Hoje Macau EventosCCM | Concerto da Orquestra Chinesa a 1 de Dezembro Está marcado para o dia 1 de Dezembro o concerto “Luzes Cintilantes, Flores Resplandecentes”, tido como um dos mais importantes espectáculos da temporada de concertos da Orquestra Chinesa de Macau (OCHM). Assim, a partir das 20h, no grande auditório do Centro Cultural de Macau (CCM), podem ouvir-se os sons que celebram os 25 anos da RAEM, sob a batuta do Director Musical e Maestro Principal da Orquestra Chinesa de Macau, Zhang Lie. A OCHM interpretará a peça “Luzes Cintilantes, Flores Resplandecentes”, composta especialmente para a OCHM pelo famoso compositor Gu Guanren. Segundo uma nota do Instituto Cultural (IC), esta composição “é repleta de uma atmosfera festiva e de animação, com ritmos alegres e acelerados, proporcionando um espectáculo ímpar que corresponde perfeitamente ao tema do concerto”. A famosa intérprete de erhu, instrumento musical chinês, Yu Hongmei, interpretará a sua obra mais recente, “As Paisagens de Yimeng”, mostrando toda a sua maestria no erhu, para exprimir as saudades da terra natal de forma mais profunda e melodiosa, num concerto que marcará a estreia da peça em Macau. O famoso grupo de percussão “Oito Martelos”, composto por Wang Jianhua, Li Congnong, Ma Li e Gao Chao, subirá ao palco para interpretar a obra “Caos no Céu”. Além disso, a guitarrista de fado portuguesa, Maria Pereira da Costa, irá interpretar com Wei Qing, a Chefe de Naipe de liuqin da Orquestra, a obra “Rapsódia de Macau”, encomendada pela Orquestra Chinesa de Macau ao compositor Kuan Nai Chung para este concerto. Destaca-se aqui “o encanto de Macau como um ponto de convergência entre as culturas chinesa e ocidental, numa estreia mundial a não perder”. Os bilhetes já estão à venda e os preços variam entre 120 e 380 patacas. Os residentes de Macau beneficiam de um desconto especial de 50 por cento dos bilhetes por se tratar de um espectáculo de celebração do 25.º aniversário da transição.
João Luz Eventos MancheteHong Kong | Slowdive ao vivo no dia 14 de Março Tão depressa surgiram e também tão depressa evaporaram-se no éter da música alternativa dos anos 1990. Os Slowdive foram uma espécie de aparição que voltou a materializar-se a partir de um festival de música (o Primavera Sound de Barcelona e Porto de 2014). Uma década depois da surpreendente reunião, a banda britânica que ajudou a construir a sonoridade shoegaze chega a Hong Kong para um concerto na Runway 11 da Asia World-Expo no próximo dia 14 de Março, a partir das 19h30. O conjunto de Rachel Goswell e Neil Halstead lançou no passado mês de Setembro o seu quinto disco, “Everything Is Alive”, que mereceu aclamação crítica. Pioneiros do lado onírico do rock alternativo, que misturou dream pop de bandas como Cocteau Twins às guitarras distorcidas de ondas mais psicadélicas, os Slowdive foram companheiros de trincheiras sónicas de bandas como My Bloody Valentine, Ride, Mojave 3 (que trocou elementos com os Slowdive) e Spacemen 3. A banda formou-se em 1989, com Rachel Goswell na voz, guitarra e sintetizador, Neil Halstead voz e guitarra, Christian Savill também na guitarra, Nick Chaplin no baixo e Simon Scott na bateria. A formação inicial acabaria por lançar o primeiro disco da banda “Just for a day”, em 1991. O segundo registo, “Souvlaki”, acabaria por os catapultar para um estatuto de culto, em grande parte depois de a banda acabar. Fortemente influenciados por Joy Division e a fase de final da década de 1970 de David Bowie, em especial com o álbum “Low”, “Souvlaki” ficaria para a história da música alternativa com faixas intemporais como “Alison”, “Sing”, “Souvlaki Space Station” e a versão fantasmagórica de “Some Velvet Morning”. Dois anos depois de “Souvlaki”, e com o lançamento de mais um disco pelo caminho, os Slowdive punham termo à