GP | Convites para pilotos TCR Asia que participem na Coreia e Zhuzhou

A Corrida da Guia do 72.º Grande Prémio de Macau será novamente o palco da prova final do Kumho FIA TCR World Tour, a maior competição de carros de turismo a nível mundial sob a chancela da Federação Internacional do Automóvel (FIA). A prova estará igualmente aberta à participação de concorrentes de outras proveniências

 

Sendo a última etapa da temporada da competição mundial do TCR, a prova de Macau reunirá os pilotos de turismo mais rápidos do mundo, coroando também o campeão absoluto do FIA TCR World Tour. O formato único da competição promovida pelo WSC Group permitirá que pilotos locais e regionais do TCR enfrentem as estrelas internacionais, criando um espetáculo inesquecível nas ruas do território.

Antes da final em Macau, o ressuscitado TCR Asia Series partilhará a pista com o FIA TCR World Tour de 17 a 19 de Outubro, no Circuito de Inje, na Coreia do Sul, e de 31 de Outubro a 2 de Novembro, no Circuito Internacional de Zhuzhou, na China. A participação nesta prova será obrigatória para os pilotos que desejem obter um convite para o evento do Circuito da Guia, proporcionando também uma oportunidade para pilotos de Macau, que não se qualificaram noutras competições, garantirem um lugar na grande festa de final de ano.

“Em 2025, inscrições ‘wildcard’ estarão disponíveis para os concorrentes que participaram em provas do TCR Asia. Para serem elegíveis para se inscreverem em Macau, os concorrentes poderão participar nas próximas corridas na Coreia do Sul e na China, onde o TCR Asia partilhará igualmente a grelha com o TCR World Tour”, escreveu a organização do TCR Asia Series nas redes sociais, sublinhando que: “É uma oportunidade única de toda a vida: medir forças com os melhores do mundo num dos traçados mais lendários do desporto motorizado.”

Sobre o assunto, o presidente do WSC Group, Marcello Lotti, o pai do conceito TCR, acrescentou: “Estamos orgulhosos por o TCR Asia ter acrescentado dois eventos conjuntos com o Kumho FIA TCR World Tour. O WSC tem o prazer de confirmar que iremos atribuir ‘wildcards’ aos concorrentes que desejem juntar-se a nós também na final da temporada em Macau.”

O TCR Asia Series tem competido com pneus da marca chinesa Sailun, mas nesta prova os pilotos terão de se adaptar aos compostos Kumho, obrigatórios na competição sancionada pela FIA. Sean Chang Chien Shang, piloto de Taiwan, lidera a classificação com quatro pontos de vantagem sobre o chinês Liu Zhi Chen, ambos ao volante de Audi RS 3 LMS.

Qualidade garantida

O TCR Asia Series não será a única competição a compor a lista de inscritos do FIA TCR World Tour na RAEM, pois a temporada de 2025 do TCR Austrália terminará em estilo ao juntar-se à grelha de partida da Corrida da Guia do 72.º Grande Prémio de Macau, que decorrerá de 13 a 16 de Novembro. A primeira participação internacional do TCR Austrália foi possível graças ao detentor global dos direitos do campeonato, o WSC Group, que assegurará a cobertura total dos custos de transporte para as equipas australianas que viajem para Macau.

O TCR Australia anunciou em Junho que irá concentrar-se no reinício da competição no evento “The Bend 500”, de 12 a 14 de Setembro, em conjunto com a ronda australiana do Kumho FIA TCR World Tour, competição que conta com mais de uma dezena de concorrentes a tempo-inteiro. A competição australiana, que em tempos teve grelhas de partida com cerca de duas dezenas de carros, não fará mais nenhuma corrida este ano, para além desta e daquela agendada para o Grande Prémio de Macau.

Com provas ainda por disputar na Austrália, Coreia do Sul, interior da China e Macau, o campeão em título do Kumho FIA World Tour, Yann Ehrlacher, da Lynk & Co, lidera a classificação com 250 pontos, seguido de perto por Esteban Guerrieri, ao volante de um Honda, com 223, enquanto Santiago Urrutia, também ao comando de um Lynk & Co, ocupa a terceira posição com 215 pontos.

27 Ago 2025

Filipinas | Carlos Barreto leva a experiência de Macau

Carlos Barreto, ex-director de corrida do Grande Prémio de Macau de Motos, continua activo no desporto motorizado do continente asiático, mais precisamente nas Filipinas, onde tem vindo a colocar em prática a experiência de mais de três décadas ao serviço do automobilismo e motociclismo de Macau

 

“Fui convidado em 2024 para ajudar a desenvolver os campeonatos nacionais de motociclismo em pista – Underbone, Scooters e Superbikes – organizados pelo MoRaC e pela FETAP”, explicou ao HM o ex-membro da direcção do Automóvel Clube de Macau (ACM) e dirigente da Associação Geral do Automóvel de Macau-China (AAMC). “A experiência adquirida ao longo de mais de três dezenas de anos ajuda. Fiz diversos campeonatos de motos e de karts nos circuitos temporários, na Taipa e no NAPE, depois no kartódromo de Coloane, provas com pilotos locais (motos e karts) e internacionais (karts). Esse acumular de experiência é importante para perceber as dificuldades que os organizadores das Filipinas têm em mãos e, em conjunto, elevar o nível dos diversos campeonatos de motos.”

Com uma forte ligação ao Grande Prémio de Macau, Carlos Barreto foi director de prova nos Campeonatos de Karting e Motociclismo entre 1991 e 1996, e mais tarde, entre 2004 e 2008. Foi ainda presidente do Colégio de Comissários Desportivos desses campeonatos entre 2009 e 2010. Esta vasta experiência permite-lhe hoje encarar esta nova realidade num país diferente, mas que sempre demonstrou grande paixão pelos desportos motorizados, detectando com facilidade “alguns aspectos que mereciam mais atenção ao nível das provas”. Entre eles, destaca “os regulamentos desportivos, a aplicação das regras, a divulgação de documentação oficial, alguns equipamentos das infra-estruturas, bem como a estrutura e organização funcional da equipa que gere esses campeonatos, desde o secretariado aos comissários de pista e direcção de prova”.

Esta colaboração começou em Novembro do ano passado e, em 2024, já se estendeu a três rondas dos campeonatos. O contributo do português, natural de Moçambique, tem sido significativo: “As várias sugestões que apresentei para cada um dos dois circuitos que conheço, o Clark International Speedway e o Batangas Racing Circuit, foram bem recebidas. Algumas já foram implementadas e as restantes ficarão resolvidas até ao final do ano. Tem havido boa receptividade por parte da organização e da gestão dos circuitos.”

A própria competição também está em crescimento: “A pandemia, de certa forma, atrasou o desenvolvimento desses campeonatos, mas o número de pilotos tem vindo a aumentar, há equipas com capacidade financeira e com bom equipamento. As provas em Clark chegam, por vezes, a reunir perto de 80 pilotos, enquanto as de Batangas contam com cerca de 60. As perspectivas são animadoras.”

Contributo para o karting

As Filipinas é um país com uma longa tradição no karting, que remonta à década de 1960 e ao entusiasmo gerado por Arsenio “Dodjie” Laurel, piloto que perdeu a vida no Circuito da Guia em 1967. A presença de equipas e pilotos filipinos em provas no continente asiático é comum e, internamente, a disciplina acompanhou sempre o que tem vindo a ser feito a nível mundial.

“A nível do karting, as provas nacionais têm uma estrutura local e funcional – durante anos foi o AKOC”, recorda Carlos Barreto, acrescentando: “a minha colaboração tem sido como Comissário Desportivo em dois eventos internacionais nas Filipinas. Fiz um em 2024 e outro recentemente, a quinta ronda da ROK Cup Asia Philippines, organizada pela Kilton Motors Corporation (KMC), ambos com corridas noturnas e realizados em Clark.”

Também aí, o ex-diretor de prova do Grande Prémio Internacional de Kart de Macau (2004-2016), do 46.º Campeonato do Mundo de SKF da CIK-FIA (2009) e do 49.º Campeonato Mundial de KF1 da CIK-FIA (2012), teve a tarefa de “auscultar as pessoas e responder às questões que me colocaram, ajudando a ultrapassar alguns problemas, para além de ter apresentado sugestões de melhoria”.

Quanto ao futuro, Carlos Barreto acredita que “a semente está lançada, e resta agora esperar que cresça e que os resultados se tornem visíveis a médio prazo.”

Macau um passo à frente

Para o autor do livro “História do Karting em Macau”, escrito em coautoria com Pedro Dá Mesquita, a RAEM continua um passo à frente no que toca à organização desportiva de eventos desta natureza. “Macau tem uma clara vantagem, mas é preciso ter em conta que os eventos em Macau contam com o precioso apoio das entidades governamentais, enquanto nas Filipinas se trata de uma organização sem esses apoios”, refere Carlos Barreto.

Ainda assim, as provas nas Filipinas, um país com um vasto historial no desporto motorizado do Sudeste Asiático, não ficam nada a dever ao que se faz no território em termos de competitividade. “Ao nível dos eventos, as corridas de scooters costumam ser muito animadas e competitivas, com seis a oito pilotos a lutar a cada volta pelo primeiro lugar, inúmeras ultrapassagens e suspense até ao cortar da meta. Nas provas de Superbikes, competem Ducatis e Aprilias e há sempre espetáculo. Já na classe Underbone, a luta é intensa, pelo que diria que o nível competitivo é até superior ao de Macau.”

