Deputado Sulu Sou quer facilitar compra de casa para jovens

[dropcap]D[/dropcap]e acordo com Sulu Sou “os jovens em Macau enfrentam, desde há muito, graves problemas de habitação o que tem um impacto negativo no planeamento e desenvolvimento de carreira, e no sentimento de pertença social”. Como tal, o deputado interpelou o Executivo a tomar medidas que facilitem a aquisição de habitação pelas camadas mais jovens da sociedade.

Actualmente, os preços praticados no mercado imobiliário de Macau afastam os mais novos da possibilidade de comprar casa. Como tal, Sulu Sou urge o Executivo a avançar com políticas de habitação pública que tenham em conta esta faixa da população. “Nas Linhas de Acção Governativa para 2019, o Governo enfatizou a necessidade de satisfazer as necessidades reais dos jovens. No entanto, não aborda estratégias nem planos para combater os elevados valores das casas”, diz o deputado.

Por outro lado, no que respeita ao acesso à habitação pública, o Governo “ainda pretende aumentar o limite mínimo de idade para as candidaturas” o que representa, não um avanço, mas um retrocesso, aponta.

Tendo em conta que o Executivo afirmou que o plano para facilitar o acesso à habitação para jovens se encontra em fase de estudo, Sulu Sou quer saber o ponto da situação destes trabalhos, sublinhando a sua urgência.

18 Fev 2019

Imobiliário | Controlar o mercado “quando for necessário”

[dropcap]O[/dropcap]Chefe do Executivo, Chui Sai On, referiu ontem que vai apresentar novas medidas para regular os preços das casas no mercado privado quando houver necessidade.

“Concordo e já manifestei várias vezes esta minha posição de que o sector imobiliário privado pratica um preço muito elevado. Quando for necessário, o Governo tomará as medidas necessárias”, apontou ontem aos jornalistas na conferência de imprensa posterior à apresentação do relatório das Linhas de Acção Governativa para o próximo ano.

16 Nov 2018

Mercado imobiliário chinês vai enfrentar recessão em 2019, diz banco estatal

[dropcap]O[/dropcap] mercado imobiliário chinês vai enfrentar uma recessão em 2019, segundo um relatório publicado hoje pelo banco estatal de investimento Corporação Internacional de Capital da China (CICC), confirmando o receio de vários analistas.

O documento prevê um “decréscimo significativo” das vendas, investimento e novas construções, no próximo ano, o que já levou muitas promotoras a cancelar a compra de terrenos, face à contracção do mercado.

Pequim “deve alterar as políticas destinadas a arrefecer o mercado imobiliário”, recomenda a CICC, nomeadamente através da redução do valor mínimo de entrada na compra de um imóvel, facilitar o acesso ao crédito e reduzir as taxas de juro.

A mesma nota refere que, devido à baixa procura, em setembro e outubro os proprietários tiveram de fazer “grandes promoções”, incluindo oferecer carros na compra de habitação ou baixar os preços até 30%, o que levou a protestos dos anteriores compradores, que pagaram preços mais altos.

Os últimos dados revelam uma queda homóloga do investimento no sector imobiliário de 8,9%, em Setembro, e 9,2%, em Agosto.

A CICC considera “provável” que a venda de propriedades na China “abrande [em 2019], pela primeira vez em cinco anos”, apontando para uma queda de 10%, tanto no volume de vendas como nos preços. O investimento e as novas construções também devem registar uma queda de 5% e 10%, respectivamente, aponta.

O mercado imobiliário é um dos principais motores de crescimento da economia chinesa e os economistas temem que sinais de sobre-endividamento dos construtores abalem o sistema financeiro do país.

No espaço de uma década, enquanto as economias desenvolvidas estagnaram, a China construiu a maior rede ferroviária de alta velocidade do mundo, mais de oitenta aeroportos e dezenas de cidades de raiz, alargando a classe média chinesa em centenas de milhões de pessoas.

No entanto, segundo a agência suíça Bank for International Settlements (BIS), durante o mesmo período, a dívida chinesa quase duplicou, para 257% do Produto Interno Bruto (PIB).

Um dos efeitos mais visíveis do desperdício gerado por uma década de crescimento assente na construção são as mais de 50 milhões de casas vazias, cerca de 22% do imobiliário urbano no país, de acordo com um estudo a nível nacional, designado China Household Finance Survey.

“Os principais agentes económicos e financeiros da China não abordaram as perspectivas de arrefecimento no mercado imobiliário”, afirmou o CICC.

Também um relatório publicado na semana passada pela agência de avaliação de risco Standard & Poor’s (S&P) indica que o preço do imobiliário na China atingiu o seu valor máximo e pode cair até cinco por cento, em 2019.

A agência adverte que as cidades pequenas são “muito mais vulneráveis” a uma possível desaceleração, que poderá fazer com que passem “rapidamente” de “motores de crescimento” a “travões ao crescimento”.

Para os promotores imobiliários chineses, os grandes riscos são a “liquidez e refinanciamento”, lê-se no relatório, que aponta para um “panorama de financiamento mais desfavorável em anos”.

13 Nov 2018

Habitação | Novos empréstimos disparam em Setembro

[dropcap]O[/dropcap]s empréstimos hipotecários para habitação aprovados pelos bancos de Macau em Setembro totalizaram 9,7 mil milhões de patacas, traduzindo um aumento de 244 por cento face a igual período do ano passado, indicam dados divulgados ontem pela Autoridade Monetária (AMCM).

Os aprovados para residentes subiram 202,8 por cento, atingindo 8,3 mil milhões de patacas, ocupando uma proporção de 86,1 por cento. Já os novos empréstimos hipotecários para não residentes ascenderam a 1,3 mil milhões de patacas, sensivelmente 20 vezes superior em termos anuais homólogos.

Já os novos empréstimos comerciais para actividades imobiliárias registaram uma forte descida: caíram 24,1 por cento para 3,3 mil milhões de patacas face a Setembro do ano passado.

13 Nov 2018

China | Preço das casas pode cair até 5 por cento em 2019

[dropcap]O[/dropcap] preço do imobiliário na China atingiu o seu valor máximo e pode cair até cinco por cento, em 2019, segundo um relatório publicado ontem pela agência de avaliação de risco Standard & Poor’s (S&P).

As políticas adoptadas pelo Governo chinês para travar o aumento do preço das casas, que incluem tornar o crédito mais difícil ou aumentar o valor mínimo de entrada, estão a fazer efeito, apontou o analista da S&P Christopher Yip, em comunicado.

Estas medidas estão a “reverter gradualmente o aumento dos preços”, sublinhou. “Após uma actividade robusta, durante mais de dois anos, os meses de Setembro e Outubro, tradicionalmente fortes para o imobiliário chinês, foram de inércia”, considerou o analista.

Em Setembro, as vendas registaram uma queda homóloga de 0,8 por cento, enquanto outros indicadores, como a compra de terrenos e investimentos imobiliários também entraram em terreno negativo, pela primeira vez em dois anos.

A S&P prevê ainda que o volume de transacções de casas cairá entre 3 por cento e 7 por cento, levando a uma contracção de 8 por cento a 12 por cento no sector.