carreira, depois de terem ficado sem editora e de as divergências criativas sobre a sonoridades da banda terem chegado ao limite. Apenas quatro anos depois do lançamento do primeiro disco, a banda de Reading desaparecia num vapor de feedback de guitarras e vocalizações paisagísticas. Quase duas décadas depois, aceitavam o convite da organização do festival Primavera Sound para dois concertos especiais de reunião. Estas duas datas, em Barcelona e Porto, transformaram-se numa tour mundial. A partir daí, o regresso a estúdio era uma questão de tempo, que culminou no lançamento do single “Star Roving” e o quarto disco “Slowdive”. Décadas de música, concertos, avanços e recuos culminaram na mensagem deixada na página da banda: “Estamos muito felizes em anunciar que temos um concerto em Hong Kong no dia 14 de Março”. Sonhar não custa A primeira parte do espectáculo, que a organização caracteriza como um “concerto inteiro”, estará a cargo da jovem japonesa Ichiko Aoba, uma multiinstrumentista que achou a sua vocação estéctica numa interpretação do que é a folk. As suas composições acústicas, na maior parte das vezes só com voz e guitarra, são destilações dos seus sonhos. Em 2010, quando tinha apenas 19 anos, lançou o disco de estreia “Razor Girl” e desde então nunca mais parou, e já conta com nove registos na discografia. Como não poderia deixar de ser Ichiko Aoba, não esconde as suas influências e predilecção por animação e banda desenhada, importantes fontes de inspiração que culminaram com a participação na banda sonora do jogo “The Legend of Zelda: Link’s Awakening”, para a Nintendo Switch. Apesar da tenra idade, Ichiko Aoba conta com uma lista longa de colaborações artísticas, como Ryuichi Sakamoto, Cornelius e Mac DeMarco. Os bilhetes para os concertos estão à venda e custam 750 dólares de Hong Kong.
João Luz EventosConcerto | “Mediterrâneo” apresenta as raízes musicais do sul da Europa O ensemble L’Arpeggiata apresenta a 16 de Março no Centro Cultural de Macau o concerto “Mediterrâneo”, uma viagem lírica pelas paisagens sonoras entre Turquia e Portugal. O público será brindado pela fusão da emotividade do fado e estética sonora das harmonias medievais gregas e italianas. Os bilhetes já estão à venda O Grande Auditório do Centro Cultural do Macau (CCM) acolhe no dia 16 de Março o concerto “Mediterrâneo”, interpretado pelo grupo L’Arpeggiata, que propõe uma viagem pelas raízes musicais das culturas mediterrâneas. “Atravessando sulcos culturais da antiguidade, a música de ‘Mediterrâneo’ veleja entre a Turquia e Portugal, pelas costas da Grécia e Itália, levada por Christina Pluhar, a mentora de L’Arpeggiata, um ensemble barroco que junta uma série de vozes espantosas aos sugestivos movimentos de uma bailarina”, descreve o Instituto Cultural. Os bilhetes já estão à venda e custam entre 200 e 400 patacas. Fundindo a emotividade do fado à singularidade das harmonias medievais da música grega e italiana, “este concerto é prova viva de que, mais do que afastar, o mar estabelece uma ligação entre mentes e almas”, refere o IC. Em palco vão estar cerca de uma dúzia de músicos, e uma bailarina que dará corpo às composições que remetem para outros tempos e latitudes através de instrumentos antigos como o violino barroco, guitarra barroco, arquilaúde, corneto, saltério, viola de gamba, cravo e teorba. “A heterogeneidade instrumental do ensemble L’Arpeggiata é complementada pelas nuances harmónicas das canções tradicionais do sul da Europa, criando uma sequência de narrativas inspiradas nas águas misteriosas do Mediterrâneo”, descreve o IC. As sonoridades do passado e das paisagens e paladares característicos das zonas costeiras mediterrâneas vão tomar conta do Grande Auditório do CCM. “Cruzando águas ensolaradas, entre a tradição e a poesia mediterrânea, vamos viver a sensação de