20 Ago 2025

Desporto | Apoios de 26 milhões para atletas e associações

Entre Abril e Junho deste ano, o Fundo do Desporto atribuiu apoios de 26,1 milhões de patacas. A entidade mais apoiada foi a Associação de Futebol de Macau, ao receber 3,18 milhões de patacas

 

O Fundo do Desporto distribuiu 26,1 milhões de patacas em apoios para atletas e associações no segundo trimestre do ano. Os dados foram actualizados no portal da Direcção dos Serviços da Supervisão e da Gestão dos Activos Públicos (DSSGAP).

A entidade mais apoiada no segundo trimestre foi a Associação de Futebol de Macau ao receber 3,18 milhões de patacas, o que representou 12,2 por cento do total dos apoios distribuídos.

A associação de futebol recebeu igualmente um dos maiores apoios unitários, neste caso no valor de praticamente 526 mil patacas, para a organização dos campeonatos de futebol 7 nas categorias sub-14 e sub-12.

A segunda entidade mais apoiada foi a Associação Geral de Automóvel de Macau-China ao receber um total de 2,77 milhões de patacas, entre seis subsídios para apoiar pilotos ou alugar instalações. Só nos custos de aluguer de instalações, a associação recebeu 1,4 milhões de patacas, embora cerca de 514 mil patacas ainda digam respeito a um aluguer referente a Dezembro do ano passado. Também neste caso, quando avaliada a proporção dos apoios, a AAMC recebeu mais de 10 por cento dos apoios distribuídos a 55 associações.

Em termos de subsídios unitários, o maior montante entregue à Associação Geral de Automóvel de Macau-China e atingiu o valor de 576 mil patacas. Este valor foi distribuído em Abril e novamente em Maio e foi justificado com o apoio à participação de seis pilotos locais em provas no exterior.

Wushu de ouro

No entanto, o maior apoio unitário atingiu o valor de 1,32 milhões de patacas e foi distribuído à Associação Geral de Wushu de Macau, tendo como explicação oficial o pagamento da segunda prestação do “Plano de Apoio Financeiro para Formação dos Atletas de Elite e Equipas em Estágio 2025 – subsídios para atletas de elite e da equipa em estágio de Wushu”.

Entre Abril e Junho, a associação de Wushu foi uma das mais apoiadas pelo Fundo do Desporto, em segundo lugar, ao receber cerca de 2,67 milhões patacas, entre 12 subsídios diferentes, o que representou 10,2 por cento do total do apoio financeiro.

O segundo maior apoio unitário foi de 813 mil patacas e teve como destinatário a Associação de Barcos de Dragão de Macau-China. A justificação oficial indica que o subsídio se enquadrou na segunda prestação do “Plano de Apoio Financeiro para Formação dos Atletas de Elite e Equipas em Estágio 2025 – subsídio para atletas de elite de barcos de dragão”.

No total, a associação de Barcos de Dragão recebeu quatro subsídios diferentes que totalizaram 975 mil patacas, com os restantes apoios a enquadrarem-se na organização de provas locais ou na participação em eventos no exterior.

Os dados mostram também que os apoios do Fundo do Desporto cresceram 3,5 milhões de patacas em comparação com o período homólogo.

23 Jul 2025

GPM | Carlos Lemos apresenta Volume II do seu livro em Outubro

Depois do sucesso do Volume I, o macaense Carlos Lemos, a residir em Toronto desde 1974, prepara-se para lançar, em Outubro, o Grande Prémio de Macau – Colecção Pessoal de Victor H. de Lemos, 1954-1978, Volume II (1967-1978), a segunda parte de um livro que pretende homenagear o seu pai, Victor Hugo Lemos – um entusiasta do Grande Prémio de Macau que, em vida, coleccionou um vasto número de fotografias e tudo o que se relacionava com as corridas de automóveis em Macau desde 1954, data da realização da primeira edição do evento.

Sobre a segunda parte da obra, Carlos Lemos explicou ao HM que esta será “muito semelhante ao Volume I, mas contém mais recortes de jornais em inglês e chinês de cada ano, assim como alguns relatórios financeiros do Grande Prémio. Inclui ainda um cartaz do Ano Jubilar, do qual fiz três cópias limitadas e rubricadas em canvas, oferecendo uma à Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau (APOMAC) e outra ao Club Lusitano, em sinal de agradecimento pelo apoio prestado.”

Documentados com fotografias da época e artigos de jornais, estão alguns dos períodos mais emblemáticos do evento da RAEM, como a evolução do Circuito da Guia, a primeira vítima (Arsenio Laurel, em 1967), o nascimento do Grande Prémio de Motos e da Corrida da Guia, a chegada das primeiras equipas de fábrica e dos primeiros patrocinadores, a primeira transmissão televisiva em directo, e a tentativa de Hong Kong em criar o seu próprio Grande Prémio. Acresce ainda um novo capítulo, com “dez páginas de outra colecção do meu pai, chamada Motor Racing World, com alguns exemplares de 1900, fotografias autografadas de pilotos, dirigentes e personalidades do automobilismo mundial”.

Após ter lançado o Volume I em 2023, a apresentação do Volume II está agendada para o dia 15 de Outubro em Macau e para o dia 17 de Outubro na vizinha Região Administrativa Especial de Hong Kong.

Mais e maior

A verdade é que as vendas do primeiro volume excederam as expectativas. “Foi realmente um sucesso”, reconhece o autor, pois “restam apenas duas dúzias de exemplares, que guardei para mim próprio, para ofertas e reservas, no caso de alguém fora de Macau estar interessado”. Contudo, para Carlos Lemos, “o maior sucesso foi conseguir angariar mais de 41.000 patacas para caridade”, destinadas à instituição Macau IC2 [I Can Too], que apoia pessoas com autismo ou deficiência.

Para este segundo volume, com conteúdos mais recentes, o número de exemplares produzidos aumentará ligeiramente. “A impressão do Volume I foi de 500 exemplares, e achei um pouco ‘apertado’, no sentido de conseguir um número satisfatório para oferecer a amigos e a certas personalidades e entidades ligadas ao Grande Prémio. Por isso, mandei imprimir desta vez 550 exemplares”.

Carlos Lemos sublinha ainda que “a APOMAC e o Club Lusitano de Hong Kong prometeram dar o mesmo apoio ao lançamento do Volume II, o que é muito importante”. O livro terá mais páginas – cerca de cem a mais – e o autor confirma: “Já recebi várias reservas!”

Missão (quase) cumprida

Com a publicação do segundo volume, o primeiro grande objectivo de Carlos Lemos ficará cumprido, pois “a minha missão de homenagear o meu pai fica completa no que respeita à colecção do Grande Prémio de Macau, embora não totalmente, porque o maior sonho do meu pai era ter o seu nome no Guinness World Records”.

Esta é também uma história curiosa, pois Victor H. Lemos candidatou-se por três vezes ao Guinness World Records, sem sucesso. “Se Deus quiser e tudo correr bem, vou tentar mais uma vez, em nome dele, apresentar nova candidatura ao Guinness Book of Records e talvez também ao FIVA Hall of Fame”. A FIVA (Federação Internacional de Veículos Antigos) é uma organização mundial sem fins lucrativos dedicada à protecção, preservação e promoção do património automóvel histórico.

“Desta vez, para o Guinness World Records, vou submeter a candidatura com documentos de apoio, como vídeos e fotografias da colecção e dos livros”, explica o antigo presidente da Casa de Macau em Toronto. “O meu pai escreveu apenas uma carta, sem anexar qualquer documento, porque naqueles tempos não havia a facilidade que temos hoje”.

Para além do automobilismo, Carlos Lemos revela ainda que gostaria “de publicar um livro sobre a colecção de rótulos de caixas de fósforos fabricadas em Macau. O meu pai coleccionava rótulos de caixas de fósforos de todo o mundo – tem de Portugal, Espanha, vários países da Europa, etc. Esse projecto depende do tempo disponível e do interesse das pessoas”. E ficamos por aqui quanto a colecções? Talvez não: “Também tenho centenas, talvez milhares de moedas antigas – são tantas que é complicado… portanto não vou mexer (risos)”.

2 Mai 2025

Jogos Nacionais | Governo não afasta restrições à imprensa

A organização em Macau das provas dos Jogos Nacionais da China, a decorrer em Novembro, não descartou ontem a possibilidade de restringir a cobertura noticiosa do evento.

Duas jornalistas do jornal All About Macau foram detidas, na quinta-feira, pela polícia, quando tentavam entrar no salão da Assembleia Legislativa para assistir à apresentação do programa político do Governo para 2025.

Questionado pela Lusa sobre se a organização iria manter a prática de excluir imprensa ‘online’ da cobertura das provas em Macau, o coordenador Pun Weng Kun disse que estava tudo nas mãos da comissão organizadora dos 15.º Jogos Nacionais da China. “Vai ser tudo segundo a organização nacional, não é uma situação específica de Macau. (…) Sobre ‘media’, sobre segurança, ainda estamos à espera de orientações do Estado”, disse o líder do Gabinete Preparatório da região.

No final de uma conferência de imprensa sobre competições que vão servir de teste para as provas de Novembro, Pun prometeu divulgar as orientações sobre a cobertura noticiosa do evento assim que a comissão de Macau as receber.

21 Abr 2025

Desporto | Johnson Ian quer transparência na escolha de atletas

O ex-atleta de ténis de mesa e presidente da Associação de Sinergia de Macau considera que os problemas de financiamento dos atletas foram ultrapassados com os novos moldes do Fundo do Desporto, mas pede critério e transparência na atribuição de subsídios

 

O presidente da Associação de Sinergia de Macau, Johnson Ian, defende que as associações desportivas devem adoptar mais transparência nos critérios de escolha dos atletas para representar o território. Em causa, está o facto de muitos destes atletas receberem apoios financeiros.

