Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeCovid-19 | 150 pessoas para quarentena devido a surto em aeroporto de Nanjing Um caso positivo de covid-19 registado em Zhuhai, com origem no aeroporto de Nanjing, levou as autoridades de Macau a decretar quarentena obrigatória de 14 dias para todas as pessoas que viajaram para RAEM oriundas deste aeroporto. No total, 150 pessoas estão nesta situação e entraram no território há quase uma semana 150 pessoas de Macau vão ter de cumprir quarentena de 14 dias pelo facto de terem estado no aeroporto de Lukou, em Nanjing, onde foi dectetado um surto de covid-19 que contaminou um homem de Zhuhai. A medida de quarentena obrigatória está em vigor desde as 6h de domingo. As autoridades estão em contacto com a centena e meia de pessoas, e revelaram ontem que todos teriam de se deslocar ao terminal marítimo do Pac On, entre as 18h e 23h de ontem, para realizar o teste de ácido nucleico. Foi pedido que levassem consigo documentação de prova do voo em que viajaram. Além disso, “os familiares [destas pessoas] também precisam de fazer o teste uma vez”, referiu Alvis Lo, director dos Serviços de Saúde (SSM), em conferência de imprensa do centro de coordenação e de contingência do novo tipo de coronavírus. O responsável adiantou que “os residentes que entraram [no território] até ao dia 21 de Julho não precisam pagar as despesas da quarentena, mas os trabalhadores não residentes sim, de acordo com as normas do hotel em que estão”. Estes podem também requerer a isenção do pagamento. À quinta foi de vez O homem infectado em Zhuhai tem 29 anos de idade e chegou do aeroporto de Nanjing no dia 19 de Julho. Depois de deixar o aeroporto o homem apanhou um shuttle bus para o hotel, às 16h40, e jantou no hotel entre as 18h e as 19h30. No dia seguinte, tomou o pequeno-almoço no hotel e foi de seguida a um centro comercial onde “participou numa conferência da empresa”. Entre as 18h e as 21h desse dia “foi a um convívio com os colegas num restaurante”, tendo regressado ao hotel depois. No dia 21 o indivíduo voltou a estar presente na conferência, e só depois realizou cinco testes de despistagem à covid-19, sendo que só à quinta vez deu positivo. Alvis Lo apelou ainda à vacinação e ao reforço das medidas de higiene de quem tenha estado nos mesmos locais desta pessoa. “Todos os residentes e TNR, sobretudo os que vivem em Zhuhai e Zhongshan, precisam de tomar atenção ao percurso do indivíduo, e se frequentaram os mesmos locais têm de informar o centro de coordenação.” O contacto com o centro de coordenação pode ser feito através do código de saúde, no histórico de viagem, por email ou telefone, estando prevista a realização de três testes nos próximos sete dias, totalmente gratuitos Até ontem não havia registo de casos de contacto próximo com o paciente infectado. “Temos uma alta circulação de pessoas entre Zhuhai e Macau, com muitos TNR e turistas. Há pessoas de Macau a viver em Zhuhai ou Zhonghshan. Tendo em conta este novo caso, Macau corre o risco de ter um surto comunitário”, disse Alvis Lo. As autoridades de Zhuhai têm testado, entre ontem e hoje, a testar toda a população devido a este caso, que as autoridades caracterizam como assintomático. Os resultados vão determinar a aplicação das medidas em Macau. “A percentagem será uma referência importante para Macau. Se houver uma taxa alta de casos positivos então vamos ajustar atempadamente as nossas medidas”, frisou Alvis Lo. Na conferência de ontem foi também anunciado que, a partir de hoje, não será necessária a realização da autogestão de saúde de sete dias para quem viaja de Taiwan, devido à redução do número de casos de covid-19.
Hoje Macau China / ÁsiaSurto de covid-19 na cidade de Nanjing agrava-se com 38 novos casos Os novos casos de covid-19 continuaram a aumentar na cidade de Nanjing, no leste da China, com mais 38 infeções diagnosticadas nas últimas 24 horas, disseram hoje as autoridades. A capital da província de Jiangsu registou mais de 60 casos, nos últimos dias. Dezenas de milhares de pessoas foram colocadas em quarentena e as autoridades estão a testar a população, repetindo a estratégia que tem sido efetiva para suprimir o novo coronavírus no país. Outro caso de transmissão local foi relatado na cidade vizinha de Suqian e outro na província de Liaoning, no nordeste do país. Ambos estão ligados ao surto de Nanjing, indicou a Comissão de Saúde da China. Outros 36 casos importados foram relatados, metade deles na província de Yunnan, perto da fronteira com Myanmar, que enfrenta um grave surto. Existem actualmente 741 casos ativos no país. O número de mortos permanece nos 4.636.
João Santos Filipe Grande Plano MancheteCovid-19 | Registados mais três infectados e quatro casos de contacto próximo Duas pessoas que voaram para Macau vindas das Filipinas e outra que viajou da Alemanha foram diagnosticadas com covid-19 à entrada na RAEM. As autoridades anunciaram ainda que quatro cidadãos foram submetidos a quarentena devido a contacto próximo com uma pessoa infectada no Interior Macau registou mais três casos importados de covid-19, o que fez subir o número de infecções desde o início da pandemia para 59 infectados. Os casos reportados dizem respeito a um residente de 31 anos que estuda na Alemanha, e outros dois residentes, uma mãe, de 28 anos, e um filho, de 8 anos, que viajaram para Macau vindos das Filipinas. Nos três casos o diagnóstico foi logo feito à entrada. O caso do estudante que viajou da Alemanha, que partiu de Paris e fez escala em Singapura, foi revelado ontem à tarde. Segundo a informação revelada, “após a chegada a Macau, foi imediatamente encaminhado para a Urgência Especial do Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ), devido a febre baixa”. Antes de partir, o individuo tinha feito um teste com resultado negativo. Uma situação idêntica aconteceu com as duas pessoas (mãe e filho) vindas das Filipinas. “Ambos negaram terem sido, anteriormente, diagnosticados com a COVID-19. A mãe foi vacinada em 25 de Junho e 23 de Julho com duas doses da vacina”, pode ler-se no comunicado do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. “Os resultados do teste de ácido nucleico que efectuaram nas Filipinas em 20, 21 e 22 de Julho foram negativos”, acrescentam as autoridades. Além dos dois casos, o centro revelou outras duas situações de recaída, também relacionadas com pessoas vindas das Filipinas. “Foram, ainda, registados, outros dois casos positivos no teste de ácido nucleico. Um caso diagnosticado a funcionária do Consulado Geral das Filipinas em Macau, com 27 anos de idade, e outro a uma bebé, de um ano, filha de um outro membro do mesmo consulado”, foi indicado. “Em ambas situações acusaram positivo no resultado do teste de ácido nucleico, mas como tinham sido diagnosticados em Maio como casos confirmados, foram ambos classificados como casos de recaída”, foi explicado. Também no caso da mulher de 27 anos a infecção aconteceu apesar da inoculação com duas doses já ter sido realizada. Segundo o comunicado do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus as pessoas infectadas estão “em condições consideradas normais” e a ser tratadas no Centro Clínico de Saúde Pública. Contactos próximos Além dos casos confirmados, as autoridades anunciaram também a existência de quatro pessoas em Macau que tiveram contacto próximo com um infectado do Interior. A mulher de 23 anos foi diagnosticada a 22 de Julho, como assintomática, num Hospital de Zhuhai, onde fez o teste de ácido nucleico e para onde tinha viajado a partir de Nanjing. Na cidade vizinha, a mulher utilizou os transportes públicos para Zhongshan, onde esteve em contacto com um trabalhador não-residente em Macau, de 32 anos, e três residentes: uma mulher de 64 anos, uma mulher 53 anos e um homem de 28 anos. Por sua vez, os contactos próximos originaram três contactos gerais e 11 contactos próximos por via secundaria, num total de 17 pessoas. “Todas concluíram o primeiro teste de ácido nucleico e teste de anticorpos. Todos os resultados deram negativo e sem capacidade de transmissão”, afirmou a médica Leong Iek Hou, na sexta-feira, durante a conferência semanal sobre a situação pandémica. Ainda segundo o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, não existem motivos para preocupação uma vez que foram encontrados “os residentes que estiveram em contacto estreito com os contactos próximos” a quem foi “aplicadas medidas preventivas de observação médica”. Vacinação é “gravemente baixa” A conferência de imprensa de sexta-feira serviu igualmente para o Governo insistir no apelo à vacinação, principalmente por entender que a taxa de vacinação entre idosos e jovens é “gravemente baixa”. Nesse sentido, Tai Wa Hou, médico-adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde São Januário, anunciou novas medidas como a vacinação nas escolas secundárias e autorização para que as pessoas com mais de 60 anos, ou doenças crónicas, se possam vacinar sem terem de fazer marcação. Segundo os dados apresentados, desde o início da administração de vacinas, há seis meses, a taxa de vacinação é de 40 por cento. Quando são consideradas as pessoas com mais de 12 anos, a percentagem de vacinados sobe para 45 por cento. Os residentes têm uma taxa de vacinação de 55 por cento e os não-residentes de 45 por cento. No entanto, Tai Wa Hou alertou que devido ao fluxo fronteiriço entre Guangdong e Macau o risco de infecção “está a aumentar gradualmente” e que as pessoas devem vacinar-se o mais depressa possível. Quarentena obrigatória para quem esteve em Nanjing Foi decretada, desde ontem à tarde, quarentena obrigatória de 14 dias para todos os indivíduos que nos 14 dias anteriores à entrada em Macau tenham estado em Nanjing, na província de Jiangsu. O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus especificou ontem que quem “tenha estado no Subdistrito de Yongyang do Distrito de Lishui, no Subdistrito de Yaxi do Distrito GaoChun, no Subdistrito de Nanyuan do Distrito de Jianye ou no Distrito de Jiangning da Cidade de Nanjing” terá de se sujeitar a 14 dias de observação médica em local designado pelas autoridades de saúde. As quarentenas obrigatórias estendem-se a quem tenha estado na cidade de Ruili e Condado de Longchua, da Sub-região Autónoma das Etnias Dai e Jingpo de Dehong, na província de Yunnan, ao Bairro Residencial Rongle do Subdistrito de Jinqiao do Distrito de Dodong da Cidade de Shenyang, na província de Liaoning e na Zona de Fábrica N.