caminhar sobre a areia ao som de velhas tarantelas e cantos folclóricos entoados, como era costume, há muitos séculos, nas sombras de estreitas ruas empedradas ou em olivais distantes. No encanto de um diálogo constante, por entre sóbrios improvisos, as vozes em palco interagem sobretudo com instrumentos de cordas do mediterrâneo, como a lira e a teorba”, aponta o IC. Barroco no séc- XXI Fundado em 2000 em Paris, pela directora e teorbista Christina Pluhar, L’Arpeggiata é um ensemble flexível que combina especialistas em música antiga com vocalistas de uma região musicalmente conhecida como eixo da olivicultura. Com mais de 200 mil discos vendidos, o grupo tem recebido excelentes críticas pelos seus álbuns e concertos. Têm tocado em inúmeros festivais e salas de concerto, do Festival de Música Barroca de Londres ao Carnegie Hall de Nova Iorque, entre muitos outros. O epicentro sonoro do grupo é a música italiana, francesa e também inglesa do século XVII. Composição e interpretação surgem frequentemente do improviso e da liberdade proporcionada pela interacção de músicos de jazz e músicos dedicados ao período barroco. A austríaca Christina Pluhar é o motor de L’Arpeggiata. Com mais de três décadas de palcos e discos, a teorbista, harpista e maestrina é também professora no Conservatório Real de Haia e na Universidade de Graz O concerto está marcado para as 20h e terá uma duração prevista de 90 minutos, sem intervalo.
João Santos Filipe Manchete SociedadeEstádio de Macau | Concertos enchem ruas e geram queixas de residentes Uma euforia como há muito tempo não se via no território. Os dois concertos de “Seventeen” encheram as ruas de fãs, tanto na península como na Taipa, mas a construção do palco, o volume da música e os congestionamentos no trânsito motivaram queixas Os concertos de sábado e domingo do grupo coreano Seventeen foram um sucesso. O Estádio de Macau esgotou, e as ruas ficaram cheias de fãs, não só na Taipa, mas também um pouco por toda a cidade, com uma atmosfera de espectáculo, rara em Macau. Com os concertos a começarem pelas 18h, a concentração de pessoas junto do estádio começou a fazer-se sentir pela manhã, com os organizadores, a empresa Live Nation, a pedir que os fãs começassem a fazer fila às 10h. Ao mesmo tempo, as várias estradas cortadas levaram que a população se debatesse com vários obstáculos para circular. À confusão dos dias do espectáculo, juntou-se o som da montagem do palco e dos testes de som, nos dias anteriores que levaram os residentes da zona a queixarem-se do barulho. Todas estas medidas, levaram a que o deputado Leong Sun Iok viesse a público, em declarações ao Jornal do Cidadão, a alertar para o impacto dos concertos, depois de ter recebido várias queixas da população. Segundo Leon Sun Iok os moradores daquela zona foram muito afectados pelo barulho, que considerou normal neste tipo de eventos. Porém, o legislador ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) realçou que Macau é uma cidade pequena com uma grande densidade populacional pelo que o impacto para a população deste tipo de eventos é muito maior. O deputado considerou ainda que devia ter havido mais comunicação entre o organizador, governo e a população, para que muitos não fossem apanhados desprevenidos. Por outro lado, Leong criticou o sistema dos transportes, por considerar que foram insuficientes, uma vez que a estação de metro mais próxima foi encerrada e os autocarros não circularam em número suficiente para responder às necessidades, o que gerou longas filas. Tudo em causa Por sua vez, Nelson Kot, ex-candidato à Assembleia Legislativa, criticou as autoridades por permitirem utilizar um estádio para concertos, quando este é um espaço para “desporto”. O ex-candidato também considerou inaceitável a opção por suspender paragens de autocarros e a