João Santos Filipe Manchete SociedadeNovo Bairro | Levantadas restrições para vender apartamentos Apesar de ter pago pelo terreno na Ilha da Montanha, a empresa Macau Renovação Urbana só conseguiu alterar as condições de venda aos residentes de Macau com a autorização das autoridades de Cantão A empresa Macau Renovação Urbana levantou várias restrições para tentar vender mais apartamentos no projecto em Hengqin. O anúncio foi feito na quarta-feira, através de um comunicado em língua inglesa, numa altura em que o mercado do imobiliário do Interior atravessa uma crise sem precedentes nos tempos mais recentes. “Os critérios para a aquisição de unidades residenciais no Novo Bairro de Macau (MNN) em Hengqin foram ajustados, incluindo a remoção do limite de idade, a remoção da restrição de revenda nos cinco anos após a compra e o ajustamento do limite à aquisição de unidades residenciais”, foi comunicado. Com a alteração ao nível da idade dos compradores, os menores possam a poder ser proprietários de um apartamento no Novo Bairro de Macau, o que até agora estava afastado. Outra alteração passa pelo facto de o período de congelamento da revenda ter sido eliminado. Anteriormente, os compradores estavam impedidos de revender as fracções num prazo de cinco anos após a compra. Em teoria, agora passam a poder fazer a revenda no dia a seguir à compra. No sentido de permitir um maior número de vendas, cada membro do casal pode ser proprietário de um apartamento no projecto construído com dinheiro público da RAEM. Esta é outra novidade, porque até aqui cada casal só podia comprar uma fracção. Em crise Construído no Interior, na chamada Zona de Cooperação Aprofundada entre Cantão e Macau, os apartamentos do Novo Bairro de Macau foram colocados à venda em plena crise do mercado imobiliário, que já resultou na falência de várias construtoras. Como consequência, a procura por habitações no outro lado da fronteira tem vindo a diminuir, o que levou as autoridades locais a adoptarem várias medidas de levantamento de restrições que antes serviam para arrefecer a procura. O Novo Bairro de Macau segue agora a tendência de levantamento das restrições, depois de ter conseguido a aprovação das autoridades do Interior. E no comunicado em que anunciou as mudanças, a Macau Renovação Urbana fez questão de agradecer à autoridade que supervisiona a Zona de Cooperação. Anteriormente, Peter Lam, presidente da Macau Renovação Urbana, admitiu na Assembleia Legislativa de Macau que a empresa não tem a opção de baixar o preço de venda, sem autorização prévia das autorizações de Cantão. De acordo com os números divulgados pela empresa em Setembro deste ano, até essa data, no espaço de praticamente um ano desde o início das vendas, tinham sido vendidos 1.300 apartamentos dos 4.000 construídos, o que representa um terço das fracções.
Hoje Macau PolíticaSaúde | Residentes de Hengqin podem ir a Seac Pai Van Como o posto de saúde do Novo Bairro de Macau ainda não está em funcionamento, o Governo afirmou que o Centro de Saúde de Seac Pai Van está disponível para prestar “cuidados de saúde comunitários aos residentes de Macau que vivem na Zona de Cooperação Aprofundada”. Para tal, os residentes que morem em Hengqin, nomeadamente no Novo Bairro de Macau, devem registar-se no Centro de Saúde de Seac Pai Van, “munidos de documento comprovativo da sua morada na Zona de Cooperação Aprofundada”, indicou directora substituta dos Serviços de Identificação (DSI), Chan Un Lai. Numa resposta à interpelação escrita de Zheng Anting, é revelado que “foi concluída apreciação e autorização do primeiro lote de medicamentos destinados ao uso do posto de saúde” do Novo Bairro de Macau. Para já, decorrem trabalhos de “coordenação com os serviços competentes locais e do Interior da China sobre a transmissão de dados médicos, o transporte transfronteiriço de medicamentos, a aquisição de instalações e equipamentos médicos, o tratamento de resíduos médicos, a organização de profissionais de saúde”. Sem avançar uma data, o Governo indicou que o “posto de saúde entrará em funcionamento quando estiverem reunidas as relevantes condições”.
João Luz Manchete SociedadeNovo Bairro | Pouco comércio e transportes afastam residentes A abertura de apenas quatro lojas, escassez de transportes e Posto de Saúde por abrir mantém o cepticismo dos residentes em relação ao Novo Bairro de Macau. Pelo menos de acordo com a responsável do centro de idosos no complexo gerido pelos Kaifong. O deputado Nick Lei pede mais agilidade para passar fronteira Esperar para ver. É desta forma que a chefe do Centro de Serviços para Idosos no Novo Bairro de Macau, Hong Un Kei, encara a posição dos residentes de Macau face à possibilidade de se mudarem para o complexo habitacional construído em Hengqin. A responsável pelo centro operado pela União Geral das Associações dos Moradores de Macau (UGAMM) queixa-se da falta de condições de habitações ao nível estrutural, com apenas quatro lojas em funcionamento nas imediações do Novo Bairro de Macau (NBM). Apesar de notar que devem abrir mais espaços comerciais em breve, como comprovam as obras de acabamentos em algumas lojas, a responsável realça que as torres de habitação são servidas por apenas um 7-Eleven, uma cafetaria, uma casa de chás (sem comida) e uma loja de encomendas de Taobao. Porém, está prevista a abertura de um supermercado, um McDonald’s, um restaurante chinês, um salão de beleza de uma loja de bubble tea. Em declarações ao jornal do Cidadão, a dirigente destacou a falta de conveniência que os moradores do NBM enfrentam actualmente, acrescentando a falta de espaços infantis, equipamentos para exercício físico e zonas com lugares sentados para descanso, especialmente dos idosos. Portas e travessas Hong Un Kei apontou ainda a falta de transportes como uma pedra no sapato dos moradores do NBM. A paragem de autocarro que vai servir o complexo habitacional com 27 torres e cerca de 4.000 fracções. Como tal, sugeriu a abertura de linhas de autocarros que passam pelo Hospital de Hengqin, e pelos postos fronteiriços de Qingmao e Gongbei. A passagem da fronteira é outro problema, na óptica de Hong Un Kei, que indica ser necessário gastar uma hora para passar entre territórios durante os períodos de maior turismo, incluindo o Verão. A solução poderia passar pela contratação de mais pessoal de alfândega e estabelecendo corredores exclusivos para residentes de Macau ou máquinas de passagem automática. Nick Lei, também ouvido pelo jornal do Cidadão, também gostaria de ver maior facilidade na passagem da fronteira. O deputado ligado à comunidade de Fujian realça a inconveniência de os passageiros que atravessam a fronteira de automóvel terem de sair da viatura e passar por uma sala de inspecção alfandegária. Além disso, Nick Lei defende o alargamento dos níveis de ensino, além do pré-primário até ao 2.º ano do ensino primário, o que obriga os restantes jovens a atravessar a fronteira diariamente para ir à escola.
