Hoje Macau China / ÁsiaKiev pede à China que desempenhe papel importante nas negociações para a paz O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pediu ao homólogo chinês, Wang Yi, que Pequim continue a desempenhar um papel importante na obtenção de um cessar-fogo com a Rússia, noticiou hoje a imprensa estatal chinesa. O diálogo entre os dois diplomatas, realizado por telefone, ocorreu três dias depois de a China e a União Europeia (UE) terem realizado uma cimeira, por videoconferência. Bruxelas pediu a Pequim que abandonasse a sua “equidistância” perante a guerra na Ucrânia e que usasse a sua influência sobre a Rússia para impedir a agressão. “A única coisa que a China quer é paz na Ucrânia”, assegurou Wang Yi a Kuleba, citado pela agência noticiosa oficial Xinhua. Wang disse que a China espera que as negociações continuem até que um acordo de cessar-fogo seja alcançado. Segundo a Xinhua, o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano atualizou Wang sobre a situação no país e disse que Kiev deseja manter a comunicação com Pequim. Kuleba espera que a China continue a desempenhar um papel importante na obtenção de um cessar-fogo. A China é um “grande país, que desempenha um papel fundamental e ativo em salvaguardar a paz”, disse Kuleba, citado pela Xinhua. O ministro afirmou que Kiev quer encontrar uma solução duradoura através do diálogo com a Rússia. Wang insistiu na posição chinesa de promover o diálogo e as negociações para a paz. “A China não tem interesse geopolítico na crise ucraniana nem observará à distância, sem fazer nada, mas também não vai atirar gasolina para o fogo. O que queremos é paz”, afirmou. Segundo o ministro chinês, o conflito acabará por terminar e o importante vai ser preservar a segurança duradoura na Europa, o que exigirá “uma estrutura de segurança europeia equilibrada, eficaz e sustentável”, construída através de um “diálogo equitativo”. Wang também agradeceu os esforços das autoridades ucranianas na retirada de cidadãos chineses do país e disse esperar que medidas eficazes continuem a ser tomadas para garantir a segurança dos chineses que permaneceram na Ucrânia. Pequim tem mantido uma posição ambígua em relação à invasão russa da Ucrânia. Por um lado, defendeu que a soberania e a integridade territorial de todas as nações devem ser respeitadas – um princípio de longa data da política externa chinesa e que pressupõe uma postura contra qualquer invasão -, mas ao mesmo tempo opôs-se às sanções impostas contra a Rússia e apontou a expansão da NATO para o leste da Europa como a raiz do problema. Na semana passada, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, esteve na China para uma reunião especial sobre o Afeganistão. Lavrov reuniu-se com Wang Yi e ambos afirmaram que nem a guerra nem as sanções mudarão a “parceria estratégica” entre os dois países. A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.430 civis, incluindo 121 crianças, e feriu 2.097, entre os quais 178 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior. A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de dez milhões de pessoas, das quais 4,1 milhões para os países vizinhos. Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Hoje Macau China / ÁsiaChina critica Estados Unidos por reforço de laços militares no Indo-Pacífico O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, acusou ontem Washington de tentar criar uma versão asiática da NATO e disse que cabe ao Governo norte-americano melhorar as relações com a Coreia do Norte. A política dos Estados Unidos em relação ao leste da Ásia e ao Oceano Índico, e os esforços para reforçar os laços militares com Japão, Austrália e Índia são um “desastre, que interrompe a paz e a estabilidade regionais”, apontou Wang Yi, em conferência de imprensa. “Os Estados Unidos estão a jogar os seus jogos geopolíticos, sob o pretexto de promoção da cooperação regional”, disse Wang. O ministro acrescentou que a postura da Casa Branca “contraria” os desejos regionais de cooperação e “está condenada a não ter futuro”. Wang acusou Washington de estar a organizar uma aliança para “suprimir a China”. Estados Unidos, Japão, Austrália e Índia reforçaram, nos últimos anos, os seus laços militares. Em 2021, Washington acordou fornecer tecnologia à Austrália para a construção dos seus primeiros submarinos movidos a energia nuclear. “O verdadeiro propósito da ‘estratégia Indo-Pacífico’ é criar uma versão da NATO para” a região, disse Wang Yi. A expansão da aliança ocidental foi citada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, como um dos motivos para invadir a Ucrânia. Do exterior Wang pediu ao Governo de Joe Biden que revivesse o espírito dos acordos dos anos 1970, que abriram as relações dos EUA com o executivo comunista de Pequim. “Os Estados Unidos não poupam esforços para concretizar uma intensa competição com a China, constantemente atacando e provocando problemas em questões relacionadas com os interesses centrais chineses”, disse Wang. Washington deve “voltar ao caminho certo da racionalidade e do pragmatismo”, apelou. Wang pediu aos Estados Unidos que tomem a iniciativa de melhorar as relações com a Coreia do Norte e acusou o Governo de Biden de não responder a “medidas positivas” de Pyongyang. “Depende em grande parte do que o lado americano fizer, se realmente vai adoptar acções concretas, para resolver o problema, ou vai continuar a usar a questão da península [coreana] como moeda de troca estratégica” disse Wang. Sobre o Mar do Sul da China, o ministro reclamou que actores externos estejam a interferir nos esforços para desenvolver um “código de conduta” e disse que Pequim e os governos dos países do Sudeste Asiático deveriam negociar entre si. Os Estados Unidos e outros governos enviaram navios de guerra para zonas daquele mar reivindicadas por Pequim, reclamando assim o direito de navios de todos os países usarem aquelas águas. As forças externas “não querem que o Mar do Sul da China permaneça calmo, porque isso faz com que percam o pretexto de intervir, para ganho pessoal”, disse Wang. “A interferência externa não pode parar o ritmo da cooperação regional”, apontou.
Hoje Macau China / ÁsiaMNE chinês diz que Rússia é o “parceiro estratégico mais importante” da China O Ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, disse hoje que a Rússia é o “parceiro estratégico mais importante” de Pequim, numa altura em que o seu país recusa condenar a invasão da Ucrânia. Wang disse que os laços entre Pequim e Moscovo constituem uma das relações bilaterais “mais cruciais do mundo”. “Não importa quão perigoso é o cenário internacional, vamos manter o nosso foco estratégico e promover o desenvolvimento de uma parceria abrangente China – Rússia na nova era”, disse o governante chinês, numa conferência de imprensa paralela à sessão anual da Assembleia Nacional Popular, o órgão legislativo máximo da China. “A amizade entre os dois povos é firme como uma rocha”, acrescentou. Além disso, Wang Yi acrescentou que Pequim “já está a mediar” o conflito na Ucrânia e que vai fazer esforços para oferecer assistência humanitária, o que “não deve ser politizado”. “A paz e o diálogo devem ser promovidos e a China já fez alguns esforços nesse sentido”, afirmou Wang Yi, numa conferência de imprensa paralela à sessão anual da Assembleia Nacional Popular, o órgão legislativo máximo da China. “Houve duas rondas de negociações e esperamos que haja uma terceira. Quanto mais divergências há, maior a necessidade de se sentarem para negociar”, disse. Pequim tem mantido uma posição ambígua em relação à invasão russa da Ucrânia. Por um lado, defendeu que a soberania e a integridade territorial de todas as nações devem ser respeitadas – um princípio de longa data da política externa chinesa e que pressupõe uma postura contra qualquer invasão -, mas ao mesmo tempo opôs-se às sanções impostas contra a Rússia e apontou a expansão da NATO para o leste da Europa como a raiz do problema. No início de fevereiro, o Presidente chinês, Xi Jinping, reuniu-se, em Pequim, com o homólogo russo, Vladimir Putin. Os dois afirmaram, numa declaração conjunta, o seu “forte apoio mútuo à proteção dos interesses centrais” dos dois países. A Rússia apoiou a visão da China sobre Taiwan como “parte inalienável” do território chinês, enquanto a China apoiou a Rússia na oposição ao alargamento da NATO. O Governo chinês recusou-se a condenar a invasão da Ucrânia, mas tentou distanciar-se da guerra de Putin, apelando ao diálogo e ao respeito pela soberania dos outros países.