De acordo com Johnson Ian, que prestou declarações aos jornal Ou Mun, nos últimos anos o Instituto de Desporto tem melhorado os apoios financeiros distribuídos, o que considerou positivo. No entanto, o ex-atleta considera que a medida também aumenta a necessidade de maior transparência, para garantir que os atletas apoiados são os mais competentes.

“Os atletas escolhidos para participar nos estágios e classificados como atletas elite podem receber subsídios para cobrir todos os custos de participação nas competições no exterior. Este aspecto é uma boa notícia”, afirmou Ian. “No entanto, além de deverem aumentar o número dos atletas que participam nos estágios e nos escalões de formação, é ainda mais importante que as associações aumentem a transparência sobre os critérios adoptados na escolha dos atletas que podem ser subsidiados”, defendeu.

Johnson Ian, que chegou a representar o território na modalidade de ténis de mesa, sugeriu ao Instituto do Desporto que publique online os critérios utilizados pelas diferentes associações na escolha dos atletas, para aumentar a transparência.

Atletas desconhecidos

Como parte do problema actual, Johnson Ian traçou um cenário em que são poucas as associações desportivas que representam Macau a divulgarem informações sobre as participação em competições. Por este motivo, Ian, que foi jornalista, afirmou que é frequente que nem os órgãos de comunicação saibam quem são actualmente os atletas classificados como de elite em Macau.

Devido ao investimento público, Johnson Ian sugeriu ao ID e às associações desportivas que publiquem as listas dos atletas subsidiados nas competições no exterior e os resultados alcançados. “O ID ou as associações desportivas devem publicar as listas de atletas que obtêm subsídios ou reúnem os critérios para serem subsidiados totalmente, quando participam em competições no exterior. Além disso, devem divulgar os resultados e os eventos desportivos em que participam,” pediu.

Johnson Ian destacou ainda que depois da publicação do regulamento sobre os apoios financeiros do Fundo do Desporto, em 2023, os atletas e as associações desportivas estão numa situação financeira melhor, podendo focar atenções na parte desportiva, em vez de estarem tão preocupados com as receitas. No entanto, Ian alertou que o regulamento também tem obrigações, uma das quais é aumentar o número de participações em competições do exterior.

26 Fev 2025

Desporto | Aliança do Povo pede melhor planeamento de espaços

A associação Aliança do Povo de Instituição de Macau, ligada à comunidade de Fujian, defende que o Governo tem de aproveitar os terrenos disponíveis na RAEM para criar mais espaços para a prática desportiva.

A ideia foi partilhada pela vice-presidente da associação, Chan Peng Peng, em declarações ao jornal Exmoo, onde criticou as dificuldades sentidas pela população para marcar vagas em pavilhões desportivos numa região que tem como objectivo tornar-se uma “Cidade do Desporto”.

Campos para a prática de badminton, basquetebol e piscinas são as instalações mais procuradas pela população em geral, mas a dirigente não esqueceu também a falta de espaços para profissionais se treinarem.

Chan Peng Peng refere também que a carência de instalações é um entrave à formação de quadros qualificados desportivos e ao desenvolvimento do nível competitivo da RAEM.

A representante recordou que até Julho do ano passado, o Governo recuperou terrenos com uma área total de 720 mil metros quadrados, e apenas 190 mil metros quadrados foram usados, com os terrenos não ocupados a representarem um sorvedouro de fundos públicos em custos de manutenção. Chan Peng Peng sugeriu ainda que o Governo incentive as escolas a ceder instalações desportivas ao público.

30 Jan 2025

Desporto | Grandes eventos custam 620 milhões

Os três grandes eventos desportivos que irão realizar-se em Macau no próximo ano terão um custo global de 620 milhões de patacas. Os eventos em questão são os Jogos Nacionais de 2025, a 12ª edição dos Jogos Nacionais para Pessoas com Deficiência, também organizados por Hong Kong e Guangdong, e ainda os 9º Jogos Olímpicos Especiais.

A informação foi avançada pelos deputados Lam Lon Wai e Chan Chak Mo, da segunda comissão permanente da Assembleia Legislativa, que está a analisar na especialidade o Orçamento de 2025. Os Jogos Nacionais, organizados a cada 4 anos desde 1959, decorrem entre 9 e 21 de Novembro do próximo ano, coincidindo com o Grande Prémio de Macau. Prevê-se que sejam recrutados cerca de 6.000 ajudantes para os três eventos desportivos, com uma dotação de 123 milhões de patacas.

O alojamento em hotéis poderá custar 70 milhões de patacas e os transportes 29 milhões de patacas. Os deputados adiantaram também que a venda de bilhetes poderá gerar uma receita de cerca de cinco milhões de patacas.

3 Dez 2024

Atletismo | Falha administrativa trava recorde mundial em Macau

Lorna Loi fez a parte dela, mas a Associação Geral de Atletismo de Macau esqueceu-se de pedir aos árbitros internacionais para certificarem os resultados. Apesar do erro, o Chefe do Executivo vai agraciar a associação com a Medalha de Mérito Desportivo, pela “competência” mostrada ao longo dos anos

 

No ano passado, a atleta local Lorna Hoi Hong bateu o recorde mundial da meia-maratona para pessoas com deficiência auditiva. Contudo, o recorde não deverá ser reconhecido pelo Comité Internacional de Desporto para Surdos, porque a Associação Geral de Atletismo de Macau (AGAM) não recolheu as assinaturas dos árbitros na prova.

Segundo os resultados oficiais da meia maratona de Macau, Lorna percorreu a distância de 21,1 quilómetros em 1h24m34, tirando quase três minutos ao recorde actual de 1h27m25. Esta marca foi alcançada pela atleta alemã Nele Alder-Baerens, em Junho de 2016, na cidade de Stara Zagora, na Bulgária.

Após bater o recorde, a atleta enviou o registo para o Comité Internacional de Desporto para Surdos, que lhe pediu a confirmação do tempo, num documento oficial com a assinatura dos árbitros e emitido pela AGAM. A atleta pediu o documento à AGAM, esperou maias de meio ano e concluiu que não havia documento, porque a associação não tinha recolhido as assinaturas dos árbitros.

Para piorar a situação, o Comité Internacional modificou as regras, pelo que vai deixar de reconhecer recordes que não sejam comunicados, e comprovados com as assinaturas, no espaço de um mês.

A situação deixou a atleta numa situação de desespero e foi partilhada numa publicação nas redes sociais: “Até as oportunidades raras dos atletas de Macau baterem recordes mundiais são impedidas. Por isso, de que vale os atletas locais treinarem no duro e durante tanto tempo?”, questionou.

Trancas na porta

O facto de a situação se ter tornado pública, levou a que o Instituto do Desporto (ID) viesse a público prometer que vai fazer tudo para que a situação se resolva, e que o Comité Internacional de Desporto para Surdos reconheça a marca de Lorna Hoi.

“Neste momento, o trabalho mais importante é recolher todos os documentos. O Instituto do Desporto apoia a atleta na comunicação com o Comité Internacional e vamos explicar a situação”, afirmou Luís Gomes, presidente do ID. “Esperamos que o Comité Internacional possa ter em conta esses factores objectivos e aceite os resultados finais da nossa atleta. Vamos fazer todos os nossos esforços para lidar com este caso”, acrescentou.

Luís Gomes deixou também um recado para a AGAM, realçando que espera que a associação garanta os direitos e interesses dos atletas, de forma a poder emitir resultados certificados rapidamente.

Após a situação ter sido relatada em vários órgãos de comunicação social locais Lorna Hoi Hong fez mais uma publicação a afirmar que o ID não teve responsabilidade no não reconhecimento dos resultados. A atleta prometeu ainda tentar bater novamente o recorde no próximo mês, com a edição deste ano da Meia-Maratona Internacional de Macau.

Culpados premiados

Apesar de o ID ter indicado a Associação Geral de Atletismo de Macau (AGAM) como culpada pela situação, o facto não foi impeditivo para Ho Iat Seng anunciar ontem que vai agraciar a associação com a Medalha de Mérito Desportivo.

De acordo com a justificação para a medalha, a “Associação de Atletismo de Macau, desde a sua criação, tem vindo a promover activamente o desenvolvimento do desporto de Atletismo em Macau, trabalhando em estreita colaboração com o Governo da Região Administrativa Especial de Macau para apoiar a construção da Cidade dos Desportos”, foi explicado.

A mesmo fonte completou que a AGAM transformou a Maratona Internacional de Macau (quando também se corre a meia maratona) e a Corrida Internacional dos 10 quilómetros de Macau “em eventos desportivos de renome internacional” e que a associação “obteve excelentes resultados em vários eventos, demonstrando a competência de Macau no atletismo”.

5 Nov 2024

Johnson Ian alerta para a redução de apoios a atletas e associações

Apesar das declarações políticas sobre a vontade de transformar Macau numa “Cidade de Desporto”, Johnson Ian, o presidente da Associação da Sinergia de Macau, avisa que o Governo está a cortar excessivamente nos apoios às associações e atletas. A opinião foi partilhada num artigo publicado no jornal Son Pou, em que é comenta a situação do desporto local.

“Nos últimos anos, muitas associações têm-se queixado em privado que o Governo da RAEM reduziu drasticamente. Também atletas e treinadores se queixam da falta de desenvolvimento do desporto em Macau, o que constitui um retrocesso”, escreveu Ian, que integrou a lista do deputado Ron Lam à Assembleia Legislativa.

