Hoje Macau SociedadeJogo | Governo anuncia receitas acima de 180 mil milhões Quando faltam cerca de 10 dias para o final do ano, Ho Iat Seng indicou que as receitas brutas do jogo devem ficar acima dos 180 mil milhões de patacas, o que supera em 50 mil milhões as estimativas iniciais do Executivo. “As receitas do jogo já atingiram a meta prevista. Em 2022, prevíamos que as receitas atingissem 130 mil milhões de patacas ao longo deste ano. E anteriormente, o secretário para a economia e finanças já disse que até Novembro as receitas atingiram 160 mil milhões de patacas”, começou por dizer Ho, sobre os números das receitas do jogo. “Ainda faltam 10 dias para 2024. Prevemos que a receita total do jogo ultrapasse os 180 mil milhões de patacas, mais 20 por cento do que o estimado”, reconheceu. Em relação ao próximo ano, Ho destacou a importância das receitas para o orçamento e para os gastos da RAEM. “Para o próximo ano prevemos 216 mil milhões de patacas nas receitas o jogo. Só com essa base financeira podemos manter um equilíbrio no orçamento”, realçou o Chefe do Executivo. Até ao fim de Novembro, e em comparação com Novembro de 2022, o Governo cortou 15,1 mil milhões a nível dos apoios sociais. Porém, preferiu destacar que este ano voltou a implementar a injecção de 7 mil patacas na conta de previdência central dos residentes. “Recuperámos a injecção anual de 7 mil patacas na conta de previdência central, com base na lei. Esta recuperação é gradual e lógica”, vincou.
Hoje Macau PolíticaTrabalho | Ho Iat Seng defende contratação de TNR Ho Iat Seng defendeu ontem o aumento do número de trabalhadores não-residentes que saltou desde o início do ano até Outubro de 153 mil para 174 mil. De acordo com o Chefe do Executivo, a situação de emprego dos residentes está a avançar “de forma favorável” e os níveis de desemprego são cada vez menores. Porém, Ho afastou o cenário perfeito da taxa de emprego chegar a 100 por cento, por considerar que esse cenário não se verifica em nenhuma cidade do mundo. Em relação ao desemprego estrutural, ou seja, de pessoas cujas qualificações não lhes permite arranjar colocação no mercado de trabalho, Ho admitiu que é um problema mais “difícil” de resolver, mas que estão a ser feitos esforços nesse sentido. Sobre o aumento da contratação de trabalhadores não-residentes, Ho indicou que sem eles o desenvolvimento económico iria ser muito afectado, e que vai haver um controlo do número, para se atingir valores similares aos registados em Macau antes da pandemia. Em Janeiro de 2020, o número de não-residentes era de cerca de 193,5 mil.
Hoje Macau PolíticaEleições | Ho Iat Seng sem decisão sobre recandidatura O Chefe do Executivo ainda não ponderou se vai ser candidato a um segundo mandato. As afirmações foram feitas ontem, à margem das celebrações do 24.º aniversário do estabelecimento da RAEM, quando falta cerca de um ano para o fim do actual mandato. Ho Iat Seng disse também que o assunto não foi abordado na deslocação a Pequim, que decorreu entre domingo e terça-feira, e que serviu para apresentar os trabalhos realizados ao longo deste ano. No encontro com Xi Jinping, Ho Iat Seng recebeu um voto de confiança do Governo Central. Sobre os procedimentos do Governo Central, para garantir que Macau tem uma transição de liderança estável entre o actual Governo e o próximo, o Chefe do Executivo afirmou que o Governo Central tem os seus procedimentos e que os jornalistas não se devem preocupar com a questão. Ho também considerou que ainda falta muito tempo para as eleições e que há tempo mais que suficiente para tratar da futura liderança da RAEM.
Hoje Macau Manchete PolíticaRAEM | Ho Iat Seng pede à população que valorize desenvolvimento pós-pandemia A segurança nacional foi o principal tema destacado por Ho Iat Seng no discurso de celebração do 24.º aniversário do estabelecimento da Região Administrativa Especial de Macau No discurso que assinalou o 24.º aniversário da transição de soberania e estabelecimento da RAEM, o Chefe do Executivo apelou à população para valorizar o cenário de” desenvolvimento” concretizado após a pandemia. Mas a mensagem de Ho Iat Seng ficou marcada pelo destaque dado aos trabalhos de “segurança nacional”. No que diz respeito à segurança nacional, Ho realçou as revisões às leis eleitorais para a escolha do Chefe do Executivo e dos deputados da Assembleia Legislativa, que permite afastar os candidatos que não são considerados “patriotas”. O maior foco na promoção do nacionalismo foi outro dos aspectos vincados pelo líder do Governo. “As acções de divulgação e sensibilização sobre o amor pela Pátria e por Macau têm sido intensificadas de modo a reforçar continuamente a consciência nacional dos residentes”, sublinhou o Chefe do Executivo. No rescaldo da pandemia, e quase um ano depois da abertura das fronteiras após a auto-imposta política de zero casos de covid-19, Ho sublinhou no discurso de aniversário da RAEM a recuperação económica. “Os principais indicadores económicos de Macau revelam uma evolução estável e positiva. Nos primeiros três trimestres deste ano, o Produto Interno Bruto de Macau registou um crescimento anual de 77,7 por cento, em termos reais, tendo recuperado mais de 70 por cento em comparação com o período homólogo de 2019”, vincou. “Até Novembro, a taxa de inflação geral fixou-se em 0,89 por cento, os preços dos produtos mantiveram-se basicamente estáveis, a taxa de desemprego dos residentes locais baixou para 2,9 por cento e a taxa de subemprego contraiu-se para 1,8 por cento. A mediana do rendimento mensal dos residentes e o salário mínimo subiram, e a situação de emprego continua a melhorar”, acrescentou. Apresentados os resultados, Ho Iat Seng pediu à população para valorizar o que tem sido alcançado. “Estes resultados que alcançámos não foram fáceis de atingir, e, ultrapassados três anos de epidemia, devemos valorizar o cenário de desenvolvimento promissor que temos hoje, esforçar-nos por consolidar a tendência positiva da recuperação socio-económica estável e impulsionar, com um empenho acrescido, o desenvolvimento da diversificação adequada da economia” apelou. Olhos no futuro Apesar de estar a celebrar o 24.