Casinos | Analistas estimam que segmento VIP desça para um terço até 2022

[dropcap]O[/dropcap] mercado de massas tem cada vez mais peso nas receitas dos casinos de Macau. Uma tendência que os analistas da Sanford C. Bernstein estimam que continue a acentuar-se nos próximos anos. Do outro lado do espectro, o segmento VIP tende a diminuir. Até 2022, a equipa de análise de mercado da Bernstein, citada pelo portal GGRAsia, prevê que as receitas anuais apuradas pelo segmento VIP baixem até 34 por cento, incluindo também os negócios não-jogo.
Um fenómeno que se sentiu recentemente, depois de no terceiro trimestre as receitas das mesas de bacará VIP terem caído 22,5 por cento, em relação ao período homólogo de 2018, de acordo com dados da Direcção de Inspecção de Coordenação de Jogos (DICJ). A proporção das receitas apuradas pelo bacará VIP em relação ao bolo inteiro de receitas de jogo também está em queda, aliás do terceiro para o segundo trimestre caiu de 47,2 para 43,9 por cento.
Num relatório divulgado ontem, os analistas da Bernstein escrevem que “a percentagem das receitas VIP tem caído consideravelmente na última década”. “Em 2011, o segmento VIP equivalia aproximadamente a 70 por cento das receitas brutas (incluindo negócios não-jogo). Em 2018, esse número desceu para 41 por cento. Estimamos que até 2022 caia para cerca de 34 por cento das receitas dos casinos de Macau”.

Mercado sólido

Por outro lado, a análise projecta que o sector do jogo continue a ser conduzido pelo crescimento a longo-prazo do mercado de massas, apesar dos desafios trazidos pelo arrefecimento da economia chinesa e dos efeitos colaterais da guerra comercial.
A melhoria nas áreas dos transportes e infra-estruturas são elencadas como importantes elementos para o crescimento do consumo “premium” chinês, ou seja, o sustento do crescimento a longo-prazo do mercado de massas.
Os dados da DICJ dão corpo à boa performance das receitas dos jogos de massa, que cresceram 17,7 por cento no terceiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2018.
A nota dos analistas da Sanford Bernstein destaca ainda a estabilidade do segmento de massas. “Historicamente, o mercado VIP tem mostrado muito mais volatilidade do que o de massas. Daqui para a frente, com o expectável crescimento estrutural do jogo de massas e a redução do contributo VIP, esperamos que a indústria se torne menos volátil”, lê no comunicado.

7 Nov 2019

Casinos | Cloee Chao exige pagamento de horas extra a seguranças

[dropcap]C[/dropcap]loee Chao, presidente da Associação de Direitos dos Trabalhadores de Jogo, esteve ontem na Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) onde entregou uma petição assinada por 293 pessoas, onde se exige o pagamento de horas extra a seguranças dos casinos.

A responsável frisou que tem vindo a receber muitas queixas de seguranças de casinos como o MGM ou o City of Dreams a quem é exigido a chegada ao local de trabalho 15 ou 30 minutos mais cedo, a fim de realizarem reuniões de trabalho. Contudo, Cloee Chao salienta que estas reuniões não são mencionadas nos contratos de trabalho nem são pagas.

“De acordo com a lei laboral, estas reuniões deveriam ser consideradas como horas extra de trabalho”, adiantou a responsável, que lembrou que já houve casos em que o tribunal determinou que chegar mais cedo ao trabalho deveria ser considerado como horas extra.

Os casinos envolvidos neste processo terão parado de exigir aos seus funcionários para chegarem ao local de trabalho mais cedo depois desta decisão dos juízes mas, ainda assim, os seguranças não receberam o montante devido.

Cloee Chao deseja, portanto, que a DSAL possa mediar esta questão entre trabalhadores e empresas para que se chegue a um acordo de forma pacífica. Isto porque, “se o processo for resolvido pela via legislativa, os casinos não têm apenas de pagar uma compensação, mas também uma multa”, além de que “os trabalhadores não vão receber a compensação tão depressa”, frisou Cloee Chao.

29 Out 2019

Casinos | Cloee Chao exige pagamento de horas extra a seguranças

[dropcap]C[/dropcap]loee Chao, presidente da Associação de Direitos dos Trabalhadores de Jogo, esteve ontem na Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) onde entregou uma petição assinada por 293 pessoas, onde se exige o pagamento de horas extra a seguranças dos casinos.
A responsável frisou que tem vindo a receber muitas queixas de seguranças de casinos como o MGM ou o City of Dreams a quem é exigido a chegada ao local de trabalho 15 ou 30 minutos mais cedo, a fim de realizarem reuniões de trabalho. Contudo, Cloee Chao salienta que estas reuniões não são mencionadas nos contratos de trabalho nem são pagas.
“De acordo com a lei laboral, estas reuniões deveriam ser consideradas como horas extra de trabalho”, adiantou a responsável, que lembrou que já houve casos em que o tribunal determinou que chegar mais cedo ao trabalho deveria ser considerado como horas extra.
Os casinos envolvidos neste processo terão parado de exigir aos seus funcionários para chegarem ao local de trabalho mais cedo depois desta decisão dos juízes mas, ainda assim, os seguranças não receberam o montante devido.
Cloee Chao deseja, portanto, que a DSAL possa mediar esta questão entre trabalhadores e empresas para que se chegue a um acordo de forma pacífica. Isto porque, “se o processo for resolvido pela via legislativa, os casinos não têm apenas de pagar uma compensação, mas também uma multa”, além de que “os trabalhadores não vão receber a compensação tão depressa”, frisou Cloee Chao.

29 Out 2019

Jogo | Sanford C. Bernstein vê em alta estimativa de receitas de Outubro

[dropcap]A[/dropcap] consultora Sanford C. Bernstein emitiu um comunicado em que revê em alta a previsão das receitas dos casinos para Outubro. Numa estimativa anterior, as receitas das concessionárias caíam entre 3 e 6 por cento, uma perspectiva que melhora na nova avaliação que coloca as receitas entre a queda de 3 por cento e 0 por cento, face ao período homólogo do ano passado. “É possível que se verifique uma revisão em alta se a nossa estimativa para o segmento VIP se aguentar na taxa acima do normal”, refere a nota dos analistas da consultora.