João Santos Filipe Manchete SociedadeNovo Bairro de Macau | Venda de estacionamentos começa hoje Os proprietários do Novo Bairro de Macau podem optar por espaços de estacionamento para um ou dois veículos, com os preços a variar entre 288 mil e 488 mil yuan Começam hoje a ser vendidos os lugares de estacionamento no empreendimento Novo Bairro de Macau, em Hengqin. O anúncio foi feito ontem pela empresa Macau Renovação Urbana (MRU), responsável pelo empreendimento. De acordo com a informação divulgada ontem, estão disponíveis dois tipos de lugares de estacionamento: ‘standard’, com capacidade para uma viatura (288 mil yuan); e o tipo ‘tandem’, com capacidade para duas viaturas (488 mil yuan). As vendas só estão disponíveis para proprietários de fracções, que precisam de pagar um sinal de 30 mil yuan com a declaração de interesse no lugar de estacionamento. Além disso, depois de pagos os 30 mil yuan, o procedimento de compra e venda tem de ficar concluído no prazo de 30 dias. Segundo o anúncio da Macau Renovação Urbana, o parque de estacionamento no Novo Bairro de Macau tem “vias de acesso largas” e “um sistema de estacionamento inteligente com reconhecimento de matrículas”. A MRU indicou também que “os lugares de estacionamento têm condições para a instalação de postos de carregamento para veículos eléctricos” e que os “proprietários podem fazer os seus arranjos de acordo com as suas necessidades”. A empresa recorda também que os proprietários de veículos com matrícula de Macau podem registar-se para circularem entre Macau e a Ilha da Montanha, sem necessitarem de uma segunda matrícula. Casas para vender Construído com cerca de 4 mil fracções, foram vendidas cerca de 25 por cento das casas no empreendimento Novo Bairro de Macau na Ilha da Montanha. Na semana passada, a Macau Renovação Urbana anunciou o relaxamento dos critérios para comprar apartamentos no empreendimento em Hengqin. Com as alterações, os residentes com mais de 18 anos podem comprar uma fracção no bloco habitacional em Hengqin. A alteração foi justificada com “as mudanças no ambiente económico”. A empresa liderada por Peter Lam só foi autorizada a alterar os requisitos para as vendas, depois da aprovação da Comissão de Gestão da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin. Anteriormente, também tinha sido tornado público que a RAEM, apesar de ter pago pelo espaço onde foi edificado o Novo Bairro de Macau, não pode mexer no preço de venda das casas sem autorização das autoridades de Cantão.
João Luz Manchete PolíticaNovo Bairro de Macau | Mudanças permitem compradores com 18 anos A Macau Renovação Urbana anunciou ontem o relaxamento dos critérios para comprar apartamentos no Novo Bairro de Macau. Desde ontem, residentes com mais de 18 anos podem comprar uma fracção no bloco habitacional em Hengqin. A alteração teve em conta “as mudanças no ambiente económico” A Macau Renovação Urbana (MRU) anunciou ontem que os critérios para a aquisição de um apartamento no Novo Bairro de Macau, em Hengqin, foram aligeirados, permitindo que residentes de Macau, portadores de BIR, podem comprar fracções desde que tenham mais de 18 anos. A medida, que entrou em vigor ontem, foi implementada para “responder às mudanças no ambiente económico trazidas pelas novas políticas relativas ao mercado imobiliário de Macau e Hong Kong”, “após terem sido ouvidas opiniões de todos os sectores”. A empresa liderada por Peter Lam revela que submeteu à Comissão de Gestão da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin uma proposta para melhorar os critérios para comprar casa no Novo Bairro de Macau, proposta que foi aprovada. Assim sendo, no passado dia 6 de Maio, as autoridades governamentais e a Sociedade de Desenvolvimento do Novo Bairro de Macau (Hengqin, Zhuhai), Limitada assinaram uma emenda que oficializou a alteração de critérios. Idas para a Montanha O deputado Leong Sun Iok partilhou ontem uma resposta a interpelação escrita assinada por Peter Lam, o presidente do Conselho de Administração da MRU, onde é indicado que até ao dia 6 de Março, data da assinatura da resposta, “o número de assinaturas de contratos e de registos online concluídos foi de cerca de 800”. O responsável recordou que desde que foram postas à venda, no dia 28 de Novembro do ano passado, até ao início do ano, foram vendidas mais de 1.000 fracções. Seis semanas após o início das vendas, o Novo Bairro de Macau começou a acolher os primeiros moradores e, “há menos de meio ano, muitos proprietários já se mudaram, sucessivamente, para Hengqin. Também existem muitas pessoas que estão a mudar de casa e adquirir mobiliário”, aponta a empresa. Sem actualizar os dados de vendas de apartamentos há mais de cinco meses, a MRU vinca o objectivo de “criar um espaço de vida de qualidade que reúne residências, educação, cuidados de saúde, serviços sociais e empresas num só bairro”, e “tornar a vida quotidiana mais conveniente, com melhores serviços e instalações.”
Hoje Macau SociedadeNovo Bairro | Aprovados mais de 100 empréstimos para habitação Chan Weng Tat, director e vice-presidente do Banco da China em Macau, afirmou que foram aprovados mais de 100 empréstimos para a compra de casa no Novo Bairro de Macau, na Ilha da Montanha. As declarações foram prestadas ontem e citadas pelo canal chinês da Rádio Macau. As vendas para as fracções do Novo Bairro de Macau começaram a 28 de Novembro, e segundo as autoridades, nas primeiras horas foram recebidas mais 500 candidaturas. Estas, têm depois de ser revistas pelas autoridades, para perceber se os candidatos cumprem os requisitos mínimos, para a compra de habitação no projecto pago com fundos da RAEM. Chan indicou igualmente que desde o início do período de vendas foram apresentados entre 200 e 300 pedidos de empréstimos para habitação no Novo Bairro, só junto do Banco da China. Porém, o vice-presidente da instituição explicou que os dados ainda estão a ser complicados, pelo que não há um número concreto. Sobre os procedimentos e o tempo para aprovar os empréstimos, Chan explicou que se os clientes apresentarem logo toda a informação necessária, o processo pode ser finalizado num período de três a cinco dias. Em alguns dos casos, os empréstimos concedidos representaram cerca de 90 por cento do valor total das fracções. Porém, o responsável explicou que a taxa depende das condições dos clientes e da capacidade para pagarem os compromissos. Ainda assim, Chan Weng Tat apelou aos residentes para pensarem bem sobre a sua capacidade financeira, antes de recorrerem a um empréstimo.
