.000 alunos e professores. O diplomata anunciou que o campus da universidade estatal cabo-verdiana vai receber também o Instituto Confúcio – que já está instalado em Cabo Verde desde 2015 e que promove a extensão universitária, através da língua e da cultura da China – e “albergar” desta forma um curso de língua chinesa. Du Xiaocong afirmou na altura tratar-se de “um grande progresso no ensino da língua chinesa em Cabo Verde”. Recordou que Cabo Verde e a China assinalam em 2021 os 45 anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países (25 de abril de 1976) e elogiou a “política de amizade com a China” do atual Governo, liderado por Ulisses Correia e Silva, garantindo que Pequim “não poupou esforços” em projetos para melhorar a vida do arquipélago. Segundo informação do Governo cabo-verdiano, o novo campus ocupa uma área de 28.000 metros quadrados na zona do Palmarejo Grande, arredores da capital, com um total de 18 edifícios e 61 salas de aula, 16 laboratórios informáticos, 34 laboratórios e biblioteca com oito salas de estudo, para receber 4.890 estudantes e 476 docentes. Uma obra que está “à altura da ambição” cabo-verdiana para o ensino superior no arquipélago, destacou Ulisses Correia e Silva durante a cerimónia de entrega da obra, sublinhando que representa ainda o “ponto alto” nas relações entre Cabo Verde e a China, pelo volume do investimento e “qualidade da obra”, mas também pelo impacto que representará para o futuro da educação no país, em todo os níveis de escolaridade e gerações. O novo campus da universidade pública cabo-verdiana, cuja primeira pedra da obra foi lançada oficialmente em 20 de junho de 2017, conta ainda com uma residência de estudantes com 142 quartos e cinco auditórios com capacidade para 150 lugares. Integra igualmente um salão multiusos com 654 lugares, edifícios de administração, edifícios pedagógicos, centro de serviços, incluindo refeitórios, e campos desportivos. A obra vai ainda transformar a área envolvente numa zona de expansão onde se situa ainda a Universidade Jean Piaget, a Escola de Hotelaria e Turismo, o Centro de Energias Renováveis e Manutenção Energética, estando previstas outras infra-estruturas. Com 14 anos de existência, a Universidade de Cabo Verde tem três polos de ensino, nomeadamente na Praia e em Assomada, todos na ilha de Santiago, e um na ilha de São Vicente, com mais de 4.000 estudantes, em cursos profissionalizantes, licenciaturas, especializações, mestrados e doutoramentos.
Hoje Macau China / ÁsiaChina quer limitar o uso de combustíveis fósseis a menos de 20% até 2060 A China quer limitar o uso de combustíveis fósseis a menos de 20% até 2060, de acordo com o plano publicado este domingo e que estabelece os objetivos para atingir a neutralidade carbónica no país. O documento faz parte do objetivo expresso pelo Presidente chinês, Xi Jinping, de começar a reduzir as emissões poluentes até 2030, prevendo alcançar a neutralidade carbónica 30 anos depois. Os combustíveis não fósseis deverão representar cerca de 25% do consumo total de energia na China até 2030, de acordo com as metas agora divulgadas, uma semana antes do início da conferência internacional do clima (COP26), que vai decorrer em Glasgow, Reino Unido, de 31 de outubro a 12 de novembro. O Reino Unido é o anfitrião e preside, em parceria com a Itália, à 26.ª Conferência das Partes (COP) das Nações Unidas, que vai procurar por em prática as compromissos do Acordo de Paris, alcançado em 2015, de limitar o aquecimento global abaixo dos dois graus centígrados, de preferência a 1,5 graus centígrados. Em abril, o Presidente Xi Jinping referiu que o país controlaria os seus projetos de centrais termoelétricas, reduzindo gradualmente o seu consumo de carvão, uma fonte de energia particularmente poluente e que é responsável por cerca de 60% da produção de eletricidade. O Chefe de Estado chinês também garantiu, na Assembleia-Geral da ONU, em setembro, que o país iria cessar a construção de centrais de carvão no exterior. Porém, face à escassez de eletricidade que penaliza a recuperação, devido aos altos preços do carvão, do qual o país depende ainda maioritariamente para abastecer as suas centrais, a China caminha para aumentar sua produção de carvão em 6%. No início desta semana, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC) adiantou que 153 minas foram autorizadas desde o mês passado para aumentar sua capacidade de produção em 220 milhões de toneladas por ano.
