Hoje Macau EventosFogo Artifício | Oleiros encerra concurso internacional Chama-se “Pirotecnia Oleirense” e é a empresa portuguesa escolhida pela Direcção dos Serviços de Turismo para encerrar o Concurso Internacional de Fogo-de-Artifício. O evento deste ano é descrito como especial por celebrar os 75 anos da implantação da República Popular da China e os 25 anos da RAEM A empresa Pirotecnia Oleirense, com sede em Oleiros, distrito de Castelo Branco, vai encerrar, a 6 de Outubro, o Concurso Internacional de Fogo-de-Artifício de Macau, foi ontem anunciado. Numa conferência de imprensa, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) referiu que a equipa portuguesa irá apresentar o espectáculo intitulado “O Olhar Humano”, o último dos dez espectáculos da 32.ª edição do concurso. De acordo com a DST, o espetáculo da Pirotecnia Oleirense vai reflectir sobre os “significados mitológicos das estrelas”, em “uma viagem sem espaço nem tempo definidos”, que será “o final perfeito para o concurso”. Além de Portugal, o concurso deste ano vai apresentar espectáculos com uma duração de 20 minutos, a combinar fogo-de-artifício e música, de companhias vindas da Rússia, França, Canadá, Tailândia, Espanha, Filipinas, Japão, China continental e Itália. A edição deste ano irá também comemorar, a partir de 7 de Setembro, os 75 anos da fundação da República Popular da China e dos 25 anos da transferência de administração de Macau. Casinos ajudam O subdirector da DST, Cheng Wai Tong, disse à Lusa que o orçamento aumentou 2,5 por cento em comparação com 2023, para 18 milhões, sobretudo devido à “subida do preço de transporte” do fogo de artifício. A maioria do orçamento vai ser financiado pelas seis operadoras de jogo em Macau, referiu Cheng. O dirigente prevê que, dependendo das condições climatéricas, o concurso poderá atrair à cidade tantos turistas como no ano passado, “mais ou menos 700 mil”. Na edição de 2023, a primeira após uma pausa de três anos devido à pandemia de covid-19, a Macedos Pirotecnia, com sede no concelho de Felgueiras, no distrito do Porto, apresentou o espectáculo “Supernova”. O Reino Unido foi o vencedor e a China e o Japão ficaram no segundo e terceiro lugares, respectivamente. O concurso coincide parcialmente com a chamada ‘semana dourada’ do Dia Nacional da China. No ano passado, Macau recebeu mais de 116.500 turistas por dia nesse período, que concentrou vários feriados, entre 29 de Setembro e 06 de Outubro.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Promovido financiamento ao longo do Rio Yangtzé Criada em 2016, a iniciativa Faixa Económica do Rio Yangtzé, pretende transformar o corredor ao longo da maior hidrovia do país numa região ecológica de sucesso O governo chinês reiterou recentemente o seu compromisso de promover o financiamento verde ao longo da Faixa Económica do Rio Yangtzé com o objectivo de apoiar o desenvolvimento verde, de baixo carbono e de alta qualidade da região. Conforme um conjunto de directrizes divulgadas por várias agências governamentais, incluindo o Banco Popular da China (banco central) e o Ministério da Ecologia e Meio Ambiente, o país fará uso total das ferramentas estruturais de política monetária e incentivará mais investimentos sociais na transformação verde e de baixo carbono da região económica, indica o Diário do Povo. As instituições financeiras e as empresas ao longo da região serão orientadas a emitir títulos verdes de acordo com os padrões nacionais e internacionais, facilitando a participação global na transição de baixo carbono do país, de acordo com as directrizes. As empresas verdes e de baixo carbono elegíveis terão permissão para obter financiamento através de formas como ofertas públicas iniciais, refinanciamento e fusões e aquisições. O país usará o seu fundo nacional de desenvolvimento verde para impulsionar a redução da poluição, a restauração ecológica e o desenvolvimento de redes de transporte verde e energia limpa ao longo da região económica, acrescenta a publicação estatal. Boas intenções A China lançou a iniciativa da Faixa Económica do Rio Yangtzé no início de 2016, com o objectivo de transformar a região numa faixa dourada com uma ecologia mais bonita, redes de transporte mais fluidas, uma economia mais coordenada, um mercado mais bem integrado e uma quantidade maior de mecanismos científicos. O rio Yangtzé é a maior hidrovia da China, com mais de 6.300 quilómetros de extensão, passando por 11 regiões de nível provincial antes de desaguar no Mar do Leste da China. Várias potências económicas, megacidades e grandes áreas produtoras de arroz da China estão localizadas dentro e ao redor da bacia do rio.
Hoje Macau SociedadePJ | Mulher detida por receber dinheiro de burla telefónica Uma mulher com 21 anos foi detida por receber dinheiro ligado a uma burla telefónica. O caso foi noticiado ontem pelo jornal Ou Mun, com base na informação das autoridades. A burla aconteceu na segunda-feira. Nesse dia, uma idosa recebeu uma chamada telefónica de burlões, que se fizeram passar pelo seu filho, a pedir auxílio e que todo o assunto fosse tratado em segredo. Face à chamada telefónica, a mulher acreditou que o filho se encontrava numa situação complicada, levantou 300 mil dólares de Hong Kong do banco e encontrou-se com a mulher de Hong Kong para lhe entregar o dinheiro. Após a entrega, a mulher recebeu uma nova chamada dos burlões a pedir mais 500 mil patacas. Como a voz era muito semelhante à do filho, a mulher foi novamente ao banco para levantar o montante. No entanto, os funcionários suspeitaram do facto da mulher precisar de levantar tanto dinheiro num espaço tão curto de tempo. Os trabalhadores contactaram assim familiares da idosa a alertar para os movimentos bancários, e a idosa percebeu que tinha sido burlada. Apresentada queixa junto das autoridades, a PJ identificou a mulher de Hong Kong alojada num hotel na zona norte da cidade. A mulher acabou detida, e confessou ter recebido 4 mil dólares de Hong Kong para receber o dinheiro da idosa. O caso foi encaminhado ao Ministério Público e a jovem está indiciada pela prática de burla de valor elevado. Além disso, foram identificados ainda outros dois suspeitos que se encontram em fuga.