º aniversário, o discurso serviu também para fazer um lançamento do próximo ano, quando se celebram 25 anos da transição da soberania. O Chefe do Executivo enalteceu também a força do país e prometeu uma “modernização de estilo chinês”: “Na nova era e na nova jornada, estamos empenhados em promover plenamente a construção de um país forte e a grande causa do rejuvenescimento da Nação com uma modernização de estilo chinês”, indicou. “A prosperidade e o fortalecimento da nossa grande Pátria abrem as mais brilhantes perspectivas para o desenvolvimento de Macau. Por isso, temos razões para estarmos mais confiantes no futuro de Macau”, destacou. Para 2024, Ho prometeu uma maior aposta na segurança nacional, e destacou a importância de alcançar a tão almejada diversificação da economia. “Vamos defender, com um esforço acrescido e firmeza, a segurança nacional e a estabilidade social, reforçar a elaboração de estratégias para a consolidação da barreira em prol da segurança nacional”, afirmou.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Partido no poder alvo de buscas por fraude financeira O Ministério Público fez ontem buscas em várias instalações ligadas ao partido no poder no Japão, no âmbito de uma investigação sobre um escândalo de fraude financeira que levou quatro ministros a apresentarem a demissão. Os investigadores deslocaram-se às sedes de duas das mais importantes facções internas do Partido Liberal Democrata (LDP, na sigla em inglês), localizadas no distrito de Chiyoda, em Tóquio. Esta busca “é extremamente lamentável. Levamos a situação muito a sério e estamos a tomar as medidas necessárias, respeitando o andamento da investigação”, disse o secretário-geral do LPD, Toshimitsu Motegi. De acordo com a imprensa, os procuradores japoneses estão a investigar suspeitas de fraude contra dezenas de membros do partido de direita conservadora, que governa o país quase ininterruptamente desde 1955. Os meios de comunicação social japoneses têm apontado que estes membros são suspeitos de não terem declarado o equivalente a vários milhões de euros recolhidos através da venda de bilhetes para eventos de angariação de fundos, que o LDP lhes terá pago. As buscas de ontem coincidem com a abertura formal de uma investigação do Ministério Público sobre as irregularidades. É a primeira vez em 19 anos que os procuradores abrem uma investigação contra uma fação partidária. Quatro ministros japoneses apresentaram quinta-feira a demissão, incluindo o braço direito de Kishida, o secretário-geral (com estatuto ministerial) e porta-voz do Governo, Hirokazu Matsuno, assim como cinco vice-ministros e outros funcionários.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul, Washington e Tóquio partilham dados sobre mísseis norte-coreanos em tempo real Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão anunciaram ontem o lançamento de um sistema para partilhar informações em tempo real sobre mísseis norte-coreanos e um plano de exercícios regulares para enfrentar avanços militares de Pyongyang. “Verificou-se a plena capacidade operacional do sistema de partilha de informações em tempo real (…) através dos resultados de uma recente inspeção preliminar e está actualmente a funcionar normalmente”, declarou em comunicado o Ministério da Defesa sul-coreano. Os líderes dos três países, Joe Biden, Yoon Suk-yeol e Fumio Kishida, dos Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão, respetivamente, concordaram em implementar a plataforma numa cimeira trilateral em Camp David, em agosto, num novo passo para reforçar a coordenação de segurança entre Washington, Seul e Tóquio. Os Estados Unidos já trocavam informações separadamente com os aliados na região asiática, mas até agora não existia uma ligação directa de dados entre as três nações, devido às disputas existentes entre o Japão e a Coreia do Sul sobre a colonização nipónica da península coreana entre 1910 e 1945. Com esta iniciativa, “a cooperação trilateral será regularizada e conduzida de uma forma mais sistemática e eficiente”, defenderam as partes, que também decidiram estabelecer um plano plurianual para a realização de exercícios militares trilaterais a partir de 2024, num novo passo para reforçar a dissuasão contra os testes de armamento de Pyongyang. O lançamento do sistema acontece um dia depois do mais recente teste de mísseis da Coreia do Norte, que lançou um projétil balístico de longo alcance, o quinto em 2023, um número recorde que sublinha o progresso do programa de armamento e a escalada militar na região. Avisos e desafios O regime norte-coreano afirmou ontem que o projéctil lançado era um míssil balístico intercontinental Hwasong-18 de combustível sólido e disse que o líder Kim Jong-un “observou o lançamento no terreno” para “enviar um aviso” a Washington e aliados. Seul, Washington e Tóquio reiteraram que vão continuar a reforçar a cooperação “para responder aos desafios regionais” e garantir a segurança na região do Indo-Pacífico. Após o fracasso das negociações para a desnuclearização com os EUA, em 2019, a Coreia do Norte aprovou um plano de modernização de armamento – que inclui a instalação de satélites militares e o teste de numerosos mísseis – além de ter rejeitado a retoma do diálogo e de ter reforçado os laços com a China e a Rússia. Por outro lado, a Coreia do Sul, o Japão e os EUA reforçaram a cooperação em matéria de segurança, sendo que Washington aumentou o envio periódico de meios estratégicos para a península.
