Turismo | Número de visitantes do Interior pode igualar 2018

O Centro de Intercâmbio de Turismo da Ásia, ligado ao Ministério da Cultura e Turismo da China, prevê que o número de turistas oriundos do Interior da China este ano possa ser de 25,5 milhões, semelhante ao número de turistas chineses que visitaram Macau em 2018.

Além disso, a previsão para este ano representa 91 por cento do número de visitantes registado em 2019. Segundo um comunicado do Centro, as previsões foram reavaliadas, com um aumento no número de visitantes, após as medidas lançadas pelas autoridades de Pequim, Macau e Hong Kong de fomento ao turismo.

As previsões apontam ainda para o facto de, neste ano, dez novas cidades do Interior da China poderem emitir vistos individuais para as duas regiões administrativas especiais, incluindo o aumento da isenção fiscal para produtos adquiridos por turistas e as múltiplas entradas para excursões entre Macau e Hengqin.

O Centro prevê também que as viagens dos residentes de Macau para o Interior podem ultrapassar os níveis pré-pandemia. Ao citar um inquérito realizado anteriormente, a entidade frisou que cerca de metade dos entrevistados naturais de Macau e Hong Kong pretendiam visitar o país dentro de um ano, representando um universo de 32 milhões de visitantes, ou seja, 121 por cento face a dados de 2019.

16 Jul 2024

Chefe do Executivo | Jorge Chiang denuncia famílias poderosas

Quem é o empresário que pretende ser candidato a Chefe do Executivo? Jorge Chiang é natural de Macau, católico, pretende fazer visitas de cortesia aos membros da Comissão Eleitoral e apresentar-se às gerações mais novas. Chiang afirma ainda que “algumas famílias” monopolizam certos aspectos da sociedade, algo que a população sabe, mas não ousa dizer

 

Afinal quem é Jorge Chiang, o empresário de 61 anos que revelou na semana passada a intenção de concorrer às eleições para Chefe do Executivo? O HM falou o potencial candidato sobre o seu percurso, origem e o caminho que pretende seguir para chegar à mais elevada posição no Governo da RAEM.

“Nasci em Macau. A minha família vive cá há muitos anos, desde a década de 1940. Estudei áudio, iluminação e telecomunicações e trabalhei na área financeira tanto na China, como no exterior. Durante a juventude, trabalhei no Centro Diocesano dos Meios de Comunicação Social. Sou católico”, contou o candidato ao HM.

Em relação à falta de visibilidade na sociedade local, Jorge Chiang assume que essa é uma lacuna a colmatar. “A população não me conhece, nem tem uma ideia de quem sou, sou como uma página em branco. As novas gerações não me conhecem, porque não apareço publicamente em eventos. Acho que só as gerações mais velhas me conhecem bem.” Para já, a agenda de Jorge Chiang tem o início das suas aparições públicas para depois do encerramento da 3.ª Sessão Plenária do 20º Comité Central do Partido Comunista da China, que começou ontem.

Sobre a falta de participação em associações locais, Jorge Chiang indica a que sua vida profissional, que implica viagens constantes a cidades da Grande Baía e a outros locais no Interior da China, lhe ocupa o tempo para se dedicar à vida associativa. Porém, acabou por criar a Associação de Institucionalismo de Macau (em 2020) e a Associação de Comércio Macau Lotus (em 2021).

Fé no futuro

Em relação à possibilidade de cumprir o requisito legal de reunir assinaturas de pelo menos 66 membros da Comissão Eleitoral no boletim de propositura, Jorge Chiang revelou ao HM que está confiante de que irá conseguir atingir esse objectivo.

“Vou visitar pessoalmente cada membro da Comissão Eleitoral do Chefe do Executivo em breve, enquanto acto de cortesia”, afirmou. Recorde-se que a comissão é constituída por 344 membros.

De momento, o nepotismo é um dos problemas que Jorge Chiang destaca em Macau, apesar de ainda estar a preparar as propostas para o futuro do território. “O Governo e algumas famílias monopolizam muitos interesses e sectores sociais. Isso provoca a irritação da população, que conhece muito bem estes problemas, mas não ousa falar. Espero que esta situação seja corrigida gradualmente”, indicou. Para já, o potencial candidato quer ouvir a população e confirmar a veracidade de algumas queixas que já ouviu, para procurar soluções para esses problemas.

Vida cara

Os preços praticados em Macau são uma das preocupações de Jorge Chiang, em particular os produtos alimentares. O empresário gere algumas propriedades em Zhuhai e Foshan onde são criados animais para alimentar o mercado de Macau, como frangos, porcos, patos, gansos e legumes. Em Huizhou, também em Guangdong, Jorge Chiang tem uma propriedade dedicada à aquacultura para fornecer peixe e marisco a Macau, “devido à poluição provocada pelos japoneses”.

“Neste momento, Macau tem os preços mais elevados da Grande Baía. Temos de controlar esse problema de inflação procurando a importação de produtos mais baratos de outras províncias do Interior da China. Estou empenhado num projecto de comércio electrónico que tem esse objectivo, de encontrar mercadorias mais baratas noutras províncias e trazê-las para a Grande Baía. Mas também importar mercadorias estrangeiras para o Interior da China como, por exemplo, leite”, contou Jorge Chiang.

16 Jul 2024

Chefe do Executivo | Nomeada comissão para apurar resultados eleitorais

A lista dos membros da Assembleia de Apuramento Geral para as eleições do Chefe do Executivo e da Comissão Eleitoral que escolhe o futuro líder da RAEM foi anunciada ontem. Kuok Kin Hong, delegado coordenador do Ministério Público, será o presidente

 

O nome das cinco pessoas que constituem a Assembleia de Apuramento Geral das eleições e os membros da Comissão Eleitoral e da eleição para o cargo do Chefe do Executivo foram anunciados ontem no Boletim Oficial. A escolha dos membros vem assinada por André Cheong, secretário para a Administração e Justiça, que actualmente desempenha as funções de Chefe do Executivo, de forma interina, dado que Ho Iat Seng está oficialmente de férias.

Kuok Kin Hong, delegado coordenador do Ministério Público (MP) é promovido a presidente da comissão, substituindo Mai Man Ieng, delegado do procurador do MP, que em 2019 tinha presidido à comissão. Em 2019, Kuok Kin Hong tinha integrado esta comissão, mas não como presidente. A lei define que o presidente da comissão tem de ser sempre um magistrado do MP.

Segundo a informação oficial, Kuok Kin Hong é licenciado em Direito pela Universidade de Macau (UM), e antes das funções actuais desempenhou os cargos de intérprete-tradutor de chinês e português na antiga Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública, antiga Capitania dos Portos e no antigo Gabinete para a Tradução Jurídica. Foi ainda conservador na Conservatória do Registo Predial e notário do Cartório Notarial das Ilhas. Entre 2002 e 2004 participou no curso e estágio de formação para ingresso nas magistraturas judicial e MP, tendo sido nomeado como Delegado do Procurador do Ministério Público da RAEM, em Agosto de 2004.

Os membros do MP nas comissões de apuramento dos resultadas das eleições incluem também a estreia de Cheong Kuok Chi, delegado coordenador. À semelhança de Kuok, Cheong é licenciado em Direito pela UM. Em termos profissionais, desempenhou funções de técnico superior do Fundo de Pensões em 2009. Entre esse ano e 2011 participou no curso e estágio de formação para ingresso nas magistraturas judicial e do MP, tendo sido nomeado como Delegado do Procurador em Setembro de 2011.

Nome da experiência

A Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP) está representada na comissão de apuramento de resultados pela subdirectora, Joana Maria Noronha, tal como aconteceu em 2019. Joana Maria Noronha é licenciada Ciências Sociais pela Universidade da Ásia Oriental de Macau, desde 1989, e tem um mestrado em Administração Pública pela Universidade de Sun Yat-Sen. Integrou a função pública em 1990 e fez toda a carreira nos SAFP, passando por posições, como técnica superior do Departamento de Administração Civil e Divisão de Apoio Técnico-Eleitoral, adjunta da Divisão de Apoio Técnico-Eleitoral, Chefe do Centro de Atendimento e Informação ao Público. Finalmente, em 2011 transitou para a posição de subdirectora, que ainda desempenha.

O quarto membro da comissão é Lai Ka Chon, subdirector da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), que também se estreia. Em 2019, a DSEC foi representada pela então subdirectora Cheng I Wan. Lai Ka Chon licenciou-se em Informática em 2019, na Universidade Politécnica de Macau, e tem um mestrado em Engenharia Informática, pela UM.

Lai ingressou na função pública como assistente de informática na Direcção dos Serviços de Economia, onde ficou até 2010. Nesse ano faz a transição para a DSEC onde assumiu comissões de Chefe do Sector de Administração do Sistema Informático e Chefe do Departamento de Sistemas de Informação e Informática. A partir de Fevereiro de 2023 chegou a subdirector da DSEC, primeiro como substituto, mas está em comissão de serviço desde Janeiro deste ano.

À semelhança de 2019, Cheong Sek Lun, o chefe da Divisão de Apoio Técnico-Eleitoral dos SAFP, volta a integrar a comissão. Cheong licenciou-se em Tradução e Interpretação Português-Chinês pela UM, em 1997, e integrou os SAFP logo nesse ano. Está no mesmo serviço desde essa altura, e desde 2011 que desempenha a posição actual.

