JP Morgan | Novas políticas de vistos vão ajudar jogo de massas

O banco de investimento considera as medidas “presentes surpreendentes da pátria” e acredita que vão ter um impacto “significativo” para o sector do jogo

 

A JP Morgan Securities (Asia Pacific) acredita que as novas políticas de vistos do Interior para Macau podem ter um impacto “significativo” para a indústria do jogo. A análise às medidas que entram em vigor a 6 de Maio faz parte de um relatório divulgado ontem pelo banco de investimento e citado pelo portal GGR Asia.

Segundo o relatório, o banco de investimento encara as novas políticas como “presentes surpreendentes da pátria” para Macau. Além disso, a JP Morgan destaca como medidas que podem ter “um impacto significativo para a indústria do jogo”, o facto de os residentes das 20 maiores cidades no Interior poderem tratar dos vistos para a RAEM online, e dos grupos turísticos passarem a ter direito a entradas múltiplas para circularem entre Hengqin e Macau.

A correctora indica ainda que as medidas “podem ajudar a atrair mais visitantes a Macau […] e ajudar a recuperação algo lenta no segmento de massas”. Todavia, os analistas DS Kim, Mufan Shi e Selina Li destacam que talvez o aspecto mais importante seja simbólico, de um forte apoio do Interior à economia da Macau.

“Talvez, o mais importante seja que estas notícias, assim como o anúncio de há dois meses sobre a expansão do visto de visitas individuais, sugerem que o Interior está a apoiar totalmente a economia de Macau e a indústria do turismo/lazer”, é justificado. “Não seria uma surpresa se a procura pelo jogo do Interior ficasse cada vez mais circunscrita a Macau”, é acrescentado.

Aplausos gerais

Após o anúncio, as medidas foram elogiadas pelas várias associações tradicionais, como acontece sempre que o Governo Central divulga novas medidas para Macau.

Chui Sai Cheong, presidente da Associação Comercial de Macau, destacou que com as novas medidas “a maior parte dos residentes e da comunidade empresarial se sente inspirada”. O dirigente apelou ainda à comunidade que se prepare para “aproveitar as oportunidades” e “diversificar a economia”.

Por sua vez, Si Ka Lon, deputado e presidente da “Guangdong e Macau Federação da Indústria e Comércio”, defendeu que esta é uma boa oportunidade para o território, mas que é necessário criar mais elementos turístico, para que haja mais consumo.

Ma Chi Seng, deputado, considerou que as medidas “mostram o forte apoio ao desenvolvimento de Macau”, e que resultaram do trabalho “activo” do Chefe do Executivo e do Governo na promoção da diversificação da economia.

Ma indicou também que a política de facilitação de vistos poderá proporcionar “um amplo espaço” para que Macau e o Interior da China, reforcem o intercâmbio de quadros qualificados desportivos e organizem conjuntamente uma variedade de actividades desportivas, ajudando Macau a construir uma “cidade de Desporto”.

Mais fácil

A partir de 6 de Maio, data em que passam a estar em vigor as novas medidas, a validade dos vistos de negócios para cidadãos chineses entrarem em Macau e Hong Kong são alargados dos actuais sete dias para 14 dias.

Nesse dia, também é implementada a possibilidade de requerer online pedidos de documentos de passaporte, salvo-conduto em 20 cidades (Pequim, Tianjin, Shenyang, Harbin, Xangai, Nanjing, Hangzhou, Ningbo, Hefei, Xiamen, Jinan, Qingdao, Zhengzhou, Guangzhou, Shenzhen, Zhuhai, Chongqing, Chengdu, Kunming e Xi’an).

Com a perspectiva de facilitar o intercâmbio profissional, as autoridades nacionais vão passar a permitir que pessoas oriundas de Pequim e Xangai que pertençam a seis sectores-chave obtenham vistos para permanecer em Macau e Hong Kong até 30 dias, durante um período de validade entre um e cinco anos, com entradas múltiplas. Estes vistos são destinados a talentos de pesquisa científica, cultura e educação, saúde, sector jurídico e gestão.

30 Abr 2024

JP Morgan | Estimada descida mensal de receitas de jogo até 21 de Abril

Os analistas da JP Morgan estimam que os casinos de Macau tenham apurado nos primeiros 21 dias de Abril cerca de 12,5 mil milhões de patacas, o que significará receitas brutas diárias a rondar 595 milhões de patacas. Num comunicado divulgado ontem, é indicado que os resultados estão dentro dos parâmetros normais da sazonalidade histórica do período em análise.

Em comparação com os primeiros 21 dias de Março, quando as receitas diárias foram de 629 milhões de patacas, a indústria do jogo registou nas primeiras três semanas deste mês um corte de 5,4 por cento.

“Na semana passada, a média das receitas brutas diárias foi de 600 milhões de patacas, um resultado estável desde a semana anterior. Por segmento, o jogo de massas, incluindo máquinas slot, aparenta estar a um nível de cerca de 110 por cento do registo antes da pandemia, enquanto o jogo VIP está a 20 por cento do volume de receitas de 2019. Resultados muito estáveis face às tendências verificadas no primeiro trimestre do ano”, escreveram os analistas da JP Morgan, citados pelo portal GGR Asia.

Além disso, os analistas dão conta da possibilidade de se verificarem divergências de performances nos lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, em inglês) entre as concessionárias de jogo, esperando que a Wynn, MGM e SJM registem crescimentos da casa dos dois dígitos. Em contrapartida, a Sands, Galaxy e Melco podem registar recuos trimestrais de EBITDA entre 2 e 8 por cento.

23 Abr 2024

Jogo | Receitas dos primeiros quatro dias do mês “desafiam” sazonalidade

As receitas brutas dos casinos de Macau durante os primeiros quatro dias de Fevereiro atingiram cerca de 2,5 mil milhões de patacas, valor que significa quase 625 milhões de patacas por dia, segundo a JP Morgan Securities. Os analistas destacam a boa performance apesar da normal sazonalidade antes do Ano Novo Lunar

 

A proximidade do Ano Novo Lunar parece representar a continuação de bons presságios ao nível das receitas da indústria do jogo. Segundo uma nota da JP Morgan Securities, durante os primeiros quatro dias do mês de Fevereiro os casinos de Macau facturaram 2,5 mil milhões de patacas em receitas brutas. Feitas as contas, os analistas do banco de investimento apontam para receitas brutas diárias de 625 milhões de patacas.