O comunicado estima que as receitas entre 1 e 20 de Outubro se fixaram em 18,6 mil milhões de patacas, com um total apurado diariamente de cerca de 930 milhões de patacas. A Nomura também deu uma perspectiva mais optimista, em relação a estimativas anteriores.

Numa nota emitida na segunda-feira, os analistas da Nomura previram que as receitas originadas pelo segmento de massas tivessem crescido 13 a 14 por cento, em relação ao mesmo período de 2018 e que as variações no segmento VIP se mantivessem dentro da margem normal, sem quebras significativas.

23 Out 2019

Jogo | Sanford C. Bernstein vê em alta estimativa de receitas de Outubro

[dropcap]A[/dropcap] consultora Sanford C. Bernstein emitiu um comunicado em que revê em alta a previsão das receitas dos casinos para Outubro. Numa estimativa anterior, as receitas das concessionárias caíam entre 3 e 6 por cento, uma perspectiva que melhora na nova avaliação que coloca as receitas entre a queda de 3 por cento e 0 por cento, face ao período homólogo do ano passado. “É possível que se verifique uma revisão em alta se a nossa estimativa para o segmento VIP se aguentar na taxa acima do normal”, refere a nota dos analistas da consultora.
O comunicado estima que as receitas entre 1 e 20 de Outubro se fixaram em 18,6 mil milhões de patacas, com um total apurado diariamente de cerca de 930 milhões de patacas. A Nomura também deu uma perspectiva mais optimista, em relação a estimativas anteriores.
Numa nota emitida na segunda-feira, os analistas da Nomura previram que as receitas originadas pelo segmento de massas tivessem crescido 13 a 14 por cento, em relação ao mesmo período de 2018 e que as variações no segmento VIP se mantivessem dentro da margem normal, sem quebras significativas.

23 Out 2019

Receitas do jogo VIP em Macau caem 22,5% no terceiro trimestre

[dropcap]A[/dropcap]s receitas do jogo VIP nos casinos de Macau atingiram os 31,1 mil milhões de patacas no terceiro trimestre deste ano, uma quebra de 22,5% face a igual período de 2018.
De acordo com dados divulgados pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) na quarta-feira, este valor, angariado nas salas de grandes apostas dos casinos, representa uma descida de 22,5% em relação a igual período de 2018.

No primeiro semestre de 2019, as receitas do jogo VIP atingiram os 71,8 mil milhões de patacas  numa descida de 14,5% em relação ao período homólogo do ano passado. Em 2018, as receitas geradas pelo jogo VIP tinham crescido 9,3%, para 166 mil milhões de patacas, contribuindo com mais de metade do total arrecadado pelos casinos de Macau.

18 Out 2019

Jogo | Analistas apontam para Outubro com queda de receitas até 6%

A consultora Sanford C. Bernstein prevê que Outubro termine com quebras nas receitas dos casinos de Macau entre os 3 e os 6 por cento, em relação ao mesmo mês do ano passado. Destaque para o jogo VIP que não recuperou desde a semana dourada

 

[dropcap]O[/dropcap]s resultados das operadoras da indústria do jogo continuam a não deslumbrar. A Sanford C. Bernstein emitiu uma nota esta semana, citada pelo portal GGRAsia, que prevê que as receitas brutas de Outubro dos casinos do território sofram quebras entre 3 e 6 por cento, em comparação o mesmo período de 2018.

Em relação às receitas apuradas em Outubro até ao dia 13, a consultora aponta para 12,6 mil milhões de patacas. Os factores que colocam os resultados das concessionárias abaixo dos últimos anos continuam a ser a guerra comercial e o aperto à actividade dos junkets. Nesse último aspecto, os analistas Vitaly Umansky, Eunice Lee e Kelsey Zhu assinalam na nota que “o jogo VIP continuou fraco depois da semana dourada, como era esperado, e assim deverá continuar até ao final de Outubro”.

Importa referir que a semana dourada se reveste de particular importância para os cofres das concessionárias e o do sector do turismo, com a chegada de centenas de milhar de turistas chineses a Macau. Porém, este ano foi atípico. Apesar da subida do número de visitantes que entraram no território durante a semana dourada, as receitas dos casinos demonstraram uma tendência de declínio em relação ao mesmo período de 2018.

A seguir caminho

A Sanford C. Bernstein acrescenta que a média diária de receitas brutas dos casinos de Macau durante o período de seis dias entre 8 e 13 de Outubro se situou nos 750 milhões de patacas. A consultora acrescentou que “se estima que os resultados do jogo de massas tenham registado crescimento de quase dois dígitos, enquanto o segmento VIP tenha caído 20 e pouco por cento comparado com o período homólogo de 2018”.

Já a consultora Nomura perspectiva que em Outubro o crescimento nulo das receitas das operadoras, mas que no final do quatro trimestre do ano se registem quebras nas receitas.

A consultora do banco Morgan Stanley também emitiu uma previsão esta semana, onde perspectivou contracção das receitas em todos os meses até ao final do ano, comparados mês a mês com os períodos homólogos do ano passado.

17 Out 2019

Jogo | Analistas apontam para Outubro com queda de receitas até 6%

A consultora Sanford C. Bernstein prevê que Outubro termine com quebras nas receitas dos casinos de Macau entre os 3 e os 6 por cento, em relação ao mesmo mês do ano passado. Destaque para o jogo VIP que não recuperou desde a semana dourada

 
[dropcap]O[/dropcap]s resultados das operadoras da indústria do jogo continuam a não deslumbrar. A Sanford C. Bernstein emitiu uma nota esta semana, citada pelo portal GGRAsia, que prevê que as receitas brutas de Outubro dos casinos do território sofram quebras entre 3 e 6 por cento, em comparação o mesmo período de 2018.
Em relação às receitas apuradas em Outubro até ao dia 13, a consultora aponta para 12,6 mil milhões de patacas. Os factores que colocam os resultados das concessionárias abaixo dos últimos anos continuam a ser a guerra comercial e o aperto à actividade dos junkets. Nesse último aspecto, os analistas Vitaly Umansky, Eunice Lee e Kelsey Zhu assinalam na nota que “o jogo VIP continuou fraco depois da semana dourada, como era esperado, e assim deverá continuar até ao final de Outubro”.
Importa referir que a semana dourada se reveste de particular importância para os cofres das concessionárias e o do sector do turismo, com a chegada de centenas de milhar de turistas chineses a Macau. Porém, este ano foi atípico. Apesar da subida do número de visitantes que entraram no território durante a semana dourada, as receitas dos casinos demonstraram uma tendência de declínio em relação ao mesmo período de 2018.

