Epidemia | Agnes Lam reitera que “a crise ainda não acabou”

[dropcap]N[/dropcap]uma interpelação escrita enviada ao Governo, a deputada Agnes Lam pede ao Executivo que continue empenhado no combate ao novo tipo de coronavírus, o Covid- 19, através da redução das concentrações de pessoas nas ruas de Macau e na tomada de medidas contextualizadas no tempo.
“A sociedade começa aos poucos a voltar ao trabalho e é compreensível que sejam levadas a cabo reuniões oficiais, mas se sairmos à rua para comer e beber como se nada fosse, corremos o risco de começar do zero”.
Lembrando também que “enquanto a situação epidémica não estiver controlada a nível global, Macau continua em risco”, Agnes Lam faz uma comparação com a situação provocada pelo tufão Hato, afirmando que, desta vez, a sociedade não pode começar a recuperar dos estragos de forma imediata. Por isso, a deputada defende que as medidas restritivas nas fronteiras e a imposição de quarentena devem ser adoptadas ao longo do tempo “de forma oportuna e em resposta às mudanças do contexto envolvente”.

28 Fev 2020

Taiwan | Sulu Sou pede fim das restrições a estudantes de Macau

O deputado compreende as medidas aplicadas pelo Governo da antiga Formosa, mas diz que as restrições devem ser levantadas tão depressa quanto possível, para que os alunos de Macau em Taiwan não sejam prejudicados

 

[dropcap]C[/dropcap]omo medida de prevenção do coronavírus, o Governo de Taiwan proibiu a entrada de pessoas de Macau, Hong Kong e do Interior na Ilha Formosa. A medida afectou cerca de 1.322 alunos de Macau, que apesar de estudarem em Taiwan se encontravam de férias na RAEM. Ontem, o deputado Sulu Sou apontou a necessidade de as restrições serem levantadas tão depressa quanto possível, para que os interesses dos residentes de Macau sejam protegidos.

“Compreendemos as razões que levaram o Governo de Taiwan a adoptar esta nova política de emigração. Querem proteger a comunidade e a sua população, o que é totalmente compreensível”, começou por ressalvar. “Mas esperamos que o Governo de Taiwan também perceba as preocupações e os sentimentos dos estudantes de Macau, assim como dos pais. Por isso esperamos que levantem as restrições tão depressa quanto possível”, apelou.

No entanto, e apesar da RAEM não registar novos casos de coronavírus há 22 dias, o deputado não acredita que a restrição em Taiwan vá ser levantada em breve. Em causa está o facto de a avaliação da Ilha Formosa sobre a situação não focar apenas Macau, mas também as regiões vizinhas, como Cantão e Hong Kong. “Eles olham para Macau integrado num contexto com as regiões vizinhas e não apenas para Macau de forma isolada”, indicou.

Desde que a medida entrou em vigor em Taiwan, Sulu Sou admitiu ter recebido vários estudantes e pais preocupados, principalmente finalistas. “Recebi muitos estudantes e pais que me pediram ajuda. Também sou formado numa Universidade de Taiwan e tenho alguns conhecimentos que me permitem saber um pouco mais sobre esta situação”, apontou. “Os alunos mais preocupados são os finalistas porque precisam de terminar um estágio antes de se licenciarem. Mas alguns dos estágios têm de ser feitos em Taiwan, por isso esses alunos estão preocupados com o facto de poderem falhar o estágio e não se poderem licenciar até ao final do ano”, explicou.

Ultrapassar obstáculos

Por outro lado, Sulu Sou espera que as universidades de Taiwan tomem medidas para garantir que os estudantes retidos em Macau possam acompanhar as aulas e ser avaliados de uma forma que tenha em conta os obstáculos encontrados.

“A entidade de Taiwan que tutela a educação emitiu instruções para que as universidades disponibilizem aulas pela internet, assim como o conteúdo das matérias leccionadas. A avaliação dos estudantes também tem de ter em conta o tempo em que ficaram afastados das aulas”, explicou Sulu Sou.

O deputado disse, no entanto, ter garantias do Governo de Taiwan de que os estudantes de Macau vão poder entrar em Taiwan para terminar a licenciatura, mesmo que o visto tenha expirado. Nestes casos a entrada é autorizada e o documento é renovado posteriormente.

28 Fev 2020

Taiwan | Sulu Sou pede fim das restrições a estudantes de Macau

O deputado compreende as medidas aplicadas pelo Governo da antiga Formosa, mas diz que as restrições devem ser levantadas tão depressa quanto possível, para que os alunos de Macau em Taiwan não sejam prejudicados

 
[dropcap]C[/dropcap]omo medida de prevenção do coronavírus, o Governo de Taiwan proibiu a entrada de pessoas de Macau, Hong Kong e do Interior na Ilha Formosa. A medida afectou cerca de 1.322 alunos de Macau, que apesar de estudarem em Taiwan se encontravam de férias na RAEM. Ontem, o deputado Sulu Sou apontou a necessidade de as restrições serem levantadas tão depressa quanto possível, para que os interesses dos residentes de Macau sejam protegidos.
“Compreendemos as razões que levaram o Governo de Taiwan a adoptar esta nova política de emigração. Querem proteger a comunidade e a sua população, o que é totalmente compreensível”, começou por ressalvar. “Mas esperamos que o Governo de Taiwan também perceba as preocupações e os sentimentos dos estudantes de Macau, assim como dos pais. Por isso esperamos que levantem as restrições tão depressa quanto possível”, apelou.
No entanto, e apesar da RAEM não registar novos casos de coronavírus há 22 dias, o deputado não acredita que a restrição em Taiwan vá ser levantada em breve. Em causa está o facto de a avaliação da Ilha Formosa sobre a situação não focar apenas Macau, mas também as regiões vizinhas, como Cantão e Hong Kong. “Eles olham para Macau integrado num contexto com as regiões vizinhas e não apenas para Macau de forma isolada”, indicou.
Desde que a medida entrou em vigor em Taiwan, Sulu Sou admitiu ter recebido vários estudantes e pais preocupados, principalmente finalistas. “Recebi muitos estudantes e pais que me pediram ajuda. Também sou formado numa Universidade de Taiwan e tenho alguns conhecimentos que me permitem saber um pouco mais sobre esta situação”, apontou. “Os alunos mais preocupados são os finalistas porque precisam de terminar um estágio antes de se licenciarem. Mas alguns dos estágios têm de ser feitos em Taiwan, por isso esses alunos estão preocupados com o facto de poderem falhar o estágio e não se poderem licenciar até ao final do ano”, explicou.

Ultrapassar obstáculos

Por outro lado, Sulu Sou espera que as universidades de Taiwan tomem medidas para garantir que os estudantes retidos em Macau possam acompanhar as aulas e ser avaliados de uma forma que tenha em conta os obstáculos encontrados.
“A entidade de Taiwan que tutela a educação emitiu instruções para que as universidades disponibilizem aulas pela internet, assim como o conteúdo das matérias leccionadas. A avaliação dos estudantes também tem de ter em conta o tempo em que ficaram afastados das aulas”, explicou Sulu Sou.
O deputado disse, no entanto, ter garantias do Governo de Taiwan de que os estudantes de Macau vão poder entrar em Taiwan para terminar a licenciatura, mesmo que o visto tenha expirado. Nestes casos a entrada é autorizada e o documento é renovado posteriormente.

28 Fev 2020

São Januário | Paciente com alta será isolado novamente 

[dropcap]L[/dropcap]o Iek Long, médico adjunto da direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, disse ontem que o paciente respeitante ao décimo caso por infecção de coronavírus em Macau teve alta ontem, mas terá de ser sujeito a mais dias de quarentena no Centro Clínico de Saúde Pública em Coloane.

Trata-se de um motorista de 56 anos cujos sintomas de infecção tiveram início no passado dia 26 de Janeiro, tendo recorrido aos hospitais a 3 de Fevereiro. Lo Iek Long explicou que é necessário um segundo período de quarentena dadas as notícias de que, na província de Guangdong, houve pacientes cujos testes ao Covid-19 deram positivo uma segunda vez.

“Desde o dia 16 de Fevereiro que os seus testes são negativos, o que corresponde aos critérios para a alta hospitalar. Mas tendo em conta as notícias do Interior da China sobre a possibilidade de ocorrência de testes positivos, e o risco de transmissão na comunidade, vamos submeter [o paciente a nova quarentena].”
Com esta alta, restam apenas dois casos não graves de infecção em Macau com o novo coronavírus oriundo de Wuhan.

