Hoje Macau SociedadeDeficiência | Trabalhadores já podem candidatar-se a subsídio Os trabalhadores portadores de deficiência já se podem candidatar, desde ontem e até ao dia 31, à nova ronda do “Plano do subsídio complementar aos rendimentos do trabalho para trabalhadores portadores de deficiência”. O objectivo deste subsídio é “apoiar o emprego das pessoas portadoras de deficiência e permitir que os trabalhadores portadores de deficiência usufruam dos direitos salariais fundamentais”, aponta o Governo em comunicado. O subsídio deve ser pedido junto da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) relativamente ao quarto trimestre de 2023. Desde a entrada em vigor deste apoio que a DSAL já recebeu pedidos de subsídio relativos a 12 trimestres, somando um total de 243 pedidos recebidos, dos quais 231 se referem a casos em que foram atribuídos subsídios por preenchimento dos requisitos. Os requerentes pertencem principalmente aos sectores da segurança e limpeza, indústria manufactureira, beleza e estética, comércio a retalho e assistência social, entre outros. Podem requerer o subsídio os trabalhadores locais portadores do cartão de registo de avaliação da deficiência válido, emitido pelo Instituto de Acção Social (IAS), cujo número total de horas de trabalho cumulativamente prestado no quarto trimestre de 2023 seja inferior a 128 horas mensais e cujo rendimento do trabalho daquele mês seja inferior ao montante calculado através da multiplicação do valor do salário mínimo por hora.
Hoje Macau SociedadeEntradas | Atingido novo recorde diário de visitantes O território recebeu quase 175 mil visitantes no domingo, o valor diário mais elevado desde que há registos, de acordo com dados oficiais divulgados pela Polícia de Segurança Pública (PSP). Num comunicado, a PSP revelou que mais de 687.500 pessoas atravessaram as fronteiras do território em 31 de Dezembro, o segundo dia dos feriados do Ano Novo, incluindo a entrada de quase 362 mil pessoas, entre as quais 174.930 turistas. O anterior recorde diário, quase 161.200 visitantes, tinha sido fixado antes do início da pandemia de covid-19, em 2 de Outubro de 2019, durante a chamada ‘semana dourada’ do Dia Nacional da China. O comunicado não revelou a origem dos visitantes a Macau, cujo sector do turismo é extremamente dependente da China continental. No entanto, a PSP revelou que mais de dois terços dos visitantes (quase 121 mil) chegaram através das fronteiras terrestres com o Interior, enquanto mais de 29.100 atravessaram a Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau.
Hoje Macau SociedadePME | Stanley Au defende apoios e transformação O presidente do Banco Delta Ásia, Stanley Au considera que o Governo deve apoiar as pequenas e médias empresas (PME), para que haja uma transformação tecnológica no tecido industrial local. Num artigo sobre o lançamento do novo ano, publicado no Jornal Ou Mun, Stanley Au apontou a necessidade de copiar os exemplos bem-sucedidos de Taiwan, Coreia do Sul e Singapura, em que os apoios do Governo levaram à concretização de empresas altamente competitivas, como a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC), a maior produtora de microchips a nível mundial ou os quatro grandes grupos coreanos, Samsung, SK, LG e Hyundai. O empresário justificou ainda os apoios com o facto de ser necessário preparar o futuro do território, dado que existem dúvidas sobre a capacidade da indústria do jogo para sustentar Macau. Segundo Au, não só este sector vai ser afectado pelo controlo “mais rigoroso” do Governo Central, mas também pelo facto de haver cada vez mais concorrentes para os casinos locais, em outras jurisdições.
Hoje Macau Manchete SociedadeJogo | Receitas de Dezembro com segundo valor mais alto de 2023 As receitas do jogo chegaram aos 18,6 mil milhões de patacas em Dezembro, o que contribuiu para que em 2023 o número se tenha fixado nas 183,1 mil milhões de patacas As receitas do jogo atingiram em Dezembro 18,6 mil milhões de patacas, o segundo valor mais elevado desde o início da pandemia, segundo os dados divulgados na segunda-feira. De acordo com a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), os casinos arrecadaram cinco vezes mais do que em igual mês de 2022. O recorde pós–pandemia, 19,5 mil milhões de patacas, foi fixado em Outubro, graças à chamada Semana Dourada do 1.º de Outubro, quando se assinala o aniversário da implementação da República Popular da China. Apesar da recuperação em termos anuais, as receitas da indústria do jogo em Dezembro representaram apenas 81,3 por cento do montante contabilizado em igual período de 2019 (22,8 mil milhões de patacas), antes do início da pandemia. O ano de 2023 fechou com receitas totais de 183,1 mil milhões de patacas nos casinos, quatro vezes mais do que no ano anterior. Este valor ultrapassou o previsto no orçamento de Macau para 2023, que era de 130 mil milhões de patacas. Além disso, de acordo com os dados do regulador do jogo, a receita acumulada em 2023 representa apenas 62,6 por cento do montante registado no mesmo período de 2019. Falta de infra-estruturas Confrontado com os resultados, o analista da consultora de jogo IGamix Ben Lee, considerou que os números estão a ser afectados pela falta de infra-estruturas. “Estamos a ver hoje exactamente a mesma coisa que em 2013 e em 2019: ocupação hoteleira muito elevada, seguida de custos de alojamento muito elevados e, mais importante, falta de transporte público ou privado para os turistas se movimentarem em Macau”, afirmou Lee, em declarações à Agência Lusa. Apesar disso, o analista não deixou de reconhecer que o número está acima do esperado: “É provavelmente mais do que as pessoas estariam à espera no início do ano”, admitiu. Ben Lee indicou também que “a maioria da recuperação” foi gerada pelo mercado de massas, composto por pequenos apostadores, que não recorrem a crédito das operadoras de casinos. Lee destacou também que o segmento de massas “está muito perto dos valores de 2019”. Em relação ao novo ano, o analista afasta o cenário de regressarem os montantes de 2019, porque tal “não seria aceitável politicamente” para o Governo Central, de onde provém a esmagadora maioria dos apostadores. “Há uma estratégia deliberada para limitar, tanto a exposição [dos turistas chineses] ao jogo em casino no exterior como, potencialmente, os fluxos de capitais para fora da China”, disse o analista. Ainda assim, Lee reconheceu que o mercado de massas “pode crescer mais 10 ou 15 por cento em termos anuais”.