João Santos Filipe Manchete PolíticaNovo Bairro de Macau | Exclusividade de agências alvo de críticas O facto de apenas cinco agências imobiliárias estarem autorizadas a vender fracções no Novo Bairro de Macau está a gerar críticas no sector O sector do imobiliário está em alvoroço com a situação das vendas de apartamentos no Novo Bairro de Macau, na Ilha da Montanha. Em causa está o facto de a empresa Macau Renovação Urbana, controlada pelo Governo da RAEM, apenas ter autorizado cinco agências imobiliárias a actuar como intermediárias nas vendas. Segundo um artigo publicado na sexta-feira no Jornal do Cidadão, vários agentes imobiliários mostraram-se desagradados com a medida, por não compreenderem que apenas cinco empresas possam actuar como intermediárias num projecto que foi construído com “o dinheiro de todos os residentes”. Além disso, o artigo aponta que houve um claro favorecimento das grandes imobiliárias, o que contraria o discurso oficial do Governo de defesa do funcionamento do mercado livre. Neste cenário, as agências mais pequenas ainda podem assumir um papel nas vendas das fracções. No entanto, no final, precisam sempre de pagar às “cinco protegidas” do Governo, que são as únicas autorizadas a concluir os negócios. De acordo com as explicações apontadas no artigo da publicação em língua chinesa, se um subagente imobiliário concluir a venda de uma fracção tem direito a uma comissão de 1 por cento. Por exemplo, numa venda de 3 milhões de renminbis, o agente ficaria com 30 mil renminbis. No entanto, sobre os 30 mil renminbis ainda precisa pagar um imposto de 10 por cento, para as autoridades do Interior, e depois a comissão a uma das cinco imobiliárias, mesmo que esta não tenha qualquer intervenção no processo. O agente que concluiu a venda acaba assim a operação com 13.500 renminbis, 0,45 por cento do preço da casa. Pouca transparência e apetite Quanto à popularidade do projecto, apesar das filas no primeiro dia das compras, os agentes contaram ao Jornal do Cidadão que o interesse no projecto é “mediano”, mesmo que as cinco escolhidas estejam a fazer tudo através de uma promoção agressiva. De acordo com as explicações apresentadas, neste momento também há muita falta de informação sobre o projecto. Apesar de haver algumas casas que pode ser atractivas, não se sabe quando vão estar disponíveis para serem habitadas, dado que nem todas estão prontas. A falta de informação tem assim impacto negativo nas vendas. Por outro lado, as opiniões ouvidas pelo jornal também indicaram que os preços em Macau, desde a pandemia, ficaram mais baratos, pelo que a Ilha da Montanha, que implica uma deslocação maior e a passagem da fronteira diária, para quem vive na RAEM, não é encarada como uma solução conveniente. Face a todas estas condicionantes, o sector acredita que o Governo deve lançar medidas de apoio para facilitar as vendas das casas no Novo Bairro de Macau, e tratar o sector como igual, não escolhendo empresas favoritas.
João Luz Manchete SociedadeNovo Bairro | Primeiro dia de inscrições leva residentes a Hengqin No primeiro dia de inscrições para comprar um apartamento no Novo Bairro de Macau formaram-se filas de interessados no escritório em Hengqin onde os imóveis são vendidos. Além de pessoas que demonstraram apoio às políticas do Governo, houve quem louvasse a abundância de espaço no bairro. Até às 15h foram recebidas mais de 500 candidaturas Arrancaram ontem as inscrições para quem quer comprar um dos cerca de 4.000 apartamentos à venda no Novo Bairro de Macau, na Ilha da Montanha. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, antes do início do horário de expediente do escritório em Hengqin, 09h, já se formavam filas de interessados. O senhor Chan foi o primeiro a ser atendido no escritório, declarando à emissora pública ter marcado o lugar desde as 21h de segunda-feira. “Porque vim para a fila tão cedo? Porque queria mostrar o meu apoio às políticas do Governo de Macau e também porque temi que a procura fosse de tal ordem que poderia esgotar o tipo de apartamento que quero”, afirmou. Outro residente, de apelido Lam, que se juntou à fila às 07h30, trouxe consigo uma cadeira desdobrável para esperar confortavelmente a abertura do escritório. A razão pela qual chegou cedo a Hengqin foi semelhante ao fundador da fila de interessados. “Quero escolher aquele que penso ser o apartamento ideal para mim, um T2 no piso mais elevado, acho que o preço é razoável”, afirmou ao canal chinês da Rádio Macau. No entanto, a vontade do residente não foi concretizada. “Na primeira fase, queremos vender 800 fracções que ficam nos andares mais baixos, mas se a procura exceder as nossas expectativas, podemos colocar à venda entre 900 e 1000 fracções”, afirmou ontem Peter Lam, que preside ao Conselho de Administração da Macau Renovação Urbana, responsável pelo projecto. Sem revelar quantos apartamentos foram vendidos, Peter Lam limitou-se a dizer que o número de “vendas foi ideal”. Porém, em comunicado, a empresa afirmou que entre as 09h e as 15h de ontem foram recebidas mais de 500 candidaturas à compra de apartamentos. Este procedimento é inicial, para ver se o comprador cumpre os requisitos obrigatórios para poder comprar casa no Novo Bairro de Macau. Só após esse passo, preenchido mais um formulário e entregue 100 mil yuans de depósito inicial, é possível escolher a fracção desejada. Em todo lado Para já, os 800 apartamentos colocados à venda do Novo Bairro de Macau podem ser comprados através de cinco agências imobiliárias, mas os residentes podem comprar directamente o imóvel através da Macau Renovação Urbana. Porém, esta alternativa impõe mais tempo de espera. Ontem de manhã, o escritório do Novo Bairro de Macau na RAEM também recebeu residentes interessados, alguns que foram ao engano a pensar que poderiam submeter o depósito para compra, apesar do escritório apenas aceitar candidaturas e ajudar nos procedimentos iniciais. Um residente, de apelido Ho, revelou estar interessado no Novo Bairro de Macau devido à baixa densidade populacional em comparação com Macau. “Há cerca de dois anos que arrendo uma casa em Hengqin, porque gosto do ambiente espaçoso”, afirmou. O preço dos apartamentos com duas assoalhadas, e área de 88 metros quadrados, custa entre 2,41 milhões e 2,63 milhões de yuan. Já os apartamentos com três quartos e cerca de 118 metros quadrados de área têm preços entre 3,53 milhões e 3,71 milhões de yuans.
Hoje Macau PolíticaHengqin | Novo bairro pode ter escola secundária em 2024/2025 O director dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ), Kong Chi Meng, afirmou que a primeira Escola para Filhos e Irmãos de Residentes de Macau no Novo Bairro de Macau em Hengqin vai ser coordenada pela Associação de Apoio à Escola Hou Kong e deverá começar a leccionar as primeiras aulas no ano lectivo 2024/2025. Segundo o jornal Ou Mun, o responsável apontou que até ao momento a associação foi a única a demonstrar interesse em abrir uma escola na Ilha da Montanha. Kong Chi Meng revelou que os procedimentos burocráticos para autorizar a escola a operar em Hengqin estão na fase final e está confiante de que tudo esteja pronto para o próximo ano lectivo. O director da DSEDJ acrescentou ainda que a Escola para Filhos e Irmãos de Residentes de Macau no Novo Bairro de Macau irá abrir com turmas que vão desde o jardim de infância até ao 2.º ano do ensino primário. Kong Chi Meng indicou também que a escola pode recrutar os professores do Interior da China ou de Macau, cujas qualificações têm que corresponder aos critérios do quadro de qualificações do Interior e do quadro geral da RAEM.