Hoje Macau SociedadeComércio | Exportações lusófonas sobem 8,8 % em Julho As exportações de mercadorias dos países de língua portuguesa para Macau subiram 8,8 por cento em Julho, em comparação com o mesmo mês de 2023, para 116,1 milhões de patacas, foi ontem anunciado. Segundo a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), a maioria do comércio com os mercados lusófonos veio do Brasil, no valor de 85,5 milhões de patacas, mais 8,8 por cento em termos anuais, sendo composta sobretudo por carne, peixe e marisco. Também o valor da mercadoria comprada por Macau a Portugal cresceu 10,2 por cento para 30,2 milhões de patacas, sendo composta sobretudo por vestuário e acessórios e bebidas alcoólicas. De acordo com dados oficiais, o bloco de países de língua portuguesa comprou a Macau mercadorias no valor de 32.274 patacas em Julho. No mesmo período de 2023, o território não tinha registado quaisquer exportações para os mercados lusófonos. No total dos sete primeiros meses do ano, as exportações de mercadorias dos países de língua portuguesa para Macau caíram 10,6 por cento para 770 milhões de patacas. As exportações de mercadorias por Macau foram de 1,18 milhões de patacas em Julho, uma subida de 18,3 por cento, enquanto o valor importado de mercadorias foi de 10,6 mil milhões de patacas, ou seja, menos 4,3 por cento, em termos anuais, indicou a DSEC. O défice da balança comercial de Macau fixou-se em 9,4 mil milhões de patacas, menos 8,2 por cento relativamente ao mesmo mês de 2023. Em 2023, as exportações de mercadorias dos países de língua portuguesa para Macau atingiram 1,43 mil milhões de patacas, o valor mais elevado desde que a DSEC começou a recolher dados sobre comércio externo, em 1998.
Hoje Macau PolíticaMASTV | Ron Lam critica Governo por não supervisionar canal O deputado Ron Lam criticou o Governo por não supervisionar devidamente o funcionamento da licença da MASTV, canal de televisão que entrou recentemente em falência, o que resultou em preocupações do foro social em relação aos trabalhadores. Em declarações ao jornal Click2Macau, o deputado recordou que há muito que a MASTV mantinha salários em atraso em Macau e em Taipé, mas o antigo Chefe do Executivo, Chui Sai On, renovou a licença por mais 15 anos. O deputado lembrou ainda que a MASTV deveria, segundo a licença de operação, criar cinco canais, mas que o plano nunca se concretizou. Assim, Ron Lam concluiu que a Direcção dos Serviços de Correios e Telecomunicações não assumiu o devido papel de supervisão para assegurar que o canal tinha capacidade financeira, enquanto o Gabinete de Comunicação Social não fiscalizou o cumprimento de projectos por parte da MASTV em consonância com a licença. O deputado deseja que o Executivo explique ao público se vai recuperar a licença e a concessão do terreno em Coloane, onde estava localizada a MASTV, e se haverá penalizações aplicadas à estação por não cumprir o estabelecido no contrato de concessão.
Hoje Macau SociedadeDSAL | Três sessões de oferta de empregos A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) anunciou a organização de três sessões de oferta de emprego, que vão decorrer entre 3 e 5 de Setembro, de acordo com a informação divulgada ontem. As inscrições para participar nas sessões arrancam hoje, pelas 9h, e prolongam-se até ao dia 2 de Setembro, disponibilizando 519 vagas de emprego. A iniciativa é organizada em conjunto com a Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) e tem como objectivo “ajudar os residentes de Macau com necessidade de emprego a integrarem-se, com a maior brevidade possível, no mercado de trabalho, bem como aliviar a pressão dos sectores na procura de recursos humanos”. Na manhã do primeiro dia, os empregos disponíveis são na área da segurança e limpeza, com 118 vagas, para posições como segurança de edifício ou empregado de limpeza. À tarde, há mais 154 vagas na restauração, para empregos como cozinheiro, hospedeiro, empregado de café ou distribuidor de bebidas alcoólicas. No dia 5 de Setembro, durante todo o dia, decorre mais uma sessão, desta feita virada para a hotelaria. No total, existem 247 vagas de emprego para cargos como chefe de restaurante, supervisor do serviço de restauração, cozinheiro, empregado de mesa ou distribuidor de bebidas alcoólicas.
Hoje Macau SociedadeComércio | Salários médios caíram 1,6% em Junho No final de Junho, o salário médio dos trabalhadores do comércio a retalho desceu 1,6 por cento, fixando-se em 14.570 patacas, face ao mesmo mês do ano passado. Os dados foram ontem revelados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) no inquérito às necessidades de mão-de-obra e às remunerações referentes ao segundo trimestre dos sectores “comércio por grosso e a retalho”; dos “transportes, armazenagem e comunicações”; das “actividades de segurança” e das “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos”. Os sectores em análise, o comércio por grosso e a retalho era o que mais empregava no final do segundo trimestre do ano, com um total de 68.846 trabalhadores, mais 7,7 por cento em termos anuais. O número de pessoas ao serviço do ramo dos “transportes, armazenagem e comunicações” (14.505), “actividades de segurança” (13.033) e “actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos” (964) também aumentaram 0,8, 1,9 e 2 por cento, respectivamente. Além do número de profissionais ter aumentado, também os salários seguiram a tendência. Em Junho, a remuneração média (excluindo remunerações irregulares) dos trabalhadores a tempo inteiro no ramo das “actividades de segurança” cifrou-se em 13.550 patacas, um aumento anual de 9,2 por cento. Nos transportes, armazenagem e comunicações, os salários médios subiram 3,5 por cento para 21,990 patacas, enquanto no tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos o crescimento foi de 3 por cento para 19.740 patacas. A DSEC justificou o “acréscimo constante das necessidades de mão-de-obra”, com a “recuperação contínua da economia de Macau”.
Hoje Macau China / ÁsiaTóquio | Pequim verifica se algum dos seus aviões violou espaço aéreo japonês A China divulgou ontem estar a “verificar” se algum dos seus aviões militares violou na segunda-feira o espaço aéreo do Japão, como acusou Tóquio, apelidando a acção como uma “grave violação” da sua soberania. “As autoridades chinesas competentes estão em processo de investigação e verificação”, informou Lin Jian, porta-voz da diplomacia chinesa, quando questionado sobre o assunto. Um dia após o incidente junto às ilhas Danjo, na província de Nagasaki, o porta-voz do governo japonês, Yoshimasa Hayashi, tinha referido tratar-se além de uma “violação grave da soberania”, “uma ameaça à segurança”. “E é completamente inaceitável”, acrescentou aos jornalistas. De acordo com o Ministério da Defesa japonês, um “avião espião de reconhecimento do tipo Y-9” do exército chinês entrou no espaço aéreo japonês às 11:29 de segunda-feira, durante cerca de dois minutos. O Japão enviou caças e emitiu avisos após a incursão, mas, de acordo com a televisão pública NHK, não foi disparada qualquer arma, como foguetes sinalizadores. O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão, Masataka Okano, convocou na segunda-feira o embaixador interino da China no país, a quem apresentou um “forte protesto”, além de solicitar medidas para evitar a repetição de tais incidentes, de acordo com um comunicado da tutela da diplomacia de Tóquio. O diplomata chinês respondeu que o assunto seria comunicado a Pequim, segundo o ministério. As autoridades chinesas não tinham comentado até agora a situação. O Japão aumentou as despesas com a defesa, adquirindo capacidades de contra-ataque e flexibilizando as regras sobre exportação de armas, além de fornecer financiamento e equipamentos, como navios de patrulha, a países da região e, em Julho, concluiu um acordo com as Filipinas.