O presidente da Associação da Sinergia de Macau sustenta a afirmação com os números do Boletim Oficial, no que diz respeito a apoios distribuídos pelo Fundo do Desporto. Segundo Ian, entre 2014 e 2019, os subsídios por ano rondaram 200 milhões de patacas. Em 2016, o montante atingiu 280 milhões de patacas.

Adeus, comboio

O dirigente associativo reconhece que após a pandemia é natural que tenha havido uma redução. Contudo, considera que foi demasiado acentuada, dado que no ano passado os apoios não foram além de 125 milhões de patacas, um corte de 70 milhões em comparação com 2014.

Johnson Ian avisa também que seguindo este ritmo, Macau irá “perder o comboio” do desenvolvimento desportivo. “Apesar de Macau estar determinada a tornar-se uma cidade desportiva, é de facto irónico que o desenvolvimento do desporto esteja a sofrer tantas dificuldades”, vinca. “Se o investimento do Governo da RAEM continuar a diminuir, sem o apoio de melhores recursos sociais, o nível dos desportos em Macau vai retroceder, e será difícil competir com atletas de todo o mundo. Macau corre o risco de ficar muito para trás”, acrescentou.

Johnson Ian apela assim ao Governo para aumentar o investimento e contribuir para a verdadeira construção da Cidade do Desporto.

10 Set 2024

O desporto na RAEM

Os resultados do desporto na Região Administrativa Especial de Macau-RAEM, apesar do esforço dos atletas ou desportistas não têm sido exemplares em comparação com o seu congénere de Hong Kong ou noutras paragens da região.

A isto se deveu, segundo os analistas, por factores alheios aos seus praticantes em virtude de ausência de condições de vária ordem e, nomeadamente, por faltam de espaços para a sua prática, de técnicos altamente qualificados e, acima de tudo, do apoio do governo local.

Não se percebe bem o porquê da ausência de apoios aos atletas, nem se compreende por que ainda não definiram uma estratégia orientada para a melhoria do desporto a todos os níveis, quando o senhor Presidente da República Popular da China manifestou, publicamente, que havia necessidade de desenvolver o desporto na RPC e, com isso, assistimos a uma melhoria significativa das estruturas em todo o continente chinês para a prática do desporto de toda a ordem.

Infelizmente, tal não teve correspondência na RAEM pois, não se constatou durante estes últimos quinze anos quaisquer melhorias em termos de construção de novas instalações desportivas dignas de registo, excepção ao complexo existente em Mong-Há que apesar de ser bonito ainda é insuficiente para a prática de desporto de alta competição.

Para além do desporto “Wushu” (arte marcial chinesa) que soube honrar a RAEM nas competições de alto nível mais nenhum outro desporto teve qualquer mérito digno de registo e, a isto, se deveu a falta de apoio material aos atletas bem como de instalações para a sua prática ou treino.

Temos, neste momento, uma oportunidade única de poder aproveitar o espaço deixado pelo fecho do Canídromo que está situado numa zona da cidade onde todos podem ter acesso sem grandes deslocações. Cremos que naquele espaço poder-se-á projectar um outro complexo desportivo para a prática das mais variadas modalidades, como sendo, o futebol e, em recinto fechado, o voleibol, basquetebol, andebol, futsal, badminton, entre outras. No mesmo complexo deverá haver um Centro de Medicina Desportiva equipado com piscina, alojamento para estágios de atletas, zonas de restauração e necessariamente um auto-silo para as viaturas de toda a espécie.

Um investimento desta natureza irá certamente colher os seus frutos a médio prazo e, com isso, honrará o nome da RAEM como está acontecendo na nossa vizinha cidade de Hong Kong que nos últimos anos tem conseguido excelentes resultados precisamente por que compreenderam, os seus dirigentes, que o Desporto não deixa de ser uma vertente importante para um Pais ou cidade.

O espaço físico para o referido complexo desportivo já existe assim como não faltam verbas para o efeito, por isso, ouso-me propor ao senhor Chefe do Executivo para ponderar seriamente a presente proposta.

20 Mar 2024

Comité Olímpico | Corpos Sociais prestaram juramento diante de secretária

Segundo a Carta Olímpica e os estatutos do Comité Olímpico, os comités estão obrigados à neutralidade política. Porém, os novos corpos sociais prestaram juramento diante de Elsie Ao Ieong U, secretária para os Assuntos Sociais e Cultura. O presidente da direcção, o deputado Chan Chak Mo, recusa leituras políticas da situação

 

Apesar de os estatutos do Comité Olímpico e Desportivo de Macau, China (CODM) definirem que a entidade deve “salvaguardar a sua absoluta autonomia, alheando-se de todas as influências de natureza política, religiosa ou económica”, os membros dos novos dos corpos sociais da instituição prestaram juramento diante a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U.

A cerimónia decorreu na noite de quarta-feira, e as fotografias divulgadas pelo comité mostram os vários membros da direcção, entre os quais os deputados Chan Chak Mo, Ma Chi Seng, o presidente do Instituto do Desporto, Pun Weng Kun, ou o empresário Kevin Ho, de braço no ar a ler o juramento.

Contudo, os estatutos do comité definem no artigo 4.º que o CODM “não tem fins lucrativos, devendo assegurar os recursos indispensáveis a um funcionamento independente e estável e ser absolutamente alheio a quaisquer iniciativas ou influências de natureza política, religiosa ou económica”. A ideia de independência política é igualmente reforçada pelo 7.º artigo, que define como objectivos do comité olímpico “salvaguardar a sua absoluta autonomia, alheando-se de todas as influências de natureza política, religiosa ou económica”.

Também a Carta Olímpica, que o CODM tem de seguir, sob pena de não cumprir com as exigências do Comité Olímpico Internacional, define como quinto princípio fundamental a neutralidade política: “Reconhecendo que o desporto se inscreve no quadro da sociedade, as organizações desportivas do Movimento Olímpico aplicam a neutralidade política”, consta do documento.

Sem interferência

Confrontado com a situação, Chan Chak Mo, presidente da nova direcção, considerou que o facto dos novos corpos sociais terem jurado diante da secretária não deve resultar em nenhuma leitura política.

“Não há qualquer tipo de interferência política [no comité]. A secretária foi uma convidada de honra da cerimónia, porque tem a responsabilidade de supervisionar todas as actividades desportivas em Macau. Foi um gesto de boa-vontade, e uma medida de cortesia”, afirmou Chan Chak Mo. “Ela foi convidada para subir ao palco, porque todos os comités desportivos e actividades estão sob a supervisão da sua secretaria”, foi acrescentado.

O presidente da direcção e deputado argumentou igualmente que o conteúdo do juramento não menciona qualquer subordinação do comité ou dos corpos sociais à secretária. “O conteúdo do juramento diz que o nosso compromisso é com o desenvolvimento do desporto em Macau, e não menciona o compromisso face a ninguém”, explicou.

O deputado garantiu ainda não haver qualquer influência do poder político nas decisões do organismo: “Não há nenhuma interferência política nas decisões, funcionamento e actividades do Comité Olímpico. A secretária foi a nossa convidada de honra porque é responsável pelo desenvolvimento de todo o desporto, através do Instituto do Desporto, e nós representamos o Comité Olímpico. Também recebemos financiamento deles”, destacou.

Segundo o HM apurou, o juramento dos corpos sociais do CODM diante da secretária para os Assuntos Sociais e Cultura ou face ao presidente do Instituto do Desporto não é uma tradição nova. Contudo, desta vez seria impossível prestar juramento diante do presidente do Instituto do Desporto, Pun Weng Kun, porque também faz parte da direcção do comité, como vice-presidente.

Em declarações ao HM, o gabinete da secretária para os Assuntos Sociais e Cultura recusou que o acto de testemunhar o juramento resulte interferência na autonomia do comité: “O facto de os dirigentes participarem no evento e testemunharem o juramento dos corpos, a convite do Comité, é um acto que revela o apoio ao trabalho do Comité, o que não afecta a sua autonomia”, foi respondido.

O procedimento é muito diferente do que acontece em outros países, como, por exemplo, em Portugal. Em 2022, num vídeo que está disponível online, quando se realizou a cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos sociais do Comité Olímpico de Portugal, não houve nenhum membro do Governo convidado para o palco nem para “receber” a prestação de juramento. A cerimónia de tomada de posse decorre com a simples assinatura de um livro.

Pontos que se tocam

Os novos corpos sociais do Comité Olímpico e Desportivo de Macau, China têm como presidente da direcção Chan Chak Mo, que é igualmente deputado da Assembleia Legislativa e membro do Conselho Executivo. Este é um órgão político que aconselha o Chefe do Executivo na tomada de decisões e na apresentação de propostas de lei à Assembleia Legislativa. A forte componente política é atestada pela exigência de todos os membros terem de ter nacionalidade chinesa.

O vice-presidente é Pun Weng Kun, que é igualmente presidente do Instituto do Desporto, desde 2016, um cargo de nomeação política, embora o ID tenha autonomia administrativa.

Nos novos corpos sociais consta igualmente O Lam, membro da delegação de Macau da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC) e vice-presidente do Instituto para os Assuntos Municipais. O Lam é vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral do Comité, pelo que não surge nas fotografias do juramento.

Pai e filho

Segundo a constituição dos novos corpos sociais do CODM, a direcção tem como membros, além de Chan Chak Mo e Pun Weng Kun, o empresário e sobrinho do ex-Chefe do Executivo, Kevin Ho. Ma Chi Seng, deputado e filho do presidente da Assembleia Geral do próprio comité, é outro dos membros da direcção, assim como Hoi Lok Man, Lai Pak Leng, Chan Weng Kit de Noronha e Sharon Ao Ieong.

