Habitação | Kevin Ho pede flexibilização de uso de fundo nacional

O membro de Macau na Assembleia Popular Nacional (APN) Kevin Ho quer maior integração do Fundo de Previdência para Habitação do Interior da China na realidade de Macau.

No final das “Duas Sessões” em Pequim, o responsável defendeu que os residentes de Macau que trabalham no Interior da China, e que já contribuem para o Fundo de Previdência para Habitação, deviam poder usar as contribuições para comprar ou remodelar um imóvel em Macau.

Além disso, o membro de Macau na APN e empresário considera que estes contribuintes locais para o fundo público chinês deveriam ter a possibilidade de contrair empréstimo do fundo de previdência através de bancos de Macau.

Este nível de compatibilidade poderia colmatar aquilo que Kevin Ho designou como “a falta de entusiasmo em contribuir ao fundo no Interior da China”, algo que na sua óptica “afecta a integração dos residentes de Macau na Grande Baía”.

Para tal, deveria ser elaborado um sistema unificado para todas as cidades da Grande Baía, que de momento têm sistemas diferentes, além de fixar e uniformizar o tipo de despesas que podem ser financiadas pelo fundo em todas as cidades da Grande Baía.

12 Mar 2024

Kevin Ho diz que solução para Global Media ainda está longe

A solução para as dificuldades financeiras do Global Media Group (GMG), que inclui o Diário de Notícias, o Jornal de Notícias e a TSF, ainda está longe, disse ontem o accionista Kevin Ho King Lun.

Um acordo “está ainda numa fase muito prematura”, disse Kevin Ho aos jornalistas em Macau, à margem de um evento na Fundação Rui Cunha.

“Estivemos muito perto de assinar um memorando de entendimento, mas ainda estamos longe de um acordo”, explicou o empresário.

Na sexta-feira, o empresário Diogo Freitas, da Officetotal Food Brands, disse à Lusa que o acordo para a compra de alguns jornais e revistas do GMG e da rádio TSF “está fechado”, mas que faltava ainda ser assinado.

Diogo Freitas lidera um grupo de investidores e empresários de Portugal que tinha manifestado interesse em 12 de Janeiro em comprar o Jornal de Notícias (JN), O Jogo, JN História, Notícias Magazine, Evasões e Volta do Mundo, assim como a maioria do capital da Sociedade Notícias Direct, bem como a TSF.

Kevin Ho não confirmou esta informação, sublinhando que “há muitas diferentes opções” em cima da mesa, que serão discutidas “ao longo das próximas semanas”.

O empresário garantiu, no entanto, que os actuais accionistas pretendem “continuar fortemente envolvidos nas marcas” do GMG.

Por outro lado, Ho não garantiu que os salários em atraso seriam pagos até quarta-feira, 07 de Fevereiro.

“Esperamos até amanhã”, disse o empresário.

Na sexta-feira, Ho e os outros accionistas do GMG, Marco Galinha, Mendes Ferreira e José Pedro Soeiro tinham dito que estava “previsto o pagamento dos salários até ao dia 07 de Fevereiro, estando a ser avaliados mecanismos para a regularização do subsídio de Natal”.

Na sexta-feira, a assembleia de trabalhadores da TSF discutiu a “possibilidade da suspensão dos contratos de trabalho” caso o pagamento dos salários não for efetuado nos prazos previstos.

Face à promessa dos accionistas, os trabalhadores do Diário de Notícias suspenderam, até 07 de Fevereiro, uma greve que estava marcada para a passada sexta-feira, 02 de Fevereiro.

Por outro lado, Kevin Ho negou ontem que o GMG tenha uma dívida no valor de 2,1 milhões de euros em Macau.

“Temos simplesmente, como qualquer empresa, fornecedores a quem é preciso, empréstimos de accionistas”, disse.

Outros passos

A 10 de Janeiro, o presidente da Comissão Executiva do GMG, José Paulo Fafe, disse na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto que o grupo tinha dívidas no valor de 2,1 milhões de euros em Macau e de 700 mil euros em Malta, “em empresas de jogo ‘online’ que nunca funcionaram, ou melhor, de licenças de jogo ‘online'”.

Em 31 de Janeiro, Fafe apresentou a demissão por considerar “estarem esgotadas” as condições para exercer as funções.

Está marcada para 19 de Fevereiro uma assembleia-geral extraordinária de accionistas do GMG, a pedido da KNJ, empresa de Kevin Ho, e de José Pedro Soeiro, com cinco pontos na ordem de trabalhos, entre eles a destituição do actual Conselho de Administração e um aumento de capital de cinco milhões de euros.

O empresário Marco Galinha detém uma participação efetiva de 50,25 por cento no GMG, através da Páginas Civilizadas (41,51 por cento) e da Grandes Notícias (8,74 por cento), enquanto a KNJ detém 29,35 por cento e José Pedro Soeiro 20,4 por cento.

7 Fev 2024

Global Media | Kevin Ho continua no conselho de administração

Kevin Ho, empresário local, mantém-se no conselho de administração do grupo Global Media que, em Portugal, detém jornais como o Jornal de Notícias ou o Diário de Notícias, bem como a rádio TSF, entre outros meios de comunicação social. Segundo um comunicado divulgado esta quarta-feira, foram nomeados novos membros para o conselho de administração, nomeadamente José Paulo Fernandes Fafe, Diogo da Cruz Agostinho e Filipe Queirós Nascimento.

Marco Galinha continua a presidir ao conselho, que continua a contar com António Manuel Mendes Ferreira e Paulo César Martins Lima de Carvalho. Domingos Portela Andrade e António Manuel Frade Saraiva deixam o conselho de administração, a quem a Global Media agradece “todo o empenho e dedicação mostrados ao longo do período em que integraram este órgão”. Kevin Ho, sobrinho de Edmund Ho, ex-Chefe do Executivo, é presidente da KNJ Investment Limited, empresa que detém 35,25 por cento do capital do grupo Global Media.

7 Set 2023

Líderes da indústria de Macau esperam uma cooperação mais estreita com Hong Kong

Os empresários de Macau acreditam que mais cooperação com Hong Kong, criando complementaridades, será benéfico para a RAEM e para a construção da Grande Baía

Os líderes da indústria de Macau expressaram confiança de que a RAE de Macau e a RAE de Hong Kong podem trabalhar em estreita colaboração e integrar-se melhor na construção da área da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, aproveitando as vantagens do princípio “um país, dois sistemas”, dada a proximidade das duas cidades e histórias semelhantes.

Por ocasião do 25º aniversário do regresso de Hong Kong à pátria, os líderes da indústria na RAEM expressaram confiança em que as duas cidades possam trabalhar em estreita colaboração e integrar-se melhor na construção da Área da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, aproveitando as vantagens do princípio “um país, dois sistemas”.

Kevin Ho, presidente da Associação da Indústria e Comércio de Macau, afirmou que Hong Kong, um centro financeiro internacional, e Macau, que se esforça por se transformar num centro mundial de turismo e lazer, podem procurar uma cooperação e desenvolvimento complementares.

“As duas RAE são ambas as janelas do nosso país para o mundo”, disse Ho. “Podem dar as mãos nas indústrias de conferências e exposições, turismo, e finanças”.

Alan Ho, presidente da Associação dos Sectores de Convenções, Exposições e Turismo de Macau, espera que as indústrias de convenções e exposições em Hong Kong e Macau possam tomar a iniciativa de participar na cooperação regional e promover a cooperação na Área da Grande Baía através de convenções e exposições inter-cidades e inteligentes.