Hoje Macau China / Ásia MancheteUcrânia | China pede aos EUA que não “lancem mais achas para a fogueira” O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, disse ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que a China se opõe a quaisquer ações que “lancem mais achas para a fogueira” na Ucrânia. Wang pediu negociações para resolver a crise na Ucrânia, bem como conversas sobre a criação de um mecanismo de segurança europeu “equilibrado”, de acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. Num telefonema realizado no sábado, o diplomata chinês disse ainda que os EUA e a Europa devem prestar atenção ao impacto negativo que a expansão da NATO para o leste tem para a segurança da Rússia. Durante a conversa, Blinken mais uma vez pressionou a China a ser mais crítica com a Rússia, indicou o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano Ned Price, em comunicado. A China, por enquanto, tem evitado condenar a invasão russa da Ucrânia, tendo expressado oposição às sanções unilaterais impostas a Moscovo pelos Estados Unidos, UE e outros países ocidentais. O telefonema entre os dois chefes de diplomacia concentrou-se no conflito “premeditado e injustificado” provocado pela Rússia, disse o Departamento de Estado dos EUA. Blinken aproveitou a oportunidade para lembrar a Wang que “o mundo está atento para saber quais as nações que defendem os princípios básicos de liberdade, autodeterminação e soberania”. O secretário de Estado norte-americano também sublinhou que o mundo está a agir “em uníssono” para responder à agressão russa, procurando fazer com que Moscovo pague “um preço alto” pelas suas ações. Pequim tem defendido a soberania territorial das nações, mas manteve uma posição ambígua em relação ao conflito na Ucrânia e absteve-se em duas votações de condenação à Rússia na ONU, uma no Conselho de Segurança e outra na Assembleia-Geral. Numa entrevista publicada no sábado, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, defendeu que a China deve tentar mediar uma possível resolução do conflito na Ucrânia, considerando que “não há alternativa”. “Não podemos, nós [europeus] ser os mediadores, isso é óbvio”, disse Borrell, numa entrevista ao jornal espanhol El Mundo, lembrando as discussões diplomáticas quadripartidas que desde 2014 reuniam Rússia, Ucrânia, França e Alemanha sobre o processo de paz no leste da Ucrânia. O diplomata sublinhou, no entanto, que uma possível mediação chinesa não foi ainda proposta nem pela UE nem pela China. A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar à Ucrânia e as autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças. Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 1,2 milhões de refugiados. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Governo pede à China para mediar conflito para se alcançar cessar-fogo O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, assegurou hoje ao seu homólogo chinês, Wang Yi, que está disposto a “continuar as negociações” com a Rússia e que espera a “mediação da China” para alcançar “um cessar-fogo”. “Acabar com a guerra é a prioridade do lado ucraniano e estamos calmos, abertos para negociar uma solução”, disse Dmytro Kuleba, citado em comunicado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. Este comunicado surge após o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, ter conversado hoje com o seu homólogo ucraniano, Dmytro Kouleba, a pedido deste último. “Embora as negociações não avancem sem problemas, estamos prontos para prosseguir [com elas] e a fortalecer os contactos com a China”, disse ainda o governante ucraniano, realçando que aguarda pela “mediação da China para chegarem a um cessar-fogo”. Wang Yi expressou ainda a sua “preocupação” com os danos causados à população civil e pediu à Ucrânia para “continuar a negociar”. “A China lamenta a eclosão do conflito e está extremamente preocupada com os danos causados à população civil. A nossa prioridade é aliviar ao máximo a situação no terreno para evitar que o conflito se agrave ou saia fora do controlo”, salientou o governante no comunicado. Além disso, realçou que a China “apela a ambos os lados para que procurem uma solução pela via das negociações”. Trata-se da primeira ligação entre diplomatas chineses e ucranianos desde o início do conflito armado, sendo que a China até agora tem mantido uma posição ambígua. É também a primeira vez que diplomatas chineses se referem aos “danos” infligidos à população civil. Wang Yi disse ainda que “a situação na Ucrânia mudou rapidamente” e que além de lamentar a “eclosão do conflito” e estar “extremamente preocupada” com os danos causados aos civis, defende o “respeito pela soberania e integridade de todos os países”. Apelamos, pois, à “Ucrânia e à Rússia” para que encontrem soluções através de “contactos”, disse Wang, embora tenha realçado que “a segurança de um país não pode ser alcançada à custa da [segurança] de outros” ou também que “não pode ser alcançada através da expansão dos blocos militares”. O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês disse que o Governo procura garantir a segurança de seus concidadãos na Ucrânia e que o processo de retirada destes está a “progredir graças ao apoio e cooperação” ucraniana. A China tem mantido uma posição ambígua em relação ao conflito na Ucrânia, insistindo por um lado no “respeito pela integridade territorial de todos os países” e na atenção que deve ser dada às “legítimas exigências de segurança” da Rússia. Segundo a televisão estatal chinesa a CCTV, cerca de 600 estudantes chineses foram transferidos da capital Kiev e Odessa (sul) para a Moldávia, sendo que um cidadão chinês que tentava viajar para Lviv foi ferido, mas está a ser tratado num hospital. Até agora, a China, atendendo às boas relações diplomáticas com a Rússia, absteve-se de condenar a intervenção russa na Ucrânia, recusando-se mesmo em falar de “invasão”. Na terça-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês tinha dito que estava a ajudar os cidadãos chineses na Ucrânia (cerca de 6.000) a deixarem o país, embora sem avançar mais detalhes.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | MNE chinês diz “entender preocupações” da Rússia com a sua segurança A China “entende as preocupações de segurança da Rússia”, disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, ao homólogo russo, Sergei Lavrov, horas após o início da invasão russa da Ucrânia. “A China sempre respeitou a soberania e a integridade territorial de todos os países”, disse Wang, de acordo com uma transcrição divulgada pelo ministério chinês. “Mas também vimos que a questão ucraniana tem uma história especial e complexa. Entendemos as preocupações de segurança razoáveis da Rússia”, apontou. A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas. Moscovo exigiu, nas últimas semanas, garantias ao Ocidente para a segurança da Rússia, em particular a promessa de que a Ucrânia não se juntaria à NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Os laços China – Rússia foram reforçados, sob o comando do líder chinês, Xi Jinping, que recebeu Putin, em Pequim, no início deste mês. Pequim afirmou por várias vezes compreender as preocupações russas com a segurança. Xi e Putin emitiram uma declaração conjunta contra o alargamento da NATO na Europa de leste. Mas Pequim também se inibiu de apoiar a invasão da Ucrânia. “A China está a acompanhar de perto os últimos desenvolvimentos”, disse hoje Hua Chunying, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, recusando-se a descrever o ataque como uma “invasão”. “Pedimos a todas as partes que exerçam moderação para evitar que a situação fuja do controlo”, disse. Na quarta-feira, Hua acusou o Ocidente de criar “medo e pânico” com a crise e disse que os Estados Unidos estão a alimentar as tensões ao fornecer armas a Kiev. Hua não comentou a acusação infundada de “genocídio” das populações de língua russa, feita por Moscovo, para justificar a sua intervenção na Ucrânia. A embaixada chinesa na Ucrânia pediu hoje que os seus cidadãos aumentem a sua vigilância perante os “graves distúrbios” no país. O Presidente russo disse que o ataque responde a um “pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk”, no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira, e visa a “desmilitarização e desnazificação” do país vizinho. O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, da NATO, União Europeia e Conselho de Segurança da ONU.