A agência advertiu que as cidades pequenas são “muito mais vulneráveis” a uma possível desaceleração, que poderá fazer com que passem “rapidamente” de “motores de crescimento” a “travões ao crescimento”.
Para os promotores imobiliários chineses, os grandes riscos são a “liquidez e refinanciamento”, recordou Yip, sublinhando o “panorama de financiamento mais desfavorável em anos”.

As empresas, que precisam de refinanciar dívidas próximas de vencer, procurarão vender o produto o mais rápido possível, reduzindo os preços se necessário, visando obter liquidez.

8 Nov 2018

Caso Mong Há | Accionista é director de associação que tem primos Chui como membros

O Sr. Long Kuok Keong

Ligado a oito empresas, Long é o homem que assinou duas propostas no concurso de atribuição das obras da habitação social de Mong Há e que fez com que o processo fosse declarado ilegal. As suas empresas cooperam regularmente com companhias estatais chinesas, e Long é ainda membro do Comité Municipal de Qingyuan da CCPPC

[dropcap]L[/dropcap]ong Kuok Keong é o empresário que está na origem da declaração de ilegalidade do concurso público de adjudicação das obras de construção de habitação social e do Pavilhão Desportivo de Mong Há, devido a práticas “susceptíveis de falsear as condições normais de concorrência”. Nascido na província de Cantão, Long veio para Macau na década de 80, na altura, vindo de Hainão, e dedicou-se ao ramo da construção. O facto de ser accionista de duas empresas, a Long Cheong e a Shing Lung, que apresentaram propostas diferentes para as obras em apreço, foi o motivo para os tribunais declararem o concurso público do Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estrututras ilegal.

Segundo a informação consultada pelo HM, Long Kuok Keong fundou a Companhia de Construção & Engenharia Shing Lung, a 16 de Setembro de 1996, com um capital social de 200 mil patacas. Desde o início, tem como sócia a esposa, Lei Mui, cada um com 50 por cento do capital da empresa.

Em relação à Long Cheong, fundada em 2003 com um capital social de 100 mil patacas, Long Kuok Keong ficou detentor de 51 por cento da empresa e o outro sócio, Ieong Pun Chio, residente do Interior da China, com 49 por cento. Em 2009, Long vendeu os 51 por cento a uma accionista com o nome Chang Ngan Kun, saindo da empresa. Contudo, em 2013, adquiriu os 49 por cento do seu parceiro inicial, Ieong Pun Chio, percentagem que ainda detém actualmente, e voltou a ser um dos principais accionistas.

O concurso público para a atribuição das obras em Mong Há foi vencido pela Shing Lung, que participou num consórcio com a Companhia de Construção de Obras Portuárias Zheng Hwa. A proposta teve um valor de 1,78 mil milhões de patacas e a conclusão ficou prometida para 1336 dias após o início da obra, argumentos suficientes para convencerem o júri do GDI.

Por sua vez, a Long Cheong participou com a Companhia de Construção Cheong Kong no concurso, para o qual apresentou uma proposta no valor de 1,795 mil milhões de patacas e o compromisso de finalizar os trabalhos em 1300 dias.

Ontem, o HM tentou perceber as razões que levaram Long Kuok Keong a apresentar duas propostas diferentes, mas o empresário não se encontrava no seu escritório.

Com os primos Chui

Long Kuok Keong chegou a Macau com 22 anos em 1980. É um dos directores da Associação de Construtores Civis e Empresas de Fomento Predial de Macau, presidida por Paul Tsé e, segundo o portal oficial, conta nos órgãos sociais com deputados como Chui Sai Cheong, Chui Sai Peng e os ex-deputados Fong Chi Keong e Tommy Lau.

Ainda no âmbito das actividades empresariais, Long disse ao portal do Comité Municipal de Qingyuan da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês – do qual é membro – que está envolvido em oito empresas. Às duas que participaram no concurso público para as obras de Mong Há, juntam-se, segundo o HM apurou, a Houtai Wah Keong Construction & Engineering Company e Veng Cheong. As companhias de Long têm cooperado frequentemente com as empresas estatais China State Construction Engineering, China Harbour Engineering Company e China Railway Construction Corportation.

Além das oito empresas, de acordo com a informação que consta no portal do Comité Municipal de Qingyuan, Long é ainda membro da Associação dos Naturais de Cheng Un de Macau, que presidiu durante mais de 10 anos. Cheng Un é o nome em cantonense para Qingyuan, a versão do nome da cidade em mandarim. A associação tem mais de 100 membros em Macau e é também presença habitual na Marcha Por Um Milhão, evento de solidariedade organizado pelo jornal Ou Mun.

No que diz respeito às suas actividades no Interior da China, Long Kuok Keong é membro do Comité Municipal de Qingyuan da CCPPC, assim como do Comité Municipal de Yingde, cidade de onde é natural, ambas na Província de Cantão.

Escolha mais cara

O concurso do GDI foi considerado inválido na semana passada, depois de ter sido lançado a 4 de Agosto de 2016 e ter terminado a 22 de Setembro do mesmo ano. Entre os critérios para a escolha do vencedor constavam: preço da obra (48 por cento), prazo de execução (12 por cento), plano de trabalhos (18 por cento) e experiência e qualidade em obras (22 por cento).

No total, concorreram sete propostas, duas consideradas inválidas logo no dia da abertura do concurso. A escolha do GDI acabou por cair sobre o consórcio Companhia de Construção de Obras Portuárias Zheng Hwa/Companhia de Construção e Engenharia Shing Lung, que prometeu a conclusão do projecto dentro de 1336 dias, data que deve ser alcançada em Setembro de 2021. Segundo o portal do GDI, os trabalhos arrancaram em Março de 2017.

“Estas propostas deviam ter sido rejeitadas, e também quero reforçar isso, não devido a questão de natureza técnica, mas de natureza legal. Há pelo menos esta diferença substancial.” Raimundo do Rosário

No entanto, havia duas propostas mais baratas que a vencedora e que também tinham um prazo de conclusão mais reduzido. Por exemplo, a Companhia de Engenharia e de Construção de China (Macau) apresentou um preço de 1,66 mil milhões de patacas e um prazo de 980 dias. Já o consórcio Grupo de Construções Top e Top Builders Internacional fez uma proposta com um preço de 1,75 mil milhões e um prazo de 1265 dias. Ambas propostas preteridas apresentaram preços e durações mais reduzidas.

Após a decisão, o caso foi para tribunal, devido à contestação do consórcio Grupo de Construções Top e Top Builders Internacional. Na primeira decisão, o Tribunal de Segunda Instância (TSI) decidiu contra o Governo. O Chefe do Executivo levou o caso para o Tribunal de Última Instância (TUI), e o Governo voltou a sofrer nova derrota, devido ao facto de ter aceitado duas propostas com o mesmo accionista, o que pode ser encarado como uma manipulação do princípio de concorrência. Também por esta razão, apesar do recurso ter sido do Chefe do Executivo, as custas do processo foram imputadas às duas empresas ligadas a Long Kuok Cheong.

