Hoje Macau China / ÁsiaONU | Rússia e China criticam resolução que reduz uso do poder de veto Esta segunda-feira foi aprovada em Nova Iorque uma resolução que visa reduzir o uso do poder de veto na Organização das Nações Unidas e que obriga os países a maiores justificações. China e Rússia, membros do Conselho de Segurança, mostraram-se contra esta decisão A Rússia e a China criticaram a resolução, aprovada na Assembleia-Geral da ONU, que visa reduzir o uso do veto no Conselho de Segurança, enquanto o Brasil e a Índia exigiram uma reforma do Conselho. A iniciativa irá obrigar os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido) a dar explicações aos demais Estados membros cada vez que usarem o poder de veto. O vice-embaixador da Rússia, Gennady Kuzmin, chamou o veto de “uma pedra angular da arquitectura da ONU” e alertou que “sem ele, o Conselho de Segurança se tornaria um órgão que se limita a carimbar decisões questionáveis impostas por uma maioria simples, cuja implementação dificilmente seria possível”. O vice-embaixador norte-americano, Richard Mills, disse após a votação que os EUA estão “extraordinariamente preocupados com o padrão russo de abusar do seu direito de veto na última década”. O diplomata deu como exemplo resoluções vetadas que pretendiam denunciar a Síria junto do Tribunal Penal Internacional, protestar contra a anexação da Rússia da península ucraniana da Crimeia, em 2014, ou exigir que a Rússia interrompesse imediatamente a invasão da Ucrânia. 300 desde 1946 Desde 1946, o veto foi usado quase 300 vezes, cerca de metade delas pela União Soviética ou pela Rússia, que herdou a sua cadeira. A resolução exigirá que, sempre que existir um veto no Conselho de Segurança, seja automaticamente convocada uma sessão plenária da Assembleia-Geral, onde se reúnem os 193 Estados-membros da organização. O representante da China, o país que historicamente menos usou o poder de veto, Jiang Hua, disse que o carácter automático da convocação da Assembleia Geral, “na prática, provavelmente causará confusão e inconsistência processual”. A embaixadora britânica Barbara Woodward disse que a resolução é “um passo rumo à manutenção da paz e segurança internacionais”. Tanto o Reino Unido como a França não usam o direito de veto desde 1989. “Preferimos ganhar votos a usar o nosso veto para bloquear a acção do conselho”, sublinhou Woodward. A França não co-patrocinou a resolução e a vice-embaixadora francesa, Nathalie Broadhurst, disse não acreditar que a Assembleia Geral possa tornar-se juíza do Conselho de Segurança. A diplomata apelou aos outros quatro membros permanentes do conselho que apoiem uma proposta, promovida pela França e pelo México, que exigiria a suspensão do uso do veto em caso de atrocidades em massa. O Brasil e a Índia, que há anos procuram assentos permanentes no Conselho de Segurança, lamentaram que a resolução não aborde a reforma do órgão da ONU. “Um conselho representativo que reflicta o actual sistema internacional é fundamental para a manutenção da paz e segurança internacionais e para o futuro desta organização”, disse o embaixador brasileiro Ronaldo Costa Filho. O vice-embaixador da Índia, Ravindra Raguttahalli, disse que a resolução ignora a necessidade de reestruturar o Conselho de Segurança para reflectir “realidades geopolíticas contemporâneas”.
Hoje Macau China / ÁsiaEnsino | Xi pede abertura para desenvolver universidades de classe mundial O líder do país visitou a Universidade Renmin, em Pequim, onde deixou valorosos contributos acerca do futuro da educação com características chinesas O Presidente Xi Jinping pediu nesta segunda-feira a abertura de um novo caminho para construir universidades de classe mundial com características chinesas. Xi, também secretário do Comité Central do Partido Comunista da China (PCCh) e presidente da Comissão Militar Central, fez as declarações durante uma visita à Universidade Renmin da China em Pequim, informa a agência Xinhua. Xi enfatizou seguir a liderança do Partido e transmitir as tradições revolucionárias na administração universitária. Disse também que as universidades da China devem estar profundamente enraizadas na China e evitar simplesmente copiar padrões e modelos estrangeiros. A visita ocorreu antes do Dia da Juventude da China, que se assinala a 4 de Maio. Em nome do Comité Central do PCCh, Xi estendeu saudações festivas aos jovens de todos os grupos étnicos no país inteiro. Xi também expressou a esperança de que todos os jovens do país possam ter em mente as instruções do Partido, lutar pela revitalização nacional e trabalhar duro para obter os melhores resultados possíveis. A história da Universidade Renmin da China remonta à Escola Pública de Shanbei, fundada em 1937. A universidade cresceu ao longo das décadas, com foco em ciências humanas e sociais, bem como estudos marxistas. Durante sua visita, Xi foi primeiro a uma sala de aula inteligente para cursos ideológico-políticos. Sentou-se com os alunos, ouvindo atentamente e participou nas discussões. Salientando que as classes político-ideológicas devem desempenhar o devido papel na promoção da moralidade, Xi exortou que essa educação seja adaptada às necessidades dos jovens em diferentes estágios de desenvolvimento. Xi instou a Universidade Renmin da China a proporcionar cursos ideológico-políticos mais exemplares para escolas em todo o país e pediu que as universidades de todo o país cooperem mais com as escolas de ensino primário e médio na realização de educação ideológico-política. Visitando o museu da universidade, Xi a pediu para levar adiante as suas gloriosas tradições revolucionárias e sua distinta herança “vermelha”. Numa praça fora do museu, Xi reuniu-se com docentes séniores, especialistas e excelentes professores jovens e de meia idade, com quem conversou. Xi observou que a construção de universidades de classe mundial requer docentes de primeira classe, destacando a importância de treinar professores competentes. Outros trilhos Mais tarde, Xi sentou-se com representantes de professores e alunos num simpósio e proferiu um importante discurso. Ressaltou que a construção de uma universidade de classe mundial com características chinesas não funcionaria ao seguir cegamente outras ou simplesmente copiar padrões e modelos estrangeiros. Requer, em vez disso, a abertura de um novo caminho. Xi apontou que há uma necessidade imediata de responder a questões dos tempos, tais como “O que acontece com o mundo” e “Para onde a humanidade deve ir? A prioridade de desenvolver a filosofia e as ciências sociais com características chinesas é estabelecer um sistema de conhecimento independente, de acordo com o Presidente. Xi pediu esforços para tornar a filosofia e as ciências sociais com características chinesas uma parte importante da sociedade académica mundial. Por fim, pediu que os jovens sigam o chamamento do Partido e se transformem numa geração capaz de assumir a missão de revitalização nacional.
Hoje Macau EventosBienal de Veneza | Inaugurada “Alegoria dos Sonhos”do colectivo YiiMa Foi inaugurada, na última sexta-feira, a exposição do colectivo YiiMa, composto pelos artistas Guilherme Ung Vai Meng e Chan Hin Io, na 59.ª edição da Bienal de Veneza – Exposição Internacional de Arte. A mostra, intitulada “Alegoria dos Sonhos”, e que representa Macau neste evento, conta com a curadoria do fotógrafo João Miguel Barros. São apresentadas 11 das últimas obras, já expostas em Lisboa no Centro Cultural de Belém, e que mostram “uma perspectiva única que funde céu e terra, propondo uma reinterpretação da riqueza e densidade de alguns recantos ocultos de Macau e das memórias da cidade que se estão a desvanecer como sonhos”. Buscando memórias de Macau e de lugares que já se perderam no tempo, os dois artistas recorreram à fotografia e instalação, entre outros formatos artísticos, para transmitir a sua interpretação muito própria do que foi o território, lugar de ligação das culturas chinesa e portuguesa. Leong Wai Man, presidente do Instituto Cultural, entende que esta exposição “expressa a vitalidade da criação artística e cultural de Macau”, com as suas obras a reflectirem e a apresentar “a memória colectiva de Macau”. Para a dirigente, a mostra do colectivo YiiMa “promove o carácter urbano de Macau como ponto de encontro entre as culturas chinesa e ocidental junto de visitantes de todo o mundo”. O trabalho de Ung Vai Meng e Chan Hin Io pode ser visto no Pavilhão de Macau-China, na Bienal, até ao dia 20 de Outubro. No âmbito deste projecto, o Museu de Arte de Macau promove a palestra “A Desafiante 59.ª Bienal de Veneza”, a fim de dar a conhecer esta iniciativa ao público de Macau.