28 Fev 2020

São Januário | Paciente com alta será isolado novamente 

[dropcap]L[/dropcap]o Iek Long, médico adjunto da direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, disse ontem que o paciente respeitante ao décimo caso por infecção de coronavírus em Macau teve alta ontem, mas terá de ser sujeito a mais dias de quarentena no Centro Clínico de Saúde Pública em Coloane.
Trata-se de um motorista de 56 anos cujos sintomas de infecção tiveram início no passado dia 26 de Janeiro, tendo recorrido aos hospitais a 3 de Fevereiro. Lo Iek Long explicou que é necessário um segundo período de quarentena dadas as notícias de que, na província de Guangdong, houve pacientes cujos testes ao Covid-19 deram positivo uma segunda vez.
“Desde o dia 16 de Fevereiro que os seus testes são negativos, o que corresponde aos critérios para a alta hospitalar. Mas tendo em conta as notícias do Interior da China sobre a possibilidade de ocorrência de testes positivos, e o risco de transmissão na comunidade, vamos submeter [o paciente a nova quarentena].”
Com esta alta, restam apenas dois casos não graves de infecção em Macau com o novo coronavírus oriundo de Wuhan.

28 Fev 2020

Covid-19 | Estabelecimentos voltam ao activo segunda-feira

Ginásios, bares e cinemas estão entre os estabelecimentos que podem reabrir portas a partir de segunda-feira com algumas limitações. Com agenda incerta continuam as escolas, apesar de terem sido definidos critérios para o regresso às aulas que, no melhor cenário, pode acontecer no fim de Abril

 

[dropcap]É[/dropcap] mais um passo rumo à normalidade em Macau. A partir das 00h00 de segunda-feira, os estabelecimentos encerrados desde o passado dia 5 de Fevereiro, através de um despacho do Chefe do Executivo, vão poder voltar a abrir portas. O levantamento da medida especial foi anunciado ontem por ocasião da conferência de imprensa diária do coronavírus, Covid- 19, e já se encontra publicado em Boletim oficial.

Assim, já a partir de segunda-feira, vão poder regressar à actividade estabelecimentos como cinemas, teatros, salões de jogos, cibercafés, ginásios estabelecimentos de sauna e massagens, Karaokes, bares, discotecas e salões de dança.

“Tendo em conta que nos últimos 23 dias não houve novos casos confirmados e a limitação imposta aos TNR à entrada a Macau (…) decidimos que no dia 2 de Março vamos retomar actividades comerciais e os serviços”, justificou Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde (SS).

No entanto, a reabertura dos estabelecimentos será limitada e terá de ser acompanhada pelo cumprimento de algumas instruções específicas.

“Os estabelecimentos, na sua reabertura, têm de seguir as medidas de prevenção, ou seja, os trabalhadores têm de usar sempre máscara e os clientes também (…), por exemplo nos ginásios e salões de dança. A não ser que seja para se alimentar ou beber água (…) esse tempo deve ser reduzido”, esclareceu Lei Chin Ion.

Os estabelecimentos devem ainda recusar a entrada de pessoas com sintomas de febre e tosse, garantir uma distância de um metro ou mais entre clientes e ainda, reduzir a concentração de pessoas nas suas instalações, sendo sugerido que “recebam só metade da capacidade que costumam ter”. Em alguns estabelecimentos como centros de explicações, vai também ser obrigatório preencher a declaração de saúde e estar sujeito à medição de temperatura à entrada.

Em caso de incumprimento, os estabelecimentos podem mesmo vir a ser encerrados. “O serviço competente vai fazer a inspecção das instalações para ver se as instruções estão a ser cumpridas. Em caso de incumprimento, os estabelecimentos terão de proceder a correcções e, caso não consigam fazê-lo (…), vamos fechar essas instalações”, afirmou o responsável dos serviços de Saúde.

Já sobre a entrada em Macau de indivíduos provenientes da Coreia do Sul, os SS avançaram que chegaram sete pessoas ao território, encontrando-se 6 a fazer quarentena domiciliária e uma em isolamento na Pousada Marina Infante, em Coloane.

Aulas mais perto

Quanto às escolas, apesar de não ter sido anunciada uma data para a sua reabertura, foi admitido pela Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) que os alunos de Macau possam regressar às aulas no final de Abril. No entanto, a decisão está dependente do cumprimento de dois critérios, relacionados com a evolução epidémica das regiões vizinhas.

Ou seja, segundo o director da DSEJ, Lou Pak Sang, a reabertura das escolas em Macau só pode acontecer se as cidades de Zhuhai e Zhongshan já tiverem anunciado a reabertura das suas escolas e se durante 14 dias consecutivos não tiverem sido registados novos casos do Covid- 19 em Macau e na província de Guangdong.

“É possível que tenhamos a oportunidade de recomeçar as actividades lectivas na segunda quinzena de Abril, no entanto, se as condições o permitirem, não se exclui o reinício das aulas antes dessa data”, pode ler-se num comunicado enviado ontem pela DSEJ, após a conferência de imprensa.

De acordo com Leong Iek Hou, coordenadora do núcleo de prevenção e doenças infecciosas, Guangdong não tem novos casos há dois dias e Zhuhai há oito dias.

O Director da DSEJ garantiu ontem também que não vai haver prolongamento do ano lectivo, já que o mês de Agosto não vai ser usado para a compensação das aulas. Lou Pak Sang admite, no entanto, que os fim-de-semana poderão vir a ser usados para esse efeito.

“O consenso de todos é que o mês de Agosto não vai ser utilizado para a compensação das aulas. As aulas acabam acabam a 10 de Julho, mas se a escola tiver condições, pode optar por prolongar as aulas até 30 de Julho ou, por exemplo, decidir que aos sábados e domingos os estudantes também precisam de ir à escola para compensar as aulas”, explicou Leong Iek Hou.

28 Fev 2020

Covid-19 | Estabelecimentos voltam ao activo segunda-feira

Ginásios, bares e cinemas estão entre os estabelecimentos que podem reabrir portas a partir de segunda-feira com algumas limitações. Com agenda incerta continuam as escolas, apesar de terem sido definidos critérios para o regresso às aulas que, no melhor cenário, pode acontecer no fim de Abril

 
[dropcap]É[/dropcap] mais um passo rumo à normalidade em Macau. A partir das 00h00 de segunda-feira, os estabelecimentos encerrados desde o passado dia 5 de Fevereiro, através de um despacho do Chefe do Executivo, vão poder voltar a abrir portas. O levantamento da medida especial foi anunciado ontem por ocasião da conferência de imprensa diária do coronavírus, Covid- 19, e já se encontra publicado em Boletim oficial.
Assim, já a partir de segunda-feira, vão poder regressar à actividade estabelecimentos como cinemas, teatros, salões de jogos, cibercafés, ginásios estabelecimentos de sauna e massagens, Karaokes, bares, discotecas e salões de dança.
“Tendo em conta que nos últimos 23 dias não houve novos casos confirmados e a limitação imposta aos TNR à entrada a Macau (…) decidimos que no dia 2 de Março vamos retomar actividades comerciais e os serviços”, justificou Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde (SS).
No entanto, a reabertura dos estabelecimentos será limitada e terá de ser acompanhada pelo cumprimento de algumas instruções específicas.
“Os estabelecimentos, na sua reabertura, têm de seguir as medidas de prevenção, ou seja, os trabalhadores têm de usar sempre máscara e os clientes também (…), por exemplo nos ginásios e salões de dança. A não ser que seja para se alimentar ou beber água (…) esse tempo deve ser reduzido”, esclareceu Lei Chin Ion.
Os estabelecimentos devem ainda recusar a entrada de pessoas com sintomas de febre e tosse, garantir uma distância de um metro ou mais entre clientes e ainda, reduzir a concentração de pessoas nas suas instalações, sendo sugerido que “recebam só metade da capacidade que costumam ter”. Em alguns estabelecimentos como centros de explicações, vai também ser obrigatório preencher a declaração de saúde e estar sujeito à medição de temperatura à entrada.
Em caso de incumprimento, os estabelecimentos podem mesmo vir a ser encerrados. “O serviço competente vai fazer a inspecção das instalações para ver se as instruções estão a ser cumpridas. Em caso de incumprimento, os estabelecimentos terão de proceder a correcções e, caso não consigam fazê-lo (…), vamos fechar essas instalações”, afirmou o responsável dos serviços de Saúde.
Já sobre a entrada em Macau de indivíduos provenientes da Coreia do Sul, os SS avançaram que chegaram sete pessoas ao território, encontrando-se 6 a fazer quarentena domiciliária e uma em isolamento na Pousada Marina Infante, em Coloane.