Questões jurídicas

No final da sessão plenária de ontem, o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, abordou o caso. Desde que está no cargo, esta é a segunda vez que os resultados de um concurso público são considerados ilegais, depois do caso da adjudicação do contrato de construção do Parque de Materiais e Oficinas do Metro Ligeiro. Na altura, o Governo enganou-se nas contas e atribuiu a obra ao candidato que deveria ter ficado em segundo lugar. A decisão do TUI no caso mais recente foi revelada na terça-feira, minutos depois de Raimundo do Rosário ter pedido desculpa na Assembleia Legislativa devido ao primeiro erro. Porém, ontem o discurso seguiu uma outra linha, com o secretário a dizer que não estava completamente informado sobre o episódio, apesar da decisão ter sido tomada na semana passada.

“Há aqui uma coisa que é substancialmente diferente. Enquanto na questão do metro, e ontem [na terça-feira] pedi desculpa por isso, a avaliação de propostas foi um erro técnico. Desta vez, o problema não está na avaliação das propostas, mas sim no facto da decisão do TUI ter considerado que, na altura da abertura das propostas, havia duas que deviam ter sido rejeitadas e que não foram”, disse o secretário.

“Estas propostas deviam ter sido rejeitadas, e também quero reforçar isso, não devido a questão de natureza técnica, mas de natureza legal. Há pelo menos esta diferença substancial”, frisou, sem avançar mais explicações.

Também ontem, o HM pediu esclarecimentos sobre o caso ao Chefe do Executivo, através dos porta-vozes do Governo, que se limitou a dizer que “não tem nada a declarar sobre a decisão judicial”. Por sua vez, o GDI não enviou qualquer resposta e manteve-se incontactável, horas depois do pedido de informações.

1 Nov 2018

Habitação | Ajustamento de taxa sobre prédios arrendados em estudo

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Finanças (DSF) está a estudar a hipótese de ajustamento da taxa que incide sobre casas arrendadas a fim de reduzir a diferença em relação à taxação dos prédios não arrendados. O objectivo da medida será incentivar o aumento do número de fracções disponíveis no mercado de arrendamento.

Segundo a resposta do Executivo à interpelação escrita da deputada Song Pek Kei, o director da DSF, Iong Kong Leong, entende que muitas fracções residenciais devolutas no território são segundas aquisições. Como tal, o dirigente é da opinião que a lei que regula o arrendamento carece de revisão de forma a diminuir o número de apartamentos vazios, que são segunda aquisição.

Iong Kong Leong garante ainda que vai prestar atenção às tendências do mercado de arrendamento para ponderar, em momento oportuno, as respostas adequadas por parte do Executivo para fomentar o desenvolvimento contínuo e saudável do sector imobiliário.

Relativamente aos apartamentos de primeira aquisição que ainda assim permanecem vazios, a DSF afirma que vai estar atenta às consequências da imposição de taxas a este tipo de habitações impostas pelo Governo de Hong Kong, nomeadamente quanto à influência da medida nos preços e no volume de fracções disponíveis. Os serviços de finanças esperam, portanto, pelos resultados das políticas de habitação implementadas pelo Executivo da região vizinha para chegar a uma decisão se vale a pena avançar com uma política de habitação semelhante em Macau.

No que toca à hipótese de regulamentar o número de fracções à venda em edifícios que ainda estão em construção, o director da DSF referiu que o Executivo vai rever o regime jurídico da promessa de transmissão de edifícios em construção, que foi aprovado em 2013.

12 Out 2018

Edifício Koi Nga | Coutinho exige averiguações sobre má qualidade de obras

O deputado José Pereira Coutinho entregou uma interpelação escrita ao Governo onde pede que sejam averiguadas as responsabilidades sobre a má qualidade da construção de um edifício do complexo de habitação pública em Seac Pai Van

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo anunciou recentemente que vai realizar obras em 400 apartamentos do edifício Koi Nga, em Seac Pai Van, devido à existência de fragilidades nas estruturas, apesar das casas nunca terem sido habitadas. O deputado José Pereira Coutinho submeteu entretanto uma interpelação escrita ao Executivo exigindo o apuramento de responsabilidades pela má qualidade das construções.

“Vai o Governo instaurar processos de averiguações por apuramento das responsabilidades na construção das 400 fracções de habitação económica Koi Nga, nos quais serão despendidas dezenas de milhões de patacas do erário público na sua reparação?”, questionou.

Além disso, o deputado deseja saber “que medidas concretas e sistematizadas serão adoptadas pelo Governo para que, no futuro, não se repitam casos semelhantes e em prejuízo do erário público”.

“O Gabinete de Desenvolvimento de Infra-estruturas (GDI), não obstante assumir as responsabilidades pelas construções defeituosas que serão resolvidas à custa do erário público, não explicou quem foram os responsáveis pela recepção das habitações defeituosas”, escreveu o deputado. Coutinho lembrou também que o GDI não clarificou “que medidas concretas serão adoptadas para que erros desta natureza deixem de ser repetitivos”.

Analisar o passado

A questão da má qualidade de construção de habitações públicas não é de agora, tendo já sido abordada por vários membros da Assembleia Legislativa. Para Pereira Coutinho, é também importante que se proceda a um “levantamento geral de todas as fracções habitacionais, quer económicas quer sociais, construídas nos últimos 18 anos, para verificar se houve mais construções defeituosas semelhantes às que foram construídas no edifício Koi Nga”.

As informações relativas à necessidade de obras foram avançadas esta semana pelo Instituto de Habitação, estando em causa problemas com a tijoleira das casas, que são de diferentes tipologias, existindo apartamentos com um quarto, dois ou três. Ainda segundo o IH, apesar de estarem 400 casas desocupadas, nem todas estão por atribuir. Há casos em que as fracções foram atribuídas mas continuam a decorrer os procedimentos para que os contemplados possam vir a ocupá-las. De acordo com a mesma fonte, no final de Agosto estavam 329 fracções económicas por vender. De frisar que as fracções foram construídas em 2013.

1 Out 2018

Banca | Empréstimos para habitação em queda em Julho

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s novos empréstimos hipotecários para habitação aprovados pelos bancos de Macau em Julho totalizaram 5,2 mil milhões de patacas, traduzindo uma queda de 9,4 por cento em termos anuais homólogos, indicam dados divulgados ontem pela Autoridade Monetária de Macau. Os aprovados para residentes subiram 34,7 por cento para 5,1 mil milhões, mas tal não foi suficiente para travar a diminuição anual homóloga, dado que os empréstimos concedidos aos não residentes sofreram uma queda de 95,7 por cento para 84,5 milhões de patacas. Os novos empréstimos comerciais para actividades imobiliárias também registaram uma forte descida: caíram 62,5 por cento para 4,09 mil milhões de patacas. Desta feita, a diminuição ficou a dever-se à forte queda dos empréstimos aprovados aos residentes que foram de 4,06 mil milhões de patacas em Julho, ou seja, menos 62,7 por cento face a igual período de 2017. Em sentido inverso, os empréstimos para os não residentes subiram 14,2 por cento em termos anuais homólogos para 38,7 milhões de patacas.

