Hoje Macau China / ÁsiaAcidente | Seis pessoas desaparecidas após explosão em fábrica Seis pessoas continuam desaparecidas na sequência de uma explosão numa fábrica de produtos químicos no leste da China, que resultou na morte de cinco pessoas e feriu outras 19. A explosão de terça-feira, ocorrida num parque industrial na cidade de Weifang, na província de Shandong, derrubou janelas de edifícios próximos e lançou uma espessa nuvem de fumo branco, de acordo com vídeos partilhados nas redes sociais. Não ficou imediatamente claro o que causou a explosão, que ocorreu numa fábrica pertencente à Gaomi Youdao Chemical Co., uma produtora de pesticidas e produtos químicos para uso médico com mais de 500 empregados, de acordo com os registos da empresa. Os bombeiros locais enviaram mais de 230 efetivos para o local, segundo a televisão estatal CCTV. Um estudante de uma escola situada a cerca de um quilómetro de distância da fábrica disse à imprensa local que ouviu uma explosão e viu fumo amarelo sujo a sair da fábrica. O jovem afirmou ainda que havia um cheiro estranho e que foram dadas máscaras de protecção respiratória a todos os estudantes. Um funcionário do gabinete local do ambiente disse ao The Paper que uma equipa foi enviada para o local para controlar a potencial poluição, mas que ainda não apresentou qualquer relatório. No ano passado, a fábrica de produtos químicos foi citada por “riscos de segurança” pelo menos duas vezes, mas em Setembro foi elogiada pelo Gabinete de Gestão de Emergências de Weifang por confiar nos membros do Partido Comunista para gerir eficazmente os riscos no local de trabalho. Especificamente, os membros do Partido na Gaomi Youdao identificaram mais de 800 riscos de segurança nos primeiros oito meses de 2024 e rectificaram-nos a todos, disse o gabinete. A segurança no local de trabalho tem vindo a melhorar ao longo dos anos na China, mas continua a ser um problema persistente. O Ministério Nacional de Gestão de Emergências registou 21.800 incidentes e 19.600 mortes em 2024.
Hoje Macau China / ÁsiaTarifas | China aponta para imensa procura do mercado dos EUA após trégua de 90 dias A China destacou ontem o aumento do envio de contentores para os Estados Unidos, desde que os dois países acordaram uma trégua comercial de 90 dias, o que demonstra “imensa procura” e que os laços económicos “beneficiam ambos”. “Isto mostra que a cooperação entre as duas maiores economias do mundo trouxe benefícios tangíveis para as empresas e os consumidores dos dois países”, afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Mao Ning, em conferência de imprensa. Mao acrescentou que, na sequência do acordo alcançado na Suíça para baixar as taxas alfandegárias durante três meses – os EUA de 145 por cento para 30 por cento e a China de 125 por cento para 10 por cento -, “as encomendas dos Estados Unidos aumentaram”, demonstrando “enorme procura”. “O proteccionismo não leva a lado nenhum”, disse Mão. Pequim “dá as boas-vindas aos EUA e a outros países para cooperarem e fazerem negócios” na China, apontou. A suspensão das taxas termina a 10 de Agosto e alguns analistas estão otimistas quanto à possibilidade de um acordo comercial mais duradouro ajudar a reduzir o risco de perturbações na cadeia de abastecimento antes das férias do fim do ano.
Hoje Macau China / ÁsiaEmpresas europeias reduzem investimentos face a abrandamento económico As empresas europeias estão a cortar custos e a reduzir planos de investimento na China, à medida que a economia abranda e a concorrência feroz faz baixar os preços, segundo um inquérito anual divulgado ontem. “Muitas empresas continuam a reavaliar o seu envolvimento com o mercado chinês, com um grande número a cortar custos, a reduzir os planos de expansão, a transferir investimentos para outras regiões e a tomar medidas para isolar as suas cadeias de abastecimento na China e no resto do mundo”, lê-se no relatório que acompanha os resultados do inquérito realizado pela Câmara de Comércio da União Europeia na China. “Confrontados com uma série de desafios – incluindo a persistência de barreiras regulamentares e de acesso ao mercado, aumento das tensões geopolíticas, deflação dos preços, baixo consumo interno e redução das margens – o optimismo dos membros da Câmara em relação às perspectivas a curto e médio prazo situa-se agora num nível historicamente baixo”, acrescentou. Os desafios enfrentados pelas empresas europeias reflectem problemas mais amplos da segunda maior economia do mundo, afectada por uma prolongada crise no sector imobiliário, que tem contido os gastos dos consumidores. Outras guerras Pequim enfrenta também medidas proteccionistas por parte dos Estados Unidos e da Europa, em resposta aos persistentes excedentes comerciais da China. “O cenário deteriorou-se em muitos indicadores-chave”, afirmou a Câmara de Comércio da União Europeia na China, na introdução do seu Inquérito de Confiança Empresarial 2025. As mesmas forças que estão a impulsionar as exportações chinesas estão a penalizar os negócios no mercado interno. Empresas chinesas, frequentemente apoiadas por subsídios estatais, investiram de forma intensiva em sectores específicos, como o dos veículos eléctricos, levando a que a capacidade instalada das fábricas ultrapassasse largamente a procura. Este excesso de capacidade deu origem a ferozes guerras de preços, que reduziram os lucros e levaram as empresas a escoar o excedente de produção para o exterior, suscitando acusações de ‘dumping’ — venda abaixo do custo de produção. Na Europa, esta situação gerou receios de que as importações chinesas possam prejudicar as indústrias locais e os seus trabalhadores. No ano passado, a União Europeia aumentou as taxas alfandegárias sobre veículos eléctricos oriundos da China, alegando que o país subsidiou injustamente o sector. “Penso que existe uma percepção clara de que os benefícios das relações bilaterais de comércio e investimento não estão a ser distribuídos de forma equitativa”, afirmou o presidente da Câmara da UE na China, Jens Eskelund, durante a apresentação do inquérito. Prós e contras Eskelund saudou os esforços da China para estimular o consumo, mas defendeu que o governo deve também tomar medidas para garantir que o crescimento da oferta não ultrapasse o da procura. Os resultados do inquérito indicam que a pressão descendente sobre os lucros aumentou no último ano e que a queda da confiança empresarial ainda não atingiu o seu ponto mais baixo, afirmou. Cerca de 500 empresas associadas responderam ao inquérito entre meados de Janeiro e meados de Fevereiro. “É muito difícil para todos neste momento, num ambiente de margens em declínio”, acrescentou.