Aulas mais perto

Quanto às escolas, apesar de não ter sido anunciada uma data para a sua reabertura, foi admitido pela Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) que os alunos de Macau possam regressar às aulas no final de Abril. No entanto, a decisão está dependente do cumprimento de dois critérios, relacionados com a evolução epidémica das regiões vizinhas.
Ou seja, segundo o director da DSEJ, Lou Pak Sang, a reabertura das escolas em Macau só pode acontecer se as cidades de Zhuhai e Zhongshan já tiverem anunciado a reabertura das suas escolas e se durante 14 dias consecutivos não tiverem sido registados novos casos do Covid- 19 em Macau e na província de Guangdong.
“É possível que tenhamos a oportunidade de recomeçar as actividades lectivas na segunda quinzena de Abril, no entanto, se as condições o permitirem, não se exclui o reinício das aulas antes dessa data”, pode ler-se num comunicado enviado ontem pela DSEJ, após a conferência de imprensa.
De acordo com Leong Iek Hou, coordenadora do núcleo de prevenção e doenças infecciosas, Guangdong não tem novos casos há dois dias e Zhuhai há oito dias.
O Director da DSEJ garantiu ontem também que não vai haver prolongamento do ano lectivo, já que o mês de Agosto não vai ser usado para a compensação das aulas. Lou Pak Sang admite, no entanto, que os fim-de-semana poderão vir a ser usados para esse efeito.
“O consenso de todos é que o mês de Agosto não vai ser utilizado para a compensação das aulas. As aulas acabam acabam a 10 de Julho, mas se a escola tiver condições, pode optar por prolongar as aulas até 30 de Julho ou, por exemplo, decidir que aos sábados e domingos os estudantes também precisam de ir à escola para compensar as aulas”, explicou Leong Iek Hou.

28 Fev 2020

IPM | Alunos de Cabo Verde acusam instituto de restrições à liberdade de movimentos 

Alunos do Instituto Politécnico de Macau, naturais de Cabo Verde, relatam ao HM estar a viver uma “enorme pressão psicológica” devido às medidas de combate ao novo coronavírus. Os estudantes falam de restrição da liberdade de movimentos, com controlo excessivo de entradas e saídas da residência onde vivem, além do excesso de trabalhos marcados pelos professores. A situação é confirmada pelo jurista António Katchi, que fala de atropelos à lei, mas o IPM nega tudo

 

[dropcap]O[/dropcap] relato é feito no anonimato, por e-mail, por não quererem sofrer ainda mais represálias. Alunos naturais de Cabo Verde a estudar no Instituto Politécnico de Macau (IPM) confessam ao HM estar a passar por momentos complicados devido às medidas de quarentena impostas para combater o novo coronavírus, de nome Covid-19. Em causa estão grandes restrições à liberdade de movimentos e um excesso de trabalho académico.

“Temos passado por um período bastante difícil, quer no plano académico (com o estudo quase inteiramente auto-didacta e uma sobrecarga de trabalhos para casa, tudo isto agravado, no caso de alguns alunos, pela falta de computador), quer no plano pessoal, com a privação quase completa do exercício da liberdade de circulação”, começam por dizer.

No que diz respeito ao excesso de trabalho, os alunos falam do facto de os professores terem colocado, na plataforma online, “um volume de matérias e trabalhos que não se registaria numa situação ‘normal’”. “A pressão psicológica é enorme, pois o prazo estipulado para a entrega dos trabalhos é muito curto. Houve casos em que os alunos, por não terem computadores, dirigiram-se à cantina da escola para fazer os trabalhos, mas, ao regressarem às respectivas residências, foi-lhes barrada a entrada, pois tinham ultrapassado o limite do prazo estipulado [para a saída], que é de 30 minutos”, explicam ainda.

Assegurando que não estão a receber qualquer acompanhamento psicológico por parte do IPM, os alunos falam de restrições à liberdade de circulação, acusando a instituição de ensino superior de estar a levar a cabo “uma ilegalidade completa”.

Compras online

No email enviado ao HM, foram enviadas cópias das mensagens de Wechat aos alunos com as regras a cumprir no que diz respeito à sua circulação. Foi dito aos alunos que estes não poderiam deixar as suas residências e que teriam de fazer compras online. “Foi-nos recomendado um website para fazer as compras, mas os preços dos produtos não estão de acordo com a nossa realidade financeira. Quando questionámos, foi-nos feito outro aviso que dizia que esse website era apenas uma sugestão”, relatam os alunos.

Para poderem sair, estes alunos referem que têm de pedir autorização junto das governantas das residências. “Temos de especificar onde pretendemos ir e o que iremos fazer. De imediato as governantes têm de pedir a aprovação do IPM, e se considerarem que o motivo da saída não é importante, o pedido é indeferido. Caso contrário autorizam a nossa saída”, relatam.

Mas a burocracia não se fica por aqui. Quando vêm a saída autorizada, os alunos dizem ter de preencher um formulário com o nome, número do quarto, número de telefone, motivo da saída, horas de partida e de chegada. Caso haja atrasos, os alunos são alvo de discriminação, apontam.

“Ultrapassado o limite estipulado somos praticamente humilhados, pois obrigam-nos a escrever um relatório onde declaramos os motivos do atraso. Temos de prometer que a situação não voltará a acontecer pois, caso contrário, seremos punidos (com a ameaçada da redução do subsídio ou até mesmo expulsão do território).”

Neste sentido, os alunos questionam se o IPM “se preocupa verdadeiramente com o bem-estar dos alunos”. “Estamos emocionalmente abalados, o sentimento de falta de humanidade é notório. A instituição que nos acolheu num momento tão delicado como este mostrou-se indiferente”, confessam os alunos, que dizem não estar a receber apoio dos professores.

“Temos pedido apoio a alguns professores, para que possam intervir junto da direcção do IPM para amenizar a situação, mas o Feedback não tem sido positivo”, descrevem.

Ilegalidades em causa?

Ao descreverem os dias de quarentena no IPM, os alunos defendem que a instituição de ensino superior não está a cumprir a lei. “No domínio do direito administrativo, há actos administrativos nulos por ofensa ao conteúdo essencial da liberdade de circulação, já que não assentam em qualquer base legal que legitime a privação do exercício desse direito. Isto porque nós não estamos legalmente sujeitos a quarentena e, por isso, a maioria dos estudantes regressaram ao país de origem.”

O HM questionou o IPM sobre o número de estudantes que regressaram a Cabo Verde. Mais de 50 por cento já o fizeram, responde a instituição de ensino. “Os alunos que permanecem nas residências de estudantes manifestaram vontade de esperar pelo regresso oficial às aulas e estão a ter aulas online. Relativamente aos que regressaram para Cabo Verde manifestaram que preferem ter aulas online em Cabo Verde”, é ainda dito.

São também rejeitadas as acusações de falta de apoio psicológico. “O IPM disponibiliza apoio aos alunos cabo-verdianos que permanecem nas residências, incluindo o tutor de turma, apoio psicológico, encarregado de residência e ensino electrónico.”

Os alunos falam ainda de ilegalidades cometidas com as regras impostas. “Pode considerar-se haver um crime de coacção. O facto de termos a ‘opção’ para sair de Macau pode excluir o crime de sequestro, mas não necessariamente o crime de coacção. A ‘opção’ de sair de Macau só o é para aqueles que conseguem arranjar dinheiro em tão curto prazo, o que revela logo o carácter discriminatório da dita ‘opção’”, apontam.

Além disso, “para quem não tenha condições de fazer essa opção, a ameaça de ser irradiado do curso, no caso de não acatar as proibições de saída do dormitório pode ser considerada como uma ‘ameaça com mal importante’”.

António Katchi, jurista e professor do IPM, tem conhecimento da situação acima descrita através de relatos de alunos, mas diz comentar o caso apenas a título pessoal. “Considero a situação verosímil porque vários alunos a relataram em termos semelhantes. Depois, vários alunos têm feito a difícil opção de regressar temporariamente a Cabo Verde.”

Katchi disse ainda saber que professores do IPM, “seguindo as vias internas normais, diligenciaram junto dos sucessivos escalões hierárquicos com vista à correcção desta situação logo que dela foram informados pelos alunos”.

Em termos jurídicos, o professor universitário diz concordar com os argumentos apresentados pelos alunos. “Não conheço qualquer base legal para os actos administrativos relatados, nomeadamente porque os destinatários desses actos não estão legalmente sujeitos a quarenta, ao abrigo da Lei de prevenção, controlo e tratamento de doenças transmissíveis”.

À luz desse diploma, o jurista aponta para o facto de os estudantes em causa não estarem infectados nem existir qualquer suspeita de infecção. “Aqueles estudantes não são, nem foram considerados por nenhuma autoridade sanitária, como um grupo específico de risco de contágio. Estão sujeitos a um risco normal, como a população em geral, pelo que o seu isolamento, ainda que parcial, não se justificaria mais que o do resto da população. Por conseguinte, isolá-los apenas a eles constitui uma clamorosa discriminação.”

Katchi destaca ainda outro ponto que comprova a ilegalidade desta decisão. “Tanto quanto se saiba, o Chefe do Executivo não emitiu esta ordem, e se o tivesse feito ela tinha de ser do conhecimento público. [Nesse sentido], os órgãos dirigentes do IPM não teriam competência para tomar essa decisão do lugar do Chefe do Executivo”, explicou.

Para o professor universitário, “dada a situação aflitiva em que se encontram os estudantes em questão, os Governos dos respectivos países deveriam ter promovido o repatriamento temporário daqueles que o desejassem, por forma a poupar às suas famílias um enorme sacrifício financeiro e evitar que os estudantes mais pobres ficassem para trás”.