º1 situada na Rua Huike da Vila Wujia do Distrito de Fucheng da Cidade de Mianyang, na província de Sichuan. Arranca hoje nova ronda de venda máscaras A partir de hoje os residentes e não-residentes podem deslocar-se às farmácias do território para comprarem mais 30 máscaras por 24 patacas, no âmbito do programa de aquisição do Governo. Durante a ronda do plano que terminou ontem, foram vendidas mais 3,67 milhões de máscaras, de acordo com a médica Leong Iek Hou, o que faz com que desde o início da pandemia tenham sido vendidos 210 milhões de máscaras.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Índia rejeita estudo que aponta para 10 vezes mais óbitos que os dados oficiais As autoridades indianas rejeitaram ontem as conclusões de um estudo que refere que o número real de mortes por covid-19 seja dez vezes maior do que os dados oficiais. Segundo um estudo, divulgado na terça-feira e publicado por Arvind Subramanian, antigo conselheiro económico do governo indiano, e dois investigadores do Centro para o Desenvolvimento Global e da Universidade de Harvard, o excesso de mortes – a diferença entre os óbitos registados e os que seriam esperados em circunstâncias normais – ronde entre três e 4,7 milhões entre janeiro de 2020 e junho de 2021. Para o Ministério da Saúde indiano, o relatório “assume que todos os números de excesso de mortalidade são mortes por covid-19, o que não é baseado em fatos e é totalmente falacioso”. A Índia, que calculou sempre a baixa mortalidade de cerca de 1,5% causada pela covid-19 em comparação com outras nações afetadas, questiona os métodos de cálculo do CDG. “A extrapolação das mortes foi feita na audaz suposição de que a probabilidade de que uma pessoa infetada morra é a mesma em todos os países, descartando a interação de fatores diretos e indiretos, como raça, etnia, constituição genómica, níveis de exposição associados a outras doenças e imunidade desenvolvida por essa população”, criticou. Porém, o Ministério da Saúde não deu detalhes sobre as causas que poderiam ter causado o excesso de mortes. O estudo recorreu a três métodos de cálculo: dados do sistema de registo civil, que regista nascimentos e mortes em sete estados, testes de sangue que mostram a prevalência do vírus na Índia, juntamente com as taxas globais de mortalidade devido à covid-19, e um inquérito económico a perto de 900.000 pessoas, realizado três vezes por ano. A Índia é o segundo país do mundo com mais casos de covid-19, depois dos EUA, contabilizando mais de 31 milhões de infeções desde o início da pandemia, de acordo com o último balanço da Universidade norte-americana Johns Hopkins.
Pedro Arede SociedadeCovid-19 | Estudante oriunda do Reino Unido é o 56.º caso Uma residente de 21 anos de idade que chegou a Macau vinda do Reino Unido na quarta-feira, foi diagnosticada com covid-19 tendo sido classificado como o 56º caso confirmado no território (caso importado). Segundo uma nota divulgada ontem pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, a paciente encontrava-se a estudar no Reino Unido, onde tinha sido entretanto inoculada com a primeira dose da vacina contra a covid-19 produzida pela farmacêutica Moderna. O Centro de Coordenação dá ainda nota para o facto de o teste de ácido nucleico realizado no dia 18 de Julho no Reino Unido ter sido negativo. No dia seguinte, a residente de Macau seguiu viagem para Singapura no vôo da Singapore Airlines SQ319, tendo ocupado o assento 42A. Após efectuar escala em Singapura, a estudante rumou por fim a Macau através do vôo da Scoot TR904, onde viajou no assento 23F. Também ontem, tendo em conta a evolução epidemiológica da Cidade de Nanjing da Província de Jiangsu, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus anunciou que todos os indivíduos que nos 14 dias anteriores à entrada em Macau que tenham estado no Subdistrito de Lukou passam a estar sujeitos a quarentena obrigatória em locais a designar, aquando da sua chegada a Macau. A medida entrou em vigor às 9h00 de ontem.
Hoje Macau China / ÁsiaChina rejeita termos da OMS para aprofundar as origens do coronavírus A China disse hoje que a segunda fase da investigação sobre a origem da covid-19 é “inaceitável”, depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) não ter descartado a teoria de uma fuga a partir de um laboratório. O vice-ministro da Comissão Nacional de Saúde, Zeng Yixin, descartou a teoria de que terá havido um acidente e a fuga do coronavírus a partir do Instituto de Virologia de Wuhan como um “boato que vai contra o bom senso”. “É impossível aceitarmos este plano para detetar a origem do vírus”, disse, numa conferência de imprensa convocada para abordar a origem da covid-19. Zeng disse que ficou “bastante surpreso” com o pedido da OMS para aprofundar as origens da pandemia e, especificamente, a teoria de que o vírus pode ter saído de um laboratório chinês. O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, reconheceu, na semana passada, que foi “prematuro” descartar uma possível ligação entre a pandemia e uma fuga do novo coronavírus a partir do Instituto de Virologia de Wuhan. Zeng disse que o laboratório da cidade de Wuhan não tem vírus que possam infetar humanos diretamente e apontou que a China esclareceu isso repetidamente e não aceita o plano da OMS. A investigação sobre a origem do vírus tornou-se uma questão diplomática que contribuiu para deteriorar as relações entre a China e os Estados Unidos e muitos dos seus aliados. Os EUA e outros países dizem que a China não foi transparente nas primeiras semanas da pandemia. Pequim acusa os críticos de politizar uma questão que deveria ser deixada para os cientistas. Os primeiros casos de covid-19 foram diagnosticados em Wuhan, no final de 2019. O instituto de virologia da cidade é um dos principais laboratórios da China que armazena e estuda coronavírus. Zeng observou que uma equipa de especialistas internacionais coordenada pela OMS que visitou o laboratório no início deste ano concluiu que um vazamento era altamente improvável. A maioria dos especialistas acredita que o vírus provavelmente passou para o ser humano a partir de animais. O debate, altamente politizado, questiona se uma fuga do laboratório é assim tão improvável que mereça ser descartado como possibilidade. Tedros disse esperar por uma melhor cooperação e acesso aos dados da China, acrescentando que obter acesso a dados brutos foi um desafio para a equipa internacional de especialistas que viajou à China este ano para investigar a causa do surto. “Eu também fui técnico de laboratório, sou imunologista e trabalhei em laboratório, e acidentes de laboratório acontecem”, descreveu. Também o ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, pediu às autoridades chinesas que permitissem o prosseguimento da investigação sobre as origens do vírus. Zeng afirmou que as informações de que funcionários e alunos de pós-graduação do Instituto de Virologia de Wuhan ficaram doentes com o vírus e podem tê-lo transmitido a outras pessoas não são verdadeiros. A China “sempre apoiou o rastreamento científico de vírus” e deseja que isso se estenda a vários países e regiões em todo o mundo, defendeu. “No entanto, somos contra a politização do trabalho de investigação”, acrescentou. A segunda fase deve basear-se nas conclusões da primeira fase, após “ampla discussão e consulta pelos Estados membros”, disse Zeng. A China tem procurado frequentemente desviar as acusações de que a pandemia se originou em Wuhan e foi potencializada por erros burocráticos iniciais e uma tentativa de encobrimento. Porta-vozes do governo pediram até uma investigação para apurar se o coronavírus pode ter sido produzido num laboratório militar dos EUA, uma teoria que não é amplamente aceite pela comunidade científica. O país praticamente extinguiu o vírus dentro do seu território, através de medidas restritas de confinamento.