12 Set 2018

Habitação | Song Pek Kei defende preços iguais na troca de casas

Song Pek Kei defende que os preços da habitação para troca no âmbito da renovação urbana devem ser iguais

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s preços devem ser inferiores aos do mercado imobiliário e superiores aos das fracções económicas e iguais. É o que defende a deputada Song Pek Kei relativamente à habitação para a troca destinada aos afectados pela renovação urbana.

O regime jurídico de habitação para alojamento temporário e de habitação para troca no âmbito da renovação urbana, actualmente sob consulta pública, prevê dois regimes diferentes: um para os lesados do Pearl Horizon e outro para os afectados pela renovação urbana. Uma ideia que também merece a oposição da deputada. Em declarações ao jornal Ou Mun, Song Pek Kei argumentou que não deve haver diferenças por uma questão de justiça, na medida em que a diferenciação pode não ser benéfica para compradores do Pearl Horizon que adquiriram fracções a um preço mais elevado. “Toda a gente vai comprar uma casa da mesma tipologia. Não há razão nenhuma para haver dois sistemas e as pessoas terem tratamentos diferenciados”, realçou.

Em privado

Relativamente à fixação dos preços da habitação para troca, a deputada sugere então que sejam inferiores ao do mercado imobiliário e superiores aos da habitação económica. Isto porque, como observou, no mercado imobiliário pesam factores como os lucros que, no caso em apreço, devem ser relativizados na medida em que a habitação para troca tem como objectivo a renovação da própria cidade.
Já para os residentes afectados pela renovação urbana que preferirem adquirir uma fracção no mercado privado – em detrimento da troca –, Song Pek Kei propõe que lhes seja oferecida a possibilidade de obterem uma compensação financeira, de acordo com o mesmo jornal.
Lançada no mês passado, a consulta pública do regime jurídico de habitação para alojamento temporário e de habitação para troca no âmbito da renovação urbana termina no próximo dia 20.

6 Set 2018

Habitação | Sin Fong Garden pode ir abaixo dentro de 30 dias

[dropcap style=’circle’]W[/dropcap]ong Man Sang, presidente da comissão de gestão do condomínio do edifício Sin Fong Garden, anunciou que a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) emitiu no passado dia 24 de Agosto uma autorização para a demolição do prédio. O trabalho poderá começar dentro de 30 dias.

Lo Chi Cheong, director-geral da Tat Cheong – Companhia de Construção e Engenharia, Limitada, referiu em conferência de imprensa organizada na passada sexta-feira que será a primeira vez que, em Macau, se realiza a demolição de um edifício com 30 andares. O responsável avançou que as obras de reconstrução podem demorar cerca de dois anos e meio até ficarem concluídas, com um orçamento estimado em 200 milhões de patacas.
De acordo com o jornal online All About Macau, Loi Chi Cheong adiantou que a mesma empresa que irá demolir a central eléctrica da CEM, localizada na zona da Areia Preta, será a responsável pela demolição do edifício habitacional. A empresa garantiu à publicação a segurança dos edifícios adjacentes ao Sin Fong Garden.

O responsável pela gestão de condomínio do edifício lembrou os problemas que os donos das casas têm tido nos últimos seis anos, desde que se verificou que o Sin Fong Garden corria o risco de cair, dadas as deficiências detectadas na estrutura. Quem continua a estar contra a demolição pode manifestar a sua oposição antes do dia 20 de Setembro. Caso contrário, a demolição arranca no prazo previsto, explicou.

3 Set 2018

Habitação | Song Pek Kei quer revisão à lei de compra de casas em construção

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]deputada Song Pek Kei quer saber a agenda do Executivo para a revisão do regime jurídico da promessa de transmissão de propriedade de fracções em edifícios em construção. Em interpelação escrita, Song reconhece os efeitos positivos que a lei tem tido desde que entrou em vigor, mas nota que ainda há lacunas que precisam de solução. A deputada entende que o regime jurídico precisa de melhorias no âmbito da fiscalização durante o processo da venda de fracções residenciais que ainda se encontram em fase de construção. Para a deputada, as principais falhas legais no diploma agora em vigor estão na falta de regulamentação pormenorizada relativa aos preços das casas e na ausência de restrições aos promotores. Em causa está o pequeno numero de fracções que são postas à venda e que provocam “pânico” nos possíveis compradores. O resultado desta circunstância, na opinião da deputada, é a especulação imobiliária. Como tal, Song Pek Kei pede ao Executivo a divulgação do calendário para a revisão da lei, exigindo medidas para quem acumula casas e disponibiliza poucas fracções na mercado habitacional.

20 Ago 2018

Eduardo Ascensão, antropólogo urbano: “A Ilha Verde é um lugar totalmente à margem”

Investigador do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa, Eduardo Ascensão está a realizar um trabalho de investigação sobre o antigo bairro de lata da Ilha Verde, demolido em 2010. O académico fala de um lugar que serviu de acolhimento de imigrantes chineses ilegais em duas fases distintas, nos anos 60 e 80, e do papel da Administração portuguesa nas tentativas de realojamento dos moradores

 

 

Como é que surgiu o interesse pelo bairro de lata da Ilha Verde?

É um interesse particular dentro de um enquadramento mais geral. O meu projecto de investigação é sobre diferentes formas de intervenção de estruturas do Estado em bairros de barracas ou populares, em diversas cidades de língua portuguesa. Faço uma abordagem histórica e também geográfica. Histórica no sentido em que pego em alguns exemplos de locais e nas suas transformações ao longo do tempo, o que implica contextos que eram coloniais e depois uma passagem para os contextos pós-coloniais. Tenho olhado para intervenções como as favelas do Rio de Janeiro ou uma série de programas de melhoramentos de bairros periféricos que houve na Guiné-Bissau nos anos 90. Em Lisboa, também temos uma história longa de habitação informal desde os anos 50. Macau aparece aqui porque vivi cá em criança e adolescente e lembrava-me bem do bairro da Ilha Verde, onde eu às vezes me perdia a andar de bicicleta. Lembro-me que era um lugar bastante diferente em relação ao resto da cidade e sempre me despoletou a curiosidade de como é que o bairro ali tinha nascido.

 

Era um lugar à margem.

Era um lugar totalmente à margem, notava-se até pouca presença de polícia ou de outras instituições mais oficiais e tive agora confirmação disso. Entrevistei alguns moradores que me falaram desse carácter muito peculiar do bairro. Alguma pesquisa histórica e de arquivo foi desfiando uma história muito interessante, um local que sempre, desde os anos 20 do século XX, foi aquilo que os estudos de emigração chamam de área de recepção de migrantes pobres e ilegais, que cá se denominam refugiados da China continental. Isso é muito interessante porque já na altura era denominado bairro dos indigentes chineses, ou seja, das classes operárias mais baixas. Eram pessoas que trabalhavam ali perto, em fábricas de cimento, de panchões, e tinham ali uma habitação precária relativamente perto do local de trabalho. No final dos anos 50 há referências de que em toda a zona em redor da Ilha Verde, e também a norte do Canídromo, ou Fai Chi Kei, houve um enorme afluxo de refugiados da China, antes ou depois da Revolução Cultural, e era uma imigração económica mas também mais complexa, ligada à Revolução Cultural. Muitos chineses da província de Guangdong, mas também de outras províncias chinesas, vinham a nado pelo Canal dos Patos e depois instalavam-se no bairro de lata em barracas por eles construídas.