João Luz PolíticaNovo Bairro de Macau | Quase 7.000 visitaram fracções modelo Entre 1 de Novembro e a passada segunda-feira, cerca de 7.000 pessoas visitaram os andares modelo do Novo Bairro de Macau, em Hengqin, segundo dados divulgados pela empresa de capitais públicos Macau Renovação Urbana. A empresa liderada pelo empresário Peter Lam reiterou que a ideia é proporcionar ao público a visita aos empreendimentos, para que os interessados testemunhem o ambiente urbano circundante e as infra-estruturas que o serve, antes de colocar as 4.000 unidades residenciais à venda. Além disso, “a Macau Renovação Urbana está a recolher opiniões e intenções de compra de pessoas que visitam os andares modelo, assim como a preparar o sistema de vendas, incluindo registo online, e a optimizar os procedimentos de venda” com vista a facilitar o processo quando as vendas começarem. Até ao momento, a Macau Renovação Urbana não assinou nenhum contrato com agências imobiliárias, mas ressalva que quando começar a comercialização o processo irá seguir um modelo de negócio com base nas regras do mercado. Para já, na primeira semana em que abriram ao público as visitas aos andares modelo, a empresa garante que recebeu sinais de interesse e intenções de compra. Recorde-se que cerca de 80 por cento dos apartamentos do projecto são da tipologia T2, com áreas de 88 metros quadrados, com as restantes fracções a pertencerem à classe T3, com 118 metros quadrados.
Hoje Macau SociedadeBairro Novo de Macau | Mais de 3.000 visitas a andares modelo Nos primeiros três dias em que esteve aberto ao público para visitas, os andares modelo do Novo Bairro de Macau, na Ilha da Montanha, receberam mais de 3.500 visitantes. A informação foi divulgada pela empresa Macau Renovação Urbana, num comunicado disponibilizado em inglês. Segundo a mesma informação, os visitantes participaram em visitas guiadas a modelos mobilados e não-mobilados, que incluíram sessões com perguntas e respostas. De acordo com a empresa, estão 11 apartamentos disponíveis para visitas, com dois ou três quartos, que podem ser feitas de segunda-feira a domingo, entre as 09h e as 18h. Além disso, dada as limitações de transportes, foi criado um autocarro especial que parte da fronteira da Ilha da Montanha para o Novo Bairro de Macau, a cada 15 minutos, entre as 09h e as 17h15.
Andreia Sofia Silva SociedadeNovo Bairro de Macau | Quase 90% diz precisar de hipoteca Um inquérito realizado pela Sociedade de Renovação Urbana de Macau junto dos residentes conclui que cerca de 88 por cento diz necessitar de pedir um empréstimo hipotecário para comprar uma casa no Novo Bairro, enquanto 75 por cento “espera que exista um centro de vendas em Macau para a apresentação de candidaturas”. Relativamente ao crédito da habitação, a sociedade “tem contactado instituições financeiras, propondo que os residentes de Macau possam usufruir de um rácio máximo de 80 por cento ou mesmo de 90 por cento do valor do empréstimo para as unidades residenciais” do Novo Bairro. Segundo um comunicado divulgado ontem pela Macau Renovação Urbana, “o feedback das entidades relevantes tem sido, até à data, positivo”. A empresa tem recolhido opiniões dos residentes “sobre a possibilidade de se tornarem proprietários através de múltiplas plataformas” no Novo Bairro, sendo que “os três principais tipos de lojas que os residentes esperam que existam [no bairro] são de alimentação e bebidas, supermercados e serviços de subsistência”. Pretende-se, assim, “atrair mais marcas de produtos alimentares e bebidas para abrir um negócio nos mais de 5.000 metros quadrados de espaço comercial do bairro”, além de se criarem “instalações completas de educação básica”. Foi já criado um centro de vendas de apartamentos em Hengqin e em Macau, estando a ser preparado um sistema de candidaturas online. O projecto promete ainda oferecer mais de quatro mil lugares de estacionamento, estando a ser analisada a possibilidade de providenciar mobiliário completo, em que os compradores das casas podem escolher um de vários pacotes de mobiliário a diferentes preços. O projecto do Novo Bairro está na fase de inspecção, que deverá estar concluída este mês, estando a ser executados trabalhos de paisagismo e construção de estradas.
Andreia Sofia Silva Grande Plano MancheteNovo Bairro de Macau | Previsto impacto reduzido no imobiliário local Em Setembro começam a ser vendidas casas no Novo Bairro de Macau em Hengqin, mas analistas acreditam que, a curto e médio prazo, o impacto no mercado imobiliário local será pouco visível. Além dos preços das habitações não serem acessíveis a muitos residentes, existem ainda constrangimentos legislativos e logísticos a ter em conta A Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin soma uma longa variedade de planos e projectos em curso, sendo um deles o do Novo Bairro de Macau, com capacidade para quatro mil apartamentos destinados a residentes da RAEM. Mas até que ponto este projecto, que visa fomentar a cooperação e integração regional entre Macau e Hengqin, irá ter impacto no mercado imobiliário local? Analistas ouvidos pelo HM dizem que as repercussões a curto e médio prazo serão reduzidas. Rose Lei, académica da Universidade de Macau (UM) e especialista em imobiliário, adiantou que o “impacto poderá ser diferente ao longo do tempo”. Para já, “não é ainda muito perceptível, porque a ideia de viver nessa região é ainda nova”. “As pessoas podem optar por esperar para ver. Se este primeiro lote de unidades [residenciais] vender bem, as pessoas começarão a adaptar-se à possibilidade de se mudarem para Hengqin. Como consequência, o preço da habitação [no território] será afectado de forma negativa. Outro factor a ter em conta é o número de residentes com emprego em Hengqin, que, de momento, não é grande”, acrescentou. Rose Lei entende que “será natural considerar Taipa e Coloane como as primeiras zonas afectadas” caso haja um impacto do Novo Bairro de Macau no imobiliário local, embora “não seja necessariamente esse o caso”. “O projecto afectaria, sobretudo, as unidades habitacionais de dimensão e qualidade semelhantes, que sejam propriedade de residentes que trabalhem em Hengqin ou que tenham flexibilidade suficiente para viver em Hengqin”, frisou. Suzanne Watkinson, directora-geral da agência imobiliária Ambiente Properties Limited, diz não acreditar que o projecto do Novo Bairro de Macau “venha a ter impacto nos preços da habitação em Macau”, pois com apenas quatro mil fracções terá capacidade para acomodar menos de um por cento da população local, “o que não é suficiente para movimentar o mercado”. No entanto, “se o projecto se revelar um catalisador para a deslocação de muitos milhares de pessoas para outros projectos de habitação em Hengqin ou Zhuhai, então poderá haver um impacto a longo prazo”. Se o projecto urbanístico vier a afectar o mercado imobiliário local, este impacto será mais visível “nas zonas mais antigas da península, atraindo reformados, jovens que compram casa pela primeira vez e aqueles que procuram melhorar as suas propriedades em Macau”. Depois seguir-se-á o impacto nas ilhas de Taipa e Coloane. Procura reduzida A agente imobiliária não tem dúvidas de que “a curto e médio prazo a procura pelo Novo Bairro de Macau por parte dos residentes será reduzida”, pelo menos até que infra-estruturas sociais estejam mais desenvolvidas. “A zona é bastante remota”, disse, além de que “a maioria das pessoas em Macau procura maior comodidade do que um nível de vida mais elevado”. Suzanne