Hoje Macau China / ÁsiaMNE chinês mantém conversa telefónica com Secretário de Estado dos EUA Wang Yi chamou a atenção a Blinken para o facto dos EUA dizerem uma coisa e fazerem outra, o que poderá levar a um “confronto total” O Conselheiro de Estado chinês e Ministro dos Negócios Estrangeiros Wang Yi teve ontem, terça-feira, uma conversa telefónica com o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que felicitou a China pelo sucesso dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim e os atletas chineses pelas suas grandes realizações. Enquanto estendia as suas felicitações aos atletas americanos pelos seus bons desempenhos nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, Wang disse que os atletas chineses e americanos demonstraram plenamente o espírito olímpico através da interacção amigável, encorajamento mútuo e melhoria comum. O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês disse que o mais importante para compreender e fazer progredir as relações China-EUA é implementar o consenso alcançado pelos dois chefes de Estado. Wang sublinhou que a China está disposta a gerir eficazmente as diferenças e a estabilizar as relações China-EUA, de acordo com os três princípios de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação vantajosa para ambas as partes apresentados pelo presidente Xi Jinping. De acordo com Wang, os Estados Unidos lançaram recentemente a chamada nova versão da “Estratégia Indo-Pacífico”, listando publicamente a China como o principal desafio regional, e tentou incluir a estratégia de “utilizar Taiwan para conter a China” na estratégia regional dos EUA, o que está obviamente a enviar um sinal errado de confronto e de contenção da China. “Uma vez que há competição e cooperação entre a China e os Estados Unidos, as relações bilaterais não podem ser definidas simplesmente pela competição”, disse Wang, acrescentando que “alguns funcionários norte-americanos tropeçaram numa competição feroz a longo prazo com a China, que é susceptível de evoluir para um confronto total entre a China e os Estados Unidos”. “A China insta o lado americano a tomar medidas concretas para honrar os compromissos assumidos pelo Presidente Biden”, observou Wang, acrescentando que “Washington não pode dizer uma coisa, fazer o contrário, comer as suas palavras ou não mostrar credibilidade”. O diplomata chinês disse também que o 50º aniversário do Comunicado de Xangai chegará dentro de poucos dias, cujo espírito ainda hoje tem um grande significado realista para as relações China-EUA, manifestando a esperança de que os Estados Unidos se mantenham fiéis à aspiração original de quebrar o gelo entre os dois países, regressem a uma percepção racional e pragmática da China e empurrem conjuntamente as relações bilaterais de volta ao caminho certo para um desenvolvimento saudável e estável. Pela sua parte, Blinken disse que, como o Presidente Biden disse muitas vezes, “os Estados Unidos não procuram uma nova Guerra Fria ou mudar o sistema da China, acrescentando que se opõe à ‘independência de Taiwan’ e não tem qualquer intenção de conflito ou confronto com a China”. Ucrânia na mesa A pedido de Antony Blinken a questão da Ucrânia e a questão nuclear da Península Coreana, também foram debatidas. Blinken informou Wang sobre as opiniões e posição dos EUA sobre a situação actual na Ucrânia. Wang disse que a China está “preocupada com o desenvolvimento da questão e que a sua posição tem sido consistente”. “As legítimas preocupações de segurança de qualquer país devem ser respeitadas e os objectivos e princípios da Carta das Nações Unidas devem ser mantidos”, acrescentou, atribuindo a questão da Ucrânia ao atraso na implementação efectiva do novo acordo de Minsk. Wang afirmou que o lado chinês continuará a manter contactos com todas as partes. Notando que a situação na Ucrânia está a piorar, Wang disse que “a China mais uma vez exortou todas as partes a exercer contenção, reconhecer a importância da implementação do princípio da segurança indivisível, e a desanuviar a situação e a restaurar as diferenças através do diálogo e da negociação”. Coreia, nuclear Coreia Blinken também actualizou Wang sobre as últimas relações entre os Estados Unidos e a República Popular Democrática da Coreia (RPDC). Wang disse que o problema entre os Estados Unidos e a RPDC está no centro da questão nuclear da Península Coreana, observando que o lado americano deveria atribuir importância às preocupações legítimas e razoáveis da RPDC e tomar medidas substanciais. A China representa conversações directas entre os Estados Unidos e a RPDC e, como sempre, desempenhará um papel construtivo na promoção da resolução da questão nuclear da Península Coreana.
Hoje Macau China / ÁsiaCazaquistão | MNE chinês expressa “forte apoio” ao Governo cazaque O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, expressou hoje o seu “forte apoio” ao homólogo cazaque, Mukhtar Tleuberdi, para que mantenha a “estabilidade” no país da Ásia Central, informou a agência noticiosa Xinhua. Wang Yi, que descreveu a ex-república soviética como um “parceiro estratégico abrangente” da China, prometeu o apoio chinês para “deter a violência”, num “período crítico para o futuro do Cazaquistão”. Quase 8.000 pessoas foram presas após os protestos e motins que eclodiram no Cazaquistão em 02 de janeiro. Várias dezenas de pessoas – incluindo 16 polícias e dois soldados, e um número desconhecido de manifestantes – morreram nos maiores protestos ocorridos no país desde que conquistou a independência, há três décadas, de acordo com as autoridades. A crise foi provocada pelo aumento do preço do gás liquefeito, que provocou manifestações pacíficas em várias cidades do país e que posteriormente degeneraram em violência. Neste domingo, o Governo cazaque considerou que a situação estabilizou em todas as regiões do país. China e Cazaquistão, que partilham uma fronteira com mais de 1.500 quilómetros de extensão, mantêm importantes acordos de cooperação económica e comercial, no âmbito da iniciativa chinesa ‘uma faixa, uma rota’. O projeto de infra-estruturas lançado por Pequim inclui a construção de linhas ferroviárias, aeroportos, centrais elétricas e zonas de comércio livre, visando abrir novas vias comerciais entre Ásia, Europa e África. O Cazaquistão é um elo crucial nesta iniciativa e foi precisamente no país vizinho que o Presidente chinês, Xi Jinping, lançou o projeto de infra-estruturas, em 2013.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | O que faz Wang Yi em África? A diplomacia chinesa tem uma tradição de 32 anos: a sua primeira visita no início de cada ano deve ser a um país africano O conselheiro de Estado e ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, clarificou os três objectivos da sua visita a África durante uma reunião com a sua homóloga do Quénia, Raychelle Omamo, na cidade de Mombasa. Wang Yi disse que a diplomacia chinesa tem uma tradição de 32 anos: a sua primeira visita no início de cada ano deve ser a um país africano. “A tradição mostra com acções concretas que a China preza a sua amizade tradicional com a África, dá prioridade a África na diplomacia chinesa e está disposta a ser um bom amigo e parceiro de África. Apesar dos desafios impostos pela pandemia, viemos aqui conforme programado, faça chuva ou faça sol, e permanecemos fiéis à nossa aspiração inicial. Este é o tom da amizade China-África”, disse Wang, acrescentando que a sua “visita para a África tem três objetivos principais”. Assim, segundo Wang Yi, o primeiro objectivo é trabalhar com a África para derrotar a epidemia. “O mundo enfrenta uma nova onda da variante Omicron. Como amiga da África, a China nunca ficará de braços cruzados. O presidente chinês, Xi Jinping, anunciou que a China fornecerá mais mil milhões de doses de vacinas a África, que é o maior pacote de ajuda e está em andamento. As vacinas estão a ser enviadas por mar para todas as partes de África que as necessitam. Hoje, anunciamos mais 10 milhões de doses de vacina para o Quênia. Vamos apoiar os nossos irmãos e irmãs africanos até que a vitória final seja conquistada”, disse Wang. Em segundo lugar, prosseguiu o MNE chinês, “a implementação dos resultados do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC) deve ser acelerada. Há mais de um mês, foi realizada com sucesso a 8ª Conferência Ministerial do FOCAC. O presidente Xi anunciou nove programas para a cooperação prática China-África. A série de documentos de cooperação bilateral assinados pela China e pelo Quênia hoje são a primeira colheita dos nove programas no Quénia.” “Estamos prontos para aumentar a sinergia com os nossos parceiros africanos, arregaçar as mangas e trabalhar duro para entregar todos os resultados da conferência em benefício do povo africano, ajudar a África a acelerar a recuperação pós-epidemia e embarcar no caminho da independência e desenvolvimento sustentável”, disse Wang. Wang Yi referiu ainda que a chamada “armadilha da dívida” em África não é um facto, mas um “exagero com segundas intenções”. É uma “armadilha do discurso” criada por forças externas que não querem ver África acelerar o desenvolvimento. Se há alguma “armadilha” em África, é a “armadilha da pobreza” e a “armadilha do atraso”. “A China está pronta a trabalhar com todos os países amigos para ajudar os africanos a acelerar a recuperação pós-pandemia, eliminar a pobreza e o atraso, actualizar-se o mais rápido possível, alcançar um desenvolvimento comum e criar um futuro melhor. A China e a África devem defender firmemente os interesses comuns. Em face da hegemonia, agressores e actos unilaterais, a China e a África têm a responsabilidade de praticar conjuntamente o verdadeiro multilateralismo e salvaguardar a equidade e a justiça internacionais.” “Por último, a China está pronta para fortalecer a coordenação e cooperação com a África em assuntos internacionais e regionais, salvaguardar o sistema internacional com as Nações Unidas no seu núcleo e as normas básicas que regem as relações internacionais, salvaguardam os interesses legítimos dos países em desenvolvimento e tornam a ordem internacional mais justa e equitativa”, concluiu.
