Hoje Macau China / ÁsiaFukushima | Oposição sul-coreana alerta para plano de descarga da central O plano de descarga das águas da central nuclear japonesa continua a gerar preocupações por todo o continente asiático Os líderes do principal partido da oposição sul-coreana alertaram domingo a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) para o impacto regional negativo do plano de descarga de água tratada da central nuclear japonesa de Fukushima. Segundo a agência Europa Press, os líderes do Partido Democrático estiveram reunidos com o director da AIEA, Rafael Mariano Grossi, para transmitir as suas preocupações relativamente ao plano de descarga de água tratada da central de Fukushima. Nesse encontro, Grossi prometeu que a AIEA irá acompanhar todas as fases do processo e garantiu que, com base nas informações que a agência possui, o plano de descarga é totalmente seguro, apesar de reconhecer que é “perfeitamente lógica” a preocupação que suscitou na Coreia do Sul. No entanto, a oposição sul-coreana não parece ter ficado mais descansada: “A verificação da AIEA foi completamente partidária a favor do Japão”, acusou o líder parlamentar do partido, Woo Won Shik, acrescentando que o organismo “perdeu toda a sua neutralidade e objetividade”. “Considero lamentável que a AIEA tenha chegado às suas conclusões sem investigar exaustivamente o impacto do derrame nas águas dos países vizinhos e que tenha cedido a uma investigação feita à medida do Japão”, acrescentou Woo Won Shik, em declarações divulgadas pela agência noticiosa oficial sul-coreana Yonhap. Misturas perigosas Segundo dados da empresa que gere a central japonesa, a instalação armazena cerca de 1,33 milhões de toneladas de água tratada, estando quase no limite da sua capacidade. A Europa Press recorda que desde o terramoto e o subsequente tsunami de Março de 2011, que provocaram a fusão de três núcleos ao desactivar os sistemas de arrefecimento de emergência e geraram grandes quantidades de água radioactiva, esta tem vindo a acumular-se na central de Fukushima, onde se misturou com a água da chuva e com a água dos cursos subterrâneos.
Hoje Macau DesportoEmirados Árabes Unidos | Paulo Bento assume comando da selecção O treinador português volta a treinar uma selecção depois dos cinco anos à frente da equipa da Coreia do Sul O português Paulo Bento vai treinar a selecção dos Emirados Árabes Unidos, ao assinar um contrato de três anos, até 2026, após ter deixado a Coreia do Sul em Dezembro último, anunciou ontem a Associação de Futebol dos EAU. “A Associação de Futebol dos Emirados Árabes Unidos contratou o seleccionador português Paulo Bento para assumir as funções da nossa primeira selecção nacional durante os próximos três anos”, assinalou o organismo, no site oficial na Internet. O treinador luso, de 54 anos, que esteve mais de cinco anos como seleccionador da Coreia do Sul, cargo que assumiu em Agosto de 2018, conquistando um troféu, a Taça do Este Asiático, em 2019, salientou que vai em busca das vitórias, sem olhar para o passado. “Conquistar as vitórias é a forma de deixar os adeptos dos Emirados felizes, com foco no presente, olhando para o futuro, mas não olhando para o passado”, expressou Paulo Bento, durante a conferência de imprensa realizada na sede do organismo no Dubai. Dar a conhecer O antigo seleccionador de Portugal, entre 2010 e 2014, revelou que vai “procurar conhecer os jogadores com mais rigor”, realçando que quer uma equipa “ambiciosa de forma a atingir os objectivos”. “Vamos procurar conhecer os jogadores com mais rigor no próximo período, visitando os seus campos no estrangeiro, para a preparação da nova época. Os critérios de selecção nesta fase assentam nos elementos de desempenho e comportamento, independentemente da idade”, concluiu. Paulo Bento estava fora dos holofotes desde a eliminação da Coreia do Sul nos oitavos de final do Mundial do Catar, em jogo diante do Brasil (4-1), e prepara-se agora para orientar a terceira selecção na carreira. O antigo futebolista internacional português iniciou a carreira de treinador a nível sénior no Sporting, transitando dos juniores, assumindo mais tarde a selecção de Portugal, o Cruzeiro do Brasil, o Olympiacos da Grécia e os chineses do Chongqing Dandai.
Hoje Macau Manchete SociedadePolitécnicos | Portugueses em Macau para reforçar ensino, investigação e ciência Os institutos politécnicos portugueses estão em Macau para reforçar a cooperação na área do ensino superior, investigação e ciência, prevendo-se novos acordos que permitirão maior mobilidade de estudantes e o início da mobilidade de docentes. Uma delegação do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) está desde ontem e até quarta-feira em Macau a desenvolver “uma nova missão de reforço da colaboração” do ensino superior, ciência e investigação, anunciou o CCISP em comunicado. O objectivo é retomar a cooperação que existia entre Portugal e Macau antes da pandemia de covid-19, prevendo-se para isso reuniões com responsáveis governamentais e instituições de ensino superior de Macau. A agenda de quarta-feira revela um encontro para formalizar um acordo de cooperação na área dos Estudos e do Ensino em Língua Portuguesa, entre a Direção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude do Governo da Região Administrativa Especial de Macau do Governo da Região Administrativa Especial de Macau e o CCISP. O CCISP pretende também ver reforçada a mobilidade de estudantes, através de programas de estágios de áreas como Enfermagem, Análises Clínicas e de Saúde Pública, e, também, Farmácia. O arranque de programas de mobilidade de docentes é outro dos focos do CCISP, que recorda que, com as alterações recentes no enquadramento politécnico nacional e a futura outorga de doutoramentos, o CCISP tenciona aproveitar a visita a Macau para “estudar eventuais novas oportunidades que possam ser trabalhadas em conjunto”, com o intuito de desenvolver novas formas de cooperação com a Universidade Politécnica de Macau.