As eleições para escolher os membros da comissão eleitoral que vão escolher o futuro Chefe do Executivo estão marcadas para 11 de Agosto. As eleições para o futuro líder da RAEM ainda não têm data marcada, visto estarem dependentes das eleições dos membros da comissão.

16 Jul 2024

Ensino | Reforço do patriotismo nas novas competências exigidas a alunos

O Governo alterou as competências académicas básicas exigidas aos alunos dos ensinos primário e secundário. Em concreto, as alterações abrangem as áreas da Educação Moral e Cívica, História, Tecnologias de Informação, Artes, Sociedade, Ciências Naturais e Humanidades. Amor a Macau e à pátria e relacionamentos interpessoais são alguns dos principais focos

 

Que conteúdos deve um aluno dos ensinos primário e secundário dominar nas mais diversas disciplinas, desde História à Educação Moral e Cívica, e como se deve relacionar com o outro, com a sociedade e o ambiente que o rodeia? Que domínios deve ter ao nível da tecnologia, Macau e China, bem como o relacionamento entre as diversas etnias e comunidades que compõem as sociedades?

São a estas perguntas que respondem as novas exigências em matéria de competências básicas que os estudantes dos ensinos primário, secundário geral e secundário complementar devem ter. O despacho, assinado pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U, foi ontem publicado no Boletim Oficial (BO), redefine competências definidas noutros despachos e dá primazia à defesa do patriotismo em prol do território e do país.

As novas exigências passam a aplicar-se no próximo ano lectivo, de 2024/2025. No caso dos três primeiros anos de escolaridade do ensino primário, as exigências devem aplicar-se “a partir do primeiro dia do ano escolar de 2024/2025”, sendo que nos restantes anos de escolaridade do mesmo grau de ensino se aplicam “a partir do primeiro dia do ano escolar de 2025/2026”.

No caso de todos os anos do ensino secundário geral, as novas recomendações de conteúdos programáticos seguem-se “a partir do primeiro dia do ano escolar de 2025/2026”, enquanto no ensino secundário complementar as novas exigências vigoram “a partir do primeiro dia do ano escolar de 2026/2027”.

Contudo, caso se reúnam “condições para a sua implementação”, as novas exigências podem ser aplicadas do quarto ao sexto ano de escolaridade do ensino primário, bem como a “todos os anos de escolaridade do ensino secundário geral e do ensino secundário complementar”.

Em matéria de patriotismo, e no caso dos alunos do ensino primário, estes devem “desenvolver o sentimento do amor à pátria e a Macau, permitindo-lhes valorizar e apreciar a excelente cultura tradicional chinesa, reconhecer a sua identidade nacional e respeitar as tradições culturais e costumes de vida de diferentes países e etnias, formando uma preliminar consciência internacional”.

São ainda definidos alguns códigos com letras e números que remetem para princípios que devem ser respeitados em cada nível de ensino, tal como “conhecer os principais monumentos de Macau e saber que o ‘Centro Histórico de Macau’ está listado na ‘Lista do Património Mundial’. Outro código diz respeito à obrigatoriedade de “conhecer, estimar e proteger a bandeira e emblema regionais da RAEM, bem como conhecer o seu significado”.

Outras competências básicas devem passar pelo conceito de “amar Macau” e o fomento da “preocupação com as mudanças e o desenvolvimento de Macau”, bem como “compreender minimamente a ‘Lei Básica da RAEM da República Popular da China (RPC) e os respectivos diplomas legais relacionados com os jovens de Macau, obedecendo de forma consciente à lei e ordem pública”.

Os alunos devem ainda “conhecer a estrutura e orgânica básicas do Governo da RAEM, bem como as suas principais funções”, sem esquecer “os direitos e deveres fundamentais dos residentes de Macau”.

O país acima de tudo

Os códigos criados estão inseridos em secções, descritas como “âmbitos de aprendizagem”, conforme a área de relacionamento interpessoal do estudante. Ficam, assim, definidas as áreas “sobre si mesmo”, “família”, “eu e escola”, “eu e sociedade”, “eu e o país”, “eu e o mundo” e ainda “eu e o ambiente”.

Em relação à China, os alunos até ao sexto ano de escolaridade devem “conhecer, estimar e proteger a bandeira e emblema nacionais”, bem como “compreender o seu significado”. Os estudantes devem também “saber cantar o hino nacional e conhecer o cerimonial relativo à execução instrumental e vocal do hino”.

É fundamental “conhecer o mapa da RPC e saber que o território da pátria é sagrado e inviolável”, bem como “conhecer os resultados representativos da excelente cultura tradicional chinesa”.

Os alunos terão de “conhecer minimamente a Constituição da RPC” e “saber que o nosso país tem uma longa história e cultura”. No rol de exigências inclui-se ainda “conhecer as principais características da cultura chinesa e sentir-se orgulhoso pelos resultados civilizacionais alcançados pela nação chinesa”.

Em relação à China, os alunos devem “conhecer a sua identidade nacional e sentir-se orgulhosos em ser chineses”, ou ainda “preocupar-se com a segurança e interesses do país”.

As novas exigências fazem também referência ao posicionamento de Macau e do seu lugar na história, pois os estudantes devem “saber que Macau é território da China desde os tempos remotos”

Relativamente à presença portuguesa no território, ficou definido pelo Governo que os estudantes devem conseguir “abordar o processo de povoamento até à ocupação pelos portugueses em Macau e as respectivas influências através da leitura de diversos dados históricos”. Deve ainda ser compreendida “a evolução histórica do estabelecimento dos órgãos administrativos da China e de Portugal em Macau depois de os portugueses terem adquirido o direito de habitação em Macau”.

Na área das “actividades de descoberta” a ser seguidas pelos alunos do ensino primário é referido “o estabelecimento da relação entre os alunos e o ambiente social, com relevância para ajudar os alunos a conhecer as tradições e a situação actual da sociedade local, bem como os actuais temas sociais da China e do mundo, no sentido de desenvolver nos alunos o sentimento de amor pela pátria e por Macau e o espírito de preocupação humana”.

Não é esquecido o tema da defesa da segurança nacional. “Através da compreensão dos conhecimentos gerais da segurança nacional, os alunos serão inspirados a desenvolver, por sua iniciativa, um sentido de responsabilidade sobre a defesa da segurança nacional e, através do conhecimento da história e cultura chinesas e estrangeiras, a desenvolver nos alunos uma consciência de respeito e de transmissão da história e da excelente cultura tradicional e um espírito de missão e de sentimento de pertença à Pátria”.

No que diz respeito às competências musicais, destaca-se a necessidade de “conseguir cantar na língua original das canções locais, do nosso País e de outros países e etnias, mostrando interesse pelo conhecimento das diferentes culturas e, em particular, saber cantar o Hino Nacional da República Popular da China”.

Ao nível do ensino secundário geral, a escola deve contribuir para “aumentar o sentimento de pertença dos alunos à família e à escola”, bem como “reforçar o seu reconhecimento do país e do povo e compreender o princípio ‘um país, dois sistemas’, desenvolvendo o seu amor pela pátria e por Macau, criando um conceito nacional”.

Os alunos devem desenvolver conceitos como “democracia, estado de direito, de direitos humanos e de justiça, bem como ter pensamento crítico, juízo racional e capacidade de participação social activa na vida pública”.

Diz-me com quem andas

No rol de exigências a cumprir pelos estudantes não faltam ideias sobre como se devem comportar perante os outros e as instituições sociais. A diversidade cultural de Macau não é ignorada, pois afirma-se que o aluno deve “preocupar-se e aceitar as crianças novas imigrantes em Macau” e ainda “conhecer as consequências nefastas da discriminação, maus tratos e actos violentos bem como conhecer os meios para pedir ajuda”.

É ainda referido que os estudantes devem ter a capacidade de “saber minimamente distinguir e escolher amigos”.

Os jovens adolescentes devem também “saber escolher actividades saudáveis para a saúde física e mental”, bem como “conhecer os efeitos nocivos da droga, alcoolismo, tabaco e pornografia, e saber recusá-los”.

16 Jul 2024

EUA | Trump sofre atentado durante comício na Pensilvânia

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, candidato republicano às eleições de Novembro, foi ferido numa orelha enquanto realizava um comício eleitoral neste sábado na Pensilvânia, num incidente que chocou o país a poucos meses das eleições de Novembro.

“Fui baleado com uma bala que perfurou a parte superior da minha orelha direita”, disse Trump logo após o atentado na cidade de Butler, na Pensilvânia (nordeste), um estado crucial nas eleições presidenciais.

Trump, de 78 anos, acabava de começar o seu discurso com um dos habituais temas sobre a entrada massiva de migrantes no país, da qual culpa o Presidente democrata, Joe Biden, indica o Sapo24.

Enquanto falava, ouviram-se tiros, levou a mão à orelha e atirou-se para o chão atrás do púlpito antes de ser imediatamente cercado por agentes dos serviços secretos, enquanto o público gritava horrorizado.

Depois de alguns instantes, Donald Trump levantou-se, despenteado e sem o seu boné vermelho, cercado pelos agentes. “Deixem-me calçar meus sapatos”, foi ouvido a dizer. O ex-presidente saiu do palco erguendo o punho e escoltado por seguranças.

Um participante do comício morreu e outros dois estão em estado crítico, segundo os serviços secretos, embora o promotor do condado de Butler tenha falado apenas de um ferido grave, acrescenta a publicação.

O autor dos disparos, que estava situado “num ponto alto” fora do recinto onde o magnata republicano realizava o seu comício, também morreu, disse o promotor Richard Godlinger. Por sua vez, os serviços secretos disseram que o agressor foi “neutralizado”.