estação de metro, numa altura em que considerou que estas eram mais necessárias do que nunca. José Pereira Coutinho, deputado ligado à Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM), afirmou ter recebido queixas semelhantes. O deputado indicou ainda que no sábado houve inclusive pais e filhos a ficarem retidos dentro da Piscina Olímpica, onde decorria a 47ª Competição Escolar de Natação, por terem de esperar pelo fim do concerto, até às 20h. Porém, nas redes sociais e em resposta à publicação de Coutinho, outros desmentiram este facto. Pedidos de compreensão Face às críticas, a multinacional Live Nation, responsável pela organização dos concertos, apelou à compreensão da população, através de uma publicidade divulgada através do Jornal Ou Mun. A empresa pediu apoio e compreensão face aos incómodos criados, e destacou que seguiu as leis da RAEM. “Os ensaios e os espectáculos foram realizados de acordo com as leis actuais de Macau, pelo que o ruído foi gerado durante os períodos legalmente permitidos”, foi defendido. “Aos residentes que vivem nas proximidades do estádio e que possam ter sido incomodados, pede-se compreensão e espera-se que todos os sectores sociais apoiem e entendam esta iniciativa”, foi apelado. No aviso, a empresa defendeu também que apesar de algum incómodo a iniciativa contribui para que Macau se possa transformar numa “Cidade de Espectáculo”, uma das políticas do Governo de Ho Iat Seng, para a diversificação do turismo. Força do turismo Os eventos deste fim-de-semana mostraram também que a organização de eventos com bandas de pop coreano são altamente populares em Macau e que contribuem para aumentar os números do turismo, principalmente junto das classes mais jovens do Interior. Entre os fãs que assistiram ao evento, uma grande parte veio do Interior, o que não é novidade e também acontece com outros concertos com este tipo de música. Apesar do pop coreano ser altamente popular no outro lado da fronteira, os concertos estão praticamente proibidos desde 2016, embora não haja uma confirmação oficial do Interior, que até recusa a existência da proibição. No entanto, em Junho do ano passado, Suga, membro do grupo BTS, reconheceu, através das redes sociais, que a razão que levava a que o grupo não fizesse uma tournée no Interior se prendia com o facto de as autoridades chinesas praticamente não autorizarem concertos de artistas coreanos no país.
Hoje Macau EventosUPM | Concerto de piano com composições de Harry Ore amanhã Decorre amanhã no auditório da Faculdade de Artes e Design da Universidade Politécnica de Macau (UPM) o concerto “Returning Home – A Concert of Harry Ore’s Piano Works”, às 20h. Harry Ore, nascido em 1885 e falecido em 1972, foi um pianista e compositor judeu da Letónia, tendo começado a viajar pelo Oriente em 1915, acabando por se estabelecer em Hong Kong em 1921, embora também tenha criado raízes em Macau. Ore passou muito tempo na China, nas regiões da Guangdong, Macau e Hong Kong, bem como no Sudeste Asiático, onde desenvolveu apresentações musicais e actividades pedagógicas e criativas até à sua morte. Faleceu em Hong Kong com 87 anos. Segundo um comunicado da UPM, Harry Ore é considerado o “primeiro compositor de piano ao estilo cantonense”, sendo as suas obras consideradas uma “pérola esquecida”. O concerto conta com a participação dos professores Xian Jinsong, Jin Lai e Zhang Yiming do Departamento de Piano do Conservatório de Música de Xinghai. Estará também presente o pianista Choi Sown Le, que foi aluno de Harry Ore durante mais de quatro anos, tendo “uma profunda compreensão pela música deste compositor”. Todos os pianistas vão tocar em Macau as composições mais emblemáticas de Harry Ore, a fim de “celebrar este velho amigo de Macau e agradecer a sua contribuição para a música cantonense”. A entrada é gratuita.