 

E é este período que está a estudar?

Não. O foco da minha investigação é o momento sucessivo a este, quando a Administração portuguesa, ainda administração colonial, estabelece comunicações com Lisboa, com o governo colonial de Hong Kong e com agências da ONU para os refugiados quanto à necessidade de providenciar alguma habitação menos precária para este enorme afluxo de refugiados.

 

Quantas pessoas viviam nessa altura no bairro?

Entre duas a cinco mil pessoas, seria uma população muito flutuante e difícil de enumerar. A população de Macau nessa altura rondaria as 100 mil pessoas, no princípio dos anos 60, e houve um afluxo massivo de refugiados que poderiam ser cerca de 60 mil pessoas. Também havia bairros de barracas na Taipa e na parte do Porto Exterior, mas a maior parte deles estava na zona do Fai Chi Kei, Doca do Lam Mau, Ilha Verde, bairro Tamagnini Barbosa. Já tinha havido a necessidade de habitação social nos anos 50 com o bairro Tamagnini Barbosa na sua primeira versão, que era constituído por blocos térreos onde foram depois feitos edifícios mais altos. A pergunta que fui fazendo sobre o bairro da Ilha Verde é porque é que este plano da Administração colonial portuguesa, que implicava a construção de alguns prédios de habitação de altura média, não foi construído e, em vez disso, foi subsistindo um bairro de barracas pré-fabricadas relativamente melhoradas até 2010.

 

Havia infra-estruturas, tal como esgotos ou electricidade?

Sim. Não havia inicialmente, mas depois houve a provisão de esgotos e pontos de água. Alguns moradores optavam, ainda assim, por aceder apenas aos pontos de água colectivos para não pagarem. Segundo relatos de ex-moradores, estas casas tinham uma baixa renda, de cerca de três patacas ao mês, o que, na prática, fazia com que as pessoas não tivessem custos com a habitação. Este é um factor que se repete nos bairros precários pelo mundo fora.

 

Essa renda era paga a quem?

Era paga ao Governo ou à Câmara Municipal do Leal Senado. Há coisas que ainda não consegui apurar. Uma das respostas que quero obter é se as antigas casas do bairro de lata foram feitas através da despensa de materiais iguais pelo Leal Senado ou se eram modelos iguais porque havia empreiteiros locais que reproduziam os modelos. Alguns elementos arquitectónicos destas casas são semelhantes, tirando as palafitas e algumas casas da ilha de Coloane. No segundo andar as famílias dormiam e quase tudo acontecia no piso térreo. Mas ainda vou ter que deslindar melhor essa dúvida que, para o projecto, é a mais importante. Isto porque o alinhamento das ruas no bairro é resultado de um processo de planeamento. As ruas tinham número e tudo provém do plano de refugiados do início dos anos 60.

 

Essa topografia foi feita por moradores, ou pelas autoridades?

Foi feita pelo Governo. Era uma malha típica de planeamento racional e moderno por parte das autoridades e depois foi sendo preenchida com a construção das casas feita ao longo do tempo. Havia um plano residencial e moderno, da década de 60, que nunca chegou a ser feito.

 

Porquê?

Haverá uma razão mas ainda não consegui apurar, mas essa situação repetiu-se em diversos contextos no final do colonialismo português. Criaram-se planos para populações ditas autóctones ou indígenas, e que estiveram ligados à pressão internacional que houve sobre o colonialismo português quando todos os outros impérios já tinham dado origem a países independentes. O caso de Macau é sempre particular, mas é neste quadro de desenvolvimento de planos que nem sempre eram postos em prática que se pode incluir este plano. A Administração portuguesa, na altura, afirmava em documentos que não tinha capacidade para providenciar habitação para tantas pessoas. Aí é feita uma comunicação com Lisboa para ter algum apoio nesse sentido, o que mostra que não é surpreendente que os planos para as populações pobres não tenham sido implementados. Após a revolução de 1974 em Portugal a Administração portuguesa deixa de ser do tipo colonial e passa a ser de transição. A partir daí, no início dos anos 80, há um esforço muito grande para levar avante planos de habitação social para as classes mais vulneráveis chinesas.

 

Portanto, não podemos falar de uma falta de investimento de Portugal em Macau ao nível da habitação social, mas sim de dificuldades técnicas e legais de implementação.

Não. O bairro de Tamagnini Barbosa já era uma tentativa de habitação social para classes sociais e não apenas para funcionários públicos. Já nos anos 50 havia a percepção de que havia essa necessidade. Não me parece que tenham existido dificuldades técnicas ou legais na implementação desses planos. Em Macau havia menos a compulsão dos poderes coloniais em querer exercitar o poder civilizacional sobre as populações chinesas [por oposição ao que aconteceu nas ex-colónias portuguesas em África] porque havia uma espécie de separação sem essa compulsão de civilizar. Admitia-se que os chineses tinham uma civilização muito rica e havia um pacto de co-habitação.

 

Já na altura as comunidades viviam completamente separadas.

Um pouco separadas. A partir dos anos 80 foram feitos enormes investimentos e aí a Administração portuguesa tem, se calhar, uma história feliz, pois dá-se início a uma verdadeira política de habitação social. É também no início dos anos 80 que se dá um novo fluxo de imigrantes chineses. Entrevistei muitos que entravam em Macau pela zona do Canal dos Patos. Uma residente, por exemplo, veio a nado, como era muito comum nessa altura, por razões económicas e também porque queria fugir da política do filho único. O bairro da Ilha Verde serve então, pela segunda vez, como área de recepção de imigrantes ilegais e que se foram estabelecendo por ali. O que percorre muitas memórias e histórias dos habitantes com que falei é a existência de um espírito comunitário bastante particular, que é, mais uma vez, uma característica que se repete em muitos assentamentos informais do mundo.

 

Depois dessa segunda vaga de imigração, não houve mais nenhuma até à sua total demolição?

Sim, e nesse intervalo estamos a falar de um período de 30 anos.

 

Houve tentativas de destruir o bairro e realojar as pessoas ao longo desse período?

No início dos anos 80, o Instituto de Acção Social e as Obras Públicas construíram os centros temporários de habitação (CTH) para retirarem algumas pessoas, numa óptica de erradicação de barracas, que depois iriam ser canalizadas para as listas de espera de habitação social. Havia aqui uma política pensada e com algum impacto oficial. A Administração portuguesa terá muitos aspectos negativos mas julgo que neste período, anos 80, foi um dos períodos de maior desenvolvimento. Alguma legislação que sai no Boletim Oficial, em 1993, é em muito semelhante ao plano especial de alojamento do Programa Especial de Realojamento (PER) português de 1993, que tinha como objectivo erradicar as barracas nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto.