Hoje Macau China / ÁsiaTarifas | China, ASEAN e Estados do Golfo prometem solidariedade económica Além dos compromissos assumidos para combater a guerra económica lançada por Donald Trump, os países representados na cimeira tripartida na Malásia manifestaram ainda profunda preocupação com a situação em Gaza A China, os países do Sudeste Asiático e seis Estados do Golfo comprometeram-se ontem a promover uma cooperação mais estreita, com forte ênfase na integração económica e na colaboração energética, num contexto da guerra comercial lançada por Washington. Numa declaração conjunta, os dirigentes da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) e da China reafirmaram o seu empenho num sistema comercial multilateral baseado em regras e na globalização económica, manifestando simultaneamente “sérias preocupações” com a situação em Gaza. O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, considerou a cimeira tripartida, que se realizou em Kuala Lumpur, “uma iniciativa inovadora” em matéria de cooperação transregional, num contexto internacional “volátil” e de fraco crescimento global. O primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, elogiou a declaração conjunta emitida no final da reunião, considerando-a “pormenorizada e elaborada” e uma forte mensagem de solidariedade e cooperação trilateral. Com base numa cimeira da ASEAN com o CCG em 2023, a reunião foi vista como um esforço para diversificar os vínculos comerciais e contrariar as tarifas lançadas pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A declaração de 4.200 palavras não mencionou directamente os Estados Unidos, nem tocou em questões sensíveis como as disputas territoriais no mar do Sul da China ou o aprofundamento da crise em Myanmar (antiga Birmânia). A Malásia é o actual presidente rotativo da Asean, que inclui também o Brunei, o Camboja, a Indonésia, o Laos, Myanmar, as Filipinas, Singapura, a Tailândia e o Vietname. O CCG inclui as nações produtoras de petróleo do Barém, Kuwait, Arábia Saudita, Omã, Qatar e Emirados Árabes Unidos. Papel fulcral Na sua declaração conjunta, as partes reconheceram o “papel fundamental da China na promoção da paz, da estabilidade, da prosperidade e do desenvolvimento sustentável a nível regional e mundial”, bem como a centralidade da Asean nos assuntos regionais e o “papel fulcral” do CCG no Médio Oriente. Salientando o respeito mútuo, o direito internacional, o multilateralismo e o seu empenho comum na estabilidade regional, na integração económica e no desenvolvimento sustentável, a declaração delineou um amplo quadro de cooperação trilateral, em estreita consonância com a iniciativa chinesa Faixa e Rota e o seu impulso para expandir os laços económicos mundiais. As partes declararam ter reconhecido a necessidade de reforçar a confiança num sistema comercial multilateral baseado em regras, com a Organização Mundial do Comércio no seu cerne, e reafirmaram a sua determinação em tornar a globalização económica mais aberta, inclusiva, equilibrada e benéfica para os seus povos e para as gerações futuras. Condenação total No que diz respeito ao Médio Oriente, os líderes da China, do CCG e da Asean manifestaram “sérias preocupações” e condenaram todos os ataques contra civis, apelando simultaneamente a um cessar-fogo duradouro em Gaza e à “distribuição mais eficaz e acessível da ajuda humanitária”. Foi igualmente reiterado o apoio à implementação da “solução de dois Estados”, reconhecendo os esforços de mediação internacional desenvolvidos pela China, pelo Qatar e pela Arábia Saudita. Os participantes comprometeram-se ainda a procurar uma cooperação mais estreita para prevenir e combater a criminalidade transnacional, a cibercriminalidade, o terrorismo e o extremismo. No seu discurso de abertura da cimeira trilateral, na terça-feira, Li Qiang instou as partes a “aproveitarem firmemente esta oportunidade histórica para enriquecer a cooperação trilateral”. A China e a ASEAN são os principais parceiros comerciais entre si, enquanto o CCG fornece mais de um terço das importações de petróleo bruto da China. A ASEAN, o CCG e a China têm um PIB conjunto de quase 25 biliões de dólares e um mercado de mais de 2 mil milhões de pessoas.
Hoje Macau SociedadeEstrada da Bela Vista | CEM com terreno para subestação Seis parcelas de terreno junto à Estrada da Bela Vista, na península de Macau, passaram a integrar o domínio público do Estado, de acordo com um despacho assinado pelo secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raymond Tam Vai Man, publicado ontem no Boletim Oficial. Dos seis terrenos recuperados, quatro lotes com uma área total de 2.425 metros quadrados vão ser agregados e concedidos, “por uso privativo e com dispensa de concurso público”, à Companhia de Electricidade de Macau (CEM). Segundo o despacho assinado por Raymond Tam, o lote será destinado à construção de uma subestação e instalações de apoio, em regime de propriedade única com cinco pisos, um deles em cave. A concessão de uso privado para a CEM será válida durante 15 anos, e pode ser renovada mediante requerimento apresentado entre um ano e seis meses do fim do prazo da concessão.
Hoje Macau PolíticaMacau Investimento e Desenvolvimento | Tam Chi Neng nomeado presidente “É nomeado, em regime de acumulação de funções, Tam Chi Neng, como presidente do Conselho de Administração da Macau Investimento e Desenvolvimento, S.A., pelo período de um ano.” Foi desta forma que o Chefe do Executivo oficializou a ascensão de Tam Chi Neng ao topo da hierarquia da Macau Investimento e Desenvolvimento, através de um despacho publicado ontem no Boletim Oficial. A Macau Investimento e Desenvolvimento tem como objectivo a concepção, gestão e exploração de espaços para empresas e entidades não empresariais, como o Parque de Medicina Tradicional Chinesa em Hengqin ou a Incubadora de Indústrias de Macau em Zhongshan. A entidade estava sem chefia desde a exoneração de Wu Jianfeng do cargo de presidente do Conselho de Administração, depois da publicação de um despacho assinado por Sam Hou Fai no início do passado mês de Fevereiro.