Hoje Macau China / ÁsiaTemperatura | Empregadores chineses obrigados a limitar trabalho ao ar livre A China deu ordem às empresas, de determinadas regiões, para limitar o trabalho ao ar livre, devido às altas temperaturas, numa altura em que o país enfrenta calor, inundações e secas. As autoridades emitiram um alerta laranja, o segundo nível de alerta mais alto, devido às vagas de calor registadas no sul e em grande parte do norte e nordeste da China. Equipas de resgate estão à procura de sete pessoas desaparecidas, após um deslizamento de terra ocorrido numa estrada em obras, devido às chuvas torrenciais. O incidente matou pelo menos uma pessoa na cidade central de Yichang, na província de Hubei. Cinco pessoas ficaram feridas, informou a agência noticiosa oficial Xinhua. Temperaturas acima dos 40 graus estão previstas em Pequim e no centro e sudeste da China. Estão previstos 39 graus para a província de Sichuan, no sudoeste. São ainda esperadas temperaturas acima dos 35 graus na maior parte do norte da China, no restante de Sichuan e em grande parte do sul. O alerta laranja exige que os empregadores tornem o trabalho ao ar livre o mais breve possível. Apesar disso, trabalhadores de entregas ao domicílio continuam a operar. Duas mortes relacionadas com a vaga de calor foram relatadas anteriormente em Pequim. Um guia turístico desmaiou no fim de semana passado no Palácio de Verão, um jardim da era imperial e uma mulher morreu no mês passado de insolação. Arroz em risco O ministério da Agricultura alertou no domingo que o clima quente persistente pode prejudicar as colheitas de arroz. Disseram também que as autoridades locais devem garantir que os arrozais têm água adequada para evitar o amadurecimento prematuro do arroz. Em outros lugares, dezenas de milhares de pessoas tiveram de deixar as suas casas devido a cheias ocorridas no norte, centro e sudeste da China. Algumas áreas, incluindo a populosa província de Hebei, que circunda Pequim, emitiram no domingo um alerta vermelho, o alerta de temperatura mais alto. Moradores de algumas cidades mudaram-se para abrigos antiaéreos subterrâneos para se protegerem do calor. A temperatura média da Terra estabeleceu um novo recorde não oficial na quinta-feira, o terceiro marco consecutivo registado na semana mais quente desde que há registos.
Hoje Macau China / ÁsiaChina nega ligação a precursores de fentanil e rejeita proposta dos EUA Os Estados Unidos lançaram no sábado uma coligação internacional contra o tráfico de fentanil e outras drogas sintéticas, à qual se juntou o México, um importante produtor dessa substância, mas da qual a China descartou participar. O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, presidiu uma reunião virtual com representantes de 97 países e organizações para lançar as bases desta nova aliança, que espera voltar a reunir-se em Setembro à margem da Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU). O fentanil, um opioide sintético 100 vezes mais potente do que a morfina, é fabricado por cartéis mexicanos e depois traficado para os Estados Unidos, onde causa milhares de mortes por overdose a cada ano. Mas a crise vai mais além, já que África e o Médio Oriente também vivem uma crise de uso de drogas sintéticas como tramadol ou captagon, esta última fabricada em larga escala na Síria, alertou a ONU no seu Relatório Mundial sobre Drogas, divulgado na semana passada. “Se não agirmos juntos com urgência, outras partes do mundo sofrerão as consequências catastróficas que já estão a afectar tantas cidades e vilas norte-americanas”, alertou Blinken durante o seu discurso na reunião. O chefe da diplomacia norte-americana lembrou que 110 mil pessoas morreram no ano passado no seu país por overdose de drogas, principalmente fentanil, que é já a principal causa de morte entre pessoas com idades entre os 18 e os 49 anos. Blinken defendeu ainda que a iniciativa privada também se envolva nesse esforço, uma vez que uma parte significativa desses estupefacientes é fabricada com substâncias químicas comercializadas legalmente como medicamentos, cosméticos ou produtos de uso doméstico. Apesar de vários precursores químicos usados pelos cartéis mexicanos para fabricar o fentanil serem provenientes da China, Pequim descartou participar na reunião, para a qual havia sido convidada. Assunto alheio Numa ligação com repórteres, Todd Robinson, chefe do escritório antidrogas do Departamento de Estado, disse na quarta-feira que a China não tem cooperado com os Estados Unidos no combate ao tráfico de drogas nos últimos meses. Por isso, exortou os restantes países que têm contactos com o país asiático a influenciarem Pequim a juntar-se a esses esforços. O próprio Blinken já fez uma tentativa na sua recente viagem a Pequim, onde levantou a questão do fentanil com as autoridades do país como uma das maiores preocupações de Washington. O Governo de Xi Jinping negou categoricamente em Abril passado que o seu país esteja por trás da exportação de precursores de fentanil, em resposta a uma carta enviada pelo Presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, solicitando cooperação nesse assunto. López Obrador sustenta que o fentanil chega aos Estados Unidos directamente da China e nega que a substância seja fabricada no seu país, embora o seu Governo tenha destruído vários laboratórios clandestinos onde se fabricava a droga. Apesar de tudo, a nova ministra dos Negócios Estrangeiros do México, Alicia Bárcena, esteve na reunião de sábado para integrar a nova coligação.
Hoje Macau China / Ásia MancheteTecnologia | EUA vão ouvir queixas de Pequim sobre restrições à exportação A visita da secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen, à China, onde manteve encontros de alto nível com as autoridades chinesas, visou diminuir as tensões e promover um diálogo mais harmonioso entre as duas nações. Os Estados Unidos vão ouvir as queixas chinesas sobre restrições nas exportações de tecnologia e podem “responder a consequências não intencionais” das decisões norte-americanas, afirmou ontem a secretária do Tesouro, Janet Yellen, após uma visita a Pequim. “Abriremos canais para que possam expressar as suas preocupações sobre as nossas acções, e poderemos explicar e possivelmente, em algumas situações, responder às consequências não intencionais das nossas acções”, disse Yellen em conferência de imprensa, no encerramento de uma visita a Pequim com o objectivo de estabilizar as relações tensas entre os dois países. As relações entre as duas maiores economias mundiais estão no seu nível mais baixo das últimas décadas devido a disputas sobre tecnologia e segurança, entre outros assuntos. Uma importante reclamação chinesa é a limitação de acesso a ‘chips’ para processadores e outras tecnologias norte-americanas, por motivos de segurança, que ameaçam impedir o desenvolvimento por empresas chinesas de smartphones, inteligência artificial e outras indústrias. Yellen não anunciou ontem qualquer acordo sobre os grandes debates ou planos para actividades futuras, mas disse que o seu departamento e as autoridades chinesas teriam uma comunicação “mais frequente e regular”. Durante a visita, Yellen conversou com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, e outras autoridades, em 10 horas de reuniões. No sábado, a secretária norte-americana teve uma reunião de cinco horas com o vice-primeiro-ministro He Lifeng. O crescimento económico da China recuperou para 4,5 por cento no primeiro trimestre de 2023, em relação aos 3 por cento do mesmo período do ano passado, mas a actividade fabril e o consumo abrandaram no trimestre encerrado em Junho. O Presidente chinês, Xi Jinping – com quem Yellen não se encontrou durante esta visita -, acusou Washington, em Março, de tentar conter o desenvolvimento industrial da China. Pequim tem demorado a retaliar as restrições de tecnologia dos EUA, mas três dias antes da chegada de Yellen, o governo chinês anunciou controlos