Watkinson entende que “os habitantes de Macau estão ainda relutantes em atravessar uma ponte de Macau para a Taipa, pelo que se prevê a mesma relutância em fazer uma viagem diária entre o norte de Hengqin e Macau”. Além disso, “não é conveniente realizar compras na zona, e vemos que, actualmente, há apenas um conjunto de pequenas lojas que servem o Novo Bairro e que parecem estar a perder dinheiro, pelo que poderão não conseguir sobreviver por muito mais tempo e ter de fechar”. Além disso, em termos de opções educacionais para famílias, a agente imobiliária pensa que “os habitantes de Macau hesitam em transferir os seus filhos para escolas na China, preferindo mantê-los no sistema escolar de Macau”. O facto de a ideia de viver em Hengqin parecer descabida para muitos residentes poderá estar relacionada com o facto de ainda existirem “dificuldades de integração de Hengqin e Macau devidas às políticas de entrada, controlo alfandegário, inspecções sanitárias, medidas de prevenção e controlo da epidemia, entre outros factores”, conforme descreveu o economista Lao Pun Lap num estudo recente, publicado pela revista Administração. O autor frisou mesmo que “até este momento o número de residentes que optam por se deslocar à Zona de Cooperação é relativamente reduzido”. Legislação e investimento Suzanne Watkinson defende ainda que o Novo Bairro de Macau “não é popular como [forma de] investimento”, e as razões prendem-se com a necessidade de cumprimento de legislações diferentes. “A compra de um imóvel na China está sujeita aos caprichos da regulamentação local. No caso do projecto do ‘Novo Bairro de Macau’, os regulamentos da cidade de Zhuhai determinam que as casas recém-adquiridas devem ser registadas durante três anos após a obtenção do ‘Certificado de Propriedade Imobiliária’ e só após um total de cinco anos podem ser transferidas, sem penalizações, para um residente de Macau que cumpra os requisitos”, alertou a responsável. “Sabemos de pessoas que compraram em Zhuhai e agora as suas propriedades valem uma fração do custo”, sendo este “um problema comum da oferta e procura na China”, onde há “demasiada nova oferta” em termos de imobiliário. A responsável alerta ainda para os preços elevados das habitações no Novo Bairro, que rondam os três e quatro milhões de renminbis, sendo que “para quem precisa de uma hipoteca, com juros, custará cerca de cinco a seis milhões”. Assim, “as muitas unidades residenciais subsidiadas pelo Governo que estão a ser construídas na zona A serão provavelmente uma opção mais popular quando estiverem concluídas e disponíveis”. O facto de existirem diferentes legislações em Macau e Hengqin pode ainda trazer problemas caso o residente queira vender a sua casa no Novo Bairro. “Será que os fundos podem ser transferidos para Macau? Continuamos a ouvir histórias de residentes de Macau que tentam transferir fundos das suas contas em Hengqin de volta para Macau, mesmo que sejam apenas algumas centenas de milhar de renminbis, e descobrem que as suas contas foram congeladas.” Uma experiência “inédita” Suzanne Watkinson entende que o Novo Bairro de Macau em Hengqin “é uma experiência inédita” cujo modelo, se for bem-sucedido, “poderá ser replicado”. “Uma das razões culturais e sociais pelas quais mais pessoas de Macau e de Hong Kong não se mudam para o continente é o facto de algumas preferirem viver com vizinhos que são seus compatriotas de Macau ou de Hong Kong em vez de viverem na China. O projecto do Novo Bairro de Macau constituirá uma experiência social interessante a este respeito.” Acima de tudo, a directora-geral da Ambiente Propterties Limited pensa que o Governo Central “não irá permitir a ocorrência de uma crise imobiliária prolongada em Macau”, intervindo “através de medidas de adaptação caso as circunstâncias o exijam”. “O objectivo [do Novo Bairro de Macau] é proporcionar mais espaço e melhorar a vida da população de Macau, e não diminuir o património líquido dos muitos proprietários locais”, frisou. Para o economista José Sales Marques, o projecto do Novo Bairro de Macau “é interessante e inovador”, sendo também “uma alternativa de boa qualidade para o mercado habitacional dos residentes”. Ainda assim, “é ainda muito cedo para se saber se o mercado imobiliário de Macau entrará em crise, caso a oferta de habitação no Novo Bairro alcance o sucesso e os fins que foram projectados”. Sales Marques recorda que a grande maioria dos apartamentos do Novo Bairro será de tipologia T2, cujos preços, embora mais baixos do que os praticados em Macau, “não são acessíveis a todas as camadas da população”. Para a deslocação de uma família com filhos há diversos factores a ter em conta, como a contratação de empregadas domésticas ou facilitação da própria mobilidade. “A política de contratação de mão-de-obra não-residente e as condições de acesso serão factores importantes a ter em conta, bem como outros custos, nomeadamente de mobilidade através da fronteira de Hengqin, os custos relativos à educação, bem como as perspectivas de mobilidade futura para quem compra uma unidade dessas, nomeadamente quanto ao acesso a crédito e custo do investimento, à possibilidade de revenda ou a evolução do mercado imobiliário de Hengqin”, rematou.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeEstudo | Só 10% dos universitários locais querem viver em Hengqin Um estudo da Associação Geral de Estudantes Chong Wa conclui que apenas dez por cento dos jovens locais que frequentam o ensino superior desejam mudar-se para a Zona de Cooperação Aprofundada em Hengqin para viver e trabalhar. Mais de 60 por cento diz desconhecer as políticas elaboradas para a Ilha da Montanha Só dez por cento dos estudantes universitários de Macau desejam mudar a sua residência e encontrar trabalho na Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin. É o que revela um inquérito realizado pela Associação Geral de Estudantes Chong Wa, que conclui ainda que 63 por cento dos inquiridos desconhecem as políticas criadas para aquela zona em matéria de fixação de negócios, moradores e recursos humanos. O inquérito, cujos resultados foram divulgados no domingo, mostra também que cerca de 60 por cento dos entrevistados nunca visitaram, estudaram ou realizaram estágios em Hengqin, pelo que desconhecem o ambiente laboral, as perspectivas em matéria de emprego ou o nível salarial praticado pelas empresas aí estabelecidas. Em termos concretos, 36 por cento dos jovens dizem não saber o montante dos salários pagos do outro lado da fronteira, enquanto cerca de 20 por cento entendem que a Zona não disponibiliza mais oportunidades de carreira. Bairro sem procura Relativamente ao projecto do Novo Bairro de Macau, construído em Hengqin, e cuja venda de casas arranca no próximo mês, o interesse dos mais jovens também não é muito elevado. Isto porque 23 por cento diz não ter certezas se quer, de facto, viver neste complexo de empreendimentos habitacionais, enquanto 33 por cento mostram alguma vontade de lá viver. O inquérito realizou-se entre os dias 1 e 10 de Julho através de entrevistas a alunos do ensino superior de Macau, tendo sido validadas 405 respostas. Segundo um comunicado da associação, o seu vice-presidente, Mio Man Lap, defende que as autoridades devem reforçar a divulgação de políticas e medidas destinadas à Zona de Cooperação através das redes sociais e meios de comunicação social. Além disso, o responsável entende que as autoridades podem disponibilizar mais ofertas de estágios e visitas para atrair a atenção dos jovens.