Hoje Macau China / ÁsiaTailândia | Governo quer aprovar casamento entre pessoas do mesmo sexo A aprovação do projecto de lei, apresentado a partir de uma proposta do partido Avançar vencedor das eleições sem conseguir formar governo, pode dar um novo rumo a uma sociedade conservadora que ao mesmo tempo alberga uma das maiores comunidades mundiais LGBTI O Governo tailandês anunciou ontem que vai apresentar na quinta-feira no Parlamento um projecto de lei que, se aprovado, tornará a Tailândia no terceiro território asiático a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Num comunicado, o primeiro-ministro tailandês, Srettha Thavisin, disse que a nova lei vai permitir que os casais do mesmo sexo tenham os mesmos direitos que os casais heterossexuais e vai promover a unidade familiar com diversidade de género. Vários grupos activistas marcaram para ontem uma marcha para apoiar a igualdade no acesso ao casamento e os direitos da comunidade LGTBI (lésbicas, gays, transexuais, bissexuais e intersexuais). Embora a Tailândia, uma monarquia conservadora de crença maioritária budista, tenha uma das maiores e mais visíveis comunidades LGBTI da Ásia, muitos dos membros enfrentam graves dificuldades e discriminação, e os activistas argumentam que as leis do país não reflectem as mudanças e atitudes na sociedade. Em 2022, a Câmara dos Representantes, a câmara baixa do parlamento, debateu diversos projectos de lei nesse sentido, que iam desde uniões civis para casais do mesmo sexo até à igualdade no casamento. No entanto, os deputados não aprovaram nenhuma das propostas antes da dissolução do parlamento, a propósito das eleições gerais realizadas em Maio de 2023. Rol de aprovações O actual projecto de lei vem de uma dessas propostas, promovida pelo partido Move Forward (Avançar) – que ganhou as eleições, mas não conseguiu formar Governo – e que tinha sido aprovada pelos deputados numa primeira votação, na generalidade. Na Tailândia, os projectos de lei devem passar por três votações na Câmara dos Representantes, antes de passarem pelo Senado e receberem a aprovação do Tribunal Constitucional para poderem entrar em vigor, com a assinatura do rei. Caso esta lei for aprovada pelo Parlamento e receber o consentimento do monarca, a Tailândia poderá tornar-se o terceiro território da Ásia, depois de Taiwan (em 2019) e do Nepal (em Junho deste ano), a reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Hoje Macau China / ÁsiaMar do Sul da China | Ferdinand Marcos Jr. fala de tensões com China O Presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., afirmou ontem que os esforços diplomáticos de Manila com a China sobre as tensões no Mar do Sul da China estão a ir “pelo mau caminho”. Em várias entrevistas a órgãos japoneses, Marcos Jr., que participou este fim de semana em Tóquio numa cimeira entre os países do Sudeste Asiático e o Japão, afirmou que as Filipinas procuram uma “mudança de paradigma” na situação, uma vez que a China ignora continuamente os “métodos tradicionais de diplomacia”. “Até agora, recorremos aos métodos tradicionais de diplomacia (…), mas há muitos anos que o fazemos, com muito poucos progressos”, sublinhou o Presidente filipino, descrevendo os esforços diplomáticos com Pequim como indo “na direcção errada”, segundo um comunicado divulgado ontem pelo seu governo, com base nas entrevistas. As reivindicações territoriais das Filipinas e da China sobrepõem-se no Atol de Scarborough (baixo Masinloc) e, em parte, nas ilhas Spratly, no Mar do Sul da China, que Manila designa por Mar das Filipinas Ocidental. A tensão entre a guarda costeira filipina e os navios da marinha chinesa tem vindo a aumentar nos últimos meses, com vários incidentes de navios chineses a atacarem navios filipinos com canhões de água, segundo Manila. As Filipinas reagiram à alegada agressão convocando o embaixador chinês no país para consultas e apresentando protestos diplomáticos junto do ministério dos Negócios Estrangeiros, sem progressos claros na resolução da situação. “Temos de fazer algo que nunca fizemos antes. Temos de apresentar um novo conceito, um novo princípio, uma nova ideia para avançarmos (…), pelo que essa mudança de paradigma é algo que temos de formular”, sublinhou Marcos Jr., sem especificar a estratégia.
Hoje Macau China / Ásia MancheteSismo | Atribuídos 25 ME para ajudar vítimas. Pelo menos 126 mortes O norte do país foi atingido por um terramoto de magnitude 6,2 na escala de Richter que fez pelo menos 126 mortos e mais de 700 feridos O Governo da China atribuiu ontem 200 milhões de yuan para ajudar nos esforços de resgate e socorro, após o terramoto que fez pelo menos 126 mortos no nordeste do país. Desse montante, 150 milhões de yuans vão ser utilizados para ajudar a província de Gansu, enquanto os outros 50 milhões de yuans vão para a vizinha província de Qinghai, informaram o ministério da Gestão de Emergências e o ministério das Finanças. Pelo menos 113 pessoas morreram e mais de 500 ficaram feridas no terramoto de magnitude 6,2 ocorrido na segunda-feira à noite na província de Gansu, no noroeste da China, de acordo com a última contagem de vítimas divulgada pelos órgãos oficiais. Gansu lançou um apelo para que fossem recrutados mais 300 trabalhadores para as operações de busca e salvamento, e as autoridades de Qinghai informaram que 20 pessoas estavam desaparecidas num deslizamento de terras, segundo a imprensa estatal chinesa. Na província de Qinghai, morreram mais 13 pessoas, elevando o número total para 126. Pelo menos 182 pessoas ficaram feridas em Qinghai e outras 536 em Gansu, detalhou a agência noticiosa oficial Xinhua. O terramoto ocorreu às 23:59 de segunda-feira e teve o seu epicentro na fronteira entre as províncias de Gansu e Qinghai, a uma profundidade de dez quilómetros, segundo o Centro da Rede Sismológica da China. O Governo chinês e o ministério da Gestão de Emergências declararam um nível II de resposta ao incidente, que afectou particularmente a vila de Jishisan, em Gansu, e a cidade de Haidong, na vizinha Qinghai. Li Haibing, um perito da Academia Chinesa de Ciências Geológicas, disse que o número elevado de vítimas se deveu, em parte, ao facto de ter sido pouco profundo. “Por isso, causou mais abalos e destruição, apesar de a magnitude não ter sido grande”, afirmou. Outros factores, incluem o movimento principalmente vertical do terramoto, que provoca abalos mais violentos; a qualidade inferior dos edifícios numa zona relativamente pobre; e o facto de ter ocorrido a meio da noite, quando a maioria das pessoas estava em casa, disse Li. A televisão estatal chinesa CCTV informou que houve interrupções no fornecimento de água e electricidade, bem como nas infra-estruturas de transportes e comunicações. Tendas, camas dobráveis e edredões estavam a ser enviados para a região, segundo a CCTV. O Presidente chinês Xi Jinping apelou a um esforço total nos trabalhos de resgate para minimizar o número de vítimas. A temperatura mínima durante a noite na região foi entre 15 e 9 graus Celsius negativos, informou a Administração Meteorológica da China. História repete-se Os terramotos são comuns no noroeste da China, uma região montanhosa que se ergue para formar o limite oriental do planalto tibetano. Em Setembro de 2022, pelo menos 74 pessoas morreram num terramoto de magnitude 6,8 que abalou a província de Sichuan, no sudoeste da China, provocando deslizamentos de terras e abalando edifícios na capital da província, Chengdu, onde 21 milhões de habitantes se encontravam em confinamento devido a um surto de covid-19. O terramoto mais mortífero da China nos últimos anos foi um de magnitude 7,9, ocorrido em 2008, que matou quase 90.000 pessoas em Sichuan. O tremor devastou cidades, escolas e comunidades rurais nos arredores de Chengdu, levando a um esforço de reconstrução com materiais mais resistentes que durou anos. Pêsames de Taiwan A líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, expressou ontem a sua solidariedade para com a China, após o terramoto de magnitude 6,2 que abalou o noroeste do país, na segunda-feira à noite. “As minhas sinceras condolências a todos aqueles que perderam entes queridos no recente terramoto no noroeste da China. Rezamos para que todos os afectados recebam a ajuda de que necessitam e esperamos uma rápida recuperação”, disse Tsai, através da rede social X. Tsai acrescentou ainda que Taipé está pronta a oferecer assistência nos esforços de resgate e transmitiu a sua “preocupação e condolências” às vítimas do terramoto tendo pedido aos departamentos relevantes da ilha que mostrassem a sua vontade de ajudar através do envio de equipas de salvamento, num sinal de boa vontade. Putin apresenta condolências O Presidente russo, Vladimir Putin, apresentou ontem profundas condolências ao homólogo chinês, Xi Jinping, pelo terramoto que matou pelo menos 126 pessoas no noroeste da China na noite de segunda-feira, anunciou o Kremlin. “Na Rússia, partilhamos a dor daqueles que perderam entes queridos nesta catástrofe e esperamos uma rápida recuperação para todos os feridos”, disse Putin numa mensagem dirigida a Xi, segundo um comunicado do Kremlin.