não especificados sobre exportações de gálio e germânio, metais usados no fabrico de semicondutores e painéis solares, dos quais a China é o maior produtor. Yellen disse que tentou tranquilizar as autoridades chinesas de que Washington não pretende dissociar a economia norte-americana da China, enquanto tenta “reduzir o risco” do comércio. Luta tecnológica O Governo de Joe Biden está a pressionar os fabricantes de semicondutores para transferirem a produção para os Estados Unidos, de forma a reduzir a dependência de Taiwan e de outros fornecedores asiáticos, que veem como um risco à segurança. Washington quer desenvolver alternativas ao fornecimento pela China de metais raros usados no fabrico de smartphones, turbinas eólicas e outros produtos. Yellen afirmou que os responsáveis chineses “expressaram alguma preocupação” por estas acções norte-americanas e, pelo seu lado, expressou preocupação às autoridades chinesas sobre “actividades coercivas” contra empresas americanas. No sábado, Yellen apelou ainda a He para uma cooperação nas alterações climáticas, no peso da dívida dos países em desenvolvimento e noutros desafios globais. A secretária norte-americana defendeu que os dois governos não devem permitir que divergências sobre o comércio e a segurança prejudiquem as relações económicas e financeiras.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Chuva obriga à retirada de residentes e suspensão de comboios As autoridades japonesas recomendaram ontem a mais de 370 mil residentes, no sudoeste do Japão, para saírem das suas casas, devido à chuva torrencial. A frente de chuva que tem afectado a metade sul do arquipélago japonês causou estragos particularmente significativos na prefeitura de Shimane, onde foram registados 20 transbordamentos de rios e 15 incidentes de aluimento de terras. As autoridades locais pediram a mais de 370 mil pessoas de duas localidades da província que abandonassem as suas casas e se dirigissem a centros de acolhimento, além de recomendar a suspensão de comboios regionais e de alta velocidade. De acordo com a Agência Meteorológica do Japão (JMA), foram registados mais de 100 milímetros de precipitação na região no espaço de seis horas. A polícia e os serviços de socorro estão à procura de possíveis passageiros de um veículo que foi arrastado por um rio, noticiaram os meios de comunicação social locais. As condições meteorológicas também perturbaram os comboios de alta velocidade entre as estações de Hiroxima e Hakata, no sudoeste do país, de acordo com a operadora. A JMA alertou para o risco de inundações contínuas, aluimentos de terra e outros incidentes relacionados com as chuvas torrenciais previstas para todo o domingo nas regiões oeste, sudoeste e centro do país.
Hoje Macau China / ÁsiaTimor-Leste | Aplaudidas declarações de Camberra sobre projecto do Greater Sunrise Timor-Leste considerou sexta-feira um sinal positivo que a Austrália tenha reconhecido erros no passado na gestão de temas como a fronteira marítima, e tenha reafirmado o seu compromisso com o desenvolvimento do projecto do Greater Sunrise. “É bom reconhecer o passado. Começamos com novos passos, novos princípios, uma cooperação económica e estratégica, olhar para conjuntura política e global, ver onde estamos situados. Esperamos que isto vá ajudar”, disse à Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros timorense, Bendito Freitas. “A questão dos recursos de Timor-Leste é muito importante e devemos materializar isto diretamente para o nosso solo, o nosso país, para criar indústrias, empregos e apoiar na diversificação económica”, vincou. Bendito Freitas reagia a um discurso proferido em Díli pela sua homóloga australiana Penny Wong, marcado por referências ao projecto do Greater Sunrise, cujo desenvolvimento poderá vir a ser acordado nos próximos meses. No discurso, Wong reconheceu alguns dos erros passados de anteriores governos australianos relativamente à questão de Timor-Leste, nomeadamente no que toca à fronteira marítima entre os dois países, fechada em 2018. A ministra referiu-se ao passado de todo este longo processo e a ações de anteriores Governos australianos, que “agiram de formas que os timorenses, e muitos australianos, consideraram decepcionantes”. A intervenção de Wong, durante uma curta visita a Timor-Leste, marcou igualmente a declaração mais forte de Camberra até ao momento no que toca ao compromisso de desenvolvimento do poço de Greater Sunrise. Em particular, a chefe da diplomacia mostrou-se particularmente compreensiva relativamente às aspirações de Timor-Leste de que o gasoduto venha para o país, num contexto de consolidação da sua soberania e dos esforços de resiliência democrática. “Entendemos que, para manter a vossa soberania, precisam de ser economicamente resilientes. A chave dessa ambição serão as escolhas soberanas que Timor-Leste fizer agora”, disse Wong. “A Austrália tem estado a ouvir atentamente para compreender as vossas ambições para o Greater Sunrise. Posso assegurar-vos que o compromisso de Timor-Leste com o processamento em terra e com o projeto Tasi Mane da costa sul é claramente compreendido”, admitiu. A petrolífera timorense TIMOR GAP detém a maioria do consórcio o Greater Sunrise, projecto que tem estado parada por desacordos relativamente ao modelo de desenvolvimento, com Timor-Leste a insistir num gasoduto para o país. “A tecnologia está a evoluir e o consórcio está a analisar de novo as opções. É por isso que o seu estudo sobre as opções para o Greater Sunrise deve avançar o mais rapidamente possível”, defendeu. O consórcio do projecto, que envolve ainda a australiana Woodside e a japonesa Osaka Gás, encomendou um estudo detalhado sobre as várias opções de desenvolvimento, que poderá estar concluído até final de agosto. “A declaração [da ministra Wong] é muito forte e esperamos a sua materialização em breve”, disse Bendito Freitas. Numa curta conferência de imprensa antes de regressar à Austrália, Penny Wong foi questionada sobre o Greater Sunrise e ainda sobre aspectos como a posição australiana relativamente à região e à tentativa de influência adicional da China. “Sobre a China, quero dizer o seguinte: fazemos o que fazemos pelo que nós somos e vocês são. Não é sobre outros, é sobre a nossa relação e a nossa região”, disse.
Hoje Macau China / Ásia InternacionalTóquio | Assinalado um ano do assassinato de Shinzo Abe Líderes políticos e empresariais do Japão assinalaram sábado um ano do assassinato do antigo chefe do governo Shinzo Abe, com o actual primeiro-ministro, Fumio Kishida, a defender objectivos políticos urgentes como forma de honrar a vontade do antecessor. No templo budista Zojoji, em Tóquio, Fumio Kishida e os deputados do Partido Liberal Democrático, no poder, bem como representantes dos partidos da oposição e líderes empresariais, assistiram a uma cerimónia fechada, organizada pela viúva de Shinzo Abe, Akie Abe, e família. No local, foram colocadas mesas para o público depositar flores. Fumio Kishida, ao falar aos jornalistas na sexta-feira enquanto prestava tributo, disse que adoptou políticas que não podiam ser adiadas, “como forma de honrar os últimos desejos de Abe”. “Continuarei a trabalhar nisso para cumprir as minhas responsabilidades”, afirmou. No meio de um protesto nacional sobre falta de segurança, a polícia reforçou as medidas de protecção, na sequência de uma investigação que encontrou falhas na forma como Abe era protegido. Em Nara, perto do local onde Abe foi assassinado, dezenas de pessoas alinharam-se para depositarem flores. O suspeito do assassinato, Tetsuya Yamagami, foi detido no local, tendo sido acusado de homicídio e vários outros crimes, incluindo de violar a lei de controlo de armas. A data de início do julgamento está ainda por marcar. Yamagami disse aos investigadores que matou Abe, um dos políticos mais influentes e criticados do Japão, por alegadamente estar ligado a um grupo religioso que odiava.