Hoje Macau China / ÁsiaExplosão em universidade na China faz dois mortos Duas pessoas morreram e pelo menos outras nove ficaram feridas na sequência de uma explosão num laboratório da Universidade de Aeronáutica e Astronáutica de Nanjing, no leste da China, anunciou hoje a imprensa estatal. O incidente ocorreu na tarde de domingo. Os funcionários estão a investigar a causa da explosão, ocorrida na Escola de Ciência e Tecnologia de Materiais da universidade, informou a emissora estatal CCTV. Nanjing é um importante centro de ensino superior, que atrai também estudantes estrangeiros. As identidades das vítimas não foram divulgadas. Segundo o portal oficial da universidade, mais de mil alunos estrangeiros frequentam cursos nas faculdades de engenharia, negócios e língua chinesa. Não é claro quantos permaneceram depois de a China ter imposto restrições nas entradas no país, como medida preventiva contra a covid-19. A China quer ser um ator importante na aviação global e na indústria aeroespacial, mas os seus esforços para produzir jatos comerciais ainda não tiveram um impacto significativo.
Hoje Macau China / ÁsiaAfeganistão | MNE chinês viaja para o Qatar para se reunir com talibãs O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, vai reunir-se com representantes dos talibãs, no Qatar, até terça-feira, informou hoje a televisão estatal CGTN, numa altura em que os fundamentalistas afegãos procuram reconhecimento internacional. No final de setembro, os principais membros do governo interino dos talibãs reuniram-se com enviados especiais da Rússia, China e Paquistão, na primeira reunião deste tipo, desde que o grupo anunciou cargos executivos importantes, em 7 de setembro, após assumir o controlo de Cabul em meados de agosto. Pequim mantém a sua embaixada no Afeganistão operacional, enquanto espera que os talibãs formem um governo “islâmico, mas aberto e inclusivo”, segundo porta-vozes do Governo chinês, sugerindo que a China vai avaliar o comportamento dos fundamentalistas antes de reconhecer o seu governo. Wang Yi garantiu anteriormente que trabalharia com os países da região “para ajudar o Afeganistão a reconstruir a sua economia e sociedade”, bem como para combater grupos terroristas e o comércio ilegal de drogas. No final de julho, o ministro chinês já tinha recebido uma delegação dos talibãs na cidade de Tianjin, no nordeste da China. Wang disse, na altura, que os talibãs são uma “força militar e política crucial” no Afeganistão, e expressou esperança de que desempenhem um “papel importante no processo de paz”. A China também anunciou a doação de 31 milhões de dólares em cereais e vacinas contra a covid-19 para o país. Pequim aproveitou também a situação para atacar a política externa de Washington, embora também procure proteger os seus projetos de investimento na Ásia Central e prevenir a propagação do terrorismo na região. A prioridade da China é evitar ser afetada pelas hostilidades no Afeganistão, país com o qual compartilha cerca de 60 quilómetros de fronteira, na região noroeste de Xinjiang, uma área habitada sobretudo por membros da etnia de origem muçulmana uigur onde ocorreram vários ataques nas últimas décadas. Pequim quer também eliminar qualquer ameaça ao Corredor Económico China -Paquistão (CPEC), uma rota comercial que ligará a cidade de Kasghar, em Xinjiang, ao porto paquistanês de Gwadar.
Hoje Macau China / ÁsiaMaratona de Pequim adiada indefinidamente após China detectar novos surtos de covid-19 A maratona de Pequim, originalmente marcada para o próximo domingo, foi adiada, indefinidamente, para evitar qualquer risco de transmissão pela covid-19, cem dias antes da capital chinesa receber as Olimpíadas, anunciou hoje a organização. A China registou hoje 39 novos casos de covid-19, testando a sua política de “tolerância zero” em relação ao coronavírus. A Maratona de Pequim foi adiada “para evitar o risco de transmissão epidémica [e] para proteger efetivamente a saúde e a segurança dos corredores, funcionários e residentes”, disseram os organizadores, em comunicado. Cerca de 30.000 corredores deveriam participar do evento. A maratona de Wuhan, que iria contar com 26 mil participantes, e originalmente marcada para o último domingo, também foi cancelada pelos mesmos motivos. Pequim vai marcar os 100 dias que antecedem as Olimpíadas de Inverno na quarta-feira. Os organizadores admitiram no início deste mês que “enfrentam grande pressão” devido à covid-19. As autoridades estão a trabalhar para conter o contágio, através de medidas de confinamento localizadas e testes em massa entre os residentes das zonas afetadas. As autoridades anunciaram a suspensão de viagens organizadas nas cinco regiões onde foram detetados casos, incluindo Pequim. Algumas cidades também suspenderam os serviços de autocarro e táxi.