“Como um importante centro de convenções e exposições na região Ásia-Pacífico, a indústria em Hong Kong desenvolveu-se rapidamente desde o seu regresso à pátria, particularmente nos sectores da joalharia, relógios e produtos de beleza”, afirmou.

Nos últimos anos, cientistas e investigadores das RAE também participaram amplamente nos principais projectos científicos e tecnológicos do país.

Pang Chuan, vice-presidente da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, disse que as universidades de Macau e Hong Kong têm cooperado estreitamente no intercâmbio de pessoal, cooperação científica e de investigação, intercâmbio de laboratórios e na educação conjunta de estudantes.

“As universidades de Macau e Hong Kong são geralmente mais internacionais, com mais oportunidades de participar na cooperação internacional”, disse Pang Chuan. “No entanto, confrontam-se com a falta de indústrias de apoio nas RAE”.

Pang sugeriu que as universidades nas RAE combinem as suas vantagens na investigação e desenvolvimento com empresas de alta tecnologia na área da Grande Baía para melhor converterem os frutos científicos e de investigação internacionais.

Ma Chi Seng, membro do Comité Desportivo de Macau, elogiou as realizações desportivas de Hong Kong desde o seu regresso à pátria, observando que o governo da RAE de Hong Kong se tem dedicado à promoção de Hong Kong como cidade de eventos desportivos internacionais, oferecendo experiências com as quais Macau poderia aprender.

“Os 15º Jogos Nacionais Chineses a serem co-organizados pela província de Guangdong, Hong Kong e Macau em 2025 proporcionarão uma excelente oportunidade para aumentar a participação pública no desporto nas RAE e reforçar a cooperação aprofundada entre as indústrias desportivas nos três locais”, acrescentou Ma.

30 Jun 2022

Imobiliário | Projecto de Kevin Ho no Porto em desenvolvimento

Chama-se “Torre Miramar” e é o primeiro projecto imobiliário desenvolvido em Portugal pelo grupo KNJ Investment Limited, do empresário Kevin Ho. Anunciado em 2019 na cidade do Porto, por ocasião da visita do então Chefe do Executivo, Chui Sai On, ao país, o projecto deu finalmente os primeiros passos ao ser adjudicado a um gabinete de arquitectura sediado no Porto, o OODA, após aprovação pela Câmara Municipal do Porto.

Segundo um comunicado, a “Torre Miramar” apresenta-se como uma “escultura habitável” da cidade situada no norte de Portugal, pretendendo ser um “novo marco” e um “projecto arrojado e dinâmico” que tem constituído um desafio para a equipa composta por arquitectos, promotores, empreiteiros e engenheiros.

Serão construídas tipologias habitacionais com mais de 200 metros quadrados de varanda, num edifício que promete fazer parte da “skyline” da cidade.

Citado por um comunicado, Diogo Brito, sócio do OODA, adiantou o projecto imobiliário de Kevin Ho não é mais do que uma “tempestade perfeita”. “Numa torre de forte vocação estética, são estas varandas panorâmicas e dinâmicas que criam tanto o tema de conceito como a oportunidade do exercício plástico e escultórico que se concebeu integralmente em betão. (…) Desejámos algo potencialmente irrepetível…uma escultura habitável.”

Luxo na Foz

Situado numa das zonas nobres da cidade do Porto, a Foz, o edifício “Torre Miramar” destaca-se pela sua “singularidade na paisagem que se prolonga até ao mar, beneficiando de um quadro visual e sensorial único”.

O OODA explica ainda que a composição volumétrica do edifício revela “uma arquitectura integrada com a ambição de desenvolver tipologias de habitação com mais de 200 metros quadrados de varanda”. Além disso, “no topo do pódio, surge um volume vertical com 15 andares, paralelo à estrada e com aproximadamente a mesma altura das torres naquela zona”.

No piso térreo será construído um átrio com ginásio e outros espaços comuns que “estabelecem continuidades com o solo vegetal e natural”, além de se criar “um microclima com biodiversidade que está presente na vegetalização desejada”.

Além da “Torre Miramar”, o empresário Kevin Ho vai também renovar o edifício onde actualmente se localiza a sede e redacção do Jornal de Notícias, transformando-o num hotel. “Temos projectos que não exigem muito dinheiro, embora a renovação do edifício do JN seja o projecto mais pesado em termos de orçamento”, disse Kevin Ho em 2019.

17 Fev 2022

Segurança nacional | Kevin Ho diz que existe liberdade de expressão em Macau

Em entrevista ao semanário português Novo, o empresário Kevin Ho, e também delegado de Macau à Assembleia Popular Nacional, defendeu que “a liberdade de expressão não foi afectada” em Macau e em Hong Kong com a implementação da lei de segurança nacional no território vizinho

 

Kevin Ho, empresário de Macau e delegado pelo território à Assembleia Popular Nacional (APN), defendeu, em entrevista ao semanário português Novo, que as pessoas em Macau e em Hong Kong mantém a mesma liberdade de expressão desde que foi implementada, na região vizinha, a lei de segurança nacional.

“Nos últimos dois anos foi estabelecida uma lei da segurança nacional, mas a liberdade de expressão não foi afectada. Posso falar com qualquer pessoa sobre as políticas do Governo da China e do Partido Comunista Chinês (PCC). O que mudou é que se tornou ilegal exigir a independência ou a queda do PCC”, frisou.

Kevin Ho disse mesmo que “em nenhum país do mundo, por mais democrático que seja, não imagino que seja legal queimar a bandeira nacional. É isso, não consigo pensar num exemplo em que seja legal atraiçoar o próprio país”.

Para o responsável, sobrinho do primeiro Chefe do Executivo da RAEM, Edmund Ho, tanto Hong Kong como Macau “têm autonomia”. “A legislação é aprovada pela Assembleia Legislativa e não vemos o Governo Central a enviar pessoas para a governação [local] ou para as assembleias. Claro que trabalhamos com o Governo Central, é evidente que o ouvimos, pois, em última análise, somos um país. Podemos ter dois sistemas, mas nenhum deles contra o país. Acho que isto é bastante inovador.”

Ainda assim, Kevin Ho referiu que “há sempre a possibilidade de melhorar o funcionamento e, à medida que o tempo passa, temos grande autonomia e liberdade de expressão”. “Todas as pessoas em Macau e em Hong Kong podem falar livremente”, apontou.

Sem influência

Na mesma entrevista, Kevin Ho falou ainda dos 100 anos da criação do PCC e sobre os feitos do partido no país nas últimas décadas. “Recentemente tenho procurado aprender sobre a história do partido e posso garantir que se perguntar a alguém na China sobre o que foi feito pelo povo e pelo país, a resposta será muito positiva.”

Questionado sobre se alguma vez tentou influenciar conteúdos jornalistas do grupo Global Media, detido em 30 por cento pela KNJ, empresa de Kevin Ho, este frisou que não. “Estou nesta empresa há dois anos e meio e nunca senti necessidade de dizer às pessoas que devem averiguar uma informação ou alterá-la por o meu país ser representado de forma errada. Não me vejo a tentar influenciar [os conteúdos].”

O empresário deixou ainda claro que neste momento a aposta não é em novos investimentos, mas sim no foco da “reconstrução do grupo de media”. “Estamos a olhar para mais digitalização e novas áreas”, concluiu.