Hoje Macau SociedadeTNR | Pedidos de entrada para filipinos já podem ser apresentados Os empregadores de trabalhadores não residentes (TNR) de nacionalidade filipina podem, desde as 10h de ontem, apresentar o pedido às autoridades locais para a sua entrada no território. O despacho assinado pelo Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, determina que os TNR que sejam “elegíveis para exercício de actividade profissional referente a trabalho doméstico” podem apresentar este pedido. Os “pedidos de isenção das restrições de entrada podem ser apresentados pelo seu empregador ou, através de uma agência de emprego. Desde a meia noite de hoje que estão revogados ou ajustados vários despachos com medidas de prevenção à pandemia, relativas à entrada e saída do território.” Estes pedidos visam a contratação de trabalhadores para “cuidar de idosos, crianças pequenas e doentes”, sendo que estes TNR têm de ser vacinados contra a covid-19. As autoridades prometem ainda, “numa próxima etapa”, aliviar as restrições aplicadas aos TNR que não sejam residentes do Interior da China, Hong Kong ou Taiwan, nomeadamente “docentes ou investigadores estrangeiros, pessoal de gestão de instituições de ensino que são actualmente considerados em número insuficiente em Macau, bem como estudantes que tenham sido admitidos em escolas de ensino superior de Macau”. Estes pedidos poderão ser feitos em coordenação com a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude e a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Correspondentes cancelam prémios de jornalismo de Direitos Humanos O Clube de Correspondentes Estrangeiros em Hong Kong cancelou ontem a edição deste ano dos prémios de jornalismo sobre Direitos Humanos alegando preocupações com a possibilidade de infracção da lei local, que impõe “linhas vermelhas” aos jornalistas. Os vencedores da 26.ª edição destes prémios seriam anunciados em 3 de Maio, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. O presidente do Clube dos Correspondentes Estrangeiros, frequentado por jornalistas, advogados, empresários e diplomatas em Hong Kong, disse que a decisão “difícil” foi tomada depois de uma reunião da direcção. “Sei que é uma decisão fora do comum quando o processo estava já muito avançado”, disse Keith Richburg, num comunicado. “Nos últimos dois anos, os jornalistas em Hong Kong operaram sob ‘linhas vermelhas’ que delimitam o que está e não está autorizado, mas há áreas significativas de incerteza e não queremos infringir a lei de forma involuntária. É neste contexto que decidimos cancelar os prémios”, lê-se na nota divulgada hoje. Richburg, um antigo correspondente norte-americano e hoje director do Centro de Estudos de Jornalismo e Meios de Comunicação da Universidade de Hong kong, disse que o clube continuará a promover a liberdade de imprensa, “reconhecendo que os desenvolvimentos recentes poderão requerer mudanças na estratégia”. Vem de longe Os Prémios de Jornalismo de Direitos Humanos começaram a ser entregues em 1996, numa iniciativa organizada pelo Clube dos Correspondentes Estrangeiros, a organização não-governamental Amnistia Internacional e a Associação de Jornalistas de Hong Kong (HKJA, na sigla em inglês). No sábado passado, a HKJA, a maior associação de jornalistas de Hong Kong, realizou uma reunião extraordinária para debater o futuro da organização, incluindo a dissolução. No final, o presidente da HKJA, Ronson Chan, afirmou que a associação continuará a existir “num futuro próximo”. A associação tem estado sob pressão governamental, com o secretário da Segurança do executivo da cidade a ter posto em causa a sua neutralidade política. Já o Clube de Correspondentes Estrangeiros está em conversações com o Executivo de Hong Kong para a renovação do contrato de arrendamento do ofício em que está instalado, que termina em Janeiro de 2023.
Hoje Macau China / ÁsiaFrança/Eleições | Xi Jinping “felicita” Macron pela reeleição Emmanuel Macron venceu a segunda volta das Presidenciais em França com 58 por cento dos votos, derrotando a candidata da extrema-direita, Marine Le Pen. O Presidente chinês, Xi Jinping, prometeu continuar a trabalhar com Macron em prol dos compromissos firmados desde o início das relações diplomáticas entre os dois países O Presidente chinês, Xi Jinping enviou ontem uma mensagem ao seu homólogo francês Emmanuel Macron para “felicitar” pela reeleição, informou a televisão chinesa CCTV. “Quero continuar a trabalhar com o Presidente Macron para defender […], como desde o estabelecimento das nossas relações diplomáticas, os princípios da independência, da compreensão mútua, da clarividência e do benefício mútuo”, declarou Xi Jinping. O centrista Emmanuel Macron foi no domingo reeleito Presidente de França, obtendo 58,55 por cento dos votos na segunda volta das eleições, contra 41,45 por cento de Marine Le Pen, a candidata de extrema-direita, segundo resultados oficiais definitivos divulgados pelo Ministério do Interior francês. Em 2017, a primeira vez que os dois se enfrentaram nas eleições presidenciais, Emmanuel Macron venceu com mais de 66 por cento dos votos, contra 33,90 por cento de Marine Le Pen, ou seja, com uma vantagem significativamente mais clara do que nas eleições de domingo. Discursando perante os franceses junto da Torre Eiffel, no domingo, Emmanuel Macron prometeu dar respostas aos eleitores que se abstiveram. “A partir deste momento já não sou o candidato de um campo, sou o Presidente de todos. Sei que para muitos dos nossos compatriotas que hoje escolheram a extrema-direita, a raiva e o desacordo que os levaram a votar pela extrema-direita deve encontrar uma resposta. É essa a minha responsabilidade”, disse Macron no discurso de vitória, em frente à Torre Eiffel. O Presidente reeleito de França fez um curto discurso perante cerca de 1.000 apoiantes que vieram até ao Champ de Mars para agradecer a mobilização dos seus apoiantes, mas também para agradecer a todos os franceses que não o escolheram na primeira volta, mas lhe deram o voto para erguer uma “barreira” contra Marine Le Pen. “Sei também que um grande número dos nossos compatriotas votou hoje por mim, não por me apoiarem, mas para fazerem barreira à extrema-direita. E quero dizer-lhes que tenho consciência da minha dívida nos próximos anos”, afirmou o Presidente francês. No caso de Le Pen, esta afirmou: “Um grande vento de liberdade poderia ter-se levantado sobre o país. A escolha das urnas, que respeito, decidiu de outra maneira”, declarou a candidata, no discurso de derrota, no Pavilhão d’Armenonville, no nordeste de Paris. A candidata da União Nacional afirmou que, “apesar de duas semanas de métodos desleais, brutais e violentos, semelhantes àqueles que os franceses aguentam no seu quotidiano”, as ideias que o seu partido representa “atingiram um pico nesta noite de eleições presidenciais”. “Com mais de 43 por cento dos votos, o resultado desta noite representa uma vitória esmagadora. Milhões de compatriotas escolheram o campo nacional e da mudança”, afirmou. Parabéns de Putin Muitos analistas encaram esta vitória como sendo positiva para a continuação do projecto europeu. Numa altura em que a Europa se vê a braços com o conflito na Ucrânia, Vladimir Putin, Presidente russo, também felicitou Macron. “Desejo-lhe sinceramente sucesso na sua acção pública, bem como boa saúde”, afirmou Vladimir Putin num telegrama enviado a Emmanuel Macron. O chanceler alemão Olaf Scholz foi o primeiro dirigente estrangeiro a falar com Emmanuel Macron após a vitória deste na segunda volta das presidenciais francesas, revelaram fontes da Presidência. As mesmas fontes do Eliseu, citadas pela EFE, adiantam que Scholz telefonou a Macron para felicitá-lo pela vitória sobre Marine Le Pen, candidata da extrema-direita, e enfatizou que o contacto logo após a reeleição é um reflexo da amizade franco-alemã. Antes da chamada, Scholz recorreu ao Twitter para felicitar Macron em francês pela sua reeleição, mas continuou em alemão, considerando que eleitores franceses enviaram “um sinal forte à Europa”. “Anseio pela nossa boa e contínua cooperação”, sublinhou.