Hoje Macau PolíticaSaúde | Sam Hou Fai reúne com dirigente de Comissão Nacional O Chefe do Executivo recebeu na terça-feira na Sede do Governo o sub-director da Comissão Nacional de Saúde, Cao Xuetao, com quem trocou impressões sobre o desenvolvimento da indústria big health e a formação de profissionais de saúde. Sam Hou Fai salientou que o Governo vai continuar “a cooperar com a Comissão Nacional de Saúde, de forma a reforçar a prática clínica para estudantes de saúde de Macau, intensificar a formação médica e o intercâmbio de quadros qualificados e elevar o nível dos serviços de saúde de Macau”. O governante afirmou que a RAEM está concentrada no desenvolvimento da indústria big health e que irá aprofundar a sinergia da Grande Baía nesse domínio. De acordo com o Gabinete de Comunicação Social (GCS), o Chefe do Executivo referiu que a entrada em funcionamento do Hospital das Ilhas reflecte “a atenção e a importância do país ao bem-estar da população da RAEM”. O GCS não adiantou qualquer comentário ou declaração proferida pelo responsável da Comissão Nacional de Saúde na reunião com o Chefe do Executivo.
Hoje Macau Manchete PolíticaDireito de manifestação | Risco para segurança do Estado, diz secretário O Governo disse ontem que a realização de manifestações pode ameaçar a segurança da China, mas negou que a polícia tenha pressionado uma associação a cancelar um protesto no Dia do Trabalhador. “As manifestações podem trazer conflitos à sociedade, à segurança de Estado”, defendeu o secretário para a Segurança. “Isto tem a ver com o bem-estar do nosso país. Não podemos, devido ao interesse de uma pessoa, prejudicar o nosso povo”, disse Wong Sio Chak. Durante a pandemia, as forças de segurança recusaram-se a aprovar o percurso de qualquer protesto, invocando razões de “ordem e segurança” ou de saúde pública. As autoridades levantaram as restrições antipandémicas no final de 2023, mas os protestos não voltaram às ruas da cidade. Wong Sio Chak reiterou o respeito do Governo da RAEM pelo direito à manifestação, mas sublinhou que “não pode causar impacto à sociedade”. “Temos uma negociação quanto à ordem pública, tal como anteriormente, porque uma manifestação tem de ocupar espaço público e pode também ter muitas pessoas a participar”, referiu o secretário. Wong Sio Chak deu ainda como exemplo uma alegada decisão da polícia em Espanha, que terá sido confirmada pela justiça, de proibir uma manifestação “envolvendo dois grupos religiosos que podia levar a um conflito e desordem”. Questionado sobre se a polícia de Macau tinha razões para temer que o protesto do Dia do Trabalhador poderia levar a confrontos físicos, o secretário não respondeu directamente. No entanto, Wong sublinhou que “todos os polícias têm medo de conflito, de agressão”.
Hoje Macau SociedadeWai Hung | Grupo adia apresentação de resultados O Grupo Wai Hung, que está a ser investigado em Hong Kong e Macau, por suspeitas de fraude e falsificação de documentos, vai adiar a apresentação dos resultados financeiros para o final de Junho. A informação consta de um documento enviado à bolsa de Hong Kong, onde a empresa está cotada. Anteriormente, o grupo reconheceu como provável a apresentação de um prejuízo em 2024 na ordem dos 48,5 milhões de patacas, o que representa um agravar face a 2023, quando os prejuízos foram de 27,8 milhões de patacas. A investigação à empresa da área da construção civil foi revelada pelas autoridades de Hong Kong em Agosto de 2024, que revelaram também a participação da Polícia Judiciária nas operações. Por sua vez, a PJ manteve sempre o silêncio sobre este assunto. Quando a investigação foi anunciada, Wu Chou Kit, deputado de Macau, era um dos directores não executivos do grupo, tal como Rita Santos. Ambos apresentaram a demissão, meses depois.
Hoje Macau SociedadeCrime | Troca de dinheiro resulta em três detenções Um roubo num quarto de um hotel resultou na aplicação da prisão preventiva a três dos envolvidos e na abertura de uma investigação criminal contra as vítimas, por troca ilegal de dinheiro. A informação foi divulgada ontem pelo Ministério Público (MP) e todos os envolvidos são do Interior da China. O caso aconteceu num hotel, quando um grupo de seis homens se organizou para roubar dinheiro a um casal, que terá vindo para Macau para trocar ilegalmente dinheiro. O grupo convenceu o casal a deslocar-se a um quarto de hotel, com as perspectivas de realizar um empréstimo e também de troca de dicas para jogar nos casinos locais. No entanto, assim que o casal atravessou a porta foi atacado com uma faca de cozinha. Além disso, os seis membros do grupo conseguiram roubar 200 mil dólares de Hong Kong às vítimas. Após o ataque, a política conseguiu deter três dos seis membros do grupo, o que significa que outros três ainda estão a monte. “Realizado o primeiro interrogatório judicial aos três arguidos […] o Juízo de Instrução Criminal, sob a promoção do Ministério Público, aplicou-lhes a medida de coacção de prisão preventiva por concluir pela existência de fortes indícios da prática do crime de roubo qualificado […] entre outros crimes, tendo em conta a natureza e a gravidade dos factos e a fim de se evitarem a fuga de Macau, a continuação da prática de actividade criminosa da mesma natureza e a perturbação da tranquilidade social”, foi revelado. Ao mesmo tempo, as vítimas estão igualmente a ser investigadas por haver indícios do crime de exploração de câmbio ilícito para jogo.