9 Ago 2021

Kevin Ho apoia recusa das autoridades para a realização da vigília

Kevin Ho, empresário local e membro da Assembleia Popular Nacional (APN), mostrou apoio à recusa, por parte das autoridades, da realização da vigília do 4 de Junho, que recorda o massacre de Tiananmen. Segundo o jornal Ou Mun, Kevin Ho lembrou que na vigília foram divulgadas mensagens como “Acabar com a ditadura de partido único”, o que pode levar à incitação da subversão do poder do Estado chinês, violando a lei da segurança nacional em vigor.

“A divulgação destes assuntos de forma consecutiva pode influenciar as opiniões dos residentes, além de ter um impacto na reputação da governação do país ou do partido”, disse Kevin Ho, referindo-se ao Partido Comunista Chinês (PCC). O empresário frisou que as autoridades de Macau devem assumir uma postura “mais séria” na hora de lidar com este tipo de assuntos, questionando a legitimidade da organização da vigília.

Quanto à possibilidade de esta vir a ser organizada num espaço fechado, Kevin Ho disse que se a vigília conter mensagens como “Acabar com a ditadura de partido único” constitui também uma violação intencional da lei.

Também Suen Yan Kwong, membro da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, se declarou contra a vigília. Macau é agora um local seguro no que diz respeito à covid-19 e a realização de iniciativas como a da vigília “é algo irresponsável e que pode perturbar a ordem social e levar os residentes ao engano”, afirmou.

1 Jun 2021

Empresário Kevin Ho acusa jovens de preconceito contra Partido Comunista

O sobrinho de Edmund Ho acredita que é preciso apostar mais no “Turismo Vermelho”, para que as gerações mais novas não se esqueçam do sofrimento do passado e que o Partido Comunista da China está disponível para sacrificar tudo pelo país

 

[dropcap]O[/dropcap] empresário Kevin Ho acusou os jovens de Macau e de Hong Kong de terem preconceito contra o Partido Comunista da China, durante uma visita à província de Hebei. As declarações do sobrinho de Edmund Ho, primeiro Chefe do Executivo da RAEM, foram citadas num artigo publicado na edição de terça-feira do jornal Ou Mun.

Na visita ao Interior, Kevin Ho sugeriu o reforço da aposta no “Turismo Vermelho”, que foca a história oficial do Partido Comunista, e defendeu que deve haver mais promoção das vitórias alcançadas, apesar das muitas dificuldades sentidas.

Segundo Ho, esta educação devia ser também cada vez mais promovida junto dos jovens locais, para que não se esqueçam dos esforços das gerações anteriores em prol do país, assim como da intenção original e missão do Partido Comunista.

No entanto, as críticas de Kevin não focaram apenas os jovens de Macau e Hong Kong. O empresário, e principal accionista do grupo português Global Media, proprietário do Diário de Notícias, acusou também os países ocidentais de não perceberem a China, o que no seu entender levou à Guerra Comercial com os Estados Unidos.

Como solução para o problema da imagem internacional, o sobrinho de Edmund Ho defendeu que os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 sejam utilizados para promover a imagem de poder da China e mostrar que o país está pronto e vai assumir responsabilidades mundiais.

Elogios ao Partido

Se por um lado, Kevin Ho criticou os jovens de Macau, por outro, não deixou de elogiar as pessoas que vivem no Parque Natural de Saihanba, na Província de Hebei. O local fazia parte de deserto, mas foi recuperado e florestado.

O também representante de Macau na Assembleia Nacional Popular elogiou todos os que se sacrificaram para que Saihanba se tornasse num local melhor e considerou ainda que é um exemplo de como os membros do partido estão disponíveis para se sacrificarem pela China, segundo a intenção original do partido.

Estas são as primeiras declarações públicas de Kevin Ho, após o Comissariado Contra a Corrupção (CCAC) ter concluído a investigação sobre o empréstimo de 212 milhões de patacas cedido pelo Governo, liderado por Edmund Ho, à VIVA Macau. A empresa acabaria por falir em 2010 e o montante foi considerado irrecuperável. Kevin Ho era director-executivo não só da VIVA Macau, mas também da Eagle Airways, empresa que se tinha comprometido a assumir o pagamento do empréstimo, em caso de incumprimento, mas que nunca o fez.

No relatório, o CCAC considerou haver indícios de que os directores da empresa tinham cometido o crime de falência não intencional, mas que não seira possível acusar os mesmos, uma vez que já teriam prescrito.

29 Set 2020

Caso IPIM | Kevin Ho é sócio de arguido acusado de associação criminosa

O delegado de Macau à Assembleia Popular Nacional é sócio dos arguidos Ng Kuok Sao e Tang Zhang Lu numa empresa que prestou falsas declarações dizendo ter participado nas obras de construção do Metro Ligeiro e na Segunda Fase do casino Galaxy

 

[dropcap]K[/dropcap]evin Ho é parceiro de negócios de Ng Kuok Sao, empresário acusado de ter criado uma associação criminosa para vender de autorizações de residência, no âmbito do caso do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM). A empresa em causa é a Companhia de Engenharia de Instalação de Equipamentos Hunan (Macau) Limitada e foi utilizada em pelo menos dois pedidos de fixação de residência com informação que a acusação acredita ser falsa.

A revelação foi feita ontem em tribunal, quando um investigador do Comissariado Contra a Corrupção (CCAC), identificado como CS Wu, apresentou o registo comercial da Hunan. O nome de Kevin Ho nunca foi mencionado no tribunal, mas o sobrinho de Edmund Ho surge como accionista da empresa com uma participação de 30 por cento, enquanto os arguidos do processo Ng Kuok Sao e Tang Zhang Lu são os restantes proprietários, cada um com um participação de 35 por cento. A empresa foi criada a 28 de Agosto de 2009 com um capital social de 200 mil patacas e Kevin Ho é igualmente apresentado como gestor, assim como Ng e Tang.

Contudo, o sobrinho do ex-Chefe do Executivo Edmund Ho afirmou ter sido apanhado de surpresa com a ligação. “Foi há muito muito tempo que a empresa foi criada e para ser sincero nem me recordo em que condições. Fiquei surpreendido com a ligação, porque não tenho nada a ver com o caso que está em tribunal”, afirmou o também delegado de Macau à Assembleia Popular Nacional, ao HM.

Ho admitiu também conhecer Ng Kuok Sao, com quem diz, no entanto, ter perdido contacto. O arguido encontra-se fora de Macau, após ter sido condenado pela prática do crime de burla. “Do que me lembro foi uma empresa foi criada há 11 ou 12 anos, sem grande actividade comercial. Eu era accionista, mas nunca estive envolvido em qualquer negócio ou nas suas actividades. Nós conhecemo-nos porque o escritório dele era debaixo do meu. Mas não temos contacto há alguns anos. Foi um contacto que se perdeu”, clarificou.

O sobrinho do ex-Chefe do Executivo revelou ainda não ir ser testemunha no caso e excluiu o cenário da empresa ser encerrada, uma vez que não consegue entrar em contacto com Ng nem Tang.

Actividades “fachada”

Segundo a informação apresentada ontem pela acusação, a empresa Hunan tinha cerca de uma dúzia de trabalhadores até 2013, com a maior parte das saídas a acontecer em 2011. Entre 2014 e 2017, os registos mostram que não houve qualquer contratação.