Hoje Macau InternacionalIsrael | Milhares voltam a sair às ruas contra reforma judicial Dezenas de milhares de israelitas protestaram sábado contra a polémica reforma judicial do Governo em manifestações semanais que acontecem todos os sábados, e um “dia de resistência”, em que esperam uma participação em massa, foi agendado para terça-feira. Uma multidão de manifestantes saiu sábado à tarde em todo o país para se opor ao plano do executivo liderado por Benjamin Netanyahu, e pelo menos, de acordo com a agência EFE, 143.000 pessoas protestaram na capital, Telavive, o principal centro das mobilizações, que acontecem desde Janeiro e são as mais expressivas de Israel em décadas. A coligação do Governo espera hoje votar em primeira instância plenária o projecto de lei que faz parte do pacote legislativo da polémica reforma, que, segundo os críticos, enfraqueceria a independência da justiça e as bases democráticas formais de Israel. A lei eliminaria a “doutrina da razoabilidade” que permite que o Tribunal Supremo reveja e anule decisões executivas com base na sua razoabilidade. Se aprovado na primeira apreciação, o documento deve passar as próximas semanas em votações nas duas instâncias subsequentes em plenário para ser aprovado definitivamente. Face às pretensões do Governo – que juntamente com o partido de Netahyahu, o Likud, de direita, inclui uma coligação ultraortodoxa e a extrema-direita -, que tenta promover a reforma unilateralmente depois de não conseguir chegar a um acordo com as forças de oposição, o movimento de protesto de cidadãos pretende “intensificar a luta” e convocou uma jornada de mobilizações para amanhã, na qual espera conseguir uma presença massiva. Contra a ditadura De acordo com o plano, os protestos começarão às 08:00 hora local com marchas, caravanas de carros e acções como bloqueios de estradas, seguidas de uma manifestação junto do Aeroporto Internacional Ben Gurion em Telaviv às 16:00 e manifestações em massa nas principais cidades israelitas a partir das 20:00. “Israel não quer uma ditadura” nem “uma legislação ditatorial unilateral e perigosa que derrube a economia, prejudique a segurança e leve à ruptura da nação”, disseram os organizadores das marchas em comunicado, que nas últimas semanas tentaram acelerar a intensidade das mobilizações como medida de pressão para travar a reforma judicial.
Hoje Macau China / ÁsiaVeículos eléctricos | BYD cria primeira fábrica fora da Ásia O investimento chinês em tecnologia verde vira-se para o Brasil com investimentos de quase 600 milhões de euros para produzir entre 150 mil a 300 mil veículos por ano A empresa chinesa BYD vai investir três mil milhões de reais (570 milhões de euros) no Brasil, na primeira fábrica de automóveis eléctricos fora da Ásia. A BYD planeia construir um complexo fabril no estado da Baía, no nordeste do Brasil, incluindo uma fábrica de automóveis totalmente eléctricos assim como de híbridos ‘plug-in’, para começar a operar até 2024, indicou num comunicado. A fábrica terá inicialmente capacidade para produzir 150 mil automóveis por ano, com potencial para atingir uma produção anual de 300 mil veículos. O complexo vai ter ainda uma fábrica especializada em chassis para autocarros e camiões eléctricos e uma unidade para processamento de lítio e fosfato de ferro para o mercado internacional. A vice-presidente da BYD, Stella Li Ke, disse que a empresa chinesa tem, também no Brasil, “um pequeno projecto de extração” de lítio, um metal raro essencial para o fabrico de baterias para automóveis eléctricos. A BYD previu que o complexo na Baía gere mais de cinco mil empregos directos, esperando que o investimento atraia fornecedores locais que se poderão especializar em partes e equipamento para veículos eléctricos e híbridos. Stella Li disse, na quarta-feira, numa entrevista à agência de notícias financeiras Bloomberg, que o complexo vai ser “um centro de inovação”: “como possuímos a tecnologia, temos a capacidade de ajudar” os fornecedores locais. Li disse que o mercado do Brasil tem potencial para se desenvolver da forma semelhante ao da China, com veículos híbridos a gradualmente dar lugar a veículos totalmente eléctricos, à medida que a infra-estrutura de carregamento melhora. De confiança As vendas de veículos híbridos ou eléctricos no Brasil representaram apenas 2,5 por cento do total em 2022, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores brasileira, devido à competição dos carros movidos a etanol de cana-de-açúcar. A consultora Bright Consulting disse num relatório que os veículos híbridos ou eléctricos devem representar 7 por cento das vendas de veículos ligeiros até 2030, muito abaixo da média mundial estimada de 37 por cento. O anúncio da BYD surge depois de uma visita do Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, à China em Abril, que incluiu uma reunião com a direcção da BYD. “Este é um país em que confiamos e este é um governo em que confiamos”, disse Stella Li numa entrevista em São Paulo, no sul do Brasil. À margem da visita de Lula da Silva, o governador da Baía, Jerónimo Rodrigues Sousa, disse à Lusa em Xangai que gostaria que a BYD recuperasse um parque industrial detido pela norte-americana Ford, em Camaçari. A BYD produz já autocarros elétricos e painéis fotovoltaicos em Campinas, no estado de São Paulo, e tem uma fábrica de baterias para veículos eléctricos em Manaus, capital do estado do Amazonas.