Hoje Macau Manchete SociedadePalestina | Imã diz que medo de retaliação é limitação a protesto Ding Shaojie aponta que os fiéis não-residentes, principalmente da Indonésia, temem retaliações, como a expulsão do território, se fizerem manifestações de apoio à Palestina O imã da única mesquita de Macau disse à Lusa estranhar a inacção da população local em relação à guerra na Palestina, sublinhando que o medo de retaliação pode estar a limitar acções de protesto da comunidade muçulmana. No escritório de Ding Shaojie, duas bandeiras de mesa estão pousadas sobre uma montra de vidro: a bandeira chinesa e a palestiniana. A guerra entre Israel e Palestina, agravada desde que o grupo islamita Hamas, que governa a Faixa de Gaza, lançou o ataque de 7 de Outubro, é seguida diariamente pelo imã da única mesquita de Macau. As duas bandeiras, unidas pelo mesmo mastro, reflectem a visão chinesa sobre este histórico conflito no Médio Oriente. Apesar de ter relações estáveis com Israel, Pequim apoia a causa da Palestina, considerando-a um Estado soberano e defendendo a solução de “dois Estados”. Na sequência do ataque do Hamas, que matou 1.200 pessoas em Israel e fez 240 reféns, a resposta de Telavive causou a morte pelo menos a mais de 21 mil palestinianos e deslocou quase todos os 2,3 milhões de habitantes da Faixa de Gaza. “Como muçulmanos, temos de estar com o povo palestiniano. Por isso, todos os dias acompanhamos as notícias e é doloroso para nós, tantas crianças mortas”, começa por dizer Ding Shaojie em entrevista à Lusa. Ding é também Mohammed Ramadan. É originário de Hohhot, capital da região autónoma chinesa da Mongólia Interior, onde cresceu no seio de uma família Hui, um dos maiores grupos étnicos da China, predominantemente muçulmano. Referindo-se “a esta matança” que está a “pôr o mundo em ebulição”, Ding questiona por que razão permanece Macau em silêncio. “Pergunto, porquê?”, interroga o líder religioso, notando que, até ao momento, não foi questionado por ninguém sobre o que se passa em Gaza. “É estranho, a população não tomou nenhuma atitude, incluindo a comunidade muçulmana”, constata. Sem dados Em Macau, não há dados oficiais sobre o número de muçulmanos, mas o imã estima que, antes da pandemia da covid-19, este se situasse entre os cinco e os dez mil fiéis. Com a crise do coronavírus, Macau perdeu milhares de estrangeiros com estatuto de trabalhador migrante, incluindo da Indonésia, país com a maior população muçulmana do mundo. A vulnerabilidade deste estatuto laboral, que implica menos direitos em relação aos residentes, pode estar a condicionar possíveis movimentações de protesto por parte dos praticantes islâmicos locais, defende o líder espiritual. “[Fiéis indonésios] têm medo que talvez ao se manifestarem sejam expulsos e enviados de regresso ao país. Existe essa preocupação. No primeiro dia que aqui cheguei, fui aconselhado a não fazer nada relacionado com manifestações. Somos avisados que Macau é uma cidade pacífica, daí ser melhor não fazer nada”, conta. A última manifestação pública local ocorreu antes de Macau fechar portas ao mundo devido à covid-19, em 2020. Durante a pandemia, as forças de segurança recusaram-se a aprovar o percurso de qualquer protesto, invocando razões de “ordem e segurança” ou saúde públicas. As restrições levantaram-se, mas os protestos não voltaram às ruas da cidade. Apesar do silêncio à volta da Faixa de Gaza, Ding admite haver espaço de discussão na mesquita: “Não há como evitar, não podemos ficar calados. Todos os líderes muçulmanos, os imãs das mesquitas do mundo, falam disso, invocam Alá para que proteja as pessoas na Palestina. Por isso, nós também falamos. A matança deve ser interrompida”, reforça. Há mais que se pode fazer, conclui. Seja via doações a Gaza ou através da própria comunidade muçulmana, a quem Ding sugeriu, desde o primeiro dia, “escreverem aos seus países e consulados para apoiarem a Palestina”. Construção de nova mesquita pode arrancar este ano O imã Ding Shaojie avançou que ao longo deste ano poderá começar a ser erguida a nova mesquita em Macau, cidade onde considera haver ainda muito desconhecimento sobre o Islão. As declarações foram prestadas à Agência Lusa. “A nova mesquita vai provavelmente ser construída muito brevemente. (…) Esperamos ter muito em breve a aprovação do Governo para iniciar a construção”, afirmou Ding Shaojie, salientando que as obras poderão arrancar este ano. A futura mesquita, a erguer no mesmo local, onde também existe um cemitério islâmico, vai ter uma área de 1.250 metros quadrados e uma capacidade para 600 fiéis, segundo avançaram já as autoridades locais. Ding destaca a dimensão reduzida do espaço actual, que não consegue dar resposta às necessidades. Menciona, além disso, “a extrema pobreza” da estrutura, “comparando com outras associações e igrejas” do território. Numa tenda gigante e improvisada, onde mulheres costumam ler o Alcorão aos domingos, as orações fazem-se no Verão sob intenso calor. A tenda, com luzes penduradas em estruturas metálicas, armazena vários objectos: mesas, baldes, caixotes, chinelos, mais uma bicicleta para ali atirada. “Temos dois grandes feriados, a primeira celebração é o Eid. Depois do jejum [do Ramadão], reunimo-nos aqui para rezar. Todos os anos chove, mas o que é que podemos fazer? Temos de rezar no exterior, porque há sempre muita gente, então temos duas sessões, uma sessão com à volta de 1.500 pessoas”, conta. Saber receber Em Macau, avalia Ding, sabe-se ainda muito pouco sobre a comunidade muçulmana local: “Talvez as pessoas reconheçam pela aparência quando olham para uma mulher indonésia de ‘hijab’, sabem de onde vem, que não come carne de porco, mas mais do que isso…”. Foi para fazer face a esse desconhecimento que o Governo, juntamente com a associação islâmica, começou a organizar seminários para operadores turísticos. A ideia das autoridades passa por diversificar a origem dos visitantes, que chegam sobretudo da China, e receber, por exemplo, mais pessoas do Médio Oriente. “Quem trabalha na área tem de saber receber turistas muçulmanos, na preparação do quarto de hotel, por exemplo. Alguns visitantes não gostam de ter vinho no quarto, em respeito aos ensinamentos do Islão”, explica. “Os ‘workshops’ têm sido bem recebidos. As pessoas estão muito interessadas, porque não conhecem a cultura árabe, a história árabe. Só conhecem o Islão, grosso modo. Mas qual é a história do Islão?”, reflecte. Apesar disso, o líder religioso considera Macau uma sociedade inclusiva” no que respeita à convivência de diferentes religiões. “Eu próprio vou comer ao templo budista”, nota.
Hoje Macau PolíticaRuído | Ron Lam defende revisão da lei O deputado Ron Lam defende uma revisão da lei do ruído, para assegurar o direito ao descanso da população. O pedido surge na sequência da realização de várias obras a partir da meia-noite e de queixas por parte dos residentes. Segundo Ron Lam, muitas obras são autorizadas devido ao regime de excepção, que permite que sejam realizadas a partir da meia-noite, se for considerado que os trabalhos têm um “interesse público relevante”. Porém, o deputado defende que a lei deve ser mudada, para que seja obrigatório revelar publicamente os motivos que levam a que se utilize a excepção para fazer os trabalhos a partir da meia-noite. Antes da nova lei do ruído entrar em vigor, a Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana (DSSCU) apelou aos empreiteiros para fazerem obras mais simples durante o período da excepção, para evitarem maior ruído. Ron Lam considera também que com a mudança à lei devia proibir-se certo tipo de trabalhos a partir da meia-noite.