“Não sei como chegou ao local onde estava, mas estava fora do recinto. E acho que vamos precisar descobrir como ele chegou lá”, disse o organizador.

“O presidente Trump agradece às forças da lei e aos primeiros socorristas pela rápida acção durante este acto atroz. Ele está bem e está a ser examinado num centro médico local. Haverá mais detalhes”, disse o porta-voz de campanha, Steven Cheung, num comunicado.

Um funcionário da Casa Branca anunciou que Biden conversou com Trump sobre o incidente. “Esta tarde, o Presidente Biden falou com o ex-presidente Trump”, disse, acrescentando que o actual Presidente dos EUA será informado dos detalhes do ataque na manhã de domingo.

Condenação presidencial

Mais cedo, o próprio Biden, possível rival do republicano nas eleições de 5 de Novembro, declarou que “não há lugar para este tipo de violência”. “Não podemos ser assim”, disse antes de acrescentar que está “agradecido por saber que está a salvo e bem”, disse em comunicado.

“Estou a rezar por ele e pela sua família e por todos que estavam no comício, enquanto aguardamos mais informações”, disse antes de acrescentar que “devemos unir-nos como nação para condenar” a violência.

Este era o último comício de Trump antes da convenção republicana que está programada para acontecer em Milwaukee (Wisconsin) a partir de segunda-feira.

A sua equipa anunciou que Trump participará à mesma, onde deve ser oficialmente nomeado como candidato para enfrentar Joe Biden nas eleições de 5 de Novembro. As reações não demoraram a chegar. “Horrorizado”, disse o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer.

O ex-presidente Barack Obama também reagiu na rede social X, dizendo que se sentia “aliviado” por Trump “não ter sido gravemente ferido” e aproveitou para pedir “civismo e respeito à política”, em um país muito polarizado.

Elon Musk, magnata proprietário da Tesla e do X, reagiu declarando publicamente o seu apoio a Donald Trump nas eleições e desejando-lhe uma “rápida recuperação”. Entre os participantes do comício, também houve reações fortes.

“Ouvi vários tiros. O homem ao meu lado foi atingido na cabeça, morreu instantaneamente e caiu no fundo das arquibancadas”, disse um homem identificado apenas como Joseph à rede NBC News. As consequências deste acontecimento para a campanha são imprevisíveis.

Nos últimos dias, a atenção estava focada no estado físico e mental de Joe Biden, de 81 anos, e sua capacidade de enfrentar Donald Trump, após seu desastroso debate de 27 de Junho. Uma dúzia de deputados agora pede que se retire da corrida presidencial.

A vice-presidente Kamala Harris, uma possível alternativa a Biden, voltou a assegurar sua lealdade e confiança ao actual presidente, num evento de campanha na Filadélfia, pouco antes do comício de Donald Trump.

“Esta é a eleição mais existencial, consequente e importante das nossas vidas e sempre soubemos que seria difícil”, disse.

Atirador identificado

O FBI identificou o autor do disparo contra o ex-Presidente Donald Trump como um homem branco, 20 anos, natural da Pensilvânia, chamado Thomas Mathiew Crooks.

“O FBI identificou Thomas Matthew Crooks, 20 anos, de Bethel Park, Pensilvânia, como sendo o indivíduo envolvido na tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump no dia 13 de Julho, em Butler, Pensilvânia”, refere o FBI, em comunicado, citado pelos canais norte-americanos NBC e CBS.

O atirador, que foi abatido por agentes dos serviços secretos, encontrava-se num telhado fora do perímetro do comício, informaram as autoridades.

15 Jul 2024

Tragédia no mar

Durante muitos anos a minha família passou as férias de Verão nas praias entre Vieira de Leiria e São Pedro de Moel. Conheço bem aquele mar e os habitantes de todos os locais plantados à beira-mar naquela região. Gente simples, pobre, dedicada à sua paixão: a pesca. Desde a Figueira da Foz até à Marinha Grande são centenas de pescadores, homens de barba rija e de mãos que parecem ter nascido já inchadas.

Uma profissão de risco elevado. Ao longo dos anos têm morrido no mar dezenas de pescadores. A sua vida é dura porque são o sustento da família. Por vezes, com a mulher incapacitada para o trabalho e com vários filhos para criar. A vida da pesca é algo assustador, especialmente quando o mar lhe dá para o torto e de ondas de dois e três metros passa para uma altura de oito e dez metros. Se acompanhado de ventania tempestuosa a faina pode ser uma tragédia e o naufrágio é inevitável. Não foi o que aconteceu desta vez.

Entre Vieira de Leiria e São Pedro de Moel com o mar brando, as traineiras saíram para a pesca da sardinha e não longe do areal, a cerca de duas milhas apenas. Sem qualquer explicação até agora, uma das traineiras virou-se e morreram seis pescadores. Salvaram-se 11.

A tragédia no mar foi estonteante, assombrosa e as famílias ficaram à beira de um ataque cardíaco. Três pescadores estiveram uma semana desaparecidos e as forças de socorro por ar, mar e terra não pararam um dia de procurar os corpos.

Uma equipa de nadadores-mergulhadores merece a nossa condecoração porque mergulharam constantemente durante uma semana, por vezes, com o mar a não permitir o mergulho. Andaram a vasculhar a traineira afundada de ponta a ponta e as notícias eram sempre negativas até que o comandante marítimo transmitiu aos jornalistas que os mergulhadores conseguiram entrar na parte mais difícil do barco e encontraram os três corpos. As famílias enlutadas, na profunda tristeza, respiraram de alívio porque já poderiam realizar o luto e os respectivos funerais.

Aqui é que está o problema: nas famílias. Podemos informar que as seis viúvas com os seus filhos estão na miséria, porque os maridos pescadores eram o sustento do agregado familiar. Ficaram sem qualquer pecúlio e não se vislumbrou qualquer apoio oficial por parte das mais diversas instituições no sentido de ouvirmos que essas viúvas e os seus filhos iriam ter apoio pecuniário das Câmaras Municipais de Leiria, Figueira da Foz ou Marinha Grande; do Governo; da Segurança Social; de uma qualquer Santa Casa de Misericórdia; da Igreja Católica, de ninguém.

Isto, não pode acontecer. Não é humano, não é justo. O sacrifício que os pescadores fazem para que nunca falte peixe nas mesas dos portugueses há muito que devia existir um departamento governamental para apoio a casos semelhantes. A tragédia no mar espalhou-se às residências de quem perdeu os seus maridos e pais. Desta feita, foram seis, mas muitos pescadores já morreram e as suas famílias ficaram à míngua dos amigos e vizinhos.

Uma situação grave e que tem de merecer a atenção das autoridades. Não basta a Presidência da República emitir um comunicado de condolências à semelhança do Gabinete do primeiro-ministro. As condolências de Lisboa não dão de comer e vestir aquela gente que ficou na miséria. Haja uma decisão rápida e contundente por parte das autoridades em apoio a estas famílias que choram vinte e quatro horas sobre vinte e quatro.

Os pescadores têm uma profissão arriscada, certo. Vão para o mar sem saber se regressam, certo. Algumas traineiras estão velhas e não têm manutenção eficaz, certo. A maioria dos armadores apenas se preocupa com o lucro da venda do peixe, certo. No entanto, os pecadores usufruem de um rendimento mínimo e ainda são eles que tratam do arranjo das redes piscatórias. Mas, os pescadores também merecem uma reprimenda: vão para o mar e não colocam os coletes de salvação. Desculpam-se que os coletes lhes dificultam os movimentos durante a faina. Não pode ser desculpa, porque primeiramente têm de pensar na sua sobrevivência e na família que deixaram em terra.

15 Jul 2024

Hong Kong | Festa da sardinha no final de Agosto

Hong Kong vai ser palco no final do mês de Agosto de um festival da sardinha, num evento que vai “celebrar a cultura portuguesa”, de acordo com a página oficial do turismo da região administrativa chinesa.

O festival vai decorrer de 29 de Agosto a 1 de Setembro, no centro da cidade, pode ler-se na página do Hong Kong Tourism Board.

Além de sardinhas grelhadas, o turismo de Hong Kong destaca “música ao vivo, dos melhores DJ de Lisboa, provas de vinho, lembranças, comida tradicional portuguesa” e uma “visita guiada do vinho do Porto”. A fadista Cuca Roseta tem previsto atuar no dia 29 de Agosto, e no dia 31, em Macau, de acordo com o ‘site’ da artista.

15 Jul 2024

Literatura de viagens | Dora Nunes Gago vence prémio da APE

Antiga directora do departamento de português da Universidade de Macau acaba de ganhar o Grande Prémio de Literatura de Viagens da APE – Associação Portuguesa de Escritores pelo livro “Palavras Nómadas”, que contém diversas referências a Macau e à escritora Maria Ondina Braga. A autora adianta ao HM que “Palavras Nómadas” será lançado em Macau em Outubro

Com Lusa 

 

Dora Nunes Gago, docente de língua portuguesa e ex-directora do departamento de português da Universidade de Macau, acaba de vencer o Grande Prémio de Literatura de Viagens da APE. O livro “Palavras Nómadas”, de Dora Nunes Gago, editado pela Húmus no ano passado, venceu esta distinção, conforme foi anunciado esta quinta-feira pela Associação Portuguesa de Escritores (APE).