Todavia, a Hunan foi utilizada como empregadora “fachada” para os pedidos de fixação de residência de duas pessoas, Lin Hui Kang e Iu Mei Lee. Quando os pedidos de fixação de residência entraram no IPIM, o CCAC mostrou que foram transferidos para a conta de Ng Kuok Sao 200 mil yuan, por parte de Lin, e 400 mil yuan, de Iu Mei Lee.

Na documentação para a fixação de residência é indicado que Lin iria assumir o papel de gerente na Hunan, enquanto Iu iria ficar com o cargo de gerente-geral dos recursos humanos.

Também nos dois processos de fixação de residência é indicado ao IPIM que a Hunan tinha sido uma das partes envolvidas no Metro Ligeiro de Macau e na segunda fase do casino Galaxy. Este documento está assinado pelo accionista Tang, o que faz com que seja arguido. No entanto, a acusação recusa que a empresa tivesse capacidade para desempenhar tais trabalhos: “Fomos analisar os formulários M3 e M4 para sabermos os rendimentos e acedermos ao registo dos trabalhos e verificamos que a companhia não conseguia ter capacidade para fazer as obras mencionadas”, considerou CS Wu, do CCAC.

Como os processos de residência acabariam por ser recusados pelo IPIM, com parecer negativo do Conselho de Administração, presidido por Jackson Chang, o arguido mais mediático do processo, o montante de 600 mil yuan acabou por ser devolvido.

Ng Kuok Sao, sócio de Kevin Ho, e a mulher Wu Shu Hua são os principais arguidos do julgamento do caso do IPIM e estão acusados de terem criado uma associação criminosa para venderem fixações de residência em Macau.

7 Jul 2020

É como não ver

[dropcap]S[/dropcap]em surpresas, o estudo encomendado à associação liderada por Kevin Ho, sobrinho de Edmund Ho, revelou que cerca de 97 por cento da população não sabe o que é uma lei sindical. Não fico chocado perante a total ignorância, numa terra onde se acha que ter opinião política é querer atrair chatices. Não pode existir sociedade civil quando as pessoas abdicam dos seus direitos por desconhecimento. Em Macau não existe a cultura da protecção do trabalhador, mesmo quando muitos foram empurrados para cortes salariais significativos, quando a única alternativa era o desemprego numa altura de crise. Isto não é uma decisão, é coacção. Não é harmonia, é opressão.

Mas proponho ao leitor que faça uma sondagem a jovens na casa dos 20 ou 30 e poucos que tenham crescido em Macau, e pergunte se sabem quem é Ho Chio Meng. O desconhecimento é deprimente. É por isso que se pode encomendar um estudo sobre a pertinência dos sindicatos a uma associação dirigida por um empresário familiarmente ligado ao poder político, e que já havia sublinhado não ver necessidade para uma lei sindical, sem quem ninguém diga nada.

Ah, não esquecer que temos de papar calados com a tanga cíclica do socialismo, e virar os olhos quando se equipara protecção da parte mais fraca da relação laboral a desarmonia e se celebra a desregulação como liberdade empresarial. Meus amigos, isto é capitalismo selvagem, não há propaganda semântica sobre características que apague o evidente amor de Macau aos princípios do inimigo ideológico. Que reine a desregulação e o mais forte faça farinha dos ossos do oprimido que joga Switch à espera de mais um cheque do Governo. Cegueira autoinduzida.

14 Abr 2020

Governo questionado sobre resultados de estudo sobre Lei Sindical

O deputado da Federação das Associações dos Operários de Macau Lei Chan U quer conhecer as conclusões do estudo da instituição ligada a Kevin Ho sobre a Lei Sindical

 

[dropcap]O[/dropcap] deputado Lei Chan U, membro da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), exige ao Governo que revele as conclusões do estudo sobre a Lei Sindical. A interpelação do legislador foi revelada na sexta-feira. Após ter visto, na semana passada, um projecto em seu nome e de Lam Lon Wai, colega de bancada no hemiciclo, recusado pelo Executivo.

Em 2018, depois de uma promessa com dois anos, o Governo de Chui Sai On encomendou um estudo à Associação de Estudo de Economia Política de Macau, para serem analisadas as condições para uma Lei Sindical. A associação liderada pelo empresário Kevin Ho recebeu 600 mil patacas pelo trabalho e entregou os resultados no final do segundo trimestre do ano passado. No entanto, até hoje as conclusões não foram tornadas públicas, apesar de já terem sido abordadas no Conselho Permanente de Concertação Social.

Durante a discussão na Assembleia Legislativa este foi mesmo um assunto que colocou alguns embaraços aos deputados empresários e tradicionais, principalmente quando o democrata Sulu Sou questionou se alguém conhecia as conclusões do estudo e ninguém respondeu afirmativamente.

“Quando é que o Governo vai publicar um relatório com as conclusões do estudo sobre a Lei Sindical? Será que a publicação vai ser feita a tempo de as pessoas poderem estudar e discutir os resultados a tempo da consulta pública?”, questiona Lei.

Porém, o deputado da FAOM não deixa de recordar que está quase a fazer um ano desde a “conclusão” do estudo. “Já passou quase um ano desde a entrega do estudo e a população está ansiosa para conhecer os resultados”, aponta.

Chumbo “apadrinhado”

O chumbo à proposta de Lei Chan U e de Lam Lon Wai aconteceu depois de o secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong ter afirmado que deveria ser o Governo a apresentar a proposta de lei. O secretário ressalvou também a necessidade de haver uma consulta pública sobre o assunto.

Após estas declarações, foram vários os deputados que votaram contra ou se abstiveram porque defenderam que se devia esperar pelo Executivo. Esta justificação dos outros deputados não foi esquecida por Lei que vem agora pedir ao Governo que apresente planos concretos.

“Apesar de o Governo ter dito anteriormente que tem condições para apresentar uma proposta de Lei Sindical, e que vai fazer uma consulta pública, também explicou que ainda não está preparado para revelar quando vai avançar com estes procedimentos”, escreve Lei Chan U. “Podemos ver por estas declarações que há a intenção de apresentar uma proposta de lei, mas ninguém sabe quando vai começar a ser escrita, o que dá a impressão às pessoas que ainda estamos muito longe do dia da proposta”, acrescentou.

Lei Chan U e Lam Lon Wai levaram um projecto de lei sindical ao hemiciclo pela 11.ª vez, sendo que todas as iniciativas foram chumbadas, apesar de ser uma das exigências da Lei Básica.

23 Mar 2020

Apoio social | Kevin Ho fala de impacto de curto prazo

[dropcap]K[/dropcap]evin Ho, presidente da Associação Industrial e Comercial de Macau, acredita que a implementação de medidas como os empréstimos com bonificações e quatro por cento para as Pequenas e Médias Empresas e a criação dos cartões de consumo apenas vão ter um impacto de curto prazo.

Em declarações ao canal chinês da Rádio Macau, Kevin Ho apontou que o cartão de consumo vai fazer com que a população tenha grandes gastos nas empresas mais conhecidas, mas que para as pequenas lojas vai ser mais difícil atrair os consumidores.

Por outro lado, o representante do sector empresarial diz que os empréstimos são decididos pelos bancos, que querem evitar perdas, e por isso nem todos vão conseguir o acesso a esta medida. Neste sentido, Ho apontou que as agências do imobiliário e as construtoras são das que mais dificuldades vão enfrentar no acesso ao crédito.