 

Houve então essa influência portuguesa.

Foi-se buscar essa legislação para, de alguma forma, existirem instrumentos legais para proceder de forma justa administrativamente, ou seja, sem o despejo violento de moradores. Tudo isso foi um pouco suspenso, e no início dos anos 2000 há uma parte do bairro que é demolida para construir um viaduto que liga o Fai Chi Kei e a zona de acesso à Ponte da Amizade. Em 2010 dá-se o processo final de demolição. Mas se no início as pessoas eram encaminhadas para os CTH e habitação social, no final umas famílias foram realojadas na zona da Areia Preta, mas outros foram indemnizados com um valor mais baixo do que aquele que iria permitir adquirir uma habitação. Este processo final já foi mais discricionário e é uma pergunta que fica para as autoridades locais à qual não tenho resposta. O bairro da Ilha Verde tem uma história muito rica, percorre todo o século XX e percorre-o de uma forma importante e positiva.

6 Ago 2018

Estatísticas | Preços da habitação sobem 8,7 por cento

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]ntre os meses de Março e Maio o índice de preços da habitação subiu 8,7 por cento, comparativamente ao mesmo período no ano passado.

De acordo com informação dada ontem pelos Serviços de Estatística e Censos durante os meses entre Fevereiro e Abril os preços registam uma subida de 5,4 por cento.

O aumento foi mais relevante na península de Macau em que a subida foi superior a seis por cento, enquanto na Taipa foi pouco mais de dois por cento.

10 Jul 2018

Habitação | Lionel Leong admite novas medidas para ajuste de preço

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] secretário para a Economia e Finanças admite que as medidas que têm sido tomadas para o ajuste de preços no sector imobiliário não são suficientes. De acordo com um comunicado oficial, “o preço da habitação ainda não atinge uma previsão de ajustamento, portanto as autoridades irão analisar outras medidas mais viáveis”.

Para o efeito, o governante refere que é preciso prestar atenção à oferta de fracções, nomeadamente aquelas que se encontram sem aproveitamento. Neste sentido serão tidos em conta dados sobre habitações que nunca foram vendidas tendo em conta a sua quantidade, construção e prazo da obra.

O secretário adianta ainda que pode vir a ser tomado como exemplo a política que está a ser seguida na região vizinha de Hong Kong relativa à taxa sobre propriedades devolutas para habitação nunca vendida “a fim de viabilizar a sua viabilidade em Macau.

Medidas pedidas

Recentemente têm sido vários os deputados que se têm manifestado contra o desaproveitamento de muitas fracções devido à espera de uma maior rentabilização por parte dos proprietários.

O deputado Ho Ion Sang referiu, no passado mês de Abril, que existem no território cerca de 12,5 mil fracções vazias. Parte delas estão por utilizar porque os seus proprietários não as querem disponibilizar para arrendamento. Por outro lado, há casas que não são vendidas mas que se encontram “empatadas pelas imobiliárias de modo a controlar o mercado”, referiu Ho Ion Sang. O deputado sugeriu que fossem tomadas medidas idênticas às que Hong Kong está a seguir de modo a regulamentar o prazo de propriedades para venda.

É de salientar neste aspecto que um estudo da consultora Mercer elegeu Hong Kong como a cidade mais cara do mundo, destronando Luanda que caiu para o sexto lugar, em grande parte devido ao aos preços praticados no mercado imobiliário da região vizinha.

O pró-democrata Ng Kuok Cheong tem vindo a insistir na criação de um novo imposto sobre casas devolutas. De acordo com o deputado, “as pessoas queixaram-se da falta de sucesso da implementação do imposto de selo, que não resultou em qualquer pressão sobre os proprietários que possuem apartamentos vazios à espera que os preços aumentem para que os possam vender por valores mais altos”, referiu em interpelação escrita. Para combater este “desperdício”, Ng sublinhou que são necessárias mais medidas por parte do Executivo para combater a especulação imobiliária e sugeriu a criação de um imposto.

No que respeita às políticas recentemente adoptadas para facilitar a aquisição de primeira habitação, Lionel Leong afirma que os resultados são satisfatórios. Com “o afrouxamento do rácio dos empréstimos hipotecários, apareceu um óbvio aumento da proporção de aquisição da primeira habitação, demonstrando que as referidas medidas contribuem, de forma activa nesta área”, aponta o comunicado.

2 Jul 2018

Casas transaccionadas sofreram forte queda em Março

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap]s transacções de fracções autónomas destinadas à habitação aumentaram no primeiro trimestre. No entanto, Março registou uma forte queda mensal, após o lançamento das medidas para arrefecer o mercado imobiliário, realça a DSEC

Nos primeiros três meses do ano foram transaccionadas 3.627 fracções autónomas habitacionais, um número que traduz um aumento trimestral de 38,5 por cento, indicam dados dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Em termos mensais, as vendas de casas subiram 85 por cento em Janeiro, tendo o crescimento desacelerado em Fevereiro (3,6 por cento). Com efeito, realça a DSEC, em Março, acabaram por cair 57,6 por cento, após o lançamento das medidas para controlar o mercado imobiliário.

Contudo, o preço médio por metro quadrado (área útil) das fracções autónomas habitacionais globais cifrou-se em 112.304 patacas, reflectindo um crescimento de 6,3 por cento face ao trimestre anterior. Os preços médios na península (99.312 patacas) e em Coloane (137.768) registaram a mesma tendência, subindo 1,8 e 9,9 por cento, respectivamente. A excepção foi a Taipa, onde o preço médio das casas (117.364) sofreu uma diminuição de 3,7 por cento.

Segundo os mesmos dados, as fracções destinadas à habitação vendidas entre Janeiro e Março foram transaccionadas por 24,3 mil milhões de patacas – um valor que traduz um crescimento superior a um terço.

Em paralelo, entre Janeiro e Março foram transaccionadas 122 fracções autónomas destinadas a escritórios – mais 86 em termos trimestrais – pelo valor de 2,65 mil milhões de patacas, um aumento substancial de 814,8 por cento. No caso dos escritórios, o preço médio por metro quadrado das fracções (194.311 patacas) subiu 75,3 por cento, em termos trimestrais.

Em sentido inverso, o preço médio por metro quadrado das fracções autónomas industriais (52.243 patacas) desceu 6,1 por cento comparativamente ao último trimestre de 2017.

18 Mai 2018

Imobiliário | Preço das moradias permanece estável em Abril

O preço das moradias permaneceu estável nas principais cidades chinesas em Abril. A agência Xinhua atribui estes resultados, revelados ontem com a publicação de dados oficiais, às restrições rigorosas implementadas pelo Governo no campo das aquisições

 

[dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]a base anual, os preços das novas casas em cidades consideradas por Pequim como “de primeira linha” caíram 0,4 por cento face à queda de 0,6 por cento em Março, informou o Departamento Nacional de Estatísticas (DNE).

Ao mesmo tempo, o crescimento no preço das novas casas naquilo que o Governo chinês entende como “cidades de segunda linha” manteve-se inalterado face ao nível de Março, e os preços do imobiliário em “cidades de terceira” linha cresceram 0,3 por cento em termos mensais.