A seguir caminho

A Sanford C. Bernstein acrescenta que a média diária de receitas brutas dos casinos de Macau durante o período de seis dias entre 8 e 13 de Outubro se situou nos 750 milhões de patacas. A consultora acrescentou que “se estima que os resultados do jogo de massas tenham registado crescimento de quase dois dígitos, enquanto o segmento VIP tenha caído 20 e pouco por cento comparado com o período homólogo de 2018”.
Já a consultora Nomura perspectiva que em Outubro o crescimento nulo das receitas das operadoras, mas que no final do quatro trimestre do ano se registem quebras nas receitas.
A consultora do banco Morgan Stanley também emitiu uma previsão esta semana, onde perspectivou contracção das receitas em todos os meses até ao final do ano, comparados mês a mês com os períodos homólogos do ano passado.

17 Out 2019

Embratur vai propor ao Congresso brasileiro casinos como em Macau

[dropcap]O[/dropcap] presidente da Embratur – Instituto Brasileiro do Turismo disse ontem em entrevista à Lusa que vai ser proposto ao Congresso a autorização de abertura de casinos em ‘resorts’ integrados como os de Macau e Singapura.

Gilson Machado Neto disse que há várias “acções ambiciosas” que vão ser enviadas ao Congresso brasileiro ainda este ano, mas que há também uma proposta que está a ser alvo de análise: a abertura de casinos no Brasil.

“Outra coisa que temos em mente é a liberalização de ‘clusters’ de resorts integrados como este [MGM, em Macau], de casino, no Brasil”, explicou. “No Brasil o casino ainda é proibido”, lembrou, pelo que é necessário garantir uma mudança legislativa para concretizar esta aposta na indústria do jogo e do lazer.

“É esse modelo de Macau e de Singapura que nós estamos a estudar e vamos apresentar ao Congresso”, precisou Gilson Machado Neto.

Em Macau, onde são esperados cerca de 40 milhões de visitantes este ano, o ministro do Turismo brasileiro já tinha feito questão de apontar, na segunda-feira, uma das apostas para impulsionar ainda mais o turismo e o financiamento privado: os casinos.

“Quero lembrar que o [poder] legislativo no Brasil avalia regulamentar a operação de casinos em ‘resorts’ [integrados], abrindo grandes vias de investimento” no país, sublinhou Marcelo Álvaro António, à margem do Fórum de Economia de Turismo Global, que terminou ontem.

16 Out 2019

Jogo | Pansy Ho diz que casinos no Brasil têm interesse para indústria de Macau

A empresária Pansy Ho disse ontem que “a experiente indústria do jogo de Macau” veria com interesse um possível investimento no Brasil, caso o país opte pela abertura de casinos em ‘resorts’

 
[dropcap]A[/dropcap] multimilionária e accionista de referência da MGM China, Pansy Ho, vê com bons olhos a possibilidade de entrada no mercado brasileiro se o país do samba optar por abrir casinos em resorts. Pansy Ho frisou que não se pode esquecer que o Brasil “é uma das maiores economias da América Latina” e que o interesse dependerá sempre das condições futuras, de critérios e expectativas a serem definidos.
“Os operadores e ‘resorts’ integrados de Macau têm obviamente experiência e ‘know how’”, pelo que um investimento nesta área seria sempre atractivo, tanto para os promotores do jogo no território, como outros espalhados pelo mundo, sublinhou aquela que é também embaixadora da Organização Mundial do Turismo, agência especializada da ONU.
Em conferência de imprensa, após a sessão inaugural do Fórum de Economia de Turismo Global (GTEF, na sigla em inglês), no qual o Brasil e a Argentina são convidados de honra, Pansy Ho ressalvou que não fez qualquer contacto directo com o Governo brasileiro, apesar de “esta situação ter sido levantada, como conceito”.
A filha mais velha do magnata do jogo Stanley Ho afirmou que “se ou quando for promovida e divulgada mais informação junto das maiores operadoras” esse será certamente um cenário a avaliar, ainda que exija “conhecer mais sobre os critérios e expectativas”.

Procura de privados

O ministro do Turismo brasileiro, Marcelo Álvaro António, fez questão de apontar uma das apostas para impulsionar ainda mais o turismo e o financiamento privado: os casinos. “Quero lembrar que o [poder] legislativo no Brasil avalia regulamentar a operação de casinos em ‘resorts’ [integrados], abrindo grandes vias de investimento” no país, sublinhou o governante.
“O ministério do Turismo já trabalha para um melhor aproveitamento do património mundial, cultural e natural”, na “expansão de cruzeiros marítimos pelo país”, no “maior programa mundial de concessões e privatizações” ao nível de acessibilidades, bem como na “criação de áreas especiais de interesse turístico, dotadas de regras diferenciadas de licenciamentos”, enumerou. O ministro defendeu ainda que estas áreas especiais de interesse turístico podem transformar-se “em grandes pólos de actividades económicas, a partir da implantação de empreendimentos, hotéis e parques temáticos”.
O vice-Presidente do Brasil afirmou também que quer mais privados a apostarem na indústria turística. “O nosso Governo está a focar-se no sector privado e a tomar medidas para desenvolver a indústria [turística]”, através do “investimento em infraestruturas aeroportuárias e novas tecnologias”, exemplificou o vice-Presidente brasileiro, Hamilton Mourão, numa mensagem vídeo exibida ontem.