A nível da assembleia-geral do comité, o presidente é Ma Iao Hang, pai do deputado Ma Chi Seng. Os dois fazem parte da família do falecido e influente empresário Ma Man Kei. A assembleia-geral é ainda constituída por O Lam, António Fernandes e Lam Man Iam. O conselho fiscal é liderado por Chang Chi Nam contando igualmente com Lam Un Mui e Chang Veng Chong como membros.

História | Comité fundado em Dezembro de 1987

Actualmente, com a denominação Comité Olímpico e Desportivo de Macau, China (CODM), a instituição foi fundada a 22 de Dezembro de 1987, à altura intitulado como Comité Olímpico de Macau, e com as associações desportivas locais como membros.

O grande reconhecimento internacional do comité aconteceu dois anos depois, durante a Assembleia Geral do Conselho Olímpico da Ásia, em Dezembro de 1989, em Bali, o Comité Olímpico de Macau foi aceite como membro do Conselho Olímpico da Ásia.

Também no ano de 1989, Macau estreou-se a ganhar medalhas nos palcos internacionais, quando o atleta Li Man Yam conquistou o bronze, nos Campeonatos Asiáticos de Wushu.

Em 1994, o Comité Olímpico e Desportivo de Macau, China recebe a denominação actual, com a criação de novos estatutos. O passado como Comité Olímpico de Macau não é negado e surge no portal online do organismo.

Após a transição, o comité teve envolvido na organização de um dos eventos mais marcantes a nível desportivo da RAEM, os Jogos da Ásia Oriental de 2005.

Embora o sonho antigo de ver as cores de Macau a participar nos Jogos Olímpicos tenha sido abandonado pelos actuais dirigentes, o Comité Olímpico e Desportivo de Macau participa regularmente nos Jogos Asiáticos, como aconteceu no ano passado, no Interior, em Hangzhou.

Actualmente, o CODM conta com 49 associações como membros, como a associação local de natação, ciclismo, futebol, ginástica, wushu ou de automobilismo.

15 Mar 2024

Desporto | Atletas sem apoios para competir internacionalmente

Ron Lam recebeu queixas de atletas que deixaram de representar as cores de Macau no exterior, porque se viram forçados a pagar despesas de deslocações depois de o Governo ter cortado apoios

Apesar das promessas de desenvolvimento de uma cidade do desporto, a falta de apoios para atletas locais competirem internacionalmente está a afastar a representação do desporto de Macau no exterior. A situação foi relatada pelo deputado Ron Lam, através de uma interpelação escrita.

No documento, Ron Lam explica que a falta de apoio a atletas locais para competir no exterior se agravou com o novo regulamento que define as regras dos apoios financeiros do Fundo do Desporto, em vigor desde Setembro do ano passado.

“O novo regulamento não define claramente a proporção de apoios financeiros a conceder às representações oficiais do território em provas internacionais. O Plano de Apoio Financeiro Específico 2024 permite que as proporções [para os próximos anos] possam ser modificadas arbitrariamente”, alertou o deputado, sobre o que considera ser o problema do novo regulamento do Governo de Ho Iat Seng.

A nível prático, Ron Lam explicou que as mudanças fizeram com que as viagens internacionais de delegações desportivas deixassem de ser financiadas. Aos atletas é agora que pedido, por várias associações desportivas, que assumam os custos.

No passado, as deslocações internacionais eram apoiadas numa proporção de 50 a 70 por cento do custo pelo Instituto do Desporto (ID). O montante restante era pago pelas próprias associações.

Com base nas queixas recebidas por atletas locais, o legislador apontou que alguns deixaram de competir e representar Macau, porque não têm dinheiro.

Ligação ao mundo real

Face ao descrito, Ron Lam quer saber se o ID está informado sobre os casos dos atletas que têm de pagar as deslocações do seu bolso: “Se conhecem os casos, porque não intervêm activamente para assegurar que os atletas não desistem de participar por motivos económicos?”, pergunta. Se não conhecem, que medidas o ID vai adoptar para evitar a repetição destes casos?”, acrescentou.

Ron Lam criticou ainda o modelo de financiamento do desporto local, devido ao facto de o ID cortar os apoios públicos destinados às associações desportivas, quando estas conseguem patrocínios privados. Segundo o legislador, a medida é incoerente e exige uma nova realidade, em que os apoios públicos possam ser conciliados com os privados.

Além da vertente económica, o legislador quer saber como vai o Governo apostar na formação dos atletas, para que possam ser competitivos a nível internacional e integrar a elite do desporto mundial.

O deputado defende que o Governo não deve focar os apoios apenas na fase em que os atletas que conseguem obter os resultados internacionais, mas que deve ter um programa de formação e acompanhamento mais abrangente.

11 Mar 2024

Desporto | Pedidos mais campos abertos 24 horas

O deputado da FAOM considera que os campos abertos 24 horas por dia são muito populares e que devia haver mais instalações do género, que, aponta, contribuem para a “felicidade” dos residentes

 

O deputado Lam Lon Wai defende a necessidade de o Governo criar mais espaços para prática desportiva que estejam abertos 24 horas por dia. O assunto é abordado numa interpelação escrita, depois do espaço existente junto à Torre de Macau, e onde era possível jogar basquetebol e futebol, ter sido encerrado devido a obras.

Com o início das obras de construção do chamado Corredor Verde na Península de Macau, o Executivo encerrou o espaço de desporto junto à Torre de Macau. Nesta área, que estava aberta 24 horas por dia, e em que não era preciso fazer marcações com antecedência, ao contrário de outras zonas do Instituto do Desporto, havia dois campos de basquetebol e um de futebol, a funcionar desde 2011.

Agora, Lam Lon Wai quer saber se há planos para criar zonas semelhantes, que também funcionem 24 horas por dia. “Como instalações que contribuíam efectivamente para a felicidade dos residentes, não devemos avaliar a sua utilidade apenas de acordo com os números e estatísticas […] Dado que as autoridades querem fazer da RAEM uma cidade de desporto, há planos para criar mais zonas de desporto abertas 24 horas por dia?”, questiona.

O deputado também reconhece que uma das primeiras fases a ser concluída na obra do corredor verde inclui espaços para a prática de desporto. Contudo, o legislador lamenta que a abertura só aconteça, na melhor das hipóteses, em 2025.

Por isso, Lam sugere que sejam criadas áreas deste género para responder “à grande procura” perto da Avenida Sun Yat-sen, e também na orla costeira, mais perto da Zona A dos novos aterros.

 

Terrenos para táxis

Ao contrário do que acontecia no passado, em que havia poucos terrenos na posse da Administração, Lam Lon Wai aponta que a situação mudou e que nos últimos anos foram recuperados mais de 80 terrenos, com uma área de 700 mil metros quadrados.

Face a alguns dos terrenos, o deputado ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) aponta que na sociedade se pede sempre uma “utilização activa temporária” destes recursos, enquanto não lhes é dado um destino permanente.

Face a esta realidade, Lam Lon Wai sugere que os terrenos desocupados possam receber, mesmo que de forma temporária, paragens de táxis. Um dos locais que Lam Lon Wai diz poder ser um excelente exemplo, e dada a falta de paragens de táxis, é a Rua da Ponte Negra, próxima da Avenida Olímpica e da zona da Taipa Antiga. “Seria uma forma de optimizar a utilização dos recursos”, argumenta o deputado.

19 Fev 2024

Eventos | Manuel Silvério propõe construção de um estádio novo

Numa carta aberta dirigida ao Chefe do Executivo, o ex-presidente do Instituto do Desporto sugere a construção de um novo estádio em Macau com capacidade para receber “mega” eventos no território

 

O ex-presidente do Instituto do Desporto e antigo presidente do Comité Organizador dos Jogos da Ásia Orienta, Manuel Silvério, defende a necessidade de ser construído um estádio em Macau com capacidade para pelo menos 50 mil pessoas. A posição foi expressa através de uma carta aberta para o Chefe do Executivo, publicada nas redes sociais, com o objectivo de contribuir para o “desenvolvimento do turismo cultural e das artes de Macau”.

Manuel Silvério começa por explicar a razão do território não conseguir atrair grandes eventos desportivos ou musicais, ao contrário do que acontece com Hong Kong ou com Shenzhen. Actualmente, Lionel Messi está em Hong Kong, onde ontem participou num encontro entre o Inter Miami e uma selecção da região vizinha. Dias antes, tinha estado em Shenzhen, onde a sua equipa perdeu por 6-0 frente ao Al-Nassr de Cristiano Ronaldo. O português não participou no encontro por estar lesionado.

“Como adepto, também adoraria ver essas equipas em Macau, mas ao observar o recente desempenho de ‘Seventeen’ no Estádio de Macau, fica evidente que Macau ainda não oferece as melhores condições quando comparado com Hong Kong ou Shenzhen”, escreveu o ex-dirigente do ID. Macau deseja receber jogos internacionais de futebol e ver as super-estrelas em acção […] é urgente a necessidade de um grande estádio com instalações adequadas”, acrescentou.

Silvério fez referência aos espectáculos da banda Kpop Seventeen, esgotou dois concertos que tiveram lugar no Estádio de Macau. Todavia, o evento ficou marcado pelas críticas de parte da população, não só face ao barulho para montar o palco, mas face ao som do espectáculo e ainda devido aos cortes das estradas.