“Em Abril, as autoridades locais continuaram com as políticas reguladoras adaptáveis às condições locais, mantendo-as estáveis e consistentes”, refere o especialista em estatística do DNE Liu Jianwei.

O preço de novas moradias nas 15 cidades consideradas pelas autoridades chinesas como “mercados mais quentes” permaneceu estável em Abril, com sete cidades, incluindo Shanghai, registando quedas mensais de 0,1 por cento a 0,2 por cento, enquanto outras oito cidades tiveram crescimentos leves de 0,1 por cento a 0,5 por cento, mostraram dados do DNE.

Vendas aumentam

Nos últimos anos, a subida vertiginosa no preço das moradias, especialmente nas grandes cidades, gerou preocupações, inclusive a nível internacional, acerca de possíveis bolhas imobiliárias. Para conter a especulação, os governos locais aprovaram ou expandiram restrições no mercado, em especial no que toca à compra de moradias e elevaram o valor de entrada exigido para a hipoteca.

O investimento no sector imobiliário cresceu 10,3 por cento em termos anuais entre Janeiro e Abril, uma redução leve face os 10,4 por cento registados no primeiro trimestre, disse o DNE.

As vendas de moradias avaliadas pelas áreas ocupadas aumentaram 1,3 por cento nos primeiros quatro meses, o que representou uma queda em relação ao crescimento de 3,6 por cento no primeiro trimestre.

17 Mai 2018

Imobiliário | Residentes alvo de fraude na Ilha da Montanha

Cerca de 50 pessoas manifestaram-se em Macau, no domingo, devido a uma fraude no Interior da China. Cerca de 15 residentes investiram em imobiliário do outro lado da fronteira e quando finalmente receberam as fracções, as dimensões não correspondiam ao prometido

 

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m grupo de 15 residentes locais comprou lojas com sete metros de alturas num projecto na Ilha da Montanha, mas quando tiveram acesso às fracções, a altura não ultrapassava os 4,5 metros, nuns casos, e os 3,5 metros, noutros. Por essa razão, segundo o jornal Ou Mun, cerca de 50 pessoas manifestaram-se, no domingo, à frente da agência local que vendeu as fracções, exigindo que lhes fosse devolvido o dinheiro gasto. A sede da agência imobiliária onde decorreram os protestos situa-se em Macau. Contudo, a agência não é a promotora do empreedimento, que está sedeado do outro lado da fronteira, pelo que o objectivo dos compradores era agendar um encontro com o promotor.

Ao jornal em língua chinesa, um comprador com o apelido Cheong explicou que o caso envolve um total de 30 compradores, dos quais 15 são residentes do território. Cheong clarificou também que o total das transacções ascendem a 100 milhões de dólares de Hong Kong e que o promotor agiu de forma intencional, com o propósito de enganar os compradores. Cheong sustentou esta posição com o facto das vendas terem sido feitas desde 2015 a partir de uma intermediária, que anunciou que a altura das lojas era de sete metros.

Por sua vez, a promotora explicou, a 15 de Março, aos proprietários que tinha havido um erro dos seus funcionários na informação divulgada e que as lojas deviam ter sido anunciados com uma altura entre 3,5 a 4,5 metros.

A justificação não convence os compradores, que defendem que o seu dinheiro deve ser devolvido na íntegra porque o que havia sido acordado não foi respeitado.

Casos repetidos

Este não é o primeiro caso de investidores de Macau que são vítimas de fraudes e promessas por cumprir por parte de promotores que estão no outro lado da fronteira. Também em Junho de 2016, cerca de 200 famílias locais foram enganadas com a compra de condomínios de luxo em Tau Mun, em Zhuhai. Este caso foi lidado, na altura, por José Pereira Coutinho, que levou uma petição ao Gabinete do Chefe do Executivo.

No caso de Tau Mun, os compradores tinham sido iludidos com a promessa de uma floresta privada e de um clube com ginásio. Porém, quando as pessoas se deslocaram ao local verificaram que afinal estes equipamentos se tratavam de instalações públicas.

José Pereira Coutinho não foi o único deputado a lidar com casos deste género. Quando era legislador, Chan Meng Kam também recebeu queixas semelhantes.

Também em Julho de 2016, 40 residentes de Macau e Hong Kong entregaram uma carta junto do Chefe do Executivo e Gabinete de Ligação do Governo da RAEM porque depois de terem comprado lojas no Centro Comercial Mo, em Zhuhai, arrendaram os espaços por 10 anos, a troco de uma renda. No entanto, a empresa que arrendou os espaços forçou uma redução unilateral de 50 por cento no valor da renda.

9 Mai 2018

Habitação | Ho Ion Sang quer mais casas disponíveis para arrendamento

[dropcap style≠‘circle’]D[/dropcap]epois de na passada segunda-feira Ng Kuok Cheong ter exigido ao Governo o aproveitamento dos edifícios vazios, ontem foi a vez do deputado Ho Ion Sang solicitar o mesmo ao Executivo. No entanto, Ho considera que acima de tudo está em causa o aproveitamento destes espaços para fracções habitacionais. Em declaração ao Jornal Ou Mun, o deputado afirma que existem no território cerca de 12,5 mil fracções vazias. Parte delas estão por utilizar porque os seus proprietários não as querem disponibilizar para arrendar. Por outro lado, há casas que não são vendidas mas que se encontram “empatadas pelas imobiliárias de modo a controlar o mercado”, refere Ho Ion Sang. O deputado revelou ainda que o Governo de Hong Kong está a estudar uma medida que visa regulamentar o prazo de propriedades para venda e considera que o Governo de Macau deve seguir o exemplo. O deputado sugere ainda a redução de taxas de 10 para oito por cento.

Economia | Governo vai subsidiar instalações de elevadores de mercadorias pelas PME

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Governo planeia conceder apoios financeiros às pequenas e médias empresas (PME) destinados à instalação de elevadores de mercadorias, revelou o director dos Serviços de Economia ao canal chinês da Rádio Macau. Tai Kin Ip adiantou que o Governo e o Centro de Produtividade concluíram a proposta, a divulgar em breve, ao abrigo da qual vão ser subsidiadas 80 por cento das despesas de instalação. O mesmo responsável indicou ainda que foram recebidas oito inscrições por parte de residentes para o programa de intercâmbio de inovação e empreendedorismo para jovens da China e dos países de língua portuguesa.

11 Abr 2018

Ng Kuok Cheong exige aproveitamento de edifícios vazios

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] deputado Ng Kuok Cheong exige que se proceda à calendarização para a reabertura dos espaços públicos não aproveitados. Numa interpelação escrita, o deputado pró-democrata lamenta que o Governo não tenha aproveitado eficazmente os espaços públicos e que continue a gastar montantes elevados provenientes dos cofres públicos em rendas para o funcionamento dos serviços.

Apesar de ter recebido em Março uma resposta do Executivo sobre o mesmo assunto, o deputado manifestou-se insatisfeito por não ter datas quanto ao aproveitamento de edifícios do Governo que se encontram vazios.