Hoje Macau EventosEquipa de filme de Baldwin queixou-se de falta de segurança antes de acidente Sete pessoas que trabalhavam num filme protagonizado por Alec Baldwin, que matou acidentalmente uma pessoa durante a rodagem, demitiram-se antes deste incidente invocando, entre outras, questões de segurança, noticiou a agência de notícias Associated Press. Também os jornais norte-americanos Los Angeles Times e The New York Times noticiaram, citando membros da equipa do filme não identificados, que dias antes do incidente fatal, Baldwin já tinha feito dois disparos com balas reais, acidentalmente, por ter usado uma arma que lhe tinham dito que não estava carregada com munições. Protestos e conflitos surgiram no seio da equipa do filme “Rust”, um ‘western’ protagonizado e coproduzido pelo actor Alec Baldwin, quase desde o início das filmagens, no começo deste mês, em Santa Fé, no Novo México, EUA, revelou a AP no sábado, citando uma das sete pessoas que se demitiu. A última pessoa a demitir-se, segundo o relato da agência de notícias, foi um operador de câmara, em protesto contra as condições de trabalho, incluindo as de segurança, horas antes de Alex Baldwin ter matado, na quinta-feira passada, a directora de fotografia do filme, Halyna Hutchins, e de ter ferido o realizador, Joel Souza, por ter disparado uma arma carregada com balas reais, ao contrário da indicação que lhe tinham dado, segundo os relatos conhecidos até agora. Fontes citadas pela AP revelaram que os protestos na equipa que trabalha no filme iam desde condições de alojamento até aos procedimentos de segurança. Gatilho frio Segundo a agência de notícias, são usadas por vezes armas reais nos filmes, que podem estar carregas com balas ou cartuchos de pólvora com o objectivo de produzirem um efeito mais real, existindo protocolos de segurança para a sua utilização. Uma das pessoas que se demitiu afirmou à AP que nunca recebeu ou assistiu à transmissão de orientações sobre a utilização das armas nas filmagens, como normalmente acontece. Na quinta-feira, segundo os registos da investigação a que a AP teve acesso, no momento em que equipa de filmagem se preparava para ensaiar uma cena, o assistente de realização Dave Halls foi buscar uma arma de adereço que entregou a Alec Baldwin gritando a expressão ‘cold gun’, o que significa que era seguro usar a arma, por não estar carregada com munições verdadeiras. Quando Baldwin premiu o gatilho atingiu fatalmente a directora de fotografia e feriu o realizador. A arma disparada era uma de três colocadas num carrinho de adereços, de onde foi retirada por Halls, que a entregou a Baldwin sem saber que estava carregada com cartuchos verdadeiros, segundo os registos da investigação. Não há ainda certezas sobre quantos cartuchos foram disparados e um invólucro foi retirado da arma depois do acidente pela responsável pelo armeiro no local de rodagem, Hannah Gutierrez. A arma foi entregue à polícia quando chegou ao local. A agência de notícias AFP escreveu hoje que a investigação está centrada no papel de Hannah Gutierrez, a quem coube preparar as armas para serem usadas no filme, e em Dave Halls. Não foi feita qualquer detenção ou acusação, disse um porta-voz policial citado pela AFP.