Sobre os polémicos espectáculos, Silvério indicou que “são benéficos para os interesses globais de desenvolvimento de Macau, contribuindo para a activação da comunidade, estimulando a economia local e desviando visitantes para outras partes da cidade”. Porém, admitiu que pode haver uma melhor comunicação com a população.

 

Capacidade limitada

Sobre o Estádio de Macau, o ex-dirigente do ID indica que “a capacidade actual de 15 mil espectadores” é “claramente insuficiente para apoiar eventos de grande escala”. Por isso, sugere um novo estádio. “Macau precisa de considerar a construção de um estádio noutro local que possa acomodar um público maior para atender às necessidades do desenvolvimento sustentável futuro”, atirou. “Acredito que a construção de um estádio com capacidade para 50 a 60 mil pessoas reduziria efectivamente o impacto sobre os residentes e teria um impacto positivo no desenvolvimento da indústria de Macau”, justificou Manuel Silvério. “Se Macau quiser continuar a receber eventos de grande porte, resolver o problema da falta de espaço é crucial. Acredito que o planeamento e construção de grandes estádios são essenciais para equilibrar o conflito entre residentes e a actividade comunitária”, considerou.

Sobre os locais para o estádio, Silvério sugere a Nave Desportiva dos Jogos da Ásia Oriental, porque “há amplo espaço de estacionamento e zonas de apoio e para lidar com o fluxo de veículos e pedestres”. Contudo, também indica que se pode aproveitar o espaço do actual Estádio de Macau, e ligá-lo ao Macau Jockey Club. “Anexar o Estádio de Macau e as instalações do Jockey Club pode ser uma solução viável […] oferecendo funções de apoio logístico e reduzindo o impacto nas estradas e nos residentes ao redor”, sugeriu.

“Com um local mais adequado, Macau poderá acolher mais competições e shows tão ansiados, sem a necessidade de se ter de ir ‘caçar estrelas’ noutras cidades”, concluiu.

5 Fev 2024

Tribunais | Comité Olímpico Internacional perdeu batalha legal

O comité responsável pela organização dos Jogos Olímpicos e detentor das marcas OLYMPIC e OLIMPIAD contestou o registo em Macau da marca OLIMP, ligada a um laboratório polaco, mas perdeu a causa

 

O Comité Olímpico Internacional (COI) perdeu uma batalha nos tribunais de Macau, para impedir o registo da marca OLIMP, que se dedica ao comércio de produtos nutritivos para desportistas. O caso conheceu o desfecho no mês passado com o tribunal a dar razão à empresa com sede na Polónia.

A situação começou a 31 de Dezembro de 2020, quando o laboratório A&A Laboratories Spółka Z Ograniczoną Odpowiedzialnością” avançou com o registo da marca “OLIMP/Sport Nutrition” em Macau. Por sua vez, a Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT) aceitou o registo, que inclusive foi publicado no Boletim Oficial, a Junho de 2022, como exigido legalmente.

No entanto, o COI veio mover uma acção contra o registo no Tribunal Judicial de Base, por considerar existir “um elo de afinidade e semelhança entre os produtos” da marca do Comité Internacional Olímpico, a OLYMPIC e OLIMPIAD, registadas em 2013, e a marca OLIMP.

Na versão do COI, um consumidor padrão, descrito como pouco atento, “facilmente” poderia ser “levado a crer que OLIMP é mais um sinal distintivo com origem na Recorrente [COI] como as marcas OLYMPIAD e OLYMPIC que o consumidor já conhece e por isso retém na memória, já que têm em comum as primeiras seis letras”.

Na acção, o comité indicava igualmente que o registo da OLIMP criava “o risco de que o público relevante possa erradamente entender que os bens e serviços contestados têm a mesma origem e proveniência”, e que o laboratório polaco se poderia aproveitar das marcas ligada aos Jogos Olímpicos, para “apanhar uma boleia à borla”, ou seja, aproveitar-se do trabalho na consolidação das marcas OLYMPIAD e OLYMPIC.

Tribunais pouco convencidos

Apesar dos argumentos apresentados, o Tribunal Judicial de Base, numa decisão de 13 de Fevereiro deste ano, e o Tribunal de Segunda Instância, a 12 de Outubro, decidiram validar o registo da marca OLIMP, como tinha sido aceite pela Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT).

Na primeira instância, foi considerado que “as marcas não são confundíveis”, porque apesar de “parte da componente nominativa [OLIMP]” ter “alguma similitude com os sinais das marcas registadas [OLYMPIAD e OLYMPIC], incluindo na expressão fonética inicial”, o tribunal considerou não ser “suficiente para lograr concluir-se pela imitação”.

Para a diferença, o tribunal indicou ser igualmente essencial que a marca OLIMP esteja acompanhada das palavras “Sport Nutrition”, no logótipo registado: “Afasta qualquer possibilidade de se concluir pela imitação”, foi justificado.

Uma conclusão semelhante foi adoptada pelo TSI, na decisão mais recente. “Para além da palavra Olimp, as marcas registandas, na sua componente nominal, têm aditada a alocução, sport nutrition, que, apesar da sua limitada natureza distintiva por descrever os produtos que se pretende assinalar, na conjugação com o todo acrescenta singularidade às marcas, fazendo-as afastar das da Recorrente [COI]”, foi sustentado.

23 Nov 2023

Desporto | Morreu Charles Lo Keng Chio

Charles Lo Keng Chio, presidente da Comissão Executiva do Comité Olímpico e Desportivo de Macau, morreu na tarde de terça-feira, de acordo com uma notícia publicada em língua chinesa na Macao Sports Weekly.

As causas da morte não foram anunciadas. Além de presidente da comissão executiva no comité de Macau, Charles Lo tinha também lugar no Conselho Olímpico da Ásia, desde 2011, assumindo actualmente as funções de presidente do Comité dos Média.

Descendente da família do empresário Lou Kau, responsável pela construção do Jardim de Lou Lim Ioc, Charles Lo Keng Chio fazia ainda parte da Mesa da Assembleia da CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau, cujo mandato se prolongava até 2026. Entre os cargos públicos que assumiu destaca-se também a passagem como membro do Conselho Fiscal do Centro de Ciência de Macau.

12 Out 2023

Desporto | Jovens queixam-se de falta de espaços

Mais de metade dos jovens, numa proporção de 54 por cento, acredita que o Governo deve aumentar o número de instalações para práticas desportivas. A conclusão faz parte de um relatório elaborado pela Associação de Nova Juventude Chinesa de Macau, com base em 747 questionários.

Segundo a apresentação feita ontem por Chan Ngoi Chon, secretário-geral do grupo, pelo menos 54 jovens deram conta da falta de espaços em Macau para a prática desportiva.

Quanto às especificidades e desportos que mais carecem de infra-estruturas, Chan Ngoi Chon apontou a necessidade de construir mais piscinas e campos de badminton. Além disso, sublinhou que as autoridades devem construir estádios temporários insufláveis, tal como acontece no Interior.

Ainda de acordo com o relatório da associação, o Governo tem especiais responsabilidades nesta questão, porque entre os jovens que tinha praticado desporto no último ano, pelo menos 75 por cento tinha recorrido a espaços públicos.

Apesar da Associação de Nova Juventude Chinesa de Macau ser abertamente pró-Governo, não deixou de apontar defeitos à gestão do espaço por parte do Executivo de Ho Iat Seng. O dirigente associativo criticou ainda a complexidade elevada do sistema de aluguer de espaços, situação justificada com a gestão estar a cargo de várias entidades, sem um sistema unificado. Uma das consequências é a variação do preço pago para alugar instalações semelhantes.

2 Set 2021

Desporto | Governo alerta para falta de fisioterapeutas

Elsie Au Ieong U, secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, reconheceu ontem que há falta de fisioterapeutas com especialidade na área desportiva. “Vamos melhorar a qualidade da nossa equipa médica. (…) Não temos profissionais especializados na medicina desportiva então através da associação nacional de desporto andamos à procura de profissionais para trabalharem em Macau ou formar os nossos médicos”, disse também o presidente do Instituto do Desporto.

Segundo os dados apresentados, entre 2018 e 2020, registaram-se mais de 300 casos de lesões de atletas, que têm um seguro de saúde adquirido pelo Governo. Em 2020, houve 42 casos de pedido de indemnização e Elsie Ao Ieong U considera que os mecanismos “são eficazes”. A informação foi dada em resposta a uma interpelação oral do deputado Zheng Anting sobre os apoios dados aos atletas de elite.

Quanto à vida dos atletas de elite depois de terminarem a carreira desportiva, a secretária disse que o Governo apoia a sua participação em acções de formação. Cerca de 80 por cento dos atletas subsidiados têm um grau académico, incluindo um com doutoramento e nove com mestrado.

28 Mai 2021

Desporto | Executivo quer um evento internacional por mês

[dropcap]N[/dropcap]o âmbito do turismo desportivo, o Governo quer lançar um evento internacional por mês. “Espero que o Instituto do Desporto consiga fazer isto”, disse Elsie Ao Ieong. Apesar de ainda não haver certezas, está em cima da mesa uma competição de pingue-pongue para Junho.

“Por outro lado, estamos a pensar convidar selecções europeias para competirem no Estádio de Macau, mas tudo depende da evolução epidemiológica”, observou a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura. Entre os exemplos de eventos de sucesso foram apontados o Grande Prémio e os Barcos de Dragão.

Além disso, espera-se que em 2021 sejam organizadas actividades de intercâmbio de futebol entre a China e os países de língua portuguesa. No debate, a secretária disse que se pretende dotar os atletas de mais oportunidades de contacto e intercâmbio para “progredirem conjuntamente”. E recordou que uma vez que o Instituto para os Assuntos Municipais está a pensar transformar espaços não ocupados em campos de prática desportiva “teremos mais espaços para satisfazer as necessidades”.