Hoje Macau EventosProjecto do CCCM visa criar teatro em crioulo de Macau Aulas de patuá serão tema de uma acção de formação em Lisboa a partir do dia 30 de Abril, uma iniciativa de Joaquim Ng Pereira, que sonha criar na capital portuguesa um grupo de teatro amador. Até Outubro, o Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM), em Lisboa, vai acolher 32 sessões da oficina, que terá um máximo de 25 alunos a estudar uma língua minoritária considerada pela UNESCO como estando “em risco de extinção”. “Não me interessa tanto o aspecto técnico, formal do patuá, mas sim a sua forma artística, porque tem uma musicalidade muito própria, e creio que as pessoas se têm inscrito precisamente para conhecer o espírito, a alma do patuá”, disse Joaquim Ng Pereira à Lusa. Sara Roncon Leotte, co-organizadora da oficina, disse à Lusa que dois dos interessados na iniciativa têm já ligações a outras línguas minoritárias: o mirandês, de Miranda de Douro, e o crioulo da Guiné-Bissau. No final da oficina, Joaquim Ng Pereira quer integrar os melhores alunos num teatro em patuá, até ao fim de 2022, na Casa de Macau de Portugal, em parceria com Miguel de Senna Fernandes, dramaturgo dos Dóçi Papiaçam di Macau, grupo de teatro em patuá. O primeiro projecto deste novo grupo de teatro seria “fazer filmagens nos lugares mais icónicos aqui de Lisboa, mas comentados de forma humorística em patuá”, e depois adaptar peças dos Dóçi Papiaçam di Macau, explicou o macaense. O objectivo seria “estabelecer uma ponte cultural entre os dois territórios” e “não deixar esquecer” os mais de 400 anos em que Macau foi a ligação entre Portugal e China, disse Joaquim Ng Pereira. Uma meta que o levou também a gravar, com a sinóloga Ana Cristina e o académico macaense Álvaro Rosa, uma série de oito episódios de rádio a explicar expressões idiomáticas em mandarim, cantonês e patuá. Rádio em Belém O programa irá ser emitido na rádio da Junta de Freguesia de Belém. “Só falta agendar”, diz Joaquim Ng Pereira. Para a mesma rádio, o macaense está a preparar um outro programa, exclusivamente sobre o patuá e o universo de Macau, em parceria com Miguel de Senna Fernandes, para arrancar no final de Maio. O programa vai incluir a declamação de poesia em patuá ou poesia em português sobre Macau, convidados macaenses ou portugueses que viveram em Macau, e uma intervenção de Miguel de Senna Fernandes, “de forma mais formal”, sobre o patuá, explicou Joaquim Ng Pereira.
Hoje Macau SociedadeHác-Sá | Restaurante Fernando com negócio a 20 por cento Em declarações ao jornal Ou Mun, o proprietário do Restaurante Fernando, apontou que o negócio é de apenas 20 por cento, quando comparado com o período antes da pandemia. Para Fernando Gomes, dado que Macau é um território pequeno, a única saída possível para contornar a fraca procura interna e revitalizar o sector da restauração passa pela abertura de fronteiras ao exterior. O proprietário do restaurante localizado em Hác-Sá há 35 anos vincou que o estabelecimento dá trabalho a mais de 30 funcionários e que, desde o início da pandemia, não houve lugar a despedimentos. Fernando Gomes recorda ainda que antes da pandemia era normal os clientes não se importarem de esperar duas horas para se sentar, tal era a procura. Agora, conta, há dias em que apenas são servidas duas mesas.
Hoje Macau Manchete SociedadeTestes em quarentena vão ser pagos e custam até 2.000 patacas A partir de 8 de Maio, quem chega a Macau proveniente de locais que exijam a realização de quarentena, vai ser obrigado a pagar as despesas da testagem contra a covid-19 durante o todo o período de observação médica e independentemente do hotel em que se encontre. No final da quarentena, a factura a pagar poderá ser de 2.000 ou 1.250 patacas, consoante o local de proveniência e o número de testes de ácido nucleico realizados. Segundo um comunicado divulgado no sábado pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, a medida aplica-se a todos os que estiveram em países estrangeiros, Hong Kong, Taiwan e zonas consideradas “de risco” do Interior da China. Dado que cada teste tem o custo de 250 patacas, valor que inclui a recolha de amostras no local por profissionais qualificados e a sua testagem individual, o Centro de Coordenação revelou ainda que o valor a pagar será de 2.000 patacas para quem vem do estrangeiro, Hong Kong e Taiwan e 1.250 patacas para quem vem do Interior da China. Isto, tendo em conta que o primeiro grupo tem de ser submetido a oito testes e o segundo a cinco testes. “Os indivíduos provenientes de países estrangeiros, da Região Administrativa Especial de Hong Kong e da Região de Taiwan que entrem em Macau, têm de ser submetidos a oito testes de ácido nucleico, com um custo total de 2.000 patacas, enquanto os que entrem em Macau vindos das zonas de risco do Interior da China, têm de ser sujeitos a cinco testes de ácido nucleico, com um custo total de 1.250 patacas”, pode ler-se na nota. Toca a poupar O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus justifica a medida com a necessidade de fazer “bom uso” das finanças públicas e com o facto de a responsabilidade de viajar para o exterior estar do lado dos hóspedes. “Uma vez que as despesas (…) resultam de viagens ao exterior dos indivíduos em causa, a fim de ser feito um bom uso do erário público, o pagamento tem de ser feito pelos próprios utentes dos serviços”, é vincado. Assim sendo, antes de viajar para Macau, os indivíduos provenientes do exterior deverão, além de reservar o hotel de quarentena, “proceder ao pagamento online das despesas do pacote de testes de ácido nucleico” e “apresentar o respectivo SMS de confirmação para embarque no avião, veículo ou barco com destino a Macau”. O Centro de Coordenação promete divulgar mais detalhes sobre o assunto nos próximos dias.
Hoje Macau SociedadeCrime | Detido por abusar de menor em casa de banho pública A Polícia Judiciária (PJ) deteve um homem de 41 anos, explicador de profissão, por ter abusado sexualmente de um menor de 15 anos numa casa de banho pública e no interior da sua casa. De acordo com a TDM-Canal Macau, o suspeito conheceu a vítima em 2020 através das redes sociais, tendo combinado, desde logo, um encontro num centro comercial, localizado no centro de Macau. Depois disso, suspeito e vítima ainda se encontraram por duas ocasiões na casa da vítima, onde terão ocorrido novos abusos sexuais. “O suspeito levou a vítima para uma casa de banho pública, tirou-lhe as roupas e abusou dela. O suspeito tirou também fotografias do corpo da vítima (…) que não resistiu devido à sua própria curiosidade. No mesmo mês depois do primeiro abuso sexual, o suspeito foi a casa da vítima por duas vezes e abusou dela sexualmente quando não havia outras pessoas no local”, transmitiu o porta-voz da PJ na passada sexta-feira segundo a mesma fonte. Apesar de o caso remontar a 2020, a situação só foi detectada em Fevereiro de 2022, após a vítima ter efectuado uma denúncia na escola que frequenta. O suspeito foi detido na zona norte da cidade e tem antecedentes criminais da mesma índole.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Xangai registou hoje 39 mortes, o maior número diário desde o confinamento Xangai registou hoje 39 mortes por covid-19, o maior número diário registado na cidade chinesa, confinada desde abril, e Pequim já pediu “medidas sem demora” após um aumento do número de casos. “A situação é grave, toda a cidade deve agir sem demora”, apelou no sábado o vice-diretor do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças de Pequim, Pang Xinghuo. Com as 39 mortes registadas hoje, o número de óbitos sobe para, pelo menos, 87, desde o início do confinamento em Xangai, segundo dados divulgados pela agência de notícias francesa AFP, indicando que este é o maior número diário de óbitos registado na cidade, que na véspera reportou 12 vítimas mortais. Segundo as autoridades chinesas, os idosos que sofrem de doenças crónicas, como hipertensão, são responsáveis pela maioria das mortes hoje anunciadas. Duas vítimas tinham idades entre os 39 e os 48 anos e cinco estavam vacinadas contra a covid-19. Apesar do confinamento rigoroso em Xangai, quase 22.000 novos casos positivos foram registados hoje, refere a AFP, acrescentando que a maior cidade da China totalizou quase meio milhão de casos desde o início de março. A China, que tem enfrentado nas últimas semanas o seu pior surto em dois anos de pandemia, colocou em confinamento desde o início de abril quase todos os 25 milhões de habitantes da sua capital económica, Xangai, o epicentro do contágio. As únicas vacinas disponíveis no país são de laboratórios chineses e, de acordo com vários estudos, oferecem proteção considerada fiável contra formas severas da covid-19, mas são conhecidas por terem menos eficácia do que muitas vacinas estrangeiras. O país, que segue uma estratégia rigorosa de zero Covid, conseguiu limitar o número total de mortes a menos de 5.000 desde o aparecimento, no final de 2019, do vírus SARS-CoV-2 no centro do país, afirma a AFP, sublinhando que a baixa mortalidade é motivo de preocupação, especialmente porque as taxas de vacinação são baixas entre os idosos.