23 Mar 2020

Kevin Ho assina acordo de gestão de hotel na ex-sede do Jornal de Notícias

[dropcap]O[/dropcap] empresário de Macau Kevin Ho afirmou hoje ter assinado um acordo de gestão com o grupo Marriott para gerir um novo hotel, que vai ocupar o antigo edifício do Jornal de Notícias, no Porto.

“Foi assinado um contrato de gestão com uma das marcas do grupo, a Marriott Autograph Collection, mas o nome será outro”, afirmou o também vice-presidente do grupo de comunicação social Global Media à Lusa, sobre o novo projeto hoteleiro com mais de 200 quartos.

“O montante total do investimento, incluindo a compra do edifício e a renovação, vai rondar os 30 milhões de euros”, disse. A notícia foi avançada na terça-feira pelo portal Macau News Agency.

O empresário e proprietário, juntamente com outros sócios, adiantou que vão ser contratadas “equipas de arquitetos e de engenheiros, todas portuguesas”, para desenvolverem os trabalhos de reconversão do edifício.

Kevin Ho acrescentou que o nome do novo hotel vai ser “Journal Hotel” e foi escolhido “por equipas de marca e de ‘design’”, numa alusão à história do edifício.

“Pareceu-nos ser o melhor nome para representar o edifício, a história e a cidade”, sublinhou.
Em relação ao condomínio residencial de luxo, previsto para a Foz do Douro, Kevin Ho disse que “estão a ser pedidas diferentes licenças e autorizações” à câmara municipal do Porto, sem avançar o valor do projeto.

Sobre o projeto de desenvolvimento de uma incubadora de ‘startups’ em Vila Nova de Gaia, assinado entre o município e a Câmara de Comércio de Macau, no ano passado, o empresário adiantou estar “ainda na fase inicial”.

A futura incubadora pretende reunir ‘startups’ portuguesas e da província de Guangdong, mas os dois lados continuam a “procurar a melhor abordagem para o projeto”, que poderá incluir “talvez a colaboração da Universidade do Porto e outras instituições”, indicou.

Em 2017, Kevin Ho, através da KNJ Investment, adquiriu 30% da Global Media, dona do Diário de Notícias (DN), Jornal de Notícias (JN), TSF e Dinheiro Vivo, entre outros, num investimento de 15 milhões de euros.

Em outubro último, o BCP vendeu a totalidade da participação de 10,5% que detinha naquele grupo, “em partes iguais a dois acionistas de referência da Global Media Group”, sem indicar quais. Os principais acionistas da Global Media são, além da KNJ, o empresário José Pedro Soeiro.

14 Nov 2019

Global Media | Plataforma Azul quer unir cidades, universidades e media em torno dos oceanos

[dropcap]A[/dropcap] Plataforma Azul (PA) vai debater hoje em Vila Nova de Gaia, Portugal, a criação de redes de cidades, académicas e media para reflectir sobre a sustentabilidade dos oceanos, tentando cativar a China para a solução do problema.

O administrador da Global Media Group, detentora do jornal Plataforma Macau, que criou a PA, Paulo Rego, falou à Lusa de um projecto criado em Junho e que terá em Gaia, no âmbito do Fórum Internacional de Gaia (FIGaia) 2019 o seu primeiro grande debate em solo nacional.

Durante 11 dias e até domingo, o FIGAIA vai debater o desenvolvimento sustentável e a construção da paz, num total de 80 acções envolvendo o meio ambiente e a cultura.

A marca Plataforma Azul “nasceu no âmbito da diversificação de actividades e dos modelos de negócio do Plataforma Macau”, que é um jornal bilingue, em português e chinês, com sede em Macau, e desse projecto nasceram três novas marcas, o Plataforma Sabores, o Plataforma Grande Baía e a Plataforma Azul, explicou o administrador.

“Num mundo que tem debatido a sustentabilidade e a nova economia de uma forma pouco científica e consciente e que é pouco partilhada, mas muito politizada (…), privilegiando os interesses nacionais e não o comum (…), a PA pretende debater e provocar soluções para a economia sustentável, concentrada na sustentabilidade dos oceanos”, explicou o responsável.

Salientando que “existe uma linha física [oceano] que liga todas estas geografias [países de língua portuguesa] e que significa um mar de oportunidades”, Paulo Rego vincou dever a presente geração “às próximas uma atitude responsável sobre o que está em causa”.

“Estamos a falar da sobrevivência do planeta e dos modos de vida que temos, mas queremos fazê-lo como uma lógica de oportunidades, unindo geografias, interesses globais e que descubra na economia azul oportunidades de negócio, de lucro e para a formação de redes”, acrescentou.

Usando como justificação para a presença da marca na conferência em Gaia o objectivo de criar “o conceito de redes de regiões e de cidades”, assinalou a presença de “parceiros da plataforma do Brasil, de África, de Macau e da China” a quem querem “juntar redes de cidades e também académicas para a produção de conhecimento, com o envolvimento dos media”.

“Macau é hoje um dos centros operacionais da maior região económica do mundo, a região do grande delta do rio das Pérolas, que envolve nove cidades mais Macau e Hong Kong (…) o que vai permitir trazer a China para a questão, o que será incontornável numa economia sustentável”, disse o responsável.

E acrescentou: “não podemos olhar para o futuro, a 10 ou 15 anos, da economia sustentável sem incluir aquela que é uma das duas maiores economias do mundo [China]. (…) A economia azul é uma grande oportunidade nessa região, que representa 14% do Produto Interno Bruto da China”.

20 Set 2019

Global Media | Plataforma Azul quer unir cidades, universidades e media em torno dos oceanos

[dropcap]A[/dropcap] Plataforma Azul (PA) vai debater hoje em Vila Nova de Gaia, Portugal, a criação de redes de cidades, académicas e media para reflectir sobre a sustentabilidade dos oceanos, tentando cativar a China para a solução do problema.
O administrador da Global Media Group, detentora do jornal Plataforma Macau, que criou a PA, Paulo Rego, falou à Lusa de um projecto criado em Junho e que terá em Gaia, no âmbito do Fórum Internacional de Gaia (FIGaia) 2019 o seu primeiro grande debate em solo nacional.
Durante 11 dias e até domingo, o FIGAIA vai debater o desenvolvimento sustentável e a construção da paz, num total de 80 acções envolvendo o meio ambiente e a cultura.
A marca Plataforma Azul “nasceu no âmbito da diversificação de actividades e dos modelos de negócio do Plataforma Macau”, que é um jornal bilingue, em português e chinês, com sede em Macau, e desse projecto nasceram três novas marcas, o Plataforma Sabores, o Plataforma Grande Baía e a Plataforma Azul, explicou o administrador.
“Num mundo que tem debatido a sustentabilidade e a nova economia de uma forma pouco científica e consciente e que é pouco partilhada, mas muito politizada (…), privilegiando os interesses nacionais e não o comum (…), a PA pretende debater e provocar soluções para a economia sustentável, concentrada na sustentabilidade dos oceanos”, explicou o responsável.
Salientando que “existe uma linha física [oceano] que liga todas estas geografias [países de língua portuguesa] e que significa um mar de oportunidades”, Paulo Rego vincou dever a presente geração “às próximas uma atitude responsável sobre o que está em causa”.
“Estamos a falar da sobrevivência do planeta e dos modos de vida que temos, mas queremos fazê-lo como uma lógica de oportunidades, unindo geografias, interesses globais e que descubra na economia azul oportunidades de negócio, de lucro e para a formação de redes”, acrescentou.
Usando como justificação para a presença da marca na conferência em Gaia o objectivo de criar “o conceito de redes de regiões e de cidades”, assinalou a presença de “parceiros da plataforma do Brasil, de África, de Macau e da China” a quem querem “juntar redes de cidades e também académicas para a produção de conhecimento, com o envolvimento dos media”.
“Macau é hoje um dos centros operacionais da maior região económica do mundo, a região do grande delta do rio das Pérolas, que envolve nove cidades mais Macau e Hong Kong (…) o que vai permitir trazer a China para a questão, o que será incontornável numa economia sustentável”, disse o responsável.
E acrescentou: “não podemos olhar para o futuro, a 10 ou 15 anos, da economia sustentável sem incluir aquela que é uma das duas maiores economias do mundo [China]. (…) A economia azul é uma grande oportunidade nessa região, que representa 14% do Produto Interno Bruto da China”.