Hoje Macau SociedadeHabitação económica | Imobiliário explica fraca procura Leong Sin Man, vogal do Conselho para os Assuntos de Habitação Pública, considera que o baixo número de candidaturas à habitação económica, 3200 até à data, é sinal do panorama do mercado imobiliário e da economia local ainda não ter recuperado por completo face ao período pré-pandemia. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, a vogal afirmou que as transacções de imóveis no mercado privado também sofreram uma quebra, existindo ainda o impacto negativo das elevadas taxas de juro cobradas nos empréstimos à habitação. A responsável entende ainda que as limitações de venda de casas económicas para os proprietários não constituem uma razão para o baixo número de candidaturas, tendo em conta que em 2021, após a entrada em vigor da nova legislação, a habitação económica recebeu mais de dez mil candidaturas, um número elevado. Por sua vez, Chao Weng Hou, representante da Associação de Nova Juventude Chinesa de Macau, concorda que as elevadas taxas de juro trouxeram um impacto negativo ao mercado, com os residentes a serem mais cautelosos na hora de decidirem comprar casa, tendo em conta que as rendas estão mais baixas. Ambos os responsáveis acreditam que a habitação intermédia, destinada à classe média, não será cancelada definitivamente, podendo vir a ser construída no futuro. De frisar que as candidaturas para esta nova ronda de atribuição de casas económicas termina dia 27, sendo notória a quebra de candidatos face ao último concurso.
Hoje Macau PolíticaRAEM, 24 anos | Celebrações começam hoje de manhã O 24.º aniversário do estabelecimento da RAEM, com a transferência de administração portuguesa de Macau para a China, a 20 de Dezembro de 1999, celebra-se hoje a partir das 8h com a tradicional cerimónia do içar das bandeiras da RAEM e da República Popular da China na praça Flor de Lótus, que será presidida pelo Chefe do Executivo, Ho Iat Seng. Segundo um comunicado, esta cerimónia conta com a presença de diversos dirigentes e personalidades políticas, tal como os responsáveis do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na RAEM, ou do Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros na RAEM, entre outros. A cerimónia será transmitida pela TDM, seguindo-se a realização de um espectáculo no mesmo local. Decorre depois, às 9h30, no edifício do Fórum Macau, a recepção oficial sobre o aniversário, que conta também com a presença de diversas personalidades, incluindo o Chefe do Executivo. O Governo promove ainda mais actividades para celebrar o 24.º aniversário da RAEM, tendo sido criado um posto de correio temporário com o carimbo comemorativo do “24.º Aniversário do Estabelecimento da Região Administrativa Especial de Macau”, instalado apenas hoje na Loja de Filatelia da Estação Central, das 09h às 14h. No mesmo local, estarão à venda envelopes comemorativos ao preço de quatro patacas. Entretanto, até ao dia 31 estará patente, nas Casas-Museu da Taipa, a actividade “Exposição de Flores de Inverno 2023”, com o tema “Planeta Original”, com arranjos florais que vão permitir “aos cidadãos e turistas sentir a forte atmosfera festiva”.
Hoje Macau Manchete PolíticaSegurança Nacional | Ho promete a Xi resultados “ainda maiores” As promessas foram feitas na apresentação do balanço do trabalho realizado pelo Governo ao longo deste ano. Para 2024, a segurança nacional volta a ser a principal prioridade, assim como as celebrações do 25.º aniversário da RAEM O Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, prometeu resultados “ainda maiores” na protecção da segurança nacional e da estabilidade social, durante um encontro em Pequim com o Presidente da China, Xi Jinping. Ho foi recebido por Xi na capital chinesa para apresentar o balanço do trabalho desenvolvido este ano e os principais pontos da acção governativa para 2024. Para o próximo ano, o chefe do Executivo prometeu “unir e liderar” os diversos sectores da sociedade de Macau para implementar o “espírito das instruções” de Xi Jinping. Ho garantiu resultados “ainda maiores” na protecção firme da defesa da segurança do Estado e da estabilidade da sociedade e a construção de uma barreira sólida de segurança nacional, visando “salvaguardar a base” da região semiautónoma da China. No âmbito económico, Ho Iat Seng voltou a enfatizar a “diversificação” e atracção de quadros qualificados e apontou como meta a concretização do Projecto Geral de Construção da Zona de Cooperação Aprofundada. O líder do Governo prometeu ainda empenhar-se na resolução de conflitos e problemas profundos do desenvolvimento social e económico de Macau. “O Governo vai fortalecer (…) a cooperação com o exterior, integrar-se melhor e de forma acelerada na conjuntura do desenvolvimento nacional e demonstrar o sucesso e o futuro do princípio ‘um país, dois sistemas’, do posicionamento de Macau e das suas vantagens, elevando ainda mais a confiança da sociedade a nível internacional”, disse. Patriotas no poder O Executivo comprometeu-se igualmente a defender a soberania, segurança, interesses de desenvolvimento e o direito pleno de governação do governo central, através da implementação plena do princípio de “Macau governado por patriotas”. Macau vai dar mais contributos para a construção de um país forte com características chinesas e modernizadas, visando a grande revitalização da nação chinesa, assegurou Ho. O Chefe do Executivo apontou também ao próximo ano e à celebração do 25.º aniversário do estabelecimento da RAEM, prometendo uma “série de actividades comemorativas” para “demonstrar o sucesso e o futuro alargado do princípio ‘um país, dois sistemas’, do posicionamento de Macau e das suas vantagens, elevando ainda mais a confiança da sociedade a nível internacional”. No encontro, esteve igualmente presente o primeiro-ministro do Conselho do Estado, Li Qiang. A ocasião serviu também para o Chefe do Executivo agradecer “a atenção e o apoio prestado pelo Presidente Xi Jinping e pelo Governo Central à RAEM e à população”.