Hoje Macau China / ÁsiaEmpresas chinesas enfrentam “problemas” em Portugal, diz embaixador Demasiada burocracia ou questões relacionadas com impostos são os “problemas” apontados pelo embaixador chinês em Lisboa, Zhao Bentang, que estarão a ser vividos pelas empresas chinesas sediadas em Portugal. Os alertas foram dados num encontro com o novo secretário de Estado da Internacionalização no país O embaixador da China em Lisboa, Zhao Bentang, disse que as empresas chinesas ou portuguesas de capitais chineses estão a enfrentar “problemas” em Portugal, nomeadamente longas esperas por procedimentos burocráticos. Segundo um comunicado divulgado na sexta-feira pela embaixada, o diplomata mencionou ainda obstáculos relacionados com tributação, “políticas estáveis” e o princípio do tratamento igual para produtos e serviços estrangeiros. O diplomata falava durante um encontro com o novo secretário de Estado da Internacionalização, Bernardo Ivo Cruz, que terá prometido “estudar cuidadosamente as questões levantadas”. Reverso da medalha Bernardo Cruz, por sua vez, pediu “mais apoio” da China para as empresas portuguesas interessadas em explorar o mercado chinês e “melhores condições” para o seu crescimento. O secretário de Estado defendeu ainda mudanças para tornar o Fundo de Cooperação e Desenvolvimento China-Países de Língua Portuguesa “mais efectivo”. Em causa está um fundo de cooperação de quase mil milhões de euros criado pelo Banco de Desenvolvimento da China e pelo Fundo de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Macau. Segundo o Fórum de Macau, o fundo, com quase dez anos de vida, apoiou um investimento total de mais de quatro mil milhões de dólares de empresas chinesas em países de língua portuguesa. Apesar do impacto da pandemia de covid-19, o comércio bilateral entre os dois países cresceu mais de dois mil milhões de dólares em comparação com 2019, disse Zhao Bentang. O investimento acumulado chinês em Portugal atingiu 10,6 mil milhões de euros, enquanto o investimento português na China ultrapassou 40 milhões de euros, acrescentou o embaixador. O diplomata apelou para a assinatura de acordos bilaterais para facilitar o investimento em áreas como a economia digital e o desenvolvimento ‘verde’, assim como o investimento conjunto em outros países.
Hoje Macau EventosGrande Prémio | Inaugurada cafetaria ao lado da entrada do museu A Direcção dos Serviços de Turismo continua a apostar na melhoria do funcionamento do Museu do Grande Prémio e a prova disso é a inauguração do café este sábado, que passa a funcionar ao lado da entrada do museu e que disponibiliza produtos temáticos Abriu portas, este sábado, o Café do Museu do Grande Prémio, situado ao lado da entrada do espaço museológico e que representa a junção dos conceitos de turismo com desporto, cultura e criatividade. Este é um espaço temático dedicado ao Grande Prémio e que visa “o enriquecimento dos elementos característicos e o aperfeiçoamento das instalações do Museu”. No café serão servidos “vários tipos de bebidas especiais e refeições leves”, podendo o público experimentar produtos como o “frappé do Grande Prémio, o café extraído a frio de campeão, bolo de pneus, bolo de meta final ou o waffle de corrida”. Por outro lado, estão à venda produtos culturais e criativos relacionados duma mascote de propriedade intelectual com tema original – o Gato do Grande Prémio (NAKAMA). No primeiro mês de funcionamento do café, todos aqueles que adquirirem um bilhete de entrada para o Museu ganharão dois cupões de desconto para ofertas limitadas (com um cupão de desconto para bebidas e outro para lembranças), que serão distribuídos em número limitado, até esgotarem. Fotografia a concurso Além da abertura do café, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) está também a promover um concurso de fotografia sobre as edições passadas do Grande Prémio, entre os anos de 1954 e 1979, sendo que os residentes podem concorrer com imagens a partir de hoje. Posteriormente, “as fotografias seleccionadas serão exibidas no Museu do Grande Prémio de Macau”, com o objectivo de “partilhar memórias colectivas e testemunhos das mudanças do Grande Prémio”. Através do “Concurso de Fotografias de Grandes Prémios de Macau Passados”, bem como de outras iniciativas semelhantes, o Governo pretende “descobrir mais informações e artigos relacionados com o Grande Prémio, aumentando as colecções do museu e enriquecendo o conteúdo das exposições especiais realizadas anualmente”. Desta forma, é permitido que “preciosas memórias históricas do evento sejam apresentadas aos visitantes”. No total, serão seleccionadas 18 fotografias, segundo quatro critérios, tais como “a ligação entre as fotografias e o tema do Grande Prémio, a sua raridade e clareza e ainda o conteúdo e descrição textual”. Serão escolhidas imagens para os três primeiros prémios, sendo atribuídos cinco prémios de menção honrosa e dez prémios de participação. Os vencedores receberão prémios pecuniários no valor de 500 a 6.000 patacas e bilhetes de entrada para o museu. A lista dos vencedores será publicada na página electrónica oficial do museu e as fotografias premiadas serão exibidas também neste espaço. Os interessados em participar no têm de ser residentes de Macau com idade igual ou superior a 18 anos. Os candidatos precisam de preencher o boletim de inscrição (incluindo uma descrição escrita não superior a 100 palavras) e, em conjunto com uma a cinco fotografias, e entregar os documentos entre 25 de Abril e 31 de Maio de 2022. Os participantes podem optar por enviar os documentos por correio electrónico para mgpm@macaotourism.gov.mo, ou entregá-las pessoalmente no museu.
Hoje Macau Grande BaíaObras | Zhongshan com dois novos projectos de investimento essenciais A segunda fase da Auto-Estrada da Circular Externa do Leste de Zhongshan e o Depósito da Corporação de Gestão da Reserva de Grão são os novos projectos encarados como fundamentais A Comissão de Reforma e Desenvolvimento Provincial de Cantão atribuiu dois novos projectos essenciais a Zhongshan, que vão exigir um investimento superior a 19 mil milhões de yuan. Os números foram revelados no início do mês através de um comunicado das autoridades de Zhongshan. O primeiro dos novos projectos anunciados é a segunda fase da Auto-Estrada da Circular Externa do Leste de Zhongshan, que via fazer a ligação entra a cidade de Whampoa, em Guangzhou, e o Novo Distrito de Tsuihang, em Zhongshan. A ligação viária vai ter uma distância de 12,84 quilómetros e vai estar em construção entre 2022 e 2026. Em termos de financiamento, este ano vão ser gastos 180 milhões de renminbi com os trabalhos. Contudo, até 2026, altura em que se prevê que o projecto fique terminado e seja inaugurado, o montante investido vai chegar a 19,24 mil milhões de yuan. O outro projecto, que implica um investimento menos avultado, diz respeito à construção de um depósito da empresa estatal Corporação de Gestão da Reserva de Grão, que vai ter capacidade para 80 mil toneladas. Além disso, a construção vai ainda implicar vários edifícios com equipamentos de apoio, numa área de 9,9 mil metros quadrados. O depósito vai ter de ficar operacional até ao próximo ano e tem um custo de 129 milhões de yuan. Investimentos de 38 mil milhões Além dos projectos anunciados, a cidade de Zhongshan conta actualmente com outros 60 projectos encarados como essenciais, que implicam um investimento anual de 38,16 mil milhões de yuan. Quando todos os projectos ficaram concluídos as estimativas das autoridades apontam para que tenham sido injectados na economia da cidade e da província de Guandong 334 mil milhões de yuan. Entre os 62 projectos, 30 ainda não estão confirmados e são preliminares, que ainda precisão da aprovação final. Implicam um investimento de 241,87 mil milhões de yuan, ou seja, a maior fatia do orçamento. Na categoria de projectos preliminares constam a ligações ferroviária entre Nansha (Zhongshan) e Zhuhai e a ligação Zhongshan-Nansha-Dongguan.