“Estes valores são semelhantes ao registo diário de Janeiro de 624 milhões de patacas, que já foi uma performance forte. Mas são impressionantes considerando tratar-se de um período de normalmente afectado pela sazonalidade antes dos feriados do Ano Novo Lunar”, concluem os analistas DS Kim, Mufan Shi e Selina Li, citados pelo portal GGR Asia.

A equipa de analistas concluiu que as receitas no arranque deste mês representam uma recuperação de mais de 110 por cento do segmento de massas face aos níveis registados antes da pandemia, enquanto o jogo VIP “deverá recuperar para perto de 20 por cento” do volume de negócios antes da pandemia.

A JP Morgan refere ainda que, de acordo com informação de fontes da indústria, um número considerável de jogadores VIP reservou quartos de hotel em Macau durante os feriados do Ano Novo Lunar.

A verificar-se um nível de receitas durante os feriados semelhante aos primeiros dias de Fevereiro, os casinos de Macau podem apurar mais de 650 milhões de patacas por dia, o que ao longo de oito dias de feriados significa resultados que ultrapassam o mesmo período de 2019.

 

Reservas lotadas

Com as unidades hoteleiras geridas pelas concessionárias de jogo a registarem lotação esgotada para a semana do Ano Novo, estão lançados os dados para bons resultados nos casinos.

Já os analistas do Citigroup estimaram um aumento de receitas brutas em Fevereiro para 19,5 mil milhões de patacas, e que durante os dias 12 e 17 de Fevereiro os casinos devem apurar cerca de 900 milhões de patacas por dia.

Recorde-se que as receitas do jogo atingiram em Janeiro 19,3 mil milhões de patacas, mais 67 por cento do que em igual mês de 2023.

Em Janeiro do ano passado, as receitas dos casinos tinham sido 11,6 mil milhões de patacas, de acordo com a informação da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos.

Apesar do aumento em termos anuais, o valor de Janeiro de 2024 representou ainda 77,5 por cento do registado em igual mês de 2019, antes do início da pandemia de covid-19. Em Dezembro, as receitas do jogo tinham atingido 18,6 mil milhões de patacas, o segundo valor mais elevado desde o início da pandemia.

7 Fev 2024

Jogo | Setembro com receitas superiores a 12 mil milhões

Até 24 de Setembro, as receitas brutas do jogo atingiram o valor de 12 mil milhões de patacas. A estimativa faz parte de um relatório do banco de investimento JP Morgan Securities (Asia Pacific), citado pelo portal GGR Asia.

“Esta estimativa implica que na semana passada o ritmo das receitas cresceu aos poucos para um valor diário entre os 550 milhões de patacas e os 560 milhões de patacas. Na semana anterior, o valor situava-se entre 540 milhões de patacas e 550 milhões de patacas”, consta no relatório do banco de investimento.

Segundo a mesma fonte, nas duas primeiras semanas deste mês, as receitas diárias rondavam 430 milhões de patacas, o que foi explicado com “as condições extremas” do clima, nomeadamente o tufão Saola e um dia com inundações.

“Este valor está dentro das nossas estimativas, com as previsões a apontarem para receitas brutas mensais entre 14,5 mil milhões de patacas e 15 mil milhões de patacas (ou entre 480 milhões a 500 milhões por dia)”, é acrescentado pelos analistas DS Kim, Mufan Shi e Selina Li.

Em Agosto, as receitas brutas do jogo foram de 17,21 mil milhões de patacas, no que representou um crescimento de 3,3 por cento face a Julho. Este foi o melhor desempenho mensal da principal indústria do território desde Janeiro de 2020, o primeiro mês da pandemia e antes da campanha contra as promotoras de jogo, quando as receitas brutas alcançaram o montante de 22,13 mil milhões de patacas.

Em relação aos feriados da Semana Dourada, a JP Morgan indica que há “um clima de optimismo” entre as concessionárias, e que muitas esperam que sejam batidos os recordes de receitas pós pandemia.

27 Set 2023

Jogo | JP Morgan estima receitas diárias de 530 milhões no início de Julho

Os analistas da JP Morgan Securities (Asia Pacific) estimam que os casinos de Macau tenham apurado 4,8 mil milhões de patacas nos primeiros nove dias de Julho, com as receitas brutas diárias a ultrapassar os 530 milhões de patacas. Registo que ultrapassa os 500 milhões de patacas de receitas brutas diárias ao longo do segundo trimestre, de acordo com os dados revelados pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos.
“Apesar de os primeiros nove dias do mês já terem dois fins-de-semana, este é um registo muito sólido. Aliás, volta a bater o recorde de receitas brutas em períodos fora de feriados desde o início da pandemia, aumentando o optimismo em relação às férias do Verão”, referem os analistas, citados pelo portal GGR Asia.
“Neste momento, seguindo este nível de receitas brutas, o mercado de massas está a operar confortavelmente a cerca de 90 por cento dos níveis pré-pandemia, sendo expectável a recuperação total em Outubro”, perspectivam os analistas DS Kim e Mufan Shi na nota divulgada ontem.
Recorde-se que no passado mês de Junho, as receitas brutas dos casinos de Macau atingiram quase 15,21 mil milhões de patacas, valor que representou uma quebra de 2,3 por cento face a Maio. Importa vincar que entre Maio e Junho é costume as receitas do jogo caírem devido à sazonalidade.

11 Jul 2023

Jogo | Concessionárias com margem de EBITDA “mais alta de sempre”

Os analistas do banco de investimento JP Morgan Securities (Asia Pacific) acreditam que a margem de lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização vai continuar a bater recordes até 2025

 

No segundo trimestre do ano, as concessionárias de jogo atingiram a margem de lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, em inglês) “mais alta de sempre”. A opinião sobre o indicador de rentabilidade foi divulgada pelo banco de investimento JP Morgan Securities (Asia Pacific), num relatório, citado pelo portal GGR Asia.

De acordo com a informação disponível, o sector do jogo em geral atingiu uma margem de EBITDA de 26 por cento durante o segundo trimestre, o que significou um montante a rondar os 1,7 mil milhões de dólares norte-americanos. A margem de EBITDA do segundo trimestre mostra também um aumento face à taxa registada durante os primeiros três meses do ano.

Em comparação com o período antes da pandemia, o montante dos lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização no segundo trimestre de 2023 representou 73 por cento dos níveis do segundo trimestre de 2019.

“O trimestre não se vai limitar a continuar a tendência de ultrapassar as expectativas [dos analistas], mas também a satisfazer os investidores com as margens mais altas de sempre – de 26 por cento, contra um recorde histórico de 24 por cento – graças às melhorias dos ganhos e à redução dos custos”, foi explicado pelos analistas DS Kim e Shi Mufan.