Hoje Macau PolíticaTurismo | Pedidas medidas para diversificar origem dos visitantes Samuel Tong, presidente do Instituto de Gestão de Macau, defendeu que o Governo deve lançar mais medidas para atrair turistas de outras províncias chinesas além de Guangdong, tendo em conta que o número de visitantes do resto do país, nos primeiros quatro meses deste ano, registou um aumento de apenas 4 por cento em termos anuais. Segundo o jornal Ou Mun, o académico lembrou que a medida de acrescentar mais oito cidades à política de “visto individual” para deslocações a Macau e Hong Kong já está em vigor há um ano. Assim, Samuel Tong destacou que os turistas portadores de “visto individual” oriundos de outras cidades e províncias além de Guangdong registaram uma tendência de queda, destacando o caso das cidades do norte e leste da China em que se demora duas a três horas para viajar para o Japão ou Coreia do Sul, o mesmo tempo gasto numa viagem para Macau ou Hong Kong, tratando-se, porém, de destinos mais atractivos. Samuel Tong sugere a criação de mais voos directos entre as cidades do país mais longínquas e as duas regiões administrativas especiais. Por sua vez, o presidente da Associação da Indústria Turística de Macau, Andy Wu, argumentou que o aumento significativo dos turistas de Guangdong faz com que o crescimento de visitantes de outras províncias seja mais lento. Este defende também que o número de voos directos não traz grande efeito positivo ao número de turistas, pois estes podem aproveitar os aeroportos de Zhuhai para se deslocarem a Macau. Ao mesmo jornal, Andy Wu concluiu que o maior problema com o sector turístico em Macau é a queda da capacidade do consumo, sendo necessário pensar em estratégias para levar os turistas a consumir em bairros comunitários fora das zonas com maiores atracções.
Hoje Macau SociedadeTrabalho | Menos despedimentos de Janeiro a Abril O número de despedimentos em Macau está a descer no início deste ano, de acordo com uma notícia da Rádio Macau. Segundo os dados disponibilizados pela Direcção de Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) à emissora, entre Janeiro e Abril deste ano foram abertos em Macau 144 processos de despedimento, o que representa um decréscimo de 16 por cento face ao período homólogo de 2024. Entre os processos de despedimento abertos no ano passado, os trabalhadores pertenciam a seis sectores de actividade, com os mais representados a serem a hotelaria e restauração (61 trabalhadores) e a construção (59 trabalhadores). Em 2023, o número de trabalhadores despedidos foi de 266 e no ano passado de 245, ou seja, menos 21 despedimentos de um ano para o outro. Há também uma menor litigância quando existe um processo de quebra do vínculo laboral. Entre os processos de despedimento abertos e concluídos no mesmo ano, os que foram decididos em tribunal foram de 13 por cento, em 2023, e 6 por cento em 2024. Em reacção aos dados, em declarações à Rádio Macau, o deputado José Pereira Coutinho considerou que o número de despedidos vai continuar a descer porque “não há mais por onde despedir”. O deputado afirmou ainda que a questão do emprego é uma das que mais preocupa a população local, principalmente os jovens: “Cada vez há menos postos de trabalho, cada vez é mais difícil encontrar um emprego. Anteontem, estive na graduação dos alunos da Universidade de Macau e quando estive a falar com as famílias e com os próprios alunos, andam todos preocupados para encontrar o primeiro emprego”, afirmou. “Portanto, é normal que essa tendência de diminuição dos despedimentos continue, porque também não há por onde despedir”, acrescentou.
Hoje Macau China / ÁsiaGaza | Japão promete ajuda humanitária O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, prometeu ontem à Agência das Nações para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) que o Japão irá contribuir para a chegada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. “O Japão pretende trabalhar para garantir a manutenção de um ambiente sustentável no qual as actividades de assistência humanitária possam ser realizadas”, disse Ishiba ao director-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, durante uma reunião em Tóquio, segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês. Lazzarini fez uma visita de cortesia de cerca de 20 minutos ao Presidente japonês, que expressou o seu respeito pela organização internacional e as suas condolências aos funcionários que morreram durante o conflito com Israel na Faixa de Gaza. O director-geral da UNRWA expressou a sua gratidão pela assistência prestada pelo Japão até à data e explicou a atual situação humanitária na Faixa de Gaza, assim como as condições que enfrenta a UNRWA e os seus esforços para melhorar a sua gestão, após o congelamento temporário da ajuda de certos países, incluindo o Japão, devido às alegadas ligações de alguns dos seus funcionários com o grupo islamita Hamas. Ishiba e Lazzarini confirmaram que continuarão a colaborar para prestar apoio aos refugiados palestinianos que enfrentam “uma grave crise”, acrescentou o ministério.
Hoje Macau EventosGraça Morais e Júlio Pomar na galeria AMAGAO partir de quinta-feira Chama-se “Diálogos de Criatividade” e é o nome da nova mostra promovida pela galeria AMAGAO e que abre ao público esta quinta-feira, a partir das 18h30. Segundo uma nota da galeria, apresenta-se “uma selecção excepcional de artistas portugueses contemporâneos”, sendo que cada um traz uma “perspectiva única e inovadora sobre o panorama artístico actual”. São, ao todo, 24 artistas, sendo que alguns deles já expuseram o seu trabalho em Macau. “Diálogos de Criatividade” integra um total de 50 trabalhos. Do rol de artistas destaque para os grandes nomes da pintura portuguesa contemporânea, como é o caso de Graça Morais e Júlio Pomar. Seguem-se nomes como Abílio Febra, escultor e artista; Alfredo Luz, Ana Cristina Dias, Ana Pimentel, André Pedro, Cunha Nery, Fernando Direito, Francisco Geraldo, João Paulo, Jorge Francisco, José́ Luís Tinoco, Lara Roseiro, Luís Jesus, Luzia Lage, Madalena Pequito, Maria Dulce Martins, Maria João Franco, Maria Leal da Costa, Númparo, Pedro Proença, Raquel Gralheiro e Susana Bravo. Vultos da pintura A pintora Graça Morais, com nome completo Maria da Graça Pinto de Almeida Morais, nasceu no dia 17 de Março de 1948 em Trás-os-Montes. Concluiu o Curso Superior de Pintura na Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP) em 1971. Entre os anos de 1976 a 1979 viveu em Paris, como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian. Actualmente reside e tem o seu ateliê em Trás-os-Montes e em Lisboa. Desde 1974 realizou e participou em mais de uma centena de exposições individuais e colectivas, em Portugal e no estrangeiro. Destaca-se a representação de Portugal na XVII Bienal de São Paulo (1983) e as exposições individuais no Museu de