O deputado exige que os três edifícios onde já se situaram o Gabinete de Comunicação Social (GCS), o gabinete do Conselho Consultivo para o Reordenamento dos Bairros Antigos de Macau e o centro da comida do Mercado de Iao Hon entrem em funcionamento ainda neste ano.

10 Abr 2018

Habitação | Chan Tak Seng quer responsabilização de construtoras

A alteração ao regulamento geral da construção urbana não avança e o Governo tem de tomar medidas, no entender do vice-presidente da Aliança de Povo de Instituição de Macau. A associação sugere a responsabilização das construtoras de habitação pública por um período de cinco a sete anos e apela a vistorias obrigatórias

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap]s construtoras responsáveis pela construção de habitação pública devem ficar responsabilizadas pela qualidade dos edifícios durante um período que pode ir dos cinco aos sete anos, após a conclusão das obras. A ideia é do vice-presidente da Aliança de Povo de Instituição de Macau, Chan Tak Seng que quer ver a medida referida no regulamento geral da construção urbana.

Em declarações ao Jornal do Cidadão, Chan Tak Seng recorda que as queixas relativas à falta de qualidade das construções destinadas à habitação pública têm sido uma constante no território. O responsável critica ainda o Executivo pela premiação das empresas de construção por cumprirem os prazos. De acordo com Chan Tak Seng, “não é aceitável que os construtores recebam prémios quando o que fazem é de má qualidade”, refere.

Espera interminável

Chan Tak Seng acrescenta ainda que cabe ao Governo tomar medidas para garantir a qualidade da habitação pública local, ao invés de repetir o discurso de que é necessário auscultar a opinião da população. O responsável deixa ainda algumas sugestões já avançadas pelo Governo e com as quais está em concordância. Como, por exemplo, a introdução de um sistema de seguro e melhorias no mecanismo de fiscalização. Neste último capítulo, Chan Tak Seng considera que a fiscalização deve ser feita durante um período mais alargado de tempo para que exista responsabilização dos construtores durante cinco a sete anos após a conclusão da construção.

Também Ella Lei está insatisfeita com a actuação da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT). De acordo com a deputada, tendo em conta uma resposta que recebeu do Executivo, não há ainda calendarização para admissão do regulamento geral da construção urbana à Assembleia Legislativa (AL). Ao Jornal do Cidadão, Ella Lei refere que é inaceitável o facto da alteração ao diploma estar na calha há mais de dez anos e critica o impasse do Governo. Ella Lei admite que tem sido um processo polémico, no entanto sugere que, nas partes em que existe consenso, se passe à acção.

Por sua vez, o deputado nomeado Wu Chou Kit entende que existe a necessidade de alterar o regulamento geral da construção urbana e sugere que se fomente progressivamente a vistoria obrigatória dos edifícios. Wu Chou Kit considera que o Governo deve, em primeiro lugar, “consciencializar os cidadãos sobre a importância da vistoria dos edifícios e depois introduzir medidas sancionatórias”, aponta.

9 Abr 2018

Habitação | Preços subiram 3,3 por cento desde Novembro

Dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) revelam que, entre Novembro do ano passado e Janeiro deste ano, o índice global de preços da habitação foi de 257,2, o que representou uma subida de 3,3 por cento, em comparação com o período transacto (Outubro a Dezembro de 2017).

O comunicado explica que este crescimento “foi impulsionado principalmente pelo acréscimo de 14 por cento do índice de preços de habitações em construção (274,2)”. Já o índice de preços de habitações construídas (270,7) caiu 0,4 por cento.

Analisando por zona, o índice global de preços de habitações da Península de Macau (257,9), bem como o da Taipa e Coloane (254,1) ascenderam 2,1 por cento e 9,1 por cento, respectivamente, face ao período anterior.

Quanto ao índice de preços de habitações construídas, sabe-se que o da Península de Macau (265,9) caiu 0,5 por cento, enquanto o da Taipa e Coloane (292,9) subiu 0,3 por cento.

9 Mar 2018

Habitação | Ella Lei critica Governo por adiamentos de habitações públicas

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] deputada Ella Lei criticou o Governo por ter adiado a construção de habitações públicas nos lotes A e F, na Doca do Lam Mau, numa interpelação escrita. Os edifícios em causa vão aumentar a oferta de habitações públicas em 200 fracções.

No entanto, o Governo decidiu adiar estas construções, com a justificação que é necessário dar prioridade a outros edifícios de habitação pública, com maior capacidade.

Ella Lei não concorda com a escolha política. A deputada argumenta que as 200 fracções na Doca do Lam Mau respondem a uma grande necessidade da sociedade, principalmente devido à elevada concentração de pessoas na zona. No mesmo documento, a deputada ligada aos Operários questiona se o projecto vai ser abandonado e, se nesse caso, se o Governo vai ter em atenção a necessidade de aumentar o número lares e centros de idosos.

6 Mar 2018

Pró-democratas insistem que solução passa por oferta de habitação acessível

[dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]g Kuok Cheong e Au Kam San qualificaram as recentes medidas apresentadas pelo Governo para refrear o mercado imobiliário como meramente “decorativas”. A solução passa, defendem, por aumentar a oferta de habitação acessível para a classe média. “Face ao incandescente estado do mercado imobiliário, o Governo tem lançado várias medidas drásticas, que fizeram diminuir muito as transacções, mas não conseguiram baixar o preço das casas”, afirmou ontem Au Kam San na sua intervenção antes da ordem do dia na Assembleia Legislativa.

Os elevados preços devem-se não apenas à especulação, mas também ao “desequilíbrio do mercado”, disse, apontado o dedo aos promotores que, nos últimos dez anos, “movidos pela grande margem de lucros, preferiram construir casas caras, inacessíveis para a maioria”, as quais “acabaram por predominar no mercado”. Para efectivamente controlar os preços “deve-se resolver a insuficiência na oferta de casas de preço médio e baixo”, defendeu.

“É difícil o Governo recorrer a ordens executivas para controlar o preço das casas ou ordenar aos investidores a construção de habitações de acordo com o poder de compra dos locais”, comentou Au Kam San. O pró-democrata acrescenta que, contudo, o Executivo “consegue ajustar e controlar as habitações públicas, o que pode ter efeito de alavanca no mercado das privadas”, pedindo que sejam definidos, o mais rapidamente possível, planos de oferta e o rácio entre fracções sociais e económicas.

Ng Kuok Cheong subscreveu, instando o Executivo a criar “mecanismos para estabilizar a confiança dos residentes sobre a oferta de habitação. Focando-se em particular nos novos aterros, insistiu que as “mais de 50 mil fracções” projectadas, que “ocupam um quinto da totalidade da RAEM”, independentemente de serem públicas ou privadas, devem ser “utilizadas para responder às necessidades dos residentes”. Neste âmbito, insta o Governo a “estabelecer antecipadamente regimes para restringir a aquisição de fracções”, sugerindo, por exemplo, para afastar especuladores, que se consagre que os residentes permanentes podem adquirir o direito de propriedade de uma fracção nos novos aterros desde que não tenham mais de uma casa em Macau.

1 Mar 2018