O júri do prémio, coordenado por José Manuel Mendes, considerou “Palavras Nómadas” uma “obra de variadas e ricas observações concernentes aos lugares por onde transcorrem as viagens relatadas, com descrições de grande vivacidade sensorial, a que não falta o olhar íntimo sobre os lugares e as gentes, bem como a capacidade de captação do que se tem vindo a designar como ‘génie du lieu'”.

“Numa prosa de grande fluidez, eivada de reflexões onde se cruzam percepções, memórias, cultura, literatura e história, a autora logra suscitar uma leitura aderente desde as primeiras páginas, cujo ritmo e interesse sabe manter ao longo da considerável extensão da obra”, acrescenta. O júri, constituído ainda por Guilherme d’Oliveira Martins, Isabel Cristina Mateus e José Manuel de Vasconcelos, atribuiu o prémio por unanimidade.

Nesta 7.ª edição da Grande Prémio de Literatura de Viagens Maria Ondina Braga, instituído pela Associação Portuguesa de Escritores com o patrocínio da Câmara Municipal de Braga, concorreram obras em português e de autores portugueses publicadas no ano de 2023. O valor monetário deste Grande Prémio é de 12.500 euros para o autor distinguido.

No ano passado, o vencedor deste prémio foi José Pedro Castanheira, jornalista, com “Volta aos Açores em Quinze Dias”, tendo já sido distinguidos em edições anteriores os autores Paulo Moura, Afonso Cruz, Alexandra Lucas Coelho, Rui Miguel Tovar e António Mega Ferreira.

Lançamento em Macau

Em declarações ao HM a propósito desta distinção, Dora Nunes Gago, actualmente a leccionar em Portugal, diz ter sentido uma “enorme alegria e honra imensa” pela obtenção do prémio da APE.

“Esta alegria é ainda acrescida por se tratar de um prémio com o nome de Maria Ondina Braga, escritora enorme que também viveu em Macau, a quem dediquei muita da minha investigação dos últimos anos, sobre a qual falei em conferências nos Estados Unidos, na Áustria, em França e noutros lugares.”

Para Dora Nunes Gago, a distinção a “Palavras Nómadas” é, também, “um prémio que celebra Ondina, com quem me identifico muito também numa dimensão de ‘outsider’. Foi uma escritora pouco reconhecida e importa alterar isso. No meu ‘Palavras Nómadas’, além da presença de Maria Ondina e de muitos outros escritores, há também a marca de Macau, da vida, da cultura, do que vivi no território ao longo de dez anos. Por isso, este prémio também será uma forma de divulgar Macau, as várias vertentes de uma terra da qual gosto muito, onde aprendi imenso e que fará sempre parte de mim.”

“Palavras Nómadas” contém muitos textos escritos ainda em Macau, onde a autora chegou em 2012. Conforme recordou em entrevista ao HM aquando do lançamento do livro, em Fevereiro do ano passado, “estava novamente a viver uma experiência de emigração, embora muito diferente da anterior”, nomeadamente no Uruguai, onde deu aulas.

“Talvez por isso, senti vontade de escrever sobre coisas vividas no Uruguai, para relembrar outras situações e obstáculos ultrapassados. Fui fazendo alguns rascunhos, sem ter bem ideia do formato final que teriam. Foi apenas durante este último ano em Portugal, de licença, que lhes dei o formato definitivo, escrevi a maioria das crónicas e organizei-as. Queria que fossem 50, pois fiz 50 anos, e que percorressem as minhas vivências e travessias por múltiplos espaços pela vida”, apontou.

Com “Palavras Nómadas”, editado em Portugal, Dora Nunes Gago diz ter pretendido “partilhar momentos, aprendizagens, a alegria e o interesse que sinto em descobrir novas realidades e universos diferentes”.

A autora adiantou também ao HM que “Palavras Nómadas” será lançado na Fundação Rui Cunha a 22 de Outubro com apresentação da professora Sara Augusto.

15 Jul 2024

Tibete | Pequim manifesta-se contra lei dos EUA

A China manifestou no sábado forte oposição à Lei de Resolução da Disputa Tibete-China, aprovada pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, e advertiu para possíveis represálias.

A legislação norte-americana, promulgada na sexta-feira por Biden, procura pressionar Pequim a retomar as negociações com os líderes tibetanos e foi classificada pelo gigante asiático como uma grave interferência em assuntos internos.

O Comité de Negócios Estrangeiros da Assembleia Nacional Popular condenou veementemente a lei, reafirmando a posição firme da China de que o Tibete é uma região inalienável sob a sua soberania. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China declarou, por sua vez, que a lei norte-americana “fere seriamente os interesses da China” e envia “um sinal errado às forças separatistas do Tibete”.

“Os EUA não devem adoptar a lei”, sublinhou o ministério chinês, acrescentando que se o país norte-americano continuar “pelo caminho errado”, a China tomará “medidas contundentes” para defender firmemente a soberania, segurança e interesses de desenvolvimento.

15 Jul 2024

Internet | Lançada campanha para combater conteúdos perigosos para crianças

A China anunciou no sábado o lançamento de uma campanha ‘online’ contra as aplicações de partilha de vídeos e as redes sociais que difundem conteúdos “que são perigosos” para as crianças.

O programa de dois meses “Claro e Brilhante” tem como objectivo “reforçar eficazmente a protecção dos menores na Internet e criar um ambiente digital mais saudável e seguro”, indicou a Administração do Ciberespaço da China em comunicado.

A campanha, continuou o regulador, centra-se na “rectificação dos principais problemas” relacionados com plataformas de partilha de vídeos curtos e transmissões em directo, redes sociais, plataformas de vendas online, entre outros.

Entre os conteúdos visados estão, por exemplo, produtos de comércio electrónico sexualmente sugestivos.

A campanha quer também combater a difusão de vídeos que glorificam o ‘bullying’ nas escolas, conteúdos “violentos ou sangrentos” em desenhos animados ou canções infantis e a utilização de “crianças, estrelas da Internet” para gerar dinheiro.

15 Jul 2024

PCC pode usar 3.º plenário para devolver confiança ao sector privado, defende ex-director BM

Bert Hofman, antigo director do Banco Mundial para a China, disse esperar do terceiro plenário do 20º Comité Central do Partido Comunista chinês reformas “ambiciosas”, que permitam reequilibrar a economia e injectar confiança no sector privado.

Hofman, investigador no Asia Society Policy Institute, lembrou em entrevista à Lusa que a grande questão para o encontro, que desde 1978 ditou reformas significativas no país, é saber “o que é que Pequim quer agora do sector privado”.

“Há uma escola de pensamento que considera que a emergência do sector privado foi uma aberração temporária, mas que agora a China sente-se mais confiante”, argumentou Hofman. “Pequim tem de facto restringido os empresários, vinculando-os ao seu plano global de sectores prioritários e nada para além disso”, disse.

Oficialmente, a China reconheceu a importância do sector privado desde que o antigo líder Jiang Zemin articulou a sua teoria das “três representações”, em 2000. Antes disso, o antigo líder Deng Xiaoping abriu o país à economia de mercado e ao investimento estrangeiro, em 1978.

O actual Presidente chinês, Xi Jinping, manteve o tom reformista após ascender ao poder, ao prometer deixar o mercado desempenhar um papel decisivo na alocação de recursos, durante o terceiro plenário de 2013.

Mas uma campanha regulatória no sector tecnológico resultou em multas recorde contra empresas, enquanto apelos à “prosperidade comum” penalizaram grandes acumulações de capital, abalando a confiança dos investidores. “Vamos agora descobrir qual é a direcção para os próximos anos”, disse o investigador.

O peso do imobiliário

Uma reunião do Politburo do Partido Comunista em Abril sugeriu que o plenário se centrará na modernização e desenvolvimento tecnológico e em reformas do lado da procura e da distribuição da economia.

“Um encontro recente entre Xi e empresários sugere que o papel do sector privado está na agenda”, apontou Hofman, que indicou que Pequim pode anunciar a privatização de activos não essenciais das empresas públicas.

“Isto resolveria parte da questão da dívida da administração local e seria um sinal muito forte de que o partido considera que o sector privado tem um papel a desempenhar”, afirmou.

A economia chinesa enfrenta um abrandamento suscitado por uma crise no sector imobiliário e altos níveis de endividamento das autoridades locais. Isto pesa sobre o consumo doméstico. O país apostou nas exportações para fomentar o crescimento, o que agravou as relações comerciais com os Estados Unidos, União Europeia e países em desenvolvimento.

15 Jul 2024

Economia | PCC reúne-se para definir orientação para próxima década

Quase 400 membros do Comité Central do Partido Comunista vão estar reunidos no Hotel Jingxi, em Pequim, para analisar a situação económica do país e definir o rumo a seguir durante a próxima década

 

A elite do Partido Comunista Chinês reúne-se entre hoje e quinta-feira para definir a orientação económica do país na próxima década, incluindo política industrial e fiscal, num encontro que desde 1978 ditou reformas significativas no país.

O terceiro plenário reúne em Pequim os 376 membros permanentes e rotativos do Comité Central do Partido Comunista, órgão dirigente composto por líderes do governo, exército e de nível provincial. Poderão também ser convidados representantes académicos e outros membros do congresso do partido.

A reunião, tal como as conferências mais importantes do partido e do Estado, realiza-se habitualmente no Hotel Jingxi, na zona oeste de Pequim. O complexo é de confiança pela sua segurança, uma vez que é directamente gerido pela Comissão Militar Central.