Arte Moderna de São Paulo (1984) e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1985). Já Júlio Pomar, outro grande nome da pintura portuguesa, nasceu em Lisboa, a 10 de Janeiro de 1926, e faleceu a 22 de Maio de 2018 na mesma cidade. Instalou-se em Paris em 1963. Frequentou a Escola de Artes Decorativas António Arroio e as Escolas de Belas-Artes de Lisboa (1942-44) e do Porto (1944-46), a qual abandonou depois de uma suspensão disciplinar por actividades estudantis. Fez parte, a partir de 1946, da Comissão Central do Movimento de Unidade Democrática Juvenil (MUD), de resistência à ditadura do Estado Novo em Portugal, tendo sido uma actividade pela qual foi detido no ano seguinte e condenado em tribunal. Em 1949, por ocasião da participação na candidatura presidencial de Norton de Matos, de quem desenhou um retrato muito divulgado, foi afastado do lugar de professor de desenho no ensino técnico. Expôs pela primeira vez em 1942, em Lisboa, numa mostra de grupo no seu atelier, e realizou a primeira exposição individual em 1947, no Porto, na Galeria Portugália, apresentando desenhos que seriam no ano seguinte editados num álbum prefaciado por Mário Dionísio. No início da sua carreira, foi um dos animadores do movimento neo-realista, desenvolvendo uma larga intervenção crítica em jornais e revistas: “A Tarde” (diário publicado no Porto, onde coordenou a página semanal “Arte”, em 1945), “Mundo Literário”, “Vértice”, “Seara Nova”, “Horizonte”, “Portucale”, “Comércio do Porto”, etc. Participou na organização das Exposições Independentes, em 1944-45, no Porto, e depois na da Exposição da Primavera (Porto, Ateneu Comercial, 1946), sendo um dos principais organizadores das Exposições Gerais de Artes Plásticas (Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa, 1946/1956). Em 1956, foi um dos fundadores e primeiros membros da direcção da Cooperativa “Gravura”. Pomar dedicou-se especialmente à pintura, mas realizou igualmente trabalhos de desenho, gravura, escultura e “assemblage”, ilustração, cerâmica e vidro, tapeçaria, cenografia para teatro e decoração mural em azulejo.
Hoje Macau SociedadeESAD | Escola do Porto assina acordo com IPOR O Instituto Português do Oriente (IPOR) assinou, no passado dia 16 de Maio, um protocolo de colaboração com a ESAD – Escola Superior de Artes e Design, sediada na zona de Matosinhos, Porto. Segundo um comunicado, o acordo promove a “colaboração no domínio da formação, investigação e intercâmbio cultural”, sendo que parceria “será operacionalizada através da promoção de iniciativas conjuntas e partilha de conhecimento nas áreas das artes, design e cultura”. O IPOR destaca que “a primeira iniciativa enquadrada no acordo envolverá professores e alunos da ESAD, que participarão num projecto no âmbito das comemorações do V Centenário de Luís de Camões, no qual também estarão envolvidos artistas de Macau e alunos da Faculdade de Artes e Design da Universidade Politécnica de Macau”. “Existindo uma relação indissociável entre língua e cultura, compete ao IPOR, no quadro das atribuições inscritas na sua missão, articular estas duas dimensões da sua intervenção. A produção, a divulgação e a exibição de conteúdos que traduzam relações criativas entre a língua e a cultura, de preferência com envolvimento da comunidade alargada de prática da língua que o IPOR configura fica agora reforçada com a celebração deste protocolo”, refere a entidade. Pretende-se ainda “fomentar o intercâmbio na área das artes entre Portugal e a RAEM, estabelecendo pontes que permitam a promoção e a realização de iniciativas como forma de inscrever cada vez mais a língua portuguesa e as expressões das suas culturas nos diálogos com outras línguas e outras culturas”.
Hoje Macau EventosARTM | Mostra sobre os 25 anos da associação em Ka-Hó É já este domingo que a galeria “Hold On To Hope”, um projecto da Associação de Reabilitação dos Toxicodependentes de Macau na vila de Ka-Hó, acolhe uma nova exposição. Trata-se do resultado dos projectos criativos desenvolvidos por utentes em contexto de recuperação e reabilitação. A mostra chama-se “Ageing Gracefully” e tem também o objectivo de sensibilizar a comunidade para o efeito terapêutico da arte Intitula-se “Ageing Gracefully” e é a nova exposição patente na galeria Hold On To Hope, gerida pela Associação de Reabilitação dos Toxicodependentes de Macau (ARTM), com morada na vila de Ka-Hó. A inauguração decorre no dia 1 de Junho, às 16h. “Ageing Gracefully” chega, precisamente, para celebrar os 25 anos de existência da ARTM, fundada em 1993, e que continua a prestar apoio a pessoas com problemas de toxicodependência, proporcionando também programas de reabilitação e integração social. Segundo uma nota da ARTM, as obras de arte e artesanato integradas nesta mostra nascem destas actividades com os utentes, sendo “elementos vitais da vida quotidiana na comunidade terapêutica da ARTM”. “Através de diversos métodos e ferramentas, os participantes podem expressar os seus sentimentos através das suas criações, desenvolvendo as suas competências práticas e criatividade, enquanto exploram as suas percepções sobre o mundo que os rodeia. Essas actividades demonstraram melhorar o funcionamento físico e produzir resultados muito positivos”, lê-se ainda. Na mesma nota, a ARTM diz esperar que a exposição “aumente a sensibilização entre as organizações e departamentos relacionados sobre as situações actuais dos casos especiais”. Além disso, a mostra permite que os utentes da ARTM “apresentem as suas criações ao público, com o objectivo de fortalecer a sua confiança e a compreensão e aceitação da comunidade”. A ARTM pretende também “incentivar o impacto positivo da criatividade e das artes”, “promover o engajamento e positividade dos participantes” e ainda “fortalecer a compreensão dos casos especiais entre organizações e departamentos”. O efeito comunidade A associação descreve, na mesma nota, que desde a sua fundação tem desenvolvido um modelo de “comunidade terapêutica”, procurando “atender às necessidades especiais de cada cliente em reabilitação” e utilizando “uma perspectiva bio-psicossocial”. Diz a associação que “o período de tratamento dura pelo menos um ano e inclui vários componentes, como vida comunitária, desenvolvimento de competências de responsabilidade, aconselhamento entre pares, aconselhamento bio-psicossocial, grupos de terapia, seminários educativos, formação profissional, actividades comunitárias, atividades recreativas, desenvolvimento de interesses e grupos de apoio familiar”. Com estas acções, a ARTM procura “aprofundar a compreensão dos indivíduos sobre a sua dependência e questões pessoais, promover o crescimento pessoal, reconstruir relacionamentos familiares e auxiliá-los na reintegração na sociedade com um novo estilo de vida saudável”, sendo que, “nos últimos anos, acolheram vários casos especiais”.