Hoje Macau PolíticaEducação | Ma Io Fong pede melhorias no ensino O deputado Ma Io Fong sugere ao Governo que reveja o ensino do patriotismo para que abranja os materiais didácticos do ensino infantil, primário e secundário. Através de um comunicado, o legislador indicou que o objectivo passa por fornecer aos alunos um melhor “conhecimento correcto da história”, da cultura do país, bem como do processo de desenvolvimento rápido, após a abertura. A sugestão de Ma surge na sequência da nova Lei de Educação Patriótica da República Popular da China, que entrou em vigor no início do ano. No entender do deputado, a nova lei do Interior vem complementar os conteúdos da educação patriótica e definir critérios concretos para garantir “a firmeza” nacionalista. O legislador considerou também que o país precisa de melhorar a educação patriótica, porque está a “enfrentar o caminho ao rejuvenescimento” e cada vez mais “complexos e desafios de segurança”. Por último, o deputado das Mulheres destacou que a lei define orientações e apoios importantes para que os professores entendam o significado e o espírito da educação patriótica, com o objectivo de elevar o sentido de identidade dos alunos nos valores do amor à pátria e a Macau.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Sismos causaram “numerosas vítimas” e danos consideráveis O ano começa de forma trágica no país do sol nascente. O número de réplicas deve continuar a aumentar durante a semana Pelo menos 48 pessoas morreram no sismo que atingiu a costa oeste da região central do Japão na segunda-feira, segundo um novo balanço divulgado ontem pelas autoridades japonesas. Anteriormente, os responsáveis japoneses tinham informado que 30 pessoas haviam morrido no terramoto. As autoridades também suspenderam ontem o alerta de tsunami. O sismo, de magnitude de 7,6 na escala aberta de Richter e com epicentro na península de Noto, levou as autoridades a activar o alerta de tsunami, em vigor durante 18 horas, ao longo da costa ocidental das ilhas de Honshu e Hokkaido e do norte da ilha de Kyushu. As autoridades indicaram também que 48 pessoas morreram, muitas delas na cidade de Wajima, uma localidade de cerca de 27 mil habitantes da autarquia de Ishikawa, que se encontra entre as mais afectadas devido à proximidade do epicentro. Os 155 sismos que abalaram o centro do Japão desde segunda-feira, incluindo um com uma magnitude de 7,6, causaram “numerosas vítimas” e danos materiais significativos, afirmou também ontem o primeiro-ministro japonês. “Foram confirmados danos muito significativos, incluindo numerosas vítimas, edifícios desmoronados e incêndios”, declarou Fumio Kishida. “Salvar vidas é a nossa prioridade e estamos a travar uma batalha contra o tempo”, disse o chefe do Governo japonês, acrescentando que é “fundamental que as pessoas presas nas casas sejam resgatadas imediatamente”. A Agência Meteorológica Japonesa (JMA) confirmou ontem que o centro do Japão foi atingido por 155 sismos entre as 16:00 de segunda-feira e as 09:00 de terça-feira. A maior parte dos sismos foram registados com magnitudes superiores a 3,0, incluindo seis novos tremores fortes sentidos na manhã de terça-feira, avançou a JMA. Horas antes, os especialistas da agência tinham avisado que os tremores secundários iriam continuar esta semana, sendo particularmente perigosos nos próximos dois ou três dias, durante os quais é provável que se repitam fortes tremores de magnitude sete ou superior. Os sismólogos japoneses pediram aos residentes locais que estejam especialmente vigilantes. Ondas de perigo O sismo mais forte atingiu 7,6 de magnitude na escala de Richter e conduziu à emissão por parte do JMA do alerta máximo de tsunami. A agência levantou ontem oficialmente o alerta, já depois de ondas com mais de um metro de altura se terem abatido sobre partes do país, provocando o desmoronamento de edifícios na região de Ishikawa. As autoridades japonesas confirmaram igualmente a chegada de ondas às províncias de Yamagata, Niigata e Toyama, onde se registaram quatro feridos, incluindo uma mulher de 80 anos que caiu ao chão durante o processo de evacuação da cidade de Kurobe, segundo a agência de notícias Europa Press. Seis pessoas ficaram presas sob os escombros de casas que ruíram no sismo que atingiu Ishikawa – com cerca de 32.500 casas da região sem energia, segundo os bombeiros locais – e também abalou edifícios no centro de Tóquio, segundo o Governo japonês. De acordo com o Ministério da Defesa japonês, cerca de mil residentes da cidade foram retirados, através de uma base militar, onde as tropas do 14.º Regimento Geral das Forças de Auto Defesa do Japão começaram a chegar para ajudar nas operações de salvamento no terreno. Condolências vizinhas O Presidente sul-coreano enviou ontem uma mensagem de condolências ao primeiro-ministro japonês pelas vítimas do terramoto que atingiu a costa ocidental do centro do Japão, na segunda-feira, e fez pelo menos 30 mortos. Na mensagem para Fumio Kishida, Yoon Suk-yeol apresentou as condolências às vítimas e às famílias do terramoto de magnitude 7,6 na escala aberta de Richter, manifestando ainda solidariedade face aos danos causados pelo sismo, de acordo com o gabinete presidencial sul-coreano. Yoon ofereceu a ajuda de Seul para os trabalhos de recuperação da zona afetada e fez votos para que a população local possa regressar à vida normal rapidamente.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomista do UBS desvaloriza abrandamento chinês e prevê estabilização do imobiliário Por João Pimenta, da agência Lusa Uma especialista na economia chinesa destacou ontem a importância de “não extrapolar” nem “misturar” desafios estruturais e cíclicos na segunda maior economia mundial, prevendo uma estabilização no mercado imobiliário do país em 2024. “A economia chinesa enfrenta certamente enormes desafios, mas eu aconselho a não misturar desafios estruturais com desafios cíclicos, nem a tirar conclusões que extrapolam e concluem que as coisas vão piorar cada vez mais”, afirmou Wang Tao, atual economista-chefe para a China da filial do banco suíço UBS em Hong Kong, à agência Lusa. “É preciso compreender que a China enfrentou desafios significativos nos últimos 40 anos [de reforma e abertura] e que, em quase todas as etapas, as políticas foram adaptáveis e pragmáticas”, vincou a também autora do livro “Making Sense of China’s Economy”, publicado este ano. Segundo o FMI, a economia chinesa deve crescer 5,4% em 2023, mas abrandará para 4,6%, em 2024. A instituição previu que, a médio prazo, a economia chinesa vá sofrer um enfraquecimento gradual do ritmo de crescimento para cerca de 3,5%, em 2028, devido a fatores como “fraca produtividade” e o envelhecimento da população. Alguns economistas estão assim a reconsiderar previsões, até recentemente tidas como certas, sobre a