Hoje Macau Grande BaíaHuizhou | Cidade define 800 mil milhões de yuan como meta do PIB até 2026 A integração na Grande Baía, em geral, e com a cidade de Shenzhen, no plano mais específico, é vista como o grande motor para o crescimento da economia de Huizhou nos próximos quatro anos Até 2026 a cidade de Huizhou tem como meta atingir um produto interno bruto de 800 mil milhões de yuan. O grande objectivo, que as autoridades reconhecem ser “ambicioso”, foi apresentado durante as reuniões magnas. Segundo as explicações oficiais, a integração na Grande Baía, em geral, e com a cidade de Shenzhen, no nível mais específico, vai permitir ultrapassar o valor e trazer à cidade uma nova dinâmica de crescimento acelerado. Além disso, a integração na Grande Baía é vista como a oportunidade para construir dois pólos industriais, nas áreas das tecnologias da informação e do sector petroquímico/matérias-primas. “Esperamos que o PIB de Huizhou chegue a 800 mil milhões de yuan em 2026, e estamos muito confiantes que vamos alcançar a meta”, afirmou Wu Xin, director do Gabinete de Desenvolvimento e de Reforma de Huizhou. “A média anual do nosso crescimento do PIB nos próximos cinco anos deverá exceder os 8,5 por cento. Por isso, estamos totalmente confiantes que vamos alcançar as metas de crescimento”, vincou. A aposta na área das tecnologias da informação e do sector petroquímico é considerada estratégica, uma vez que as autoridades acreditam que quando as empresas estiverem bem estabelecidas na região que podem gerar um aumento da produção acima de um bilião de yuan. Contas feitas Por sua vez, Huang Yuxun, vice-secretário-geral do Governo Municipal de Huizhou, indicou que o investimento dos últimos anos justifica o sentimento de confiança. “Nos últimos cinco anos o investimento em activos fixos em Huizhou atingiu 1,15 biliões de yuan, incluindo 338,6 mil milhões de yuan em investimento industrial e 255,5 mil milhões de yuans em infra-estruturas”, afirmou. “A maioria desses investimentos é feita em grandes projectos de infra-estruturas e projectos industriais importantes, e esses projectos vão gerar ganhos económicos num futuro próximo”, justificou. Outro aspecto fundamental neste trajecto de crescimento vai ser o Novo Parque Industrial. Ainda em construção, há oito empresas que se comprometeram a instalar-se no local, no que deverá representar um investimento de 10,7 mil milhões de yuan. Esta vai ser uma extensão das áreas industriais da cidade, que no último ano anunciou 212 projectos novos, entre os quais 196 estão em construção e 93 estão operacionais.
Hoje Macau EventosFotojornalista Gonçalo Lobo Pinheiro representa Macau no festival iNstantes A convite da organização do iNstantes – Festival Internacional de Fotografia de Avintes, o fotojornalista português Gonçalo Lobo Pinheiro, radicado em Macau há 12 anos, representará o território na nona edição do evento. O profissional apresenta-se em Portugal com a série a preto e branco intitulada “Perto de mim”, captada em 2021. “Em tempos de pandemia de Covid-19, a ideia inicial seria captar a loucura matinal com os meus filhos que acordam todos os dias entre as seis e as sete da manhã, frescos, prontos para mais um dia cheio de energia. O facto é que, na hora de dormir, as coisas acabam não sendo muito diferentes em alguns aspectos e acabei misturando os dois momentos do dia, começando, por enquanto, pela noite”, refere o autor. A mesma série, entretanto premiada e finalista em alguns concursos internacionais de fotografia, foi realizada para o seu mestrado em Nova Fotografia Documental na Labasad – School of Arts & Design, em Barcelona, Espanha, que espera terminar em Maio próximo. A exposição de Gonçalo Lobo Pinheiro, pode ser visitada na Academia Sénior de Vilar de Andorinho. Para além do residente de Macau, a lista inclui ainda nomes como Ana Robles, do Brasil, João ferreira, de Portugal, Jorge Velhote, também de Portugal, Queila Fernandes, de Cabo Verde, André Motta, do Brasil, Clara Delrio, da Argentina, Jurate Vaiciukaite, da Lituânia, Larry Dunn, dos Estados Unidos da América, Orlando Azevedo, do Brasil, Zoltan Vanczo, da Hungria, Maria Tudela, de Espanha, entre muitos outros. Música e livros O festival, organizado pela iNstantes – Associação Cultural em parceria com os Municípios de Vila Nova de Gaia e de Arcos de Valdevez, bem como da Junta de Freguesia de Avintes, entre outros apoios, também terá uma componente musical que começa logo no primeiro dia, 29 de Abril, com o violinista albanês Florian Vlashi. Depois, no dia 7 de Maio, no auditório da Casa da Cultura de Avintes, toca José Pereira e o grupo Sim Somos Capazes. Antes do encerramento do festival, a 29 de Maio, haverá ainda lugar ao lançamento do livro “Comunidades, Emigração e Lusofonia” da autoria de Daniel Bastos, no auditório da Casa da Cultura de Avintes e, também no mesmo espaço, mas a 28 de Maio, Franklim Cardoso declama poesia. A edição deste ano do iNstantes – Festival Internacional de Fotografia de Avintes conta com fotógrafos de 14 países ou regiões e vai acontecer entre os dias 29 de Abril e 29 de Maio. Terá ainda, pela primeira vez, um pólo em Cabo Verde.
Hoje Macau China / ÁsiaFórum Boao | Xi Jinping propõe iniciativa para segurança “de todos os Estados” Na abertura do Fórum Boao, que se realiza em Hainan, o presidente chinês defendeu a implementação de uma nova estratégia diplomática que promova “a segurança em todo o mundo”, respeitando a soberania de cada Estado, sempre em nome do multilateralismo O Presidente chinês propôs hoje uma nova iniciativa para “promover a segurança em todo o mundo”, que “respeite tanto a soberania de todos os Estados como o caminho de desenvolvimento que cada um escolhe”. Xi Jinping proferiu um discurso na abertura do Fórum de Boao, que se realiza na ilha de Hainan, conhecido como o ‘Davos asiático’, com quase nenhuma presença internacional devido às restrições impostas pela China face à pandemia de covid-19. “Respeitamos a soberania e a integridade territorial de todos os países. Aderimos à não interferência nos assuntos internos dos outros, e também respeitamos o caminho de desenvolvimento que cada país escolhe”, afirmou. O governante sublinhou que a China continua “comprometida com os princípios da Carta das Nações Unidas” e opõe-se a “mentalidades de guerra fria, unilateralismo e confrontação em bloco”. “Levamos muito a sério as legítimas preocupações de segurança de todos os países e procuramos uma arquitectura de segurança equilibrada, eficaz e sustentável, em vez de cada um procurar a sua própria segurança à custa dos outros”, acrescentou. Xi referia-se à posição da China sobre a guerra na Ucrânia, tendo apelado ao respeito pela integridade territorial de todos os países e evitado utilizar a palavra “invasão” para se referir à ofensiva russa, reiterando ao mesmo tempo a sua oposição às sanções contra Moscovo. “As diferenças e disputas devem ser resolvidas através do diálogo. A China apoia todos os esforços que conduzam a uma solução pacífica das crises, opondo-se simultaneamente à imposição de sanções unilaterais”, salientou. Sempre confiantes O chefe de Estado chinês falou também da covid-19, numa altura em que a China está a atravessar uma onda de surtos atribuídos à variante Ómicron, que tem resultado num número de infecções semelhante ao registado no início da pandemia, no primeiro semestre de 2020. “A saúde e a segurança são necessárias para o progresso e desenvolvimento humano, e temos de as defender. Face aos desafios, não devemos perder a confiança, hesitar ou recuar. Temos de reafirmar a nossa confiança e prosseguir contra todas as probabilidades”, defendeu. “São necessários mais esforços se a humanidade quiser alcançar a vitória contra a pandemia. É essencial que os países se apoiem uns aos outros e coordenem melhor as suas ações. Temos de melhorar a governação global da saúde e formar sinergias na luta contra a covid-19”, acrescentou. Xi também garantiu que a China irá proporcionar “grande dinamismo” à recuperação económica global com “mais oportunidades de mercado para todos os países”, afirmando que a economia chinesa permanece “forte, resistente, sustentável a longo prazo, com enorme potencial e espaço de manobra”. “São necessários esforços para manter a globalização económica a funcionar e, para o fazer, todos nós precisamos de coordenar melhor as nossas políticas macroeconómicas. Devemos utilizar a ciência e a tecnologia para alcançar novos impulsos de crescimento”, indicou. O Presidente chinês prometeu “manter as cadeias de abastecimento globais estáveis” e “evitar os efeitos negativos dos ajustamentos feitos por alguns países”, numa aparente referência à próxima reunião da Reserva Federal dos EUA, a 4 de Maio, num contexto de elevadas pressões inflaccionistas.