Hoje Macau China / ÁsiaMar do Sul | Pequim rejeita acusações de Manila de destruir a paz A China rejeitou ontem as acusações das Filipinas de destruir a paz no Mar do Sul da China, considerando que o “rótulo” utilizado pelo ministério da Defesa filipino não pode ser aplicado. Em conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, sublinhou que os países da região sabem claramente que a China não é culpada pela instabilidade. “Quem está realmente a infringir e a provocar no Mar do Sul da China? Quem está a introduzir forças externas, minando a paz e a estabilidade regionais?”, questionou. Lin instou as Filipinas a “reconhecerem a raiz do problema, a evitarem provocações e a não continuarem com falsas acusações”, notando que qualquer tentativa de inverter a verdade irá aumentar as tensões na região. A China garantiu ontem que a sua guarda costeira agiu “legal e profissionalmente” depois de Manila ter relatado que um navio filipino foi atacado com canhões de água pelas forças chinesas no Mar do Sul da China. O secretário da Defesa das Filipinas acusou na segunda-feira a China de ser “o maior perturbador” da paz no Sudeste Asiático e apelou a uma censura internacional mais forte contra Pequim. Gilberto Teodoro Jr. falava numa conferência militar internacional organizada em Manila, tendo depois acrescentando aos jornalistas que as declarações internacionais de preocupação contra as acções da China em águas disputadas e noutros locais “não eram suficientes”. “O antídoto é uma acção multilateral colectiva mais forte contra a China”, disse Teodoro, afirmando que os diplomatas e as autoridades de defesa deveriam aplicar medidas mais fortes. Entretanto, os Estados Unidos admitiram ontem a possibilidade de escoltar navios filipinos, dependendo de consultas no âmbito do Tratado de Defesa Mútua de 1951 dos aliados, segundo o chefe do Comando Indo-Pacífico norte-americano, Samuel Paparo. A hipótese foi avançada durante uma conferência de imprensa, em Manila, com a presença do chefe das Forças Armadas das Filipinas, general Romeo Brawner Jr. “Certamente, no contexto das consultas”, respondeu quando questionado sobre a hipótese de escolta, referindo ser “inteiramente razoável dentro do Tratado de Defesa Mútua, através desta estreita aliança” entre os dois países, sem dar mais detalhes. Mar agitado A chegada ao poder de Ferdinand Marcos Jr. fez aumentar a pressão diplomática de Manila para recuperar a sua soberania marítima através, nomeadamente, das denúncias públicas de presença chinesa em águas disputadas. As Filipinas acusaram no sábado a China de disparar duas vezes foguetes de aviso contra um dos seus aviões de patrulha civil sobre ilhotas disputadas no mar do Sul da China. Na sexta-feira, Pequim tinha anunciado contramedidas contra aviões militares filipinos acusados de terem entrado no seu espaço aéreo nas proximidades do recife de Subi em 22 de Agosto, também reivindicado por Manila. O Mar do Sul da China recebe cerca de 30 por cento do comércio global e abriga 12 por cento dos pesqueiros mundiais, além de possuir potenciais depósitos de petróleo e gás.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Pequim quer discussões “substantivas” com conselheiro de Biden A China quer discussões “substantivas” com os Estados Unidos, afirmou ontem o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, antes do encontro com o conselheiro de segurança do Presidente norte-americano, num contexto de tensões bilaterais e regionais. Jake Sullivan chegou ontem à China, naquela que é a primeira visita de um conselheiro de segurança nacional da Casa Branca desde 2016. “Como sempre, espero que este intercâmbio não seja apenas estratégico, mas também substantivo e construtivo”, afirmou Wang Yi. Por seu lado, o responsável norte-americano afirmou-se “impaciente” para iniciar as conversações, indicando que serão abordadas várias questões. “Aquelas nas quais concordamos e aquelas (…) em que ainda existem divergências”, indicou. Jake Sullivan e Wang Yi encontraram-se cinco vezes nos últimos 18 meses, incluindo uma vez em Washington e outra durante a cimeira de Novembro entre o Presidente norte-americano, Joe Biden, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, na Califórnia (EUA). As relações bilaterais entre os dois países continuam tensas, com obstáculos devido a disputas comerciais, às querelas no Mar do Sul da China e à questão de Taiwan, território reivindicado pela China. A visita de Sullivan, que se prolonga até amanhã, decorre numa altura em que o Japão, signatário de um tratado de segurança com os Estados Unidos, acusou a China de “grave violação” da sua soberania depois de um avião ter entrado no seu espaço aéreo. Por seu lado, as Filipinas, ligadas aos Estados Unidos por um tratado de defesa mútua, acusaram Pequim de ser o “maior perturbador” da paz na região. A China já respondeu negando as acusações.
Hoje Macau China / ÁsiaMadeira / Incêndios | Timor-Leste concede donativo de 2,2 milhões de euros O Governo de Timor-Leste aprovou ontem um donativo de 2,2 milhões de euros de apoio à Madeira, segundo o comunicado do Conselho de Ministros. O projecto de resolução foi apresentado pelo primeiro-ministro, Xanana Gusmão, e o donativo tem como objectivo apoiar a “recuperação dos danos causados pelo incêndio”. “O Governo da República Democrática de Timor-Leste, no espírito de solidariedade e compromisso com a cooperação entre os povos, expressa o seu apoio ao povo irmão português e à população da ilha da Madeira, concedendo este donativo para auxiliar na recuperação dos danos causados pelos incêndios”, salienta o Governo timorense no comunicado. O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou a 14 de Agosto nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e Santana. Na terça-feira, ao fim de 13 dias, a protecção civil regional indicou que o fogo estava “totalmente extinto”. Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 5.104 hectares de área ardida. Durante os dias em que o fogo lavrou, as autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores foram regressando a casa. O combate às chamas foi dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas, segundo o Governo Regional, não há registo de feridos ou da destruição de casas e infra-\estruturas públicas essenciais, embora algumas pequenas produções agrícolas tenham sido atingidas, além de áreas florestais. A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, disse tratar-se de fogo posto.