O mesmo relatório indica ainda que até 2025 as margens do EBITDA podem continuar a bater recordes até chegarem a um nível de 30 por cento. “O ciclo de melhoria está longe de ter terminado”, é acrescentado.

Trimestre de viragem

A JP Morgan Securities (Asia Pacific) adiantou também que o período entre Abril e Junho foi “o primeiro trimestre em mais de três anos que todas as operadoras – incluindo a SJM Holdings Ltd – geraram belos fluxos de caixa gratuitos”.

Em Junho, as receitas do jogo em Macau atingiram 15,21 mil milhões de patacas, o segundo valor mais alto do ano, de acordo com as estatísticas da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ).

Apesar de inferiores a Maio, as receitas do jogo em Macau aumentaram em Junho 513,9 por cento em relação ao mesmo mês de 2022.

Entre Janeiro e Junho, as receitas da indústria do jogo cresceram 205,1 por cento, em comparação com igual período de 2022. Nos primeiros seis meses do ano, os casinos registaram receitas de 80,1 mil milhões de patacas.

5 Jul 2023

Afastada quebra acentuada de receitas em época baixa

A tradicional sazonalidade de Junho, depois do forte mês de Maio, pode não se fazer sentir nas receitas de jogo este ano. Analistas da JP Morgan Chase & Co estimam que os casinos de Macau continuem a facturar até ao fim do mês, em linha com os bons resultados de Maio, um resultado bastante positivo tendo em conta a sazonalidade de Junho

 

“Depois de um mês de Maio impressionante, os casinos de Macau registaram nos primeiros 18 dias de Junho receitas brutas diárias na ordem dos 527 milhões de patacas, afastando receios fraquezas sazonais.” O cenário foi traçado pelos analistas Joe Greff e Ryan Lambert, numa nota publicada pela JP Morgan Chase & Co, que acrescenta ser provável que a indústria do jogo de Macau feche o mês de Junho com receitas brutas em linha com as registadas em Maio, quando os cofres dos casinos amealharam 15,57 mil milhões de patacas.

A perspectiva de manter o mesmo nível de receitas em termos mensais é salientada como um cenário muito positivo, com Junho a poder alcançar níveis de receitas brutas de cerca de 65 por cento face a Junho de 2019.

Os analistas da JP Morgan referem ainda que se as receitas brutas do jogo de Junho forem semelhantes a Maio, esse cenário colocaria o segundo trimestre de 2023 com resultados que ficam a 62 por cento dos verificados no segundo trimestre de 2019. Comparação que ganha outro relevo tendo em conta apenas o segmente de massas, cuja rápida recuperação entre Abril e Junho ficaria a 85 por centos dos níveis verificados no mesmo período no ano de 2019.

 

Lisura abençoada

Os analistas da JP Morgan Chase destacam ainda o contexto tradicional de transição de Maio e Junho e o efeito de arrefecimento nas mesas de jogo. “No contexto histórico da sequente sazonalidade sentida entre Maio de Junho, encaramos estes resultados como positivos, uma vez que normalmente entre os dois meses é cavado um fosso de 14 por cento ao nível das receitas”, tendência verificada de 2007 a 2022, com excepção do ano de 2020, indica a instituição.

A estimativa para Junho é também contextualizada pelos analistas em termos de mercado turístico. “Manter os níveis de receitas brutas entre Maio e Junho, sem declínio sequencial, é indicativo da melhoria das receitas e reflexo das tendências de crescimento do turismo que, normalmente, influenciam a performance do segmento de massas”, concluem os analistas.

28 Jun 2023

Jogo | Mercado de massas recupera para mais de 90% pré-covid

Os analistas da J.P. Morgan estimam que a procura do segmento de massas tenha ascendido a mais de 90 por cento dos nível pré-pandémico durante os feriados do Dia do Trabalhador. O período das férias de Verão, entre Julho e Agosto, pode trazer mais uma época alta para a indústria do jogo

 

Menos de meio ano depois do levantamento de restrições fronteiriças impostas pelo combate à pandemia de covid-19, a indústria do jogo de Macau apresenta resultados que apontam para a recuperação quase total. O banco de investimento J.P. Morgan emitiu ontem uma nota onde refere que a procura do mercado de massas poderá ter recuperado para mais de 90 por cento dos níveis verificados em 2019, antes da pandemia.

“Os feriados do Dia do Trabalhador foram muito fortes, bastante acima das expectativas do mercado”, refere o analista DS Kim, num comunicado divulgado ontem, citado pela Macau News Agency.

O especialista salienta os impressionantes números de visitantes que Macau recebeu durante os feriados, que chegou quase a meio milhão (ver página 5), acrescentando que “a qualidade dos turistas deve manter-se a um nível superior ao período antes da covid-19”.

O analista contextualiza o bom resultado da indústria durante os feriados de Maio sublinhando que procura do segmento de massas superou em muito a média verificada nos primeiros três meses do ano, quando o mercado recuperou para cerca de 65 por cento dos níveis de 2019.

Patinho feio

A nota do analista do banco de investimento realça também a performance do sector VIP, segmento onde as expectativas eram quase nulas, mas que tem demonstrado níveis de recuperação entre 150 a 200 por cento dos níveis pré-pandémicos para alguns operadores de salas VIP.

Os resultados devem traduzir-se numa recuperação para 30 por cento das receitas brutas apuradas pelo segmento, apesar da quase destruição do mercado depois da queda em desgraça dos maiores junkets de Macau.

Tudo somado, os analistas da J.P. Morgan estimam que durante os feriados de Maio os casinos de Macau apuraram receitas brutas entre 65 e 70 por cento dos níveis pré-pandémicos, bastante acima dos 45 por cento verificados durante os primeiros três meses do ano.

É ainda apontado que a retoma da indústria é uma demonstração de resiliência, especialmente tendo em conta que Macau ainda tem lacunas a nível de transportes e de capacidade hoteleira.

Os analistas apontam agora para o período das férias de Verão, entre Julho e Agosto, como o próximo pico de procura no mercado do jogo, empurrando a retoma para um nível superior.

5 Mai 2023

JP Morgan diz que receitas do jogo recuperaram para 65% de 2019

A consultora financeira JP Morgan Securities diz que as receitas brutas apuradas pelos casinos de Macau no segmento de massas recuperaram para “cerca de 65 por cento dos níveis pré-covid” no primeiro trimestre deste ano, ou seja, face aos primeiros três meses de 2019. A informação consta no mais recente relatório da consultora sobre o mercado de jogo local e foi noticiada pelo portal GGR Asia.