Hoje Macau China / ÁsiaChina / UE | Responsáveis pelo comércio voltam a reunir-se em Junho Os responsáveis pelo comércio da China e da União Europeia (UE) vão voltar a reunir-se em Junho, avançou ontem a imprensa oficial chinesa, num período de reaproximação, face à guerra comercial lançada por Washington. O jornal Global Times referiu que o ministro chinês do Comércio, Wang Wentao, vai reunir-se com o comissário europeu para o Comércio e Segurança Económica, o eslovaco Maros Sefcovic, no âmbito de uma cimeira ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Paris. Após a visita de Sefcovic à China, no final de Março, os dois representantes comerciais “têm estado em estreita comunicação, mantendo discussões extensas e aprofundadas sobre questões relacionadas com a cooperação económica e comercial entre a China e a UE”, de acordo com o Global Times. E, numa videochamada realizada no início de Abril, as duas partes concordaram em iniciar consultas sobre questões de acesso ao mercado e em iniciar imediatamente negociações sobre as tarifas impostas por Bruxelas aos carros eléctricos importados da China. Um especialista citado pelo Global Times enquadrou o aumento dos contactos entre Pequim e Bruxelas num contexto de “crescente proteccionismo e unilateralismo de alguns países ocidentais”, numa clara referência aos Estados Unidos. A Câmara de Comércio da UE na China revelou recentemente que o Governo chinês estendeu o “tapete vermelho” às empresas europeias que operam no país, embora estas continuem a queixar-se de desigualdades no acesso ao mercado e também do tratamento favorável que Pequim dá às suas empresas estatais. A notícia do encontro surge depois de o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter aceitado prolongar o prazo para negociar um acordo comercial com a UE até 09 de julho, para evitar tarifas de 50 por cento. Desde meados deste mês, os EUA e a China estão numa trégua de 90 dias em que reduziram em 115 por cento as taxas adicionais que tinham aplicado um ao outro durante a escalada tarifária das semanas anteriores.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | China reitera que não forneceu armas à Rússia A China reiterou ontem que nunca forneceu armas letais “a nenhuma das partes envolvidas” na guerra na Ucrânia, depois de Kiev ter afirmado novamente que Pequim fornece materiais e equipamentos militares à indústria de armamento russa. “Nunca fornecemos armas letais a nenhuma das partes envolvidas no conflito e controlámos rigorosamente os artigos civis e militares de dupla utilização. A Ucrânia sabe-o muito bem”, disse ontem a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Mao Ning, numa conferência de imprensa. A porta-voz acrescentou que a China se opõe a “acusações infundadas” e a “manipulações políticas”, em resposta ao chefe do Serviço de Informações Externas ucraniano, Oleh Ivashchenko, que disse à imprensa ucraniana na segunda-feira que “Kiev pode confirmar que Pequim fornece materiais e equipamentos importantes a 20 fábricas militares russas”. No mês passado, a Ucrânia já tinha acusado a China de fornecer assistência militar directa à indústria de armamento russa. De acordo com Ivashchenko, o seu país dispõe de dados que confirmam que “a China fornece máquinas, produtos químicos especiais, pólvora e componentes específicos às indústrias de defesa russas”. Apelos ao diálogo Desde o início da guerra na Ucrânia, a China tem mantido uma posição ambígua em relação ao conflito, apelando ao respeito pela “integridade territorial de todos os países”, incluindo a Ucrânia, e à atenção às “preocupações legítimas de todos” os Estados, em referência à Rússia. Pequim opôs-se a sanções “unilaterais” contra Moscovo e apelou a uma “solução política” para o conflito. O Ocidente acusou a China de apoiar a campanha militar russa, o que esta sempre negou, e de fornecer ao líder russo, Vladimir Putin, componentes essenciais para a produção de armas. Os países europeus também têm apelado repetidamente ao líder chinês, Xi Jinping, para que use a sua influência sobre Putin para pôr termo ao conflito, embora alguns argumentem que a China tem dado prioridade ao reforço das suas relações com a Rússia, da qual tem importado petróleo e gás a baixo custo.
Hoje Macau China / ÁsiaTimor-Leste | Adesão plena a ASEAN em Outubro A adesão plena de Timor-Leste à Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) vai acontecer em Outubro durante a segunda cimeira de chefes de Estado da organização, anunciou ontem o Ministério dos Negócios Estrangeiros timorense. “Numa declaração histórica durante a 46.ª cimeira da ASEAN, realizada em Kuala Lumpur, o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, anunciou oficialmente que Timor-Leste irá alcançar a plena adesão à ASEAN na próxima cimeira da ASEAN, agendada para Outubro de 2025, também em Kuala Lumpur”, lê-se num texto publicado na página no Facebook do Ministério dos Negócios Estrangeiros timorense. “Este é um momento histórico, não apenas para Timor-Leste, mas para toda a família da ASEAN. A jornada de Timor-Leste rumo à adesão plena reflete a nossa visão coletiva de uma ASEAN unida, coesa e orientada para o futuro”, disse o primeiro-ministro da Malásia, citado no texto divulgado pelo Governo timorense. A ASEAN foi criada em 1967 pela Indonésia, Singapura, Tailândia, Malásia e Filipinas e tem como objectivo promover a cooperação entre os estados-membros para garantir a paz, a estabilidade e o desenvolvimento económico, social e cultural da região. Brunei Darussalam, Camboja, Laos, Myanmar e Vietname também integram a organização regional.