O resultado da conferência é normalmente anunciado num comunicado divulgado pela imprensa estatal, com pormenores a serem publicados mais tarde. São esperadas medidas destinadas a resolver alguns dos problemas económicos da China, incluindo os altos níveis de endividamento dos governos locais e a crise no sector imobiliário.

O Partido Comunista da China realiza um congresso de cinco em cinco anos para, entre outras funções, formar o novo Comité Central, que se reúne em sete plenários ao longo do mandato de cinco anos. O grupo inclui o Politburo, o órgão máximo de decisão do partido.

O terceiro plenário tem historicamente sido crucial para definir grandes reformas económicas e políticas. Habitualmente, esta reunião é convocada cerca de um ano após a selecção da nova formação do congresso. Esta edição realiza-se, no entanto, quase dois anos após a realização do 20.º Congresso.

Passado e presente

O terceiro plenário de 1978 marcou o início da política de “Reforma e Abertura”, que ditou a abertura da China à economia de mercado e o fim da ortodoxia comunista. Permitiu, entre outras decisões fundamentais, que as empresas estrangeiras operassem no país.

O terceiro plenário de 1993, realizado pelo 14.º Comité Central, solidificou a transição da China para uma “economia socialista de mercado” e ditou o encerramento de muitas empresas estatais deficitárias, a criação de um sistema de segurança social e a redução da intervenção directa do governo na economia.

A reunião do 18.º Comité Central, realizada em Novembro de 2013 – um ano após a tomada de posse do actual Presidente chinês, Xi Jinping, – prometeu deixar o mercado desempenhar um papel decisivo na alocação de recursos e apresentou dezenas de medidas nesse sentido.

No topo da lista de prioridades dos investidores está a reforma fiscal. Numa reunião económica realizada em Dezembro, os principais dirigentes afirmaram que estavam a ponderar uma “nova ronda de reformas fiscais e tributárias”, o que suscitou a esperança de que pudessem ser revelados mais pormenores na terceira reunião plenária.

A divisão das responsabilidades em matéria de despesas entre a administração central e local poderá ser reestruturada, com Pequim a assumir mais despesas para impulsionar o crescimento económico, enquanto as regiões se debatem com riscos crescentes de endividamento e com a diminuição das receitas provenientes da venda de terrenos.

Alguns economistas esperam uma revisão do imposto sobre o consumo para alargar as fontes de rendimento das autoridades locais, bem como novas reformas do imposto sobre o valor acrescentado – a maior fonte de receitas fiscais na China.

15 Jul 2024

Alopen e Yuchi Yiseng: Estrangeiros em Chang’an

Li Shimin (598-649), que reinou como o imperador Tang Taizong, (r.626-649) numa magnimidade disponível, recebeu na sua capital Chang’an as mais exóticas personalidades, com quem partilhou a elevação do seu espírito. Nessa cordialidade para com os estranhos, que correspondia a uma calculada opção estratégica e cultural de posicionar o seu reino como guanzhong, uma terra «entre desfiladeiros», recebeu um dia um missionário oriundo de uma terra longínqua que veio caminhando ao longo da grande via continental hoje conhecida como a «Rota da Seda».

De acordo com a inscrição numa estela encontrada no século XVII em Xian (Shaanxi), a antiga Chang’an, ele vinha de Daqin (o Império Bizantino) «descobrindo por entre o azul e as nuvens, trazendo os verdadeiros e sagrados livros; contemplando a direcção dos ventos, enfrentando dificuldades e perigos», e lá chegou no ano 635.

Diz nessa inscrição que se chamava Alopen (Aluoben) e enunciava a religião de Jesus de Nazaré. Ouvindo falar o estrangeiro, Taizong não só o acolheu como permitiu que criasse uma igreja e continuasse a sua missão, que não viu muito diferente dos seus já conhecidos heróis daoístas ou sábios confucionistas, promovendo o convívio de todos.

Até quase ao fim da dinastia Tang foi permitido aos missionários, os que vieram com o cristão assírio Alopen e depois deles, a estadia no Império. Até que foram expulsos, só regressando trezentos anos depois. É possível que o carácter «portátil» da religião de Alopen, necessitando de escassos meios para se mostrar; palavras, uma cruz, pequenas figuras pintadas ou esculpidas, facilitasse o procedimento de fazer esquecer a nova religião.

Algo diferente sucedeu com a religião de Buda Sakyamuni, para a qual a existência de pinturas murais é parte integral do espaço construído dos seus templos para elucidação dos crentes e perplexidade dos visitantes. Na era de Taizong também chegou a Chang’an um artista budista cuja memória permaneceria nos tratados da pintura.

Yuchi Yisang (Visa Irasanga, activo no século VII) veio do Reino de Khotan, na Ásia central (actual Xinjiang) para servir como guarda do palácio imperial, mas logo se notabilizou na decoração de templos budistas e daoístas nas regiões de Chang’an e depois de Luoyang.

Sobre ele Zhu Jingxuan, escrevendo no fim dos Tang, a meio do século IX disse: «Os temas estrangeiros na pintura, figuras de fantasmas e formas exóticas, todos praticados por Yuchi Yiseng, foram quase completamente descontinuados.» (em Tangchao Mighua lu, «Sobre pinturas famosas do período Tang»).

Da sua obra restam escassos exemplos e de difícil autenticação, entre eles, as figuras de duas mulheres do reino de Kusha, pintadas a tinta e cor sobre seda (Villa I Tatti, Florença). O seu corpo, a primeira fronteira da expressão do espírito, move-se em harmonia numa dança.

15 Jul 2024

Suncity | Publicada mensagem pessoal com foto de Alvin Chau

Num registo pessoal, mas sem assinatura, a mensagem publicada com a fotografia daquele que foi um dos grandes junkets justifica que nos últimos 10 anos tudo o que fez foi por amor a Macau

 

Tudo feito por amor a Macau. É desta forma que mensagem publicada em tom pessoal e com a fotografia de Alvin Chau no Facebook oficial da Suncity faz uma análise dos últimos 10 anos.

No que aparenta ser uma mensagem de Alvin Chau, dado que é escrita na primeira pessoa, embora sem assinatura, o texto começa por indicar que passaram “dois anos num piscar de olhos”, para depois fazer um balanço dos “últimos 10 anos”. Alvin Chau está preso desde Novembro de 2021, e cumpre uma pena de 18 anos de prisão.

Seguida da introdução, em que também é perguntado a “todos os ex-colegas e amigos” se estão bem, a publicação adquire um cariz ainda mais pessoal, em que o autor questiona se cometeu erros no passado. “Às vezes, pergunto-me, será que realmente cometi erros? Será que tenho a consciência pesada?”, interroga.

O autor garante igualmente que “sempre assumiu as responsabilidades de contribuir para Macau”, e que tentou “deixar a cidade mais brilhante no palco internacional”. Neste sentido, argumenta que a Suncity, “ao longo dos anos” “impulsionou a economia das artes, cultural e entretenimento”. “Organizávamos e patrocinámos mais de 50 concertos e espectáculos de grande dimensão em Macau”, é frisado. “Nós investimos imensos recursos na promoção de Macau como destino turístico, fomos os patrocinadores do Grande Prémio, do Festival Internacional de Cinema, do Encontro de Mestres de Wushu e do concurso Miss Macau”, é acrescentado.

A mensagem foca ainda “os esforços de caridade”, “promoção do desporto” e criação de equipas de voluntariado, futebol, basquetebol e barco-dragão. “Eu contribuí muito para Macau, só por uma razão, porque amo este lugar!”, é indicado.

Publicação viral

O texto termina depois com a certeza de que tudo foi feito para melhorar a cidade. “Nos últimos 10 anos, nem por um momento parei! Eu realmente tentei fazer o meu melhor para contribuir para Macau”, é vincado. “Espero sinceramente que esta cidade esteja cada vez melhor!”, realçou.

A publicação rapidamente se tornou viral e em menos de 24 horas contava com mais de 5,2 mil reacções, 718 comentários e 518 partilhas. Entre os comentários, vários ex-trabalhadores da empresa, como Gina Lei, ex-vice-presidente do grupo Suncity, deixaram elogios e palavras de apoio a Alvin Chau. Também vários comentários indicavam que Alvin Chau tinha sido o melhor patrão que alguma vez tinham encontrado na vida profissional.

15 Jul 2024

Crime | Carteira electrónica de desaparecida usada em Macau

A carteira electrónica de uma mulher chinesa desaparecida na Tailândia foi utilizada em Macau, dias depois do desaparecimento, de acordo com o jornal Khaosod English, um dos maiores da Tailândia.

Segundo o jornal, as autoridades suspeitam que a mulher, que estudava na Malásia e estava de férias na Tailândia, terá sido morta por um homem, do Interior com quem se encontrou logo no primeiro dia da viagem.

Os acontecimentos ocorreram a 1 de Julho, e depois de entrar no carro com o alegado homicida, a mulher ainda terá parado numa loja para comer durião. Nessa altura, os dois foram filmados de mãos dadas.

No dia seguinte, o GPS da viatura alugada onde seguiam indica que os dois se deslocaram para a província de Chonburi. Quando o homem regressou à província de Chachoengsao, a 3 de Julho, onde inicialmente se tinha encontrado com a mulher, entregou a viatura e voou para Hong Kong.

Depois de chegar a Hong Kong, a carteira electrónica de WeChat da vítima foi utilizada em diferentes ocasiões, apesar de não haver registos da saída da mulher da Tailândia.

As autoridades tailandesas estão a investigar o caso. No país do sudeste asiático encontra-se também a família da vítima, que antes do alegado homicídio terá recebido uma chamada telefónica, a exigir o pagamento de um resgate de 1 milhão de yuan.