Hoje Macau China / ÁsiaAIEA | Aprovado projecto japonês para libertar água radioactiva O representante da agência internacional assegura que a água libertada é mais segura do que os padrões internacionais exigidos e não representa perigo para saúde das pessoas. China e organizações asiáticas manifestam-se contra as descargas no oceano O director da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) declarou-se, na quarta-feira, satisfeito com os planos do Japão para libertar água radioactiva tratada no Oceano Pacífico, apesar da polémica que os envolve. A declaração de Rafael Mariano Grossi foi feita depois de se inteirar, no local, da situação da central nuclear de Fukushima, destruída por um sismo e um maremoto. Grossi observou para onde a água tratada vai ser enviada, através de um aqueduto para uma instalação na costa, onde vai ser diluída com água salgada, e recebeu uma amostra de um teste final. A água vai depois ser libertada a um quilómetro da costa através de um túnel submerso. “Estou satisfeito com o que vi”, disse Grossi, depois de ver o equipamento na unidade para a pretendida descarga, que o Japão pretende começar este Verão. “Não vi questões pendentes”, reforçou. A libertação desta água suscita oposição dentro e fora do Japão. Ao início de quarta-feira, Grossi reuniu-se com autarcas e líderes de associações de pescadores e realçou que a AIEA vai estar presente durante a descarga da água, que deve demorar décadas, para garantir a segurança e responder às preocupações dos residentes. Revelou que vai ser organizada uma presença permanente da AIEA na central, para demonstrar o seu compromisso de longo prazo. A descarga da água não é “um qualquer plano estranho que foi concebido apenas para ser aplicado aqui e vos ser proposto”, disse Grossi, durante a reunião em Iwaki, 40 quilómetros a sua da central. Adiantou que o método está certificado pela AIEA e é aplicado em outros locais do mundo. A AIEA, no seu relatório final sobre o plano de Fukushima, divulgado na terça-feira, conclui que a água tratada, que ainda contém uma porção pequena de radioactividade, é mais segura do que os padrões internacionais e o seu impacto ambiental e na saúde das pessoas vai ser negligenciável. Do contra As organizações locais de pesca rejeitaram o plano, porque se preocupam com o impacto na reputação, mesmo que as suas capturas não estejam contaminadas. O plano tem ainda a oposição de grupos sul-coreanos, chineses e de algumas ilhas do Pacífico, tanto por razões de segurança como políticas. Grossi deve deslocar-se também à Coreia do Sul, à Nova Zelândia e às Ilhas Cook, para aí procurar reduzir a preocupação. O seu objectivo, detalhou, é explicar o que a AIEA está a fazer para garantir que não há problemas. Para procurar reduzir as preocupações quanto à pesca e ao ambiente marinho, Grossi e Tomoaki Kobayakawa, o president da opwradora da central, Tokyo Electric Power Company Holdings, assinaram um acordo para um projecto conjunto que visa determinar o impacto que o trítio, o único radionuclídeo que os técnicos asseguram que não pode ser removido da água pelo tratamento, possa ter. Na Coreia do Sul, dirigentes do governo declararam na quarta-feira que é muito improvável que a água libertada tenha níveis preocupantes de contaminação. Já a China repetiu as suas objecções à libertação da água, em comunicado divulgado na terça-feira, acusando a AIEA de não reflectir todos os pontos de vista e o Japão de tratar o Oceano Pacífico como uma lixeira. Um sismo e um maremoto, ocorridos em 11 de Março de 201, destruíram os sistemas de arrefecimento da central, o que provocou a fusão de três reactores e a contaminação da água para arrefecimento, que tem estado em escorrimento permanente. A água tem estado a ser recolhida, tratada e armazenada em cerca de mil tanques, que vão atingir a sua capacidade no início de 2024. Depois de se reunir com Grossi, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse que o Japão vai continuar a dar “explicações detalhadas baseadas em evidências científicas, com um elevado grau de transparência, tanto interna como externamente”.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Retomada formação de quadros lusófonos após pandemia Sete países lusófonos estão a participar numa formação e intercâmbio para quadros qualificados na área do turismo em Macau, programa interrompido durante cerca de três anos devido à pandemia da covid-19. A actual formação conta com dirigentes governamentais oriundos de Portugal, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial e São Tomé e Príncipe, indicou, na quarta-feira, em comunicado, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST). O objectivo é “reforçar a aprendizagem mútua e o intercâmbio na área do turismo entre Macau e os países de língua portuguesa, e apoiar os países envolvidos na formação de quadros qualificados na área do turismo”, num programa suspenso entre 2020 e 2022, devido à pandemia da covid-19, referiu, na mesma nota. O programa de duas semanas, a terminar na próxima terça-feira, inclui a participação num workshop de dois dias organizado pelo Instituto de Formação Turística de Macau, além de intercâmbio e estágio em vários departamentos da DST, que organizou esta formação em conjunto com o Secretariado Permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
Hoje Macau InternacionalClima | Mês de Junho foi o mais quente desde que há registo O mês de Junho foi globalmente o mais quente desde que há registo, superando em muito o recorde de 2019, segundo um estudo do Copernicus, um programa da Comissão Europeia que estuda alterações climáticas e ambientais. “Junho foi o mês mais quente globalmente, pouco mais de 0,5 graus Celsius acima da média de 1991-2020, muito acima do recorde anterior de Junho de 2019″, segundo dados do observatório. As temperaturas quebraram recordes no noroeste da Europa, enquanto partes do Canadá, Estados Unidos, México, Ásia e leste da Austrália “estiveram significativamente mais quentes que o normal”, observa Copernicus. Por outro lado, foi mais frio do que o normal no oeste da Austrália, oeste dos Estados Unidos e oeste da Rússia. Durante 15 anos, o mês de Junho esteve consistentemente acima das médias do período de referência 1991-2020, mas “Junho de 2023 está muito acima dos outros, é o tipo de anomalia a que não estamos acostumados”, explicou à Agência France Presse o cientista Julien Nicolas. A temperatura média global foi de 16,51 graus Celsius em Junho, 0,53 graus acima da média das três décadas anteriores. O recorde anterior, em Junho de 2019 foi de 0,37 graus. “O recorde de Junho de 2023 deve-se em grande parte às temperaturas muito altas da superfície do oceano”, que representam 70 por cento da superfície do globo”, explicou o cientista. As temperaturas tinham atingido níveis recordes em Maio no Oceano Pacífico devido ao início do fenómeno climático El Niño. Em Junho, por sua vez, o Atlântico Norte foi afectado por ondas de calor no mar “que surpreenderam muita gente ao atingirem níveis verdadeiramente sem precedentes”, disse o especialista. “Ondas de calor marinhas extremas” foram medidas no Mar Báltico, bem como em torno da Irlanda e da Grã-Bretanha, que já confirmaram há alguns dias o seu mês recorde de temperaturas de Junho. A estufa continua A tendência continua em Julho: terça-feira foi o dia mais quente já medido globalmente, de acordo com dados preliminares da Universidade do Maine, nos Estados Unidos. Os cientistas alertam há meses que 2023 poderá registar recordes de calor à medida que as mudanças climáticas causadas pelo homem, impulsionadas em grande parte pela queima de combustíveis fósseis como carvão, gás natural e petróleo, aquecem a atmosfera. Estas observações são provavelmente uma antecipação do que aí vem com o fenómeno designado El Niño – geralmente associado a um aumento das temperaturas à escala mundial -, complementado com os efeitos do aquecimento climático causado pela atividade humana.