Do outro lado

Confrontada com estas acusações, a direcção do IPM negou ter colocado entraves à circulação dos alunos. “O IPM não colocou nenhuma limitação à entrada e saída dos alunos residentes. O registo destes alunos pelo encarregado de residência, feito antes das saídas, tem apenas o objectivo de aperfeiçoar os trabalhos de prevenção à epidemia e garantir a segurança e saúde dos alunos”, lê-se na resposta enviada por e-mail.

O IPM assegura que não houve quaisquer punições aplicadas aos alunos por terem ultrapassado os prazos de saída das residências, mas alerta para o facto de aqueles que vivem nas residências “deverem permanecer [nelas] durante a suspensão de aulas e evitar sair às ruas, evitando locais com concentração de pessoas quando não for necessário”.

Na resposta, o IPM assume “continuar a observar e ajustar, em devido tempo, as medidas relativas à gestão das residências, devido à evolução da epidemia, para que os alunos residentes possam voltar, gradualmente, à vida académica normal”.

O HM voltou a confrontar os alunos com esta posição do IPM, mas estes dizem não estar surpreendidos com a posição demonstrada. “A situação que relatámos foi vivida e sentida por todos”, rematam. De frisar que este caso foi denunciado pelo deputado José Pereira Coutinho numa entrevista à TDM. Ao HM, o deputado lamenta a resposta vaga do estabelecimento de ensino.

“É este registo de entradas e saídas que está a ser objecto de contestação por parte dos alunos. Nesta resposta, e dada a gravidade da situação, o IPM não nega a existência desse controlo nem se dispõe a averiguar o que é relatado, a resposta nada diz. Lamento que tente encobrir os procedimentos e espero que não se repitam no futuro”, concluiu o deputado.

28 Fev 2020

IPM | Alunos de Cabo Verde acusam instituto de restrições à liberdade de movimentos 

Alunos do Instituto Politécnico de Macau, naturais de Cabo Verde, relatam ao HM estar a viver uma “enorme pressão psicológica” devido às medidas de combate ao novo coronavírus. Os estudantes falam de restrição da liberdade de movimentos, com controlo excessivo de entradas e saídas da residência onde vivem, além do excesso de trabalhos marcados pelos professores. A situação é confirmada pelo jurista António Katchi, que fala de atropelos à lei, mas o IPM nega tudo

 
[dropcap]O[/dropcap] relato é feito no anonimato, por e-mail, por não quererem sofrer ainda mais represálias. Alunos naturais de Cabo Verde a estudar no Instituto Politécnico de Macau (IPM) confessam ao HM estar a passar por momentos complicados devido às medidas de quarentena impostas para combater o novo coronavírus, de nome Covid-19. Em causa estão grandes restrições à liberdade de movimentos e um excesso de trabalho académico.
“Temos passado por um período bastante difícil, quer no plano académico (com o estudo quase inteiramente auto-didacta e uma sobrecarga de trabalhos para casa, tudo isto agravado, no caso de alguns alunos, pela falta de computador), quer no plano pessoal, com a privação quase completa do exercício da liberdade de circulação”, começam por dizer.
No que diz respeito ao excesso de trabalho, os alunos falam do facto de os professores terem colocado, na plataforma online, “um volume de matérias e trabalhos que não se registaria numa situação ‘normal’”. “A pressão psicológica é enorme, pois o prazo estipulado para a entrega dos trabalhos é muito curto. Houve casos em que os alunos, por não terem computadores, dirigiram-se à cantina da escola para fazer os trabalhos, mas, ao regressarem às respectivas residências, foi-lhes barrada a entrada, pois tinham ultrapassado o limite do prazo estipulado [para a saída], que é de 30 minutos”, explicam ainda.
Assegurando que não estão a receber qualquer acompanhamento psicológico por parte do IPM, os alunos falam de restrições à liberdade de circulação, acusando a instituição de ensino superior de estar a levar a cabo “uma ilegalidade completa”.

Compras online

No email enviado ao HM, foram enviadas cópias das mensagens de Wechat aos alunos com as regras a cumprir no que diz respeito à sua circulação. Foi dito aos alunos que estes não poderiam deixar as suas residências e que teriam de fazer compras online. “Foi-nos recomendado um website para fazer as compras, mas os preços dos produtos não estão de acordo com a nossa realidade financeira. Quando questionámos, foi-nos feito outro aviso que dizia que esse website era apenas uma sugestão”, relatam os alunos.
Para poderem sair, estes alunos referem que têm de pedir autorização junto das governantas das residências. “Temos de especificar onde pretendemos ir e o que iremos fazer. De imediato as governantes têm de pedir a aprovação do IPM, e se considerarem que o motivo da saída não é importante, o pedido é indeferido. Caso contrário autorizam a nossa saída”, relatam.
Mas a burocracia não se fica por aqui. Quando vêm a saída autorizada, os alunos dizem ter de preencher um formulário com o nome, número do quarto, número de telefone, motivo da saída, horas de partida e de chegada. Caso haja atrasos, os alunos são alvo de discriminação, apontam.
“Ultrapassado o limite estipulado somos praticamente humilhados, pois obrigam-nos a escrever um relatório onde declaramos os motivos do atraso. Temos de prometer que a situação não voltará a acontecer pois, caso contrário, seremos punidos (com a ameaçada da redução do subsídio ou até mesmo expulsão do território).”
Neste sentido, os alunos questionam se o IPM “se preocupa verdadeiramente com o bem-estar dos alunos”. “Estamos emocionalmente abalados, o sentimento de falta de humanidade é notório. A instituição que nos acolheu num momento tão delicado como este mostrou-se indiferente”, confessam os alunos, que dizem não estar a receber apoio dos professores.
“Temos pedido apoio a alguns professores, para que possam intervir junto da direcção do IPM para amenizar a situação, mas o Feedback não tem sido positivo”, descrevem.

Ilegalidades em causa?

Ao descreverem os dias de quarentena no IPM, os alunos defendem que a instituição de ensino superior não está a cumprir a lei. “No domínio do direito administrativo, há actos administrativos nulos por ofensa ao conteúdo essencial da liberdade de circulação, já que não assentam em qualquer base legal que legitime a privação do exercício desse direito. Isto porque nós não estamos legalmente sujeitos a quarentena e, por isso, a maioria dos estudantes regressaram ao país de origem.”
O HM questionou o IPM sobre o número de estudantes que regressaram a Cabo Verde. Mais de 50 por cento já o fizeram, responde a instituição de ensino. “Os alunos que permanecem nas residências de estudantes manifestaram vontade de esperar pelo regresso oficial às aulas e estão a ter aulas online. Relativamente aos que regressaram para Cabo Verde manifestaram que preferem ter aulas online em Cabo Verde”, é ainda dito.
São também rejeitadas as acusações de falta de apoio psicológico. “O IPM disponibiliza apoio aos alunos cabo-verdianos que permanecem nas residências, incluindo o tutor de turma, apoio psicológico, encarregado de residência e ensino electrónico.”
Os alunos falam ainda de ilegalidades cometidas com as regras impostas. “Pode considerar-se haver um crime de coacção. O facto de termos a ‘opção’ para sair de Macau pode excluir o crime de sequestro, mas não necessariamente o crime de coacção. A ‘opção’ de sair de Macau só o é para aqueles que conseguem arranjar dinheiro em tão curto prazo, o que revela logo o carácter discriminatório da dita ‘opção’”, apontam.
Além disso, “para quem não tenha condições de fazer essa opção, a ameaça de ser irradiado do curso, no caso de não acatar as proibições de saída do dormitório pode ser considerada como uma ‘ameaça com mal importante’”.
António Katchi, jurista e professor do IPM, tem conhecimento da situação acima descrita através de relatos de alunos, mas diz comentar o caso apenas a título pessoal. “Considero a situação verosímil porque vários alunos a relataram em termos semelhantes. Depois, vários alunos têm feito a difícil opção de regressar temporariamente a Cabo Verde.”
Katchi disse ainda saber que professores do IPM, “seguindo as vias internas normais, diligenciaram junto dos sucessivos escalões hierárquicos com vista à correcção desta situação logo que dela foram informados pelos alunos”.
Em termos jurídicos, o professor universitário diz concordar com os argumentos apresentados pelos alunos. “Não conheço qualquer base legal para os actos administrativos relatados, nomeadamente porque os destinatários desses actos não estão legalmente sujeitos a quarenta, ao abrigo da Lei de prevenção, controlo e tratamento de doenças transmissíveis”.
À luz desse diploma, o jurista aponta para o facto de os estudantes em causa não estarem infectados nem existir qualquer suspeita de infecção. “Aqueles estudantes não são, nem foram considerados por nenhuma autoridade sanitária, como um grupo específico de risco de contágio. Estão sujeitos a um risco normal, como a população em geral, pelo que o seu isolamento, ainda que parcial, não se justificaria mais que o do resto da população. Por conseguinte, isolá-los apenas a eles constitui uma clamorosa discriminação.”
Katchi destaca ainda outro ponto que comprova a ilegalidade desta decisão. “Tanto quanto se saiba, o Chefe do Executivo não emitiu esta ordem, e se o tivesse feito ela tinha de ser do conhecimento público. [Nesse sentido], os órgãos dirigentes do IPM não teriam competência para tomar essa decisão do lugar do Chefe do Executivo”, explicou.
Para o professor universitário, “dada a situação aflitiva em que se encontram os estudantes em questão, os Governos dos respectivos países deveriam ter promovido o repatriamento temporário daqueles que o desejassem, por forma a poupar às suas famílias um enorme sacrifício financeiro e evitar que os estudantes mais pobres ficassem para trás”.