Hoje Macau China / ÁsiaMortes na Índia por covid-19 podem ser dez vezes superiores à contagem oficial, diz estudo O total de mortes na Índia devido à covid-19 pode ser 10 vezes superior aos dados oficiais, ou seja de vários milhões e não de milhares, convertendo-a na pior tragédia da Índia moderna, segundo um estudo divulgado hoje. O documento, publicado por Arvind Subramanian, antigo conselheiro económico do governo indiano, e dois investigadores do Centro para o Desenvolvimento Global e da Universidade de Harvard, calcula que o excesso de mortes – a diferença entre os óbitos registados e os que seriam esperados em circunstâncias normais – ronde entre três e 4,7 milhões entre janeiro de 2020 e junho de 2021. Os autores do estudo afirmam que, apesar de não ser possível determinar um número exato, “é provável que [o total de mortes] seja de uma magnitude superior à contagem oficial”. O relatório aponta que a contagem oficial pode ter deixado de fora mortes ocorridas em hospitais sobrecarregados, especialmente durante a devastadora segunda vaga da pandemia, na primeira metade do ano. “É provável que o verdadeiro número de mortes seja na casa de vários milhões e não das centenas de milhares, o que torna esta tragédia humana indiscutivelmente a pior da Índia desde a partição e a independência”, pode ler-se no estudo, citado pela agência de notícias Associated Press (AP). Em 1947, a partição do Império Britânico da Índia, que deu origem a dois Estados independentes (a Índia, maioritariamente hindu, e o Paquistão, muçulmano), levou à morte de cerca de um milhão de pessoas, resultantes de massacres entre hindus e muçulmanos. O estudo recorreu a três métodos de cálculo: dados do sistema de registo civil, que regista nascimentos e mortes em sete estados, testes de sangue que mostram a prevalência do vírus na Índia, juntamente com as taxas globais de mortalidade devido à covid-19, e um inquérito económico a perto de 900.000 pessoas, realizado três vezes por ano. Os investigadores analisaram as mortes provocadas por todas as causas e compararam esses dados com a mortalidade em anos anteriores, um método considerado preciso. Os autores do estudo alertaram no entanto que a prevalência do vírus e as mortes por covid-19 nos sete estados analisados podem não se refletir de igual forma por toda a Índia, uma vez que o vírus pode ter-se propagado mais em estados urbanos que rurais e que a qualidade dos cuidados de saúde varia muito no país. O especialista Jacob John, da faculdade de medicina Christian Medical College, em Vellore, no sul da Índia, disse à AP que o relatório sublinha o impacto devastador que a covid-19 teve no mal preparado sistema de saúde indiano. “Esta análise reitera as observações de jornalistas de investigação destemidos que apontaram a enorme subavaliação das mortes”, disse Jacob. O relatório também estima que cerca de dois milhões de indianos terão morrido durante a primeira vaga de infeções, no ano passado. No documento, sublinha-se que não “perceber a escala da tragédia em tempo real”, nessa altura, pode ter “criado uma complacência coletiva que levou aos horrores” da devastadora segunda vaga, que atingiu o pico em meados de maio, com mais de 400 mil novos casos por dia. Nos últimos meses, alguns estados indianos reviram em alta o número de mortes provocadas pela covid-19, suscitando preocupações de que muitas não tenham sido registadas oficialmente. Vários jornalistas indianos também publicaram números mais elevados em alguns estados, recorrendo a dados governamentais. Segundo dados do Governo indiano, a Índia registou 414.482 mortes desde o início da pandemia, o que faz dela o terceiro país com mais óbitos causados pelo coronavírus SARS-CoV-2, a seguir aos Estados Unidos e Brasil. A Índia é o segundo país do mundo com mais casos de covid-19, depois dos EUA, contabilizando mais de 31 milhões de infeções desde o início da pandemia, de acordo com o último balanço da Universidade norte-americana Johns Hopkins.
Hoje Macau DesportoTóquio 2020 | Atleta checo residente na aldeia olímpica infetado com novo coronavírus O jogador checo de voleibol de praia Ondrej Perusic, residente na aldeia olímpica de Tóquio2020, teve um teste com resultado positivo ao novo coronavírus, anunciou hoje o Comité Olímpico da República Checa. Perusic efetuou o teste no domingo (18 de julho) e “não apresenta absolutamente qualquer sintoma” associado à covid-19, segundo o chefe de missão do país nos Jogos Olímpicos, Martin Doktor, que adiantou terem sido tomadas “medidas para evitar a transmissão [da infeção] aos membros da comitiva”. Desde a chegada das delegações à capital japonesa, quatro atletas acusaram positivo nos testes de despistagem ao novo coronavírus, de acordo com a organização dos Jogos Olímpicos, ainda sem contabilizar o caso de Perusic. O Comité Olímpico Internacional (COI) informou também hoje que os contactos próximos de um caso positivo em Tóquio2020, o que deverá suceder com alguns elementos da delegação checa, devem ser isolados, mas continuarem a poder treinar. Os Jogos Olímpicos Tóquio2020, adiados para este ano devido à pandemia de covid-19, realizam-se de 23 de julho a 08 de agosto.
João Luz Grande Plano MancheteCovid-19 | Governo estuda hipótese de administrar terceira dose da vacina Está a ser estudada a administração da terceira dose da vacina contra a covid-19. Entretanto, a coordenadora do núcleo de prevenção de doenças infecciosas reiterou que as restrições fronteiriças entre Macau e Hong Kong dependem das medidas impostas pelo Interior da China em relação à região vizinha. A contenção é justificada com a hipótese de pessoas com dupla residência provenientes de Hong Kong entrarem na China através de Macau Afinal, poderá haver mais uma dose da vacina contra a covid-19 por administrar. A hipótese foi avançada por Tai Wa Hou, da Direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, na passada sexta-feira durante a conferência de imprensa de ponto de situação da pandemia. “De acordo com dados e situações mundiais, alguns países estão a planear ou implementar medidas para a terceira dose de vacinação e a Autoridade de Saúde está também a estudar a matéria”, afirmou Tai Wa Hou, alertando para o facto de as autoridades do Interior da China estarem a considerar reforçar a imunização com uma terceira dose do fármaco da BioNTech. O médico indicou que a vacinação com duas doses pode “efectivamente prevenir doenças graves e evitar em alguns casos a morte, mas não é suficiente para prevenir a infecção e transmissão e, com a passagem de tempo, a protecção da vacina gradualmente irá diminuir”. Como tal, o clínico que dirige o hospital público entende que “face à situação actual, a terceira dose da vacina é necessária”. Em relação aos destinatários e altura em que será administrado o reforço, ainda nada está decidido e a Autoridade de Saúde está a estudar a situação. Para já, Tai Wa Hou acrescentou que a administração da terceira dose não se vai limitar a quem foi inoculado com a Sinopharm, “embora o nível de anticorpos da vacina inactivada de Sinopharm seja inferior ao da vacina BioNTech mRNA”. O médico esclareceu que o reforço “não deve apenas considerar o índice de anticorpos”, dependendo igualmente do stock de vacinas. Seguir a tendência Nesta semana, as autoridades de Hong Kong vão discutir a possibilidade de administrar a terceira dose da vacina a pessoas com sistema imunitário mais fraco. A hipótese foi adiantada por Wallace Lau, um dos especialistas do painel de conselheiros do Governo de Carrie Lam sobre vacinação, em declarações à emissora RTHK. A possibilidade de reforço para quem tem níveis mais baixos de anticorpos não é, no entanto, prioritária face à necessidade de aumentar a taxa de vacinação. Para atingir imunidade de grupo, uma comunidade deve ultrapassar a taxa de vacinação de 70 por cento. Para já, a região vizinha regista cerca de 2,73 milhões de pessoas que levaram, pelo menos, a primeira dose da vacina. Esta é uma tendência que se vem constatando a nível internacional. Há cerca de uma semana, Israel passou a disponibilizar uma terceira dose da vacina da BioNTech a adultos com sistemas imunitários mais fracos. A medida foi anunciada na sequência da rápida propagação da variante Delta, que trouxe de regresso a preocupação do Governo de Telavive com a pandemia, que reforçou o stock de vacinas da Pfizer. A questão da terceira dose está em discussão também nos Estados Unidos e na União Europeia. Há cerca de uma semana, Bruxelas dava sinais de estar a preparar a eventualidade de administrar à população uma terceira injecção da vacina contra a covid-19 da Pfizer/BioNtech. O estado de prontidão foi admitido a comissária europeia da Saúde e Segurança Alimentar, Stella Kyriakides. “Estamos desde já preparados para o caso de ser necessário, tanto a nível europeu como de uma estratégia” comum para compra e distribuição de vacinas, declarou a comissária durante uma conferência de imprensa em Madrid, ao lado da ministra espanhola da Saúde, Carolina Darias. “Trabalhamos continuamente, mas a decisão sobre o assunto virá da ciência”, explicou Stella Kyriakides. A sua equipa “trabalha constantemente com a Agência Europeia dos Medicamentos (EMA) e o Centro Europeu de Prevenção de Doenças (ECDC) para adoptar uma posição nas próximas semanas ou nos próximos meses”, acrescentou. Apesar do avanço da campanha de vacinação na UE (65 por cento dos cidadãos receberam a primeira dose e 47 por cento as duas), a comissária cipriota avisou: A Europa está “numa situação muito frágil, devido ao aumento de casos constatado em muitos Estados-membros, na sequência da variante Delta”. Prateleiras por encher Desde o início, a RAEM comprou meio milhões de doses da vacina da Sinopharm, com mais de 370 mil já administradas e 50 mil agendadas para administração. A manter-se o actual ritmo de vacinação, com cerca de 5 mil doses diárias, as autoridades de saúde estimam que o stock desta vacina dá para mais de meio mês. Neste aspecto, ainda não é possível confirmar quando chega a Macau o próximo lote de vacina da Sinopharm, com as autoridades a não afastarem a possibilidade de o stock do fármaco esgotar. Quanto à vacina da BioNTech mRNA, as autoridades têm 140 mil doses disponíveis. “Após o cálculo das doses vacinadas e agendadas, há ainda 70.000 doses a fornecer. Com base na inoculação de 1.000 doses por dia, estas vacinas podem ser fornecidas por 70 dias”, de acordo com o centro de coordenação de contingência. Em relação aos poucos benefícios que Macau oferece a quem completa a vacinação, Tai Wa Hou afirmou que a tendência internacional contempla restrições de deslocações a quem não foi vacinado. O médico destacou as medidas referentes à participação em actividades culturais, recreativas e desportivas que isentam de apresentação de certificado de resultado negativo do teste de ácido nucleico de 7 dias para quem completou a vacinação. Sem mais exemplos para dar, o responsável adiantou que estão a ser estudadas mais “medidas de facilitação na vida ou deslocação para aqueles que foram vacinados”. Jogo das fronteiras Depois de muito se falar sobre a possível abertura de uma bolha de viagens entre Macau e Hong Kong, as autoridades locais afastaram a antiga tese de que a região vizinha precisava acumular 28 dias sem casos locais e passaram a decisão para a esfera nacional. No fundo, Macau só terá ligação a Hong Kong quando a RAEHK retomar a ligação ao Interior. A coordenadora do centro de contingência, Leong Iek Hou, reiterou que as restrições fronteiriças entre as duas regiões administrativas especiais se devem ao receio de que pessoas com dupla residência, oriundos de Hong Kong, entrem na China através de Macau. Sem referir mecanismos nos postos fronteiriços que identificassem as pessoas nessas condições, a responsável afirmou que “as medidas de Macau devem ser compatíveis com as implementadas pelo Interior da China, não podendo ser facilitada a passagem transfronteiriça entre Macau e Hong Kong se essa decisão influenciar as passagens entre Macau e o Interior da China”. Para já, vão continuar as conversações entre os departamentos relevantes das três jurisdições. Quanto à possibilidade de atenuar as exigências de exibição de código de saúde em estabelecimentos e espaços em Macau, face à estabilidade pandémica na província de Guangdong, Leong Iek Hou esclareceu que devido à ascensão global da variante Delta da covid-19, caracterizada por um curto período de incubação e velocidade de propagação, as viagens transfronteiriças levarão inevitavelmente a um aumento no risco de transmissão e infecção. Como tal, a coordenadora vincou que o número de pessoas sujeitas a quarentena obrigatória à entrada em Macau “tem sido elevado”, resultado de muitos “códigos amarelos na comunidade”. Esta foi a razão invocada por Leong Iek Hou para manter a necessidade de mostrar código verde à entrada de estabelecimentos. No caminho certo Desde o início da inoculação até às 16h de ontem, foram administradas 451.972 vacinas, abrangendo um total de 268.722 pessoas. Deste universo, 184.637 pessoas foram inoculadas com a segunda dose, o equivalente a 27 por cento da população de Macau. Desde o início da vacinação, de entre as quase 452 mil vacinas administradas, os serviços contaram apenas 6 eventos adversos graves.