Hoje Macau China / ÁsiaRússia | PM Mikhail Mishustin em Pequim esta semana O Governo chinês anunciou ontem que o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, vai visitar a China, entre os dias 19 e 20 de Dezembro. Mishustin vai deslocar-se ao país a convite do primeiro-ministro chinês, Li Qiang, para participar na 28.ª reunião regular entre os chefes de governo dos dois países, informou uma porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. O primeiro-ministro russo deslocou-se a Pequim em Maio passado, onde foi recebido pelo Presidente chinês, Xi Jinping, que garantiu que a China está disposta a “continuar a oferecer um forte apoio mútuo à Rússia” em questões relacionadas com os respetivos “interesses fundamentais”. Xi apelou a um “maior enriquecimento da parceria estratégica entre os dois países” e à “elevação da cooperação a novos patamares em vários domínios”. Mishustin disse que a Rússia quer trabalhar com a China para “implementar os importantes consensos alcançados pelos chefes de Estado dos dois países” e “realizar reuniões mais regulares para fazer avançar a cooperação a um nível prático”.
Hoje Macau China / ÁsiaAcademia de Ciências | Alerta para “armadilha da tecnologia intermédia” Um relatório da Academia de Ciências da China apela à a uma maior abertura do país para conseguir captar talentos e promover a inovação industrial através da inovação científica e tecnológica A principal academia de ciências da China pediu ontem a Pequim que “abra as portas” ao investimento e talentos estrangeiros para evitar que o país fique retido na “armadilha da tecnologia intermédia”, sem conseguir ascender nas cadeias de valor. O relatório da Academia de Ciências da China surge numa altura em que os Estados Unidos, Europa ou Japão estão a intensificar os controlos de exportação de alta tecnologia para o país, dificultando o objectivo de Pequim de tornar as empresas chinesas competitivas nos sectores de alto valor agregado. “Os países que se desenvolvem mais tarde têm geralmente dificuldades na modernização industrial e na transição para rendimentos elevados, porque não dispõem de avanços tecnológicos próprios após a importação, imitação, absorção e rastreio de tecnologia”, observou o relatório. A “armadilha da tecnologia intermédia” descreve um cenário em que os países em desenvolvimento beneficiam das transferências industriais devido às suas vantagens de baixo custo, mas enfrentam uma estagnação económica a longo prazo, quando as vantagens competitivas diminuem e as empresas locais não conseguem recuperar o atraso tecnológico para os países desenvolvidos. A ideia foi apresentada pela primeira vez por Zheng Yongnian, um proeminente cientista político da Universidade Chinesa de Hong Kong e tornou-se uma preocupação para Pequim. O Governo chinês lançou em 2015 um plano, designado “Made in China 2025”, para transformar o país numa potência tecnológica, com capacidades nos sectores de alto valor agregado, incluindo inteligência artificial, energias renováveis, robótica e automóveis eléctricos. Seguiu-se então uma guerra comercial e tecnológica com os Estados Unidos, que bloquearam já o acesso de empresas chinesas a ‘chips’ semicondutores avançados e limitaram o investimento norte-americano no país asiático em tecnologias de ponta, como a inteligência artificial ou computação quântica. Pede-se abertura Numa declaração após a Conferência Central do Trabalho Económico, um encontro anual entre os líderes do país para abordar a trajectória económica, realizado na semana passada, os dirigentes chineses comprometeram-se a mobilizar vastos recursos para quebrar a estratégia do Ocidente de “contenção tecnológica”, dar prioridade à inovação para melhorar a resistência e a segurança das principais cadeias de produção e identificar futuras áreas de crescimento, incluindo voos espaciais comerciais, biotecnologia e inteligência artificial. “É necessário promover a inovação industrial através da inovação científica e tecnológica, especialmente as tecnologias disruptivas e de ponta, para gerar novas indústrias, novos modelos e uma nova dinâmica”, lê-se no comunicado emitido pelo Comité Permanente do Politburo do Partido Comunista, a cúpula do poder na China. De acordo com o relatório da Academia Chinesa de Ciências, “a indústria transformadora da China ainda se encontra num nível baixo na cadeia de valor global e corre o risco de ser prejudicada pelos países desenvolvidos, como os Estados Unidos, a Alemanha e o Japão, nos segmentos inferior e médio”. Para além de um aumento das despesas para resolver os pontos de estrangulamento, como os semicondutores, a segunda maior economia do mundo precisa também de adoptar uma política mais aberta e executar reformas profundas para conseguir progressos tecnológicos, destacou o documento. Num relatório publicado em Julho, Zheng Yongnian afirmou que a China precisa de uma política de maior abertura ou mesmo de se abrir unilateralmente ao resto do mundo, apesar de o Ocidente estar a promover uma política de “redução de riscos” no comércio com o país. “A China precisa de abrir as suas portas para atrair talentos internacionais e, se não for capaz de atrair cientistas europeus e norte-americanos, deve pelo menos tentar atrair cientistas da Rússia, Europa de Leste, Índia e outros países em desenvolvimento”, escreveu. Zheng disse ainda que Pequim deve abrir os seus laboratórios experimentais industriais nacionais a mais empresas privadas. Por fim, acrescentou que a China deve também reformar o sistema empresarial de modo a que as empresas públicas e as grandes empresas privadas possam partilhar recursos para expandir as cadeias de abastecimento e industriais.
Hoje Macau EventosExposição sobre Harry Potter no Londoner Uma das mais conhecidas personagens do mundo da literatura e cinema juvenil, Harry Potter, é protagonista de uma exposição patente no empreendimento Londoner Macau, no Cotai. “Harry Potter: A Exposição” foi inaugurada na passada sexta-feira e trata-se de uma mostra interactiva sobre o mundo mágico desta personagem criada pela autora J.K. Rowling. A exposição itinerante, que também pode ser vista em Nova Iorque e Barcelona, foi originalmente criada em Filadélfia, EUA, pela Imagine Exhibitions em parceria com a Warner Bros. Discovery Global Themed Entertainment e a EMC Presents, tendo já recebido mais de 1,7 milhões de visitantes. A mostra tem uma dimensão superior a 30 mil pés quadrados e mais de vinte galerias temáticas que remetem para o universo do Harry Potter e dos seus amigos contado nos livros da autora inglesa e nos filmes. Segundo um comunicado da Sands China, cada convidado recebe, à entrada da exposição, uma pulseira de apoio à experiência personalizada que vai ter na exposição. Com recurso à tecnologia, cada pessoa pode ter uma interacção própria com o cenário, com a famosa Casa Hogwarts, podendo ter a sua própria varinha mágica e experimentar “a sala de retratos em movimento”, bem como recriar “a famosa cena do Grande Salão com velas flutuantes”. Será possível tirar fotografias na cabana de Hagrid, por exemplo. Primeira vez Ao estar presente em Macau, “Harry Potter: A Exposição” marca a sua estreia na região da Ásia-Pacífico. Citado pelo mesmo comunicado, Wilfred Wong, presidente da Sands China, disse que o objectivo da operadora de jogo é “oferecer um leque diversificado de entretenimento de classe mundial que seja próximo das famílias”. Assim, esta mostra é descrita pelo empresário como sendo “verdadeiramente espectacular”, podendo “agradar a um vasto público de todas as idades”. Tom Zaller, presidente e director executivo da Imagine Exhibitions, afirmou que a estreia desta exposição nesta região “não é apenas um evento, mas um convite especial para um reino de magia sem paralelo”. “Convidamos-vos a entrar no mundo extraordinário e a experimentar a magia que cativou corações em todo o mundo”, disse ainda. Depois da saga Harry Potter em livro, que tornou milionária J. K. Rowling, a Warner Bros. decidiu apostar na produção de oito filmes baseados nas obras publicadas. O primeiro a ir para as salas de cinema foi “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, enquanto o último foi “Harry Potter e as Relíquias da Morte”.