Do outro lado

Confrontada com estas acusações, a direcção do IPM negou ter colocado entraves à circulação dos alunos. “O IPM não colocou nenhuma limitação à entrada e saída dos alunos residentes. O registo destes alunos pelo encarregado de residência, feito antes das saídas, tem apenas o objectivo de aperfeiçoar os trabalhos de prevenção à epidemia e garantir a segurança e saúde dos alunos”, lê-se na resposta enviada por e-mail.
O IPM assegura que não houve quaisquer punições aplicadas aos alunos por terem ultrapassado os prazos de saída das residências, mas alerta para o facto de aqueles que vivem nas residências “deverem permanecer [nelas] durante a suspensão de aulas e evitar sair às ruas, evitando locais com concentração de pessoas quando não for necessário”.
Na resposta, o IPM assume “continuar a observar e ajustar, em devido tempo, as medidas relativas à gestão das residências, devido à evolução da epidemia, para que os alunos residentes possam voltar, gradualmente, à vida académica normal”.
O HM voltou a confrontar os alunos com esta posição do IPM, mas estes dizem não estar surpreendidos com a posição demonstrada. “A situação que relatámos foi vivida e sentida por todos”, rematam. De frisar que este caso foi denunciado pelo deputado José Pereira Coutinho numa entrevista à TDM. Ao HM, o deputado lamenta a resposta vaga do estabelecimento de ensino.
“É este registo de entradas e saídas que está a ser objecto de contestação por parte dos alunos. Nesta resposta, e dada a gravidade da situação, o IPM não nega a existência desse controlo nem se dispõe a averiguar o que é relatado, a resposta nada diz. Lamento que tente encobrir os procedimentos e espero que não se repitam no futuro”, concluiu o deputado.

28 Fev 2020

Covid-19 | Estadia em Portugal de pessoas que vêm de áreas afectadas sem restrições, diz DGS

[dropcap]A[/dropcap] Direcção-Geral da Saúde (DGS) informou hoje que não existem restrições à estadia em Portugal de crianças, jovens e adultos que regressem de uma área de transmissão activa do novo coronavírus (Covid-19), mas faz recomendações.

Numa nota publicada na sua página da Internet, a DGS sublinha que não há restrições para quem regresse de área com transmissão comunitária ativa do novo coronavírus como o Norte de Itália, China, Coreia do Sul, Singapura, Japão ou Irão.

No entanto, a DGS aconselha que durante 14 dias essas pessoas estejam atentas ao aparecimento de febre, tosse ou dificuldade respiratória, devendo medir a temperatura corporal duas vezes por dia e registar os valores.

Aconselha também a verificarem se alguma das pessoas com quem convivem de perto, desenvolvem sintomas (febre, tosse ou dificuldade respiratória) e caso apareça algum dos sintomas referidos (no próprio ou nos seus conviventes), não devem deslocar-se de imediato aos serviços de saúde.

A DGS recomenda também as pessoas a ligarem para o número da Linha Saúde 24 (800 24 24 24) e a seguir as orientações indicadas.

“Lavar frequentemente as mãos, com água e sabão, esfregando-as bem durante pelo menos 20 segundos e reforçar a lavagem das mãos antes e após a preparação de alimentos ou as refeições, após o uso da casa de banho e sempre que as mãos estejam sujas”, são outras recomendações da DGS.

As pessoas devem também, segundo a DGS, usar em alternativa, para higiene das mãos, uma solução à base de álcool, usar lenços de papel (de utilização única) para se assoar, deitar os lenços usados num caixote do lixo e lavar as mãos de seguida e tossir ou espirrar para o braço com o cotovelo fletido, e não para as mãos.

A DGS recomenda ainda evitar tocar nos olhos, no nariz e na boca com as mãos sujas ou contaminadas com secreções respiratórias, permanecer em locais fechados e muito frequentados nos 14 dias após o regresso e evitar o contacto físico com outras pessoas.

O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de 2.800 mortos e mais de 82 mil pessoas infectadas, de acordo com dados reportados por 48 países e territórios. Das pessoas infectadas, mais de 33 mil recuperaram.

27 Fev 2020

Covid-19 | Estadia em Portugal de pessoas que vêm de áreas afectadas sem restrições, diz DGS

[dropcap]A[/dropcap] Direcção-Geral da Saúde (DGS) informou hoje que não existem restrições à estadia em Portugal de crianças, jovens e adultos que regressem de uma área de transmissão activa do novo coronavírus (Covid-19), mas faz recomendações.
Numa nota publicada na sua página da Internet, a DGS sublinha que não há restrições para quem regresse de área com transmissão comunitária ativa do novo coronavírus como o Norte de Itália, China, Coreia do Sul, Singapura, Japão ou Irão.
No entanto, a DGS aconselha que durante 14 dias essas pessoas estejam atentas ao aparecimento de febre, tosse ou dificuldade respiratória, devendo medir a temperatura corporal duas vezes por dia e registar os valores.
Aconselha também a verificarem se alguma das pessoas com quem convivem de perto, desenvolvem sintomas (febre, tosse ou dificuldade respiratória) e caso apareça algum dos sintomas referidos (no próprio ou nos seus conviventes), não devem deslocar-se de imediato aos serviços de saúde.
A DGS recomenda também as pessoas a ligarem para o número da Linha Saúde 24 (800 24 24 24) e a seguir as orientações indicadas.
“Lavar frequentemente as mãos, com água e sabão, esfregando-as bem durante pelo menos 20 segundos e reforçar a lavagem das mãos antes e após a preparação de alimentos ou as refeições, após o uso da casa de banho e sempre que as mãos estejam sujas”, são outras recomendações da DGS.
As pessoas devem também, segundo a DGS, usar em alternativa, para higiene das mãos, uma solução à base de álcool, usar lenços de papel (de utilização única) para se assoar, deitar os lenços usados num caixote do lixo e lavar as mãos de seguida e tossir ou espirrar para o braço com o cotovelo fletido, e não para as mãos.
A DGS recomenda ainda evitar tocar nos olhos, no nariz e na boca com as mãos sujas ou contaminadas com secreções respiratórias, permanecer em locais fechados e muito frequentados nos 14 dias após o regresso e evitar o contacto físico com outras pessoas.
O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de 2.800 mortos e mais de 82 mil pessoas infectadas, de acordo com dados reportados por 48 países e territórios. Das pessoas infectadas, mais de 33 mil recuperaram.

27 Fev 2020

Covid-19 | Dinamarca regista primeiro caso, homem regressara do norte de Itália

[dropcap]A[/dropcap] Dinamarca anunciou hoje o primeiro caso de contaminação com o novo coronavírus, um homem que regressou do norte da Itália, um caso que as autoridades dizem não ser grave.

“O homem voltou de umas férias de esqui na Lombardia com sua mulher e filho na segunda-feira, 24 de fevereiro, [e] sofreu desde então de tosse e febre (…). O homem foi testado positivo, mas os resultados dos testes da mulher e filho são negativos”, informou a agência de saúde pública dinamarquesa em comunicado.

O indivíduo voltou para casa, onde está confinado com a família, mantendo contacto diário com um hospital em Roskilde, a leste de Copenhague. Segundo a televisão pública TV2, trata-se de um dos seus funcionários.

As autoridades de saúde do país, que atualmente não planeiam controlar os viajantes que entram no país, disseram na terça-feira que “a probabilidade de casos importados para a Dinamarca aumentou (…), mas que o risco de infeção [devia] ainda assim ser considerado baixo”.

As autoridades apelaram às pessoas que regressem da China, de partes da Itália (Emília-Romanha, Lombardia, Piemonte e Vêneto), Irão, Coreia do Sul, Japão, Hong Kong e Singapura, e apresentem sintomas do vírus, a entrarem em contacto com o centro de saúde, de forma a ser garantido o seu reencaminhamento para um serviço que providencie o teste e respetivo tratamento.

Seis hospitais no país de 5,8 milhões de habitantes foram designados pelas autoridades de saúde como susceptíveis de acomodar pessoas infectadas pelo vírus. O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de 2.800 mortos e mais de 82 mil pessoas infectadas, de acordo com dados de 48 países e territórios. Das pessoas infectadas, mais de 33 mil recuperaram.