ascensão do país asiático a maior economia mundial. Em particular, o setor imobiliário, que representa entre 25% e 30% do PIB [Produto Interno Bruto], passou a constituir um peso na economia do país, face a uma crise de liquidez, após anos de forte crescimento alimentado pelo crédito. A crise tem fortes implicações para a classe média. Face a um mercado de capitais exíguo, o setor concentra uma enorme parcela da riqueza das famílias chinesas – cerca de 70%, segundo diferentes estimativas. A queda da confiança resultou assim em menos consumo. Também as finanças das autarquias locais são afetadas pelo declínio na construção, à medida que a queda das receitas fiscais obriga a um corte nas despesas, incluindo salários. Reconhecendo que a recessão no imobiliário está a exercer “grande pressão” sobre a economia, Wang previu que o mercado vai estabilizar nos próximos meses. “[O imobiliário] vai deixar de ser um motor de crescimento, como foi anteriormente, mas também vai deixar de ser um travão negativo, como foi nos últimos dois anos”, descreveu. Ela considerou que Pequim podia fazer mais para apoiar a economia, incluindo aliviar a carga fiscal e aumentar as despesas com saúde, educação ou pensões. “As despesas sociais podem ajudar a melhorar a confiança dos consumidores e reduzir a sua taxa de poupança”, frisou. Wang Tao espera também um aumento da emissão de dívida pública para financiar infraestruturas, o que deve elevar o défice do país para entre 3,5% e 3,8 % do PIB no próximo ano. A sequência de dados económicos negativos – deflação, crise imobiliária ou altas taxas de desemprego jovem – é também consequência da determinação de Pequim de abandonar um modelo de crescimento assente no endividamento insustentável, explicou Wang. “A economia da China está a afastar-se do tradicional crescimento impulsionado pela dívida, construção e utilização intensiva de matérias-primas”, descreveu. “A China tem que avançar para novas áreas de crescimento para subir nas cadeias de valor”, acrescentou. Alguns dos planos de Pequim estão a correr de feição: a China ultrapassou, este ano, o Japão como o maior exportador de automóveis do mundo e a transição energética a nível global depende dos painéis solares, turbinas eólicas e baterias produzidos no país. Wang Tao afirmou, no entanto, que existem desafios, incluindo os crescentes entraves no acesso a alta tecnologia que os Estados Unidos, Europa e Japão estão a colocar à China. “Penso que isso vai ser, obviamente, um obstáculo ao avanço da China nos segmentos industriais avançados”, reconheceu.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia: Putin assegurou à China que guerra duraria 5 anos, escreve jornal japonês O Presidente russo, Vladimir Putin, assegurou ao homólogo chinês, durante a visita de Xi Jinping a Moscovo em março, que a invasão da Ucrânia duraria pelo menos cinco anos, noticiou hoje o jornal japonês Nikkei. De acordo com o Nikkei, esta foi a forma de Putin explicar a Xi que, no início deste ano, a situação não era particularmente favorável para a Rússia, nas frentes de batalha na Ucrânia, mas que continuava a acreditar na vitória das forças comandadas por Moscovo. A versão de Putin junto do líder chinês também sublinhava as vantagens para Pequim de uma guerra prolongada na Europa, perante a possibilidade de a China vir a ser um parceiro comercial no campo do armamento. O jornal japonês interpreta também esta mensagem do líder russo como “um aviso para Xi para que não mudasse a sua posição pró-Rússia”. Ao longo do conflito na Ucrânia, Pequim nunca condenou a invasão russa, e tem-se oposto às sanções ocidentais a Moscovo, embora tenha dado sinais de que não estava confortável com a situação de um país ver a sua soberania territorial violada. Xi foi recebido no Kremlin em 21 de março e terá sido nessa altura que o líder chinês ouviu de Putin a garantia de que a guerra na Ucrânia nunca duraria menos de cinco anos. A viagem de Xi a Moscovo foi a primeira do Presidente chinês depois de a Rússia ter iniciado a sua invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, tendo os dois líderes realçado o fortalecimento dos laços políticos e comerciais entre os seus países, com palavras que realçavam o apoio tácito da China à “operação militar especial” russa. Contudo, após a visita de Xi a Moscovo, a China enviou uma “missão de paz” à Europa, num gesto que foi entendido como uma tentativa de mostrar à comunidade internacional, e a Moscovo, que procuraria não romper os laços diplomáticos com os países ocidentais. Até agora, nem o Kremlin, nem Pequim comentaram a notícia do jornal Nikkei. Recentemente, o jornal norte-americano The New York Times noticiou que Putin tem usado intermediários para fazer chegar à Casa Branca a mensagem de que estará aberto a discutir a possibilidade de um cessar-fogo, colocando como condição a manutenção dos territórios ucranianos agora ocupados por Moscovo. Vários analistas internacionais têm dito que, se a invasão da Ucrânia se prolongar durante muito mais tempo, isso terá um impacto efetivo nas ambições de Xi Jinping para o seu terceiro mandato como Presidente da China e como secretário-geral do Partido Comunista Chinês, sobretudo tendo em conta o seu plano de unificar Taiwan com a China continental. A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
Hoje Macau SociedadeComércio | Exportações lusófonas para Macau sobem 37,2% As exportações de mercadorias dos países de língua portuguesa para Macau subiram 37,2 por cento nos primeiros 11 meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022, indicaram dados oficiais ontem divulgados. O valor exportado pelos países lusófonos para o território fixou-se em 1,32 mil milhões de patacas entre Janeiro e Novembro, de acordo com a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) de Macau. A maioria foi proveniente do Brasil, no valor de 1,03 mil milhões de patacas, sendo composta sobretudo por carne, peixe e marisco. Macau comprou ainda a Portugal mercadoria no valor de 277,6 milhões de patacas, nomeadamente vestuário e acessórios, carne, peixe e marisco, bebidas alcoólicas e produtos farmacêuticos. De acordo com os dados oficiais, nos primeiros 11 meses do ano, o bloco de países de língua portuguesa comprou a Macau mercadorias no valor de 664 mil patacas, menos 57,8 por cento do que em igual período de 2022. As exportações de mercadorias por Macau entre janeiro e novembro foram de 12,25 mil milhões de patacas, menos 3,5 por cento, comparativamente ao mesmo período do ano passado, enquanto o valor importado de mercadorias foi de 129,7 mil milhões de patacas, ou seja, mais 1,4 por cento, em termos anuais, indicou a DSEC. O défice da balança comercial de Macau nos primeiros 11 meses deste ano fixou-se em 117,5 mil milhões de patacas, mais 1,9 por cento relativamente a igual período de 2022.