Hoje Macau SociedadeNovo Bairro de Macau | Quatro mil fracções à venda em Setembro As obras de construção do Novo Bairro de Macau têm conclusão prevista para o próximo mês e em Setembro deverão ser colocados à venda os primeiros apartamentos do complexo habitacional situado em Hengqin, indicou ontem o responsável do projecto da Macau Renovação Urbana, Chan Ion Kei, no programa Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau. Numa primeira fase, serão colocadas à venda 4.000 fracções, assim que estiverem concluídas as formalidades para registar a venda dos imóveis no Interior da China, ao mesmo tempo que a Macau Renovação Urbana negoceia com bancos dos dois lados da fronteira para agilizar a oferta de créditos hipotecários para a aquisição de propriedades no Novo Bairro de Macau. Para adquirir um apartamento, os compradores são obrigados a pagar uma entrada equivalente a 30 por cento do valor da propriedade. Recorde-se que cerca de 80 por cento dos apartamentos do projectos são da tipologia T2, com áreas de 88 metros quadrados, com as restantes fracções a pertencerem à classe T3, com 118 metros quadrados. Os compradores têm de respeitar alguns requisitos obrigatórios, como serem residentes de Macau, com mais de 18 anos de idade, que não sejam proprietários de mais de uma fracção em Macau. Os compradores não podem ser proprietários de casas em Zhuhai.
João Santos Filipe Manchete PolíticaHabitação | Questionado investimento em Hengqin Nelson Kot, presidente da Associação de Estudos Sintético Social de Macau, questiona a coerência da construção do Novo Bairro de Macau na Ilha da Montanha, face à política de habitação do governo. As dúvidas foram lançadas através de um artigo no Jornal do Cidadão. Em declarações à publicacão, o ex-candidato a deputado admitiu estar preocupado por ver um conflito, por um lado, entre o investimento no Novo Bairro de Macau na Ilha da Montanha e, por outro, a construção de várias habitações públicas no território, a que se juntam as mais de 20 mil habitações privadas vazias. Com estas políticas, Kot aponta também que prevê que os residentes vão ter como prioridade a compra de habitação económica em Macau ou então o arrendamento ou compra das casas existentes no mercado privado. O dirigente associativo acredita que apesar de os preços das habitações em Hengqin serem mais baratos, a diferença não vai fazer com que os residentes abdiquem de escolher viver em Macau. Kot afirmou também não acreditar que as vantagens de Hengqin, como os prédios novos, o melhor ambiente e as perspectivas de um desenvolvimento futuro sejam suficientes para levar os residentes a optarem pela mudança. Dos Serviços Sociais Em relação ao Novo Bairro de Macau, Kot elogiou o projecto de habitação e considerou que os prédios estão bem construídos, com um bom design e com ruas bem desenhadas. No entanto, o principal desafio passa por criar instalações sociais, como zonas comerciais, escolas e outros serviços essenciais para a população que ainda não estão a funcionar. Por outro lado, o dirigente da associação considerou também que o projecto pode ser mais atractivo para os residentes com o sistema legal de Macau e a utilização da internet sem as restrições do Interior. Outro dos aspectos que pode ser importante para atrair os residentes, explica Kot, é a instalação de clínicas de Macau naquele bairro da Ilha da Montanha. Na quarta-feira, ficou a saber-se que o preço por metro quadrado na Ilha da Montanha vai ser de 30 mil yuan. Nelson Kot considerou que se este preço fosse implementado em Macau que seria muito bem acolhido pela população. Contudo, em relação a Hengqin levantou dúvidas sobre o nível de atractividade.
João Santos Filipe Manchete PolíticaIlha da Montanha | Inaugurado Novo Bairro de Macau Foi ontem realizada a cerimónia de descerramento da placa de inauguração do Novo Bairro de Macau. O secretário para a Economia e Finanças espera que o projecto encoraje os residentes a mudarem-se para a Zona de Cooperação Aprofundada Um espaço para permitir aos residentes experimentarem um nível de vida de alta qualidade. Foi desta forma que o secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, se referiu ontem ao projecto do Novo Bairro de Macau na Ilha da Montanha, durante o discurso da cerimónia de descerramento da placa de inauguração. De acordo com o governante, citado pelo canal chinês da Rádio Macau, o projecto vai permitir aos residentes encontrarem novas oportunidades de vida e de emprego na Zona de Cooperação Aprofundada, projecto na jurisdição do Interior com investimentos de Macau. Para o Governo da RAEM, o Novo Bairro de Macau é ainda encarado como “um marco” para a construção da Zona de Cooperação, que vai permitir aos residentes encontrarem “condições e um ambiente quotidiano semelhante ao de Macau”. A cerimónia decorreu com a informação a ser disponibilizada em chinês simplificado, tradicional e inglês, como normalmente acontece nas empresas de Hong Kong. No entanto, a Macau Renovação Urbana é uma empresa criada na RAEM com capitais públicos. A criação de um ambiente de Macau na Zona de Cooperação foi também um aspecto destacado por Peter Lam, presidente da Macau Renovação Urbana. O responsável apontou igualmente que este projecto transmite a esperança dos residentes poderem integrar-se melhor na Zona de Cooperação Aprofundada. No centro da ilha O Novo Bairro de Macau fica situado perto das avenidas Zhongxin e Gang’ao e conta com 27 torres habitacionais de 19 a 26 andares. Ontem, foi tornado público que os preços dos apartamentos devem ficar abaixo dos 30 mil yuan por metro quadrado. Na maior parte dos casos, cada andar é constituído por sete ou oito apartamentos, o que faz com que o projecto albergue quase 4 mil habitações. Além destas casas, estão ainda reservadas 200 fracções para “quadros qualificados”, que apenas poderão ser arrendadas. As estimativas apontam para que no futuro habitem no bairro de Hengqin entre 12 mil a 15 mil pessoas de Macau. Além das habitações, o Novo Bairro de Macau inclui outros equipamentos sociais, como uma escola, centro de saúde, serviços para idosos e um centro familiar. Este último, de acordo com o promotor do projecto, vai “servir os residentes de todas as idades”. O empreendimento tem também espaços comerciais com uma área de 5 mil metros quadrados, distribuídos por 60 lojas, cujo objectivo é disponibilizar os bens de primeira necessidade aos futuros habitantes. Ao nível do estacionamento, estão planeados 4 mil lugares, assim como “clubhouses”, parques infantis e zonas para a prática de desporto.