Hoje Macau China / ÁsiaZelensky insiste no reforço de sanções contra Rússia após ataque recorde com ‘drones’ O Presidente ucraniano insistiu ontem que só o aumento das sanções impedirá a Rússia de se sentir impune para continuar a intensificar os ataques contra a Ucrânia, após Moscovo ter disparado na passada madrugada um número recorde de ‘drones’. “Só uma sensação de impunidade total pode permitir à Rússia realizar estes ataques e a continuar a aumentar a sua escala”, disse Volodymyr Zelensky, nas redes sociais. As declarações de Zelensky foram feitas depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter voltado a expressar a sua frustração com o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, na sequência dos ataques massivos e letais lançados por Moscovo este fim de semana contra Kiev e outras cidades ucranianas. Zelensky afirmou que o ataque russo ocorrido na última madrugada – que envolveu 355 ‘drones’ e nove mísseis de cruzeiro – “não tem lógica militar” e é simplesmente uma mensagem “política”. “Ao fazê-lo, Putin mostra o quanto despreza o mundo, o mundo que faz mais esforços para o diálogo do que na pressão”, prosseguiu o Presidente ucraniano. “Só com força — a força dos Estados Unidos, da Europa e de todas as nações que valorizam a vida — é que estes ataques poderão ser travados e a paz real alcançada”, acrescentou Zelensky, defendendo “o congelamento das finanças russas e a interrupção das vendas de petróleo” russo face à recusa do Kremlin (presidência russa) “em considerar sequer um cessar-fogo”. Manobras de resposta Na semana passada, Putin prometeu a Trump, durante uma chamada telefónica, apresentar à Ucrânia as suas condições para um cessar-fogo de pelo menos 30 dias, conforme solicitado por Kiev, Washington e os principais aliados europeus. Até agora, o líder russo não apresentou essas condições. O Kremlin, através do porta-voz presidencial, Dmitri Peskov, sustentou que os bombardeamentos das últimas horas foram dirigidos contra alvos militares. Citado pela agência de notícias russa Interfax, Peskov referiu que as manobras foram uma resposta aos ataques lançados pela Ucrânia contra alvos civis. “Os ucranianos estão a atacar a nossa infraestrutura social e a nossa infraestrutura civil”, mas a “retaliação” russa foi dirigida “contra instalações e alvos militares”, afirmou Peskov. A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de Fevereiro de 2022, numa nova etapa da guerra que teve início em 2014 com a anexação da península ucraniana da Crimeia.
Hoje Macau EventosCiclo de cinema documental na Casa de Macau a 3 de Junho A Casa de Macau em Lisboa apresenta, no dia 3 de Junho, o “CineMacau – Ciclo de cinema documental de Macau”, a partir das 16h30, em que se apresentam alguns documentários sobre realizadores locais, ou com ligações ao território. Segundo uma nota de imprensa, pretende-se, com este evento, “alargar o nosso espaço à divulgação do ‘olhar’ de uma nova geração de cineastas que têm registado imagens e sons sobre a realidade de Macau, passado e presente, trazendo novas perspectivas e novas abordagens sobre esta terra a quem também chamam de sua”. A coordenação do evento está a cargo de “Ruka” Borges, produtor, apoiado pelo membro da direcção da Casa, Gonçalo Magalhães. Ambos vão assegurar “o enquadramento temático dos filmes”, sendo que será apresentado o primeiro episódio da colectânea “Os Resistentes: Retratos de Macau” do realizador António Caetano de Faria. Este “recuperou, através da sua ‘lente’, um conjunto de profissões em vias de extinção da antiga Macau”, tratando-se de um projecto cultural sem fins lucrativos apoiado pela Casa de Portugal em Macau, Fundação Macau e pelo Instituto Cultural, com música de fundo composta pela Orquestra Chinesa de Macau. “Os Resistentes” mostra os retratos de antigas profissões ou lojas em risco de extinção, nomeadamente “sapateiros, relojoeiros, alfaiates, farmacêuticos chineses, carpinteiros”, no geral, “pessoas com décadas de experiência, cuja actividade representa uma parte importante da identidade histórica e cultural de Macau”. A série foi desenvolvida ao longo de três temporadas — em 2015, 2017 e 2020 — e consiste em episódios curtos, filmados a preto e branco. “António Caetano Faria começou este projecto ao perceber que muitas destas lojas estavam a desaparecer em silêncio, sem deixar rasto. Ao longo da série, ele procura captar não só os rostos e as vozes, mas também os sons, os gestos e os detalhes do dia a dia desses trabalhadores. O projecto assume um papel quase de arquivo — uma tentativa de preservar, em registo audiovisual, modos de vida e práticas profissionais que deixaram de ser passadas para a geração seguinte”, destaca a Casa de Macau. Outro projecto A sessão do dia 3 de Junho complementa-se com o documentário da cineasta Marisa Marinho, “The Macau Project”, onde se capta “a percepção sobre a transição de poderes na RAEM, suscitando-se interrogações e dúvidas de quem, na sua idade (muito jovem), vive as ambivalências de Macau, território que a irá marcar definitivamente como elemento integrante da sua própria identidade.”. Com este documentário, de 1999, Marisa Martinho apresenta “um ‘olhar’ distanciado e simultaneamente actual na construção de memórias que todos vamos carregando”. Os autores dos projectos cinematográficos estarão presentes na sessão para que haja um debate em torno do cinema. As marcações devem ser feitas junto da Casa de Macau, com um máximo de 20 pessoas por sessão. A entrada é gratuita, mas pede-se o pagamento facultativo de um “bilhete solidário” no valor de cinco euros.