Hoje Macau China / ÁsiaChina vai nomear enviado especial para o Corno de África A China vai nomear um enviado especial para o Corno de África, anunciou ontem no Quénia o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, assinalando a vontade de Pequim se envolver diplomaticamente numa região mergulhada em conflitos. Wang Yi, que iniciou uma digressão por África na quarta-feira, com deslocações previstas à Eritreia, Quénia e Comores, declarou que a China quer encorajar o diálogo no actual contexto de vários desafios à paz e à segurança na região. “O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês vai nomear um enviado especial”, disse Wang Yi aos jornalistas, em declarações na cidade queniana de Mombaça. “Vamos desempenhar um papel ainda maior para a paz e estabilidade da região”, afirmou em mandarim, traduzido por um intérprete. A visita de Wang ocorre na sequência de uma visita do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, à região, em parte destinada a contrariar a crescente influência da China no Corno de África. O anúncio coincide, por outro lado, com a chegada do enviado especial dos Estados Unidos ao Corno de África, Jeffrey Feltman, que aterrou ontem na Etiópia, um país mergulhado há mais de um ano numa guerra entre os exércitos federal e estadual do Tigray. Questões comerciais No plano económico, o Wang Yi, e a sua homóloga queniana, Raychelle Omamo, assinaram ontem vários acordos para facilitar o comércio bilateral, formalizando várias decisões anunciadas na conferência ministerial do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC) em novembro. Os dois países “reconheceram o aumento sustentado do comércio bilateral e (…) o imenso potencial para aumentar o volume e o valor das exportações, através do exame das barreiras alfandegárias e não alfandegárias, corrigindo o défice comercial a favor da China”, de acordo com uma declaração divulgada pelo ministério dos Negócios Estrangeiros queniano. Wang e Omamo – que se reuniram na cidade turística costeira de Mombaça – assinaram um memorando de entendimento para a criação de um grupo de trabalho – um dos seis acordos assinados – para olhar, em particular, para os sectores da agricultura e do comércio bilateral. Os ministros também assinaram dois protocolos específicos para impulsionar a exportação de abacates e produtos da pesca do Quénia para a China. “Acordámos em trabalhar em conjunto para promover os investimentos das empresas chinesas em áreas de processamento agrícola, têxteis e vestuário, processamento de couro, calçado, ferro e aço e ainda maquinaria, mobiliário e madeira, montagem eletrónica, montagem automóvel, construção, produtos farmacêuticos, petróleo e gás”, anunciou o governo queniano.
Hoje Macau China / ÁsiaMNE chinês inicia visita ao leste de África com olhos postos no Índico O ministro dos Negócios Estrangeiros da China inicia, na terça-feira, uma visita de quatro dias ao leste de África, mantendo uma tradição da diplomacia chinesa, numa altura em que Pequim avança com as suas ambições no Oceano Índico. Wang Yi vai visitar a Eritreia, o Quénia e as Ilhas Comores, países situados na costa leste de África, entre os dias 4 e 7 de janeiro. Há mais de três décadas que o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês começa sempre o ano com uma viagem ao continente africano. Esta é também a segunda visita de Wang a África, no espaço de pouco mais de um mês, depois de ter participado no Fórum de Cooperação China – África (FOCAC), no Senegal, no final de novembro. Observadores consideram que os três países incluídos no périplo este ano refletem o foco da China no Oceano Índico. A deslocação de Wang à parte oriental do continente africano é seguida por uma visita às Maldivas e Sri Lanka, dois países estratégicos naquele espaço marítimo. O desenvolvimento de uma rede de portos no Oceano Índico por Pequim, incluindo no Sri Lanka, Paquistão e Djibuti, constitui um desafio para a Índia, devido ao potencial uso militar daquelas infraestruturas. A expansão dos interesses económicos e geopolíticos chineses no Índico serviu para aproximar Nova Deli e Washington, que assinaram, em 2020, um importante tratado militar, que permite o acesso das Forças Armadas de ambos os países à informação cartográfica recolhida pelos seus respetivos satélites. Os dois países passaram também a realizar exercícios militares conjuntos, nos quais participam também Austrália e Japão. A visita à Eritreia deve ainda ajudar a China a consolidar a sua posição no corno de África e no Mar Vermelho. No corno de África, a China financiou e construiu uma linha ferroviária que vai da capital da Etiópia, Adis Abeba, ao Porto de Djibuti, no Mar Vermelho. A China inaugurou a sua primeira base militar além-fronteiras no Djibuti, em 2017, e também financiou a construção de outros portos no país, no âmbito da iniciativa “uma faixa, uma rota”.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | China e Moçambique prometem fortalecer cooperação O conselheiro de Estado e ministro dos Negócios Estrangeiros da China Wang Yi e a ministra moçambicana dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, prometeram no domingo fortalecer a cooperação de benefício mútuo entre os dois países durante uma reunião na capital do Senegal. A reunião foi realizada antes da Oitava Conferência Ministerial do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC, em inglês), que teve início ontem e termina esta terça-feira, informa a Xinhua. “Moçambique é um parceiro importante da China em África. Nos últimos anos, a confiança política mútua entre os dois países continuou a aprofundar-se, e a cooperação bilateral em vários campos tem alcançado resultados frutíferos. Os povos chinês e moçambicano cuidaram um do outro e deram as mãos para lutar contra a COVID-19, aumentando ainda mais a amizade tradicional entre os dois lados”, disse Wang. “A China atribui grande importância ao desenvolvimento das relações China-Moçambique, e está pronta, sob a orientação do importante consenso alcançado pelos dois chefes de Estado e tendo a reunião como uma oportunidade, para promover a parceria cooperativa estratégica abrangente entre os dois países para alcançar um maior desenvolvimento”, disse ainda o chefe da diplomacia chinesa. Wang Yi disse também que, graças aos esforços conjuntos dos dois lados, a cooperação económica e comercial bilateral continuou a crescer apesar do impacto da pandemia. O responsável sublinhou que a China está pronta para fortalecer a cooperação mutuamente benéfica com Moçambique em áreas como infraestrutura, agricultura e energia sob os quadros da construção conjunta do programa “Uma Faixa, Uma Rota”, do FOCAC e do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa para ajudar Moçambique a alcançar um desenvolvimento mais rápido. Do outro lado Macamo felicitou calorosamente o Partido Comunista da China pelo centenário da sua fundação, observando que o país está pronto para fortalecer os laços entre partidos e o intercâmbio com a China. A ministra disse que “Moçambique e a China desfrutam de uma profunda amizade tradicional, e os dois países sempre se uniram firmemente”, acrescentando que “o povo moçambicano está profundamente grato à China por ajudar Moçambique a alcançar a independência, e que o apoio da China deixou Moçambique altamente confiante no seu futuro desenvolvimento”, relata a Xinhua. Verónica Macamo ressalvou que Moçambique adere firmemente à política de “Uma Só China” e apoia resolutamente a China para salvaguardar seus principais interesses. Observou ainda que Moçambique está pronto para fortalecer a confiança mútua estratégica, aprofundar a cooperação mutuamente benéfica e manter a solidariedade e a coordenação sobre os assuntos internacionais com a China. Os dois lados também expressaram a vontade de trabalhar conjuntamente para o sucesso da Oitava Conferência Ministerial do FOCAC, de modo a injectar um novo impulso na cooperação China-África.