Hoje Macau SociedadeGPM | Candidaturas a venda de bilhetes do museu em Janeiro O Museu do Grande Prémio de Macau começa a aceitar, a partir do dia 1, novas candidaturas para o programa de cooperação para venda de bilhetes. A ideia é que, com a oferta de descontos de bilhetes aos operadores turísticos elegíveis, se possa “impulsionar os operadores turísticos a criarem itinerários e produtos turísticos diversificados, ajudando a atrair visitantes ao museu”. O prazo de candidaturas termina a 31 de Janeiro e o concurso está direccionado para agências de viagens e estabelecimentos hoteleiros de Macau. Os operadores que já participam no programa não necessitam de apresentar novo pedido. Os parceiros cujos pedidos tenham sido aprovados têm de preencher certas obrigações, incluindo a promoção e venda de bilhetes para o museu, além de terem de “designar uma pessoa de contacto para assuntos urgentes e reclamações” enviadas pela Direcção dos Serviços de Turismo. De frisar que, no âmbito desta parceria, “o preço dos ingressos estipulado pelos parceiros não pode ser superior ao custo normal de venda praticado pelo museu”.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang | Pedida intensificação dos preparativos de guerra O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, afirmou quer reforçar a capacidade nuclear do país e os preparativos de guerra, perante a tensão “sem precedentes” na península, noticiou ontem a imprensa estatal norte-coreana. Na quarta-feira, segundo dia da grande reunião anual de fim de ano do Partido dos Trabalhadores, o partido único norte-coreano, Kim disse ao exército e aos sectores de munições, armas nucleares e protecção civil para “acelerar ainda mais os preparativos para a guerra”. O discurso do dirigente abordou a “grave situação política e militar na península coreana, que atingiu um ponto extremo sem precedentes na história devido aos movimentos de confronto dos Estados Unidos e das forças vassalas”, disse a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA. Na terça-feira, Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão anunciaram o lançamento de um sistema para partilhar informações em tempo real sobre mísseis norte-coreanos e um plano de exercícios regulares para enfrentar avanços militares de Pyongyang. De acordo com a KCNA, o dirigente defendeu ainda o direito da Coreia do Norte a “expandir e desenvolver relações de cooperação estratégica com países independentes e anti-imperialistas”, numa aparente referência às críticas à recente aproximação a Moscovo, e a participar na “luta anti-imperialista” à escala internacional. O Ocidente tem acusado Pyongyang de fornecer armas e munições à Rússia, algo negado pelas autoridades do país asiático. No entanto, em Outubro, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, agradeceu à Coreia do Norte pelo apoio na guerra contra a Ucrânia. Em destaque A reunião do partido, cuja duração não é conhecida, vai definir objectivos políticos para 2024, “um ano decisivo” para o cumprimento do actual plano quinquenal do regime, disse Kim, que defendeu o reforço do desenvolvimento de armamento. O líder norte-coreano salientou a necessidade de consolidar as bases organizacionais e ideológicas do partido, bem como de implementar a estratégia “através de uma luta mais corajosa e determinada, apesar dos crescentes desafios e dificuldades”. Além da política externa, Kim também destacou perante os membros do partido sobre “questões a que deve ser dada prioridade” para reforçar o sistema político, laboral e económico da Coreia do Norte. Kim sublinhou a necessidade de reforçar de indústrias como a siderurgia, a química, a geração de electricidade, o carvão e a maquinaria, bem como a aceleração do desenvolvimento rural e a estabilização da produção agrícola, dando prioridade às indústrias regionais e à pesca.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Agência de segurança diz ter apanhado espiões estrangeiros por denúncia de senhorio O Ministério da Segurança do Estado chinês afirmou ontem ter frustrado uma tentativa de recolha de informações sobre equipamento militar por uma “entidade estrangeira”, numa cidade não identificada, quando tenta mobilizar a sociedade contra actos de espionagem. O Ministério disse ter sido avisado por um proprietário suspeito, que reparou numa “luz verde sinistra” proveniente de uma casa que tinha alugado a uma empresa estrangeira, numa mensagem publicada na página oficial na rede social chinesa WeChat. A luz verde era proveniente de um equipamento de videovigilância utilizado por agentes estrangeiros para recolher informações sobre uma base naval próxima, que desempenhava “importantes tarefas militares”, de acordo com a mesma mensagem, que não avançou data e local do alegado incidente ou o país que enviou os espiões. O organismo também não esclareceu se foram efectuadas detenções. No entanto, o proprietário recebeu uma “bela recompensa” pela “contribuição significativa”, indicou a nota do Ministério, acrescentando que a segurança da China teria sido “gravemente prejudicada” se as informações recolhidas pelos espiões tivessem sido enviadas para o estrangeiro. As autoridades chinesas dizem enfrentar uma crescente ameaça à segurança por parte de países estrangeiros, incluindo Estados Unidos e os seus aliados, e apelaram para que fossem redobrados os esforços para apanhar espiões. O ministro da Segurança do Estado, Chen Yixin, tem utilizado frequentemente as redes sociais para promover estes apelos, pedindo ao público para que dê informações. No início deste ano, Chen afirmou que a China deve “defender-se proactivamente” contra os espiões estrangeiros para reforçar a segurança do país e a liderança do Partido Comunista. Protecção prioritária Em Agosto passado, o Ministério de Segurança do Estado chinês pediu a mobilização de “toda a sociedade”, visando “prevenir e combater a espionagem”. O organismo indicou que todos os órgãos estatais e organizações sociais, empresas e instituições têm a obrigação de prevenir e impedir a espionagem e “proteger a segurança nacional”, e disse que ia colocar à disposição dos cidadãos números de telefone e caixas postais para receber denúncias, “garantindo o sigilo” dos informadores. A entrada em vigor este ano da emenda à lei de Contraespionagem da China passou a proibir a transferência de qualquer informação relacionada com a segurança nacional e alargou a definição de espionagem. A linguagem vaga da legislação preocupa investidores estrangeiros, sobretudo depois de, em Maio passado, a polícia chinesa ter entrado nos escritórios de duas consultoras, a Bain & Co. e Capvision, e de uma empresa de análise de mercado para fusões, aquisições ou investimentos, a Mintz Group. As autoridades não deram nenhuma explicação, afirmando apenas que as empresas estrangeiras são obrigadas a cumprir a lei. Na mensagem, o Ministério voltou a afirmar que a luta contra os espiões “exige não só o papel das agências de segurança nacional (…) mas também a participação alargada e a vigilância colectiva do público em geral”.
Hoje Macau China / ÁsiaCorrupção | Três funcionários expulsos de órgão consultivo Três altos responsáveis da indústria aeroespacial e de defesa da China foram destituídos do cargo de membros do principal órgão consultivo político do país, ilustrando o impacto da campanha anti-corrupção de Pequim num sector fundamental para a capacidade militar. A Conferência Consultiva Política do Povo Chinês destituiu ontem o presidente da Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China (CASC), Wu Yansheng, o presidente do conselho de administração da Corporação das Indústrias do Norte da China, Liu Shiquan, e o director da Corporação de Ciência e Indústria Aeroespacial da China (CASIC), Wang Changqing, dos seus cargos, de acordo com o jornal South China Morning Post, de Hong Kong. A CASC é o principal contratante espacial e construtor de foguetões e mísseis do país, enquanto a Corporação das Indústrias do Norte da China é a principal plataforma responsável pelo desenvolvimento de equipamento mecanizado e digitalizado para as Forças Armadas chinesas. O CASIC é o único fornecedor de serviços para os operadores de satélites de comunicações de radiodifusão na China. Os órgãos oficiais de Pequim não referiram que os funcionários estão a ser objecto de qualquer tipo de investigação. No entanto, a decisão surge no contexto da campanha anticorrupção de Pequim no sector da Defesa. O antigo presidente da Corporação da Indústria de Construção Naval da China, Hu Wenming, foi recentemente condenado a 13 anos de prisão por um tribunal de Xangai por aceitar subornos e abuso de poder. No Verão passado, a China destituiu o seu ministro da Defesa, o general Li Shangfu, após dois meses sem ser visto em público.