15 Out 2019

Jogo | Pansy Ho diz que casinos no Brasil têm interesse para indústria de Macau

A empresária Pansy Ho disse ontem que “a experiente indústria do jogo de Macau” veria com interesse um possível investimento no Brasil, caso o país opte pela abertura de casinos em ‘resorts’

 

[dropcap]A[/dropcap] multimilionária e accionista de referência da MGM China, Pansy Ho, vê com bons olhos a possibilidade de entrada no mercado brasileiro se o país do samba optar por abrir casinos em resorts. Pansy Ho frisou que não se pode esquecer que o Brasil “é uma das maiores economias da América Latina” e que o interesse dependerá sempre das condições futuras, de critérios e expectativas a serem definidos.

“Os operadores e ‘resorts’ integrados de Macau têm obviamente experiência e ‘know how’”, pelo que um investimento nesta área seria sempre atractivo, tanto para os promotores do jogo no território, como outros espalhados pelo mundo, sublinhou aquela que é também embaixadora da Organização Mundial do Turismo, agência especializada da ONU.

Em conferência de imprensa, após a sessão inaugural do Fórum de Economia de Turismo Global (GTEF, na sigla em inglês), no qual o Brasil e a Argentina são convidados de honra, Pansy Ho ressalvou que não fez qualquer contacto directo com o Governo brasileiro, apesar de “esta situação ter sido levantada, como conceito”.

A filha mais velha do magnata do jogo Stanley Ho afirmou que “se ou quando for promovida e divulgada mais informação junto das maiores operadoras” esse será certamente um cenário a avaliar, ainda que exija “conhecer mais sobre os critérios e expectativas”.

Procura de privados

O ministro do Turismo brasileiro, Marcelo Álvaro António, fez questão de apontar uma das apostas para impulsionar ainda mais o turismo e o financiamento privado: os casinos. “Quero lembrar que o [poder] legislativo no Brasil avalia regulamentar a operação de casinos em ‘resorts’ [integrados], abrindo grandes vias de investimento” no país, sublinhou o governante.

“O ministério do Turismo já trabalha para um melhor aproveitamento do património mundial, cultural e natural”, na “expansão de cruzeiros marítimos pelo país”, no “maior programa mundial de concessões e privatizações” ao nível de acessibilidades, bem como na “criação de áreas especiais de interesse turístico, dotadas de regras diferenciadas de licenciamentos”, enumerou. O ministro defendeu ainda que estas áreas especiais de interesse turístico podem transformar-se “em grandes pólos de actividades económicas, a partir da implantação de empreendimentos, hotéis e parques temáticos”.

O vice-Presidente do Brasil afirmou também que quer mais privados a apostarem na indústria turística. “O nosso Governo está a focar-se no sector privado e a tomar medidas para desenvolver a indústria [turística]”, através do “investimento em infraestruturas aeroportuárias e novas tecnologias”, exemplificou o vice-Presidente brasileiro, Hamilton Mourão, numa mensagem vídeo exibida ontem.

15 Out 2019

Analistas esperam resultados “pouco excitantes” do Jogo na semana dourada

[dropcap]T[/dropcap]al como se previa, os lucros dos casinos de Macau durante a semana dourada não devem deslumbrar, ou fazer esquecer o ano conturbado para a indústria do jogo. Num comunicado emitido terça-feira, citado pelo portal GGRAsia, a JP Morgan Securities (Asia Pacific) Ltd referiu que “a procura durante a semana dourada foi pouco excitante, tal como esperávamos”.

O comunicado assinado pelos analistas DS Kim, Jeremy An e Derek Choi revela que “de acordo com a análise, os sete dias da semana dourada geraram uma média de receitas diárias de cerca de 1,15 mil milhões de patacas, o que representa uma queda de 12 por cento em relação ao mesmo período de 2018, quando as receitas se fixaram em 1,3 mil milhões de patacas por dia”.

Os analistas acrescentam ainda que o ano passado foi atípico em termos de distribuição dos ganhos apurados em Outubro. No início, as concessionárias tiveram um arranque forte, mas terminaram com menor volume de lucros. Os especialistas da JP Morgan justificaram as quebras na recta final com a visita de Xi Jinping à província de Guangdong no fim do mês.

Fuga à norma

A semana dourada tem sido, ao longo dos anos, uma época que representa um pico para os lucros das concessionárias. Algo que não se verificou este ano devido à influência da desaceleração do crescimento da economia chinesa e, particularmente, ao crescente escrutínio das autoridades nacionais face aos junkets.

Analistas da Nomura lançaram esta semana uma estimativa que discrimina o desempenho durante a semana dourada por segmentos de mercado. A análise indica um crescimento das receitas diárias apuradas pelo segmento de massas entre os 8 e os 10 por cento. Previsão positiva que não chega para compensar a quebra no crescimento das receitas do sector VIP na ordem entre 22 e 24 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior.

A consultora Sanford C. Bernstein Ltd dá outro contexto às previsões, referindo que apesar de se prever que a ocupação hoteleira seja sólida a qualidade da clientela diminuiu.

“Com base em informações prestadas por membros da indústria, prevemos que o resultado do sector das apostas VIP tenha sido morno e que assim se mantenha durante o resto do mês”, refere o comunicado.

10 Out 2019

Economia | Macau não pode estar dependente do jogo, diz Roberto Carneiro 

[dropcap]O[/dropcap] presidente da Fundação da Escola Portuguesa de Macau (FEPM), Roberto Carneiro, defendeu esta sexta-feira que Macau “não pode estar dependente” do jogo e que tem de ter autonomia para se desenvolver noutras áreas, como as novas tecnologias.
“Macau é a região com o maior pico de jogo no mundo, mas isto é passageiro, porque a China pode abrir jogo noutro lado, e Macau vai por aí abaixo. Macau não pode estar dependente dessa vontade chinesa, tem de ter vontade autónoma para se desenvolver nas novas tecnologias, com novas ‘start-ups'”, disse à Lusa o antigo ministro da Educação português.
Nesse sentido, Roberto Carneiro vaticinou “um grande futuro” para a região administrada por Portugal durante vários séculos. Roberto Carneiro falou à margem da apresentação do livro “O Macaense”, em Lisboa, projecto que co-coordenou e que resultou de uma parceria entre a Fundação Macau e a Universidade Católica Portuguesa, através do seu Centro de Estudos dos Povos e Culturas de Expressão Portuguesa (CEPCEP).