Hoje Macau China / ÁsiaChina planeia reforçar as suas vacinas com dose da Pfizer A China está a considerar reforçar a vacinação da sua população, principalmente inoculada com antígenos de vírus inativados fabricados localmente, com uma dose adicional da vacina desenvolvida pela Pfizer e BioNTech, informou hoje a imprensa local. Fontes próximas dos reguladores farmacêuticos chineses, citadas pelo portal de notícias Caixin, indicaram que as “autoridades chinesas planeiam usar a vacina [da Pfizer-BioNTech] como uma dose de reforço para pessoas que receberam vacinas de vírus inativados”. As fontes também observou que esta dose extra provavelmente será gratuita. Segundo Wu Yifang, presidente da Fosun Pharma – a parceira chinesa da BioNTech – a Universidade de Hong Kong está a realizar um estudo sobre o desempenho obtido pela mistura da vacina chinesa Sinovac com a da BioNTech e os “dados disponíveis até agora são positivos”. A comunidade científica debate há meses a necessidade e eficácia da injeção de uma terceira dose, que pode ser uma vacina diferente da inoculada anteriormente. O grupo Fosun explicou que os reguladores de medicamentos chineses concluíram a revisão da vacina Pfizer-BioNTech, que agora está em fase de revisão administrativa. “Os departamentos competentes estão prestes a aprovar a vacina”, disse Wu, na quarta-feira, durante uma reunião com os acionistas da empresa. A Fosun está confiante de que poderá iniciar a produção nacional antes do final deste mês. O objetivo é fabricar mil milhões de doses até ao final de 2021, segundo a Caixin. Em abril passado, o presidente executivo da BioNTech, Ugur Sahin, garantiu que estava confiante de que receberia sinal verde dos reguladores chineses antes do final de julho. Se a vacina for aprovada, é a primeira inoculação de RNA mensageiro – e a primeira desenvolvida por empresas estrangeiras – a ser aprovada na China continental. A vacina BioNtech já está a ser usada nas regiões semiautónomas de Macau e Hong Kong.
Hoje Macau China / ÁsiaONU diz que nova vaga de covid-19 exige resposta internacional no Myanmar A nova vaga de covid-19 em Myanmar (antiga Birmânia), ligada à variante delta, exige uma resposta internacional de “emergência”, advertiu hoje o relator especial das Nações Unidas para os direitos humanos naquele país. “A crise (…) é particularmente letal devido à desconfiança generalizada em relação à junta militar”, sublinhou Tom Andrews num comunicado, apelando à ajuda da comunidade internacional para estabelecer um órgão politicamente neutro para coordenar a resposta à pandemia em que “os birmaneses podem confiar”. O forte ressurgimento do vírus em todo o país, mergulhado numa profunda crise política desde o golpe de Estado militar de 01 de fevereiro, é agravado pelo colapso do sistema de saúde devido a greves contra o comando militar e à desconfiança da população em relação ao regime, responsável por centenas de mortes de civis desde que eclodiram os protestos. A junta “carece dos recursos, capacidade e legitimidade” para controlar a crise, disse Andrews. A resposta sanitária foi prejudicada por uma greve geral indefinida de milhares de médicos e enfermeiros, muitos deles perseguidos pela junta militar, que se recusam a trabalhar para a ditadura militar. Para além da capacidade limitada para testar o vírus e da lenta campanha de vacinação covid-19, existe uma falta de fornecimento de oxigénio médico. O chefe da junta militar, o general Min Aung Hlaing, negou que os tanques de oxigénio não estivessem a ser produzidos, mas hoje o jornal pró-governamental The Global New Light of Myanmar, agora controlado pelo exército, fez eco de notícias sobre a sua escassez na cidade do norte de Kalay. A Birmânia registou 7.083 infetados e 145 mortos na quarta-feira, elevando o total desde o início da pandemia para 208.357 casos, que causaram 4.181 óbitos.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Exportações sobem e crescimento das importações abranda As exportações da China aumentaram, em Junho, enquanto o crescimento das importações abrandou, mas manteve-se robusto, sinalizando a estabilização do comércio externo chinês após a pandemia do novo coronavírus. As exportações aumentaram 32,2 por cento, em relação ao mesmo mês do ano anterior, para 281,4 mil milhões de dólares, acelerando em relação ao crescimento de 28 por cento registado em Maio, segundo os dados das alfandegas chinesas revelados ontem. As importações cresceram 36,7 por cento, para 229,9 mil milhões de dólares, abaixo do aumento de 51 por cento registado no mês anterior. A China liderou a recuperação global, após superar prematuramente a pandemia, mas o consumo doméstico e outros indicadores económicos permanecem mais fracos do que o esperado. Os exportadores enfrentam interrupções no fluxo global de componentes industriais, incluindo ‘chips’ de processador, e as limitações nas viagens internacionais e negócios, para combater a variante delta mais contagiosa do vírus. O comércio “ainda enfrenta muitos factores incertos e instabilidade”, disse um porta-voz das alfandegas, Li Kuiwen. O crescimento do comércio “pode abrandar” no segundo semestre, mas “deve permanecer relativamente rápido”, apontou Li, em conferência de imprensa. A previsão é de que o crescimento abrande à medida que as indústrias de entretenimento e outros serviços globais reabrem e os hábitos de consumo voltam ao normal. No entanto, os números de Junho sugerem que “essa tendência de amortecimento pode ocorrer mais tarde do que o esperado”, disse David Chao, da empresa de serviços financeiros Invesco, num relatório. As exportações de Junho para os 27 países da União Europeia aumentaram 27 por cento, para 43,1 mil milhões de dólares, enquanto as importações de produtos europeus aumentaram 34,1 por cento, para 27,7 mil milhões de dólares. Mais crescimento O ‘superavit’ (excedente) comercial da China com a UE aumentou 16,7 por cento, em relação ao ano anterior, para 15,4 mil milhões de dólares. As exportações para os Estados Unidos aumentaram 17,8 por cento, em relação ao ano anterior, para 46,9 mil milhões de dólares, enquanto as importações de produtos norte-americanos cresceram 37,6 por cento, para 14,3 mil milhões, apesar da prolongada guerra comercial e tecnológica entre os dois países. O ‘superavit’ comercial global da China aumentou 11 por cento, em relação ao ano anterior, para 51,5 mil milhões de dólares, enquanto o ‘superavit’ politicamente sensível com os Estados Unidos cresceu 10,9 por cento, para 32,6 mil milhões de dólares. O crescimento da economia chinesa disparou para 18,3 por cento, em relação ao ano anterior, nos primeiros três meses de 2021, com a retoma da atividade de consumo e negócios. No entanto, o crescimento em comparação com o último trimestre de 2020 foi de apenas 0,6 por cento, mostrando que a recuperação estabilizou. O consumo doméstico tem atrasado a recuperação do sector manufactureiro. As vendas a retalho aumentaram 12,4 por cento, em Maio, em relação ao mesmo mês do ano anterior, mas ficaram aquém das previsões. Para reforçar a actividade económica, o banco central da China cortou, na semana passada, a quantidade de reservas que os bancos comerciais são obrigados a manter, libertando um bilião de yuans adicionais de liquidez. A recuperação da economia ainda não é certa porque a procura global continua fraca, já que alguns governos voltaram a impor medidas de prevenção contra o vírus, que estão a afectar o comércio.