Hoje Macau China / ÁsiaBranqueamento de capitais | Caso detectado em HK em comércio de diamantes As autoridades de Hong Kong detiveram quatro pessoas, entre 19 e 20 de Dezembro, no âmbito de uma operação contra uma organização transnacional de branqueamento de capitais, foi ontem anunciado. A operação, apelidada de “Machacagemas”, descobriu que o grupo tinha “lavado” cerca de 500 milhões de dólares de Hong Kong, na sequência de uma investigação financeira e de troca de informações com as autoridades homólogas da Índia, disse o governo da região semiautónoma chinesa. A investigação, lançada no início deste ano, descobriu que em 2021 o grupo tinha criado empresas de comércio de diamantes em Hong Kong e na Índia para exportar diamantes sintéticos de baixo valor da antiga colónia britânica, alegando tratar-se de pedras naturais valiosas. O objectivo do esquema era facilitar a transferência de grandes quantidades de fundos suspeitos da Índia para Hong Kong. As quatro pessoas, com idades compreendidas entre os 30 e os 56 anos, foram detidas por suspeita de “tráfico de bens que se sabe ou se crê razoavelmente serem produtos de uma infração passível de procedimento penal”, nos termos da legislação em vigor. Os suspeitos foram libertados sob caução e aguardam novas investigações, não estando excluídas novas detenções. Os funcionários aduaneiros de Hong Kong apreenderam também uma grande quantidade de diamantes sintéticos suspeitos, uma pequena quantidade de diamantes naturais, dinheiro em divisas, aparelhos electrónicos, documentos bancários e outros artigos no interior das residências e dos estabelecimentos comerciais dos detidos. Nos termos da lei contra o branqueamento de capitais, em caso de condenação, a pena máxima é uma coima de cinco milhões de dólares de Hong Kong e uma pena de prisão de 14 anos, estando os produtos do crime igualmente sujeitos a confisco.
Hoje Macau China / ÁsiaHK | Condenado a seis anos de prisão por preparar ataque à bomba Um tribunal de Hong Kong condenou ontem a seis anos de prisão por terrorismo um jovem de 19 anos, que se declarou culpado de uma conspiração frustrada para atacar com bombas edifícios judiciais. Ho Yu-wang, na altura com 17 anos, foi o mentor de uma conspiração que pretendia fabricar explosivos e atingir edifícios de tribunais em 2021, de acordo com o Ministério Público (MP) da região administrativa especial chinesa. A conspiração, que na altura envolvia sobretudo estudantes do ensino secundário, foi frustrada devido a uma investigação policial, não tendo sido fabricadas bombas nem havido vítimas, tinha já admitido o MP. A polícia de Hong Kong disse que, após uma rusga num quarto de uma pensão, em 2021, apreendeu equipamento que podia ser usado para fabricar explosivos. A acusação alegou também que o jovem tinha escrito notas a explicar que o objectivo era desestabilizar Hong Kong, promover conflitos com o Governo Central chinês e criar um grupo de resistência. O juiz Alex Lee afirmou que, se a conspiração tivesse sido levada a cabo, teria agravado a situação social em Hong Kong e que Ho tinha ignorado o Estado de direito e os riscos para os “colegas gangsters”. Ainda assim, o juiz aplicou uma pena menor do que a de 10 anos pedida pelo MP, sublinhando que Ho se apresentou atempadamente à polícia e colaborou posteriormente com a investigação. A defesa disse em tribunal que o jovem estava actualmente aliviado por ter sido detido, porque isso impediu que o plano fosse concretizado, tinha mudado e retomado os estudos, nomeadamente de história da China. Em Maio, Ho tinha-se declarado culpado de conspiração para organizar, planear ou cometer actividades terroristas ao abrigo da lei de segurança imposta por Pequim à antiga colónia britânica em 2020, na sequência dos protestos antigovernamentais de 2019. Outros culpados Dois outros arguidos no mesmo caso, Kwok Man-hei, de 21 anos, e Cheung Ho-yeung, de 23 anos, foram condenados a dois anos e meio e a seis anos de prisão, respectivamente. Os dois declararam-se culpados de conspiração para provocar explosões susceptíveis de pôr em perigo vidas e bens, uma alternativa à acusação de terrorismo que é abrangida por uma outra lei. Em Maio, quatro pessoas implicadas nesta conspiração já tinham sido condenadas a penas de prisão ou a períodos em centros de formação orientados para a reabilitação, depois de se terem declarado culpados. Em 2019, Hong Kong foi palco de grandes protestos antigovernamentais, desencadeados por uma lei que previa a extradição de suspeitos de crimes para a China. Em resposta, Pequim impôs uma Lei de Segurança Nacional que pune a secessão, a subversão, o terrorismo e a conivência com forças estrangeiras com penas que podem ir até à prisão perpétua.
Hoje Macau EventosBanda portuguesa UHF celebra 45 anos de existência “O rock nasceu em Almada”. Foi com este mote provocatório, ao seu estilo, que a banda portuguesa UHF arrancou as celebrações dos 45 anos de carreira no dia 18 de Novembro com um concerto e a bilheteira esgotada numa hora, dias depois de terem editado o novo álbum “Novas Canções de Bem Dizer”. Em 1978, a banda de Almada, que hoje tem apenas António Manuel Ribeiro como único elemento da formação inicial, tinha dado nesse mesmo dia o seu primeiro concerto em Lisboa, na discoteca Brown’s. Em entrevista à agência Lusa, António Manuel Ribeiro conta um pouco da história da banda, de como começaram a juntar-se no café Central em Almada ainda com o nome “À Flor da Pele” que acabou por ser abandonado porque alguém disse que “era psicadélico e já não se usava”, mas mesmo assim permaneceu na sua história, tornando-se o título do primeiro álbum do grupo. “O que trouxemos à música pop rock pós-25 de Abril foi a capacidade de construir uma carreira sem saber que estávamos a construir uma carreira”, disse o músico, confidenciando que nunca pensou que chegaria aos 45 dias quanto mais aos 45 anos de carreira. Almada começa a fervilhar em termos musicais por essa altura, recorda. Os jovens encontravam-se no café Central, após as aulas, e foi assim que alguns músicos se foram conhecendo. A banda formou-se desta forma espontânea e um dia foram tocar a Lisboa, ficando conhecida pela banda misteriosa porque tocava e desaparecia. “Para nós era pragmatismo puro. Ninguém tinha carro, íamos de transportes, tínhamos de sair cedo porque se não chegássemos a horas ao barco em Lisboa, ficávamos a dormir ao relento. Saíamos porque tínhamos de apanhar o metro e o barco para este lado do rio”, explica, sorrindo. O primeiro êxito “Cavalos de Corrida” é o primeiro ‘single’ e a segunda gravação da banda, um tema que nasceu numa capela abandonada na Torre da Marinha, no Seixal, onde ensaiavam, e que atingiu nos primeiros meses de 1980 a liderança do top nacional de vendas, tornando-se no primeiro ‘single’ de rock português a receber um disco de prata. Depois deste sucesso inicia-se um processo conturbado na relação com editoras. Hoje a banda tem uma discográfica própria. “Em 82, quando decidimos sair da Valentim, rompemos contrato, fomos transferidos de uma editora para outra através de pagamento de ‘luvas’ e entrámos numa editora que não existe neste momento e ainda bem. Vendíamos bem, mas nunca soubemos o que vendemos. Mais tarde saímos e entrámos [noutra] editora portuguesa, onde voltámos a ser enganados”, disse. O que aconteceu com os UHF, afirmou, também aconteceu com outros músicos. “Em 89 lançámos um maxi single ‘Hesitar’ que foi considerado o que mais vendeu em Portugal. Sabe quanto nos pagaram? Não chegou aos 1.700 exemplares. O estranho é que chegava a Bragança e as pessoas conheciam a canção e não seria só um fenómeno de rádio, era também de vendas”. Face a estes contratempos, diz António Manuel Ribeiro, o que manteve os UHF foi a determinação de saber exactamente para onde ia e o que queria, caso contrário teria acabado como muitos grupos que desapareceram ao longo dos tempos. “Há uma coisa que costumo dizer aos músicos novos: Em Portugal para se ser artista é preciso 50 por cento de inspiração e 50 por cento de organização. Se não houver essa capacidade de organizar isto desmorona”, revelou. Fãs até hoje António Manuel Ribeiro é peremptório em afirmar que se os UHF têm hoje fãs, um grupo consistente que os segue de norte a sul do país, é porque escreveram e escrevem boas e interessantes canções: “Sem canções e sem as pessoas que gostam das canções não havia hipótese”. E as canções dos UHF contam histórias, assumem uma posição em relação a alguns temas da atualidade nacional e internacional como é o caso de “Sarajevo”, “Vernáculo”, “Ucrânia livre” e “O Indigente”, este último do novo álbum “Novas Canções de Bem Dizer”, tudo canções repletas de mensagens à maneira da música de intervenção inspirada em José Afonso e em tantos outros músicos da época. “É a minha escola sabe, a do José Afonso. A censura portuguesa no tempo da nossa ditadura ajudou a criar a melhor poesia cantada do mundo”, defende a inconfundível voz da banda composta também por Antonio Côrte Real (guitarra), Ivan Cristiano (bateria e coros) e Nuno Correia (baixo). Celebrar uma carreira de 45 anos é celebrar todo este legado musical e poético de que António Manuel Ribeiro fala com orgulho. “Acho que temos direito a celebrar com os nossos o que fizemos e trouxemos à música portuguesa”, vincou.