27 Fev 2020

Covid-19 | Dinamarca regista primeiro caso, homem regressara do norte de Itália

[dropcap]A[/dropcap] Dinamarca anunciou hoje o primeiro caso de contaminação com o novo coronavírus, um homem que regressou do norte da Itália, um caso que as autoridades dizem não ser grave.
“O homem voltou de umas férias de esqui na Lombardia com sua mulher e filho na segunda-feira, 24 de fevereiro, [e] sofreu desde então de tosse e febre (…). O homem foi testado positivo, mas os resultados dos testes da mulher e filho são negativos”, informou a agência de saúde pública dinamarquesa em comunicado.
O indivíduo voltou para casa, onde está confinado com a família, mantendo contacto diário com um hospital em Roskilde, a leste de Copenhague. Segundo a televisão pública TV2, trata-se de um dos seus funcionários.
As autoridades de saúde do país, que atualmente não planeiam controlar os viajantes que entram no país, disseram na terça-feira que “a probabilidade de casos importados para a Dinamarca aumentou (…), mas que o risco de infeção [devia] ainda assim ser considerado baixo”.
As autoridades apelaram às pessoas que regressem da China, de partes da Itália (Emília-Romanha, Lombardia, Piemonte e Vêneto), Irão, Coreia do Sul, Japão, Hong Kong e Singapura, e apresentem sintomas do vírus, a entrarem em contacto com o centro de saúde, de forma a ser garantido o seu reencaminhamento para um serviço que providencie o teste e respetivo tratamento.
Seis hospitais no país de 5,8 milhões de habitantes foram designados pelas autoridades de saúde como susceptíveis de acomodar pessoas infectadas pelo vírus. O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de 2.800 mortos e mais de 82 mil pessoas infectadas, de acordo com dados de 48 países e territórios. Das pessoas infectadas, mais de 33 mil recuperaram.

27 Fev 2020

Covid-19 | China espera ter epidemia sob controlo no final de Abril

[dropcap]A[/dropcap] China espera ter o surto do cornavírus Covid-19 sob controlo no final de Abril, disse hoje o chefe da equipa de médicos especialistas da Comissão Nacional de Saúde da China, o pneumologista Zhong Nanshan. “A China está confiante de que vai controlar o surto, em termos gerais, até ao final de Abril”, disse Zhong, numa conferência de imprensa, em Cantão, a capital da província de Guangdong.

O médico garantiu que, “embora tenha havido um grande surto em Wuhan, a doença não se espalhou de forma maciça em outras cidades”.

O especialista em doenças respiratórias disse que o número de casos na China começou a diminuir após 15 de Fevereiro “devido à forte intervenção do Estado” e aos “cancelamentos de viagens após as férias do Ano Novo Lunar”, entre 24 e 30 de Janeiro, mas que foram prolongadas para evitar a propagação da doença.

Segundo os dados atualizados pela Comissão Nacional de Saúde da China, até à meia-noite de hoje, a China somava um total de 2.744 mortos e 78.497 casos confirmados.

Entre os casos confirmados, 43.258 ainda estão ativos e 8.346 encontram-se em estado grave. Mais de 32.400 pessoas já receberam alta após superarem a doença.

Zhong disse que as previsões de alguns especialistas estrangeiros, que estimaram que o número de casos na China ia atingir os 160.000, “não tiveram em conta a intervenção do Governo chinês”.

“A nossa equipa previu que o número de pacientes atingisse cerca de 70.000. Apresentamos esses números a uma publicação internacional, mas não foi aceite”, afirmou.

Zhong disse que a China deve agora “cooperar e partilhar a sua experiência com outros países”, face ao rápido aumento de casos na Coreia do Sul, Itália ou Irão.

O epidemiologista disse ainda que, embora a epidemia tenha começado no país asiático, o primeiro caso de coronavírus pode não ter ocorrido na China.

“Quando fizemos as nossas primeiras previsões, pensamos apenas na China e não em outros países. Mas vemos que surtos estão a ocorrer em outros países. Embora o surto tenha começado na China, isto não significa necessariamente que a China seja a fonte da doença”, disse.

As autoridades de saúde chinesas colocaram sob observação 652.000 pessoas, após terem tido contacto próximo com os infectados. Mais de 71.000 ainda estão a ser acompanhados.

Na província de Hubei, o epicentro da epidemia, que acumula 84% dos casos e 96% das mortes, o número de novos casos ascendeu hoje a 409, ao mesmo tempo que morreram 26 pessoas, a maioria em Wuhan, capital da província.

Embora mais de trinta países tenham casos diagnosticados com Covid-19, a China soma 95% dos casos de infeção pelo novo coronavírus a nível mundial.

O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de 2.800 mortos e mais de 82 mil pessoas infectadas, de acordo com dados de 48 países e territórios. Das pessoas infectadas, mais de 33 mil recuperaram.

Além de 2.744 mortos na China, onde o surto começou no final do ano passado, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.

A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública de âmbito internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão nos últimos dias.

27 Fev 2020

Covid-19 | China espera ter epidemia sob controlo no final de Abril

[dropcap]A[/dropcap] China espera ter o surto do cornavírus Covid-19 sob controlo no final de Abril, disse hoje o chefe da equipa de médicos especialistas da Comissão Nacional de Saúde da China, o pneumologista Zhong Nanshan. “A China está confiante de que vai controlar o surto, em termos gerais, até ao final de Abril”, disse Zhong, numa conferência de imprensa, em Cantão, a capital da província de Guangdong.
O médico garantiu que, “embora tenha havido um grande surto em Wuhan, a doença não se espalhou de forma maciça em outras cidades”.
O especialista em doenças respiratórias disse que o número de casos na China começou a diminuir após 15 de Fevereiro “devido à forte intervenção do Estado” e aos “cancelamentos de viagens após as férias do Ano Novo Lunar”, entre 24 e 30 de Janeiro, mas que foram prolongadas para evitar a propagação da doença.
Segundo os dados atualizados pela Comissão Nacional de Saúde da China, até à meia-noite de hoje, a China somava um total de 2.744 mortos e 78.497 casos confirmados.
Entre os casos confirmados, 43.258 ainda estão ativos e 8.346 encontram-se em estado grave. Mais de 32.400 pessoas já receberam alta após superarem a doença.
Zhong disse que as previsões de alguns especialistas estrangeiros, que estimaram que o número de casos na China ia atingir os 160.000, “não tiveram em conta a intervenção do Governo chinês”.
“A nossa equipa previu que o número de pacientes atingisse cerca de 70.000. Apresentamos esses números a uma publicação internacional, mas não foi aceite”, afirmou.
Zhong disse que a China deve agora “cooperar e partilhar a sua experiência com outros países”, face ao rápido aumento de casos na Coreia do Sul, Itália ou Irão.
O epidemiologista disse ainda que, embora a epidemia tenha começado no país asiático, o primeiro caso de coronavírus pode não ter ocorrido na China.
“Quando fizemos as nossas primeiras previsões, pensamos apenas na China e não em outros países. Mas vemos que surtos estão a ocorrer em outros países. Embora o surto tenha começado na China, isto não significa necessariamente que a China seja a fonte da doença”, disse.
As autoridades de saúde chinesas colocaram sob observação 652.000 pessoas, após terem tido contacto próximo com os infectados. Mais de 71.000 ainda estão a ser acompanhados.
Na província de Hubei, o epicentro da epidemia, que acumula 84% dos casos e 96% das mortes, o número de novos casos ascendeu hoje a 409, ao mesmo tempo que morreram 26 pessoas, a maioria em Wuhan, capital da província.
Embora mais de trinta países tenham casos diagnosticados com Covid-19, a China soma 95% dos casos de infeção pelo novo coronavírus a nível mundial.
O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de 2.800 mortos e mais de 82 mil pessoas infectadas, de acordo com dados de 48 países e territórios. Das pessoas infectadas, mais de 33 mil recuperaram.
Além de 2.744 mortos na China, onde o surto começou no final do ano passado, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.
A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública de âmbito internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão nos últimos dias.