Hoje Macau PolíticaQuadros Qualificados |Chefe do Executivo reuniu com Comissão O Chefe do Executivo deixou o desejo que a Comissão de Desenvolvimento de Quadros Qualificados (CDQQ) possa ajudar Macau a captar os quadros qualificados escassos necessários para o desenvolvimento económico, criando uma equipa forte de quadros qualificados, para apoiar o desenvolvimento das indústrias prioritárias. A nova missão foi deixada por Ho Iat Seng, que na terça-feira participou na primeira reunião deste ano da comissão, de acordo com um comunicado que demorou dois dias a ser traduzido de chinês para português. Ho Iat Seng prometeu também que o “Governo da RAEM irá reforçar a formação dos quadros qualificados locais, acompanhando activamente a tendência de desenvolvimento das indústrias e dando prioridade à formação dos quadros qualificados necessários ao desenvolvimento das indústrias”. Ao mesmo tempo, Ho apelou aos membros da CDQQ para continuarem “a desempenhar um papel activo nas respectivas áreas, contribuindo com opiniões e sugestões para o aperfeiçoamento da política de quadros qualificados de Macau”. Na reunião, foram aprovados o regulamento interno da CDQQ e a constituição de quatro grupos especializados: o Grupo Especializado para a Indústria de Big Health, o Grupo Especializado para a Indústria de Tecnologia de Ponta, o Grupo Especializado para a Indústria Financeira Moderna e o Grupo Especializado para a Cultura, Desporto e Outras Indústrias.
Hoje Macau China / ÁsiaVice-presidente da China reúne com vice-presidente da Guiné Equatorial O vice-presidente chinês, Han Zheng, reuniu-se ontem com o vice-presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Nguema Obiang Mangue, em Pequim. Han disse que, graças aos esforços dos dois chefes de Estado, a China e a Guiné Equatorial viram o desenvolvimento profundo de sua parceria cooperativa abrangente. A China considera a Guiné Equatorial uma amiga sincera e parceira confiável, disse Han,citado pela Xinhua, pedindo aos dois países que continuem a apoiar-se firmemente na salvaguarda dos respectivos interesses centrais, fortaleçam a troca de experiências na governança do Estado, melhorem os intercâmbios amistosos em todos os níveis, aprofundem a cooperação pragmática em vários campos e elevar as relações bilaterais a um novo patamar. Nas actuais circunstâncias, a solidariedade entre a China e a Guiné Equatorial é inestimável. Os dois lados devem trabalhar juntos para salvaguardar os direitos e interesses legítimos dos países em desenvolvimento e a paz e o desenvolvimento em nível mundial, acrescentou o vice-presidente chinês. Mangue afirmou que a Guiné Equatorial e a China compartilham uma amizade fraterna. O responsável da Guiné- Equatorial expressou sua sincera gratidão à China por assumir a liderança em ajudar o país durante a luta contra a pandemia da COVID-19, o que reforçou ainda mais a amizade tradicional entre os dois países. A Guiné Equatorial considera a China uma parceira estratégica, respeita o princípio de Uma Só China, compromete-se firmemente a aprofundar a cooperação amistosa com a China e está disposta a fortalecer a coordenação com a China e a salvaguardar os propósitos e princípios da Carta da ONU, acrescentou.
Hoje Macau China / ÁsiaCheias | Pelo menos 15 mortos e quatro desaparecidos Pelo menos 15 pessoas morreram no Sudoeste da China e quatro foram dadas como desaparecidas, na sequência de chuvas torrenciais no sudoeste do país, informou ontem a agência de notícias Xinhua. As chuvas “mataram 15 pessoas e causaram o desaparecimento de quatro no município de Chongqing, no sudoeste da China”, de acordo com um relatório das autoridades locais, citado pela agência. A confirmação da existência de vítimas surgiu um dia depois de os serviços meteorológicos terem alertado para possíveis catástrofes provocadas pelas chuvas, que atingiram grande parte do centro e sudoeste da China, ao mesmo tempo que foram batidos recordes de temperatura. O Presidente chinês, Xi Jinping, “sublinhou que os principais responsáveis a todos os níveis devem assumir a liderança no combate às inundações, colocando a segurança das pessoas e dos bens em primeiro lugar e esforçando-se por minimizar quaisquer perdas”, acrescentou a Xinhua. Como sinal da extensão dos danos, uma ponte ferroviária desmoronou-se parcialmente na terça-feira, devido à chuva em Chongqing, cidade-província com uma população de 31 milhões de habitantes, noticiou a Xinhua. Na província vizinha de Sichuan, mais de 460 mil pessoas foram afectadas pelas chuvas torrenciais desta semana, acrescentou a agência na terça-feira. De acordo com as autoridades, cerca de 85 mil pessoas foram retiradas das suas casas devido às chuvas, prevendo-se para esta semana “inundações repentinas nas zonas montanhosas” e “possíveis aluimentos de terras em alguns locais”.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Pequim opõe-se à venda de armas dos Estados Unidos A política norte-americana voltou a ser severamente criticada pelas autoridades chinesas, acusando o governo dos EUA de interferência grosseira nos assuntos internos do país. O Ministério da Defesa da China manifestou ontem “firme oposição” à venda de armas dos Estados Unidos a Taiwan. “A China opõe-se firmemente à venda de armas dos EUA a Taiwan e apresentou protestos severos junto das autoridades norte-americanas”, declarou o porta-voz do Ministério Tan Kefei, em conferência de imprensa. “Os EUA estão a ignorar as principais preocupações da China, ao interferir de forma grosseira nos assuntos internos da China e ao aumentar deliberadamente as tensões no estreito de Taiwan. Isto equivale a acelerar a transformação de Taiwan num ‘barril de pólvora’ e a empurrar o povo taiwanês para o abismo do desastre”, acrescentou. Pequim instou os EUA a “respeitarem o princípio de uma só China” e a “deixarem imediatamente de vender armas” a Taipé. A China apelou igualmente para que “ponham termo a qualquer forma de conluio militar entre os EUA e Taiwan e honrem seriamente o compromisso de não apoiar a independência de Taiwan”. Negócio fechado O Departamento de Estado norte-americano anunciou, na sexta-feira, ter aprovado uma possível venda de armas a Taiwan no valor de 440 milhões de dólares. “A proposta de venda deste equipamento e apoio não vai alterar o equilíbrio militar de base na região”, lê-se no comunicado do Departamento de Estado norte-americano. A escalada da tensão na região começou com a viagem à ilha da ex-presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos Nancy Pelosi, em Agosto do ano passado, e agravou-se na sequência da visita da líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, aos EUA, onde se reuniu com vários congressistas norte-americanos, apesar dos avisos de Pequim. Taiwan tem um Governo autónomo desde 1949, mas a China considera o território sob a sua soberania. A política de Pequim em relação a Taipé tem sido, até à data, a de uma reunificação pacífica, ao abrigo do princípio “Um país, dois sistemas”.