Hoje Macau EventosFotografia | Somos! traz exposição ao Parisian e novos eventos Terminado o concurso de fotografia em torno do tema “O Homem e o Divino”, da Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa, eis que chega esta sexta-feira, no Parisian, a exposição que apresenta as imagens, com curadoria do também fotógrafo Francisco Ricarte. A associação apresenta ainda dois novos eventos em torno da imagem, o “FotoPasseio em Macau” e o encontro “FotoSíntess Somos – Imagens da Lusofonia x Halftone” Abre portas esta sexta-feira a nova exposição de fotografia da Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa (Somos – ACLP), nascida do concurso de fotografia subordinado ao tema “O Homem e o Divino”. A mostra, que pode ser vista no Parisian Macau, loja 3306, no piso 3, a partir das 18h30, revela as fotografias vencedoras do concurso lançado entre Fevereiro e Março deste ano, assim como as menções honrosas e outras imagens que o júri considerou relevantes por promoverem a comunicação em língua portuguesa e a disseminação das tradições e características lusófonas. A curadoria está a cargo de Francisco Ricarte, também fotógrafo e arquitecto de formação. A mostra está patente até ao dia 28 de Junho. Segundo um comunicado da Somos – ACLP, o vencedor do concurso, o fotógrafo moçambicano, Marcos Júnior, estará em Macau, sendo a primeira vez que um vencedor desta iniciativa vem ao território participar na exposição. A imagem de Marcos Júnior intitula-se “Onde há fé, há luz que guia”. O fotógrafo vai ainda participar em duas novas iniciativas da Somos – ACLP, organizadas em parceria com a associação de fotografia local Halftone, onde se pretende, através da imagem, promover “o papel de Macau como ponte para o intercâmbio cultural entre a China e os Países de Língua Portuguesa e, em particular, um diálogo intralusófono no território, com o foco a recair, este ano, sobre o multiculturalismo religioso e a relação entre o Homem e o Divino”. Passeios e histórias Uma das novas iniciativas realiza-se no próximo sábado, 31, e intitula-se “FotoPasseio em Macau – Locais Sagrados”, consistindo num percurso guiado por sítios religiosos de culto, que os participantes poderão admirar e fotografar com o apoio, ao nível técnico, do vencedor do concurso e de Francisco Ricarte, curador da exposição da Somos e também presidente da associação Halftone. O roteiro, inspirado no tema do concurso, contempla as Ruínas de S. Paulo e sua cripta, o Templo de Na Tcha, o Templo de Tou Tei, o Templo de Pau Kung e o Templo de Kun Iam, “evidenciando a pluralidade religiosa e multiculturalidade da cidade”. Com este evento, “procura-se propiciar uma descoberta coletiva de formas diversas e criativas de captação da espiritualidade local, através das lentes de máquinas fotográficas ou de telefones inteligentes”, refere a Somos. O ponto de encontro será no adro das Ruínas de S. Paulo, sendo que o passeio fotográfico tem início às 10h30 e uma duração de duas horas. No final, cada participante poderá enviar até três fotografias, acompanhadas de legendas, para serem publicadas no website e redes sociais da Somos – ACLP. Além deste passeio fotográfico, a Somos – ACLP organiza também o evento “FotoSínteses Somos – Imagens da Lusofonia x Halftone – com Marcos Júnior” no dia 3 de Junho, às 18h30, em que o vencedor do concurso e alguns fotógrafos de Macau irão participar numa sessão de partilha de experiências sobre a captação de imagens em contextos religiosos e cerimónias sagradas no âmbito da lusofonia, nomeadamente sobre técnicas fotográficas para a captação de imagens no domínio espiritual, que permitem a intensificação de características de misticidade e transcendência. Haverá ainda uma reflexão sobre o diálogo entre o fotógrafo e o sagrado, questionando-se se “deve o fotógrafo ser um mero espectador ou participante, e se devem as suas considerações e crenças pessoais serem factores influenciadores na fotografia”, bem como “sobre o poder das fotografias religiosas e espirituais nas sociedades actuais”. Os dois eventos são gratuitos e abertos ao público, mediante inscrição prévia.
Hoje Macau China / ÁsiaAutomóveis | Fabricantes em queda na bolsa chinesa Os construtores automóveis registaram ontem fortes perdas nas bolsas chinesas, depois de a maior vendedora mundial de automóveis eléctricos, a BYD, ter anunciado descontos até 34 por cento em 22 modelos, aumentando os receios de uma escalada da guerra de preços. Na Bolsa de Valores de Hong Kong, foi a própria BYD, que tinha recentemente atingido máximos históricos, que liderou as quedas, caindo 8,08 por cento. A sua filial de componentes, a BYD Electronic, caiu 4,01 por cento. Outras empresas importantes como a Geely (-7,98 por cento), a Dongfeng (-6,37 por cento), a Li Auto (-5,73 por cento) e a BAIC (-2,46 por cento) também registaram perdas, assim como a Xiaomi (-2,26 por cento), que não tem os veículos eléctricos como principal linha de negócio, mas está a apostar nestes produtos, tendo apresentado o seu segundo modelo na semana passada. No continente, o maior construtor automóvel da China, a estatal SAIC (-2,01 por cento), e outras marcas de referência como a Changan (-2,73 por cento) e a Great Wall (-5,52 por cento), registaram quedas em simultâneo. As descidas surgem depois de a BYD ter anunciado descontos em 22 modelos puramente eléctricos e híbridos plug-in até ao final de Junho: por exemplo, o mais barato da sua gama, o carro utilitário Seagull, verá o seu preço reduzido em 20 por cento para 55.800 yuan (6.793 euros). O maior corte será o do sedan híbrido Seal, cujo preço cairá 34 por cento, para cerca de 102.800 yuan (12.514 euros). “Embora alguns destes descontos já estivessem a ser implementados em Abril, o anúncio oficial envia um sinal poderoso sobre o quão difícil é o mercado final”, explicam os analistas da Morgan Stanley, citados pela agência Bloomberg.
Hoje Macau China / ÁsiaImobiliário | Wanda vende 48 centros comerciais por 50 mil milhões de yuan O conglomerado Wanda recebeu luz verde das autoridades chinesas para vender 48 centros comerciais a um consórcio de investidores, numa operação que ascende a 50 mil milhões de yuan, avançou ontem a imprensa local. O jornal oficial China Daily informou que a Administração Estatal para a Regulação do Mercado (SAMR) autorizou na semana passada a referida operação, que tem entre os compradores a gestora de activos privados PAG e o gigante tecnológico Tencent. O negócio “destaca a consolidação contínua no mercado imobiliário comercial da China, com as principais empresas tecnológicas e financeiras cada vez mais atentas às oportunidades no sector”, indicou o jornal, no contexto da prolongada crise imobiliária do país e da fraca procura. Estes 48 centros comerciais estão localizados em várias cidades do país, incluindo Pequim e Cantão (sudeste). Até ao momento, a SAMR não confirmou o valor da operação, mas o jornal Securities Times cita “fontes do mercado” que afirmam que o valor é de 50 mil milhões de yuan. O fundador da Wanda, Wang Jianlin, chegou a deter 20 por cento do clube de futebol de Espanha Atlético de Madrid e o emblemático Edificio España, no centro de Madrid.