Proceder a obras em instalações culturais, desportivas e educacionais estão entre as prioridades da tutela, sendo que o Instituto do Desporto vai avançar com a remodelação da residência de atletas do “Centro de Formação e Estágio de Atletas”.

5 Mai 2020

Castigo leve da FIFA não esconde divisão no futebol de Macau

A punição do organismo que tutela o futebol é vista como leve pelo sector. Porém, o processo e a decisão da Associação de Futebol de Macau de não participar no encontro com o Sri Lanka deixou feridas profundas. Entre os clubes contactados pelo HM, não houve um único que defendesse a forma de actuar da AFM

 

 

[dropcap]O[/dropcap] facto de Macau ter recusado jogar diante do Sri Lanka, em partida de Qualificação para o Mundial de 2022, no Qatar, levou a FIFA, entidade que tutela a modalidade, a impor uma multa de 10 mil francos suíços, equivalente a 82,5 mil patacas. A falta de comparência foi justificada com motivos de segurança e a FIFA não terá ignorado por completo essas razões, uma vez que a Associação de Futebol de Macau (AFM) foi punida com a pena mínima.

No entanto, os argumentos da AFM também não convenceram a FIFA quanto a uma possível repetição do jogo. A selecção de Macau foi punida à luz do artigo 56 do Código de Conduta, que define a multa mínima de 10 mil francos suíços. Este artigo prevê, em conjunto com o artigo 38B, que um jogo, que não se realize por falta de comparência, se devidamente justificada, pode ser repetido. A punição foi ainda tomada tendo em conta o artigo 5 dos regulamentos para o Mundial. Porém, a FIFA não ficou convencida com a argumentação da associação liderada por Chong Coc Veng e impôs uma derrota por 3-0 a Macau.

Com esta decisão, o Sri Lanka segue para a fase de grupos de apuramento da AFC para o Mundial. Já a selecção de Macau fica de fora da eliminatória, mas também não sofre outras punições, nem fica impedida de participar em competições futuras, assim como os clubes.

 

Segurança em primeiro

Para o presidente da Associação de Futebol de Veteranos, Francisco Manhão, o veredicto da AFC foi correcto, mas a FIFA teria decidido de outra forma, caso estivesse em causa uma selecção com mais importância do que Macau. “Penso que qualquer vida humana é mais importante do que um jogo de futebol. Se o Governo apresenta como justificação a existência de riscos para a segurança, que tem por base a decisão do Gabinete de Gestão de Crises do Turismo [GGCT], que emitiu um alerta, eu aceito”, afirmou Manhão. “Gostava de saber quais são as garantias de segurança que a FIFA dá para que o jogo se realize no Sri Lanka. Não sei. Acha que a protecção dos militares é suficiente para garantir que não há ataques?”, questionou, em declarações ao HM. “Se o pedido para levar o jogo para campo neutro fosse de outra selecção mais forte, como Brasil, Inglaterra ou Alemanha, a decisão tinha sido outra”, acrescentou.

Também o treinador Rui Cardoso admite que a AFM tomou a decisão certa, quando coloca o cenário de ser o seu filho, David Fong, que é elegível para a selecção de Macau, a fazer a deslocação. “Estou do lado da AFM pelas questões de segurança. Se eu fosse o treinador do grupo e houvesse riscos, era o primeiro a defender que não se devia ir”, deixa claro. “Se o meu filho estivesse na comitiva, eu pensaria duas vezes. Como familiar, iria ser uma deslocação muito complicada”, reconheceu.

 

Futebol em cacos

Segundo o capitão da selecção, a decisão da FIFA acabou por ser mais leve do que o esperado e positiva, no sentido em que permite a selecção e aos clubes continuarem a participar nas competições internacionais. “Sabíamos que a decisão ia sempre passar por uma derrota. Há regras e as consequências que existem são estas”, disse Nicholas Torrão ao HM. “Mas dentro do mal que poderia acontecer, a penalização foi ligeira. Felizmente, foi assim para o futebol de Macau, porque não afecta as selecções nem os clubes. Os erros pagam-se caro, mas tivemos sorte desta vez”, frisou.

Contudo, o jogador alerta que o ambiente entre a associação, clubes e jogadores está longe de ser o indicado e que quem fica a perder é a modalidade. Por outro lado, Nicholas Torrão acredita que poderá regressar à selecção, assim como outros atletas, desde que haja um pedido de desculpas da AFM. “Vamos ter de falar muito [sobre o regresso]. Acho que a associação tem um pedido de desculpas a fazer aos jogadores. E também há muitos jogadores que têm de pedir desculpa ao futebol de Macau, porque as acções de protesto [jogo Ka I-Hang Sai] não foram dignas do que queremos mostrar”, opinou. “Há muita discussão por fazer para poder encontrar um rumo certo para todos”, considerou.

Ainda sobre a carta assinada por vários atletas que se mostraram indisponíveis para representar a selecção da Flor do Lótus, Nicholas Torrão disse que foi um instrumento de pressão à AFM e que alguns atletas vão regressar e outros vão optar por cumprir o assinado.

 

 

Imagem prejudicada

Ainda no que diz respeito ao desenvolvimento do futebol, mesmo para a selecção, que em Março de 2020 deverá participar na Taça da Solidariedade, Nicholas Torrão diz que a AFM tem de começar a ouvir e a articular-se com os clubes. Na última edição da prova, a equipa de Macau foi finalista derrotada.

Mas se o capitão da selecção acha fundamental haver maior entendimento entre associação e clubes, o caminho não parece fácil. Do lado dos clubes são muitas as críticas, não só à forma como o organismo liderado por Chong Coc Veng tomou esta decisão, mas também como ignora os próprios clubes associados.

Para o presidente do Monte Carlo, Firmino Mendonça, o castigo, mesmo que seja considerado leve, não deixa de ser o sinal de que o trabalho não foi bem feito. “Acho que a Associação de Futebol de Macau tem de ponderar fazer um trabalho melhor, não pode deixar tudo para a última hora”, começou por dizer Firmino Mendonça, ao HM. “Se a associação se tivesse preparado bem, logo quando houve o incidente, poderia ter resolvido o problema que agora temos. A associação deve ter a noção de que está a prejudicar Macau.”, defendeu.

O líder dos canarinhos acusa ainda a AFM de não saber dialogar com os clubes e jogadores. “O diálogo é muito importante entre a associação, os jogadores e os clubes e poderia ter resolvido estas questões. Primeiro, faltou transparência. Segundo, houve falta de diálogo para lidar com os handicaps”, apontou.

 

Falta de explicações

Já o director técnico do Benfica de Macau, Duarte Alves, espera que a AFM mostre as comunicações com a FIFA, AFC e Sri Lanka e os documentos relacionados com as seguradoras. O responsável sublinha também que a decisão, mesmo que leve face ao que poderia ser, não deixa de ser uma sanção. “A decisão é um castigo da FIFA. […] Estamos à espera da transparência prometida pela AFM, durante a conferência de imprensa. Até lá, só podemos assumir que não foi feito o máximo possível para que o jogo fosse feito noutro lugar”, afirmou Duarte Alves.

O responsável espera ainda que seja divulgada a documentação sobre as comunicações com as seguradoras, porque as informações recolhidas pelo clube indicam que seria possível segurar a viagem. “A informação que temos, e que procurámos sozinhos em seguradoras, era que havia seguradoras que poderiam arranjar seguro para este tipo de viagens. Por isso, queremos ver o que a AFM tem para mostrar”, indicou.

O Benfica de Macau tem experiência em deslocações internacionais, uma vez que participou na temporada de 2018 na Taça da AFC e realizou duas deslocações à Coreia do Norte e Taiwan.

Por outro lado, Duarte Alves questionou o critério da segurança, quando o mesmo é desvalorizado internamente. “Há dinheiro para pagar a multa e diz-se que é pela segurança dos jogadores. Mas depois não se coloca uma ambulância no estádio”, opinou. “Nesse caso, se acontecer alguma coisa a nível de segurança não há problema, porque dizem que não há fundos. É uma dualidade de critérios”, atirou.

 

Decisão esperada

Por sua vez, o Sporting Clube de Macau, através de José Reis, um dos dirigentes, mostrou-se feliz com a decisão, por permitir que clubes e jogadores possam continuar a competir.

“A decisão foi a esperada. Por muitos apelos que tenha havido, a FIFA fez aquilo que tinha de fazer. Violaram os regulamentos e a violação implica uma punição”, começou por dizer José Reis ao HM. “Também fico feliz pelo castigo pequeno, porque não acho que um castigo pesado fosse mudar o que quer que fosse para o futebol de Macau. Não acho que uma multa pesada, uma exclusão durante 10 anos, fosse forçar os órgãos dirigentes da associação a perceberem que era altura de mudarem de atitude ou saírem”, sustentou.

Para o dirigente, o caso mostra que os órgãos dirigentes da AFM estão agarrados ao poder, independentemente de fazerem um bom ou mau trabalho. “Estão agarrados e não querem sair de lá. Este foi um exemplo. Isto foi muito mau, mas pelos vistos teria de haver uma hecatombe gigantesca. Nem consigo imaginar algo muito pior, para eles perceberem que têm de sair”, opinou.