Hoje Macau VozesForma urbana (II) – Dos ventos e das brisas urbanas Por Mário Duarte Duque Enquanto os ventos constituem o transporte de ar de uma circulação mais geral e são geralmente constantes ou predominantes numa região. As brisas geram-se localmente a partir de características locais. A forma urbana permite tanto defendermo-nos dos ventos gerais, como deles tirar partido, mas também permite gerar localmente correntes de ar desejáveis, a que se chamam brisas. Nas cidades não velejamos e muitas vezes sequer gostamos do vento. Mas precisamos e gostamos das brisas. As brisas urbanas geram-se localmente por convecção do ar no espaço urbano. Têm como motor a capacidade da terra e dos seres vivos de transformarem autonomamente a luz do sol em energia. Para tanto as cidades dependem da orientação solar, do tipo de cobertura da superfície, da distribuição da massa construída, dos materiais e das cores, e muito da presença de corpos de água. Do criterioso posicionamento de todos estes elementos obtemos as brisas urbanas que precisamos para a higiene e o conforto das cidades. Em verdade, todos sabemos que, se tivermos em casa janelas para fachadas opostas, em que uma fachada é soalheira e outra é umbria, temos correntes de ar. E que essa corrente até pode ser forte ao ponto de as cortinas voarem e as portas baterem. Como sabemos que quando estamos numa frente de água, o ar desloca-se entre a água e a terra em sentidos diferentes, a diferentes horas do dia. O fenómeno não é mais que o resultado da distribuição das temperaturas no espaço próximo. É conhecido que as cidades são mais quentes que as periferias não edificadas. A razão é que os materiais que predominam nas cidades são mais eficazes na conversão da luz do sol em calor. Disso resulta que, no efeito de “ilha de calor” que se atribui às cidades, reside um motor com capacidade de ventilar e renovar o ar, bastando que a forma urbana esteja para isso vocacionada. É também conhecido que diferentes materiais precisam de quantidades diferentes de energia para alterar a sua temperatura. De entre esses materiais a água e os cobertos vegetais são os que precisam de mais energia e que mais dificilmente alteram a sua temperatura. Enquanto o asfalto, o betão e os metais precisam de pouca energia e, mais facilmente alteram a sua temperatura. Quer isso dizer que é exactamente o pico do calor atmosférico o momento de formação de maiores diferenciais térmicos e de brisas urbanas, contando que exista água ou verde por perto, e a forma urbana esteja para isso adaptada. É numa situação extrema de calor atmosférico, onde reside maior capacidade de a cidade ventilar e de o ar arrefecer, por via da própria energia em presença. São exactamente esses os tipos de mecanismos que importam identificar e facilitar para devolver equilíbrio, sempre que os indicadores ambientais se desenvolvem em sentido que colocam em causa os sistemas de suporte à vida. E falamos apenas de brisas, as quais sequer têm a mesma capacidade de mover ar como os ventos gerais de circulação, mas que são a única possibilidade de mover ar em determinadas zonas do mundo, em determinadas alturas do ano. A chamada zona de convergência intertropical é a zona do globo onde os ventos circulação geral de norte e sul se encontram e se anulam mutuamente. Essa faixa equatorial também se aproxima e se afasta de cada trópico por ocasião do solstício do respectivo hemisfério. Ao efeito que disso resulta chama-se “marasmo”. Remete aos tempos da navegação exclusivamente feita à vela, e representa as situações em que os navios ficavam estacionados no mar porque o ar simplesmente não mexe. Nas cidades das zonas do mundo afectadas por esse fenómeno, onde Macau se inscreve, as bisas urbanas, geradas localmente, são a única possibilidade de movimentar ar. Mas brisas geram-se também por forças de arrasto que actuam lateralmente e em sentido oposto a um corpo em movimento. Em verdade, todos sabemos que os chapéus se soltam em sentido oposto à passagem de um comboio no cais de uma estação e quando tomamos banho de duche, as cortinas são sugadas logo que ligamos o chuveiro, seja a água quente ou fria. São as mesmas brisas que se levantam em sentido oposto à queda de água numa cascata. São as mesmas brisas que, quando chove, levantam o ar poluído das cidades, para que possa ser levado pelos ventos altos de circulação. São as mesmas brisas que permitem a ventilação dos lotes e dos prédios, se colocarmos em comunicação criteriosa as arcadas, as artérias e os pátios dos edifícios. E era disso de que dependia a higiene e a salubridade das colmeias habitacionais das grandes cidades que resultaram da revolução industrial, organizadas em galerias e pátios sucessivos nos interiores de grandes lotes. Nas cidades que são atormentadas, tanto por calor, como por chuva, aí reside exactamente grande capacidade para essas cidades poderem ventilar e arrefecer, contando que se tire partido da morfologia natural e se aperfeiçoe essa morfologia na forma urbana. Demonstração disso é o que se constata em cidades diferentes e se percepciona a respeito do seu clima urbano. Das cidades antigas que disso são bom exemplo, pode não ser claro se o que presidiu foi resultado de conhecimento empírico, intuição ou mero aproveitamento morfologia geográfica inicialmente identificada. Mas sabe-se hoje o que contribui para o aperfeiçoamento e para a degradação do clima das cidades, como também se pode representar e ensaiar isso em modelos numéricos. A mudança de paradigma é que as cidades modificam o clima local, mas não têm necessariamente que o degradar, antes pelo contrário, contando que a modificação seja informada e avisada. Outra mudança de paradigma é que as cidades não mais dependem de uma morfologia geográfica natural. Presentemente os recursos da técnica permitem que a forma urbana possa representar e equivaler em magnitude qualquer morfologia geográfica natural. E sempre se dirá que a infra-estrutura mais primordial de uma cidade é a sua forma urbana.