Hoje Macau SociedadeNovo Bairro | Aprovados mais de 100 empréstimos para habitação Chan Weng Tat, director e vice-presidente do Banco da China em Macau, afirmou que foram aprovados mais de 100 empréstimos para a compra de casa no Novo Bairro de Macau, na Ilha da Montanha. As declarações foram prestadas ontem e citadas pelo canal chinês da Rádio Macau. As vendas para as fracções do Novo Bairro de Macau começaram a 28 de Novembro, e segundo as autoridades, nas primeiras horas foram recebidas mais 500 candidaturas. Estas, têm depois de ser revistas pelas autoridades, para perceber se os candidatos cumprem os requisitos mínimos, para a compra de habitação no projecto pago com fundos da RAEM. Chan indicou igualmente que desde o início do período de vendas foram apresentados entre 200 e 300 pedidos de empréstimos para habitação no Novo Bairro, só junto do Banco da China. Porém, o vice-presidente da instituição explicou que os dados ainda estão a ser complicados, pelo que não há um número concreto. Sobre os procedimentos e o tempo para aprovar os empréstimos, Chan explicou que se os clientes apresentarem logo toda a informação necessária, o processo pode ser finalizado num período de três a cinco dias. Em alguns dos casos, os empréstimos concedidos representaram cerca de 90 por cento do valor total das fracções. Porém, o responsável explicou que a taxa depende das condições dos clientes e da capacidade para pagarem os compromissos. Ainda assim, Chan Weng Tat apelou aos residentes para pensarem bem sobre a sua capacidade financeira, antes de recorrerem a um empréstimo.
Hoje Macau SociedadeHospital das Ilhas | Estacionamento custa oito patacas por hora Os automóveis ligeiros que utilizarem o parque de estacionamento do Edifício de Administração e Multi-Serviços do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas vão ter de pagar 8 patacas por horas, durante o horário diurno, entre as 8h e as 19h59. A informação foi divulgada ontem no Boletim Oficial e através de um comunicado da Direcção dos Serviço para os Assuntos de Tráfego (DSAT). O horário nocturno, entre as 20h e as 8h do dia seguinte custa 4 patacas por hora. No caso dos motociclos e ciclomotores os preços são de 3 patacas por hora durante o horário diurno e 1,5 patacas por hora no horário nocturno. O parque de estacionamento tem uma capacidade total de 1.070 lugares 590 dos quais para automóveis ligeiros e 480 para motociclos e ciclomotores. O período máximo de estacionamento permitido no parque é de oito dias consecutivos. A abertura da infra-estrutura está prevista para 19 de Dezembro a partir das 10h00. O parque de estacionamento público do Hospital Macau Union é constituído pelas 1.ª a 3.ª caves, pelo rés-do-chão e pelos 1.º e 2.º andares do Edifício de Administração e Multi-Serviços do Hospital Macau Union, junto à Avenida do Hospital das Ilhas. A sua entrada e saída efectua-se pela via interna que liga com a Avenida do Hospital das Ilhas.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão reforça laços de cooperação regional Líderes do Sudeste Asiático e do Japão comprometeram-se este fim-de-semana a reforçar a “cooperação em matéria de segurança”, numa cimeira centrada na transição energética e na crescente afirmação da China na Ásia-Pacífico. De acordo com um projecto de declaração conjunta, o Japão e o grupo de 10 países da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) comprometem-se a reforçar a “cooperação em matéria de segurança, incluindo no domínio marítimo”. Sem surpresas, os líderes deverão reiterar a vontade de ver uma região da Ásia-Pacífico “livre e aberta”, baseada no respeito pelas regras internacionais para resolver pacificamente os litígios territoriais. Aliado próximo dos Estados Unidos, o Japão está a aumentar fortemente as despesas militares e reforçou já a cooperação em matéria de defesa na região Ásia-Pacífico. Nesse sentido, os primeiros-ministros japonês, Fumio Kishida, e malaio, Anwar Ibrahim, concordaram em “elevar as relações entre o Japão e a Malásia ao nível de uma parceria estratégica global”. “Numa altura em que o mundo enfrenta um ponto de viragem na história, o Japão atribui grande importância ao reforço da cooperação com a Malásia e o resto da ASEAN, para manter e reforçar uma ordem internacional livre e aberta baseada no Estado de direito”, sublinhou. O Japão e as Filipinas também concordaram em iniciar negociações sobre um Acordo de Acesso Recíproco (AAR), um acordo bilateral de defesa que incluirá disposições para o destacamento de tropas no território da outra parte. Pela estabilidade O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês afirmou, na sexta-feira, que Pequim “considera que qualquer cooperação deve contribuir para reforçar a confiança mútua entre os países da região e promover o desenvolvimento comum”. “Esperamos que os países em causa possam efetivamente fazer coisas que conduzam à paz e estabilidade regionais. Ao mesmo tempo, qualquer cooperação não deve ter como alvo terceiros”, afirmou a porta-voz Mao Ning, numa conferência de imprensa regular.