Hoje Macau SociedadeUniversidade Politécnica de Macau vence 7.º concurso de tradução chinês-português Uma equipa da Universidade Politécnica de Macau (UPM) venceu a 7.ª edição do concurso mundial de tradução chinês-português, que atraiu estudantes de mais de 40 instituições de ensino superior, anunciou ontem a instituição. Uma equipa da Universidade de São José, de Macau, e outra do Instituto Politécnico de Leiria ficaram em segundo lugar, indicou, em comunicado, a UPM. Na terceira posição ficaram equipas da Universidade Católica Portuguesa, da Universidade de Estudos Estrangeiros de Dalian, no nordeste da China, e da Universidade de Nankai, de Tianjin, perto da capital chinesa. O concurso atribuiu ainda um prémio especial, para instituições lusófonas, às equipas da Universidade de São Paulo, no Brasil, e da Universidade do Minho. A UPM sublinhou que a competição atraiu mais de 100 equipas de mais de 40 instituições de ensino superior da China, de Macau e dos países de língua portuguesa, “tendo a resposta sido esmagadora”. Os prémios do concurso vão de duas mil patacas a um máximo de 40 mil patacas. Cada equipa tinha de traduzir pelo menos 1.500 frases. O concurso estava aberto a estudantes de licenciatura na China, em Macau, em Hong Kong, ou de instituições de ensino superior membros da Language Big Data Alliance (LBDA) e de outros países ou regiões com tradução de chinês e português, língua chinesa e portuguesa, bem como a estudantes dos Institutos Confúcio de todo o mundo. Intercâmbio O objectivo da competição de tradução chinês-português é “promover o intercâmbio cultural e a compreensão mútua entre a China e os países de língua portuguesa”, sublinhou a UPM. O concurso, que se realiza desde 2017, “já atraiu cerca de 900 equipas e milhares de estudantes e professores de universidades da Ásia, África, Europa e América do Sul”, disse, em Junho, a vice-reitora da MPU, Lei Ngan Lin. Na altura, o presidente do concurso, Gaspar Zhang Yunfeng, disse que o evento ajuda a “promover o intercâmbio entre estudantes de instituições de ensino superior de todo o mundo em termos de técnicas de tradução entre as línguas chinesa e portuguesa e formar talentos de tradução em ambas as línguas”.
Hoje Macau PolíticaÁreas marítimas | Gestão em consulta pública Começa hoje a consulta pública sobre o “Zoneamento Marítimo Funcional” e do “Plano das Áreas Marítimas”, bem como a implementação da “Lei de Uso das Áreas Marítimas”. O processo de consulta de opiniões junto do público tem uma duração de 50 dias, visando “permitir aos sectores sociais conhecer as políticas e a concepção legislativa do Governo da RAEM no âmbito da gestão das áreas marítimas e auscultar as opiniões do público”. As autoridades pretendem, com o “Zoneamento Marítimo Funcional”, analisar os recursos naturais existentes, dividindo-se as áreas marítimas “em zonas funcionais de diferentes categorias”, sendo definidos “requisitos concretos de gestão e controlo”. Com base neste zoneamento é depois definido o “Plano das Áreas Marítimas”, a fim de garantir “o uso, exploração e conservação das áreas marítimas” em coordenação com o planeamento urbanístico do território. Por sua vez, a “Lei de Uso das Áreas Marítimas” irá estabelecer o regime jurídico do uso das áreas marítimas. A DSAMA vai promover três sessões de consulta no auditório do Terminal Marítimo de Passageiros do Porto Exterior no dia 5 de Janeiro, incluindo duas sessões públicas agendadas para os dias 7 e 10 do próximo mês.
Hoje Macau PolíticaCultura | Cheong Kin Hong continua a presidir a fundo O Governo decidiu manter Cheong Kin Hong como presidente do Conselho de Administração do Fundo de Desenvolvimento da Cultura por mais um ano. Segundo um despacho publicado ontem em Boletim Oficial (BO), assinado por Ho Iat Seng, Chefe do Executivo, a renovação para um novo mandato entra em vigor no dia 1, sendo este desempenhado a tempo parcial, recebendo Cheong Kin Hong um salário correspondente ao índice 660 da tabela indiciária da função pública, bem como demais regalias associadas ao desempenho de um cargo de gestão. Relativamente ao Conselho de Administração do Fundo de Desenvolvimento da Cultura, foi renovada a comissão de serviço de Chan Ka Io, na qualidade de membro, por mais um ano. Esta renovação entra em vigor a 19 de Janeiro, sendo que Chan Ka Io vai desempenhar funções a tempo inteiro. Para o Conselho Fiscal do mesmo Fundo, foram ainda renovados os mandatos de Tong Io Cheng, no cargo de presidente, Rebeca Vong, representante da Direcção dos Serviços de Finanças, e ainda Vong Hou Piu. Estas renovações produzem efeitos a partir de 1 de Janeiro.