Hoje Macau China / ÁsiaGrécia procura atrair investimentos em visita de MNE chinês O chefe da diplomacia grega, Nikos Dendias, debateu ontem com o homólogo chinês, Wang Yi, o aprofundamento de relações económicas, culturais e turísticas, e defendeu que a Grécia “pode ser uma porta de entrada da Ásia para a Europa”. “Estamos ansiosos por novos projetos de investimento no maior porto do Mediterrâneo, um dos maiores do mundo”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros grego, Nikos Dendias, após o encontro com o homólogo chinês na capital grega. A empresa chinesa Cosco Shipping detém atualmente 67% da autoridade portuária grega do Pireu, após os legisladores gregos terem ratificado a venda de uma participação de 16% na empresa, para além dos 51% já detidos pela Cosco. A Grécia concedeu também à Cosco mais cinco anos para prosseguir com os investimentos que tinha prometido fazer como parte do seu acordo para comprar uma participação maioritária em Pireu. Os gregos emergiram recentemente de uma década de crise financeira que dizimou um quarto da sua economia e tem estado ansiosa por atrair investimentos internacionais. A China, que está a construir portos, caminhos de ferro e outras infraestruturas em dezenas de países de todo o mundo no âmbito da Iniciativa “Belt and Road” (“Iniciativa Nova Rota da Seda”), já está fortemente envolvida na Grécia. Dendias relatou ao homólogo chinês sobre os “desenvolvimentos particularmente preocupantes no Mediterrâneo Oriental” e o que descreveu como o “papel desestabilizador da Turquia” na região, algo que, segundo ele, poderia inibir o comércio marítimo que “interessa muito ao lado chinês”. Os vizinhos Grécia e Turquia estão divididos em relação a uma longa série de disputas, incluindo sobre direitos de exploração no Mediterrâneo Oriental, que levaram a recentes escaladas de tensão. Dendias disse ter falado “extensivamente” com Wang Yi sobre o que disse ser o esforço da Turquia para se envolver com “populações muçulmanas em todo o mundo, promovendo ideologias como a irmandade muçulmana e tentando um envolvimento direto nos assuntos internos de outros países”. No passado, a Turquia levantou questões sobre o tratamento dado pela China aos uigures, uma minoria etnicamente turca muçulmana no noroeste da China, embora recentemente se tenha tornado menos expressiva sobre esse assunto recentemente, durante os esforços de Ancara para forjar laços económicos mais estreitos com Pequim. A China tem sido acusada de grandes violações dos direitos humanos na província de Xinjian contra os uigures e outras minorias, incluindo encarceramentos em massa, controlo forçado de natalidade, esterilização e abortos. Pequim rejeita as acusações, dizendo que os campos são centros de formação profissional e de ‘desradicalização’ para afastar os residentes da região do extremismo e terrorismo. Os repórteres não foram autorizados a assistir às declarações conjuntas e não foram permitidas perguntas. Wang Yi descreveu o envolvimento da China no Pireu como um projeto “emblemático” da iniciativa “Belt and Road” e um modelo de cooperação mutuamente benéfico. Contudo, os sindicatos criticaram as condições de trabalho no terminal marítimo, dizendo que os lucros são colocados acima da segurança, no seguimento da morte de um trabalhador esta semana num acidente no terminal de contentores gerido pela Cosco no Pireu. O partido de oposição grego Syriza criticou as condições de trabalho no porto, afirmando que os acidentes de trabalho foram causados “pelas constantes taxas esgotantes de trabalho [no terminal de contentores] que causa exaustão a longo prazo e doenças relacionadas com o trabalho”. A Cosco adquiriu a participação de 51% do porto do Pireu em 2016, sob um governo liderado pelo Syriza. Wang Yi disse que a China estava disposta a expandir a “estratégia de interconexão global da União Europeia, de modo a aumentar o nível de interconexão do continente euro-asiático, estimular o potencial de crescimento da China e da Europa e acelerar a recuperação económica global”.
Hoje Macau China / ÁsiaAfeganistão | MNE chinês viaja para o Qatar para se reunir com talibãs O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, vai reunir-se com representantes dos talibãs, no Qatar, até terça-feira, informou hoje a televisão estatal CGTN, numa altura em que os fundamentalistas afegãos procuram reconhecimento internacional. No final de setembro, os principais membros do governo interino dos talibãs reuniram-se com enviados especiais da Rússia, China e Paquistão, na primeira reunião deste tipo, desde que o grupo anunciou cargos executivos importantes, em 7 de setembro, após assumir o controlo de Cabul em meados de agosto. Pequim mantém a sua embaixada no Afeganistão operacional, enquanto espera que os talibãs formem um governo “islâmico, mas aberto e inclusivo”, segundo porta-vozes do Governo chinês, sugerindo que a China vai avaliar o comportamento dos fundamentalistas antes de reconhecer o seu governo. Wang Yi garantiu anteriormente que trabalharia com os países da região “para ajudar o Afeganistão a reconstruir a sua economia e sociedade”, bem como para combater grupos terroristas e o comércio ilegal de drogas. No final de julho, o ministro chinês já tinha recebido uma delegação dos talibãs na cidade de Tianjin, no nordeste da China. Wang disse, na altura, que os talibãs são uma “força militar e política crucial” no Afeganistão, e expressou esperança de que desempenhem um “papel importante no processo de paz”. A China também anunciou a doação de 31 milhões de dólares em cereais e vacinas contra a covid-19 para o país. Pequim aproveitou também a situação para atacar a política externa de Washington, embora também procure proteger os seus projetos de investimento na Ásia Central e prevenir a propagação do terrorismo na região. A prioridade da China é evitar ser afetada pelas hostilidades no Afeganistão, país com o qual compartilha cerca de 60 quilómetros de fronteira, na região noroeste de Xinjiang, uma área habitada sobretudo por membros da etnia de origem muçulmana uigur onde ocorreram vários ataques nas últimas décadas. Pequim quer também eliminar qualquer ameaça ao Corredor Económico China -Paquistão (CPEC), uma rota comercial que ligará a cidade de Kasghar, em Xinjiang, ao porto paquistanês de Gwadar.
Hoje Macau China / ÁsiaChina pede aos EUA que adoptem política “racional” na relação com Pequim O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros disse hoje que os Estados Unidos precisam de “transformar as palavras em ações” e retornar a sua política para a China a um “caminho racional e pragmático”. Wang Yi, que reuniu, via videoconferência, com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que “Washington indicou recentemente que não quer um confronto ou guerra fria com a China”. “Mas a chave para isso é transformar as palavras em atos concretos e colocar a sua política em relação à China de volta a um caminho racional e pragmático”, descreveu, segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China. As relações entre Washington e Pequim deterioraram-se, nos últimos anos, marcadas por disputas no comércio, tecnologia ou Direitos Humanos. No entanto, na semana passada, o retorno à China da diretora financeira da Huawei, Meng Wanzhou, após um acordo com as autoridades dos EUA para suspender o seu pedido de extradição – ela estava detida no Canadá – e um processo judicial por fraude, constituiu um raro desenvolvimento positivo na relação entre os dois países. Após a sua libertação, a China também libertou os canadianos Michael Spavor e Michael Kovrig, que foram detidos numa aparente retaliação pela prisão de Meng no Canadá. Wang Yi disse ainda, durante outro encontro via videoconferência com o secretário-geral da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Jens Stoltenberg, que a “região da Ásia – Pacífico não precisa de um novo bloco militar, nem deve ser motivo de confronto”. “Pequim está aberta ao diálogo”, numa altura em que a “comunidade internacional precisa de se unir e cooperar”, apontou Wang, acrescentando que a “China não almeja hegemonia ou expansão e quer dividir os seus dividendos com outros países”. Stoltenberg “saudou a expansão do diálogo entre a NATO e a China” e destacou o “potencial para maior cooperação em desafios comuns, como as alterações climáticas”, segundo um comunicado da NATO. Mas a mesma fonte apontou também as “preocupações da NATO sobre as políticas coercivas da China, a expansão do arsenal nuclear e a falta de transparência sobre a modernização militar” do país. Na última cimeira da NATO, realizada em junho passado, os aliados voltaram as suas atenções para a China e no comunicado final indicaram que viam oportunidades de cooperação com Pequim, em questões como controlo de armas ou alterações climáticas, mas alertaram para a crescente influência e a política externa do país que representam desafios para a segurança da Aliança. Wang também tem hoje agendado um encontro com o Alto Representante para a Política Externa da União Europeia (UE), Josep Borrell, no quadro da 11.ª ronda do diálogo estratégico de alto nível entre a China e a UE.