João Santos Filipe SociedadeEstrutura principal do Novo Bairro de Macau completa desde Dezembro A principal estrutura das 27 torres habitacionais e do edifício escolar no Novo Bairro de Macau, na Ilha da Montanha, foi concluída em Dezembro do ano passado, de acordo com a empresa Macau Renovação Urbana. Num comunicado emitido ontem, a empresa anunciou estar a preparar a venda dos apartamentos à população. Após revelar que a construção da estrutura principal está feita, a Renovação Urbana explicou que actualmente estão a ser feitos os trabalhos de instalação do chão, tectos, partições dos diferentes apartamentos e os acabamentos. Esta etapa do empreendimento, que tem como promotor a empresa com capitais públicos, deve ficar concluída até ao final do ano, se não houver atrasos. O Novo Bairro de Macau conta com 27 torres habitacionais de 19 a 26 andares. Na maior parte dos casos, cada andar é constituído por sete ou oito apartamentos, o que faz com que o projecto albergue quase 4 mil habitações. Além destas casas estão ainda reservadas 200 fracções para “quadros qualificados”. As estimativas apontam para que vivam no bairro de Hengqin entre 12 mil a 15 mil pessoas de Macau. “O projecto foi desenhado para criar um ambiente semelhante ao de Macau e melhor ajudar os residentes que vivem e trabalham na Área da Grande Baía Cantão-Hong-Kong-Macau”, justifica a empresa de capitais públicos, no comunicado. Serviços complementares Além das habitações, o Novo Bairro de Macau inclui outros equipamentos sociais, como uma escola, centro de saúde, serviços para idosos e um centro familiar. Este último, de acordo com o promotor do projecto, vai “servir os residentes de todas as idades”. O projecto tem também espaços comerciais com uma área de 5 mil metros quadrados, distribuídos por 60 lojas, cujo objectivo é disponibilizar os bens de primeira necessidade aos futuros habitantes. Ao nível do estacionamento, estão planeados 4 mil lugares, assim como “clubhouses”, parques infantis e zonas para a prática de desporto. Em relação a estes equipamentos, os pormenores no comunicado são escassos. O Novo Bairro de Macau é um projecto feito com capitais da RAEM, para acelerar a integração da população no Interior, através da Grande Baía.
João Luz Manchete PolíticaNovo Bairro de Macau | Fracções à venda a partir do próximo ano Até ao final do ano, as 27 torres residenciais e edifícios escolares do Novo Bairro de Macau em Hengqin vão estar prontos. A Macau Renovação Urbana, S.A. anunciou que as fracções habitacionais serão colocadas à venda em 2023. Dos mais de 4.000 apartamentos, cerca de 80 por cento têm duas assoalhadas O Novo Bairro de Macau está a ganhar contornos concretos e é uma realidade cada vez mais próxima. A Macau Renovação Urbana (MRU) indicou ontem que as primeiras fracções habitacionais vão estar à venda no próximo ano e que o projecto global, com todas as infra-estruturas e equipamentos, deverá estar concluído na segunda metade de 2023. O complexo urbano é composto por elementos residenciais, educativos e com serviços de saúde e sociais, espalhados por cerca de 620 mil metros quadrados de área bruta localizados no coração da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, a uma distância de 6 minutos de carro do posto fronteiriço da Ilha da Montanha. A construção das 27 torres residenciais e os edifícios escolares adjacentes deverá ser concluída ainda este ano, de acordo com a MRU. Em termos de tipologia, dos mais de 4.000 apartamentos disponíveis, cerca de 80 por cento têm dois quartos, enquanto os restantes têm três assoalhadas. A MRU indica ainda ter reservados mais de 200 fracções habitacionais para atrair quadros qualificados. Em termos de enquadramento paisagístico, o Novo Bairro de Macau tem nas “traseiras” a Montanha Xiao e está virado para rio Tianmu, “criando um ambiente residencial em que a natureza é incorporada na cidade”, escreve a empresa de capitais públicos. As 27 torres de apartamentos têm entre 19 e 26 andares, com um piso típico a ter entre sete ou oito apartamentos. Elementos extra Além das áreas habitacionais, o Novo Bairro de Macau foi desenhado a pensar nas comodidades que tornam um local habitável para um residente de Macau. “O projecto vai ter equipamentos e serviços conectados a Macau, como uma creche (com capacidade para 12 turmas), uma escola do ensino básico (com capacidade para 18 turmas), um centro de saúde, um centro com serviços para idosos, e um centro com serviços familiares. Cerca de 5.000 metros quadrados serão dedicados a zonas comerciais, que podem albergar cerca de 60 estabelecimentos comerciais). Neste domínio, a Macau Renovação Urbana espera que os espaços concedam “oportunidades de negócio e abrindo um vasto leque ofertas de retalho que responda às necessidades diárias dos habitantes”. Tendo em consideração que o estacionamento é um dos problemas vividos pela população de Macau, o novo bairro vai estar equipado com mais de 4.000 lugares de estacionamento, mais de 3.000 metros quadrados com instalações desportivas e parques de diversão para crianças. Para completar os espaços de recreio, a Macau Renovação Urbano adianta que cerca de 35 por cento da área do projecto é ocupada por zonas verdes. No total, as autoridades esperam que o Novo Bairro de Macau seja habitado por uma comunidade composta entre 12.000 e 15.000 residentes. Uns toques lusos Outro dos trunfos do projecto, elencados pela Macau Renovação Urbana, é a conectividade entre edifício através de “corredores de vento e chuva”, que permitem aos residentes mover-se em segurança entre os prédios, independentemente das condições atmosféricas. Para que a transição de Macau para Hengqin seja suave, o design dos postes de iluminação, gradeamentos de rua e pavimentação das áreas públicas incorporam elementos estilísticos portugueses e do sul da Europa, como ruas empedradas e calçadas, exportando para a Ilha da Montanha as características de Macau. Recorde-se que o Novo Bairro de Macau nasceu em 2019 com o acordo para a transferência do usufruto do lote, negociado entre o Executivo da RAEM e o Governo Municipal de Zhuhai. A construção começou em 2021.