Hoje Macau China / ÁsiaChina e UE em diálogo sobre meio ambiente e clima O quarto diálogo de alto nível sobre o meio ambiente e o clima entre a China e a União Europeia realizou-se esta terça-feira, em Pequim, com ambas as partes a concordarem em aprofundar a cooperação e em desempenhar um papel de liderança na política ambiental e climática global. O diálogo foi levado a cabo pelo vice-primeiro-ministro chinês, Ding Xuexiang, e o vice-presidente executivo da Comissão Europeia, Frans Timmermans, indica o Diário do Povo. Ding, também membro do Comité Permanente doBureau Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, disse que os dois lados devem implementar o importante consenso alcançado pelos líderes de ambos os lados, promover a cooperação China-UE sobre meio ambiente e clima para alcançar mais resultados e dar maiores contribuições para o desenvolvimento sustentável global. Ding destacou que a China atribui grande importância à protecção ecológica e ambiental e às mudanças climáticas, promove inabalavelmente o desenvolvimento verde e de baixo carbono e embarcou numa série de medidas importantes para garantir a realização das metas de pico de carbono e neutralidade de carbono dentro do cronograma. “A China está pronta para trabalhar com a UE para fazer melhor uso do diálogo sobre ambiente e clima, construir consensos, aumentar a confiança mútua, enriquecer e expandir a cooperação e abrir mais espaço para o desenvolvimento das relações China-UE”, disse Ding, acrescentando que as duas partes devem explorar o potencial de cooperação em energias renováveis, tecnologias verdes e de baixo carbono, mercados de carbono, resposta às mudanças climáticas e proteção ecológica e ambiental. Dar as mãos As duas partes devem avançar conjuntamente no processo multilateral sobre ambiente e clima, praticar um verdadeiro multilateralismo, trabalhar para o sucesso da 28.ª sessão da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática, implementar os resultados da COP15 e dar as mãos na construção de uma comunidade para todas as formas de vida na Terra, disse Ding. Timmermans afirmou que a UE e a China desempenharam um papel importante na resposta global à mudança climática. A UE está disposta a aprofundar a cooperação com a China na abordagem da mudança climática, da economia circular, da protecção da biodiversidade e de outros domínios.
Hoje Macau China / ÁsiaChina e UE em diálogo sobre meio ambiente e clima O quarto diálogo de alto nível sobre o meio ambiente e o clima entre a China e a União Europeia realizou-se esta terça-feira, em Pequim, com ambas as partes a concordarem em aprofundar a cooperação e em desempenhar um papel de liderança na política ambiental e climática global. O diálogo foi levado a cabo pelo vice-primeiro-ministro chinês, Ding Xuexiang, e o vice-presidente executivo da Comissão Europeia, Frans Timmermans, indica o Diário do Povo. Ding, também membro do Comité Permanente doBureau Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, disse que os dois lados devem implementar o importante consenso alcançado pelos líderes de ambos os lados, promover a cooperação China-UE sobre meio ambiente e clima para alcançar mais resultados e dar maiores contribuições para o desenvolvimento sustentável global. Ding destacou que a China atribui grande importância à protecção ecológica e ambiental e às mudanças climáticas, promove inabalavelmente o desenvolvimento verde e de baixo carbono e embarcou numa série de medidas importantes para garantir a realização das metas de pico de carbono e neutralidade de carbono dentro do cronograma. “A China está pronta para trabalhar com a UE para fazer melhor uso do diálogo sobre ambiente e clima, construir consensos, aumentar a confiança mútua, enriquecer e expandir a cooperação e abrir mais espaço para o desenvolvimento das relações China-UE”, disse Ding, acrescentando que as duas partes devem explorar o potencial de cooperação em energias renováveis, tecnologias verdes e de baixo carbono, mercados de carbono, resposta às mudanças climáticas e proteção ecológica e ambiental. Dar as mãos As duas partes devem avançar conjuntamente no processo multilateral sobre ambiente e clima, praticar um verdadeiro multilateralismo, trabalhar para o sucesso da 28.ª sessão da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática, implementar os resultados da COP15 e dar as mãos na construção de uma comunidade para todas as formas de vida na Terra, disse Ding. Timmermans afirmou que a UE e a China desempenharam um papel importante na resposta global à mudança climática. A UE está disposta a aprofundar a cooperação com a China na abordagem da mudança climática, da economia circular, da protecção da biodiversidade e de outros domínios.
Hoje Macau China / ÁsiaDili | MNE japonês de visita para analisar relações bilaterais O chefe da diplomacia japonesa visita Timor-Leste esta semana e os temas centrais serão a cooperação bilateral nos setores de defesa e segurança, desenvolvimento económico e recursos humanos, disse anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros timorense. Takei Shunsuke, que estará em Timor-Leste cerca de 24 horas, entre hoje e amanhã, é o primeiro governante a deslocar-se ao país desde a tomada de posse, no sábado passado, do novo Governo timorense. A visita pretende “fortalecer a relação bilateral entre Timor-Leste e o Japão e continuar a explorar caminhos para impulsionar a cooperação bilateral nas áreas de defesa e segurança, desenvolvimento económico, desenvolvimento de recursos humanos e programa de formação de estagiários técnicos, bem como outras cooperações regionais e multilaterais”, divulgou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado. Durante a visita, Takei Shunsuke tem encontros previstos com o Presidente da República, José Ramos-Horta, o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, a presidente do Parlamento Nacional, Maria Fernanda Lay, e o seu homólogo timorense, Bendito dos Santos Freitas. Na agenda está igualmente previsto um encontro com o ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Agio Pereira. A visita ocorre quando o novo Governo está a analisar o programa do executivo para os próximos cinco anos, documento que começou ontem a ser debatido numa reunião alargada do executivo, e que continua hoje. O executivo reuniu-se pela primeira vez na segunda-feira, com um encontro alargado para discutir os objectivos e metas para os primeiros 120 dias da governação.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Satélite norte-coreano sem “qualquer utilidade militar” Após uma mobilização que envolveu uma frota de barcos, dragas e mergulhadores submarinos, os peritos sul-coreanos chegaram à conclusão que o satélite que caiu no mar não tinha fins militares. Um satélite norte-coreano que caiu no mar, devido ao lançamento falhado, em Maio, não tinha “qualquer utilidade militar”, afirmou ontem o Governo da Coreia do Sul, na sequência de análises aos destroços. Os peritos sul-coreanos concluíram que o aparelho “não tinha qualquer utilidade militar como satélite de reconhecimento”, declarou o Ministério da Defesa. Partes do aparelho foram recuperadas do mar Amarelo e analisadas por cientistas norte-americanos e sul-coreanos. Em 31 de Maio, a Coreia do Norte tentou lançar um satélite para o espaço, mas o foguetão que o transportava despenhou-se devido a um problema no motor, de acordo com Pyongyang. O lançamento desencadeou alertas de mísseis no Japão e na Coreia do Sul. As buscas sul-coreanas demoraram 36 dias e mobilizaram uma frota de barcos, dragas e mergulhadores submarinos. A Coreia do Norte explicou que o desenvolvimento deste satélite “espião” era necessário, tendo em conta a crescente presença militar dos Estados Unidos na região. Para breve Os programas espaciais são também uma das prioridades do líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o país anunciou a intenção de lançar em breve um novo satélite. Na Coreia do Norte, o partido no poder criticou os responsáveis pela queda do satélite, de acordo com os meios de comunicação oficiais, ao passo que Washington, Seul e Tóquio condenaram o teste espacial como uma violação das sanções da ONU contra Pyongyang. Analistas disseram acreditar que os lançamentos espaciais e os lançamentos de mísseis balísticos intercontinentais, armas poderosas que Pyongyang está proibida de utilizar, se baseiam em tecnologias semelhantes. As relações entre as duas Coreias atravessam um período de grande tensão, enquanto as conversações sobre a desnuclearização do Norte fracassaram, com Kim Jong-un a declarar que o estatuto do país como potência nuclear “é irreversível”.