20 Set 2019

Jornal escreve que Kevin Ho pode vir a reforçar investimento na Global Media 

[dropcap]A[/dropcap]fonso Camões, administrador do grupo Global Media, disse que até Setembro deverão ser despedidas 200 pessoas dos meios de comunicação do grupo, sendo que não existe dinheiro para rescisões amigáveis. A notícia foi avançada esta sexta-feira pelo semanário Expresso, que também fala da possibilidade de o empresário Kevin Ho, que é o principal accionista do grupo, com 30 por cento, poder estar interessado em reforçar o investimento já feito.

Os salários dos jornalistas relativos ao mês de Junho foram pagos depois da data prevista, tendo o atraso sido justificado “por uma transferência internacional”. O Expresso escreve que terá sido Kevin Ho a adiantar o dinheiro para esse fim.

Afonso Camões reuniu com delegados sindicais de todas as publicações do grupo, tal como o Diário de Notícias (DN), Jornal de Notícias (JN), TSF e O Jogo. Nos encontros foi deixado claro que os despedimentos tem mesmo de acontecer até Setembro, caso contrário o grupo corre o risco de “entrar em colapso”. O jornal soube, junto de fontes sindicais, que o grupo pode vir a enfrentar a insolvência se não mexer nos quadros da empresa. Actualmente o grupo atravessa uma grave crise de tesouraria, não tendo dinheiro para pagar a fornecedores. O Banco Comercial Português (BCP) e o Novo Banco já terão cortado o financiamento. Os 200 despedimentos só poderão ser evitados se for vendida a gráfica Naveprinter, que a Global Media possui nos arredores da cidade do Porto.

Sindicato não sabe de nada

Os encontros entre Afonso Camões, ex-director do Gabinete de Comunicação Social entre 1991 e 1999, decorreram depois do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter dito que acompanhava “toda a situação há vários meses”. Sofia Branco, que preside ao Sindicato de Jornalistas, disse ao Expresso que o grupo Global Media continua a não dialogar com os trabalhadores.

“Nunca fomos recebidos, nunca fomos informados de nada”, diz Sofia Branco, para quem esta “atitude intolerável não tem paralelo em nenhum grupo de media com esta dimensão”. A falta de informações “potencia a instabilidade laboral e social” e favorece um ambiente de dramatismos “em que circulam os rumores mais desencontrados”, adiantou a jornalista.

A grave crise financeira que o grupo atravessa deverá atrasar o processo de mudança do Jornal de Notícias, que abandona o icónico edifício situado no centro da cidade do Porto. É nesse mesmo edifício que vai nascer um novo hotel de luxo graças ao investimento de Kevin Ho.

22 Jul 2019

AL | Kevin Ho afasta “de momento” candidatura a deputado

[dropcap]O[/dropcap] empresário Kevin Ho, sobrinho de Edmund Ho, diz que, de momento, não equaciona a possibilidade de concorrer ao cargo de deputado, pelo sector industrial, comercial e financeiro. “Neste momento, não estou a equacionar candidatar-me a deputado”, disse Kevin Ho, ao HM.

Questionado se poderia mudar de posição no futuro, o empresário respondeu: “Não estou a pensar em candidatar-me. Mas nunca sabemos o que acontece no futuro”, acrescentou. Em Junho deste ano, Kevin Ho assumiu a posição de delegado de Macau à Assembleia Popular Nacional (APN), em substituição de Ho Iat Seng.

18 Jul 2019

Global Media | Marcelo Rebelo de Sousa quer “soluções” para diferendo laboral

[dropcap]O[/dropcap] Presidente da República afirmou, junto do Sindicato dos Jornalistas (SJ) português, que “tem vindo a acompanhar toda a situação” do Grupo Global Media (GMG) “há já vários meses” e comprometeu-se, “dentro dos poderes que lhe estão atribuídos”, a fazer “todos os possíveis para encontrar soluções para os problemas”, divulgou na última quinta-feira o SJ na sua página web.

O sindicato reuniu-se a 4 de Julho com Marcelo Rebelo de Sousa, voltando a alertar para a anunciada reestruturação e despedimentos de 100 a 200 pessoas, anunciados pelo GMG por alegada situação financeira deficitária, e nunca desmentidos. O SJ já tinha enviado carta ao Presidente a 25 de Fevereiro deste ano, após a alteração das datas de pagamento dos subsídios de Natal, em Novembro de 2018, e o recente atraso nos salários dos trabalhadores desde o mês de Junho.

O empresário local Kevin Ho é o accionista maioritário do GMG, através da empresa KNJ Investment, com 30 por cento do capital, sendo o restante da Olivemedia, Unipessoal, Lda., liderada por Daniel Proença de Carvalho com 19,25 por cento, o empresário português José Pedro Carvalho Reis Soeiro com outros 19,25 por cento, o Banco Comercial Português (BCP) e Novo Banco (NB), ambos com 10,5 por cento, e a empresa de comunicação Grandes Notícias, Lda. também com 10,5 por cento. O GMG possui diversas publicações e emissoras portuguesas, incluindo os jornais Diário de Notícias, Jornal de Notícias, Dinheiro Vivo e O Jogo, a rádio TSF, as revistas Evasões, Volta ao Mundo, Notícias Magazine ou Motor 24, sendo ainda accionista da agência noticiosa Lusa.

15 Jul 2019

APN | Kevin Ho substitui Ho Iat Seng depois de falhar eleições de 2017

Kevin Ho, sobrinho de Edmund Ho e vice-presidente do grupo Global Media, foi nomeado delegado de Macau à Assembleia Popular Nacional, em substituição de Ho Iat Seng, que se candidata a Chefe do Executivo. Em Portugal, o grupo Global Media está na mira do Sindicato dos Jornalistas por não pagar a trabalhadores nem dar explicações

 

[dropcap]K[/dropcap]evin Ho, empresário e vice-presidente de um dos maiores grupos de media em Portugal, foi nomeado delegado de Macau à Assembleia Popular Nacional (APN) da China, noticiou sábado o semanário Plataforma.

O empresário substitui, naquele que é o mais alto órgão consultivo político chinês, Ho Iat Seng, que se demitiu do cargo após ter anunciado a candidatura a chefe do Governo de Macau, cujas eleições estão agendadas para 25 de Agosto.