O documento indica que as receitas desse segmento de mercado “ultrapassaram confortavelmente” as estimativas existentes para os primeiros três meses do ano e que as receitas do jogo VIP também recuperaram para 17 por cento dos níveis atingindos antes da pandemia.

Em Março, os casinos tiveram um aumento das receitas brutas de jogo na ordem dos 246,9 por cento, num total de 12,74 mil milhões de patacas. A JP Morgan Securities dá conta que Março foi o mais lucrativo desde Janeiro de 2020.

No primeiro trimestre de 2023, os casinos de Macau obtiveram 34,64 mil milhões de patacas de receitas brutas, 94,9 por cento acima do trimestre de 2022, o que significa uma recuperação de 45 por cento dos níveis antes da pandemia e 82,1 por cento do total de receitas brutas de jogo obtidas no ano passado.

Mais fluxo de caixa

Os dados oficiais, tanto das apostas de massas como do segmento VIP, só serão divulgados no final deste mês pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos. A JP Morgan indica ainda, segundo o GGRAsia, de que a maioria das operadoras, à excepção da Sociedade de Jogos de Macau, “deveria, nesta fase, ter capacidade de gerar fluxo de caixa considerável, bem acima das despesas capex/financiamento”.

“A média diária de receitas em Março foi de 411 milhões de patacas… deveria voltar a garantir aos investidores uma clara rampa sequencial em termos de procura”, apontam os analistas DS Kim e Mufan Shi.

Março é importante não só pela recuperação nas apostas de massas, mas pela “recuperação do sector VIP para cerca de 18 por cento face aos níveis pré-covid, que parece bastante sólido para um segmento considerado completamente ‘perdido'”, é realçado.

4 Abr 2023

Casinos | Pandemia ensinou a cortar custos e a impulsionar lucros

Entre 2024 e 2025, a indústria do jogo de Macau pode ultrapassar os lucros a que estava habituada a contabilizar antes da covid-19. A conclusão é dos analistas da JP Morgan, que argumentam que durante os três anos de pandemia os casinos “aprenderam” a cortar nas despesas, nomeadamente no volume de quartos de hotel, e a manter uma operação mais racional ao nível dos custos

 

Quando Macau se preparava para abdicar das rígidas restrições impostas pela política de zero casos de covid-19, muito se falou sobre as lições retiradas de três anos de pandemia. Na indústria do jogo de Macau, esses três anos parecem ter trazido alguns ensinamentos, pelo menos de acordo com o diagnóstico dos analistas da JP Morgan Securities (Asia Pacific) Ltd.

Numa nota divulgada ontem, os especialistas argumentam que as operadoras de jogo devem conseguir manter os custos operacionais 10 por cento abaixo dos registados antes da pandemia, mesmo após a recuperação total da indústria, com base nas lições aprendidas nos últimos três anos, ajudando a impulsionar os lucros.

Um corte de 10 por cento nos custos de operação, em relação a 2019, “pode não parecer um grande montante à primeira vista, mas é muito significativo tendo em consideração a capacidade do sector, podendo chegar a 20 por cento, ou mais, em 2024 com base no número de quartos de hotel disponíveis no mercado”, estimam os analistas, citados pelo portal GGR Asia.

Aliada a uma gestão operacional mais light, a JP Morgan sublinha a “óbvia alteração no peso do EBITDA (lucros antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) gerado pelo sector de massas, que deverá ser quatro vezes maior que o gerado pelo jogo VIP”. Assim sendo, as poupanças a nível operacional devem ajudar a catapultar os lucros. “Isso dá-nos a confiança para estimar a recuperação do EBITDA para níveis entre 100 e 110 por cento em 2024/2025 face ao registo de 2019, mesmo sem o contributo do jogo VIP”, perspectivam os analistas.

Quartos crescentes

A JP Morgan espera que o sector aumente este ano o número de quartos disponíveis em cerca de 5 por cento, com a Galaxy Entertainment Group Ltd a acrescentar 450 quartos ao mercado, a Melco Resorts and Entertainment Ltd cerca de 650, e SJM Holdings Ltd 319.

Mesmo os novos resorts que foram crescendo no Cotai durante a dormência imposta pela pandemia à indústria turística devem abrir progressivamente, de forma faseada. Por exemplo, a Galaxy irá abrir a 3.ª fase do complexo no Cotai, que inclui uma unidade hoteleira da Raffles, de forma faseada a partir do segundo trimestre do ano.

14 Mar 2023

Jogo | Sector de massas pode levar receitas acima de 30% dos tempos pré-covid

Os analistas da JP Morgan Securities estima que durante os feriados do Ano Novo Chinês, as receitas brutas apuradas pelos casinos de Macau com o segmento de massas possam atingir entre 30 a 40 por cento dos níveis pré-pandémicos. O resultado que se espera nos cofres das operadoras de jogo será influenciado positivamente pela recuperação dos turistas chineses, um mês depois do levantamento das restrições impostas pela política de zero-covid.

Assim sendo, apesar de todas as seis concessionárias deverem ainda registar resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações [EBITDA] negativos no último trimestre de 2022, o futuro pode trazer já uma mudança de paradigma.

“Estamos a prever um 2023 melhor, depois de mais um ano para esquecer. Continuam a estimar que as receitas brutas do segmento recuperem para 30 a 40 por cento dos níveis pré-pandémicos durante o período do Ano Novo Chinês e no primeiro trimestre de 2023, o que já deverá ser suficiente para que a indústria apresente EBITDA positivos”, indicam os analistas, citados pelo portal GGR Asia.

Importa recordar que o Conselho de Estado chinês decretou feriados entre 21 e 27 de Janeiro, em jeito de celebração do Ano Novo Chinês, e que esta época costuma ser tradicionalmente um período de grandes ganhos para a indústria do jogo de Macau.

Muito importante

Apesar de muitos analistas não arriscarem uma previsão positiva para o mercado VIP, que continua envolto em muita incerteza depois da interrupção dos negócios durante um ano e da campanha movida pelas autoridades do Interior ao sector, os analistas da JP Morgan não deixam de prever um futuro risonho para a indústria do jogo.

Mesmo sem aquele que foi o mais importante sector de mercado, os analistas afirmam-se “bastante confortáveis” com a recuperação as receitas brutas e EBITDA do segmento de massas para níveis pré-pandémicos já no futuro próximo. O ano de 2024 é assim apontado como o da normalização do sector do jogo.