15 Jul 2024

Acidente | Trabalhador morre após queda quando substituía ar-condicionado

A vítima era um trabalhador não-residente do Interior, teria meia-idade e suspeita-se que tenha prendido a corda de segurança a um apoio de ar-condicionado, que acabou por ceder

 

Um trabalhador perdeu a vida na sequência de uma queda quando substituía um ar-condicionado. O acidente acontece no sábado, por volta do meio-dia, e a ocorrência ficou captada em vários vídeos que circularam nas redes sociais.

De acordo com a versão das autoridades, o acidente e terá acontecido quando o homem “de meia idade” substituía um ar-condicionado, no exterior de um edifício, na Alameda Dr. Carlos de Assumpção. Suspeita-se que o homem terá prendido a corda de segurança a um dos braços do apoio do ar-condicionado.

No entanto, o braço do apoio do ar-condicionado terá cedido, o que levou a que o homem caísse. Nas imagens que circularam online, e que foram captadas por viaturas que seguiam na Rotunda do Arco Oriente e na Alameda Dr. Carlos de Assumpção, vê-se o homem a cair ao mesmo tempo do aparelho de ar-condicionado.

A queda aconteceu à frente da entrada de um parque de estacionamento, e não houve feridos a registar, além da vítima mortal. Todavia, os vídeos que circularam mostraram que pelo menos uma viatura terá sofridos danos. A vítima é um trabalhador não-residente do Interior.

Alerta ao meio dia

Após o acidente o Corpo de Bombeiros foi chamado ao local, por volta das 12h12. Como a vítima foi declarada morta minutos depois, também a Polícia Judiciária se deslocou à Alameda Dr. Carlos de Assumpção.

“Depois de um exame ao corpo do morto, apurou-se que as lesões são consistentes com os ferimentos causados por uma queda em altura”, pode ler-se na informação revelada aos órgãos de comunicação social. “Além dos ferimentos da queda em altura, não foram detectadas lesões suspeitas. Também com a investigação se descobriu que o homem estava a substituir um ar-condicionado do edifício onde a queda aconteceu”, foi acrescentado.

Dado que a ocorrência foi classificada como acidente de trabalho, a Direcção de Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) esteve igualmente no local. Horas depois, a DSAL emitiu um comunicado a lamentar o acidente e a garantir que tem promovido a segurança ocupacional e no trabalho.

“A DSAL expressa a sua grande preocupação e tristeza e envia as condolências à família da vítima”, foi comunicado. “Ao mesmo tempo, estamos a tentar compreender o acidente e vamos assistir a família com todos os procedimentos e na obtenção das compensações relacionada com o acidente de trabalho”, foi acrescentado. A DSAL sublinhou também que o acidente vai continuar a ser investigado.

De acordo com as estatísticas oficiais mais recentes, entre Janeiro e Março houve três vítimas mortais em acidentes de trabalho, mais uma face ao período homólogo.

15 Jul 2024

Portugal | BE critica nomeação de Vitório Cardoso, “apologista de ditaduras”

O Bloco de Esquerda questionou o Governo português sobre a nomeação de Vitório Cardoso como secretário pessoal do secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, qualificando-o de “lobista e apologista de ditaduras” e temendo o seu acesso a “informação sensível”

 

Numa pergunta dirigida ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, subscrita pela deputada Marisa Matias, o Bloco de Esquerda (BE) refere-se à nomeação publicada em Diário da República no dia 4 de Julho do secretário pessoal de José Cesário. Trata-se da nomeação de Vitório Rosário Cardoso, “lobista e apologista de ditaduras, para cargo onde lidará com informação sensível”, aponta o BE, argumentando que a pessoa em causa “não tem idoneidade, nem deve merecer confiança para lidar com matérias e com informações tão sensíveis” como aquelas que o cargo acarreta.

“Vitório Rosário Cardoso exalta as ditaduras franquista e salazarista, diz que Aristides Sousa Mendes ‘pôs em risco a vida de todos os portugueses’, que o 25 de Abril foi ‘um dia de luto’ e defende a PIDE por considerar que teve ‘um papel fundamental para combater os atos subversivos da oposição política em prol da ‘unidade, liberdade e soberania nacionais’”, sustentam no documento.

A pergunta do BE surge após a revista Sábado ter noticiado na quinta-feira a nomeação de Vitório Cardoso, num artigo em que recordava o seu percurso e as suas posições políticas, que já o levaram a participar na manifestação do Chega que negava a existência de racismo em Portugal, apesar de ser militante do PSD de Macau.

“Acresce a tudo isto que Vitório Rosário Cardoso é conhecido pela sua actividade de lóbi económico”, aponta ainda a deputada Marisa Matias.

Segundo a exposição do BE, o agora secretário de José Cesário é “vice-presidente das Regiões Autónomas de Portugal da PORCHAM Portugal, uma empresa que se apresenta como ‘uma plataforma formal para empresas, profissionais e empresários luso-chineses se conectarem’ e que tem como objectivo ajudar ‘as empresas portuguesas a terem uma presença de sucesso na China, assim como as empresas chinesas a terem uma presença de sucesso em Portugal’”.

“É uma actividade que já vem de longe, sendo conhecido o seu papel de intermediário de negócio entre Portugal e China pelo menos desde 2014, tendo inclusivamente acompanhado uma comitiva de empresários chineses no distrito de Viseu, já na altura acompanhando José Cesário”, acrescenta.

Pote de mel

Marisa Matias aponta que cabe ao secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, entre outras matérias, “todos os actos respeitantes à Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas, ao Conselho das Comunidades Portuguesas, ao Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I. P., à Comissão Interministerial para as Migrações e Comunidades Portuguesas e à Comissão Organizadora do Recenseamento Eleitoral dos Portugueses no Estrangeiro”.

São ainda competência do secretário de Estado, sublinha, a decisão de recursos hierárquicos sobre pedidos de vistos apresentados nos Serviços Periféricos Externos do Ministério dos Negócios Estrangeiros, as matérias relativas com o Programa Nacional de Apoio ao Investimento da Diáspora ou a designação de trabalhadores para as secções consulares.

Para a deputada bloquista, “torna-se óbvio que a nomeação feita não podia ter acontecido nem deve continuar, sob pena de se colocar num lugar de acesso a informação sensível e privilegiada alguém que representa interesses económicos particulares, em clara situação de conflito de interesses”.

Marisa Matias pergunta se o ministro dos Negócios Estrangeiros tem conhecimento da nomeação e se “considera que alguém que defende ditaduras e polícias políticas pode ser nomeado para um cargo de tamanha confiança política e onde lidará com informação e assuntos sensíveis”.

A parlamentar bloquista questiona ainda Paulo Rangel sobre se “alguém que tem ficado conhecido pela sua actividade de lobby e de facilitador económico pode ser nomeado para um cargo onde estará em claro conflito de interesse” e se vai “compactuar com esta nomeação, mesmo sendo notório que ela vai ao arrepio de todos os valores que Portugal deve representar”.

15 Jul 2024

Obras públicas | Sinergia de Macau critica adjudicações directas

O presidente da Associação da Sinergia de Macau, Johnson Ian, considerou que ao longo dos anos a transparência nas obras públicas se tornou cada vez menor. A ideia foi defendida num artigo publicado no jornal Son Pou, em que é indicado que a realidade contrasta com as palavras de Ho Iat Seng, em 2020, quando prometeu um período dourado nas obras públicas.

No artigo, o presidente da Associação da Sinergia de Macau indica que o Governo tem aumentado a tendência de recorrer à adjudicação directa, em vez de lançar concursos públicos. Ian dá o exemplo de, em 2020, quando meses depois da promessa efectuada o Governo realizou uma adjudicação directa para a construção das residências de idosos à China Constrution. As obras foram adjudicadas pelo preço de 210 milhões de patacas, em vez de ter sido lançado um concurso público.

Iam recusou também o argumento de que as residências para idosos exigem trabalho especializado, ao contrário do que foi indicado. “A residência para idosos são fracções com layouts diferentes, mas não deixa de se tratar de um edifício habitacional. Não estamos a falar da construção de uma estação espacial internacional, pelo que muitas empresas locais de construção tinham capacidade para fazer as obras”, pode ler-se.

O dirigente associativo considerou igualmente que o Governo devia evitar os concursos directos, para incentivar o desenvolvimento das empresas locais.

15 Jul 2024

CAECE | Mais de um terço dos candidatos são estreantes

A lista de candidatos para a Comissão Eleitoral do Chefe do Executivo foi revelada na sexta-feira, com mais de um terço de caras novas. O antigo Chefe do Executivo Chui Sai On estreia-se no grupo. No total, foram recebidas 348 candidaturas válidas para os 344 lugares da comissão eleitoral que irá votar o próximo líder do Governo

 

A lista de candidatos à Comissão Eleitoral do Chefe do Executivo (CECE) foi afixada na sexta-feira, que agrega 348 candidaturas para 344 lugares disponíveis, proporção que a presidente da Comissão de Assuntos Eleitorais do Chefe do Executivo (CAECE), Song Man Lei, considerou ser sinónimo de uma “eleição competitiva”.

A maioria dos 348 candidatos tem menos de 65 anos e 121 apresentaram pela primeira vez candidatura ao colégio eleitoral que elege o Chefe do Executivo, uma proporção de estreantes superior a um terço.