Hoje Macau China / ÁsiaNuclear | Seul e Washington prometem estratégia conjunta para 2024 A união de esforços entre sul-coreanos e norte-americanos visa criar uma estratégia conjunta até meados de 2024 que demova a Coreia do Norte de promover ameaças nucleares A Coreia do Sul e os Estados Unidos concordaram estabelecer uma estratégia nuclear conjunta até meados do próximo ano para fortalecer a estratégia de dissuasão contra a Coreia do Norte. “Concordámos em completar as directrizes relativas ao planeamento e operação de uma estratégia nuclear até meados do próximo ano”, disse o vice-conselheiro de segurança nacional sul-coreano, Kim Tae-hyo, numa conferência de imprensa na sexta-feira, depois da segunda reunião do chamado Grupo Consultivo Nuclear (NCG) em Washington. “Por outras palavras, concordámos em concluir as orientações gerais sobre a forma de dissuadir e responder às ameaças norte-coreanas no próximo ano”, acrescentou. Kim explicou que estas orientações vão abranger várias questões relacionadas com a partilha de informações, a criação de mecanismos de segurança, a formulação de procedimentos de consulta em caso de crise nuclear, a gestão de crises, a redução de riscos ou o funcionamento de um canal de comunicação entre chefes de Estado e chefes de Estado em tempo real. “Juntamente com a capacidade de dissuadir firmemente as ameaças nucleares e de mísseis da Coreia do Norte, seremos capazes de adoptar uma resposta imediata, esmagadora e decisiva no caso de um ataque nuclear norte-coreano”, afirmou o responsável sul-coreano. Respostas a Pyogyang Esta foi a segunda reunião do NCG, criado em Abril pelos dois países para reforçar a chamada dissuasão alargada, o mecanismo através do qual Washington se compromete a proteger Seul de um ataque de Pyongyang. Esta segunda reunião, em que participaram cerca de 60 funcionários militares e diplomáticos dos dois países, ocorre num momento marcado pelo recente lançamento em órbita do primeiro satélite espião norte-coreano, pela crescente aproximação entre Pyongyang e Moscovo e pela possibilidade de o regime poder lançar, como sugerido por Seul, um míssil balístico intercontinental (ICBM) antes do final do ano. No comunicado final da reunião, as duas partes reafirmaram que qualquer ataque nuclear da Coreia do Norte contra os EUA e aliados terá como consequência o “fim do regime de Kim” Jong-un, comprometendo-se também a realizar a terceira reunião do NCG no Verão, na Coreia do Sul.
Hoje Macau China / ÁsiaHK | MNE defende recompensas por captura de dissidentes A China defendeu sexta-feira as polémicas recompensas oferecidas pela captura de dissidentes de Hong Kong que fugiram para o estrangeiro e que foram criticadas por governos de outros países e organizações de defesa dos Direitos Humanos. Em causa, estão recompensas de um milhão de dólares de Hong Kong por informações que levem à captura de 13 figuras da oposição acusadas de violar a Lei de Segurança Nacional da região semiautónoma. A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros Mao Ning declarou que a China rejeita as críticas externas, afirmando que as ordens de detenção são “necessárias e justificadas e (…) em conformidade com o Direito e as práticas internacionais”. Sem mencionar directamente as recompensas, Mao disse que outros países também têm aspectos extraterritoriais nas suas leis de segurança nacional, acrescentando que o apoio dos governos estrangeiros às pessoas que constam da lista é apenas uma cobertura para o seu objectivo de desestabilizar Hong Kong, um centro financeiro asiático que foi agitado por protestos antigovernamentais, em 2019. “Nós opomo-nos fortemente e deploramos os países que caluniam a lei de segurança nacional de Hong Kong e interferem no sistema judicial de (Hong Kong)”, disse Mao, em conferência de imprensa. Um dia antes, a polícia de Hong Kong acusou outros cinco activistas estrangeiros de violarem a lei de segurança nacional imposta por Pequim e ofereceu recompensas pela sua detenção. Mao disse que os cinco “puseram em perigo a segurança nacional ao desestabilizar Hong Kong sob o pretexto da democracia e dos direitos humanos”.
Hoje Macau China / ÁsiaAcidente | Mais de 510 feridos no metro de Pequim devido a nevão Um embate entre dois comboios do metro em Pequim, devido aos nevões que atingiram a capital da China, resultou em 515 feridos, incluindo 102 com fracturas, informaram sexta-feira as autoridades. O acidente ocorreu na quinta-feira à noite, numa zona montanhosa no oeste de Pequim, numa parte à superfície da linha de Changping. Os carris escorregadios provocaram a travagem automática do comboio que seguia à frente. Um comboio que seguia atrás estava numa secção descendente, derrapou e não conseguiu travar a tempo, informou a autoridade municipal dos transportes, em comunicado. O pessoal médico, a polícia e as autoridades dos transportes acorreram ao local e todos os passageiros foram retirados por volta das 23 horas, segundo a mesma nota. Vinte e cinco passageiros estavam sob observação e 67 permaneciam hospitalizados na manhã de sexta-feira, de acordo com as autoridades. A neve, invulgarmente forte, que começou a cair na quarta-feira levou à suspensão de algumas operações ferroviárias e ao encerramento de escolas. Os alertas continuam a vigorar para estradas com gelo, frio extremo e queda de neve adicional. Não foram registadas mortes devido às tempestades de Inverno que atingiram uma vasta faixa do norte da China.
Hoje Macau China / ÁsiaLançado veículo experimental reutilizável para testar tecnologia A China lançou com sucesso um veículo espacial reutilizável, que vai permanecer em órbita “durante algum tempo” antes de regressar a um local designado na Terra, noticiou sexta-feira a imprensa estatal. A nave espacial foi lançada em órbita, na quinta-feira, por um foguetão Longa Marcha-2F a partir do centro de lançamento de satélites de Jiuquan, no oeste da China, de acordo com a agência de notícias oficial chinesa Xinhua. O veículo, que difere da nave tripulada Shenzhou e dos veículos de carga Tianzhou, que só podem ser utilizados uma vez, “vai efectuar a verificação da tecnologia reutilizável e experiências científicas espaciais, a fim de fornecer apoio tecnológico para o uso pacífico do espaço”, indicou a agência. A China tem vindo a desenvolver veículos espaciais reutilizáveis há vários anos, com o objectivo de reduzir os custos de lançamento e aumentar a frequência das missões espaciais. Em Maio passado, um veículo espacial experimental reutilizável regressou à China após 276 dias em órbita. O sucesso desse teste marcou “um avanço importante na investigação da tecnologia de veículos espaciais reutilizáveis” e proporcionou “uma forma mais conveniente e económica de ir ao espaço e regressar”. Em competição Inicialmente previsto para descolar à mesma hora, o veículo espacial reutilizável Boeing X-37B, dos Estados Unidos, continua estacionado no topo de um foguetão Falcon Heavy da SpaceX, no Centro Espacial Kennedy, na Florida, após adiamentos atribuídos a más condições meteorológicas e a problemas no local de lançamento. A missão, conhecida como USSF-52, é a sétima missão do avião norte-americano em órbita desde 2010 e a segunda viagem com um foguetão SpaceX. A Força Espacial norte-americana planeia realizar uma vasta gama de testes, incluindo a operação em novos regimes orbitais, a experimentação de futuras tecnologias de sensibilização para o domínio espacial e a investigação do efeito da radiação nos materiais. O Chefe de Operações Espaciais, General B. Chance Saltzman, disse que o futuro do X-37B podia ser mais brilhante do que nunca graças à competição da China com o Pentágono. O país asiático completou anteriormente um teste de aterragem vertical de foguetões numa plataforma em alto mar, lançando as bases para a recuperação de lançadores e a sua subsequente reutilização. Outras empresas, como a norte-americana SpaceX, desenvolveram peças recuperáveis nos últimos anos. Na última década, Pequim investiu fortemente no programa espacial e alcançou marcos importantes, como a aterragem bem-sucedida de uma sonda no lado mais distante da lua, em Janeiro de 2019, um feito que nenhum país tinha conseguido até à data, e a construção de uma estação espacial.