Hoje Macau Eventos MancheteBienal de Arte | Vila Nova de Cerveira vai ter pavilhão e exposição em Macau Com a Arte Macau à porta, cuja exposição principal é inaugurada no final deste mês, o Governo anunciou a colaboração com a Fundação Bienal de Arte de Cerveira. O resultado será um pavilhão da responsabilidade da entidade portuguesa na Bienal Internacional de Arte de Macau e uma exposição na galeria do Antigo Estábulo Municipal A Fundação Bienal de Arte de Cerveira vai ter, a partir de 1 de Agosto, um pavilhão na Bienal Internacional de Arte de Macau 2023 (Arte Macau), anunciou ontem a organização. O Instituto Cultural (IC) indicou, em conferência de imprensa, que a exposição de Vila Nova de Cerveira, intitulada “A Metafísica da Sorte e a Ciência do Azar”, vai exibir uma selecção de 27 obras de “artistas de diferentes países e gerações”. O pavilhão, comissariado pela Fundação Bienal de Arte de Cerveira, vai mostrar “diferentes visões do mundo e reflectir as consonâncias e contradições entre as tradições religiosas, superstições e ciências”, disse o IC, em comunicado. A exposição de Vila Nova de Cerveira, apresentada pelo Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong, vai estar patente no Antigo Estábulo Municipal de Gado Bovino de Macau. A directora do IC, Deland Leong Wai Man, disse à Lusa que a escolha surgiu de “uma negociação mútua” com o consulado de Portugal e sublinhou que a Bienal de Arte de Cerveira, realizada pela primeira vez em 1978, “é muito significativa”. Numa mensagem de vídeo divulgada na conferência de imprensa, o curador chefe do Arte Macau 2023, Qiu Zhijie, destacou a obra Estatística Milagrosa, do macaense Carlos Marreiros, “inspirada no catolicismo português”, incluindo nos milagres de Santo António. Qiu Zhijie, também vice-director da Academia Central de Belas Artes chinesa, avançou que o mexicano Pablo Helguera vai trazer à Arte Macau o espectáculo ‘The Memory Palace of Matteo Ricci’ (O Palácio da Memória de Matteo Ricci). O espectáculo é baseado num livro do historiador norte-americano Jonathan Spence sobre a vida do italiano Matteo Ricci (1552-1610), um dos primeiros jesuítas a viver na China e co-autor do primeiro dicionário português-chinês. O grande plano A exposição principal da Arte Macau 2023 vai ser inaugurada a 28 de Julho e a bienal irá decorrer até Outubro, com obras de mais de 200 artistas de 20 países e territórios, em 30 mostras espalhadas pela cidade. Deland Leong Wai Man disse que, com o fim das restrições sanitárias devido à pandemia da covid-19, haverá “um aumento significativo de obras estrangeiras” e um maior “intercâmbio entre artistas locais e internacionais”. A directora dos Serviços de Turismo de Macau, Maria Helena de Senna Fernandes, disse à Lusa acreditar que o “megaevento de nível internacional possa servir para atrair mais turistas” à região. “Os artistas internacionais vão poder vir para Macau”, destacou Senna Fernandes, o que não aconteceu na anterior edição da bienal, em 2021. “Sem a presença do próprio artista, não é a mesma coisa; vai poder haver intercâmbio”, acrescentou. O orçamento total do Arte Macau 2023, suportado pelo Governo, é de 12 milhões de patacas, valor que não inclui os eventos organizados pelas seis operadoras de casinos, indicou à Lusa a presidente do IC.
Hoje Macau InternacionalUnicef pede o fim das hostilidades em Jenim e protecção para as crianças A Unicef apelou à “cessação imediata da violência armada” no campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia, e exortou as partes a proporcionarem às crianças “a protecção a que têm direito”, após a operação militar lançada terça-feira. “De acordo com os últimos relatórios, pelo menos três crianças morreram ontem [na terça-feira] e muitas outras ficaram feridas, enquanto centenas de famílias foram deslocadas devido aos combates em curso”, disse ontem a directora regional do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Oriente e Norte da África, Adele Khodr, referindo-se à violência em Jenin. Em comunicado, Adele Khodr lamentou que serviços básicos, como água e electricidade, tenham sido interrompidos no campo de refugiados local e pediu “a cessação imediata da violência armada”, uma vez que “as crianças devem ser sempre protegidas de todas as formas de violência e violações graves”. A esse respeito, recordou que “todas as partes têm a obrigação de proteger os civis – especialmente as crianças – de acordo com o direito internacional humanitário e de direitos humanos”. Ciclos de horror Na mesma nota, destacou que nos últimos dois anos as crianças testemunharam ciclos recorrentes de violência, com três escaladas na Faixa de Gaza e arredores e numerosos incidentes relacionados com conflitos na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental. Da mesma forma, expressou particular preocupação com o aumento da violência na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, onde desde “o início de 2023, 33 crianças – 27 palestinianos e 6 israelitas – foram mortas”, números que “são quase tão altos como os de todo o ano de 2022, que já foi considerado o ano mais mortal para crianças na Cisjordânia desde 2004”. A responsável da Unicef instou “todas as partes a fornecer às crianças a protecção especial a que têm direito, a proteger o seu direito à vida e a abster-se de usar violência, especialmente contra crianças, não importa quem sejam ou onde estejam.”