Hoje Macau SociedadeSJM | Operadora volta aos prejuízos no segundo trimestre A concessionária do jogo em Macau SJM Holdings anunciou ontem um prejuízo de 162 milhões de dólares de Hong Kong na primeira metade do ano, após ter registado lucros entre Janeiro e Março. Após quatro anos de perdas sem precedentes, a empresa fundada pelo falecido magnata do jogo Stanley Ho Hung Sun tinha tido lucros de 864 milhões de dólares de Hong Kong no primeiro trimestre de 2024. Ainda assim, os prejuízos registados entre Janeiro e Junho são quase oito vezes menores do que em igual período do ano passado, quando a SJM tinha perdido 1,26 mil milhões de dólares de Hong Kong. Num comunicado enviado à bolsa de valores de Hong Kong, a presidente e filha do fundador Daisy Ho Chiu Fung defendeu que “o grupo registou progressos significativos nos sectores do jogo e não-jogo, alcançando um crescimento constante”. Os casinos da SJM arrecadaram 12,9 mil milhões de dólares de Hong Kong, mais 48,3 por cento do que na primeira metade de 2023, enquanto as receitas não jogo subiram 35,7 por cento, para 904 milhões de dólares de Hong Kong. Com as receitas a subir, a empresa continuou a registar lucros operacionais, neste caso de 1,73 mil milhões de dólares de Hong Kong, quase quatro vezes mais do que no mesmo período do ano passado. No segundo trimestre de 2024, a SJM conseguiu reduzir em 5,3 por cento a dívida total, para 27 mil milhões de dólares de Hong Kong no final de Junho. Sorte grande A 4 de Janeiro, a agência de notação financeira Fitch Ratings melhorou a perspectiva da dívida da SJM, de negativa para estável, graças à recuperação do turismo em Macau, capital mundial do jogo e o único local na China onde o jogo em casino é legal. A Fitch disse que o Grand Lisboa Palace, empreendimento de jogo e hotelaria inaugurado em Julho de 2021, em plena pandemia, obrigou a SJM a acumular um nível elevado de dívida. A empresa disse ontem que o Grand Lisboa Palace passou de prejuízos em 2023 para um lucro operacional na primeira metade deste ano de 192 milhões de dólares de Hong Kong. As receitas do novo empreendimento da SJM mais que duplicaram, atingindo 2,96 mil milhões de dólares de Hong Kong. O mercado de massas representou 89,1 por cento das receitas dos casinos da empresa, enquanto o jogo VIP se ficou por uma fatia de 9,1 por cento. As grandes apostas, que em 2019 representavam 46,2 por cento das receitas dos casinos de Macau, foram afetadas pela detenção do líder da maior empresa angariadora de apostas VIP do mundo, em Novembro de 2021. O antigo director executivo da Suncity Alvin Chau Cheok Wa foi condenado, em Janeiro de 2023, a 18 anos de prisão por exploração ilícita de jogo e sociedade secreta, num caso que fez cair de 85 para 18 o número de licenças de promotores de jogo emitidas em Macau.
Hoje Macau China / ÁsiaGaza / UE | Pedida pressão sobre Israel em defesa dos jornalistas Cerca de 60 organizações não governamentais (ONG) que defendem a imprensa pediram ontem à União Europeia que suspenda o acordo de associação com Israel, devido aos ataques à liberdade de imprensa e mortes de jornalistas. Numa carta conjunta, as ONG acusam o Governo liderado por Benjamin Netanyahu de “restringir a liberdade dos meios de comunicação social, o que resultou efectivamente no estabelecimento de um regime de censura”. O documento, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP), é assinado, entre outras organizações, pelo Comité para a Protecção dos Jornalistas, a Repórteres Sem Fronteiras, a Human Rights Watch e a Federação Europeia de Jornalistas. A carta exige ao chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, e ao comissário do Comércio, Valdis Dombrovskis, a suspensão do acordo de associação – que diz respeito em particular ao comércio – e “sanções dirigidas contra os responsáveis” por violações dos direitos humanos. Mais de 100 jornalistas palestinianos, dois israelitas e três libaneses morreram desde que Israel lançou uma ofensiva contra o movimento islamita palestiniano Hamas, fazendo deste “o período mais mortífero” para a imprensa em décadas, referiram as ONG. As organizações signatárias alegaram que algumas das vítimas poderão ter sido alvo directo de ataques do exército de Israel. As ONG recordaram ainda a proibição de facto do acesso de jornalistas estrangeiros à Faixa de Gaza e as “detenções arbitrárias” de pelo menos 49 profissionais da informação. “O efeito cumulativo destes abusos cria as condições para um vácuo de informação, e deixa também espaço para a propaganda e a desinformação”, apontaram os signatários. Direitos reclamados A carta exige “manter a liberdade” dos meios de comunicação social, “proteger as vidas dos jornalistas” e “acabar com a impunidade”, antes de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, na quinta-feira, em Bruxelas. O Hamas lançou a 7 de Outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, que causou a morte de mais de 1.140 pessoas, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP, baseada em números oficiais israelitas. Cerca de 240 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza, segundo as autoridades israelitas. Destas, perto de cem foram libertadas no final de Novembro, durante uma trégua em troca de prisioneiros palestinianos, e 105 reféns continuam detidos no território palestiniano, 34 dos quais terão morrido. Em resposta ao ataque, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infra-estruturas do grupo e impondo um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e electricidade. A campanha militar israelita fez 40.405 mortos e 93.468 feridos na Faixa de Gaza, informou no domingo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
Hoje Macau EventosConcurso | Dois jovens músicos ganham prémio do IC Na 42.ª edição do Concurso para Jovens Músicos de Macau, promovido pelo Instituto Cultural, dois residentes sagraram-se vencedores: Lam Cheok Seng e Wang Iat Ham. Os prémios foram entregues no passado dia 15 e foi premiada a música chinesa e ocidental Chegou ao fim a 42.ª edição do Concurso para Jovens Músicos de Macau, uma iniciativa do Instituto Cultural (IC), tendo sido premiados dois jovens: Lam Cheok Seng e Wang Iat Ham. Os prémios foram entregues no passado dia 15 na Escola Oficial de Seac Pai Van. Lam Cheok Seng, de 20 anos de idade, venceu o “Prémio Instituto Cultural (Solo Instrumental Chinês)”, nomeadamente o título de “Grande Campeão no Nível Avançado da categoria de Solo Instrumental Chinês”. O jovem começou a aprender percussão chinesa aos oito anos de idade, sob a tutela de Li Chang, no Conservatório de Macau, tendo também recebido orientação de Wang Jianhua, “conceituado instrutor de percussão chinês”, e Chen Zuohui, “intérprete de primeira classe a nível nacional”, descreve o IC, numa nota. Lam Cheok Seng é, assim, instruendo da percussão chinesa há mais de 12 anos, tendo já participado em diversos concertos e concursos. Actualmente é membro da Associação Chinesa de Percussão de Macau. No caso de Wang Iat Ham, com 12 anos, sagrou-se vencedora do “Prémio Instituto Cultural (Solo Instrumental/Vocal Ocidental)”, obtendo o título de “Grande Campeão no Nível Avançado da categoria de Solo Instrumental/Vocal Ocidental”. Nascida no seio de uma família musical, Wang estudou violino com Wang Hao, violista da Orquestra de Macau, e Ivan Chan, professor associado de Música de Câmara de Cordas na Academia de Artes Performativas de Hong Kong. Começou a aprender violino aos quatro anos de idade, tendo revelado o seu talento musical desde muito jovem: venceu o título de Grande Campeão no Concurso de Prémios Especiais (Nível Elementar) no 36.