João Luz EventosVenetian | Niki, a nova voz da Indonésia, em Macau em Setembro No final de Setembro, a nova estrela da música pop indonésia Niki, vai dar um concerto no Cotai Arena do Venetian. A paragem por Macau faz parte da tour mundial da jovem compositora, que passará pelos Estados Unidos, Europa e Austrália. Com apenas 24 anos, Niki já conta com dois discos de estúdio e dois ao vivo Dois de concertos no festival Lollapalooza em Chicago, num festival em Los Angeles e espectáculos marcados no sudeste asiático e na Austrália, Niki irá tocar para o público de Macau no Cotai Arena do Venetian, no dia 30 de Setembro. A jovem estrela, nascida em Jacarta, é um fenómeno de popularidade mundial, facto que se pode comprovar com o videoclipe do single “High School in Jakarta” que tem mais de 27 milhões de visualizações no Youtube, ou “Every Summertime” com quase 40 milhões de visualizações. Composições simples e melodiosas, movidas a batidas pop, guitarras acústicas a piscar o olho ao folk e letras que lançam anzois identitários a adolescentes, tornaram Niki numa estrela pop com uma ascensão meteórica. Apesar da tenra idade, 24 anos, Niki já conta com uma carreira prolífera. Aos nove anos, a jovem já tinha aprendido a tocar guitarra pela sua própria iniciativa. A entrada no mundo da pop aconteceu aos 15 anos, quando depois de vencer um concurso intitulado “Ride do Fame”, a jovem ganhou a oportunidade de fazer a primeira parte do concerto de Taylor Swift na capital indonésia, momento que mudou a vida da adolescente. Com a visibilidade ganha depois de subir ao palco com uma das mais famosas artistas da pop mundial, fez explodir as redes sociais onde desde criança Niki partilhava composições originais, com os canais de Youtube e Spotify a atrair um público crescente. Três anos depois, a jovem indonésia assinava contrato com os editora norte-americana e mudava-se para os Estados Unidos. Sonho americano Antes da aventura americana, do concerto com Taylor Swift e da entrada na música profissional, Niki lançou uma edição caseira, o EP “Zephy”, onde já se denotavam as influências R&B e folk. Em 2017, Niki mudou-se para Nashville, no estado do Tennessee, para estudar música na Universidade Lipscomb. O futuro começava a desenhar-se com a entrada numa editora e o lançamento de dois singles (“See U Never” e “I Like U”). Em Setembro de 2020, a compositora lançou o seu primeiro disco, “Moonchild” e dois anos depois “Nicole” foi lançada. Os bilhetes para o concerto no Cotai Arena vão ser postos à venda no dia 27 de Julho, através da bilheteira online cotaiticketing.com, e os preços vão variar entre 580 e 980 patacas. Antes de Macau, a artista já tem concertos esgotados em Banguecoque, Manila, Sidney, Melbourne, Jacarta, e depois de Macau, os espectáculos em Londres e Amesterdão também estão lotados, demonstrando o apelo global da música de Niki.