27 Fev 2020

Covid-19 | Governo de Hong Kong vai dar 10 mil dólares de HK a cada residente permanente

[dropcap]H[/dropcap]ong Kong anunciou ontem medidas de 120 mil milhões de dólares de Hong Kong para recuperar a economia afetada pelos protestos antigovernamentais e pelo coronavírus Covid-19. Na apresentação do orçamento para 2020/2021, no parlamento, o secretário para as Finanças indicou que o Governo de Hong Kong vai distribuir uma ajuda financeira de dez mil dólares de Hong Kong a todos os adultos residentes permanentes da cidade, que regista dois mortos e 85 pessoas infectadas com o novo coronavírus.
Paul Chan explicou aos deputados que este orçamento pretende “apoiar empresas, salvaguardar empregos, estimular a economia e aliviar o fardo das pessoas”.
O mesmo governante estimou um défice recorde para o próximo ano e expressou a convicção de que “apenas com este orçamento será possível ajudar a comunidade e empresas locais a superar as dificuldades”.
Chan assinalou que 2019 “foi um ano inquietante, repleto de obstáculos e inesquecível para todo o povo de Hong Kong”, muito por causa dos protestos antigovernamentais que tiveram um forte impacto na economia desde junho.
“Antes que pudéssemos resolver as coisas, houve um surto inesperado da nova doença do coronavírus”, argumentou.
Por outro lado, o responsável salientou que “prevenir e combater a epidemia, bem como empregar recursos para aliviar a pressão sobre as empresas e o público em geral, são (…) a principal prioridade”, algo que já se traduziu na passada semana com o anúncio de um “fundo anti-epidemia” de 30 mil milhões de dólares de Hong Kong (3,5 mil milhões de euros) “para aliviar o fardo sobre essas indústrias e funcionários, diante da tempestade”.
Na vizinha Região Administrativa Especial de Macau, onde foram identificados dez casos (sete já receberam alta), o Governo liderado por Ho Iat Seng tinha indicado em 31 de janeiro que ia antecipar para abril o pagamento da comparticipação pecuniária anual, no valor de 10 mil patacas e de seis mil patacas para residentes permanentes e não permanentes, respectivamente.
Em 13 de fevereiro, o Executivo anunciou mesmo benefícios fiscais para empresas e população, uma linha de empréstimos bonificados para as pequenas e médias empresas e medidas de apoio social para reduzir o impacto económico devido ao Covid-19.
Medidas excecionais que incluem a isenção ou redução dos impostos, pela abertura de uma linha de empréstimo com juros bonificados, pelo reforço do apoio social, bem como pelo lançamento de vales de consumo electrónico.

27 Fev 2020

Covid-19 | Governo de Hong Kong vai dar 10 mil dólares de HK a cada residente permanente

[dropcap]H[/dropcap]ong Kong anunciou ontem medidas de 120 mil milhões de dólares de Hong Kong para recuperar a economia afetada pelos protestos antigovernamentais e pelo coronavírus Covid-19. Na apresentação do orçamento para 2020/2021, no parlamento, o secretário para as Finanças indicou que o Governo de Hong Kong vai distribuir uma ajuda financeira de dez mil dólares de Hong Kong a todos os adultos residentes permanentes da cidade, que regista dois mortos e 85 pessoas infectadas com o novo coronavírus.

Paul Chan explicou aos deputados que este orçamento pretende “apoiar empresas, salvaguardar empregos, estimular a economia e aliviar o fardo das pessoas”.

O mesmo governante estimou um défice recorde para o próximo ano e expressou a convicção de que “apenas com este orçamento será possível ajudar a comunidade e empresas locais a superar as dificuldades”.

Chan assinalou que 2019 “foi um ano inquietante, repleto de obstáculos e inesquecível para todo o povo de Hong Kong”, muito por causa dos protestos antigovernamentais que tiveram um forte impacto na economia desde junho.

“Antes que pudéssemos resolver as coisas, houve um surto inesperado da nova doença do coronavírus”, argumentou.

Por outro lado, o responsável salientou que “prevenir e combater a epidemia, bem como empregar recursos para aliviar a pressão sobre as empresas e o público em geral, são (…) a principal prioridade”, algo que já se traduziu na passada semana com o anúncio de um “fundo anti-epidemia” de 30 mil milhões de dólares de Hong Kong (3,5 mil milhões de euros) “para aliviar o fardo sobre essas indústrias e funcionários, diante da tempestade”.

Na vizinha Região Administrativa Especial de Macau, onde foram identificados dez casos (sete já receberam alta), o Governo liderado por Ho Iat Seng tinha indicado em 31 de janeiro que ia antecipar para abril o pagamento da comparticipação pecuniária anual, no valor de 10 mil patacas e de seis mil patacas para residentes permanentes e não permanentes, respectivamente.

Em 13 de fevereiro, o Executivo anunciou mesmo benefícios fiscais para empresas e população, uma linha de empréstimos bonificados para as pequenas e médias empresas e medidas de apoio social para reduzir o impacto económico devido ao Covid-19.

Medidas excecionais que incluem a isenção ou redução dos impostos, pela abertura de uma linha de empréstimo com juros bonificados, pelo reforço do apoio social, bem como pelo lançamento de vales de consumo electrónico.

27 Fev 2020

Covid-19 | Empresa do navio de cruzeiros diz que acompanhará português infectado até ser repatriado

[dropcap]A[/dropcap] Princess Cruises, empresa que detém o navio Diamond Princess onde um português permaneceu infectado com Covid-19, disse ontem estar em contacto com Adriano Maranhão e a mulher e que o irá acompanhar até que seja repatriado.
“A Princess Cruises pode confirmar que nossa equipa médica de apoio à tripulação está em contacto com Adriano Maranhão e com a sua esposa. Devido às leis de privacidade, não podemos divulgar detalhes médicos, mas podemos confirmar que o Sr. Maranhão foi transferido para uma instalação médica em terra”, segundo o gabinete de imprensa da empresa, em resposta escrita à agência Lusa.
“A nossa equipa de apoio aos tripulantes continuará em contacto com ele [Adriano Maranhão] e com a sua família para garantir que se sinta confortável até ser repatriado”, adiantou.
Adriano Maranhão, canalizador no navio de cruzeiros Diamond Princess, foi transferido na terça-feira para o hospital da cidade de Okazaki, Japão, depois de no sábado, as autoridades japonesas terem confirmado que o português deu teste positivo ao coronavírus Covid-19.
Desde que foi conhecido que o português estava infetado com o novo coronavírus, que a sua mulher, Emmanuelle Maranhão, apelou à embaixada portuguesa no Japão e ao Governo Português que para fosse prestada ajuda ao marido.
A Princess Cruises confirmou ainda à Lusa que já não há passageiros a bordo do navio e que restam no navio menos de 500 tripulantes.
O cruzeiro, ancorado no porto de Yokohama, a sul de Tóquio, tornou-se no maior foco do novo coronavírus, Covid-19, fora da China continental, tendo registado mais de 600 infectados entre os passageiros.
O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de pelo menos 2.763 mortos e cerca de 81 mil infectados, de acordo com dados de mais de 40 países e territórios. Das pessoas infectadas, quase 30 mil recuperaram.
Além dos mais de 2.700 mortos na China, onde o surto começou no final do ano passado, Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan registaram também vítimas mortais.
A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública de âmbito internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão nos últimos dias.

27 Fev 2020

Covid-19 | Empresa do navio de cruzeiros diz que acompanhará português infectado até ser repatriado

[dropcap]A[/dropcap] Princess Cruises, empresa que detém o navio Diamond Princess onde um português permaneceu infectado com Covid-19, disse ontem estar em contacto com Adriano Maranhão e a mulher e que o irá acompanhar até que seja repatriado.

“A Princess Cruises pode confirmar que nossa equipa médica de apoio à tripulação está em contacto com Adriano Maranhão e com a sua esposa. Devido às leis de privacidade, não podemos divulgar detalhes médicos, mas podemos confirmar que o Sr. Maranhão foi transferido para uma instalação médica em terra”, segundo o gabinete de imprensa da empresa, em resposta escrita à agência Lusa.

“A nossa equipa de apoio aos tripulantes continuará em contacto com ele [Adriano Maranhão] e com a sua família para garantir que se sinta confortável até ser repatriado”, adiantou.

Adriano Maranhão, canalizador no navio de cruzeiros Diamond Princess, foi transferido na terça-feira para o hospital da cidade de Okazaki, Japão, depois de no sábado, as autoridades japonesas terem confirmado que o português deu teste positivo ao coronavírus Covid-19.

Desde que foi conhecido que o português estava infetado com o novo coronavírus, que a sua mulher, Emmanuelle Maranhão, apelou à embaixada portuguesa no Japão e ao Governo Português que para fosse prestada ajuda ao marido.

A Princess Cruises confirmou ainda à Lusa que já não há passageiros a bordo do navio e que restam no navio menos de 500 tripulantes.

O cruzeiro, ancorado no porto de Yokohama, a sul de Tóquio, tornou-se no maior foco do novo coronavírus, Covid-19, fora da China continental, tendo registado mais de 600 infectados entre os passageiros.

O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de pelo menos 2.763 mortos e cerca de 81 mil infectados, de acordo com dados de mais de 40 países e territórios. Das pessoas infectadas, quase 30 mil recuperaram.

Além dos mais de 2.700 mortos na China, onde o surto começou no final do ano passado, Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan registaram também vítimas mortais.

A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública de âmbito internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão nos últimos dias.