º Concurso para Jovens Músicos de Macau aos cinco anos de idade e obteve um Certificado ABRSM de Grau 8 com Distinção aos oito anos de idade. Além destes dois nomes, o IC entregou ainda 20 prémios especiais nas categorias de música chinês e música ocidental. Grande participação A 42ª edição do Concurso para Jovens Músicos de Macau contou com a participação de mais de 900 concorrentes, tendo decorrido de 24 de Julho a 11 de Agosto, com um total de 74 sessões de provas em 67 categorias musicais. Os vencedores do primeiro prémio de cada categoria e os concorrentes ou agrupamentos recomendados pelo júri deste ano puderam competir nas categorias de solo de nível elementar, intermédio e avançado, e agrupamento do Concurso de Prémios Especiais. Relativamente a estes prémios, o músico Chu Hok In foi o “Grande Campeão” na categoria de Solo Instrumental Chinês, seguindo-se o “Vice-Campeão” Lei U Kio e Ho Cheok Hei como o “Segundo Vice-Campeão no Nível Elementar”. No caso do “Prémio de Melhor Actuação” na categoria de Agrupamento Instrumental Chinês foi atribuído a Li Cheng In, Suen Chi Kei e Wu Ka Yu. Já na categoria de Solo Instrumental/Vocal Ocidental o “Grande Campeão” foi Au Chon Kin. O “Prémio de Melhor Actuação” na categoria de Agrupamento Instrumental/Vocal Ocidental foi atribuído a Ho Nok Hin e Wang Iat Ham.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte testa novos drones explosivos durante exercício militar do Sul O líder da Coreia do Norte acompanhou uma demonstração de novos drones explosivos, noticiou ontem a imprensa estatal norte-coreana, num momento em que os exércitos do Sul e dos EUA conduzem exercícios militares. De acordo com a agência de notícias estatal KCNA, Kim Jong–un prometeu estimular o desenvolvimento destes drones, para aumentar a prontidão de guerra do exército da Coreia do Norte. Fotos divulgadas pela KCNA mostraram um drone branco, com caudas e asas em forma de X, a colidir e alegadamente a destruir um alvo semelhante ao K-2, o principal carro de combate da Coreia do Sul, num teste que terá decorrido no sábado. A maioria dos drones de combate distancia-se dos alvos e ataca com mísseis. A KCNA disse que o teste envolveu vários tipos de drones desenhados para voar diferentes distâncias e atacar alvos inimigos em terra ou no mar. A agência referiu que os drones voaram ao longo de várias rotas antes de atingirem com precisão os alvos. Kim disse que as tendências globais nas tecnologias militares e no combate moderno mostram a importância dos drones na guerra e que as forças armadas da Coreia do Norte deveriam ser equipadas com drones avançados “o mais cedo possível”. O líder apelou ao desenvolvimento e produção acelerados de vários sistemas, incluindo drones explosivos para serem utilizados pelas unidades de infantaria e operações especiais, drones de reconhecimento e ataque multiusos e drones subaquáticos, disse a KCNA. Simulações realísticas Os exércitos da Coreia do Sul e dos Estados Unidos iniciaram na segunda-feira passada as manobras militares de Verão, num momento marcado pelas más relações com o regime norte-coreano, que se aproximou militarmente da Rússia. Os exercícios, denominados ‘Ulchi freedom shield’ (escudo da liberdade Ulchi), decorrem até quinta-feira e incluem um exercício de posto de comando, baseado em simulações informáticas, bem como manobras de fogo real no terreno e exercícios de defesa civil, segundo o Estado-Maior Conjunto sul-coreano. As manobras assemelham-se em escala aos exercícios do ano passado, envolvendo cerca de 19 mil soldados sul-coreanos, embora incluam 48 exercícios de campo no total, contra 38 em 2023. Os exercícios de defesa civil também vão simular este ano, pela primeira vez, um ataque nuclear norte-coreano, disse fonte militar à agência de notícias Yonhap. As manobras surgem numa altura de relações transfronteiriças difíceis, especialmente desde que Kim Jong-un declarou, no início do ano, o Sul como “principal inimigo nacional”. Pyongyang reforçou a cooperação militar com Moscovo no último ano e Kiev tem acusado a Coreia do Norte de fornecer enormes quantidades de armas à Rússia, incluindo mísseis usados em território ucraniano.
Hoje Macau China / ÁsiaChina-Indonésia | Pedida maior cooperação em plantas medicinais Funcionários e especialistas que participaram numa conferência internacional na China disseram que estão ansiosos para ver mais conservação de plantas medicinais e cooperação em pesquisa entre a China e a Indonésia. Na sexta-feira, cerca de 50 representantes dos dois países participaram da quarta sessão do comité conjunto da base de conservação, pesquisa e inovação de plantas medicinais China-Indonésia, realizada em Haikou, capital da Província de Hainan, no sul da China, indica o Diário do Povo. Os representantes discutiram a construção da base e o foco dos próximos trabalhos e promoveram a transformação da cooperação em pesquisa científica e a coordenação de padrões entre os dois lados. A área de construção actual da base ultrapassa 30 hectares. O trabalho no projecto está a progreir de forma estável e deve ser concluído oficialmente em Outubro, de acordo com o vice-ministro da Coordenação do Meio Ambiente e Gestão Florestal do Ministério Coordenador de Assuntos Marítimos e Investimentos da Indonésia, Nani Hendiarti. Chen Shuai, vice-director-geral do Departamento de Cooperação Internacional da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, expressou a esperança de que as instituições de pesquisa científica e as empresas farmacêuticas dos dois países com capacidade de pesquisa e desnvolvimento (P&D) e inovação continuem a realizar P&D sistemático de plantas medicinais e melhorem constantemente os níveis técnicos na aplicação de recursos medicinais. As instituições de pesquisa dos dois países aprofundarão a cooperação em pesquisas relacionadas aos padrões de qualidade de materiais medicinais, fortalecerão a aprendizagem mútua relacionada com esses padrões de qualidade e fortalecerão a pesquisa sobre políticas e regulamentos, de acordo com a sessão. A reunião serviu também para o lançamento de uma iniciativa relacionada ao fortalecimento da cooperação em pesquisa sobre padrões de materiais médicos.
Hoje Macau China / ÁsiaEgipto | Aviões da Força Aérea Chinesa em show aéreo Oito aviões da Força Aérea do Exército de Libertação Popular (ELP) partiram ontem de um aeroporto no noroeste da China para um show aéreo no Egipto, programado para ocorrer de 3 a 5 de Setembro, indica a agência estatal Xinhua. A formação de voo inclui um Y-20, a grande aeronave de transporte desenvolvida internamente pela China, e sete caças furtivos J-10 da Equipe Acrobática Bayi, de acordo com a Força Aérea. Xie Peng, porta-voz da Força Aérea, disse que esta será a primeira apresentação da equipa acrobática Bayi num país africano e será também o voo mais distante no exterior até o momento, acrescenta a publicação. A formação sobrevoará as pirâmides enquanto estiver no Egipto, com a aeronave Y-20 pronta para fazer a sua estreia no exterior, observou Xie. De acordo com especialistas militares, o voo estender-se-á por quase 10 mil quilómetros com transferências e cruzará vários fusos horários em temperaturas que mudam rapidamente, apresentando desafios “extremos” para os pilotos. A tripulação, resolveu, assim, simplificar os suprimentos que os acompanham e projectou um conjunto específico de manobras para o show inaugural do Y-20, disse o piloto Yuan Bo.