“Estou extremamente honrado e o meu empenho em servir Macau e a China sai reforçado”, disse ao Plataforma o vice-presidente do conselho de administração da Global Media Group, que detém títulos como o Jornal de Notícias, TSF, O Jogo, Diário de Notícias, Dinheiro Vivo e também o Plataforma Media. Kevin Ho é presidente da KNJ Investment Limited, empresa que detém 30 por cento do capital do Global Media Group.

Já em 2017, Kevin Ho foi candidato nas eleições para a escolha dos membros deste órgão político da China. Dessa vez, Ho Iat Seng seria eleito com o maior número de votos de todos os candidatos de Macau, com um total de 440, enquanto que Kevin Ho não conseguiu ser eleito, recolhendo apenas 288 votos.

Salários por pagar

Entretanto, em Portugal, Kevin Ho está a ser acusado pelo Sindicato de Jornalistas (SJ) português de não pagar salários aos trabalhadores do grupo Global Media. De acordo com um comunicado do SJ, emitido na sexta-feira, não só estão por pagar salários do mês de Junho como não foram dadas explicações por parte dos membros do conselho de administração do grupo Global Media.

“A administração do Global Media Group tem ignorado os trabalhadores, recusando-se a prestar esclarecimentos quer ao SJ quer aos delegados sindicais sobre a degradação financeira das empresas de comunicação social que detém. Ao mesmo tempo, e pela primeira vez, os salários de Junho não foram pagos no penúltimo/último dia útil do mês (consoante os bancos), como é habitual há anos”, lê-se.

Nesse sentido, o SJ lamenta que, “mais uma vez, a administração opte por ignorar os funcionários do universo do grupo”, uma postura que “já não é nova”, uma vez que “o SJ e os delegados sindicais de JN, DN, TSF e O Jogo têm vindo a solicitar reuniões com a administração desde o início de Janeiro, face às notícias de estar a ser preparada uma reestruturação, que poderia implicar o despedimento de 100 a 200 trabalhadores. Nunca obteve resposta”.

O SJ também pediu “reuniões na sequência do agravamento de problemas de tesouraria, que levaram a atrasos no pagamento aos colaboradores, desde Novembro passado. Nunca chegou uma resposta”. O mesmo comunicado dá conta que “a situação financeira do Grupo Global Media está a deteriorar-se”, acusando os gestores da Global Media de “falta de ética ao ignorar quem trabalha no grupo, não respondendo aos emails enviados nomeadamente um abaixo-assinado de 234 trabalhadores solicitando uma reunião entre a administração e os delegados sindicais de JN, DN, TSF e O Jogo”.

Na última visita do Chefe do Executivo, Chui Sai On, a Portugal, Kevin Ho foi questionado sobre o projecto de reestruturação do grupo de media, mas poucos esclarecimentos foram dados.

“Não se trata apenas de despedimentos ou de recursos humanos, mas é algo que tem a ver com a reestruturação de todo o grupo. Todas as empresas vão passar por fases de reestruturação e há necessidades de mudança em todas elas. O processo de restauração ainda está a decorrer. Não se foquem no número de pessoas que vamos despedir, talvez até venhamos a contratar mais”, disse, à margem de um evento de apresentação dos seus investimentos na cidade do Porto.

1 Jul 2019

Kevin Ho diz que Ho Iat Seng é “bom nome” para cargo de Chefe do Executivo

[dropcap]K[/dropcap]evin Ho, empresário de Macau, foi questionado sobre a candidatura de Ho Iat Seng a Chefe do Executivo, tendo considerado que é um bom nome para o cargo.

“Primeiro que tudo, o candidato tem de preencher todos os requisitos, que é ser aceite pelo Governo Central, amado pelas pessoas, ter visão e credibilidade. Penso que o Ho Iat Seng tem todas essas capacidades. Não sabemos quem vai ser candidato e penso que ele tem tudo o que precisamos e que vai fazer um bom trabalho.”

O empresário falou à margem da apresentação dos seus negócios em Portugal ao Chefe do Executivo, Chui Sai On, no âmbito da sua viagem oficial ao país. Kevin Ho tem previsto projectos turísticos e imobiliários na cidade do Porto.

Confrontado também com o estudo relativo à necessidade da implementação da lei sindical em Macau, o empresário garantiu não ter informações adicionais e disse ser necessário contactar os dirigentes da Associação de Estudo de Economia Política. De frisar que Kevin Ho é o presidente da associação.

20 Mai 2019

Chui Sai On em Portugal | Kevin Ho investe em hotel de cinco estrelas no centro do Porto

Um hotel de cinco estrelas no centro da cidade e um projecto residencial na zona da Foz são dois dos novos desígnios do empresário de Macau Kevin Ho para a cidade do Porto, num investimento que ronda os 70 milhões de euros. O Chefe do Executivo assistiu a uma apresentação sobre os investimentos da KNJ em Portugal na sexta-feira. Sobre a Global Media, Ho mostra-se confiante no crescimento do grupo empresarial

 

[dropcap]A[/dropcap] última visita oficial de Chui Sai On a Portugal na qualidade de Chefe do Executivo ficou marcada por uma breve passagem pela cidade do Porto, onde recebeu das mãos do Presidente Rui Moreira as Chaves da Cidade (ver texto secundário). Mas a visita completou-se à tarde com uma apresentação feita pelo empresário de Macau Kevin Ho sobre os projectos que a KNJ Investment Limited está a desenvolver em Portugal.

Um deles passa pela total renovação de um dos edifícios icónicos do centro da cidade, onde está sediado o Jornal de Notícias (JN), título do grupo Global Media do qual a KNJ é o maior accionista.

A torre é património classificado e será protegida, dando lugar um novo hotel de cinco estrelas da cadeia Marriott, que deverá abrir ao público em 2021. A nova unidade hoteleira terá a capacidade para 220 quartos.

“Temos projectos que não exigem muito dinheiro, embora a renovação do edifício do JN seja o projecto mais pesado em termos de orçamento”, disse Kevin Ho aos jornalistas à margem do evento. A KNJ vai também investir num projecto residencial intitulado “Torre Miramar”, localizado na zona da Foz do Douro. Ambos os projectos aguardam aprovação da Câmara Municipal do Porto.

Durante a apresentação, Kevin Ho falou também da aposta, em curso, num espaço de incubação de empresas em parceria com a Associação Comercial de Macau (ACM). “O ano passado a ACM visitou o Porto e foi assinado um memorando de cooperação com a câmara municipal. Um velho armazém será transformado em centro de incubação de empresas com o apoio da câmara municipal, tal como foi feito em Cantão. Desta forma poderemos fazer articulação entre as empresas de Portugal e Cantão”, disse Kevin Ho, acrescentando que o projecto se destina a apoiar jovens empresários.

Na sessão de apresentação estiveram presentes o Chefe do Executivo, membros do Conselho Executivo, os secretários Sónia Chan e Alexis Tam e os dirigentes autárquicos das cidades do Porto e Vila Nova de Gaia.

Chui Sai On deu os parabéns ao jovem empresário, sobrinho do ex-Chefe do Executivo da RAEM Edmund Ho. “Macau hoje em dia tem algumas oportunidades, graças à política ´Uma Faixa, Uma Rota” e à cooperação com Portugal. Apoiamos o seu projecto por já ter feito investimentos em Portugal e espero que tenha grandes perspectivas de futuro, para que os jovens possam ter mais oportunidades”, rematou.