30 Set 2019

Economia | Macau não pode estar dependente do jogo, diz Roberto Carneiro 

[dropcap]O[/dropcap] presidente da Fundação da Escola Portuguesa de Macau (FEPM), Roberto Carneiro, defendeu esta sexta-feira que Macau “não pode estar dependente” do jogo e que tem de ter autonomia para se desenvolver noutras áreas, como as novas tecnologias.

“Macau é a região com o maior pico de jogo no mundo, mas isto é passageiro, porque a China pode abrir jogo noutro lado, e Macau vai por aí abaixo. Macau não pode estar dependente dessa vontade chinesa, tem de ter vontade autónoma para se desenvolver nas novas tecnologias, com novas ‘start-ups'”, disse à Lusa o antigo ministro da Educação português.

Nesse sentido, Roberto Carneiro vaticinou “um grande futuro” para a região administrada por Portugal durante vários séculos. Roberto Carneiro falou à margem da apresentação do livro “O Macaense”, em Lisboa, projecto que co-coordenou e que resultou de uma parceria entre a Fundação Macau e a Universidade Católica Portuguesa, através do seu Centro de Estudos dos Povos e Culturas de Expressão Portuguesa (CEPCEP).

30 Set 2019

Académico acha improvável fim de casinos americanos em Macau

Um académico de uma instituição afiliada ao Ministério do Comércio chinês acha improvável que as concessionárias norte-americanas deixem de operar em Macau devido à guerra comercial. Mas se as tensões se aprofundarem, considera que existem empresas locais que poderiam tomar o lugar das americanas

 

[dropcap]É[/dropcap] algo mencionado com muito cuidado. Qual o efeito da guerra comercial na relação das concessionárias norte-americanas com o Executivo de uma região administrativa especial da China.

No passado domingo, à margem do Fórum Económico de Macau, que decorreu na Universidade de Macau, um académico com ligações ao Governo Central tocou no assunto. Liang Ming, investigador do Instituto de Pesquisa de Comércio Externo, instituição afiliada ao Ministério do Comércio chinês, apontou a improbabilidade de empresas norte-americanas que têm casinos em Macau se vejam forçadas a abandonar o território devido à guerra comercial. Porém, na eventualidade das tensões aumentarem, o académico ressalvou que existem empresas locais e do Continente que poderiam tomar o lugar das concessionárias norte-americanas e gerir o negócio com sucesso.

Esta possibilidade, reiterou, só se colocaria no pior dos cenários, com a intensificação dramática das relações entre Pequim e Washington, de acordo com informação veiculada pela Macau News.

Além disso o académico acha que se o Governo americano tivesse de dizer às concessionárias para abandonar um mercado altamente rentável isso provocaria grandes danos. Importa referir que magnatas norte-americanos do jogo contribuem com avultadas somas para campanhas políticas, em particular do Partido Republicano. Segundo notícia avançada pelo Guardian, e outros meios de comunicação social, Sheldon Adelson doou ao Partido Republicano 113 milhões de dólares apenas nas eleições intercalares de 2018.

O director do Instituto de Pesquisa de Comércio Externo teceu estas considerações depois de discursar sobre as perspectivas de cooperação económica entre Macau e China no panorama internacional actual, nomeadamente face às tendências crescentes de unilateralismo e proteccionismo que afectam os mercados internacionais.

Em construção

Liang entende que o momento das negociações é de “progressos construtivos”, e que apesar do aumento das tensões do último ano, ambos os lados têm mostrado recentemente o desejo de chegar a um acordo. O académico relativizou o ligeiro impacto que a guerra comercial teve em Macau, que só se sente de forma indirecta.

Impacto que não se deve sentir nas empresas que aqui operam. “Os casinos norte-americanos têm lucros enormes em Macau. Será que é exequível desinvestirem deste mercado? É uma pergunta duvidosa”, comentou o académico.

Se a situação extrema de saída do mercado de Macau acontecesse, Liang Ming entende que em termos laborais o território não seria afectado e que haveria apenas uma “mudança de formato”.

De acordo com o Macau Post Daily, o académico duvida que Pequim “aperte” com as concessionárias americanas.

24 Set 2019

Jogo | Acções de concessionárias ainda não bateram no fundo

[dropcap]A[/dropcap]pesar dos valores actuais das acções das concessionárias de jogo, a quebra de receitas da indústria do jogo “ainda não bateu no fundo”. A conclusão vem num relatório da Stanley Morgan, que estima que a quebra nas receitas de 2019 das concessionárias se fixe nos -3 por cento, menos dois pontos percentuais em relação a uma previsão anterior.
Para o ano de 2020, os analistas do banco de investimento estimam um crescimento anual na ordem dos 3 por cento, valor significativamente menor à estimativa anterior de 8 por cento.
“Apesar das nossas expectativas de crescimento de 4 por cento das receitas em Setembro, depois de dois meses de resultados negativos, esperamos crescimento negativo em Novembro e Dezembro”, apontaram os analistas Praveen Choudhary e Thomas Allen.
“Muitos indicadores macroeconómicos sugerem que o sector VIP possa recuperar entre agora e Dezembro, mas as receitas do segmento têm afundado nos últimos três meses. Porém, uma preocupação ainda maior são as receitas do segmento de massas, que no passado recente apresentava resultados robustos, com crescimento superior a 10 por cento em termos anuais nos últimos oito meses, mas que pode abrandar para um dígito apenas de crescimento no último trimestre de 2019”, completam os analistas.
As preocupações estendem-se ao segmento premium de massas e ao crescimento, assim como ao número de reservas em quartos de hotel. Neste aspecto, a Stanley Morgan estima que as receitas do segmento de massas crescem 10 por cento este ano e 7 por cento em 2020. Por outro lado, o segmento VIP tem uma estimativa de um tombo de 17 por cento nas receitas deste ano e 2 por cento em 2020.