Na conferência de imprensa de sexta-feira, em que foi anunciada a lista de candidatos à CECE, Song Man Lei referiu que os subsectores educacional e do trabalho registaram mais quatro candidatos, dois de cada, do que o número de assentos atribuídos de acordo com a lei.

Uma das caras novas no colégio eleitoral será Fernando Chui Sai On, o antecessor de Ho Iat Seng que liderou o Executivo da RAEM entre 2009 e 2019, que irá concorrer no subsector educacional.

Alta fidelidade

Song Man Lei afirmou ainda que a Comissão de Defesa da Segurança do Estado verificou que todos os candidatos e representantes dos subsectores da religião e de membros de Macau na Assembleia Popular Nacional “defendem a Lei Básica e são fiéis à Região Administrativa Especial de Macau da República Popular da China”.

Em relação aos candidatos com ligações à comunidade portuguesa, Jorge Neto Valente e Carlos Rodrigues vão concorrer pelo sector industrial, comercial e financeiro, onde constam também nomes como Frederico Ma, Manuel Iok Pui Ferreira, David Chow, Pansy Ho, e os deputados Chan Chak Mo e Wang Sai Man.

Pelo subsector cultural, concorrem Manuel Pires, José Chan Rodrigues. Pelo sub-sector educacional, destaque para o presidente da Confraria da Gastronomia Macaense Carlos Cabral, o deputado nomeado pelo Chefe do Executivo Kou Kam Fai e José Chan Rodrigues.

No subsector profissional constam os nomes de António Dias Azedo, Paulino Comandante, os arquitectos Carlos Marreiros e André Ritchie, a tradutora e intérprete Manuela Aguiar, Casimiro de Jesus Pinto e Leonel Alves.

No subsector desportivo, concorrem João Manuel Paes D´Assumpção, Eurico de Jesus e Daniela Fão, enquanto no subsector dos serviços sociais permanece o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Macau António José de Freitas, e entra Duarte da Silva Rosário. A eleição dos membros da CECE está marcada para o dia 11 de Agosto.

15 Jul 2024

Luís Bernardino, investigador e docente universitário: “Passagem de Macau para a China foi exemplar”

Luís Bernardino, docente da Universidade Autónoma de Lisboa, faz parte do recém-criado think-tank “Global Strategic Platform”, que irá organizar uma série de eventos centrados na China. O programa está a ser preparado e não deixa Macau de fora. Luís Bernardino fala ainda sobre o sucesso da transição de Macau

 

 

Foi apresentado, há dias, o projecto “China Sessions” no âmbito da “Global Strategic Platform”. Em que consiste esta iniciativa?

A “Global Strategic Platform” é uma plataforma virtual que liga professores que estão nos EUA, Angola e Portugal e que foi criada há cerca de dois anos para organizar eventos que sejam de carácter global nas áreas da geopolítica e geoestratégica, ou mesmo relações internacionais. Nessa altura, criámos as “Africa Sessions” que, de certa forma, nos últimos dois anos, tem feito um caminho no sentido de ter conferências sobre os temas da agenda africana. No ano passado surgiu-nos a ideia de ampliar este projecto, ou seja, criar dois outros pilares. Um deles é o “Transatlantic Sessions”, ou seja, estudar as relações transatlânticas, e começámos a fazer isso, e agora queremos criar uma terceira área de estudos sobre a China, com as “China Sessions”. Este segmento pretende ser um conjunto de eventos que procuramos criar online, embora alguns eventos sejam presenciais, com transmissão para todo o mundo, sobre a problemática da China no mundo. A ver pelo primeiro tema, e a adesão das pessoas, temos um bom acolhimento. Fizemos esta sessão de abertura no Centro Científico e Cultural de Macau e isso foi muito importante porque essa relação tem de estar ligada a Macau.

De que forma?

Macau desempenha um papel muito importante na relação da China com África, e se quisermos ser mais concretos, com os países de língua portuguesa. Isso parece-nos ser também um vector importante de análise. Portanto, queremos trazer essas temáticas para as “China Sessions”, cujo programa de actividades estamos agora a desenvolver.

Será uma espécie de think-tank?

Será um think-tank que pretende abrir a discussão ao mundo global utilizando as ferramentas digitais, congregando pessoas de todos os quadrantes, a nível mundial, num tema que nos parece muito actual por várias ordens de ideias. Desde logo porque a China já é um actor global e as dinâmicas do país têm impacto com todos os outros actores. É importante que este projecto possa realizar essa análise. Vamos ter vários campos. A primeira conferência foi sobre a iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, e vamos já fazer uma segunda sessão em que falaremos sobre os dez anos da mesma iniciativa, mas numa perspectiva mais económica. Depois queremos abrir espaço para falar sobre segurança, cultura, diplomacia. São esses os objectivos que temos. Vamos abrir este projecto a todos, embora tenhamos uma dificuldade acrescida quanto à língua, nomeadamente ao chinês e dos fusos horários. Se estamos a estudar, comentar e a analisar a China, também queremos ser ouvidos na China e que as nossas actividades cheguem ao país e a Macau. Temos algumas ideias nesse sentido e queremos encontrar um equilíbrio entre aquilo que são as necessidades de ajustamento de temas com os tempos e as horas.

Vão ser estabelecidas mais ligações a Macau?

Depende de cada um dos temas e de cada um de nós [participantes nas “China Sessions”]. Conheço relativamente bem Macau, a Fundação Rui Cunha, as universidades, e vamos tentar gerar oportunidades. Estamos disponíveis para nos associarmos na realização de conferências, por exemplo. Queremos aprofundar algumas das nossas experiências que já concretizamos nas “Africa Sessions” para as “China Sessions”. Vamos todos ganhar com isso porque teremos diferentes painéis com especialistas que nos vão mostrar aquilo que, de facto, a China está a fazer no mundo. É importante compreendermos essa dinâmica crescente da China nos vários vectores em que se posiciona, não apenas na “Faixa e Rota”, mas demais áreas conexas.

Que balanço faz dos dez anos da iniciativa lançada por Pequim?

Penso que há ainda muito a descobrir. Em dez anos não dá ainda para ver perfeitamente o alcance daquilo que são as dinâmicas de “Uma Faixa, Uma Rota”. Uma coisa me parece clara é a intenção da China de querer ser uma potência global, mas também penso que não há ainda uma ideia concreta de como isso vai acontecer. Para ser uma potência global tem de ser uma potência económica e militar, e também ao nível diplomático, e esses vectores todos têm de estar congregados numa estratégia nacional que às vezes me parece algo difusa.

Por definir?

Por definir em alguns aspectos. Obviamente que “Uma Faixa, Uma Rota” é um projecto global, de grande alcance, de longo termo, e creio que estes dez anos também serviram para a China aprofundar e desenvolver um pouco da sua estratégia de abordagem global. Terão de ser alinhados outros instrumentos do poder com a parte económica.

Macau tem também um certo posicionamento a cumprir nesta iniciativa. Considera que tem desempenhado o seu papel da melhor forma no âmbito de “Uma Faixa, Uma Rota”?

Penso que sim. Macau desempenha um papel muito importante, não apenas na relação com os países de língua portuguesa, mas também com a geografia global. Macau, obviamente, representa também para a China uma forma diferente de olhar para esta iniciativa. Eventualmente, da parte da CPLP [Comunidades dos Países de Língua Portuguesa] e países lusófonos não há, ainda, um completo entendimento e perspectiva de como isto pode ser benéfico na transacção comercial e na linha do que será a geopolítica do futuro. Portanto, há uma aprendizagem que deve ser feita, e Macau representa uma coisa interessante. Muitas vezes discutimos a questão das independências e a passagem de Macau [no que respeita à administração portuguesa] para a China foi, de facto, exemplar, permitindo criar estruturas, dinâmicas, consensos e projectar o território numa parceria que facilita quem está na China e em Macau. O território é agora uma porta de entrada para os países que querem apostar na China como entidade parceria, e também na construção de uma relação comercial. Esse é um activo estratégico de Macau na geopolítica da relação da China com o mundo. Vamos ver se a China consegue, efectivamente, perceber isso e potenciar esse instrumento de política externa que é e será Macau. De certa forma, o tamanho não conta, neste caso. Macau é um território de tamanho muito reduzido, mas tem uma dimensão geoestratégica muito grande. Essa é condição para que Macau seja vista pela China e pelo mundo como um espaço geoestratégico relevante no contexto global.

Celebra-se este ano o 25º aniversário da transição da administração portuguesa de Macau para a China. O balanço que faz do território é positivo? Macau tem sabido posicionar-se em todos estes contextos?

Sim. Há de facto muitas coisas positivas. Foi bom o facto de haver uma parte cultural, da lusofonia, da língua e cultura portuguesas que se mantém. Estive em Macau e gostei de ver o património, o Clube Militar, e sentimo-nos muito em casa em Macau, com tanta história que ficou num espaço tão longínquo e distinto. Portugal fez uma transição exemplar que é vista como um bom exemplo na transição entre Estados. A minha avaliação é positiva e veremos se temos capacidade de apostar e fortalecer esta relação e perceber que Macau é, de facto, importante nesta nossa ligação com a China e CPLP.

15 Jul 2024

Tailândia | ONU pede fim de transacções com Myanmar

O relator especial das Nações Unidas para os Direitos Humanos na Birmânia (Myanmar), Thomas Andrews, pediu ontem à Tailândia para suspender as transacções financeiras com a Junta Militar, impedindo a compra de armamento.