Este ano, a JP Morgan prevê que os casinos de Macau atinjam receitas brutas superiores a 100 mil milhões de patacas, ou seja, cerca de 35 por cento do registo de 2019. Em 2024, os analistas estimam que o volume de receitas brutas cresça para 186,2 mil milhões de patacas, perto de dois terços dos valores registados em 2019.

4 Jan 2023

Jogo | JP Morgan estima retorno a resultados pré-pandemia em 2024

Os analistas da JP Morgan consideram que a indústria do jogo pode voltar a registar resultados de níveis pré-pandémicos em 2024. O colapso do mercado junket, aliado ao número de mesas que podem operar nos casinos do território são factores que podem potenciar o crescimento do mercado de massas

 

A indústria do jogo de Macau não voltará a ser como era antes de 2019. Porém, um dos conceitos temporais mais citados e transversais a todos os sectores económicos e sociais é o “retorno a níveis pré-pandemia”, em especial nas actividades económicas ligadas ao turismo.

Na óptica dos analistas do banco de investimento JP Morgan, a recuperação irá começar a sentir-se no próximo ano e em 2024 os casinos podem registar resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações [EBITDA] que ficam a 95 por cento dos níveis pré-covid-19.

Numa nota emitida no fim-de-semana, os especialistas da JP Morgan descrevem as razões que justificam algum alívio para os investidores de empresas que gerem casinos em Macau, assim como para os cofres do Governo da RAEM.

Com a atribuição das licenças para operar casinos a afastar a incerteza no mercado, os analistas não descartam a possibilidade de as empresas beneficiarem de um alívio fiscal se conseguirem atrair jogadores estrangeiros.

Também o limite de mesas de jogo fixado pelo Executivo é interpretado pelos analistas como um factor que irá beneficiar o sector. À primeira vista, a redução de 6.739 mesas de jogo para 6.000 já para o próximo ano poderia significar um corte no negócio. No entanto, face ao colapso do mercado junket, a diminuição de mesas pode não ter impacto. “O limite de mesas de jogo é menos significativo do que aparenta ser. O número de mesas permanecerá num total de 6.000. No entanto, isso não significa que o crescimento será também limitado”, aponta DS Kim.

Alinhamento das estrelas

“Estimamos que em 2019, durante o pico máximo do mercado de massas, apenas 4.000 mesas eram directamente operadas pelos casinos (excluindo junkets e casinos-satélite). Portanto, um limite de 6.000 mesas significa mais espaço de manobra, podendo aumento em cerca de 50 por cento a capacidade para servir o mercado de massas”, indicam os analistas da JP Morgan.

A nota, citada pelo portal Inside Asian Gaming, salienta também que “a procura reprimida é uma realidade na maioria dos mercados”, não existindo razões para que o mesmo não se verifique em Macau para o segmento de massas e elementos não-jogo, mesmo tendo em conta a situação pandémica no Interior da China e os impactos das restrições fronteiriças.

Neste contexto, DS Kim afirma que “tudo se resume a acessibilidade e uma série de acontecimentos recentes aumentam a confiança de que a circulação de pessoas na China irá ser aliviada”. “Encaramos este aspecto como a peça que falta para a recuperação de Macau, tendo em conta a retoma da emissão de vistos electrónicos”, é acrescentado.

A JP Morgan aponta para o regresso aos lucros ao nível do EBITDA já no primeiro trimestre de 2023, graças à progressiva recuperação do sector de massas e elementos não-jogo para níveis a rondar os 35 por cento dos registados antes da pandemia.

Nos segundo e terceiros trimestres de 2023, os analistas estimam que a procura se fixe em 50 por cento da verificada antes da pandemia e, empurrada pelo reajustamento da procura do segmento de massas, a recuperação completa em 2024. No entanto, os analistas apontam que o segmento VIP dificilmente recuperará na sequência dos profundos danos estruturais que sofreu.

6 Dez 2022

Jogo | JP Morgan acredita que investidores podem regressar

Depois de um ano em que os investidores evitaram as acções das operadoras do jogo, a JP Morgan acredita que com menos restrições o cenário pode ser muito diferente no próximo ano

 

A JP Morgan acredita que em 2023 os investidores que ao longo deste ano “fugiram” das acções das operadoras do jogo podem regressar. A ideia é sustentada no mais recente relatório sobre a indústria do jogo do banco de investimento, citado pelo portal GGR Asia.

No documento, os analistas Joseph Greff, Omer Sander, Daniel Adam, e Ryan Lambert reconhecem que “até muito recentemente” as acções das operadoras tinham sido “abandonadas pelos investidores” e que em comparação com os títulos das outras operadoras de jogo e hotelaria o desempenho ficou muito abaixo da média.

Segundo o relatório, a falta de interesse tem sido motivada “pelas limitações extremas de circulação para Macau”, que são uma consequência da “política de zero casos de covid-19 da China”. Também até recentemente “os investidores estavam preocupados com os riscos associados à renovação das licenças de jogo”, incluindo a possibilidade de avultados “investimentos não económicos obrigatórios” ligados às concessões de 10 anos.

No entanto, com a revelação de atribuição das concessões provisórias para as seis operadoras já presentes em Macau, a JP Morgan acredita que “o sentimento de pessimismo extremo” desapareceu. A conclusão é sustentada com a valorização na segunda-feira das acções das operadoras, apesar de ainda não ser público o valor que cada uma das concessionárias aceitou investir nos próximos 10 anos no território

Bem prega Frei Tomás

Por outro lado, embora os analistas admitam conhecimentos limitados da política do Interior, acreditam que com base nas acções do Governo Central se está a caminhar no sentido de uma maior abertura. “Concordamos com a ideia de que se deve seguir mais as acções da China, como por exemplo o levantamento de algumas restrições, do que o discurso da China (a manutenção da política de zero de casos covid-19)”, indicam.

Ao mesmo tempo, o banco de investimento acredita que a “procura” pelo jogo em Macau “continua forte”, desde que haja condições para viajar para o território sem restrições.

Actualmente, as receitas brutas do jogo estão em valores de 10 a 15 por cento dos níveis pré-pandemia. Porém, para a JP Morgan este número mostra uma melhoria “muito gradual”, porque há uns meses as receitas não iam além de 5 a 10 por cento dos níveis pré-pandémicos.