Hoje Macau SociedadeIAM | Retiradas oito toneladas de lixo do Edifício San Mei On O Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) anunciou ter retirado oito toneladas de lixo e ferro velho do Edifício San Mei On entre segunda e quarta-feira, da semana passada. Este edifício foi classificado como zona vermelha recentemente, na sequência da descoberta do surto relacionado com os trabalhadores de obras de remodelação, que moram no San Mei On. Posteriormente, os moradores foram levados para hotéis de quarentena e o Governo tratou de limpar e desinfectar o edifício. De acordo com o relato das autoridades, o Bloco Um do San Mei On tinha nos lugares comuns vários artigos velhos, ferramentas para obras de decoração, entulho, mobílias, electrodomésticos abandonados e outros materiais. Os objectos foram removidos, com a concordância dos residentes, num total de oito toneladas. O IAM reconhece que ainda há uma parte menor do entulho por remover, uma vez que os supostos donos não se mostraram disponíveis para cooperar com a limpeza dos espaços comuns. Em comunicado, o IAM afirmou ainda ter feito uma acção de promoção entre os residentes das práticas de higiene e de saúde pública, tendo explicado como as condições degradas do edifício criaram grandes dificuldade no isolamento e controlo da pandemia.
Hoje Macau PolíticaLAG | Associação defende registo de viagens no código de saúde Durante um encontro com o Chefe do Executivo, a Associação de Amizade de Membros da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês na Instância de Província de Macau, defendeu a criação de um sistema de código de saúde com função de registo de viagens. Durante o encontro, que serviu para apresentar sugestões sobre a elaboração das Linhas de Acção Governativa (LAG) para 2022, o presidente da associação, Ma Chi Ngai, reiterou ainda que o sistema não deve violar a Lei de Dados Pessoais e contribuir para “elevar a eficácia” da prevenção e do controlo da pandemia em Macau. Além disso, foi ainda referida a necessidade de aumentar o fluxo de pessoas, atrair mais empresas de grande envergadura, salvaguardar o emprego e nivelar a taxa de vacinação de Macau com os padrões do Interior da China. Ho Iat Seng prometeu “analisar cuidadosamente as opiniões” partilhadas e sublinhou a importância do desenvolvimento da zona de cooperação entre Macau e Guangdong em Hengqin.