Hoje Macau SociedadeAmbiente | Qualidade do ar de Macau em 2021 piorou face a 2020 Dados divulgados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) revelam que a qualidade do ar no ano passado piorou face a 2020. Em termos gerais, “o número de dias com qualidade do ar ‘bom’ observado em todas as estações de monitorização diminuiu face a 2020, excepto na estação de berma da estrada de Macau e na estação de berma da estrada de Ká-Hó”. Em relação às partículas inaláveis em suspensão, de tipo PM 10, “o número de dias com valor superior ao valor padrão aumentou em todas as estações”. Já quanto às partículas finas em suspensão, de tipo PM 2,5, “o número de dias com valor superior ao valor padrão diminuiu ou manteve-se em todas as estações, excepto na estação ambiental da Taipa e na estação ambiental de Coloane”, descreve a DSEC. Quanto à temperatura média de Macau foi de 23,5ºC no ano passado, o que corresponde “a um nível relativamente elevado” e uma subida de 0,2 ºC, face à temperatura média registada em 2020. Sobre o tratamento de resíduos na Central de Incineração de Resíduos Sólidos foram tratadas 453.152 toneladas de resíduos sólidos urbanos em 2021, mais 3,6 por cento, em termos anuais. Foram transportados para o aterro 2.789.000 m3 de resíduos de materiais de construção, menos 29,8 por cento, em termos anuais.
Hoje Macau VozesOs Países de Língua Portuguesa intensificam relações com China Macau afirma-se através do Fórum Macau Por Rui Lourido, historiador O Primeiro-Ministro da China, Li Keqiang, felicitou os primeiros-ministros dos países de língua portuguesa, na Reunião Extraordinária Ministerial do Fórum de Macau, de abril 2022, pelo reforço da relação entre os Países de Língua Portuguesa e a China. Numa perspetiva de responsabilidade global, perante os desafios com que a humanidade se defronta atualmente, Li Keqiang apelou para que todos os países defendam a paz e a estabilidade em prol do desenvolvimento e da cooperação para superar a pandemia e impulsionar a recuperação económica, de forma a melhorar a qualidade de vida das respetivas populações.. Esta intervenção integra-se no seguimento do compromisso de valorização do Fórum Macau e da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), expressa pelo presidente chinês Xi Jinping, no passado dia 21 de dezembro, de promover a diversificação e sustentabilidade das atividades económicas de Macau, permitindo-lhe aumentar a partilha do desenvolvimento da China. Tendo Xi Jinping referido que “a pátria é sempre o forte apoio para a manutenção da estabilidade e da prosperidade de Macau a longo prazo. Deste modo, o Governo central vai continuar a cumprir firme e escrupulosamente o princípio de ‘um país, dois sistemas’ e apoiar plenamente a diversificação adequada da economia” de Macau. A China tem vindo a valorizar as suas relações políticas e económicas com a globalidade dos países de língua portuguesa, de tal forma que, com a criação da RAEM (dezembro de 1999), decretou o português como língua oficial por um período de 50 anos e, logo em 2003, estabeleceu em Macau o Fórum para a Cooperação Económica e o Comércio entre a China e os Países de Língua Portuguesa, mais conhecido por Fórum Macau. Querendo privilegiar Macau, o governo central da China integrou a RAEM no mais promissor e ambicioso projeto de expansão económica e desenvolvimento social do sul da China – a Grande Baía de Cantão e em especial, no desenvolvimento da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau, em expansão em Hengqin (ilha da Montanha). Permitindo, assim, pela primeira vez na história de Macau, que a RAEM ultrapasse as limitações decorrentes da reduzida dimensão do seu território, através da construção de um parque habitacional para dar melhores condições de habitação aos jovens e restante população de Macau. O investimento em indústrias de valor acrescentado e de alto desempenho tecnológico, financeiro e de formação profissional superior através da sua universidade permitirá a Macau escapar da dependência da indústria do Turismo e do Lazer. Desta forma, Macau consegue interligar o extenso mercado da China com os mercados internacionais e em especial os de Língua Portuguesa. Participaram nesta Reunião Extraordinária Ministerial do Fórum de Macau os oito Países de Língua Portuguesa. O Ministro de Estado para a Coordenação Económica de Angola, Manuel Nunes Júnior, lembrou a importância do investimento chinês num país que está “a realizar importantes reformas democráticas e do Estado de Direito” e a desenvolver medidas económicas que passam, por exemplo, “por diminuir a dependências do petróleo”. O primeiro ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia da Silva, referiu que “Num momento de contração económica mundial”, o “maior desafio” passa “por vencer a pandemia” e que os esforços conjuntos, no âmbito do Fórum de Macau, podem ser “uma oportunidade para atrair investimento privado”, nomeadamente na construção civil, com expressão nos números do emprego. De notar que Cabo Verde inaugurou, em finais de 2019, um enorme Campus Universitário, construído com uma parceria Chinesa. Por sua vez, Nuno Gomes Nabiam, chefe do Governo guineense e o primeiro-ministro de Moçambique, Adriano Maleiane, aproveitaram a ocasião para convidar os investidores a visitarem os seus países respetivos, agora que se “retoma a agenda económica e diplomática, após anos de estagnação e letargia”. Já o primeiro ministro de São Tomé e Príncipe, Jorge Bom Jesus, sublinhou a importância do apoio, “desde logo de índole financeira”, na definição dos “eixos centrais” de atuação futura do Fórum de Macau”. O primeiro ministro português, António Costa, defendeu, que na situação de crise mundial atual, nomeadamente com a Pandemia, a Guerra na Ucrânia e os efeitos nocivos das alterações climáticas, torna-se urgente o aprofundamento das relações de Portugal com a China, recordando que Portugal é uma porta de entrada para a União Europeia e para outros mercados, como a América Latina e África, pela “proximidade com os países de língua portuguesa”. Neste contexto, Portugal ampliou a sua área na Exposição Internacional de Importação da China (CIIE), que decorrerá entre 5 e 10 de novembro em Xangai. Por outro lado, o Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia (FDCT) de Macau já decidira, em março de 2022, apoiar projetos de investigação conjunta com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia de Portugal, através de um financiamento máximo de um milhão de patacas (US$125.150) por projeto. Em 2021 houve um pico no comércio de mercadorias entre a China e Portugal, que totalizou mais de US$ 8,8 bilhões em 2021. Isso representou um aumento de 28,1%. Ainda em 2021 o Investimento Direto Estrangeiro (IDE) da China em Portugal foi o quinto maior, representando 6,8% (10,6 mil milhões de euros) do total (154,9 mil milhões de euros). Estiveram igualmente presentes a esta Reunião Extraordinária Ministerial do Fórum o Primeiro-Ministro de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, e o Vice-Presidente do Brasil, General Antônio Hamilton Martins Mourão. Todos os representantes dos Países de Língua Portuguesa reafirmaram a importância do Fórum Macau, fazendo recomendações sobre o seu desenvolvimento e a necessidade do reforço da cooperação económica e comercial entre os respetivos Países e a China, nos mais variados sectores. O primeiro ministro chinês, Li Keqiang, afirmou ainda que a China contribuirá para salvaguardar a paz mundial, promover o desenvolvimento mútuo e a prosperidade dos países de língua portuguesa. Nomeadamente através do Fórum Macau aprofundará a colaboração com os países de língua portuguesa em setores da inteligência artificial, como a conectividade, da energia e infra-estruturas, no desenvolvimento industrial, na proteção ambiental e na construção duma Comunidade Global de Saúde para Todos. Neste âmbito, o Chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau, Ho Iat Seng, e o Diretor do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na RAEM, Fu Ziying, procederam à criação formal do Centro de Intercâmbio da Prevenção Epidémica China-Países de Língua Portuguesa, em Macau, para desenvolver a cooperação no sector de saúde entre a China e os Países de Língua Portuguesa, através de diversas ações de formação e intercâmbio, de modo a potenciar a resposta conjunta a epidemias. De forma a ampliar a ação do Fórum Macau e a sua capacidade de desenvolvimento económico, os ministros dos países participantes nesta Reunião Extraordinária aprovaram a adesão oficial da República da Guiné Equatorial ao Fórum de Macau, como o 10.º país integrante. Também na gestão de produtos e investimentos financeiros chineses e macaenses, se revela um aumento do interesse chinês nos países de língua portuguesa, segundo o diretor-geral adjunto da sucursal do Banco da China em Macau, Cai Chun Yan. Neste contexto, a Associação de Bancos de Macau (ABM) decidiu em 2022 criar uma aliança com os bancos dos países de língua portuguesa, com os objetivos de “melhorar as ligações de Macau com a China e os países de língua portuguesa e tornar-se uma plataforma de serviços financeiros”. O comércio entre a China e os países de Língua Portuguesa ultrapassou US$ 100 bilhões em cinco anos consecutivos e em 2021, ultrapassou os US$ 200 bilhões, representando um aumento homólogo de 38,41 por cento, demonstrando a resiliência e o potencial da cooperação, segundo o primeiro ministro chinês Li Keqiang. As importações da China dos Países de Língua Portuguesa em 2021 foram de US$136,134 mil milhões, um aumento homólogo de 33,53 por cento, enquanto as exportações da China para os Países de Língua Portuguesa foram de US$64,814 mil milhões, um aumento homólogo de 49,91 por cento. Estes dados das alfândegas comprovam, mais uma vez, a mentira do argumento do governo dos EUA e de alguns países europeus, segundo o qual a China estende a armadilha da dívida pública aos países com quem negoceia. Mais uma vez, em 2021, a vantagem global para os cofres das alfândegas dos Países de Língua Portuguesa foi de US$71,32 mil milhões. O Fundo de Cooperação e Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa foi criado (em junho de 2013) com o capital total de 1 bilião de US dólares, pelo Banco de Desenvolvimento da China e pelo Fundo de Desenvolvimento Comercial e Industrial de Macau. Segundo o conselho diretivo deste fundo, até 2022 já tinham sido aprovados cerca de 4 biliões US dólares, correspondentes a investimentos em mais de 20 projetos a realizar nos Países de Língua Portuguesa, por parte de empresas privadas chinesas. Cobrindo áreas tão diversas como agricultura, indústria, energia, infra-estruturas e serviços financeiros. Concordamos com o governo da China e de vários primeiros ministros que afirmaram a necessidade de continuar a aprofundar as relações económicas e culturais entre os países de língua portuguesa e a China, bem como ampliar o número de países e de projetos a serem financiados pelo Fundo de Cooperação e Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