“Pensamos que ainda há mais espaço para recuperar em 2023, particularmente no que diz respeito às receitas brutas do jogo de massas. Consideramos que as receitas de jogo podem aproximar-se de 60 por cento dos níveis de 2019, e melhorar em 2024, para cerca de 90 por cento dos níveis de 2019”, consta no relatório. “E gostávamos de pensar que estas nossas estimativas são conservadoras”, foi acrescentado.

30 Nov 2022

Casinos | Concurso pode arrancar no fim de Julho ou Agosto, diz a JP Morgan

Os analistas da JP Morgan acreditam que o concurso para atribuir novas licenças pode começar no final de Julho ou em Agosto, prevendo-se que os resultados sejam anunciados “no início de Novembro”. A corretora avança ainda que a SJM é a operadora de Macau que mais está a sofrer com as restrições anti-epidémicas e, sem receitas, terá liquidez financeira para sustentar operações até Março de 2023

 

O concurso público para a atribuição das novas licenças de jogo poderá arrancar já no final do próximo mês ou no decorrer de Agosto. A previsão foi avançada na terça-feira pela JP Morgan Securities (Asia Pacific) em comunicado, no seguimento de a nova lei do jogo ter sido aprovada pela Assembleia Legislativa.

Além disso, citados pelo portal GGR Asia, os analistas DS Kim e Livy Lyu baseiam-se no primeiro concurso público de atribuição de licenças de jogo em Macau, para apontar o “início de Novembro” como data para o anúncio dos resultados da nova licitação.

“A nova lei do jogo fornece agora uma base para o Governo [de Macau] preparar o concurso público para as próximas concessões de jogo (2023-2032)”, pode ler-se na nota citada pelo GGR Asia.

“Lembramos que, no caso das concessões atribuídas há 20 anos, o concurso público teve início cerca de 40 dias após a aprovação da lei de jogo [original] e durou cerca de três meses. Com base nestes dados, esperamos que o concurso comece em Agosto, ou no final de Julho, e os resultados finais possam ser anunciados no início de Novembro”, acrescentam os analistas. Os especialistas avançam ainda esperar que “todas as seis concessionárias possam ver as suas licenças renovadas”, com aquilo que consideram ser uma “quantidade razoável” ou” modesta” de condições adicionais de investimento em actividades não relacionadas com o jogo.

Recorde-se que, depois de estendidas além de 26 de Junho, as actuais licenças de jogo terminam a 31 de Dezembro. A nova lei do jogo aprovada na terça-feira, limita o prazo de concessão a dez anos, metade do actualmente vigente, a um total máximo de seis concessionarias de jogo e proíbe as subconcessões. O diploma estabelece ainda uma subida de 1,6 para 2 por cento do actual imposto sobre as receitas do jogo, entregue à Fundação Macau para fins culturais, educacionais, científicos, académicos e filantrópicos, bem como um aumento de 2,4 para 3 por cento do imposto destinado ao Fundo de Segurança Social de Macau e ao desenvolvimento urbano e turístico. O imposto directo sobre as receitas de jogo mantém-se nos 35 por cento.

Sem espaço de manobra

Numa outra nota divulgada no domingo, a JP Morgan volta a alertar para a situação financeira da SJM Holdings, apontando que a empresa que controla a concessionária Sociedade de Jogos de Macau é, entre as operadoras de jogo de Macau, a que mais está a sofrer com a implementação da estratégia “zero covid” no território.

Nesse contexto, no comunicado citado pela edição online do Financial Times, é indicado que, num cenário de ausência total de receitas, a SJM teria apenas a liquidez financeira necessária para continuar as suas operações até Março de 2023, o período mais curto entre as concessionárias.

Segundo os analistas, a SJM terá actualmente uma liquidez financeira de cerca 710 milhões de dólares americanos o que, estimando custos fixos mensais de 80 milhões, permitiria sustentar as operações por mais nove meses.

Por seu turno, a JP Morgan estima que a liquidez financeira da Sands China seja de cerca de 1.6 mil milhões de dólares e que outras operadoras como a Wynn, MGM e Melco tenham liquidez financeira para suportar operações, sem qualquer receita, até meados de 2024.

23 Jun 2022

JP Morgan | Analistas preocupados com situação financeira da SJM

O banco de investimento considera que as reservas financeiras da concessionária só chegam para fazer face às despesas de seis meses. O encerramento dos casinos-satélite é visto como mais um peso, por aumentar os custos operacionais da concessionária

 

O banco de investimento JP Morgan Securities (Asia Pacific) considera que a situação da SJM Holdings, empresa que controla a concessionária Sociedade de Jogos de Macau, é “de alguma forma preocupante”. Segundo uma nota emitida aos investidores, e citada pelo portal GGR Asia, as reservas financeiras da empresa só chegam para fazer face às necessidades dos próximos seis meses.

“De uma perspectiva financeira, a nossa análise sugere que a SJM Holdings só tem liquidez para seis meses, que é de longe a mais curta (em comparação com a liquidez das outras operadoras que varia entre um ano e meio até mais de 30 anos) e que nos faz sentir inconfortáveis”, pode ler-se na nota dos analistas DS Kim, Amanda Cheng e Livy Lyu.

A JP Morgan destaca também que os esforços de financiamento da operadora estão “suspensos” e a aguardar pela aprovação do Governo. A informação já tinha sido avançada em Março deste ano pela agência de notação financeira Moody’s.

Neste contexto, em que aguarda pelo Governo há meses, a JP Morgan adianta que a operadora tem grandes probabilidades de precisar de “recorrer a financiamento de fora”, através da emissão de títulos de dívida ou mesmo através da venda de mais acções na bolsa.

Mais despesas

Os problemas da SJM não acabam no financiamento. Com o encerramento dos casinos satélites, as despesas operacionais vão registar um aumento. “As despesas operacionais da SJM Holdings vão provavelmente crescer na segunda metade de 2022. Com o provável encerramento de alguns casinos satélites, acreditamos que a SJM vai ter de assumir as despesas com esses trabalhadores. Isto vai fazer com que as reservas financeiras da empresa se desgastem mais rapidamente”, é acrescentado.

Anteriormente, o Governo afirmou que os funcionários dos casinos satélite são uma responsabilidade das concessionárias, com quem têm contrato. Por isso, o Executivo espera que as operadoras assumam os respectivos custos.

Na nota para os investidores, a JP Morgan abordou ainda o desempenho do novo casino da SJM, o Grand Lisboa Palace, com as expectativas a serem baixas. “O empreendimento vai demorar um longo momento até começar a ganhar tracção e atingir a massa crítica de jogadores para poder cobrir o investimento inicial”, foi escrito.