Perante uma comissão parlamentar em Banguecoque, Andrews recordou que a Tailândia é neste momento o primeiro aliado financeiro da Junta Militar, no poder em Myanmar, e que usa os bancos tailandeses para adquirir armamento que é utilizado contra civis.

O relator especial da ONU assinalou que a Junta Militar está neste momento afectada pelas ofensivas armadas das forças da oposição sendo que o Exército pretende multiplicar os ataques contra os civis que se encontram sob o abrigo de hospitais e mosteiros.

Andrews considera o plano dos militares do Myanmar uma “brutalidade sem fim”.

Assim, alertou que a “Junta pretende destruir (partes) do país que não pode controlar”.

Na intervenção parlamentar, que está a ser divulgada através das redes sociais, Andrews referiu-se ao relatório apresentado pelas Nações Unidas há duas semanas e que “demonstra” que as transacções com vista à compra de armas, através da Tailândia, atingiram os 60 milhões de dólares entre 2022 e 2023 e 120 milhões de dólares entre 2023 e o primeiro semestre de 2024.

O responsável das Nações Unidas recordou que os fundos são canalizados através de transacções complicadas e intermediários que compram componentes para helicópteros e aviões de guerra, assim como armas usadas para atacar a população civil.

“Os bancos tailandeses podem não ter consciência do aumento significativo das transacções cujos fundos provêm da Junta Militar para material bélico sofisticado usado para atacar civis”, disse.

O relator recordou que Singapura conseguiu reduzir drasticamente este tipo de transacções após uma investigação ao sistema bancário local.

Após a publicação do relatório da ONU, o Banco Central da Tailândia afirmou que as entidades do país obedecem às leis internacionais sobre lavagem de capitais, apesar de se ter comprometido a investigar em caso de se verificarem irregularidades.

Caos instalado

Na Birmânia, os grupos armados da oposição têm alcançado “algumas vitórias militares em várias regiões do país”.

As Forças de Defesa do Povo Mandalay e a guerrilha Ta’ang, que se opõem à Junta Militar, anunciaram ontem que tomaram uma cidade da província de Mandalay, norte, tendo apreendido 600 armas e munições, além de peças de artilharia.

Esta ofensiva faz parte da segunda fase da “operação 1027” lançada no dia 25 de Junho no norte e nordeste do país.

Na primeira fase da operação, que teve início em 27 de Outubro de 2023, vários guerrilheiros e milícias capturaram numerosos alvos no Estado de Shan, tendo os combates alastrado posteriormente a outras partes do país.

O golpe militar de 2021 pôs fim a dez anos de transição democrática agravando as situações de violência, com milhares de jovens a juntarem-se a grupos armados que lutam contra o Exército.

12 Jul 2024

Biografia do orvalho

Manoel de Barros leva-nos à ponte das Fadas, esse local lindíssimo numa localidade francesa, e no entanto ele é um poeta brasileiro do século XX, um modernista, fazedor de neologismos, que disse apenas ser de uma vanguarda primitiva. É um poeta do mais excepcional que os locais oníricos relembram como padroeiro, um talvez imenso duende que transformou a competência de ser numa alegria imprópria aos atormentados que se alongam nos mistérios sem a abrangência da maravilha. E este é o título da sua demonstração de poeta transfigurado.

As fadas aparecem quais gotas de orvalho aos primeiros raios da manhã fazendo da condensação notas musicais de suavidade quase imperceptível, caiem em ramos e folhas bem ao ritmo das suas intérpretes bretãs e germânicas que galvanizaram os seus feitos que tanto influenciaram a geração poética dos anos 30, estando este estatuto ainda quase imerso num envolvente e maravilhoso pansexualismo. Manoel de Barros foi criador de gado, aquelas culturas, criadoras de mitos, e todos eles se levantavam provavelmente ao despontar da alba retendo o embrião feérico dessa hora: as bênçãos do orvalho são ainda, e mais que tudo, as rosas «rosée» que quer dizer exatamente, orvalho. E quando pelas noites quente de Verão o feminino se delícia com este denominado vinho, é ainda um brinde às fadas que quer transmitir.

O nosso poeta pertenceu na adolescência à União da Juventude Comunista, e num imenso desaire persecutório apenas foi salvo por ter escrito uma coisa chamada «Nossa Senhora da escuridão» que fez balançar algozes e chorar simpatizantes, e só terá sido salvo por esta intercepção vinda da noite.- Já eram as Fadas! Aliás, ele viveu tanto, que só as pétalas das rosas contaram os seus dias. Mas fadas andam por todo o lado! Até Italo Calvino fez uma obra a partir de recolhas folclorísticas italianas para uma abordagem do conto popular onde vemos a importância da sua nomeação: «Sobre os Contos de Fadas» e será impensável não se mergulhar nesta obra com carácter de urgência. Ou então, nunca a conhecer. Vivemos aqui, na Terra, ninguém sabe quem são estes seres, e sobretudo, as novas gerações nem leram contos de fadas.

« Perdoai

Mas eu preciso ser Outros.

Eu penso renovar o homem usando borboletas»

Pessoa tê-lo-ia adorado neste poema, e como se de grandes feéricos aqui se tratasse, a borboleta da biografia do orvalho é a plena metamorfose do tempo que se transmuta: mas partamos de um paradigma inverso onde a coisa amada primeiro se possui, e só depois a temos de conquistar. A janela está sobranceira aos primeiros orvalhos matutinos, e toda a graça da ressurreição condensada vem por ela, mas o sono fundo faz sonhar com dias outros sem a fronteira de orvalhos que são lembranças de lágrimas não choradas, e caímos então num lodo de finitas competências que não contemplam alvoradas.

«Vertido em seis pratos dispostos em forma de triângulo de fogo, o orvalho é agora exposto ao fluído cósmico, para aumentar a sua força (grego, «rosis»). E ao fundo as cortinas protectoras desapareceram das janelas».

12 Jul 2024

Seul vai produzir nova arma para combater ‘drones’ norte-coreanos

A Coreia do Sul vai produzir um novo tipo de arma laser para abater drones norte-coreanos, anunciou ontem a Administração do Programa de Aquisições de Defesa (DAPA), que apelidou a tecnologia de “Projecto Guerra nas Estrelas”.

Parte dos esforços do país para modernizar a capacidade defensiva face aos avanços do armamento norte-coreano, este novo sistema está a ser desenvolvido desde 2019, com um custo de 87,1 mil milhões de won (cerca de 58 milhões de euros).

A empresa Hanwha Aerospace é a fornecedora deste novo sistema capaz de “neutralizar alvos irradiando-os directamente com uma fonte de luz laser gerada por fibra óptica”, explicou a DAPA em comunicado.

A arma é capaz de “defender contra pequenos veículos aéreos não tripulados e multirotores [outro tipo de ‘drones’] a curta distância”, de acordo com a DAPA. Assim que for utilizada, a Coreia do Sul torna-se o primeiro país a operar uma arma deste tipo. Prevê-se que isso aconteça este ano, acrescentou a agência sul-coreana.

Defesa reforçada

A arma necessita apenas de electricidade para funcionar e o raio laser emitido não é visível ao olho humano, nem emite qualquer som.

O exército sul-coreano começou a reforçar a capacidade de defesa contra ‘drones’ depois de cinco aparelhos da Coreia do Norte terem atravessado a fronteira entre os dois países, em Dezembro de 2022, um dos quais sobrevoou o norte de Seul antes de voltar para trás.

Os militares sul-coreanos enviaram aviões e helicópteros para localizar e abater os outros quatro ‘drones’ nas imediações da ilha de Ganghwa, mas acabaram por perder os aparelhos de vista devido à sua pequena dimensão – menos de três metros de largura.

O incidente marcou um pico de tensão na península coreana e pôs em causa a preparação de Seul para incursões destes aparelhos não tripulados.

12 Jul 2024

Interpol | Pequim extradita para os EUA fugitivo procurado

A polícia chinesa entregou ontem à congénere dos Estados Unidos um fugitivo que constava na lista da Interpol, por crimes sexuais contra menores, no Aeroporto Internacional de Pudong, em Xangai, no leste da China.

O indivíduo, de apelido Scott e acusado de crimes de abuso de menores nos Estados Unidos, foi extraditado, em mais um episódio de colaboração entre as forças policiais chinesas e norte-americanas nos últimos meses, informou a televisão estatal CCTV.

O fugitivo estava na lista da Interpol desde Outubro de 2018, depois de ser procurado pelas autoridades norte-americanas desde Maio de 2014. Foi detido pela polícia chinesa na sequência de uma investigação, que concluiu que não tinha cometido crimes sexuais contra menores em solo chinês.

Fontes do Ministério da Segurança Pública chinês, citadas pela CCTV, afirmaram que as autoridades policiais chinesas e norte-americanas realizaram recentemente “uma série de acções de cooperação prática nos domínios da luta contra o narcotráfico, repatriamento de imigrantes ilegais, localização de fugitivos e combate ao crime transnacional”.

Em Junho passado, uma operação conjunta entre as autoridades chinesas e norte-americanas resultou na detenção, na China, de um homem suspeito de operar um negócio ilegal de câmbio de moeda e de branqueamento de capitais ligado ao tráfico de droga.

Em Janeiro último, realizou-se a primeira reunião do Grupo de Trabalho EUA-China de Luta contra a Droga, que marcou o reinício da cooperação bilateral nesta área entre as duas potências, após o encontro entre o Presidente norte-americano, Joe Biden, e o homólogo chinês, Xi Jinping, em Novembro do ano passado, em São Francisco, Califórnia.

12 Jul 2024