19 Set 2019

Jogo | Acções de concessionárias ainda não bateram no fundo

[dropcap]A[/dropcap]pesar dos valores actuais das acções das concessionárias de jogo, a quebra de receitas da indústria do jogo “ainda não bateu no fundo”. A conclusão vem num relatório da Stanley Morgan, que estima que a quebra nas receitas de 2019 das concessionárias se fixe nos -3 por cento, menos dois pontos percentuais em relação a uma previsão anterior.

Para o ano de 2020, os analistas do banco de investimento estimam um crescimento anual na ordem dos 3 por cento, valor significativamente menor à estimativa anterior de 8 por cento.

“Apesar das nossas expectativas de crescimento de 4 por cento das receitas em Setembro, depois de dois meses de resultados negativos, esperamos crescimento negativo em Novembro e Dezembro”, apontaram os analistas Praveen Choudhary e Thomas Allen.

“Muitos indicadores macroeconómicos sugerem que o sector VIP possa recuperar entre agora e Dezembro, mas as receitas do segmento têm afundado nos últimos três meses. Porém, uma preocupação ainda maior são as receitas do segmento de massas, que no passado recente apresentava resultados robustos, com crescimento superior a 10 por cento em termos anuais nos últimos oito meses, mas que pode abrandar para um dígito apenas de crescimento no último trimestre de 2019”, completam os analistas.

As preocupações estendem-se ao segmento premium de massas e ao crescimento, assim como ao número de reservas em quartos de hotel. Neste aspecto, a Stanley Morgan estima que as receitas do segmento de massas crescem 10 por cento este ano e 7 por cento em 2020. Por outro lado, o segmento VIP tem uma estimativa de um tombo de 17 por cento nas receitas deste ano e 2 por cento em 2020.

19 Set 2019

Governo arrecada 76,5 mil milhões em impostos sobre o jogo

Macau arrecadou 76,5 mil milhões de patacas em receitas provenientes dos impostos directos sobre o jogo nos primeiros oito meses do ano. Em 2018, as receitas globais do sector cifraram-se em 304,71 mil milhões de patacas

 

[dropcap]D[/dropcap]e acordo com os dados divulgados no portal da Direcção dos Serviços de Finanças de Macau, os cofres públicos receberam 76,5 mil milhões de patacas em receitas provenientes dos impostos directos sobre o jogo até ao mês de Agosto. Este resultado representa um aumento de cerca de 1,5 por cento em relação ao período homólogo de 2018.

No que diz respeito às receitas totais, a Administração de Macau obteve, até ao final de Agosto, 87,7 mil milhões de patacas. Os impostos directos sobre o jogo – 35 por cento sobre as receitas brutas dos casinos – representaram, nos primeiros oito meses do ano, cerca 87,2 por cento das receitas totais da Administração de Macau.

Já na rubrica da despesa verificou-se um aumento de 1,1 mil milhões de patacas em relação ao mesmo período de 2018, sendo agora de 49,6 mil milhões de patacas. As contas públicas tiveram, até Agosto, um saldo positivo de 38,1 mil milhões de patacas, em comparação com os 38,3 mil milhões de patacas alcançados no ano anterior.

Em 2018, Macau arrecadou 106,7 mil milhões de patacas em impostos directos sobre o jogo, um aumento de 13,6 por cento face ao valor obtido no ano anterior. Segundo a Direcção dos Serviços de Finanças do território, este valor representou 79,6 por cento da totalidade das receitas públicas de Macau.

Regresso ao passado

Na passada sexta-feira, a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) divulgou uma nota a dar conta que as receitas globais do sector do jogo cifraram-se no ano passado em 304,71 mil milhões de patacas, valor que representou um crescimento de 13,7 por cento em termos anuais.

As receitas do jogo e dos serviços relacionados atingiram 304,18 mil milhões de patacas, ou seja, mais 13,6 por cento, em termos homólogos. Neste capítulo, destaque óbvio para as receitas do jogo, que constituíram de longe a maior fatia (302,86 mil milhões de patacas), um aumento de 13,6 por cento, enquanto as receitas da restauração (541 milhões de patacas) diminuíram 4,6 por cento.

Os juros recebidos chegaram aos 526 milhões de patacas, um crescimento brusco de 258,3 por cento, justificado pela DSEC com o acréscimo substancial em depósitos e empréstimos de empresas.

No capítulo das despesas globais, a DSEC dá conta de um aumento homólogo de 11,2 por cento, para 127,80 mil milhões de patacas.

Por seu turno, a formação bruta de capital fixo do sector situou-se no ano passado em 6,80 mil milhões de patacas, valor que representa um crescimento exponencial de 617,2 por cento. A DSEC explica o aumento com a “conclusão de grandes empreendimentos do turismo e do jogo, bem como a realização de obras de melhoramento de grande envergadura.”

17 Set 2019

Estudo | Segmento “Premium” representa 70% das receitas do jogo

A economia de Macau é sustentada por cerca de 400 mil jogadores VIP e grandes apostadores “Premium” do segmento de massas, totalizando 70 por cento das receitas da indústria do jogo. A conclusão consta de uma investigação da consultora Bernstein

 
[dropcap]O[/dropcap] ganha-pão de Macau e a força motriz da prosperidade do território está na mão de um grupo de jogadores VIP e Premium do sector de massas, entre 300 mil e 400 mil apostadores, que totalizaram cerca de 70 por cento das receitas apuradas em 2018 pela indústria do jogo de Macau. A conclusão consta de um estudo da consultora Bernstein intitulado “O crescimento do jogo chinês: a breve história e um vislumbre do futuro de Macau”.
A pesquisa destaca a importância crescente de grandes apostadores, em particular dos apostadores “Premium” do segmento de massas, um fragmento do mercado que demonstra, de acordo com a Bernstein, tendência para crescer a longo-prazo e demonstra grande propensão para viajar.
Os números adiantados pelo estudo revelam que os apostadores “Premium” contribuíram com 212 mil milhões de patacas para as receitas da indústria do jogo no ano passado, apesar de representarem apenas 1 por cento dos 35,8 milhões de turistas que visitaram Macau em 2018.
De acordo com os dados oficiais divulgados pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), as receitas geradas pelo jogo VIP em 2018 cresceram 9,3 por cento, para 166,097 mil milhões de patacas, contribuindo para mais de metade do total arrecadado pelos casinos de Macau. Importa salientar que estes valores não incluem os jogadores “Premium” do sector de massas, que a consultora acrescenta no estudo.
A tendência de crescimento é algo que salta à vista nos valores divulgados pela DICJ. No ano passado as receitas angariadas nas salas de grandes apostas registaram um aumento de 15,424 mil milhões de patacas, em relação a 2017, cujo valor das grandes apostas tinha sido de 150,673 mil milhões de patacas.