O cenário negro não se fica apenas pela SJM. A nível do mercado, a situação não é muito melhor. A JP Morgan estima que o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) tenha uma quebra superior a 50 por cento entre o primeiro trimestre e o segundo trimestre do ano. Segundo o banco de investimento “este seria o pior nível das receitas desde que foram reabertas as fronteiras” há um ano e meio.

26 Abr 2022

Acções dos casinos sobem com alívio de restrições nas fronteiras

As acções das concessionárias de jogo deram sinais de optimismo face à atenuação das restrições fronteiriças anunciadas pelo Governo de Guangdong. A JPMorgan Chase prevê que as receitas brutas da indústria do jogo cresçam entre 20 a 25 por cento em comparação com os níveis registados no ano passado

 

[dropcap]S[/dropcap]em sinais de que a tempestade tenha terminado, mas com a bonança no horizonte, o índice Hang Seng da bolsa de Hong Kong revelou ontem sinais de optimismo para o sector do jogo de Macau, com valorizações significativas das acções das concessionárias. A esperança para a indústria renasceu com o anúncio do Governo de Guangdong de que seria dispensada a obrigatoriedade de cumprir quarentena de 14 dias para circular entre Macau e nove cidades da província vizinha (Guangzhou, Shenzhen, Zhuhai, Foshan, Huizhou, Dongguan, Zhongshan, Jiangmen e Zhaoqing).

Segundo a agência Bloomberg, as acções da Galaxy Entertainment Group e da Sands China valorizavam mais de 4 por cento ontem de manhã. A SJM Holdings Ltd e Melco International Development Ltd tiveram ganhos de, pelo menos, 6 por cento. Já os títulos da Wynn Macau valorizaram 16 por cento, conseguindo o melhor dia da concessionária de 2021.

O Índice da Bloomberg mostrava ontem os casinos de Macau com crescimento na ordem dos 12 por cento. A agência destacou a subida das acções das concessionárias norte-americanas no mercado bolsista dos Estados Unidos, com a MGM Resorts International a subir 6,8 por cento, enquanto a Melco Resorts & Entertainment’s deu um salto de 18 por cento.

Apesar do levantamento da obrigatoriedade de cumprir quarentena, que começa hoje, os visitantes precisam apresentar códigos de saúde verde e comprovativo de testes negativos à covid-19 feitos, pelo menos, sete dias antes de passar a fronteira.

Olha que bem

O alívio de restrições foi “uma surpresa agradável” e “mais um passo para a reabertura das fronteiras que irá conduzir ao crescimento do número de visitantes e dos lucros”, de acordo com Andrew Lee, analista do sector do jogo da consultora Jefferies, citado pelo South China Morning Post. O analista aponta a Sands China como a melhor aposta no mercado bolsista, mantendo algumas reservas em relação à performance dos títulos da Galaxy e Wynn Macau.

No que diz respeito às receitas brutas, a JPMorgan Chase estima recuperação na ordem entre 20 e 25 por cento, face aos níveis conseguidos em 2019. “Esperamos que alguma procura reprimida acorra a Macau rapidamente, à medida que as restrições são aligeiradas”, apontou um analista da Sanford C. Bernstein.

Apesar de os visitantes de fora de Guangdong ainda estarem obrigados a quarentena quando chegam a Macau, “a tendência geral é para progressos na direcção certa”.

As receitas do jogo caíram 97 por cento em Junho e mais de 77 por cento no primeiro semestre, em relação a iguais períodos de 2019. Se no primeiro semestre de 2019 as operadoras que exploram o jogo no território tinham arrecadado 149,5 mil milhões de patacas, no mesmo período de 2020 a receita bruta ficou-se pelos 33,7 mil milhões de patacas.

Segundo dados divulgados pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), o mês de Junho foi o pior do ano: os casinos tiveram receitas de apenas 716 milhões de patacas, menos cerca de 23 mil milhões de patacas do que em Junho de 2019.

15 Jul 2020

JP Morgan | Jogo deverá manter-se em baixa até fim do ano 

Analistas da consultora JP Morgan prevêem que, afinal, não será no terceiro trimestre que o sector do jogo começará a dar sinais de recuperação no contexto da crise gerada pelo novo coronovírus. O desempenho do mercado vai depender do momento em que as autoridades chinesas sentirem segurança para eliminar proibições de entrada no país e retomarem a emissão de vistos para Macau, dizem

 
[dropcap]A[/dropcap] consultora JP Morgan estima que a recuperação do mercado de entretenimento e de jogo não deverá acontecer antes do quarto trimestre deste ano, por oposição às ideias já apresentadas por alguns analistas de que a recuperação se daria no terceiro trimestre. A análise da JP Morgan é revelada num comunicado ontem emitido e citado pelo portal informativo GGRAsia.
“Estamos perante um cenário de perdas de 24 por cento nas receitas do mercado de massas em 2020, uma acentuada quebra que varia entre 25 a 30 por cento esperados na fase do consenso pré-vírus”, escreveram os analistas DS Kim, Derek Choi e Jeremy An.
Em 2019, o mercado de massas registou uma quebra de 3,4 por cento, com receitas de mais de 292 mil milhões de patacas, mesmo antes de surgir a crise causada pelo surto do Covid-19.
Na mesma nota, a JP Morgan disse que as previsões para o mercado deste ano são “conservadoras”, devido à falta de respostas relativamente ao rumo que o novo coronavírus pode tomar, o que traz grandes incertezas ao mercado. Os analistas consideram que há que olhar para factores como o levantamento das proibições de viagem para a China e a emissão de vistos para que cidadãos chineses possam voltar a viajar para Macau, factores esses que podem “normalizar” o mercado.
A JP Morgan diz ainda esperar quebras de 55 por cento nas receitas do mercado de massas relativas ao primeiro trimestre, e 35 por cento no segundo trimestre. Seguir-se-á “alguma estabilidade no terceiro trimestre”, descrevem. A consultora defende que o panorama económico para as seis operadoras de jogo, este ano, é “terrível”, devido aos elevados custos para manter os trabalhadores, além de que vêm aí novos concursos públicos para as licenças.
“Os lucros vão, inevitavelmente, registar uma rápida quebra tendo em conta os custos de uma estrutura tão rígida – entre 15 a 20 por cento das despesas operativas estão sujeitas a contenção de custos”, escreveram os pesquisadores.