Salomé Fernandes EventosConcerto | CCCN apresenta “Four Seasons” no sábado com estudantes universitários O primeiro concerto da série “Four Seasons” chega ao Centro de Cultura e Artes Performativas Cardeal Newman de Macau no sábado, numa iniciativa que pretende criar uma ponte com instituições de ensino O Centro de Cultura e Artes Performativas Cardeal Newman de Macau (CCCN) acolhe no sábado um concerto de Primavera, com estudantes do Moon Chun Memorial College da Universidade de Macau. É o primeiro de uma série de actuações intitulada “Four Seasons”, e decorre entre as 17h e as 18h. A iniciativa parte da vontade do CCCN em trabalhar com artistas e músicos jovens. “Gostávamos de criar uma ponte com as escolas e as universidades também. É esse o objectivo principal de organizar este concerto”, disse o organizador, Orlando Vas, ao HM. O concerto, que apresenta um registo de música clássica, envolve uma fusão de sons. “É uma mistura de música ocidental e oriental, por isso temos alguns instrumentos chineses e também alguns ocidentais”, comentou Orlando Vas. Estão previstos concertos também para o Verão, Outono e Inverno. “Como é o primeiro concerto queríamos fazê-lo apenas com uma universidade, mas para concertos futuros vamos convidar outras universidades e escolas para actuarem no CCCN”, acrescentou. Apesar de reconhecer que o espaço é pequeno, o organizador considera que a iniciativa “dá uma nova vida ao edifício” e permite atrair público. “É um local novo para as pessoas virem e experienciarem música num espaço e forma diferentes”, observou. O evento conta com vagas para um máximo de 40 pessoas e a entrada custa 70 patacas. O espaço do CCCN situa-se na Calçada da Vitória. Do clássico ao jazz Orlando Vas – também ele músico – explicou que ao longo do seu crescimento, em Macau, sentiu que queria actuar em espaços da cidade mas não havia muitas oportunidades de o fazer. Assim, o organizador pretende dar uma oportunidade a estudantes que possam querer seguir o caminho da música e uma plataforma para diferentes tipos musicais. “Agora estamos a fazer um concerto de música clássica, mas no Verão estamos a pensar num concerto de música jazz e pop”, explicou. Ao longo do ano, o Centro – com ligação à diocese de Macau – está a planear ter exposições de arte e realizar actividades voltadas para os jovens, como aulas de gastronomia ou artesanato. “Através de várias actividades culturais e artísticas, o CCCN Macau pretende desenvolver um espaço para aumentar a interação e intercâmbio cultural dentro da comunidade, e através de um ambiente de criação, dar um espaço para as pessoas partilharem e aproveitarem, criando uma atmosfera de respeito mútuo, calor e amor”, indica a página do evento no Facebook. Créditos da Imagem: Kong Sir
Sofia Margarida Mota EventosMúsica | Salvador Sobral esteve ontem no Teatro Broadway O vencedor da edição de 2017 do Festival Eurovisão da Canção, Salvador Sobral, esteve em Macau para um concerto no Teatro Broadway. Horas antes do espectáculo, o artista apontou as primeiras impressões do território e falou do processo criativo do seu ultimo disco, “Paris-Lisboa” [dropcap]O[/dropcap]tempo em Macau foi limitado mas, entre o concerto de ontem Teatro Brodway e os sound-checks, Salvador Sobral leva impressões de uma “Macau profunda”. “Macau tem duas faces, a da ostentação que acompanha os casinos, em que tudo não passa de uma fachada como a Torre Eiffel, o Casino Lisboa etc., e depois existe a verdadeira cidade, muito genuína e que gostei muito de ver”, aponta ao HM referindo-se ao passeio que deu pela zona antiga do território. “É uma cidade mais escura, melancólica, o reflexo desta sociedade”, acrescentou. Na memória leva um pequeno espectáculo que assistiu “por acaso numa casa de chá antiga”, acrescentou. Entretanto, o convidado do festival literário Rota das Letras deu ontem um concerto de apresentação do álbum que vai ser lançado no final deste mês: “Paris, Lisboa”, título inspirado no filme “Paris Texas” de Wim Wenders. “Achei piada fazer uma referência ao “Paris, Texas”. É o meu filme preferido”, refere. As semelhanças entre o segundo álbum do artista e a obra de Wim Wenders não são perceptíveis num primeiro olhar, no