A crescer

Depois de a KNJ se ter tornado no maior accionista da Global Media, foi notícia a possibilidade de despedimentos no grupo, depois de Kevin Ho ter prometido não o fazer. Nesse âmbito, o empresário fala agora na necessidade de reestruturar o grupo.

“Não se trata apenas de despedimentos ou de recursos humanos, mas é algo que tem a ver com a reestruturação de todo o grupo. Todas as empresas vão passar por fases de reestruturação e há necessidades de mudança em todas elas. O processo ainda está a decorrer. Não se foquem no número de pessoas que vamos despedir, talvez até venhamos a contratar mais.”

Sobre os investimentos em Portugal, Kevin Ho diz ter ficado surpreendido com as facilidades em fazer negócio. “Tenho de ser honesto. Antes de chegarmos a Portugal acharia que seria um processo muito mais lento. Para nossa surpresa, é um lugar acessível. Algumas das negociações com empresários ou com o Governo são muito mais rápidas do que esperava, são eficientes.”

Questionado sobre se o tecido empresarial de Macau tem a mesma capacidade para investir fora do território, Kevin Ho disse que tudo depende da estratégia de cada empresário. E lembrou que a KNJ é bem diferente da Macau Legend Development, a empresa de David Chow que também tem feito investimentos em Portugal. “A empresa de Davis Chow tem maior dimensão do que a minha porque está listada em bolsa, nós estamos num nível diferente. A KNJ é uma empresa de média dimensão e penso que, no que diz respeito ao investimento no estrangeiro, é preciso tempo, estratégia e recursos. Não se trata apenas de dinheiro.”

“Isso é o mais importante para as outras empresas de Macau. Se elas querem ficar em Macau, é a sua opção. No caso da KNJ, temos investimentos em Macau, mas quisemos explorar outras oportunidades”, acrescentou.

Apesar da aposta na cidade invicta, o empresário assume não desistir de Lisboa. “O nosso primeiro investimento foi em Lisboa e estamos activamente à procura de oportunidades. Temos mais projectos localizados aqui no Porto, mas se houver oportunidades em Lisboa iremos ponderar”, concluiu. A comitiva liderada por Chui Sai On chegou ontem a Macau.

20 Mai 2019

APN | Kevin Ho pronto para integrar Comité

[dropcap]O[/dropcap] empresário e sobrinho de Edmond Ho, Kevin Ho, está pronto para substituir Ho Iat Seng na Assembleia Popular Nacional (APN). “Desde as eleições, em Dezembro de 2017, quando soube que era o primeiro suplente, que tenho tentado saber mais sobre o tipo de trabalho que um membro da APN deve fazer”, afirmou Kevin Ho à Rádio Macau.

O empresário referiu que pretende “dar mais atenção” aos assuntos legislativos e jurídicos e que espera contar com o apoio dos restantes deputados. “Espero que os actuais delegados partilhem a sua experiência e ideias comigo e que consiga adaptar-me o mais rápido possível”, cita a mesma fonte.

Kevin Ho estreou-se nas eleições à APN em 2017, tendo conseguido 288 votos – ficou a 28 votos do último candidato eleito, o deputado Si Ka Lon. Kevin Ho substitui Ho Iat Seng depois de o presidente da Assembleia Legislativa ter pedido a demissão do Comité Permanente da APN – um passo necessário para avançar com a candidatura a Chefe do Executivo, sem impedimento legal.

29 Abr 2019

Viva Macau |Kevin Ho nega conflito de interesses

[dropcap style=’circle’]K[/dropcap]evin Ho, ex-director executivo da falida Viva Macau, negou na sexta-feira qualquer conflito de interesses no âmbito dos empréstimos concedidos à companhia aérea. “Não houve nada do género”, afirmou. “Eu era, na altura, director-executivo da empresa, depois herdei a posição do meu pai, William Ho, que faleceu em 2007. Compreendo que muitas pessoas tenham tentado entrar em contacto comigo já por varias ocasiões, [mas] quero esclarecer que não estou a tentar iludir-vos”, disse o empresário, em declarações reproduzidas pela TDM. “Para ser honesto, não me consigo recordar de todos os detalhes e vou precisar de recolher mais informações antes de tornar públicos mais detalhes”, argumentou.

20 Ago 2018

Sobrinho de Edmund Ho é director da empresa que deve 212 milhões à RAEM

[dropcap style≠’circle’]K[/dropcap]evin Ho, sobrinho do antigo Chefe do Executivo, é director da Eagle Airways Holdings Limited, empresa-mãe da Viva Macau. A informação foi avançada, ontem, pelo canal chinês da Rádio Macau. O empresário não quis fazer qualquer comentário sobre a situação, apesar de ter estado presente num evento relacionado com a Grande Baía.

A Eagle Airways é a empresa sediada em Hong Kong que se comprometeu a pagar o empréstimo de 212 milhões de patacas concedido pelo Fundo de Desenvolvimento Industrial e de Comercialização (FDIC) à Viva Macau, em caso de incumprimento. No entanto, após a falência da transportadora aérea e apesar dos processos em tribunal, a Eagle Airways deu o dito por não dito e não assumiu o pagamento dos 212 milhões emprestados pelo Governo.

Além de director na Eagle Airways, Kevin Ho é accionista da Global Media, grupo de comunicação sediado em Portugal que detém o jornal português Diário de Notícias e o Plataforma de Macau.

No domingo, a Direcção dos Serviços de Economia (DSE) tinha recusado avançar ao HM o nome da empresa de Macau que é uma das accionistas Eagle Airways, apesar da informação constar no processo que correu nos tribunais locais e que foi arquivado.

Também ontem o director dos Serviços de Economia, Tai Kin Ip, reagiu ao dinheiro perdido e pediu a compreensão da população. O governante justificou o empréstimo sem garantias com o período conturbado que se vivia, na sequência da crise financeira mundial de 2008.

Por outro lado, o governante afirmou que tudo o que era possível foi feito para tentar recuperar o montante emprestado e que se forem identificados outros bens da empresa na RAEM estes vão ser penhorados.

Explicações da AL

Por sua vez, o deputado Ng Kuok Cheong enviou uma carta ao presidente da Assembleia Legislativa (AL), Ho Iat Seng, a exigir que o Governo explique como foi possível fazer um empréstimo à Viva Macau. O legislador mostrou-se igualmente preocupado com o facto deste empréstimo ter resultado numa dívida que não é possível cobrar.

Ng Kuok Cheong recordou ainda que em 2010, o então secretário para a Economia e Finanças, Francis Tam, tinha dito que o empréstimo era concedido porque havia garantias de que seria recuperado. Tal não se verificou.

Ainda na carta enviada a Ho Iat Seng, o pró-democrata exige saber se o Executivo já começou a adoptar procedimentos para responsabilizar as pessoas que tiveram na origem desta decisão lesiva para a RAEM.

Acresce ainda que o deputado José Pereira Coutinho vai entregar à Assembleia Legislativa um pedido de debate público sobre o caso da Viva Macau e os 212 milhões que ficaram por recuperar. A informação foi avançada, ontem, pelo legislador ao HM. “O objectivo passa por apurar as responsabilidades e saber se há outros casos semelhantes”, disse José Pereira Coutinho. O deputado foi um dos políticos locais que mais se envolveu na questão, com várias intervenções e interpelações no hemiciclo sobre o assunto. Contudo, para que o assunto possa ser alvo de debate na AL, o mesmo terá de ser aprovado pela maioria dos deputados.

24 Jul 2018