Quebras no EBITDA

Os analistas utilizam a metáfora de “viagem turbulenta” para descrever este ano e apontam para enormes perdas também ao nível do EBITDA (lucros antes de impostos, amortizações e depreciações) pode sofrer “uma quebra entre 45 e 80 por cento” no primeiro e segundo trimestre do ano “até atingir os valores mais baixos de sempre”. O EBITDA pode voltar a níveis “okay” no terceiro trimestre, até chegar a um patamar “sólido” no quarto trimestre do ano. “As próximas duas temporadas serão muito importantes dada a virtual falta de receitas”, aponta a JP Morgan.

28 Fev 2020

JP Morgan | Jogo deverá manter-se em baixa até fim do ano 

Analistas da consultora JP Morgan prevêem que, afinal, não será no terceiro trimestre que o sector do jogo começará a dar sinais de recuperação no contexto da crise gerada pelo novo coronovírus. O desempenho do mercado vai depender do momento em que as autoridades chinesas sentirem segurança para eliminar proibições de entrada no país e retomarem a emissão de vistos para Macau, dizem

 

[dropcap]A[/dropcap] consultora JP Morgan estima que a recuperação do mercado de entretenimento e de jogo não deverá acontecer antes do quarto trimestre deste ano, por oposição às ideias já apresentadas por alguns analistas de que a recuperação se daria no terceiro trimestre. A análise da JP Morgan é revelada num comunicado ontem emitido e citado pelo portal informativo GGRAsia.

“Estamos perante um cenário de perdas de 24 por cento nas receitas do mercado de massas em 2020, uma acentuada quebra que varia entre 25 a 30 por cento esperados na fase do consenso pré-vírus”, escreveram os analistas DS Kim, Derek Choi e Jeremy An.

Em 2019, o mercado de massas registou uma quebra de 3,4 por cento, com receitas de mais de 292 mil milhões de patacas, mesmo antes de surgir a crise causada pelo surto do Covid-19.

Na mesma nota, a JP Morgan disse que as previsões para o mercado deste ano são “conservadoras”, devido à falta de respostas relativamente ao rumo que o novo coronavírus pode tomar, o que traz grandes incertezas ao mercado. Os analistas consideram que há que olhar para factores como o levantamento das proibições de viagem para a China e a emissão de vistos para que cidadãos chineses possam voltar a viajar para Macau, factores esses que podem “normalizar” o mercado.

A JP Morgan diz ainda esperar quebras de 55 por cento nas receitas do mercado de massas relativas ao primeiro trimestre, e 35 por cento no segundo trimestre. Seguir-se-á “alguma estabilidade no terceiro trimestre”, descrevem. A consultora defende que o panorama económico para as seis operadoras de jogo, este ano, é “terrível”, devido aos elevados custos para manter os trabalhadores, além de que vêm aí novos concursos públicos para as licenças.

“Os lucros vão, inevitavelmente, registar uma rápida quebra tendo em conta os custos de uma estrutura tão rígida – entre 15 a 20 por cento das despesas operativas estão sujeitas a contenção de custos”, escreveram os pesquisadores.

Quebras no EBITDA

Os analistas utilizam a metáfora de “viagem turbulenta” para descrever este ano e apontam para enormes perdas também ao nível do EBITDA (lucros antes de impostos, amortizações e depreciações) pode sofrer “uma quebra entre 45 e 80 por cento” no primeiro e segundo trimestre do ano “até atingir os valores mais baixos de sempre”. O EBITDA pode voltar a níveis “okay” no terceiro trimestre, até chegar a um patamar “sólido” no quarto trimestre do ano. “As próximas duas temporadas serão muito importantes dada a virtual falta de receitas”, aponta a JP Morgan.

28 Fev 2020

JP Morgan | Protestos em Hong Kong não afectam receitas de jogo

Os protestos de Hong Kong não vão trazer grandes consequências para as receitas do jogo, de acordo com a JP Morgan. Além dos apostadores terem alternativas para chegar a Macau sem passarem pela região vizinha, analistas explicam que os visitantes que chegam através de Hong Kong têm pouca expressão no volume de apostas

 

[dropcap]O[/dropcap] impacto real na procura de jogo deve ser reduzido”, lê-se numa nota divulgada pelo gabinete para a Ásia/Pacífico da JP Morgan em relação à repercussão dos protestos em Hong Kong nas receitas do sector do jogo.

De acordo com a multinacional, os visitantes que chegam a Macau podem optar por vir pela Ponte HKZM, ou evitar Hong Kong através dos aeroportos de Shenzhen ou Zhuhai. Quanto aos que chegam por ferry vindos de Hong Kong, a JP Morgan refere que são visitantes que compram pacotes turísticos, que englobam as duas regiões administrativas, com pouca expressão em termos de receitas dos casinos.

“Estimamos que os protestos em Hong Kong afectem as receitas do jogo cerca de 0,5 por cento, impacto que se deve desvanecer gradualmente à medida que as pessoas encontram alternativas para visitar Macau”, escreveram Jeremy An e Christine Wang, analistas da DS Kim.

As projecções chegaram depois de uma semana em que os protestos na região vizinha afectaram o transporte aéreo com o cancelamento de voos no aeroporto de Hong Kong. Recorde-se que a larga maioria dos apostadores de Macau são de fora e que um número considerável chega via aeroporto de Hong Kong.

Outro dos factores que dificulta a correlação entre os protestos e receitas do jogo prende-se com a dificuldade em relacionar o número de visitantes e quanto é gasto nos casinos. Aliás, pequenos grupos de apostadores de grandes quantias, que representam uma percentagem ínfima do volume de visitantes, são importantes componentes no sector.

Caça ao mito

Um dos propósitos da nota da JP Morgan, emitida na passada sexta-feira, era “desmistificar medos” suscitados pela instabilidade em Hong Kong, “fonte de muitas questões levantadas por investidores recentemente”.

“Cerca de 60 por cento do número total de visitantes chega a Macau através de Zhuhai, enquanto os serviços de ferries transportam de Hong Kong e Shenzhen 17 por cento. Pela Ponte HKZM chegam 15 por cento dos visitantes e no aeroporto de Macau aterram 9 por cento. No que diz respeito a turistas oriundos da China, 75 por cento chega através das fronteiras com Zhuhai”, enquadra a consultora do banco de investimento.

Ainda assim, a JP Morgan procedeu a uma avaliação em Macau, sem conseguir discernir abrandamento na afluência dos casinos, facto que pode ter sido distorcido com a forte sazonalidade das férias de Verão.

19 Ago 2019