Hoje Macau China / ÁsiaRobots | Li Qiang pede maior cooperação global para impulsionar sector O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, enfatizou a necessidade de promover um ambiente aberto para a inovação técnica e apoiar empresas e instituições de pesquisa estrangeiras para investir na China, ao falar sobre o avanço da indústria de robots através de uma colaboração global mais próxima. Li fez as observações durante uma visita de pesquisa de campo no domingo à Exposição Mundial de Robots 2024, em Pequim, indica a Xinhua. O responsável afirmou que é necessário estabelecer e fazer bom uso de plataformas de cooperação para intercâmbios industriais, manter a estabilidade e a fluidez das cadeias industriais e de suprimentos e facilitar a inovação técnica do sector de robots em todo o mundo. Li visitou o salão de exposições da feira e questionou sobre o desempenho, as vantagens tecnológicas e, em particular, as aplicações de alguns robots em exposição. A exposição fez parte da Conferência Mundial de Robots, com duração de cinco dias, que foi aberta na quarta-feira e teve como tema “Co-fomentando novas forças produtivas de qualidade para um futuro inteligente compartilhado”. Mais bem-estar Li pediu mais esforços para impulsionar a inovação técnica e o desenvolvimento industrial para cultivar novos motores de crescimento e melhorar continuamente o bem-estar das pessoas. Referindo-se aos robots como um “parâmetro importante para a inovação técnica e a força da manufactura de ponta”, Li disse que a inovação relevante deve ter como alvo a actualização industrial, a demanda de actualização do consumo e as fronteiras industriais líderes mundiais, acrescenta a publicação estatal. O primeiro-ministro chinês acrescentou que as vantagens da China, que vão desde um mercado interno superdimensionado até cenários de inovação abundantes, devem ser aproveitadas ao máximo, enquanto as aplicações da inovação tecnológica relacionada a robots em sectores como manufatura, agricultura e serviços devem ser aceleradas. Para impulsionar o sector de robots, Li também enfatizou a necessidade de envolver mais investimentos de capital de risco, incubar mais empresas unicórnio e mais “pequenas empresas gigantes”, pequenas e médias, mais especializadas num mercado específico e que ostentam tecnologias de ponta, além de promover clusters industriais com especialidades e vantagens.
Hoje Macau SociedadeFurto | Mãe e filha de nacionalidade estrangeira detidas Mãe e filha, ambas nacionais da Bósnia-Herzegovina, foram detidas por serem suspeitas da prática de três furtos. Segundo o jornal Ou Mun, na última sexta-feira uma turista encontrava-se a fotografar perto do parque da Fortaleza do Monte, tendo descoberto que a sua bagagem tinha sido roubada. As duas detidas não só são suspeitas de terem furtado a bagagem da turista como terem tirado, pouco tempo depois, 10 mil renminbis da mochila de uma outra turista junto a uma loja de lembranças perto das Ruínas de São Paulo. Depois destas ocorrências, a mãe terá fugido e deixado para trás a filha menor. Os agentes do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) investigaram os dois locais, tendo depois recebido uma denúncia oriunda de um hotel do Cotai, que aponta a mãe como estando ligada a um caso de furto de um cliente que perdeu 11 mil dólares de Hong Kong e 500 dólares de Singapura. A mulher aparece nas imagens de videovigilância do referido hotel, tendo mais tarde sido interceptada com várias moedas na sua posse. O caso já foi encaminhado para o Ministério Público, estando a mulher e filha suspeitas da prática de furto qualificado.
Hoje Macau PolíticaDST | Sorteio de viagens e estadias para atrair estrangeiros A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) anunciou ontem o lançamento de uma campanha promocional destinada aos mercados de visitantes internacionais, que irá sortear pacotes de viagem com bilhetes de avião de ida e volta a Macau, alojamento, e experiências de “apreciação culinária em restaurantes com estrelas Michelin e a gastronomia típica local”. Para aceder à iniciativa, que já está disponível online, os visitantes podem até 17 de Outubro participar num jogo online de perguntas e respostas relacionadas com o turismo de Macau. Para tal, precisam inscrever-se na página electrónica da “Sentir Macau Edição Limitada” e participar no questionário uma vez por dia. Se acertarem nas três questões, ficam automaticamente habilitados ao concurso e ganham automaticamente uma prenda. “Entre as inúmeras ofertas da campanha, figuram 100 prémios de peso como experiências de viagem de edição limitada, as quais incluem bilhetes de avião de ida e volta a Macau e alojamento”, “exploração do património mundial, experiências da cultura do património cultural intangível, apreciação culinária em restaurantes com estrelas Michelin e a gastronomia típica local, actividades de aventura e lazer”, indica a DST. O Governo irá ainda atribuir “um prémio final de experiência de viagem das seis empresas de turismo e lazer integrado, para dar a sentir as infra-estruturas de lazer de classe mundial de Macau aos visitantes das diferentes partes do mundo”.
Hoje Macau PolíticaDSPA | Concluída expansão de central de incineração O Governo anunciou que a 3.ª fase de expansão da Central de Incineração de Resíduos Sólidos de Macau está pronta para entrar em funcionamento, depois de recentemente terem sido realizados os testes de funcionamento. A informação foi divulgada ontem pela Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), que reconhece que o projecto enfrentou vários problemas. “A execução da obra foi afectada por vários factores adversos, tais como a pandemia do novo tipo de coronavírus e as condições climáticas adversas, o que impediu, de certo modo, a fabricação, o transporte e a instalação de alguns principais equipamentos de processamento de grande porte no âmbito do projecto”, foi comunicado. “No entanto, com os esforços da equipa de execução e de outras partes envolvidas, a obra foi finalmente concluída em Agosto de 2024”, foi acrescentado. Com a entrada em funcionamento da 3.ª fase, a “capacidade total de tratamento diário da Central de Incineração de Resíduos Sólidos de Macau aumentará 1.300 toneladas”. Os dados oficiais apontam que a nova expansão da central tem capacidade para converter a energia térmica gerada durante o processo de incineração em electricidade, e deverá produzir mais de 200 milhões de quilowatts-hora (kwh) de electricidade por ano, se operar na capacidade total. O Governo espera ainda que a expansão da central de incineração em conjunto com “as várias medidas de redução de produção de resíduos” e a “futura conclusão do Centro de Recuperação de Resíduos Orgânicos” respondam “às necessidades de tratamento de resíduos” durante “um longo período de tempo”.
Hoje Macau PolíticaAperfeiçoamento Contínuo | Pedido mais dinheiro para programa Ma Io Fong questionou o Governo sobre a possibilidade de o montante distribuído no Programa de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Contínuo ser aumentado no futuro. A questão faz parte de uma interpelação escrita pelo deputado ligado à Associação das Mulheres de Macau divulgada ontem. “Será que as autoridades vão considerar aumentar o montante do financiamento do Programa de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Contínuo, ou considerar aumentar o financiamento quando os cursos tiverem como objectivo a obtenção de certificados profissionais ou formações profissionais?”, questiona Ma. A fase actual do programa começou em 2023 e prolonga-se até 2026, prevendo a distribuição de até 6 mil patacas para pagar os custos de inscrição dos residentes nos cursos e formações que aderiram ao programa. Ma pergunta também se existe possibilidade de as autoridades começarem a imitar as opções tomadas no programa de vales de saúde, em que o montante não utilizado pode ser transmitido aos familiares. “Será que as autoridades vão considerar imitar o subsídio dos vales de saúde, para que os residentes possam transmitir o apoio para os familiares directos que precisam de se inscrever em cursos mais avançados e mais caros?”, pergunta. O deputado das Mulheres questiona ainda a possibilidade de o Governo começar a financiar cursos realizados em formatos online, quando estiverem ligados a instituições de prestigio. Para defender esta possibilidade, Ma argumenta que depois da pandemia o ensino online se tornou cada vez mais uma tendência que deve ser aproveitada.