Hoje Macau EventosFRC | Semana de aniversário com exposição colectiva e conferências A fim de celebrar os dez anos de existência da Fundação Rui Cunha (FRC), a entidade inaugurou ontem uma exposição colectiva de 36 artistas com ligações a Macau e à própria FRC e prepara-se para receber, na próxima semana, duas conferências, sobre responsabilidade social corporativa nas empresas em Macau e “A Harmonia do Contraponto”, com apresentação do mestre Kou Tak Kuong A Fundação Rui Cunha (FRC) celebra dez anos de existência na próxima quinta-feira, dia 28, e para marcar essa data abriu ontem portas a uma exposição colectiva que junta 36 artistas “cujas origens, estilos e percurso profissional, têm em comum Macau e uma intrínseca ligação” à galeria da Praia Grande. A mostra, que pode ser vista até 7 de Maio, apresenta trabalhos, novos e antigos, de nomes como Álvaro Barbosa, António Duarte Mil-Homens, Cathy Cheong, Denis Murrell, Fortes Pakeong Sequeira, Gigi Lee, Gonçalo Lobo Pinheiro, Ines Chan, Lampo Leong, Meng Li, Nuno Veloso, Rafaela Silva, Stella Fong Hoi Lam, Todi Kong de Sousa, Wang Lan e Wong Soi Lon, entre outros. Já na próxima semana a FRC irá receber duas conferências, sobre temas distintos. Uma delas acontece na segunda-feira, às 18h30, e versa sobre a responsabilidade social corporativa das empresas de Macau. “Corporate Social Responsibility: The Next level” é realizada em parceria com a revista Macau Business e portal Macau News Agency e insere-se no ciclo “Business Series” da MBtv, contando, por isso, com a participação e moderação dos jornalistas José Carlos Matias e Nelson Moura. A palestra pretende abordar uma realidade que já é comum em muitas empresas a nível mundial: a adopção de boas práticas em prol da comunidade em que se inserem. “Em Macau, os principais agentes empresariais estão cada vez mais conscientes da importância e necessidade da responsabilidade social empresarial e da sustentabilidade. Como pode ser levada a um nível mais elevado? Como fazer a responsabilidade social empresarial correctamente? Que papéis podem desempenhar o governo, as empresas e a sociedade civil?”. Para responder a estas questões, os organizadores da conferência convidaram Edmond Etchri, director de produção da CEM, Mary Mendonza, directora-executiva da The Platinum, Ruby O, fundadora e presidente da Sociedade para a Segurança Alimentar e Ambiental de Macau e Tiffany Leung, secretária da assembleia geral do Instituto de Responsabilidade Social da Grande China Macau. Cultura chinesa Outro dos eventos mais focados na cultura chinesa será a realização da conferência “A Harmonia do Contraponto”, com a apresentação do mestre Kou Tak Kuong, e que pretende analisar o valor e o simbolismo dos dísticos chineses, que estão presentes em muitos edifícios de Macau. Esta palestra acontece na terça-feira, às 18h30, e conta com a organização da Associação dos Amigos do Livro de Macau, Associação dos Calígrafos de Macau e Associação dos Amigos da Poesia do Bairro da Flora. Os dísticos chineses têm uma “existência milenar”, sendo um elemento da literatura chinesa que possui “diferentes categorias e funções”. Nesta palestra, Kou Tak Kuong “procurará esclarecer todos os pormenores, explicando o conteúdo e as regras utilizadas na elaboração destes dísticos, para que possamos compreender um pouco melhor esta secular e importante manifestação cultural oriental”, explica um comunicado. Desta forma, “o dístico chinês é um objecto tangível da cultura chinesa, cujo conteúdo é intangível pelas ideias e valores que encerra”. “A sua importância no quotidiano e cultura chinesa deve, por isso, ser entendida por todos, em especial a vasta comunidade expatriada residente em Macau”, aponta a mesma nota. A conferência será realizada em cantonês, mas terá interpretação em simultâneo, a cargo de Shee Va. Estas associações, a propósito do aniversário da FRC, vão oferecer um dístico chinês de felicitações.
Hoje Macau China / ÁsiaTimor-Leste/Eleições | José Ramos-Horta regressa ao Palácio Presidencial 10 anos depois As divisões do escritório atribuído a José Ramos-Horta, que toma posse em 20 de maio e pela segunda vez como Presidente da República de Timor-Leste, são pequenas para a vasta coleção de prémios, reconhecimentos e memorabilia que acumulou. Ao longo de longos meses, a voz ‘internacional’ da luta timorense contra a ocupação indonésia, usou as paredes da antiga casa colonial portuguesa – atribuída na categoria de ex-Presidente – para criar uma galeria de parte da sua vida. Depois de 20 de maio, quando regressa ao cargo que ocupou entre 2007 e 2012, Ramos-Horta vai transferir-se do escritório no Farol para o relativamente próximo Palácio Presidencial Nicolau Lobato. Jornalista, diplomata, jurista e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, ex-primeiro-ministro e ex-Presidente, Ramos-Horta é uma das figuras mais conhecidas de Timor-Leste, graças ao papel que assumiu junto das Nações Unidas e noutros fóruns entre 1975 e 1999. Natural de Díli, onde nasceu em 26 de dezembro de 1949, o ‘tio Horta’ como prefere ser chamado – não gosta que o chamem de avô – recebeu o Prémio Nobel da Paz, conjuntamente como o então administrador apostólico de Díli, Ximenes Belo. O diploma com esse reconhecimento, que ajudou a mobilizar ainda mais a comunidade internacional para a causa da independência timorense, soma-se a vários outros reconhecimentos de vários países e a dezenas de ‘honoris causa’ de universidades de todo o mundo. Entre os reconhecimentos contam-se a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, atribuída por Portugal e a Ordem da Austrália, atribuída por este país. Filho de mãe timorense e pai português, passou os primeiros anos no Colégio Pedro Alvares Pereira, em Soibada, região que quis visitar durante a campanha da segunda volta das presidenciais e onde conviveu com vários líderes nacionais. Estudou direito internacional em Haia e nos Estados Unidos, onde completou um mestrado em Estudos de Paz, a que somou várias pós-graduações. Fundador da Associação Social-Democrata Timorense (ASDT), o segundo partido timorense a nascer em 1974 – e que passaria depois a ser a Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), Ramos-Horta foi secretário para Relações Externas e Informação. Nos poucos dias entre a declaração unilateral da independência, em 28 de novembro de 1975 e a invasão indonésia, foi ministro das Relações Externas e Informação. No dia da invasão estava em Nova Iorque, cidade que visitou centenas de vezes para fazer vincar a situação de Timor-Leste junto das Nações Unidas, onde inicialmente representou a Fretilin. Foi novamente responsável dos Negócios Estrangeiros nos anos de transição, até à restauração da independência em 2022 – cumprem-se 20 anos dessa data no dia da sua tomada de posse –, permanecendo no cargo até junho de 2006, no início da crise que se viveu nessa altura em Timor-Leste. Foi ainda primeiro-ministro antes de se apresentar às eleições de 2007, que venceu na segunda volta também contra Francisco Guterres Lú-Olo, considerando ainda hoje ter tido, nessa altura, um papel relevante para ajudar a acalmar a violência que se vivia no país. A nível internacional, e além da missão que desempenhou na Guiné-Bissau, em nome das Nações Unidas, foi presidente do Painel Independente de Alto Nível para as Operações de Paz da ONU e copresidente da Comissão Internacional sobre o Multilateralismo. Um dos momentos mais duros da vida ocorreu na manhã de 11 de fevereiro de 2008, quando Ramos-Horta decidiu quebrar a sua rotina rigorosa e saiu de casa 15 minutos mais cedo do que o normal, para os exercícios matinais, na marginal ao longo do mar. Menos de duas horas depois estava nas traseiras de uma ambulância no centro de Díli, com a sobrinha Dulce e o enfermeiro português Jorge Marques, a pedir ao condutor para ir mais devagar e a sangrar de três ferimentos de bala, um no estômago e dois nas costas. “Disse ao condutor da ambulância: vá devagar. E a minha sobrinha, a Dulce, repetia: o Presidente está a dizer para ir devagar. Mas ele não. Ia a toda a velocidade. E eu com medo que nos íamos espetar em alguém”, recordou, em entrevista à Lusa. “Ainda bem que não me ouviu porque quando chegámos ao hospital, praticamente tinha perdido os sentidos. Os médicos imediatamente começaram com a ressuscitação. Cem australianos fizeram fila para dar sangue. Tinha perdido mais de quatro litros. Se demorasse mais cinco minutos teria morrido por perda de sangue”, explicou. José Ramos-Horta foi eleito pela segunda vez Presidente da República de Timor-Leste, com 62,09% dos votos, derrotando o atual chefe de Estado, Francisco Guterres Lú-Olo, numa repetição do que ocorreu em 2007, segundo o resultado final provisório.