Hoje Macau EventosAno Novo Chinês | Cantora pop A-Lin actua em Macau em Fevereiro O MGM Theatre acolhe nos dias 12 e 13 de Fevereiro um concerto de A-Lin, cantora pop de Taiwan. Oportunidade para ver, em “A-Lin Chinese New Year Music Show at MGM” um dos nomes mais sonantes da cena musical da Ilha Formosa, com destaque para os êxitos “Give Me a Reason to Forget” ou “Before, After” A marcar a celebração de mais um Ano Novo Chinês, em Fevereiro, o MGM Theatre prepara-se para receber um concerto da estrela pop taiwanesa A-Lin, que actua em Macau nos dias 12 e 13 de Fevereiro no espectáculo intitulado “A-Lin Chinese New Year Music Show at MGM”. A-Lin é conhecida do grande público com êxitos como “Lovelorn, Not Guilty”, “Before, After”, “Give Me a Reason to Forget” e “Happiness, and Then”. Um comunicado do MGM dá conta de que a cantora “cativou o público desde a sua estreia” graças “à sua voz poderosa”. No terceiro e quarto dia do Ano Novo Lunar a sala de espectáculos MGM Theatre promete transformar-se “num cenário de tirar o fôlego, com imagens deslumbrantes e actuações sensacionais”. Espera-se que a cantora “embeleze o palco” durante os dois espectáculos, além de trazer “prosperidade e alegria” para a chegada do Ano do Dragão. Prémios e cantorias Nascida com o nome Lisang Pacidal Koyouan, em 1983, a cantora A-Lin foi descoberta por um agente com apenas 16 anos, tendo assinado o seu primeiro contrato quando já cantava regularmente num bar. A sua estreia no mundo da música aconteceu em 2006. Contudo, depois de várias idas e vindas com editoras em termos contratuais, a artista assinou com a Sony Music, tendo lançado o seu primeiro álbum com a nova editora em Dezembro de 2014. Este disco obteve uma nomeação para a categoria de “Melhor Intérprete Feminina em Mandarim”, marcando a quarta nomeação que a cantora obtinha até à data sem, no entanto, conseguir vencer. No ano seguinte A-Lin participou na terceira temporada de “I Am a Singer”, reality show que lhe deu o sexto lugar e promoveu a sua carreira, tornando-a conhecida de mais pessoas. A-Lin já conta no currículo com inúmeros prémios, tendo obtido, em Julho deste ano, o prestigiado título de “Melhor Cantora em Mandarim” na 34.ª edição dos Golden Melody Awards, tendo, assim, cimentado o seu estatuto como “figura de proa” na indústria da música cantada em mandarim. A cantora “também ganhou [ao longo da sua carreira] um grande número de seguidores através das suas impressionantes actuações em populares reality shows musicais”, descreve o MGM, que acredita que a “presença magnética em palco” de A-Lin, bem como a sua “voz poderosa” irá “criar uma experiência inesquecível” a quem assistir aos concertos da artista no MGM Theatre.
Hoje Macau Manchete SociedadeUM | 2024 pode marcar regresso da economia a níveis pré-pandemia Previsões feitas pelo Centro de Estudos e pelo Departamento de Economia da Universidade de Macau indicam que no próximo ano pode acontecer o que há muito se espera na economia local: a recuperação a níveis de 2019. Prevê-se, assim, um crescimento económico entre 8,3 e 21 por cento A Universidade de Macau (UM) estima que a economia do território poderá crescer até 21 por cento em 2024, permitindo que o produto interno bruto (PIB) recupere até níveis atingidos antes da pandemia, anunciou ontem a instituição. Num comunicado, o Centro de Estudos e o Departamento de Economia da UM disse prever que “o crescimento económico de Macau em 2024 será entre 8,3 e 21 por cento”, dependendo do número de visitantes vindos da China continental. Os turistas chineses “continuam a ser o principal factor a afectar o desenvolvimento da economia” do território, até porque “a recuperação nas chegadas de visitantes de outras regiões tem sido mais lenta”, referiram os economistas. Num cenário mais optimista traçado pelos académicos, a região deverá receber no próximo ano um número de turistas próximo dos 39,6 milhões registado em 2019, o que permitiria ao PIB atingir 96,1 por cento do nível registado nesse mesmo ano. No entanto, a UM avisa que “Macau enfrentará incertezas quanto ao desenvolvimento económico do interior da China em 2024”. “A contracção do mercado imobiliário, bem como a dívida pública local e empresarial, irão afectar os rendimentos dos residentes, levando a uma diminuição do seu interesse e poder de compra em viajar” para o território, referiu o comunicado. Diferentes cenários O investimento em imobiliário na China continental caiu 9,4 por cento nos primeiros 11 meses do ano, revelou a 15 de Dezembro o Gabinete Nacional de Estatística chinês, devido a uma crise que deixou casas inacabadas e levou à queda dos preços por metro quadrado. No segundo cenário, o mais cauteloso, Macau irá ter um aumento de 5 por cento no número de visitantes em comparação com 2023 – o que corresponderia a 29,4 milhões, segundo previsões do Governo –, com a economia a recuperar até 85,9 por cento do registado em 2019. Com o turismo em retoma, a UM previu que as exportações de serviços, o motor da economia da cidade graças ao sector dos casinos, deverão crescer entre 10,3 e 26,7 por cento, ajudando a taxa de desemprego a cair dos actuais 2,4 por cento para entre 2,1 e 1,9 por cento. Por outro lado, os economistas acreditam que as receitas do Governo de Macau deverão fixar-se entre 95,3 mil milhões e 109,6 mil milhões de patacas. No orçamento para 2024, o Executivo prevê um aumento de 1,8 por cento nas receitas, para 107,1 mil milhões de patacas, sobretudo graças ao imposto sobre o jogo, que deverá atingir 75,6 mil milhões de patacas. Entre Janeiro e Novembro, as receitas do jogo em Macau mais que quadruplicaram em comparação com igual período de 2022, atingindo 164,5 mil milhões de patacas. A indústria do jogo, o motor da economia da cidade, representava, em 2019, 51 por cento do PIB [Produto Interno Bruto] de Macau e, apesar da crise durante a pandemia, dá actualmente trabalho a cerca de 71 mil pessoas, ou seja, 19,2 por cento da população empregada.
Hoje Macau Manchete SociedadeFinanças | Fim de pagamentos por multibanco A partir de Janeiro, os cidadãos deixam de poder pagar os impostos através da rede de máquinas multibanco. A decisão da Direcção de Serviços de Finanças (DSF), que passa por levar os cidadãos a instalarem nos seus telemóveis a aplicação Conta Única, foi revelada ontem. “A Direcção dos Serviços de Finanças (DSF) tem promovido, de forma activa, o governo electrónico e, para uma distribuição eficaz dos recursos administrativos, após a revisão e integração das diversas formas de pagamento de impostos, será cessado, a partir do dia 1 de Janeiro de 2024, o serviço de pagamento de impostos através das máquinas ATM da rede JETCO”, foi anunciado. Apesar de falar de uma “distribuição eficaz dos recursos administrativos”, o comunicado não revela como é que a distribuição é mais eficaz, nem se a medida vai permitir poupar recursos financeiros da RAEM. “Com a crescente generalização da aplicação de telemóvel, actualmente, os contribuintes podem proceder ao pagamento de impostos online, na comodidade de sua casa, através da aplicação móvel Macau Tax ou Conta Única de Macau e, sem limite de tempo, sendo a experiência dos utilizadores cada vez mais completa, como por exemplo, a obtenção imediata de informações fiscais, recibos, etc.”, foi acrescentado. Caso não queiram instalar as aplicações do governo para pagar os impostos, a alternativa passa agora a limitar-se às deslocações aos bancos, ou através do sistema ebanking, das mesmas instituições.