Hoje Macau China / ÁsiaSismo de 6,5 de magnitude registado em Taiwan Um sismo de magnitude de 6,5 na escala aberta de Richter foi hoje registado no nordeste de Taiwan, anunciou a agência de meteorologia da ilha. Os habitantes da capital, Taipé, disseram ter sentido fortemente o abalo, ocorrido pelas 13:11, indicou a agência. O epicentro localizou-se no condado de Yilan, a cerca de 61 quilómetros da capital, Taipé, acrescentou. O sismo, que se prolongou por cerca de dez segundos, ocorreu a uma profundidade de 67 quilómetros. Taiwan é regularmente atingida por sismos por se encontrar perto da junção de duas placas tectónicas. Em 2018, a cidade de Hualien, um dos centros turísticos da ilha, foi atingida por um sismo de 6,4 de magnitude, o qual causou 17 mortos e perto de 300 feridos. Em setembro de 1999, um sismo de 7,6 de magnitude fez cerca de 2.400 mortos, na catástrofe natural mais mortífera da história da ilha. Em dezembro do ano passado, um terramoto de 6,2 não causou danos ou vítimas.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Adiada maratona de Wuhan devido a aumento de casos de covid-19 A maratona de Wuhan, que devia realizar-se hoje, foi adiada devido aos receios crescentes de ressurgimento da covid-19 na China, à medida que se aproximam os Jogos Olímpicos de inverno de 2022, em Pequim. Na últimas 24 horas, a Comissão de Saúde da China detetou 26 infeções locais no país. Pequim vai assinalar na quarta-feira os 100 dias que antecedem os Jogos Olímpicos de inverno, com início marcado para 04 de fevereiro, tendo os organizadores admitido, no início deste mês, estarem sob “grande pressão” devido à covid-19. As autoridades estão a tentar conter os casos, procedendo a testes em massa dos residentes das localidades afetadas e confinamentos seletivos. Mas perante o aumento do número de casos, a organização da maratona de Wuhan, onde foi identificada a doença em final de 2019, decidiu adiar a prova “para prevenir o risco de propagação da epidemia”, de acordo com um comunicado divulgado no final da semana. O evento devia contar com 26 mil participantes, entre as provas da maratona e da meia maratona, noticiaram os meios de comunicação estatais. Contactada pela agência de notícias France-Presse, a organização da maratona de Pequim, prevista para o próximo domingo, não adiantou se iria manter a prova. A China reduziu drasticamente o número de infeções no país graças a campanhas maciças de testes e ao encerramento das fronteiras.
Hoje Macau EventosLiteratura | Paulina Chiziane dedica Prémio Camões 2021 às mulheres O Prémio Camões 2021 serve para valorizar o papel das mulheres numa altura em que o seu trabalho ainda é subvalorizado, disse na quarta-feira à Lusa a escritora moçambicana Paulina Chiziane, depois de receber a distinção. “Afinal a mulher tem uma alma grande e tem uma grande mensagem para dar ao mundo. Este prémio serve para despertar as mulheres e fazê-las sentir o poder que têm por dentro”, referiu a autora. Chiziane foi a primeira mulher a publicar um romance em Moçambique, com “Balada de amor ao vento”, em 1990. “Quando eu comecei a escrever, ninguém acreditava naquilo que eu fazia. Porque eram escritos de mulher”, referiu, numa alusão à temática do género, um dos fios condutores da sua obra. Paulina Chiziane, 66 anos, confessou-se confusa com a notícia do prémio. “Eu nem sequer me lembrava que o prémio Camões existia”, porque os confinamentos provocados pela COVID-19 deixaram-na “bem fechada em casa, desligada de tudo”. O prémio surgiu como uma surpresa bem-vinda. “Uma surpresa muito boa para mim, para o meu povo, para a minha gente”, que em África escreve “o português, aprendido de Portugal”. “E eu sempre achei que o meu português não merecia tão alto patamar. Estou emocionada”, acrescentou. O seu último trabalho foi “A voz do cárcere” escrito em conjunto com Dionísio Bahule, lançado este ano, em Maputo, depois de ambos entrarem nas prisões e ouvirem os reclusos – ela a escutar as mulheres, ele, os homens. “Há tantas ideias”, disse à Lusa sobre o futuro, ideias que “nem sempre o corpo consegue realizar”. Mas pode ser que “este prémio seja um motor para eu me sentir um pouco mais de pé, porque às vezes fico cansada”, seja pela idade, referiu, ou pelo impacto “da COVID, que impede tudo”, disse, numa alusão à pandemia. Paulina Chiziane disse que o Prémio Camões pode ser “um alento novo”, um símbolo que de que a sua caminhada “valeu a pena” e de que “é preciso continuar a lutar”. A escolha da escritora moçambicana foi feita por unanimidade pelo júri do Prémio Camões 2021, anunciou na quarta-feira a ministra portuguesa da Cultura, Graça Fonseca. A decisão destaca a “vasta produção e receção crítica, bem como o reconhecimento académico e institucional” da obra, segundo nota que anunciou a distinção. A autora esteve em Macau em 2013 como um dos nomes integrantes do cartaz do Festival Literário Rota das Letras.