Hoje Macau China / ÁsiaMNE chinês defende que países envolvidos na península coreana devem reduzir tensão militar O Ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, insistiu hoje, durante uma visita a Seul, sobre a importância de todos os países envolvidos na península coreana reduzirem as suas atividades militares, visando reduzir a tensão. Depois de reunir com o homólogo sul-coreano Chung Eui-yong, Wang Yi falou sobre o teste de mísseis de cruzeiro, realizado por Pyongyang na semana passada. O ministro chinês afirmou que todos os países envolvidos devem “contribuir para a paz e estabilidade na península coreana”. Wang Yi acrescentou que “não apenas a Coreia do Norte, mas também outros países estão a realizar atividades militares”, numa referência a exercícios conjuntos de verão entre Seul e Washington, que Pyongyang considera uma provocação. As palavras de Wang Yi também se referem ao primeiro teste, bem-sucedido, recentemente realizado pela Coreia do Sul, para lançar o seu primeiro míssil balístico a partir de um submarino. Chung considerou a China um parceiro importante na iniciativa de Seul para alcançar a paz na península por meio dos canais diplomáticos. Pouco após os dois falarem à imprensa, foi anunciado que a Coreia do Norte lançou dois mísseis balísticos no Mar do Japão (ou Mar Oriental, segundo a designação coreana). Após almoçar com Chung, Wang deve fazer uma visita de cortesia ao presidente sul-coreano Moon Jae-in, antes de deixar Seul. Desde a vitória de Joe Biden que Washington tenta puxar Seul para a sua órbita de segurança, para fortalecer a frente comum contra Pequim. No entanto, o governo sul-coreano de Moon permanece prudente e equidistante, sabendo que a China é o maior parceiro comercial da Coreia do Sul e um país-chave na tentativa de alcançar a desnuclearização da península.
Hoje Macau China / ÁsiaChina alerta EUA que más relações podem afectar cooperação no âmbito do clima O ministro dos Negócios Estrangeiro da China, Wang Yi, alertou hoje o enviado para os assuntos climáticos norte-americano, John Kerry, que a deterioração das relações entre os dois países pode prejudicar a cooperação no âmbito do clima. Wang disse a Kerry que a cooperação neste âmbito não pode ser separada da relação mais ampla e pediu aos Estados Unidos que tomem medidas para melhorar os laços bilaterais, segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. Kerry, que está na cidade chinesa de Tianjin para abordar a questão do clima com os seus homólogos chineses, disse que os EUA estão comprometidos em cooperar com o resto do mundo sobre o clima e encorajou a China a tomar mais medidas para reduzir as emissões, de acordo com uma nota do Departamento de Estado norte-americano. Kerry, ex-secretário de Estado, também disse que a China “desempenha um papel extremamente crítico” no combate às alterações climáticas, de acordo com um breve vídeo difundido pela CGTN, o braço internacional da emissora estatal CCTV. A China é o maior emissor mundial de gases com efeito estufa, seguida pelos Estados Unidos. As relações entre Washington e Pequim deterioraram-se, nos últimos anos, marcadas por disputas no comércio, tecnologia ou direitos humanos. Ambos os lados identificaram a crise do clima, no entanto, como uma área de possível cooperação. “China e EUA têm diferenças em alguns assuntos, mas compartilhamos interesses comuns numa série de áreas, como nas alterações climáticas”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China Wang Wenbin, em conferência de imprensa. “Ambos os lados devem manter o diálogo e a comunicação, com base no respeito mútuo, e realizar uma cooperação mutuamente benéfica”, defendeu Wang. A China continua a obter cerca de 60% do fornecimento de energia através da queima de carvão. O país planeia construir mais fábricas a carvão, mas mantém o compromisso de reduzir o uso do combustível fóssil. Pequim apontou as emissões históricas dos EUA como uma razão para resistir a medidas mais drásticas, enquanto faz avanços na energia solar e outras fontes de energia renovável. A China estabeleceu como meta gerar 20% do consumo total de energia do país a partir de fontes renováveis, até 2025, tornando-se neutra na emissão de carbono até 2060. O Presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou como meta reduzir até 52% as emissões de gases com efeito de estufa dos EUA até 2030 – o dobro da meta estabelecida pelo presidente Barack Obama, no acordo para o clima de 2015, durante a cimeira de Paris. A meta de 2030 coloca os EUA no topo da lista de países nas ambições para o clima. Kerry pediu maiores esforços para conter o aumento das temperaturas a não mais que 1,5 grau Celsius, em relação aos níveis pré-industriais. Instou a China a juntar-se aos EUA no corte urgente das emissões de carbono. Kerry esteve também no Japão, na terça-feira, para discutir questões climáticas com as autoridades japonesas, antes de seguir para a China. Os esforços globais de descarbonização vão ser discutidos durante uma conferência da ONU a ser realizada em Glasgow, na Escócia, no final de novembro, conhecida como COP26.