Ganha pão do Norte

“É evidente que os consumidores “Premium” são fundamentais para o crescimento a longo-prazo de Macau. São mais abastados, gastam mais e regressam com maior frequência. Além disso, é um segmento demográfico que está a aumentar”, refere o estudo assinado pelos analistas Vitaly Umansky e Eunice Lee.
Outra das conclusões retiradas do estudo da Bernstein aponta que no ano passado estes 400 mil grandes apostadores visitaram Macau, em média, quatro vezes.
No que diz respeito à proveniência deste nicho de mercado, a Bernstein traça um cenário de expansão territorial. “É provável que as maiores oportunidades de crescimento se foquem numa pequena extensão geográfica. Enquanto esperamos que Guangdong continue a ser a província que mais contribui, projectamos que Shandong, Jiangsu, Zhejiang, Xangai, Hunan e Henan consigam crescer significativamente. Estas regiões vão ser de uma importância vital para o futuro crescimento do segmento das apostas ‘Premium’”.

10 Set 2019

Estudo | Segmento “Premium” representa 70% das receitas do jogo

A economia de Macau é sustentada por cerca de 400 mil jogadores VIP e grandes apostadores “Premium” do segmento de massas, totalizando 70 por cento das receitas da indústria do jogo. A conclusão consta de uma investigação da consultora Bernstein

 

[dropcap]O[/dropcap] ganha-pão de Macau e a força motriz da prosperidade do território está na mão de um grupo de jogadores VIP e Premium do sector de massas, entre 300 mil e 400 mil apostadores, que totalizaram cerca de 70 por cento das receitas apuradas em 2018 pela indústria do jogo de Macau. A conclusão consta de um estudo da consultora Bernstein intitulado “O crescimento do jogo chinês: a breve história e um vislumbre do futuro de Macau”.

A pesquisa destaca a importância crescente de grandes apostadores, em particular dos apostadores “Premium” do segmento de massas, um fragmento do mercado que demonstra, de acordo com a Bernstein, tendência para crescer a longo-prazo e demonstra grande propensão para viajar.

Os números adiantados pelo estudo revelam que os apostadores “Premium” contribuíram com 212 mil milhões de patacas para as receitas da indústria do jogo no ano passado, apesar de representarem apenas 1 por cento dos 35,8 milhões de turistas que visitaram Macau em 2018.

De acordo com os dados oficiais divulgados pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), as receitas geradas pelo jogo VIP em 2018 cresceram 9,3 por cento, para 166,097 mil milhões de patacas, contribuindo para mais de metade do total arrecadado pelos casinos de Macau. Importa salientar que estes valores não incluem os jogadores “Premium” do sector de massas, que a consultora acrescenta no estudo.

A tendência de crescimento é algo que salta à vista nos valores divulgados pela DICJ. No ano passado as receitas angariadas nas salas de grandes apostas registaram um aumento de 15,424 mil milhões de patacas, em relação a 2017, cujo valor das grandes apostas tinha sido de 150,673 mil milhões de patacas.

Ganha pão do Norte

“É evidente que os consumidores “Premium” são fundamentais para o crescimento a longo-prazo de Macau. São mais abastados, gastam mais e regressam com maior frequência. Além disso, é um segmento demográfico que está a aumentar”, refere o estudo assinado pelos analistas Vitaly Umansky e Eunice Lee.

Outra das conclusões retiradas do estudo da Bernstein aponta que no ano passado estes 400 mil grandes apostadores visitaram Macau, em média, quatro vezes.

No que diz respeito à proveniência deste nicho de mercado, a Bernstein traça um cenário de expansão territorial. “É provável que as maiores oportunidades de crescimento se foquem numa pequena extensão geográfica. Enquanto esperamos que Guangdong continue a ser a província que mais contribui, projectamos que Shandong, Jiangsu, Zhejiang, Xangai, Hunan e Henan consigam crescer significativamente. Estas regiões vão ser de uma importância vital para o futuro crescimento do segmento das apostas ‘Premium’”.

10 Set 2019

Casinos | Devedora obrigada a ser filmada nua

[dropcap]U[/dropcap]ma mulher com cerca de 20 anos foi forçada a ser filmada nua, depois de ter sido incapaz de pagar as dívidas de jogo. O caso foi revelado ontem pelas autoridades. A mulher foi sequestrada por dois homens, com 31 e 35 anos, durante cerca de 37 horas na Taipa, depois de no domingo ter perdido 60 mil yuan a jogar nas mesas dos casinos locais.
Este montante tinha sido emprestado pelos dois homens, que além do valor emprestado tinham de receber 5 mil yuan, em juros, e ainda 20 por cento de qualquer aposta ganha pela jogadora. Foi durante o sequestro que os homens obrigaram a mulher a despedir-se e filmaram-na nua.
As imagens foram utilizadas para enviar a familiares e amigos com um pedido de pagamento das dívidas. Terá sido através de um desses vídeos que um amigo da vítima alertou as autoridades. De acordo com a polícia um dos suspeitos foi detido e tinha no seu telemóvel imagens da mulher. O detido terá confessado a prática. Já o outro homem encontra-se a monte.