Salomé Fernandes PolíticaHengqin | Novo Bairro de Macau vai ter casas pré-fabricadas No seguimento da reunião de ontem da Comissão de Acompanhamento para os Assuntos de Finanças Públicas ficou-se a saber que o projecto “Novo Bairro de Macau” envolve financiamento do Banco da China em Macau e que a habitação vai ser pré-fabricada [dropcap]O[/dropcap] terreno em Hengqin para o projecto “Novo Bairro de Macau” foi comprado pela Macau Renovação Urbana S.A. com 5,8 mil milhões de renmimbis, financiados pelo Banco da China em Macau, revelou ontem o presidente da Comissão de Acompanhamento para os Assuntos de Finanças Públicas, Mak Soi Kun. No seguimento da reunião na Assembleia Legislativa, foi revelado que as 27 torres residenciais do projecto destinado a residentes da RAEM vão ser construídas através de unidades pré-fabricadas. O deputado observou que o recurso a material pré-fabricado é uma forma de construção usada em vários locais, e que tem como vantagens tornar a obra “mais rápida” e “ecológica”, para além de contribuir para a limpeza do estaleiro das obras. Recorde-se que o presidente do Conselho de Administração da sociedade, Peter Lam, já tinha dito anteriormente que o bairro não iria envolver fundos do Governo. Agora, sabe-se também que o Banco da China em Macau não pediu garantias para o financiamento, por confiar que os projectos são “para o bem-estar da população”. O crédito concedido tem juros de 3,5 por cento. “O banco fez uma avaliação dos riscos com o seu capital, e com base nesse custo de construção do projecto a possibilidade dar prejuízo é reduzida, por isso foi-nos dito que não há necessidade de garantia bancária do Governo”, disse Mak Soi Kun. No geral, a sociedade teve receitas de 976,600 patacas, e despesas na ordem dos 2,4 milhões. Complexidade urbana Para além disso, a Macau Renovação Urbana está a tratar da “renovação de sete edifícios no bairro do Iao Hon”, e prevê-se a construção de 2495 fracções para alojamento temporário dos moradores dos prédios intervencionados. Na reunião foi analisado também quem vai beneficiar com a renovação urbana, já que podem não ser os proprietários a viver nas fracções. Levantou-se assim o tema dos preços de arrendamento das casas. “Depois de concluída a renovação, as rendas vão ser mais altas porque o proprietário vai subir a renda. A Sociedade de Renovação Urbana explicou que, de momento, não há legislação pronta para essa situação, só pode perguntar a cada um dos moradores, casa a casa, se estão interessados em celebrar acordo”, disse Mak Soi Kun, alertando que “é um problema social muito complexo”. Houve ainda referência às obras ilegais. “Onde vão depois viver arrendatários? Há também situações de casas nos terraços dos edifícios. Esse grupo de pessoas foi tido em consideração?”, questionou. A sociedade tem ainda em mãos o projecto no lote de terreno que chegou a estar destinado ao Pearl Horizon – no qual ainda “têm de ser definidos os custos para as habitações de alojamento temporário e habitação para troca”.
Salomé Fernandes PolíticaHengqin | “Novo Bairro de Macau” sem fundos públicos Sem capital público envolvido, o projecto “Novo Bairro de Macau” vai incluir cerca de quatro mil fracções habitacionais para residentes em 27 torres residenciais. Mas o deputado Sulu Sou reiterou as dúvidas sobre o envolvimento da Macau Renovação Urbana S.A num projecto que se localiza em Hengqin [dropcap]O[/dropcap] projecto “Novo Bairro de Macau” destinado a residentes da RAEM e a ser desenvolvido em Hengqin, não vai mobilizar fundos do Governo. Na Assembleia Legislativa, o presidente do Conselho de Administração da Macau Renovação Urbana S.A., Peter Lam, declarou que serão angariados capitais “através de empréstimos bancários”. A informação foi avançada em resposta a uma interpelação oral do deputado Leong Sun Iok, que pediu mais informações sobre o projecto anunciado no ano passado. De acordo com Peter Lam, haverá 27 torres residenciais, que terão entre 22 e 26 andares, providenciando cerca de quatro mil unidades residenciais. Destas, 200 são destinadas a “pessoas talentosas”. Os requisitos do Governo Municipal de Zhuhai implicam que pelo menos 80 por cento das fracções sejam T2 e prevê-se que as restantes sejam T3. Sabe-se agora que podem comprar apartamento os portadores de Bilhete de Identidade de Residente da RAEM, maiores de idade. Haverá ainda outros critérios, nomeadamente sobre a posse de outras propriedades, e a venda também só vai poder ser feita a residentes. “Para evitar a especulação, só têm direito de adquirir uma única fracção”, indicou ontem o representante. Mas ainda estão a ser ultimados detalhes. A Macau Renovação Urbana já deu início ao estudo preliminar sobre o projecto, incluindo uma estimativa do orçamento, mas os valores não foram adiantados. Peter Lam disse, porém, que nas unidades residenciais “o preço de venda vai ser perto do custo do projecto”, por ser um plano conjunto entre os Governos de Zhuhai e de Macau. Não haverá pré-venda. No terreno, vai aplicar-se a lei do Interior da China. Os futuros moradores vão poder requerer matrícula única para circular entre Macau e Hengqin, e deverão ter benefícios fiscais. Ao nível dos serviços públicos, prevê-se que o projecto inclua 18 escolas primárias e 12 creches, usufruindo os estudantes de ensino gratuito. Além disso, haverá um centro de saúde com cerca de mil metros quadrados, explorado segundo o sistema adoptado actualmente em Macau, um centro para idosos com cerca de 800 metros quadrados, e centros familiares e instalações desportivas. Depois da aquisição dos direitos de utilização do terreno, o projecto tem de ficar concluído no espaço de 48 meses. Entre dois lados O envolvimento da Macau Renovação Urbana voltou a ser questionado pelo deputado Sulu Sou, reiterando que o objectivo quando a sociedade foi constituída era tratar dos assuntos de renovação locais. “Tenho aqui uma grande dúvida: esta sociedade anónima passa a tratar dos assuntos do Interior da China e não da renovação urbana de Macau?”. Além disto, o pró-democrata quis saber como é possível fiscalizar o âmbito de investimento, apontando parecer não existirem limitações. Sulu Sou disse ainda que parece não haver calendário para a renovação da habitação na zona do Iao Hon, e afirmou que os moradores querem permanecer na sua área, considerando que morar em Hengqin é apenas uma “segunda escolha”. Neste sentido, perguntou ainda quantas pessoas da sociedade estão a tratar do projecto “Novo Bairro de Macau”, e quantas se dedicam ao projecto principal. Uma pergunta que ficou sem resposta. Por sua vez, o responsável pela Macau Renovação Urbana garantiu que os trabalhos nunca pararam e que enquanto empresa de capital público o dinheiro é usado “com toda a cautela e rigor”, e que vai haver “fiscalização de vários níveis”. “Posso dizer que cumprimos todos os diplomas legais, mas não posso facultar mais pormenores”, rematou.