Hoje Macau China / ÁsiaAfeganistão | China critica retirada dos EUA mas espera trabalho conjunto A “retirada precipitada” das tropas norte-americanas do Afeganistão teve um “sério impacto negativo” sobre o país, apontou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, ressalvando estar “disposto” a dialogar com Washington para gerir a situação. O comunicado emitido pelo ministério cita uma conversa por telefone entre o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, e o secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken. De acordo com o texto, Wang frisou que a China está “disposta a comunicar e dialogar com os Estados Unidos para promover uma abordagem suave na questão afegã, visando evitar nova guerra civil ou um desastre humanitário, e para que o país não se converta num viveiro e refúgio para o terrorismo”. Wang indicou que Pequim vai tentar “encorajar os afegãos a estabelecer um país aberto, de acordo com as condições nacionais, e com uma estrutura política inclusiva”. “Os factos revelam, mais uma vez, que é difícil afirmar, por meio da imposição, modelos estrangeiros em países com história, cultura e condições nacionais diferentes”, observou Wang Yi. Aquele argumento é frequentemente utilizado pela diplomacia chinesa para refutar acusações sobre o caráter totalitário do regime chinês e violações dos direitos humanos no país. “Um regime não pode durar sem o apoio do povo”, declarou o ministro chinês, acrescentando que “resolver os problemas pela força e por meios militares só aumenta os problemas”. “Devemos refletir seriamente sobre este ensinamento”, realçou. No que diz respeito às relações entre os dois países – que se deterioraram desde a presidência de Donald Trump (2017-2021) – a China acredita que o caminho certo é “encontrar uma forma de as duas grandes potências coexistirem pacificamente”. O Departamento de Estado dos Estados Unidos emitiu uma declaração sucinta, na qual indicou que Blinken e Wang “falaram sobre os acontecimentos no Afeganistão, incluindo a questão da segurança” e os esforços de ambos os países para garantir a segurança dos respetivos cidadãos.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Pequim quer “ensinar” EUA a tratar países como iguais O ministro das Relações Exteriores da China disse que Pequim “tem a responsabilidade de trabalhar com a comunidade internacional para ensinar uma lição aos Estados Unidos” sobre como se relacionar com outros países como iguais “Se os Estados Unidos não aprenderam a tratar outros países em pé de igualdade, temos a responsabilidade de trabalhar com a comunidade internacional para ensinar uma lição aos Estados Unidos”, assumiu Wang Yi, ministro das Relações Exteriores da China, num comunicado publicado na noite de sábado na página oficial da internet do ministério. Segundo a agência de notícias espanhola EFE, a posição de Wang surge um dia antes da chegada, à cidade de Tianjin, no nordeste da China, da vice-secretária de Estado dos Estados Unidos da América (EUA), Wendy Sherman, num momento em que as relações entre os dois países atravessam uma fase de tensões. “Os Estados Unidos querem pressionar sempre os outros países com a sua própria força, pensando que são superiores. No entanto, quero dizer claramente aos EUA que nunca houve um país superior neste mundo, nem deveria haver, e a China não aceitará que nenhum país se considere superior”, afirmou o ministro chinês. Canais abertos A vice-secretária de Estado dos EUA chegou ontem a Tianjin, onde tem encontros previstos com o vice-ministro das Relações Exteriores, Xie Feng, responsável pelas relações EUA-China, e, provavelmente, com Wang. A “número dois” do Departamento de Estado norte-americano, Wendy Sherman, vai encontrar-se com diplomatas chineses, naquela que é a visita de maior destaque à China desde que Joe Biden chegou à Casa Branca, em janeiro. “Todas as dimensões do relacionamento estarão sobre a mesa, nessas reuniões”, disse no sábado um alto funcionário dos Estados Unidos, numa conferência de imprensa telefónica. “Os Estados Unidos acolhem bem a competição dura e constante com a China (…) mas queremos garantir que há barreiras de contenção e regras para administrar o relacionamento com responsabilidade”, acrescentou a mesma fonte. O principal objectivo de Washington é repetir, em privado, as várias queixas sobre Pequim que tem feito publicamente nos últimos meses. “O objectivo não é negociar sobre questões específicas, mas manter os canais de comunicação abertos ao mais alto nível. A nossa filosofia é que não devemos evitar tópicos difíceis apenas para sermos simpáticos”, disse o porta-voz da Casa Branca na mesma conferência de imprensa. Esse funcionário também minimizou as sanções recentemente impostas por Pequim a seis cidadãos norte-americanos. Entre os cidadãos sancionados está o ex-secretário do Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, que enquanto ocupou aquele cargo expandiu a lista de empresas chinesas que não podem negociar com empresas dos EUA sem uma licença prévia, incluindo as gigantes chinesas das telecomunicações Huawei e ZTE. Também são visados Carolyn Bartholomew, presidente da Comissão de Monotorização de Segurança e Economia entre os EUA e China, Adam King, do Instituto Republicano Internacional, Sophie Richardson, directora da organização não governamental ‘Human Rights Watch’ e ainda Conselho Democrático de Hong Kong para a China, com sede em Washington.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | China propõe solução em quatro pontos para questão Síria Os esforços diplomáticos da China, com vista a tentar encontrar uma solução que traga de volta a harmonia a Damasco, foram protagonizados pelo ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, em conversa com o seu homólogo sírio na capital do país, no passado sábado O conselheiro de Estado e ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, disse sábado que a China apresentou uma proposta em quatro pontos para resolver a questão síria. O alto diplomata chinês detalhou a proposta no encontro com seu homólogo sírio, Faisal Mekdad, em Damasco, capital da Síria. Wang observou que a chave para resolver de forma abrangente a questão síria é a implementação do princípio “liderado pela Síria, pertencente à Síria”, estabelecido pelo Conselho de Segurança da ONU. O governante acrescentou que todas as partes relevantes devem fazer esforços concertados para avançar efectivamente na solução abrangente da questão síria. A este respeito, disse o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, a China apresentou uma proposta em quatro pontos. Em primeiro lugar, a soberania nacional e a integridade territorial da Síria devem ser respeitadas. A China exige o respeito pela escolha do povo sírio, o abandono da ilusão de uma mudança de regime e deixar que o povo sírio determine independentemente o futuro e o destino de seu país. A China apoia firmemente a Síria na exploração independente de um caminho de desenvolvimento e salvaguarda da unidade e dignidade nacional, disse Wang. Em segundo lugar, o bem-estar do povo sírio deve ser prioritário e o processo de reconstrução deve ser acelerado. A China acredita que a forma fundamental de resolver a crise humanitária na Síria está na suspensão imediata de todas as sanções unilaterais e do bloqueio económico contra a Síria. A ajuda internacional à Síria deve ser prestada com base no respeito à soberania nacional síria e em consultas com o governo sírio, a assistência humanitária transfronteiriça deve ser ampliada, a transparência das operações de resgate entre fronteiras deve ser aumentada e a soberania e a integridade territorial da Síria devem ser protegidas, apontou Wang. Em terceiro lugar, deve ser mantida uma posição firme no combate eficaz ao terrorismo. A China defende que todas as organizações terroristas listadas pelo Conselho de Segurança da ONU devem ser reprimidas e a duplicidade de padrões deve ser rejeitada. O papel de liderança do governo sírio no combate ao terrorismo no seu território deve ser respeitado, os esquemas de provocar divisões étnicas sob o pretexto de combater o terrorismo devem ser combatidos, e o sacrifício e a contribuição da Síria para a luta antiterrorista deve ser reconhecido, afirmou Wang. A China apoiará a posição antiterrorista da Síria e unir-se-á ao país para reforçar a cooperação global antiterrorista, disse. Por último Em quarto lugar, deve ser promovida uma solução política inclusiva e conciliatória para a questão síria. A China conclama o avanço da solução política da questão síria liderada pelos sírios, superando as diferenças entre todas as facções através do diálogo e consultas, e estabelecendo uma base política sólida para a estabilidade, desenvolvimento e revitalização da Síria a longo prazo. A comunidade internacional deve fornecer assistência construtiva à Síria neste sentido e apoiar as Nações Unidas no desempenho de seu papel como o principal canal de mediação, disse Wang. Por sua vez, Mekdad disse que a Síria concorda com a proposta em quatro pontos da China e está disposta a fortalecer ainda mais sua coordenação com a China sobre a questão síria. A China como um importante membro da comunidade internacional sempre esteve do lado da justiça, disse o diplomata sírio, que também expressou a esperança de que a China tenha um papel de maior peso na solução da questão síria e de outros assuntos internacionais.
Hoje Macau China / ÁsiaÍndia e China discutem impasse na fronteira Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Índia e da China reuniram-se no Tajiquistão, na quarta-feira, com Nova Deli a enfatizar que um impasse militar na fronteira está a “perturbar profundamente” os laços bilaterais. “A restauração total e a manutenção da paz e tranquilidade nas áreas fronteiriças são essenciais para o desenvolvimento das relações bilaterais”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Índia, S. Jaishankar, numa mensagem difundida na rede social Twitter. O ministro indiano alertou que qualquer mudança unilateral no status quo por Pequim é “inaceitável”. Jaishankar e o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, reuniram-se paralelamente ao encontro entre os ministros dos Negócios Estrangeiros da Organização de Cooperação de Xangai, em Duchambé, no Tajiquistão. Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi afirmou que o impasse não beneficiou nenhum dos lados e que a China quer resolver a situação através do diálogo. “A relação China – Índia é definida pela não ameaça mútua e por proporcionar oportunidades de desenvolvimento aos dois lados”, apontou. “Os dois países são parceiros, não oponentes e, especialmente, não inimigos”, descreveu Wang. O impasse entre a Índia e a China prolonga-se há mais de um ano, apesar de as negociações militares envolvendo comandantes locais e reuniões políticas entre os ministros dos Negócios Estrangeiros e Defesa. Jaishankar disse que os dois lados concordaram, na quarta-feira, em realizar uma reunião entre os comandantes militares. No ano passado, 20 soldados indianos morreram, num confronto com soldados chineses, que envolveu lutas com paus e pedras, numa parte da fronteira disputada. A China disse que perdeu quatro soldados. Ambos os lados mobilizaram dezenas de milhares de soldados, artilharia e aviões de combate ao longo da fronteira disputada, conhecida como a Linha de Controlo Real, que separa os territórios controlados pela China e Índia de Ladakh e Arunachal Pradesh, que Pequim reivindica na totalidade. Índia e China travaram uma guerra em 1962.