Hoje Macau China / ÁsiaTailândia | Restrições reforçadas incluindo recolher obrigatório em Banguecoque A Tailândia vai impor novas restrições face a um pico epidémico sem precedentes desde o aparecimento da covid-19, incluindo um recolher obrigatório noturno em Banguecoque, anunciaram sexta-feira as autoridades. A partir de segunda-feira, “as deslocações desnecessárias estão proibidas. As pessoas não poderão sair de casa entre as 21:00 e as 04:00, excepto em caso de necessidade”, declarou Apisamai Srirangson, porta-voz adjunto do grupo de trabalho da covid-19. Estas medidas dizem respeito aos 10 milhões de habitantes da capital tailandesa, mas também aos de nove outras províncias. A Tailândia registou um recorde de 72 mortes e 9.276 casos de infecção nas últimas 24 horas. “Pedimos desculpa pelas dificuldades enfrentadas pelas pessoas que vivem em áreas com as maiores restrições, mas isso permitirá combater efectivamente a doença. A Tailândia sairá vitoriosa”, acrescentou o porta-voz. O teletrabalho é encorajado e estão proibidas as concentrações de mais de cinco pessoas. Os transportes públicos não funcionam a partir das 21:00 e os centros comerciais encerram às 20:00. Devido às restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus, a Tailândia registou em 2020 os seus piores resultados económicos desde a crise asiática de 1997. Abertura em causa Há vários meses que o número de casos tem vindo a aumentar e o governo tailandês é criticado pela lentidão do seu plano de vacinação, pela fraca capacidade de testagem e pela má gestão da economia. As novas medidas surgem numa altura em que o país tenta reabrir as suas portas aos viajantes internacionais. O turismo representa quase um quinto da economia do reino e antes do encerramento das fronteiras, em Março de 2020, cerca de 40 milhões de pessoas viajavam para a Tailândia anualmente. No mês passado, o governo tailandês anunciou a intenção de reabrir o país aos visitantes completamente vacinados em Outubro.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeCovid-19 | Preços do transporte aéreo de animais duplicaram Nos dias que correm, quem quer viajar a partir de Macau com animais de estimação pode pagar cerca de 100 mil dólares de Hong Kong. Associações como a ANIMA e a Masdaw dão algum apoio e dizem que os preços quase duplicaram A pandemia da covid-19 e as restrições de viagens levaram a um enorme aumento do custo de transporte aéreo de um animal, o que faz com que muitas pessoas permaneçam em Macau à espera de melhores tempos para viajar e melhores preços. O alerta é dado por dois dirigentes de associações de defesa dos direitos dos animais. Albano Martins, presidente honorário da ANIMA – Sociedade Protectora dos Animais de Macau, é uma dessas pessoas. “Com as fronteiras fechadas as coisas tornam-se extraordinariamente difíceis. Temos casos de muitas pessoas que querem ir-se embora com os seus animais, eu sou uma dessas pessoas. Não consigo transferir os meus animais e por isso ainda estou em Macau, à espera de uma janela de oportunidade para usar o aeroporto de Hong Kong.” Se já é difícil viajar no geral, com animais “as coisas tornam-se quase impossíveis”, disse Albano Martins ao HM. “O transporte tornou-se extraordinariamente caro, e a saída de um animal custa hoje provavelmente o dobro do que numa situação normal. Isto por causa da pandemia, das restrições, dos custos das viagens. Se levarmos um animal como bagagem acompanhada pagamos menos, se levarmos como carga chega-se a pagar quase 100 mil patacas por animal.” Igual opinião tem Fátima Galvão, membro da direcção da Masdaw (Associação para os Cães de Rua e o Bem-Estar Animal em Macau). “Há pessoas que ficaram em Macau mais tempo para poderem levar os seus animais, e houve outras que enviaram primeiro os animais, mas pagaram fortunas. Conheço uma pessoa que pagou 105 mil dólares de Hong Kong para enviar a cadela para Inglaterra, e outra que pagou 65 mil dólares de Hong Kong para enviar para a Rússia”. A Masdaw não recebeu muitos animais devolvidos por causa desta situação, mas auxiliou residentes com o transporte. “Ajudamos pessoas que não tinham meios de levar os animais consigo, nomeadamente para as Filipinas, porque os aviões não transportavam animais. Recebemos dois animais nessas condições, mas um deles está numa família de acolhimento, vai ser adoptado e vai para o Canadá.” Uma dor de cabeça Alastair Pullan diz ter sofrido “a experiência mais stressante” da sua vida com o transporte de dois cães e um gato para o Reino Unido, depois de ter sido despedido do espectáculo “House of Dancing Waters” em Junho. Depois de realizar testes aos animais, que confirmaram boas condições para viajar, Alastair Pullan deparou-se com preços muito elevados. “Planeava viajar pela British Airways, mas [uma empresa de transporte de animais] disse-me que a companhia aumentou o seu preço pelo transporte dos animais em 500 por cento. Isso significa que o custo da viagem variava entre 50 a 200 mil dólares de Hong Kong. As outras companhias aéreas estavam a seguir esta tendência e a rota era agora impossível de fazer devido aos custos”, contou ao HM. Depois de uma tentativa falhada com a Eva Air, o britânico acabou por marcar uma viagem pela Qatar Airways, que obrigou a quarentena de duas semanas em Hong Kong. Os seus animais viajaram de ferry para Hong Kong, graças ao apoio de amigos, e em Paris a viagem para o Reino Unido foi de automóvel. O custo foi de cerca de 20 mil dólares de Hong Kong e exigiu “muita papelada”. “Toda a viagem custou 50 mil dólares de Hong Kong e se não tivesse recorrido ao Go Fund Me [plataforma de crowdfunding] não teria conseguido”, concluiu.
Hoje Macau Manchete SociedadeCovid-19 | Autoridades receberam queixa por vacinação forçada Na conferência de imprensa sobre a pandemia, a médica Leong Hou Iek reforçou que a vacinação tem como princípio a vontade das pessoas e ainda a possibilidade de escolher o produto com que se é inoculado O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus confirmou que foi recebida uma queixa contra uma concessionária do jogo, por alegadamente ter forçado os trabalhadores a serem vacinados contra a covid-19. A informação foi avançada ontem pela médica Leong Hou Iek, coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença, que não confirmou identidade da empresa envolvida, embora anteriormente tenha havido notícias que relacionaram este tipo de casos com a Melco Resorts. “Recebemos uma queixa hoje e já demos uma resposta”, afirmou Leong. “Salientamos que a vacinação tem dois princípios: ser voluntária, e possibilitar a escolha da vacina utilizada”, acrescentou. Sobre as punições para os casos em que as empresas forçam ou pressionam os trabalhadores a serem vacinados, Tai Wa Hou, coordenador do plano de vacinação contra a covid-19, explicou que depende da forma de actuar dos infractores. Se for um conflito laboral, o caso é remetido para a Direcção de Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), se envolver ameaças físicas, será a polícia a lidar com o caso, se a situação ocorrer numa concessionária, a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) assume a pasta. Além da queixa contra uma concessionária, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus diz que, até ontem, não havia mais nenhuma denúncia do género. Validade dos testes Também ontem foi revelado que a validade dos testes de ácido nucleico para quem se desloca entre Macau e Cantão vai aumentar de dois para sete dias. A novidade foi dada por Tai Wa Hou, que considerou estar a dar “uma boa notícia”. A medida entra em vigor a partir da meia-noite de sábado, por isso as pessoas que nessa altura tiverem um teste com a validade de sete dias, mesmo que tenha sido realizado antes dessa data, podem entrar no território. A situação do levantamento das restrições entre Macau e Hong Kong foi novamente comentada, com as autoridades a afirmarem que não há um critério para que as pessoas possam circular sem realização de quarentena. Segundo Leong Hou Iek, a região de Hong Kong está classificada como de risco “baixo/médio”, o que faz com que seja necessário cumprir 14 dias de quarentena. Além destas informações, os Serviços de Saúde de Macau divulgaram, na quarta-feira à noite, que foi registado mais um caso de paralisia do nervo facial, como reacção à vacina Sinopharm. Segundo os SSM, a “causa da doença é desconhecida. A maioria de doentes começa a recuperar o nervo facial em 2 semanas após o início dos sintomas e recupera a normalidade entre 3 e 6 meses”. A partir da próxima semana, a conferência de imprensa sobre a evolução da pandemia, que até agora se realizava às segundas e quintas, passa a ser realizada apenas à sexta-feira. Códigos de saúde | Falha deveu-se a “ataque cibernético do exterior” A falha verificada no sistema de código de saúde de Macau, no âmbito do controlo da covid-19, deveu-se a um “ataque cibernético do exterior”. A garantia foi dada por Cheang Seng Ip, director substituto dos Serviços de Saúde de Macau (SSM), em resposta a uma interpelação escrita da deputada Agnes Lam. “Após uma investigação verificou-se que as principais causas das falhas nos sistemas destas duas regiões são diferentes. O sistema de código de saúde de Macau foi alvo de ataques cibernéticos do exterior, enquanto que a falha do sistema do código de saúde da província de Cantão (Guangdong) foi causada devido à intensa procura pelos residentes locais no acesso aos resultados dos testes de