27 Fev 2020

Covid-19 | BNU doa mais de 11.500 euros à Cruz Vermelha de Macau

[dropcap]O[/dropcap] Banco Nacional Ultramarino (BNU) em Macau doou à Cruz Vermelha de Macau 100 mil patacas para apoiar a instituição no combate ao surto do novo coronavírus, anunciou ontem o banco em comunicado.
“No âmbito da sua estratégia de Responsabilidade Social, e à semelhança do que tem feito nos últimos dias, junto de outras instituições, o BNU doou 100.000 Patacas à Cruz Vermelha de Macau, em resposta à epidemia COVID-19”, pode ler-se na mesma nota.
“A Cruz Vermelha está presente em Macau desde 1920, altura desde a qual tem vindo a prestar assistência humanitária à população mais desfavorecida. Faz parte do Comité Internacional da Cruz Vermelha e da Federação das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, sendo atualmente um ramo autónomo da Cruz Vermelha da China”, sublinhou o BNU.
Na mesma nota, a banco garantiu que vai continuar a apoiar organizações humanitárias, durante o surto do novo coronavírus, e implementar medidas “que visem ajudar os cidadãos e as PME de Macau neste período difícil”.
Na semana passada, o BNU já tinha doado à Caritas 100 mil patacas e anunciado a abertura de uma conta de angariação de fundos e ainda anunciou uma doação, no mesmo valor, à Santa Casa da Misericórdia.

27 Fev 2020

Covid-19 | BNU doa mais de 11.500 euros à Cruz Vermelha de Macau

[dropcap]O[/dropcap] Banco Nacional Ultramarino (BNU) em Macau doou à Cruz Vermelha de Macau 100 mil patacas para apoiar a instituição no combate ao surto do novo coronavírus, anunciou ontem o banco em comunicado.

“No âmbito da sua estratégia de Responsabilidade Social, e à semelhança do que tem feito nos últimos dias, junto de outras instituições, o BNU doou 100.000 Patacas à Cruz Vermelha de Macau, em resposta à epidemia COVID-19”, pode ler-se na mesma nota.

“A Cruz Vermelha está presente em Macau desde 1920, altura desde a qual tem vindo a prestar assistência humanitária à população mais desfavorecida. Faz parte do Comité Internacional da Cruz Vermelha e da Federação das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, sendo atualmente um ramo autónomo da Cruz Vermelha da China”, sublinhou o BNU.

Na mesma nota, a banco garantiu que vai continuar a apoiar organizações humanitárias, durante o surto do novo coronavírus, e implementar medidas “que visem ajudar os cidadãos e as PME de Macau neste período difícil”.

Na semana passada, o BNU já tinha doado à Caritas 100 mil patacas e anunciado a abertura de uma conta de angariação de fundos e ainda anunciou uma doação, no mesmo valor, à Santa Casa da Misericórdia.

27 Fev 2020

Aquilo que importa

[dropcap]P[/dropcap]or estes dias Macau parece regressar timidamente às suas rotinas. Na verdade, não sabemos se alguma vez voltará a ser o que era ou se voltará ao seu dia a dia habitual. Mas isso não tem de ser necessariamente mau a longo prazo.

Ao mesmo tempo, o fantasma do coronavírus parece estar a chegar em força a outras regiões do globo como à Europa ou ao Médio Oriente. O Mundo treme, e antevêem-se mais casos, medo e mortes, à semelhança daquilo que a China e sobretudo o Sudeste Asiático começou a sentir na pele há cerca de um mês/mês e meio com o encerramento de escolas e actividades públicas, shutdown de cidades e “clausura caseira” de prevenção. Esta deve ser uma experiência que deve ser tida em conta pelos países onde o surto ameaça agora chegar.

No entanto, quer seja de um lado ou do outro do globo, uma crise desta natureza, que nos afecta directamente, quer porque os nossos movimentos passam a estar limitados, porque interfere com as nossas decisões, somos impedidos de apanhar um avião para ver a família ou simplesmente, porque tem o efeito de nos fazer pensar como a vida era mais simples antes de tudo isto, pode também ser uma oportunidade para encarar o nosso dia a dia daqui para a frente com outros olhos.

Até porque, talvez, aquilo que importa mesmo, tem estado sempre ao nosso alcance e vai além dos problemas do quotidiano que nos deixam ciclicamente frustrados, quer seja nos no emprego, em casa ou até no trânsito que teima em não andar quando decidimos fazer-nos à estrada. Com os nossos “azares” relativizados cabe-nos ir à procura de fazer melhor quando a conjuntura assim o deixar. Assim como Macau.

27 Fev 2020

Itália | Confirmada 12.ª vítima mortal e pelo menos 374 infectados

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades italianas confirmaram ontem a 12.ª vítima mortal por Covid-19 naquele país, informando ainda que o número de pessoas infectadas com o novo coronavírus em Itália é de 374.
“O número total de pessoas infectadas por coronavírus é de 374, um aumento de 52 pessoas em relação ao número de ontem [terça-feira]. Entre as 374 pessoas, registámos 12 mortes e um caso de recuperação”, afirmou o chefe da Protecção Civil italiana, Angelo Borrelli, numa conferência de imprensa em Roma.
“A última morte foi registada em Emilia Romanha (norte de Itália), mas tratava-se de um doente de Lodi [na região de Lombardia, noroeste, a zona mais afectada pela epidemia], que tinha 69 anos e que sofria de uma patologia respiratória anterior”, precisou o responsável.
O anterior balanço da Protecção Civil italiana, divulgado na terça-feira à tarde, dava conta de 322 casos de infecção e 10 mortos.
Todas as vítimas mortais registadas até à data eram pessoas idosas que sofriam de outras doenças graves, precisaram as autoridades italianas.
Desde o início da epidemia, as autoridades de saúde italianas realizaram 9.462 testes, 95 por cento dos quais deram negativos.

Ponto de situação

Na conferência de imprensa em Roma, a Protecção Civil precisou que uma turista chinesa que constou, juntamente com o seu marido, entre os primeiros casos de contaminação por coronavírus detectados em Itália está curada.
O casal chegou a estar internado numa unidade de cuidados intensivos, em estado grave.
A região de Lombardia, que engloba Milão, a capital económica do país, continua a ser a zona de Itália mais afectada pela propagação do vírus, com 258 casos.
Nesta região foram verificados, pela primeira vez, quatro casos de infecção entre crianças e adolescentes: uma criança de 4 anos, duas crianças de 10 anos e um adolescente de 15 anos.
Todos apresentam sintomas associados ao novo coronavírus, mas sem gravidade, segundo as autoridades.
A segunda zona mais afectada, com 71 casos de infecção, é a região de Veneto (onde fica Veneza), onde foi registada a primeira vítima mortal italiana na passada sexta-feira.
No total, nove regiões italianas estão, neste momento, afectadas pela epidemia do novo coronavírus.
As autoridades italianas referiram ainda que na região de Roma (capital do país) foram identificados três casos que vieram de fora do território italiano: dois turistas chineses e um jovem regressado da China.

27 Fev 2020

Itália | Confirmada 12.ª vítima mortal e pelo menos 374 infectados

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades italianas confirmaram ontem a 12.ª vítima mortal por Covid-19 naquele país, informando ainda que o número de pessoas infectadas com o novo coronavírus em Itália é de 374.

“O número total de pessoas infectadas por coronavírus é de 374, um aumento de 52 pessoas em relação ao número de ontem [terça-feira]. Entre as 374 pessoas, registámos 12 mortes e um caso de recuperação”, afirmou o chefe da Protecção Civil italiana, Angelo Borrelli, numa conferência de imprensa em Roma.

“A última morte foi registada em Emilia Romanha (norte de Itália), mas tratava-se de um doente de Lodi [na região de Lombardia, noroeste, a zona mais afectada pela epidemia], que tinha 69 anos e que sofria de uma patologia respiratória anterior”, precisou o responsável.

O anterior balanço da Protecção Civil italiana, divulgado na terça-feira à tarde, dava conta de 322 casos de infecção e 10 mortos.

Todas as vítimas mortais registadas até à data eram pessoas idosas que sofriam de outras doenças graves, precisaram as autoridades italianas.

Desde o início da epidemia, as autoridades de saúde italianas realizaram 9.462 testes, 95 por cento dos quais deram negativos.

Ponto de situação

Na conferência de imprensa em Roma, a Protecção Civil precisou que uma turista chinesa que constou, juntamente com o seu marido, entre os primeiros casos de contaminação por coronavírus detectados em Itália está curada.

O casal chegou a estar internado numa unidade de cuidados intensivos, em estado grave.
A região de Lombardia, que engloba Milão, a capital económica do país, continua a ser a zona de Itália mais afectada pela propagação do vírus, com 258 casos.

Nesta região foram verificados, pela primeira vez, quatro casos de infecção entre crianças e adolescentes: uma criança de 4 anos, duas crianças de 10 anos e um adolescente de 15 anos.

Todos apresentam sintomas associados ao novo coronavírus, mas sem gravidade, segundo as autoridades.
A segunda zona mais afectada, com 71 casos de infecção, é a região de Veneto (onde fica Veneza), onde foi registada a primeira vítima mortal italiana na passada sexta-feira.

No total, nove regiões italianas estão, neste momento, afectadas pela epidemia do novo coronavírus.
As autoridades italianas referiram ainda que na região de Roma (capital do país) foram identificados três casos que vieram de fora do território italiano: dois turistas chineses e um jovem regressado da China.

27 Fev 2020