Hoje Macau China / ÁsiaChina pede aos membros do G20 para não restringirem vacinas O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, pediu ontem aos produtores de vacinas contra a covid-19 que evitem “restrições à exportação” ou que as monopolizem “excessivamente”, para eliminar diferenças entre países ricos e pobres. “Os membros do G20 devem perseverar na cooperação e liderar a luta global contra a pandemia. A China apela aos países capazes de fornecer vacinas para evitar restrições à sua exportação ou acumulação excessiva”, disse Wang, durante a sua intervenção por vídeo na reunião de ministros de Negócios Estrangeiros do G20, que se realiza presencialmente em Matera (Itália). “Até agora, a China forneceu mais de 450 milhões de doses de vacinas para quase 100 países”, enfatizou Wang, acrescentando que “todas as partes devem responder à pandemia e fornecer mais apoio aos países em desenvolvimento”. Wang Yi defendeu o multilateralismo – tema ao qual o fórum é dedicado – como um “elemento estabilizador” da ordem internacional, mas destacou que “o G20 deve dar o exemplo e realmente colocá-lo em prática”. “O multilateralismo não é um ‘slogan’ bombástico ou uma embalagem para o unilateralismo. Consiste em proteger o sistema internacional, com as Nações Unidas no centro, ou em aderir à abertura e tolerância perante políticas exclusivas”, disse o chefe da diplomacia chinesa. Da mesma forma, Wang defendeu “a construção de uma economia mundial aberta” na qual “a estabilidade das cadeias globais de abastecimento” seja mantida e “evitada a fragmentação do mercado internacional ou a politização dos mecanismos de cooperação”. Todos juntos A Itália, que detém a presidência rotativa do G20, dedicou este fórum às questões do multilateralismo e, pela primeira vez, organizou um encontro conjunto entre os ministros dos Negócios Estrangeiros e os do Desenvolvimento. O ministro dos Negócios Estrangeiros anfitrião, Luigi Di Maio, abriu a sessão de hoje afirmando que “a Itália apoia o multilateralismo efectivo”, enquanto o seu homólogo norte-americano, Antony Blinken, também defendeu o multilateralismo como “a melhor ferramenta para enfrentar os desafios” que o mundo enfrenta, desde a pandemia de covid-19 até à crise climática e à recuperação económica.
Hoje Macau China / ÁsiaMNE | Wang Yi avisa EUA sobre diferentes conceitos de democracia Na noite de 23 de Abril o conselheiro de Estado e Ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, realizou uma videoconferência com o Conselho de Relações Exteriores dos Estados Unidos. Wang disse que foi traçada a direcção geral para desenvolver laços entre os dois países. No entanto, “a política dos EUA em relação à China ainda não superou seu mal-entendido sobre a China, e o país não encontrou o caminho certo para lidar com a China”, referiu Wang Yi. O MNE chinês apresentou cinco sugestões aos Estados Unidos sobre como tratar as relações China-EUA de uma perspectiva estratégica. Em primeiro lugar, os Estados Unidos devem compreender e encarar o desenvolvimento da China de forma objectiva e racional. Em segundo lugar, os Estados Unidos devem trabalhar com a China num novo caminho de coexistência pacífica e cooperação de benefício mútuo. Em terceiro lugar, os Estados Unidos devem respeitar e tolerar o caminho e o sistema que a China escolheu de forma independente. Em quarto lugar, os Estados Unidos devem praticar o multilateralismo no verdadeiro sentido da palavra. Em quinto lugar, os Estados Unidos não devem interferir nos assuntos internos da China. Para Wang, “o futuro das relações China-EUA depende da aceitação da ascensão pacífica da China por parte dos Estados Unidos e do reconhecimento de que o povo chinês tem o direito de lutar uma vida melhor”. Frisando que “a democracia não é a Coca-Cola, que promete o mesmo sabor em todo o mundo”, Wang disse que os Estados Unidos devem respeitar o caminho e o sistema escolhidos independentemente pela China. Relativamente a Taiwan, Wang enfatizou que jogar a “carta de Taiwan” é “brincar com fogo”, exortando os Estados Unidos a cumprir estritamente o princípio de uma só China e honrar seus compromissos sob os três Comunicados Conjuntos Sino-EUA. Wang descreveu o “genocídio” e os “trabalhos forçados” em Xinjiang como mentiras inventadas por motivos políticos. Em resposta aos mais recentes desenvolvimentos em Hong Kong, ele disse que os EUA devem respeitar os esforços do governo chinês para implementar o princípio de “um país, dois sistemas”. “A China nunca se envolve em coerção e opõe à coerção de outros países”, acrescentou Wang. Richard Haass, presidente do Conselho de Relações Exteriores dos Estados Unidos, foi o anfitrião da videoconferência, que reuniu quase 500 participantes nos Estados Unidos.
Hoje Macau China / ÁsiaBrasil é “prioridade” a “longo prazo”, diz MNE chinês O ministro dos Negócios Estrangeiros da China afirmou este fim de semana que o Brasil é uma “prioridade” para a política externa chinesa e que as relações bilaterais têm valor “estratégico” e a “longo prazo”. Wang Yi falou por telefone com Carlos Alberto Franco França, que substituiu este mês Ernesto Araújo como ministro dos Negócios Estrangeiros do Brasil. Araújo ficou conhecido pelo alinhamento com a política do anterior Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à China. Os ataques contra Pequim levaram mesmo o embaixador da China em Brasília, Yang Wanming, a dizer que o país asiático queria a demissão de Ernesto Araújo, como condição para libertar insumos necessários para a produção das vacinas contra a covid-19, segundo a imprensa brasileira. Na conversa por telefone com o novo homólogo brasileiro, Wang Yi lembrou que a China “está disposta a trabalhar” com o Brasil para “promover a parceria estratégica” entre os dois países, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua. Wang lembrou que Pequim sempre viu e desenvolveu as relações com o Brasil de uma perspetiva “estratégica” e de “longo prazo”. O Brasil é uma “prioridade” para a política externa chinesa, apontou. Como dois grandes países em desenvolvimento, representantes das economias emergentes e parceiros no âmbito do bloco de países BRICS, a China e o Brasil são forças importantes, que impulsionam o multilateralismo mundial e compartilham amplos interesses comuns, afirmou Wang. O ministro lembrou que, apesar da “tendência adversa”, a cooperação pragmática entre os dois países cresceu durante a pandemia da covid-19, refletindo “plenamente a forte resiliência” da relação bilateral. O país asiático está também disposto a continuar a cooperação no âmbito das vacinas, para atender à “necessidade urgente” do Brasil, disse. Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do Brasil e uma das principais fontes de investimento estrangeiro no país sul-americano. A China foi o destino, em 2020, de mais de 27% dos produtos exportados pelo Brasil, segundo dados oficiais. O Governo de Jair Bolsonaro adotou, no entanto, uma postura crítica face ao país asiático e recusou cooperar em várias áreas estratégicas, incluindo no desenvolvimento das redes de quinta geração (5G), com o grupo chinês Huawei, a assinatura de acordos no âmbito da iniciativa de Pequim ‘uma faixa, uma rota’ ou a integração e coordenação da política externa com o bloco de países emergentes BRICS. Wang Yi lembrou que a China espera que o Brasil proporcione um ambiente de negócios “justo e aberto” para as empresas chinesas e pediu aos dois países que continuem a apoiar-se mutuamente em questões centrais de interesse. A cooperação China – América Latina centra-se no “desenvolvimento comum e na cooperação pragmática”, atendendo às necessidades de ambos os lados, realçou.