5 Set 2019

Casinos | Devedora obrigada a ser filmada nua

[dropcap]U[/dropcap]ma mulher com cerca de 20 anos foi forçada a ser filmada nua, depois de ter sido incapaz de pagar as dívidas de jogo. O caso foi revelado ontem pelas autoridades. A mulher foi sequestrada por dois homens, com 31 e 35 anos, durante cerca de 37 horas na Taipa, depois de no domingo ter perdido 60 mil yuan a jogar nas mesas dos casinos locais.

Este montante tinha sido emprestado pelos dois homens, que além do valor emprestado tinham de receber 5 mil yuan, em juros, e ainda 20 por cento de qualquer aposta ganha pela jogadora. Foi durante o sequestro que os homens obrigaram a mulher a despedir-se e filmaram-na nua.

As imagens foram utilizadas para enviar a familiares e amigos com um pedido de pagamento das dívidas. Terá sido através de um desses vídeos que um amigo da vítima alertou as autoridades. De acordo com a polícia um dos suspeitos foi detido e tinha no seu telemóvel imagens da mulher. O detido terá confessado a prática. Já o outro homem encontra-se a monte.

5 Set 2019

Jogo | Agosto com quebras de 25 por cento nas salas VIP

De acordo com uma estimativa de analistas da JP Morgan, Agosto foi um mês negro para o jogo VIP em Macau, com as receitas a registarem uma quebra de 25 por cento ao ano. A Morgan Stanley refere que o tombo pode ter chegado aos 30 por cento

 
[dropcap]S[/dropcap]e a JP Morgan Securities (Asia Pacific) diz mata, a Morgan Stanley Asia diz esfola. As duas consultoras emitiram notas sobre os resultados de Agosto do jogo VIP em Macau e os prognósticos não são bons. De acordo com um artigo publicado no portal GGRasia, a JP Morgan Securities (Asia Pacific) refere que o “rolling chip turnover”, um dos indicadores das receitas do jogo VIP, das três maiores empresas junket de Macau aponta para uma queda em Agosto na ordem dos 25 por cento.
Já o analista da Morgan Stanley Asia, Praveen Choudhary, depois de publicados os resultados do sector pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos referiu que o mercado dos maiores junkets de Macau deverá ter “sofrido um declínio de 30 por cento em Agosto”.
Nenhuma das instituições menciona as empresas abrangidas pelas análises, mas é conhecido o aperto a que têm sido sujeitas as companhias junkets em termos de regulação e na forma como se relacionam com os casinos.
Os analistas da JP Morgan DS Kim e Jeremy An, em relação à queda em Agosto de quase 9 por cento das receitas do sector do jogo, disseram “acreditar que os três maiores junkets de Macau deveriam ter um declínio entre os 25 e os 30 por cento ao ano, em linha com o que aconteceu em Julho”. Os analistas acrescentaram que o jogo VIP se “mantém teimosamente uma desilusão”, mas que esta situação “não é totalmente inesperada”.

Poder das massas

Os analistas da JP Morgan realçam também a desilusão com os resultados do mercado de massas durante o mês de Agosto, apesar do crescimento de 7 por cento em comparação com o período homólogo do ano passado, ainda assim abaixo dos crescimentos de 10 e 11 por cento registados no segmento nos primeiros sete meses de 2019.
Até agora, os números do mercado dos grandes apostadores assentam apenas em projecções, uma vez que o Governo só revela os dados separados dos dois segmentos, VIP e massas, no final de cada trimestre.
Os analistas da JP Morgan referem ainda que “ambos os segmentos ficaram aquém do esperado, mas, ainda assim, a maior desilusão foi o segmento de massas, principalmente porque os números oficiais de entrada de visitantes não mostraram sinais de abrandamento”.

4 Set 2019

Jogo | Agosto com quebras de 25 por cento nas salas VIP

De acordo com uma estimativa de analistas da JP Morgan, Agosto foi um mês negro para o jogo VIP em Macau, com as receitas a registarem uma quebra de 25 por cento ao ano. A Morgan Stanley refere que o tombo pode ter chegado aos 30 por cento

 

[dropcap]S[/dropcap]e a JP Morgan Securities (Asia Pacific) diz mata, a Morgan Stanley Asia diz esfola. As duas consultoras emitiram notas sobre os resultados de Agosto do jogo VIP em Macau e os prognósticos não são bons. De acordo com um artigo publicado no portal GGRasia, a JP Morgan Securities (Asia Pacific) refere que o “rolling chip turnover”, um dos indicadores das receitas do jogo VIP, das três maiores empresas junket de Macau aponta para uma queda em Agosto na ordem dos 25 por cento.

Já o analista da Morgan Stanley Asia, Praveen Choudhary, depois de publicados os resultados do sector pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos referiu que o mercado dos maiores junkets de Macau deverá ter “sofrido um declínio de 30 por cento em Agosto”.

Nenhuma das instituições menciona as empresas abrangidas pelas análises, mas é conhecido o aperto a que têm sido sujeitas as companhias junkets em termos de regulação e na forma como se relacionam com os casinos.

Os analistas da JP Morgan DS Kim e Jeremy An, em relação à queda em Agosto de quase 9 por cento das receitas do sector do jogo, disseram “acreditar que os três maiores junkets de Macau deveriam ter um declínio entre os 25 e os 30 por cento ao ano, em linha com o que aconteceu em Julho”. Os analistas acrescentaram que o jogo VIP se “mantém teimosamente uma desilusão”, mas que esta situação “não é totalmente inesperada”.

Poder das massas

Os analistas da JP Morgan realçam também a desilusão com os resultados do mercado de massas durante o mês de Agosto, apesar do crescimento de 7 por cento em comparação com o período homólogo do ano passado, ainda assim abaixo dos crescimentos de 10 e 11 por cento registados no segmento nos primeiros sete meses de 2019.

Até agora, os números do mercado dos grandes apostadores assentam apenas em projecções, uma vez que o Governo só revela os dados separados dos dois segmentos, VIP e massas, no final de cada trimestre.

Os analistas da JP Morgan referem ainda que “ambos os segmentos ficaram aquém do esperado, mas, ainda assim, a maior desilusão foi o segmento de massas, principalmente porque os números oficiais de entrada de visitantes não mostraram sinais de abrandamento”.

4 Set 2019