Hoje Macau Grande Plano MancheteTimor-Leste/25 anos | Guterres condecorado com Grande Colar da Ordem António Guterres vai ser condecorado com a mais alta distinção de Timor-Leste pela intervenção que teve em 1999, após a realização do referendo que levou à independência, anunciou José Ramos-Horta. O chefe de Estado sugere que empresas lusas usem o país como ‘armazém’ para o sudeste asiático, mas alerta para a necessidade de condições e vontade dos governos “O secretário-geral António Guterres como primeiro-ministro de Portugal, em 1999, no ano crítico, teve uma intervenção que na altura chamou a atenção do Presidente Bill Clinton [antigo Presidente dos Estados Unidos]”, explicou José Ramos-Horta, em entrevista à agência Lusa por ocasião dos 25 anos de realização do referendo em Timor-Leste. “Quando estive com o Presidente Bill Clinton em Setembro de 1999 na cidade de Auckland, Nova Zelândia, onde ia se reunir-se a Cimeira da APEC [Fórum Económico dos Países da Ásia e do Pacífico], Bill Clinton disse-me: Quem mais me sensibilizou na questão de Timor-Leste foi António Guterres”, lembrou o prémio Nobel da Paz. Após o anúncio dos resultados do referendo de 30 de Agosto de 1999, em 4 de Setembro do mesmo ano, em que a grande maioria dos timorenses votou a favor da independência de Timor-Leste, uma onda de violência assolou o território perpetrada pelas milícias integracionistas, apoiadas pela Indonésia. Milhares de timorenses foram obrigados a fugir perante a onda de assassínios, deslocação forçada de pessoas para Timor Ocidental, ataques à igreja católica e outras organizações. “A intervenção de António Guterres foi uma intervenção que sensibilizou emocionalmente Bill Clinton e António Guterres deixou bem clara a mensagem de Portugal”, salientou o Presidente timorense. Segundo José Ramos-Horta, na altura havia a questão do Kosovo e da Bósnia, que obrigou a uma intervenção da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e Portugal foi um dos países que contribuiu para aquela missão. “Não vou citar textualmente o que António Guterres disse ao telefone com Bill Clinton, isso reservo para o meu livro, mas a mensagem foi clara. Não pode haver dois pesos e duas medidas e que Portugal podia repensar a sua participação nas forças da NATO nos Balcãs”, salientou. No livro “Por Timor – Memórias de dez Anos de Independência”, da antiga assessora de José Ramos-Horta, Sónia Neto, o antigo Presidente dos Estados Unidos recorda que, perante a “brutal campanha de violência”, decidiu suspender a cooperação militar com a Indonésia. Uma semana mais tarde, o Conselho de Segurança da ONU aprovou, por unanimidade, uma resolução que autorizava a força multinacional Interfet, liderada pela Austrália a entrar em Timor-Leste. Reconhecimento da ordem Face ao exposto, é com naturalidade que António Guterres vai ser condecorado com o Grande Colar da Ordem de Timor-Leste. A Ordem de Timor-Leste, com quatro graus, foi criada em 2009 e visa reconhecer e agradecer a nacionais e estrangeiros que contribuíram para o benefício do país, dos timorenses e da humanidade. Além de António Guterres, os jornalistas portugueses Paulo Nogueira, Pedro Sousa Pereira e Fernando Peixeiro, da agência Lusa, Pedro Miguel Duarte Costa e Silvestre Bento Rodrigues, da SIC, António Valador, da RTP, e Pedro Manuel Mesquita e José Luís Ramos Pinheiro, da Rádio Renascença, também vão se condecorados com a Ordem de Timor-Leste. “Muitos outros foram condecorados num grande evento em 2015, mas há tantas pessoas, tantos amigos espalhados pelo mundo”, disse José Ramos-Horta, explicando que são jornalistas que estiveram em Timor-Leste em 1999, mas que também fizeram a cobertura do país durante muitos anos. Ponto de encontro O Presidente timorense, José Ramos-Horta defendeu também que as empresas portuguesas podem usar Timor-Leste como ‘armazém’ para reexportarem para o sudeste asiático em áreas como as conservas, o calçado ou têxteis. O chefe de Estado timorense defendeu que o sudeste asiático é o melhor mercado para as empresas portuguesas que têm interesse em expandir-se. “O mercado é este, do sudeste asiático, com quase 700 milhões de pessoas, dos quais cerca de 200 milhões são já de classe média, com [rendimento] ‘per capita’ mais elevado, com gostos mais refinados”, disse. “Se eu fosse um empresário timorense ou português, fazia de Timor-Leste um armazém de conservas portuguesas porque o asiático gosta muito de conservas” e “a conserva portuguesa é a melhor do mundo”. Para José Ramos-Horta, há ainda outras áreas em que os empresários portugueses podem fazer a diferença, como o calçado ou confeção têxtil. “Há quase 30 anos conheci um senhor guineense, casado com uma timorense, ele vendia sapatos portugueses em casa. Hoje já tem lojas em toda a Austrália a vender calçado português”, exemplificou. O Presidente defendeu que Timor-Leste “pode ser um armazém como Singapura” que “reexporta tudo o que vem da Europa, do resto do mundo para a Ásia e vice-versa”. Ramos-Horta deu ainda outro exemplo de sucesso dos produtos portugueses na região referindo que os vizinhos de Timor ocidental, a parte indonésia da ilha, atravessam muitas vezes a fronteira “para virem comprar vinho português a Timor-Leste”. O país asiático lusófono podia ainda ser “um ‘hub’ para indústria farmacêutica portuguesa”, defendeu. Criar bases No entanto, para promover este tipo de investimento, o chefe de Estado considerou que os governos timorense e português devem fazer “acordos mais concretos, comerciais, mas com fortes apoios dos bancos portugueses, do banco central português e timorense”. É preciso que a nível político haja “incentivos a esses empresários para se estabelecerem em Timor”, em vez de andarem “a fazer juras de amor eterno”, como é comum na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Segundo o relatório semestral das perspectivas económicas do Banco Mundial, divulgado esta semana, a economia de Timor-Leste deverá acelerar para uma média de 3,7 por cento no período 2024-2026. Este ano, manteve a trajectória de crescimento próximo dos 3 por cento, mas a um ritmo mais lento devido à baixa execução orçamental, que foi de apenas 25 por cento do Orçamento do Estado e 6 por cento do orçamento de Capital e Desenvolvimento até Maio. “São necessárias taxas de execução substancialmente mais elevadas para alcançar níveis mais elevados de crescimento económico”, alertou o Banco Mundial. Desafios a ultrapassar Apesar das projecções económicas optimistas, Timor-Leste ainda enfrenta muitas dificuldades. O problema da