ácido nucleico.” Tal “resultou na paralisia da base de dados dos testes de ácido nucleico, pois não estava a ser possível processar um grande volume de consultas provocando, assim, impacto na emissão do código de saúde e na conversão do código de saúde entre estas duas regiões”, adiantou o director substituto dos SSM. Os SSM garantem que “adoptaram medidas de melhoria e programas técnicos de resposta a incidentes, aplicando métodos como a divisão e o processamento de dados”, bem como “o reforço da protecção de rede”. Além disso, “o sistema do código de saúde de Macau foi recentemente optimizado pelos SSM”. Quanto à possibilidade de vir a ser criado um reconhecimento mútuo do código de saúde com outras províncias chinesas, os SSM admitem que merece “um estudo aprofundado”. Isto porque “é relativamente pequeno o número de visitantes que chega directamente a Macau de avião, com partida de outras províncias e cidades”. Saúde | Serviços de especialidade alargados a lar na Areia Preta O Lar de Cuidados “Sol Nascente” da Areia Preta entrou no programa de proximidade de serviços médicos de especialidade dos Serviços de Saúde, tornando-se no quinto lar de idosos a aderir ao programa que começou em 2018. Os cuidados médicos são prestados por profissionais de saúde especializados, fisioterapeutas e farmacêuticos do Centro Hospitalar Conde de S. Januário (CHCSJ). Os destinatários prioritários dos serviços de proximidade são “idosos em lares de alto risco que tenham sido assistidos ou internados em Serviço de Urgência no hospital no último ano”. Desde o início do programa, até ao final de 2020, foram realizadas 4.593 consultas externas de especialidade, assistindo um total de 16.078 pessoas, segundo informação divulgada ontem pelos Serviços de Saúde (SSM). No ano passado, o número de utentes de lares de idosos que recorreram ao Serviço de Urgência desceu 10,5 por cento em relação a 2019. Também os internamentos caíram 15,5 por cento, “o que significa uma optimização de recursos humanos e financeiros”, explicam os SSM, sem adiantar qualquer contexto pandémico à conclusão. Em visita, na passada quarta-feira, ao lar de idosos na Areia Preta, o director do CHCSJ, Kuok Cheong U, sublinhou que “o envelhecimento da população representa um desafio para a sociedade, fazendo com que os trabalhadores dos lares de idosos enfrentem muitas pressões”, problema que o programa de proximidade pretende responder. Até à data, o programa abrange o Complexo de Serviços de Apoio ao Cidadão Sénior “Pou Tai”, o Asilo Vila Madalena, o Lar de Cuidados de Ká Hó da Federação das Associações dos Operários de Macau e o Complexo de Serviços de Apoio ao Cidadão Sénior “Retribuição”.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Estudo chinês apura que anticorpos podem subsistir até 12 meses de infecção Os anticorpos contra o coronavírus SARS-CoV-2 podem durar até 12 meses, em mais de 70% dos pacientes que superaram a doença, segundo um estudo publicado por pesquisadores chineses. A pesquisa também conclui que a vacinação pode “restringir efetivamente a propagação” do novo coronavírus, promovendo uma resposta imunológica semelhante à forma como o corpo gera anticorpos contra vírus vivos. O estudo foi realizado por uma subsidiária da farmacêutica estatal Sinopharm – que produz duas das vacinas aprovadas pelo Governo chinês – e pelo Centro Nacional de Pesquisa para Medicina Translacional da Universidade Jiaotong, em Xangai, a “capital” económica da China. Cerca de 1.800 amostras de plasma foram colectadas, entre 869 pessoas que superaram a covid-19, em Wuhan, a cidade no centro da China onde o primeiro surto global do coronavírus foi registado, em dezembro de 2019. Os pesquisadores verificaram a presença e a quantidade nessas amostras de RBDIgG, um tipo de anticorpo que indica a força da imunidade contra o vírus, informou o jornal oficial em língua inglesa China Daily. De acordo com os resultados, em nove meses os níveis de anticorpos caíram para 64,3%, em relação ao nível atingido após os pacientes contraírem o vírus e, a partir desse período, estabilizaram até ao décimo segundo mês. A resposta imunológica foi mais forte nos homens do que nas mulheres durante os estágios iniciais da infeção, mas a diferença diminui com o tempo, tornando-se praticamente igual após 12 meses. Pessoas na faixa etária entre os 18 e 55 anos desenvolveram níveis mais elevados de anticorpos, segundo o estudo. De acordo com o Grupo Nacional de Biotecnologia da China, a subsidiária da Sinopharm, este estudo é o mais extenso dos que verificaram a continuidade da resposta imunológica em pacientes recuperados.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul regista maior número diário de casos de covid-19 em 2021 A Coreia do Sul registou 1.212 casos em 24 horas, maior número diário deste ano, e as autoridades disseram hoje que vão manter as actuais restrições durante pelo menos mais uma semana. Do número total de casos nas últimas 24 horas, 44 foram importados e 1.168 foram infeções locais, das quais quase 85% estavam localizadas na região da capital, onde reside mais de metade da população do país, de acordo com dados divulgados pela Agência de Controlo e Prevenção de Doenças da Coreia (KDCA). O primeiro-ministro sul-coreano, Kim Boo-kyum, disse que as restrições em vigor no país vão continuar na área metropolitana de Seul, onde não são permitidas reuniões de mais de quatro pessoas e a restauração deve fechar às 22:00, pelo menos durante mais uma semana. O Governo vai considerar a possibilidade de apertar as restrições, caso o nível de infeção persistir ou se agravar durante os próximos dois ou três dias. A Coreia do Sul, um dos países que melhor geriram a pandemia, com apenas cerca de 150 mil casos e duas mil mortes, tinha planeado flexibilizar as atuais restrições para a região da capital a 01 de julho, mas recuou com o agravamento da situação. Além de estar concentrado em Seul e arredores, o aumento das infeções parece dever-se a um aumento da circulação da variante Delta mais contagiosa do vírus, que está a afetar principalmente as pessoas entre os 20 e 39 anos, um grupo ainda sem acesso à vacina. Como muitos outros territórios, a Coreia do Sul enfrenta o problema do fornecimento global de vacinas. Até agora apenas 15,4 milhões de pessoas (30,1% da população) receberam pelo menos uma dose e 5,46 milhões (10,6% da população) as duas necessárias para completar o processo de vacinação contra a covid-19. A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.987.613 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 184,1 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente feito pela agência France-Presse.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCovid-19 | Levantamento de restrições com Hong Kong só com “consenso” de Pequim O levantamento das restrições de circulação entre Macau e Hong Kong está dependente do aval do Governo Central. A revelação foi feita ontem por Tai Wa Hou, coordenador do plano de vacinação contra a covid-19, que indicou existirem negociações online entre as três jurisdições. “Temos uma ligação estreita com Hong Kong e as medidas de passagem de fronteira têm de passar pelo Interior, Hong Kong também precisa de autorização do Interior [para reestabelecer a circulação]”, informou Tai Wa Hou. “Temos feito reuniões online entre as partes envolvidas, e quando houver dados concretos vamos fazer o anúncio”, acrescentou. Tai Wa Hou explicou que Macau e o Interior estão a negociar um plano em conjunto porque existe uma “uniformização das medidas”. Em relação às metas de 14 dias e 28 dias sem casos de infecção comunitária em Hong Kong, que tinham sido traçadas anteriormente para a reabertura da circulação, os responsáveis admitiram que já não existem, e que a uniformização das medidas depende do Interior. “Não temos um plano definido sobre o número de dias sem casos para reabrir a circulação sem restrições. Não temos um plano…”, apontou Tai. “Primeiro, temos de ponderar a situação de Hong Kong com os casos recentes. É uma situação nova que tem de ser acompanhada. Em segundo lugar, temos de negociar com o Interior, porque temos de manter as medidas uniformizadas”, realçou. Afastada está ainda a criação de um canal especial com o aeroporto de Hong Kong. Segundo o coordenador do plano de vacinação contra a covid-19 a questão foi levada à mesa das negociações, mas não há ainda qualquer conclusão. Trabalhadores protegidos Na conferência de imprensa de ontem foi também abordada a queixa de uma trabalhadora grávida da Melco Resorts que se sentiu pressionada a ser vacinada e a quem alegadamente terá sido pedido que deixasse de amamentar. Segundo o portal em língua chinesa All In, no caso de a trabalhadora não seguir as orientações da empresa não teria direito a receber o bónus de fim de ano. Sobre a situação em particular, Tai Wa Hou recusou fazer julgamentos por não ter provas. Contudo, deixou um aviso: “É uma verdade absoluta que os funcionários não podem ser forçados a levar a vacina. Isso viola os nossos princípios. Se as pessoas forem forçadas pelas empresas a levar a vacina, podem apresentar queixa nos SSM, e nós reencaminhamos para as autoridades competentes”, indicou. Tai explicou também os três princípios do Governo para a vacinação. Segundo a clarificação, a vacinação tem de ser em condições de segurança, tem de ser tomada de forma voluntária e com a possibilidade de os vacinados escolherem o produto com que querem ser inoculados.