entanto, tal como no filme, o disco trata da procura, “de alguém que está constantemente numa procura intensa e interior, de si próprio e daquilo que o rodeia”, diz. “A nossa música é isso. É também uma procura constante de alguma coisa que não vamos encontrar”, acrescenta. Processo invertido “Paris, Lisboa”, é mais um disco que começa muito antes do momento de gravar em estúdio. “Muitas vezes as canções, como “Presságio” que já tocamos desde 2016, não estão registadas em lado nenhum e só saem depois de terem sido cantadas ao vivo muitas vezes”. O artista prefere fazer o processo “inverso”, o de “tocar primeiro e depois gravar”. Desta forma é possível, na chegada ao estúdio, descobrir outros caminhos. “A música já está tão intrínseca que permite explorar outras coisas. Os discos para mim são uma constante procura de imitar o que vamos fazendo ao vivo”, diz. A vida por um fio O primeiro tema de “Paris, Lisboa”, é muito pessoal para Salvador Sobral e representa a “catarse” e o “renascimento” após ter sido submetido a um transplante de coração em Dezembro de 2017. “O coração é o órgão que desde a antiguidade está ligado às emoções, e à própria vida”, aponta o músico. No entanto, e devido à proximidade temporal da intervenção, Sobral ainda não consegue “perceber que influência aquele transplante tem directamente” na sua vida. “Quando penso naquela situação ainda fico em pânico e ainda não consigo ir facilmente a hospitais apesar de ter que o fazer.” Talvez por isso, a canção que abre “Paris, Lisboa” é “um vómito de tudo o que aconteceu nessa altura para depois poder começar o disco já com paz e tranquilidade”. Ter passado por uma situação limite que lhe revelou uma finitude eminente, fez com que o músico passasse “a viver de outra forma”. “Lembro-me que quando saí do hospital e olhei para o trânsito achei-o fascinante e de ter pensado que nunca mais me iria chatear por causa do trânsito”, recorda. “Agora quando estou prestes a irritar-me com questões como esta, acabo por parar e pensar. Tenho mais é que agradecer por poder estar no meio do trânsito e não confinado a quatro paredes dentro de um hospital”, refere. Em três minutos Acerca da eurovisão, Salvador Sobral admite que que foi um momento de viragem na sua vida, até porque “de que outra forma é possível , de uma só vez e em três minutos ser visto por 200 milhões de pessoas?”. A vitória, teve outro sabor porque foi conseguida com um tema de que gosta muito, “Amar pelos dois”. “Há muita gente que vai ao festival e faz canções só para aquele evento. Eu acho que fiz uma coisa verdadeiramente boa e com uma mensagem muito forte, tanto melódica como lírica, o que me deixa muito orgulhoso”. Aliás, é com a música “verdadeira” que o artista quer continuar a trabalhar. Este ano Portugal vai estar representado no evento musical europeu por Conan Osíris, artista que Salvador Sobral considera “muito particular”, sendo que “é esse o segredo, é a particularidade, a distinção e o impacto que podem vir a fazer de Conan Osíris o próximo vencedor do festival da canção”, aponta.
Hoje Macau EventosMúsica | Orquestra de Macau apresenta “Azzolini e Lu Jia” a 15 de Março [dropcap]A[/dropcap]Orquestra de Macau (OM) apresenta o concerto “Azzolini e Lu Jia” no dia 15 de Março (sexta-feira), pelas 20h horas, na Igreja de S. Domingos. A entrada é livre e os bilhetes distribuídos uma hora antes da actuação. Sob a batuta do Director Musical Lu Jia, a Orquestra irá colaborar com o famoso fagotista Sergio Azzolini para apresentar dois concertos para fagote, de A. Vivaldi e C. Stamitz, tocando a OM na segunda parte a Sinfonia N.º 4 “Italiana” de Mendelssohn, a fim de imprimir o sabor europeu do período romântico. Nascido em Bolzano (Itália), em 1967, Sergio Azzolini é conhecido pelo seu extraordinário talento e desempenho de instrumentos clássicos, especialmente os utilizados na música barroca, sendo reconhecido como uma autoridade na interpretação dos trabalhos de Vivaldi na execução do fagote. Além disso, a OM organiza uma masterclass no dia 13 de Março, na qual o fagotista Azzolini irá orientar os participantes sobre técnicas de fagote em actuações a solo ou com ensemble de sopros, sendo esta aberta a observadores.