Por outro lado, José Reis apontou ainda que este tipo de situações afectam tremendamente o trabalho dos clubes, em aspectos como os patrocínios. “Quando vamos falar com as pessoas para termos apoio e investir no futebol, estas situações fazem com que não tenhamos o mínimo de credibilidade. As pessoas lêem os jornais e as notícias e sabem em que estado está o futebol”, explicou. “As pessoas que ligam ao futebol estão revoltadas, basta ver o que se passa nas redes sociais, entre as comunidades portuguesa e chinesa”, justificou.

Confrontado com a penalização, ontem, Pun Weng Kun, presidente do ID recusou a ideia de o dinheiro para pagar a multa vir dos cofres públicos. Pun afirmou ainda acreditar que a AFM tem capacidade para lidar com os problemas existentes na modalidade. Por outro lado, o presidente do ID referiu a necessidade da AFM melhorar a comunicação com os outros agentes do futebol, devido ao encontro entre Ka I e Hang Sai, que terminou com 39 golos, como forma de protesto.

No dia seguinte à divulgação do castigo, o HM entrou em contacto com a AFM, através dos canais disponíveis para a comunicação, mas não foi possível estabelecer a comunicação.

 

 

Liga alternativa?

Face à forma como a AFM tem lidado com os clubes, o cenário de haver uma liga independente formada por algumas equipas não é de todo afastado. Para Benfica de Macau e Sporting de Macau, o cenário não deve ser rejeitado, e até poderá ser visto como a melhor alternativa para o futebol de Macau. Já o Monte Carlo afasta o cenário, porque não acredita que se concretize sem a AFM. Porém, Firmino Mendonça concorda que a AFM está a falhar face ao esforço dos clubes para promover o futebol.

1 Jul 2019

Audi | André Couto com programa asiático

[dropcap]E[/dropcap]nquanto aguarda pelo resultado dos testes que fará por estes dias em Okayama e que lhe podem abrir novamente as portas do campeonato nipónico Super GT, André Couto viu terça-feira o seu primeiro programa desportivo para a época 2019 confirmado. O piloto português da RAEM vai conduzir um Audi R8 LMS GT3 Evo na temporada completa do Blancpain GT World Challenge Asia.

O anúncio foi feito esta semana pela Audi Sport customer racing Asia, através de um comunicado de imprensa, confirmando o apoio ao Audi inscrito pela equipa chinesa Tianshi Racing Team (TSRT). Nesta nova aventura, Couto irá fazer equipa com David Chen, de 23 anos, na classe Silver-Silver (Prata-Prata). O piloto chinês tem no seu currículo triunfos à classe na Taça Audi R8 LMS e no Asian Le Mans Series, sempre com a equipa TSRT.

Para Martin Kuehl, o director da Audi Sport customer racing Asia, “Couto é um profissional com provas dadas e com muita experiência no Audi R8 LMS GT3”. O responsável alemão admite que “é bom ver uma inscrição tão capaz” no campeonato em que a marca de Ingolstadt contará com mais dois R8 LMS GT3 inscritos pela Absolute Racing.

Esta não será a estreia de André Couto no Blancpain GT World Challenge Asia, campeonato que o ano passado se designava como Blancpain GT Series Asia. O piloto do território conduziu um dos Bentley Continental GT3 da Phoenix Racing Asia na ronda final de Ningbo do ano passado.

Neste programa com a TSRT, Couto irá encontrar o engenheiro português radicado em Zhuhai, Rúben Silva, que o ano transacto o acompanhou no campeonato japonês Super Taikyu Series. Esta dupla tem se encontrado em diversas ocasiões desde que trabalharam juntos pela primeira vez em 2014, quando o piloto de Macau se sagrou vice-campeão da Taça Audi R8 LMS.

A competição organizada pela SRO Motorsport Organisation, a entidade co-organizadora da Taça do Mundo FIA de GT do Grande Prémio de Macau, é composta por doze corridas em seis eventos, e arranca no primeiro fim-de-semana de Abril, em Sepang, passando depois pela Tailândia, Japão, Coreia do Sul e República Popular da China. O calendário do Blancpain GT World Challenge Asia só coincide com o do Super GT no fim-de-semana de 3 e 4 de Agosto, com a prova da Coreia do Sul a ser realizada no mesmo fim-de-semana das 500 milhas de Fuji.

 

15 Mar 2019

GP Macau enviou carta de condolências à FIA pela morte de Charlie Whiting

[dropcap]C[/dropcap]harlie Whiting, Director de Corrida do Campeonato do Mundo de Fórmula 1 e Delegado de Segurança da Federação Internacional Automóvel (FIA), morreu ontem devido a uma embolia pulmonar, na Austrália, onde se encontrava para mais um início de temporada da classe rainha do automobilismo. Whiting, de 66 anos, era uma figura muito ligada ao Grande Prémio de Macau, onde desempenhou várias funções, entre elas a de Director de Corrida. Era também uma presença constante nas inspecções ao circuito.

A morte apanhou de surpresa o mundo do automobilismo e Macau não passou ao lado das notícias. Fonte da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau informou o HM que o presidente, Pun Weng Kun, enviou ainda ontem uma carta de condolências à FIA. Em relação à edição deste ano do Grande Prémio de Macau, que se realiza em Novembro, vai ainda ser equacionada uma homenagem. Contudo, uma vez que “ainda faltam vários meses para o evento” não há nenhuma decisão tomada.

Além destes actos, a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau colocou o portal da prova a preto-e-branco e emitiu um comunicado a valorizar o papel de Charlie Whiting para a prova: “Ao longo dos anos os contributos para o Grande Prémio de Macau do Charlie foram imensos. A sua orientação e experiência ajudaram a que o Circuito da Guia e o Grande Prémio de Macau continuassem a cumprir e a exceder os mais elevados padrões desportivos e organizativos. Macau ficará eternamente grata ao Charlie pela sua dedicação, profissionalismo e amizade”, podia ler-se na mensagem.

Condolências gerais

Além da comissão do Grande Prémio, foram várias as figuras do automobilismo que deixaram mensagens de condolências à família de Charlie Whiting, como o presidente da FIA, Jean Todt, ou os campeões mundiais de Fórmula 1 Lewis Hamilton ou Sebastian Vettel. “Uma figura central e inimitável, que personificava a ética e o espírito da Fórmula 1”, considerou Jean Todt.

Por sua vez, Hamilton recordou que Charlie era uma “figura icónica”. Já Vettel considerou que o britânico era a excelente ponte de ligação entre os técnicos e pilotos e que “tinha sempre a porta aberta para receber os pilotos”.

Charlie Whiting começou a carreira na Fórmula 1 como mecânico, em 1977. Porém, em 1988 mudou-se para a FIA e assumiu as funções de Delegado Técnico da Fórmula 1, onde continuou a carreira.

 

15 Mar 2019

Taça do Mundo de Fórmula 3 continua em Macau

O Conselho Mundial da Federação Internacional do Automóvel (FIA), que teve lugar na pretérita semana em Genebra, confirmou que o 66º Grande Prémio de Macau, a realizar de 14 a 17 de Novembro, vai ser novamente o palco da Taça do Mundo FIA de Fórmula 3.

[dropcap]A[/dropcap]comunicação da FIA foi curta e não detalhou em que moldes será disputada este ano a prova que habitualmente encerra o programa de corridas do evento automobilístico da RAEM. Contudo, visto que a FIA só autoriza o uso da designação “Fórmula 3” a campeonatos que cumpram com a última regulamentação do órgão máximo que rege o automobilismo mundial, é expectável que sejam os mais recentes monolugares da disciplina, apenas usados no novo Campeonato FIA de Fórmula 3, a darem corpo à grelha de partida da corrida.

A utilização dos novos monolugares de Fórmula 3, construídos pela Dallara e com um motor único fornecido pela Mecachrome, poderá requerer alterações ao Circuito da Guia, principalmente a nível de segurança, alterações essas que poderão ter sido já discutidas superficialmente com a Comissão do Grande Prémio e com a Associação Geral Automóvel Macau-China. Nenhuma das duas entidades ainda se pronunciou oficialmente sobre o assunto.

Com uma potência de 380 cv, os novos carros da Fórmula 3 fizeram o primeiro “shakedown” no dia 1 de Março no circuito de Magny-Cours, em França, e segundo apurou o HM, rodaram com o peso mínimo de 692 kg. Para atender aos requisitos actuais do Circuito da Guia (FIA Grau 3), estes monolugares, com a actual potência, teriam que correr com 760 kg, algo que poderá não ser viável, sendo que a subida do Grau do circuito a solução provável para ultrapassar este obstáculo.

Com a confirmação da continuidade da Taça do Mundo de Fórmula 3 em Macau, a 66ª edição do Grande Prémio vai voltar a contar com três Taças do Mundo da FIA, pois tanto a Taça do Mundo de GT e uma das provas da Taça do Mundo de Carros de Turismo (WTCR) já tinham sido anteriormente confirmadas.

 Sophia em análise

A FIA também aproveitou também o primeiro Conselho Mundial da 2019 para dar conta dos últimos desenvolvimentos do impressionante acidente de Sophia Floersch no Circuito da Guia.

É possível ler no comunicado de imprensa enviado na passada quinta-feira que: “Um relatório na investigação sobre o acidente durante a Taça do Mundo FIA de F3 em Macau, a 18 de Novembro, foi apresentado ao Conselho. As Comissões relevantes vão agora avaliar as conclusões do relatório.”

Entretanto, na passada semana, Sophia Floersch voltou ao volante de um Fórmula 3 igual ao que tripulou em Macau num teste particular. Sem sequelas do acidente, a jovem de 18 anos cumpriu mais de 200 voltas ao circuito italiano de Monza e foi a mais rápida em pista.

11 Mar 2019