Hoje Macau DesportoEuro 2020 | Itália defronta Espanha na 1.ª meia-final O futebol era das áreas onde espanhóis e italianos mais diferiam. Uns gostavam mais do jogo de posse e os outros mais do catenaccio, isto, historicamente falando. Hoje, ambos partilham mais semelhanças do que diferenças. Umas delas é a procura de vingança. Quer seja o nariz partido de Luis Enrique em 1994 ou a goleada sofrida pelos azzurri na final do Euro 2012, a proximidade da final de 2020 promete um jogo com mais garra do que nunca Por Martim Silva Já se defrontam desde 1924, não podia existir maior equilíbrio. Em 35 jogos, Espanha venceu 10, Itália venceu 10 e registou-se um empate em 15 ocasiões. Duas das melhores selecções, não só da Europa como do mundo, não podiam estar em melhor posição para desempatar esta igualdade histórica. O palco será em Londres, no estádio Wembley, do dia 6 para 7 de Julho às 3h de Macau. Em 9 jogos disputados entre Itália e Espanha, em Euros ou Mundiais, os espanhóis arrecadaram apenas 2 vitórias, mas uma delas foi na final do Euro 2012 por 4-0. Este foi o resultado mais expressivo de todas as finais da competição europeia de selecções. A humilhação na Ucrânia, palco da final desse ano, não parece ser uma espada de Dâmocles para as tropas de Roberto Mancini, que afirmou estar mais preocupado com o desafio de chegar à final do que com qualquer adversário específico. “Vamos desfrutar da vitória (contra a Bélgica) e depois pensamos na Espanha. São eles quem se segue e, num torneio como este, quanto mais se avança mais complicado fica.”. Na madrugada de terça para quarta-feira, há um jogo entre duas equipas muito semelhantes. As selecções de Mancini e Luis Enrique são das que mais golos marcaram, têm das maiores percentagens de posse de bola e de acerto de passe. São também as duas equipas que mais remataram nesta edição do Euro. Do lado da Espanha, o avançado Álvaro Morata é quem mais faltas sofreu (15), Aymeric Laporte é quem lidera em toques na bola (569), Jordi Alba e Ferran Torres são os dois jogadores com mais cruzamentos para a grande área (6) e Dani Olmo é o jogador com mais remates (17). Não há falta de munição na equipa espanhola. Troféu à vista Espanhóis e italianos, em 2021, partilham ideias semelhantes. Gostam de ter bola e não gostam de a perder. Quando isto acontece, são duas das equipas que conseguem, rapidamente, recuperar o esférico. Têm médios e defesas centrais criativos com a bola nos pés e quando toca a defender, os italianos Giorgio Chiellini e Leonardo Bonucci quase que parecem não ter comparação no mundo do futebol. Os dois veteranos da Juventus (36 e 34 anos, respectivamente) não têm botão de desligar e Bonucci sabe da dificuldade do embate contra La Roja. “Temos mais dois jogos pela frente, o mais difícil é contra Espanha, que são parecidos à Bélgica. Parecia que não iam passar (frente à Suíça) mas conseguiram erguer-se, portanto vamos ter uma batalha até ao fim.”. Apesar da dificuldade da tarefa, o central da Juventus fala num objectivo maior que o confronto das meias. “Eles são uma grande equipa, mas nós começámos o torneio com um sonho nos nossos corações e esperamos continuar assim.”, sentenciou o central italiano. Do outro lado, e relembrando a fúria de Luis Enrique no Mundial de 1994 após a cotovelada do defesa italiano Mauro Tassotti que partiu o nariz ao actual seleccionador espanhol, o extremo Mikel Oyarzabal mostrou-se descontente com a falta de apoio à sua equipa. “Ninguém nos apoiou. Houve toneladas de críticas quando as coisas não estavam a correr tão bem, mas agora nós sentimos que as pessoas estão do nosso lado.”, referiu o jogador da Real Sociedad. O jogo de terça para quarta-feira colocará, frente a frente, duas equipas com 5 Mundiais, 4 Euros e dois Jogos Olímpicos entre si, esperando-se um jogo equilibrado e com várias questões em aberto, nomeadamente, a de quem vai assumir o jogo e ficar mais tempo com a bola. A primeira meia-final promete ser um embate histórico não só por ser entre dois gigantes europeus, mas porque está em jogo um bilhete para a final do Euro 2020 em Wembley, e quer Itália quer Espanha não levantam troféus há algum tempo e, certamente, querem sair desta competição com algo mais dentro da bagagem. Petição quer reverter apuramento suíço Uma petição online no site francês Les Lignes Bougent alega que no penálti falhado por Kylian Mbappé, no jogo frente à Suíça para os oitavos de final do Euro 2020 e que ditou a eliminação de França da prova, o guarda-redes helvético Yann Sommer estava em posição irregular. A petição já tem cerca de 270 mil assinaturas e há confiança na ilegalidade do posicionamento do guarda-redes suíço. “Durante a marcação de penáltis do jogo entre França e Suíça, o guarda-redes Sommer não estava na sua linha durante o remate de Mbappé. Pedimos o cancelamento da qualificação suíça e a repetição do encontro. Desporto tem de ser jogado dentro das regras, mas naquela noite as regras não foram respeitadas.” Ora, de acordo com as regras do jogo, elaborado pela International Football Association Board (IFAB), a lei 14, referente à marcação de penáltis, é clara. “Quando a bola é chutada, o guarda-redes que defende tem de ter pelo menos parte de um pé a tocar na linha de golo”. O vídeo do penálti em questão mostra que Yann Sommer tem, de facto, parte do seu pé esquerdo na linha de golo quando Mbappé efectua o remate. A polémica em torno do posicionamento de Sommer é agora um não assunto e, desta maneira, os gauleses podem ir para casa descansados. Covid-19 | OMS recomenda melhor acompanhamento de adeptos Durante quase um mês, o Euro 2020 parecia imune ao vírus silencioso. Mas agora, a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) chegou num tom mais severo e com doses de aconselhamentos. “Precisamos de olhar muito além dos estádios. O que temos que ver é à volta dos estádios e como é que as pessoas chegam lá. Se estão a deslocar-se em comboios, de autocarro ou em meios individuais.” foi assim que Catherine Smallwood, responsável pelo Departamento de Emergência Sanitária da OMS, deixou o alerta sobre o possível aumento de casos do covid-19 devido à competição europeia de selecções. O aviso vem no seguimento de se detectarem cerca de 2 mil casos relacionados com o jogo entre Inglaterra e Escócia, em Wembley, no dia 19 de Junho. Foram atribuídos cerca de 1.300 casos positivos só a este jogo. De acordo com a Public Health Scotland, o organismo escocês que gere a saúde pública, houve 1.991 pessoas que testaram positivo e que admitiram ter ido a um ou mais jogos do Euro 2020. O organismo afirmou também estar a tomar todas as medidas de saúde pública na proximidade que estes casos, vindos do Euro, possam ter tido com o resto da população da Escócia. Na Finlândia foram também reportados 80 casos provenientes da Rússia, após o último jogo dos finlandeses frente à Bélgica, em São Petersburgo, no dia 21 do mês passado. O Instituto Finlandês da Saúde e Bem-Estar advertiu também que podem existir mais casos devido à proximidade com estes adeptos.
Andreia Sofia Silva SociedadeViolação de quarentena | Rejeitado recurso do Ministério Público O Tribunal de Segunda Instância (TSI) rejeitou um recurso interposto pelo Ministério Público (MP) relativo ao caso de um homem que não cumpriu o período de quarentena em casa e que foi absolvido do crime de infracção de medida sanitária preventiva. O caso remonta a 27 de Setembro do ano passado, quando o indivíduo entrou em Macau e foi submetido a um teste de ácido nucleico no hospital público. Aí assinou uma “declaração de aceitação de observação médica”. No entanto, o homem “não cumpriu a medida de isolamento”, pois a 28 de Setembro, pelas 00h10, “foi entregue no Posto de Migração do CPSP pelos funcionários dos Serviços de Saúde no átrio de saída do Edifício do Posto Fronteiriço das Portas do Cerco”. O TSI entendeu que o ofício dos Serviços de Saúde “não foi acompanhado de decisão administrativa que mostrasse se a Autoridade Administrativa tinha ordenado, de forma escrita, a aplicação da medida de observação médica” ao homem.
Hoje Macau SociedadeCovid-19 | Registado novo caso importado em Macau Dois residentes acusaram positivo para a covid-19 à chegada a Macau no sábado. Uma residente de 22 anos proveniente do Reino Unido foi classificada como o 55º caso confirmado de covid-19 em Macau, ao passo que um residente de 24 anos proveniente da Suíça foi temporariamente classificado como um caso de recaída. De acordo com o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, a mulher proveniente do Reino Unido declarou nunca ter sido diagnosticada com a doença, nem ter sido inoculada com qualquer uma das vacinas disponíveis contra a covid-19. Na passada quinta-feira, o resultado de teste de ácido nucleico para a covid-19 realizado no Reino Unido foi negativo, tendo a residente partido, no dia seguinte, rumo a Singapura, onde fez escala. A mulher acabaria por chegar a Macau no sábado através de um voo da Scoot (TR904), tendo viajado no assento 26D. Sobre o caso de recaída, o centro de coordenação adiantou tratar-se de um residente que estuda na Suíça e que já tinha sido diagnosticado com covid-19 no passado mês de Janeiro. Na passada quinta-feira, o paciente testou negativo para a doença após um teste realizado na Suíça, de onde partiu no dia seguinte em direcção a Singapura, onde fez escala. No sábado, o residente chegou a Macau através de um voo da Scoot (TR904), tendo viajado no assento 8D. A situação clínica dos dois doentes é considerada “normal”. Turista em quarentena Também no sábado, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus anunciou que um turista de 41 anos foi submetido a quarentena, após ter estado em contacto com uma pessoa de contacto próximo de um caso confirmado de covid-19 na Cidade de Nanchang, província de Jiangxi. O turista chegou a Macau na passada quinta-feira pelas Portas do Cerco, tendo ficado alojado sozinho no hotel Galaxy, “onde permaneceu durante a maioria do tempo da sua estadia”. “Os Serviços de Saúde providenciaram-lhe teste de ácido nucleico e teste de anticorpos séricos na Urgência Especial do Centro Hospitalar Conde de São Januário, e os resultados foram negativos. Este turista não apresentou nenhum sintoma, tendo em consideração o seu risco de infecção, foi encaminhado ao Centro Clínico de Saúde Pública para observação médica até 14 dias”, pode ler-se no comunicado. Relativamente ao plano de vacinação, o centro de coordenação revelou na quinta-feira a ocorrência de um caso adverso após a toma de uma vacinação contra a covid-19. Em causa está a “paralisia do nervo facial” (paralisia de Bell) diagnosticada a um homem de 58 anos após a inoculação da primeira dose da vacina da Sinopharm no dia 12 de Junho. Os sintomas surgiram no dia 30 de Junho, levando o homem a recorrer à Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário. Segundo o centro de coordenação, apesar de já terem sido notificados oito casos em Macau ao fim da inoculação de 347.396 doses de vacinas contra a covid-19, a taxa de incidência da paralisia de Bell é “baixa”. “A taxa de incidência é de 2,3 casos por 100.000 doses, um número é inferior à taxa de incidência mensal da população em geral”.