Hoje Macau China / ÁsiaChina/EUA | Xi afirma que laços comerciais têm “perspectivas promissoras” O líder chinês, a propósito do 50.º aniversário do Conselho Empresarial EUA-China, salientou o potencial de cooperação das duas nações que pode abrir horizontes promissores e trazer benefícios globais O Presidente chinês afirmou sexta-feira que China e Estados Unidos têm “enorme potencial e perspectivas promissoras” para reforçar a cooperação económica e comercial, numa altura em que os dois países procuram melhorar as relações. “A China vai promover um desenvolvimento de alto nível e abrir-se ao mundo exterior com um ambiente empresarial internacional, legal e orientado para o mercado. Isto vai trazer mais oportunidades para as empresas de todo o mundo, incluindo as empresas americanas”, afirmou Xi Jiping, numa carta de felicitações por ocasião do 50.º aniversário da criação do Conselho Empresarial EUA-China. Os dois países têm um “enorme potencial”, “um amplo espaço de cooperação” e “perspectivas promissoras” para reforçar os laços económicos e comerciais, salientou. De acordo com Xi, estes laços “são uma parte importante da relação” e trouxeram “muitos benefícios” para ambos os lados. O líder chinês avançou ainda que “chegou a um importante consenso” com o homólogo dos EUA, Joe Biden, durante a reunião que tiveram em Novembro passado, à margem da cimeira da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), em São Francisco. “Tivemos uma troca de pontos de vista aprofundada sobre questões importantes relacionadas com o desenvolvimento das relações entre China e EUA. Chegámos a um importante consenso. A China está disposta a trabalhar com os EUA segundo os princípios do respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação”, afirmou o Presidente chinês. “Espero que este Conselho continue a construir pontes para intercâmbios amigáveis entre os nossos países”, acrescentou Xi sobre o órgão sediado em Washington, que foi criado pelos Estados Unidos, em 1973, para lidar com a China, antes do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países. Reparar estragos China e Estados Unidos estão a tentar emendar uma relação que se deteriorou, nos últimos anos, abalada por uma prolongada guerra comercial e tecnológica e diferendos sobre Taiwan, mar do Sul da China ou Direitos Humanos. Os dois lados continuam a divergir em muitas questões: por exemplo, no domingo, os Estados Unidos pediram a China para que parasse com o comportamento “perigoso e desestabilizador” no mar do Sul da China, após uma altercação entre navios chineses e filipinos em águas disputadas, que Washington descreveu como “manobras imprudentes” de Pequim. Já a China, instou sexta-feira os Estados Unidos a serem “coerentes” e “respeitadores” nas relações económicas e comerciais com Pequim e a não imporem sanções contra empresas chinesas enquanto “dizem querer cooperar” com o país asiático. A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning, disse em conferência de imprensa que a China “sempre acreditou que o desenvolvimento de relações económicas e comerciais saudáveis e estáveis com os Estados Unidos beneficia ambos os países e o mundo”. A porta-voz reagiu assim às recentes declarações da secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, que afirmou que o papel excessivo das empresas estatais na China “limita o crescimento” e que o “controlo excessivo” por parte do aparelho de segurança “impede o investimento”. Mao acrescentou que a China está disposta a seguir os princípios do respeito mútuo e da coexistência pacífica e a promover o desenvolvimento saudável e estável das relações económicas e comerciais bilaterais entre Pequim e Washington.
Hoje Macau Eventos MancheteLia Sophia e Joey Wong nos concertos de fim de ano Já são conhecidos os nomes que vão actuar na noite de passagem de ano, em concertos com entrada gratuita promovidos pelo Governo, nomeadamente pelo Instituto Cultural (IC), Direcção dos Serviços de Turismo (DST), Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) e ainda pela TDM – Teledifusão de Macau. A cantora brasileira Lia Sophia foi o nome escolhido para actuar no “Concerto de Passagem de Ano – Macau 2023” que acontece junto à Torre de Macau, na praça do Lago Sai Van, entre as 22h e as 00h10, local onde também será realizado um espectáculo de fogo de artifício assim que soarem as 12 badaladas a anunciar um novo ano. A organização convidou também outros artistas locais para actuarem nesta noite. Assim, na praça do Lago Sai Van, poderão ainda ser ouvidos Filipe Tou, MFM, Kylamary, Bryan Chio, Daze in White, INSPR’D e Ocean Walker, que, segundo um comunicado da organização, irão “proporcionar uma atmosfera festiva com as suas actuações vibrantes”. O convite à brasileira Lia Sophia pretende “realçar o papel de Macau como plataforma de intercâmbio entre a China e os países de língua portuguesa”, esperando-se um espectáculo “com canções de ritmos dançantes e contagiantes”. Música na Taipa Por sua vez, a cantora de Hong Kong, Joey Wong, será a estrela escolhida para pisar o palco da “Festa da Passagem de Ano – Taipa 2023”, que acontece junto às Casas Museu da Taipa a partir das 21h30. Também aqui se esperam actuações de grupos e músicos locais, nomeadamente a banda local Single Path, a dupla musical Iron Son, o grupo de dança indiana Victor Kumar & Bollywood Dreams Group, o grupo artístico filipino, residente em Macau, da Associação Bisdak de Macau, o mágico Van, o grupo de dança da Indonesia Returned Oversea Chinese Culture and Art Friendship Association of Macao, o grupo de dança da Associação de Amizade de Macau Myanmar e o grupo de dança da Associação dos Conterrâneos do Vietname de Macau. Entre as 20h30 e as 23h30 estarão abertos stands temáticos da Austrália, Filipinas, Índia, Indonésia, Myanmar e Vietname, onde será promovida a cultura e os costumes desses países, com jogos, petiscos e bebidas típicas. A ideia é “evidenciar o estilo de vida de Macau derivado da coexistência multicultural e convivência harmoniosa entre diferentes povos residentes”. Além dos espectáculos, serão instalados, na véspera do Ano Novo, ecrãs gigantes no Largo do Senado e no Centro Náutico da Praia Grande para transmitir ao vivo o “Concerto da Passagem de Ano – Macau”. Este será ainda transmitido em directo na página de Facebook do IC, intitulada “IC Art”, na conta “IC_Art_Macao” no WeChat, e ainda na TDM.