Hoje Macau EventosPatuá | CCCM promove oficina sobre dialecto da comunidade macaense O patuá, um dialecto de Macau em vias de extinção, será o foco da próxima oficina promovida pelo Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM), em Lisboa. Entre o dia 30 de Abril e 31 de Outubro irá decorrer a “Oficina Língua Patuá”, que inclui aulas sobre o “enquadramento histórico, económico e social de Macau”, o “ensino e compreensão de fonemas, dicção e formas de falar”, sendo ainda feita uma introdução aos poemas macaenses. Esta oficina inclui também o ensino do patuá com declamação na sua vertente poética. Com esta iniciativa, o CCCM pretende chamar a atenção “para a posição mundial do Patuá enquanto língua minoritária decretada pela UNESCO, em risco de extinção”. Esta oficina terá, portanto, “um conjunto de aulas vivas com a finalidade de sensibilizar para a questão da preservação” deste crioulo. Desta forma, contribui-se “para a preservação de uma componente integrante da singular história e cultura macaense”. Esta oficina será ministrada por Joaquim Ng Pereira, macaense, licenciado em ciências da comunicação e cultura e mestre em programação e gestão cultural, ambos na Universidade Lusófona. Membro da Comissão das Migrações, Joaquim Ng Pereira tem-se dedicado, em Portugal, à promoção e divulgação do patuá e da cultura macaense. Nesta actividade colabora também Sara Roncon Leotte, licenciada em relações lusófonas e língua portuguesa pelo Instituto Politécnico de Bragança e autora do relatório de estágio “Perspectivas sobre o ensino das línguas – português, chinês e patuá: a criação de oficinas de língua”, defendido no CCCM. A temática das relações sinólogas, com incidência em Macau e a preservação do patuá constitui o seu primeiro trabalho na área.
Hoje Macau EventosTurismo | 880 drones prometem mostrar as “quatro estações” de Macau “Macau nas quatro estações” é o tema da edição deste ano da “Gala de Drones sobre Macau”, cujo programa foi ontem oficialmente apresentado. Durante quatro noites, no início do mês que vem, 880 drones prometem trazer um grande espectáculo de luzes e audiovisual, na zona do lago Nam Van, protagonizado por uma equipa de Shenzhen O território prepara-se para receber, no mês de Maio, mais uma edição da “Gala de Drones sobre Macau”, que decorre junto ao lago Nam Van, nomeadamente na zona Anim’Arte NAM VAN. Os espectáculos acontecem no feriado do Dia do Trabalhador, nos dias 1 e 2 de Maio, bem como no fim-de-semana seguinte, dias 7 e 8 de Maio. O programa do evento foi anunciado ontem e terá como tema principal “Macau nas quatro estações”, estabelecendo-se uma ligação com os restantes festivais que a cidade recebe, bem como a sua arquitectura específica, de matriz chinesa e portuguesa. Desta forma, os espectáculos, realizados com um total de 880 drones, terão como temas “Primavera Alegre”, “Verão Fantástico”, “Outono Dourado” e “Um Inverno Feliz”. Cada espectáculo terá cerca de 15 minutos de duração, sendo que este ano há mais 300 drones neste evento em relação ao ano passado, “apresentando mais desenhos tridimensionais e um programa mais diversificado”, aponta uma nota de imprensa. A Gala deste ano conta ainda com a participação de empresas do sector, nomeadamente o apoio de várias operadoras de jogo. Além dos espectáculos de audiovisual, o público poderá também participar em actividades paralelas que decorrem no mesmo local, como é o caso da “Exibição de Drone Gigante”. Na zona do toldo branco do Centro Náutico da Praia Grande será exibido um drone de grande dimensão na noite de 25 de Abril, das 19h às 22h, e nas noites entre 26 de Abril e 8 de Maio, das 10h às 22h. Será ainda organizada uma exibição de formação de drones, que apresentará a imagem de “I ♡ MACAO” com 200 drones nos dias 25 a 30 de Abril e nos dias 3 a 6 de Maio, das 19h00 às 21h00, no espaço Anim ‘Arte NAM VAN. A organização do evento apostou também na realização de um concurso de fotografia intitulado “Macau e as quatro estações”, e um concurso de composição de imagem “Drones Arte Cintilante”. Shenzhen em dose dupla Para esta edição do evento, que é a segunda, a organização convidou uma equipa de Shenzhen, cidade criativa da UNESCO em design e que já participou na Gala de Drones do ano passado. Este ano “as exibições de drones tirarão partido da tecnologia para criar uma sucessão de composições em 2D e 3D, combinadas com luzes e música, entre outros elementos, que farão brilhar e enfeitarão o céu de Macau”. O objectivo é trazer “uma nova experiência de entretenimento nocturno para os residentes e visitantes, e permitindo aprofundar a integração intersectorial “turismo +”. A organização acrescenta ainda, em comunicado, que, nos últimos anos, “com o desenvolvimento da tecnologia de drones a tornar-se cada vez mais sofisticada, os eventos têm ganho popularidade, sendo que as equipas de drones do Interior da China são detentoras de um nível considerável”. A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) pretende ainda “trabalhar em conjunto com os vários sectores para promover a diversificação, inovação e desenvolvimento sustentável da indústria turística de Macau, aprofundando a integração intersectorial ‘turismo +’, para proporcionar aos visitantes uma experiência mais rica”.
Hoje Macau China / ÁsiaChina anuncia acordo com Ilhas Salomão que prevê construção de base militar A China anunciou hoje ter assinado um acordo de segurança muito abrangente com as Ilhas Salomão, numa altura em que vários países ocidentais, liderados pelos Estados Unidos, acusam Pequim de ter ambições militares no Pacífico. “Os ministros dos Negócios Estrangeiros da China e das Ilhas Salomão assinaram recentemente um acordo para cooperação em [matéria de] segurança”, disse um porta-voz da diplomacia chinesa, Wang Wenbin, em declarações à imprensa. No mês passado, foi conhecida uma versão preliminar do acordo, causando uma onda de choque porque incluía autorizações para a China estabelecer bases militares e navais naquele arquipélago do Pacífico. No início de abril, o primeiro-ministro das Ilhas Salomão, Manasseh Sogavare, garantiu que não permitiria a construção de uma base militar chinesa no país, mas a declaração do governante não foi suficiente para acalmar os temores da Austrália e dos seus aliados. A Austrália é vizinha das Ilhas Salomão, localizando-se a cerca de 1.500 quilómetros do arquipélago. Tanto Camberra como Washington mostram, há algum tempo, preocupação com a possibilidade de a China construir uma base naval no Pacífico Sul que lhe permita projetar poder marítimo muito além das suas fronteiras.