Hoje Macau Grande Plano MancheteCovid-19 | De Macau para Portugal, das férias adiadas ao regresso possível em tempos de pandemia Reportagem de João Carreira, da agência Lusa Uma das mais longas quarentenas do mundo, obrigatória no regresso a Macau, tem ‘sequestrado’ aos poucos a esperança a Filipe Figueiredo de ainda este ano passar férias em Portugal, acompanhado da mulher e dos quatro filhos. “Ninguém vai a Portugal para estar menos de duas semanas. Duas semanas em Portugal, mais três semanas em quarentena, são cinco semanas. E ninguém tem cinco semanas de férias”, conclui o advogado. Já Margarida Galamba, também emigrante em Macau, partiu este fim de semana para Portugal. Depois de um confinamento profilático que se determinou a cumprir, os primeiros meses vão ser em regime de férias, mas somente porque decidiu, após 15 anos, ‘reformar-se’ do antigo território administrado por Portugal. Em Macau, não parecem ser os custos acrescidos ou mesmo o risco de eventuais contágios que dissuadem os emigrantes portugueses de irem de férias a Portugal. O problema, admitem, é depois o regresso a um dos territórios mais seguros do mundo em termos pandémicos, cuja quarentena obrigatória num quarto de hotel pode chegar quase a um mês se o local de origem for considerado de alto risco, sendo que, atualmente, é de 21 dias para quem volta de Portugal. O aumento do preço das passagens aéreas e do número de escalas desencoraja, mas é o risco de eventuais surtos de covid-19 poderem ‘roubar’ ligações aéreas e/ou obrigarem Macau a reforçar as medidas de prevenção fronteiriças que dissuadiu a família de Filipe Figueiredo, deixando-a pelo segundo verão consecutivo ‘em terra’. Conclusão, talvez no Natal, se não, em 2022, admite. “Apesar de dois dos meus filhos estarem em idade de serem vacinados, outros dois não estão, e, portanto, confesso que não sei como é que isto se ia processar em termos de deslocações, que testes é que podiam fazer ou não”, explica. “Mas depois outro problema que é o da quarentena”, acrescenta, sem conseguir disfarçar um riso: “uma família de seis pessoas fechada, (…) durante 21 dias, acho que não seria muito bom para ninguém (…) sobretudo com crianças pequenas”. O advogado, que é também presidente da Associação de Pais da Escola Portuguesa de Macau, destaca “uma certa instabilidade em termos mundiais” para também justificar a decisão. Afinal, se, “de um momento para o outro, há, por exemplo, um surto em Singapura que impede que os aviões (…) venham para Macau, as viagens de regresso estariam automaticamente cortadas”, assinala, lembrando um cenário com o qual foram confrontados alguns emigrantes portugueses no último Natal. “Sobretudo quando se sabe que “a política adoptada por Macau é bastante conservadora e rigorosa”, reforça. Uma visão corroborada por Margarida Galamba. Há dois anos sem férias, a ex-dirigente da Casa de Portugal admite que está “um bocadinho apreensiva” porque “o contexto [pandémico] é muito diferente” entre Macau e Portugal. “Andamos de máscara, estamos vacinados, mas não temos aquele medo de ‘ai ai que vou ser infetado’. Porque não há casos em Macau” e aqueles que chegaram à fronteira “ficaram à porta” ou foram encaminhados para o hospital ou para quarentena nos quartos de hotel. Em Portugal, o período inicial de férias de Margarida Galamba vai ser muito diferente de todos os outros anos pré-pandémicos. A cautela impera. Vai para casa dos pais, já idosos, cumprir o tal confinamento profilático, apesar de estar vacinada, assim como eles. Não contava sair num cenário de pandemia, mas o contexto familiar pesou, ainda que agora a viagem custe o dobro e que falte na bagagem o certificado digital covid da União Europeia, algo que “foi impossível tratar”, à falta de informação consular, e que deve afetar “milhares de portugueses fora de Portugal (…) que não estão inseridos no programa de vacinação” do Serviço Nacional de Saúde”, sublinha. Macau registou pouco mais de meia centena de casos, nenhuma morte associada à covid-19. No território não foi identificado qualquer surto comunitário e nenhum dos profissionais de saúde foi infectado.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeCovid-19 | Visitantes de Hong Kong obrigados a usar máscara em Macau Ainda nada está decidido, mas caso seja aberta a bolha de viagem entre Macau e Hong Kong os visitantes da região vizinha poderão ter de usar o código azul de saúde, o que obriga a usar sempre máscara. Estará, por isso, interdito o seu acesso a piscinas públicas ou bares, por exemplo As autoridades locais continuam a negociar as condições para a abertura de uma bolha de viagem com Hong Kong, mas não confirmaram se as fronteiras podem abrir no próximo dia 11 de Julho, como noticiaram alguns media. Uma coisa é certa: alguns critérios já foram discutidos, conforme adiantou ontem Leong Iek Hou, coordenadora do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. “Ainda não temos uma decisão para permitir a circulação. Definimos alguns padrões, como as pessoas que já levaram as duas doses da vacina terem de apresentar um teste de ácido nucleico negativo com o prazo de 48 horas, bem como realizar um teste à chegada a Macau.” Além disso, os visitantes de Hong Kong vão ficar sujeitos aos limites impostos pelo código de saúde azul, que obriga a algumas restrições de acesso. “[Os visitantes] só podem participar em actividades onde se tem de usar sempre máscara, não podem entrar em bares ou salas de karaoke. Em relação às piscinas não poderão ir caso tenham código azul, ou só poderão ficar em determinados andares nos hotéis.” Na conferência de imprensa de ontem foi também avançado que está a ser estudado um plano para “permitir a entrada de turistas estrangeiros nos casinos, porque são estabelecimentos especiais”. “É um dos estudos que tem prioridade neste momento. Quando vêm a Macau, se não podem ir aos casinos, parece estranho, mas iremos publicar as conclusões assim que as tivermos”, disse Leong Iek Hou. Medidas diferentes Os responsáveis do Centro falaram também da possibilidade de os residentes de Macau terem menos regras para entrar no território vizinho, por comparação às pessoas vindas de Hong Kong. “Como a situação interna de Macau e Hong Kong é diferente, haverá medidas diferentes.” Também a implementação de quotas diárias está por definir. “Será que Hong Kong vai ter mais casos importados no futuro? Se houver apenas casos importados ou com fonte desconhecida, temos o princípio de que, a partir do momento em que não haja qualquer caso, passados 28 dias é que teremos essas medidas para facilitar a passagem. Se esses casos não causarem infecções comunitárias iremos esperar pelos 28 dias. Acredito que em breve teremos essas medidas”, adiantou Leong Iek Hou. Tai Wa Hou, coordenador do plano de vacinação contra a covid-19, disse que a imunidade de grupo poderá ser atingida quando cerca de 70 por cento da população estiver vacinada. “Aumentou o número de pessoas inoculadas, por dia temos entre 500 a 600 pessoas. Nas últimas duas a três semanas aumentou dez vezes o número de pessoas que levaram a vacina. Cerca de 35 por cento da população de Macau já está vacinada. Claro que se for 100 por cento ainda melhor, mas é difícil atingir essa percentagem. Segundo um estudo científico, devemos chegar a pelo menos a 70 por cento da população para atingir imunidade”, concluiu. Infecção local em Hong Kong Foi ontem registado um novo caso local de infecção por covid-19 em Hong Kong, que obrigou à quarentena dos moradores do Port Centre, um edifício residencial na zona de Aberdeen. Segundo o canal RTHK, é ainda desconhecida a origem da infecção de uma mulher de 41 anos que vive nesse edifício, mas que trabalha a tempo parcial como empregada de limpeza no hotel Yau Ma Tei’s Bridal Tea House. “Enquanto caso positivo preliminar de uma fonte desconhecida, o risco de infecção na zona é considerado elevado”, disse uma fonte governamental. A mulher não tem registo de viagens, não apresenta quaisquer sintomas e não foi vacinada contra a covid-19. O caso foi detectado esta quarta-feira no âmbito da realização de testes de despistagem à covid-19 feitos aos funcionários do hotel na zona de Yau Ma Tei.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Ilha tailandesa de Phuket reabre ao turismo Cerca de 250 turistas devem chegar hoje a Phuket, no sul da Tailândia, para o primeiro dia da reabertura, depois do encerramento das fronteiras em março de 2020. O primeiro avião aterrou pouco depois das 11:00 no aeroporto da ilha turística, proveniente de Abu Dhabi. Numa tentativa de reavivar uma indústria turística, que representa quase um quinto da economia do reino e a definhar desde março do ano passado, o Governo está a apostar num modelo que permite aos viajantes totalmente vacinados permanecer no local, sem passar por uma quarentena. Devido às restrições impostas pela pandemia da covid-19, a Tailândia registou o pior desempenho económico em 2020 desde a crise asiática de 1997. O país recebia cerca de 40 milhões de viajantes todos os anos. Este plano arrancou quando o país está a tentar conter uma terceira vaga da covid-19, com restrições na e à volta da capital, Banguecoque, que viu as variantes Alfa e Delta do novo coronavírus espalharem-se. A situação em Phuket tem permanecido relativamente calma, uma vez que as autoridades tailandesas lançaram uma campanha de vacinação em massa e 70% dos residentes receberam pelo menos uma dose. Um centro de comando que acompanha os movimentos dos visitantes estrangeiros através de uma aplicação móvel que os turistas devem instalar à chegada tem a tarefa de prevenir qualquer risco de agrupamento. Há requisitos rigorosos para quem escolhe Phuket para férias. Além de serem vacinados, só são elegíveis os viajantes de 66 países, considerados de baixo ou médio risco. Terão de passar 14 dias na ilha antes de poderem viajar para outro lugar na Tailândia e terão de se submeter a três testes PCR durante esse tempo, uma despesa de várias centenas de dólares para uma família. “É demasiado pesado”, disse o presidente da secção sul da Associação de Hotéis da Tailândia, Kongsak Khoopongsakorn. O responsável afirmou esperar que algumas das restrições sejam levantadas até 01 de outubro, início da época turística na Tailândia. Caso contrário, o risco é “perder outra época”, o que “pode ser desastroso e condenar muitos estabelecimentos a nunca reabrirem”, avisou. Kongsak acrescentou que as autoridades tinham reduzido a previsão inicial de 129 mil visitantes para Phuket no terceiro trimestre para cem mil. Depois de Phuket, onde quase 90% dos hotéis tiveram de fechar, Koh Samui deverá reabrir ainda este mês e o resto do país em outubro. Na Indonésia, Bali também tinha considerado a reabertura neste mês, mas as autoridades indonésias parecem ter recuado à medida que os casos da covid-19 atingem níveis recorde no país do Sudeste asiático. Embora Jacarta não tenha anunciado um cancelamento oficial, as autoridades apontaram que o regresso dos turistas será adiado até a uma diminuição das infeções.