má nutrição está relacionado com a “pobreza, mas também com a questão cultural e educacional”, explicou o chefe de Estado timorense. Dados do Programa Alimentar Mundial (PAM) indicam que cerca de 360.000 pessoas em Timor-Leste, com 1,3 milhões de habitantes, enfrentam níveis críticos de insegurança alimentar. O Banco Mundial recomendou recentemente a Timor-Leste que aumente o investimento para reduzir a fome, a subnutrição e o atraso no crescimento infantil para melhorar o capital humano do país e consequente desenvolvimento económico. “Há muitas famílias com muitos animais domésticos, gado bovino, centenas de búfalos, de cabritos, porcos. Uma família mais educada, mais sensível planearia para dar de comer às crianças, à casa, regularmente com o que tem, mas muitos não o fazem”, disse José Ramos-Horta. Por outro lado, segundo o prémio Nobel da Paz, “matam cinco ou 10 búfalos num casamento ou num funeral e depois passam meses sem comer um bocado de carne”. José Ramos-Horta explicou que também há desconhecimento sobre nutrição e que no tempo da ocupação indonésia criaram o hábito de comer arroz, que é menos nutritivo que o milho, e as massas de 0,25 dólares que é só misturar água. O Presidente lamentou também a falta de água potável para a população e de condições de higiene. “Tudo isso leva a problemas de infecções nos intestinos e estômago”, disse. Lições externas Segundo o PAM, 47 por cento das crianças menores de cinco anos sofrem de atraso no crescimento. “É a minha campanha principal, porque é uma questão humana, ética e moral, mas não só, é o futuro do país, essas crianças são o futuro do país e têm de ser crianças sãs e bem-educadas”, salientou o chefe de Estado. Questionado sobre quais as maiores conquistas do país nos últimos 25 anos, José Ramos-Horta destacou a liberdade de imprensa e a democracia. “Estas são as melhores conquistas”, disse, mas enumerou também a electrificação do país, a construção de estradas, a formação de médicos e enfermeiros, a formação de quadros, bem como o aumento da esperança média de vida. Sobre a emigração dos jovens timorenses, o chefe de Estado disse que foi quem defendeu a saída daqueles jovens do país, numa primeira fase para a Coreia do Sul e para a Austrália. “Primeiro eu dizia, por favor ajudem-nos, não temos emprego, não temos economia, muita pobreza. Levou anos, mas lá consegui”, disse. Actualmente, os timorenses emigrados na Austrália, Coreia do Sul e Inglaterra enviaram 110 milhões de dólares para os seus familiares em Timor-Leste. “Mas não é só o dinheiro, estão a ganhar algo, novas experiências, novos hábitos de trabalho”, sublinhou o chefe de Estado. José Ramos-Horta considerou que “não há nada de negativo” na emigração e que o positivo é que os jovens que vão para fora mandam muito dinheiro para os seus familiares, afastando a possibilidade de défice de quadros. “Daqui a uns anos eles voltam, quando o nosso país está em construção e vamos precisar deles e alguns já voltaram”, salientou.
Hoje Macau Desporto MancheteFIFA exclui jogadores portugueses da selecção de Macau A FIFA confirmou a exclusão de cinco jogadores portugueses da equipa masculina de Macau por não possuírem o passaporte da RAEM, disse sexta-feira à Lusa o seleccionador Lázaro Oliveira. O luso-angolano disse que a Federação Internacional de Futebol (FIFA, na sigla em francês) já informou a Associação de Futebol de Macau da decisão de ratificar uma exclusão imposta pela Confederação Asiática de Futebol (AFC, na sigla em inglês). A decisão irá, no imediato, afectar o capitão, o luso-sul-africano Nicholas Torrão, Filipe Duarte, formado no Benfica e antigo internacional jovem por Portugal, o central Vítor Almeida e o avançado Iuri Kaewchang Capelo, lamentou Lázaro Oliveira. O seleccionador disse que contava com os quatro jogadores para as duas mãos do ‘play-off’ de qualificação para a Taça Asiática 2027, contra o Brunei, que estão marcadas para 05 e 10 de Setembro. Apesar de admitir que a situação fica “mais difícil”, Oliveira garantiu que Macau não desiste de sonhar: “Agora é pôr o foco nos jogadores que estão presentes e tentar rentabilizá-los ao máximo para que possam fazer dois bons jogos e tentar passar”. A médio prazo, acrescentou o seleccionador, a exclusão afecta também David Kong Cardoso, jogador do Fabril do Barreiro, que disputa o Campeonato de Portugal, o quarto escalão do futebol português, mas que actualmente está lesionado. Vítor Almeida, de 33 anos e radicado em Macau há quase nove anos, disse à Lusa que a decisão “não faz sentido”. “Há sensivelmente oito meses, jogámos o apuramento para o Mundial, em que não houve problema nenhum”, recordou o defesa. Em Outubro, Macau foi eliminada por Myanmar (antiga Birmânia) da corrida ao Mundial2026 após uma derrota por 5-1 fora e um empate a zero em casa, partidas em que participaram Vítor Almeida, Nicholas Torrão, Filipe Duarte e o médio Nuno Pereira, que então jogava no Imortal, do Campeonato de Portugal. Vítor Almeida descreveu esta exclusão como injusta para jogadores nascidos no exterior como Nicholas Torrão, que “já representa a selecção há mais de 20 anos e representou nas camadas jovens”, mas sobretudo para Iuri Capelo. Capelo, que nasceu em Macau há 31 anos, disse à Lusa estar “desiludido e um bocado frustrado”. “Nós todos trabalhamos, não vivemos do futebol. Então requer algum esforço da nossa parte ir aos treinos e é sempre um orgulho para todas as pessoas poderem representar o local onde nasceram”, sublinhou. Sem excepções Apenas os cidadãos chineses com estatuto de residente permanente em Macau podem obter um passaporte do território. Filho de mãe tailandesa e pai português, Capelo disse que, de acordo com as autoridades de Macau, teria de renunciar ao passaporte português. “Como é uma decisão pessoal minha, não quero renunciar à minha nacionalidade”, explicou. O jogador do Benfica de Macau, actual campeão, disse que a decisão da FIFA “pode desmotivar os mais jovens”, mas alertou que actualmente já há poucos não chineses “a jogar pelas camadas mais jovens da seleção de Macau”. Vítor Almeida, que também lidera uma escola de futebol, sublinhou a importância de não “ficar resignado e desistir”, para que os jovens da região “tenham essa possibilidade de poder representar a selecção de Macau mesmo não sendo chineses”. Uma porta-voz da Associação de Futebol de Macau confirmou à Lusa a exclusão, de acordo com regulamentos da AFC aprovados já em 2021, e lamentou que não haja qualquer excepção para “jogadores que já representam Macau há muitos, muitos anos”.