MP | Burlões que desfalcaram 30 residentes em liberdade

Dois suspeitos de terem orquestrado uma burla que vitimizou 30 residentes, em quase 50 milhões de patacas, vão aguardar julgamento em liberdade. O Ministério Público confirmou ontem que os arguidos tiveram de prestar caução e vão ficar sujeitos a apresentação periódica e proibição de ausência da RAEM. Se forem condenados, arriscam uma pena de 10 anos de prisão

 

O Ministério Público confirmou ontem que foram aplicadas a dois arguidos suspeitos de burla “as medidas de coacção de prestação de caução, apresentação periódica e proibição de ausência da RAEM”, o que implica que fiquem em liberdade até serem julgados.

O caso em questão foi revelado no final do mês passado e culminou com a detenção nos dias 17 e 18 de Maio de um homem e uma mulher, suspeitos de terem montado um esquema fraudulento de investimento entre 2017 e Março de 2021. Os arguidos são suspeitos de envolvimento numa rede fraudulenta que terá desfalcado mais de 30 pessoas num total de quase 49 milhões de dólares de Hong Kong, através de uma loja que funcionava no NAPE como sede de uma empresa de captação de investimentos.

O esquema passava pela criação de várias empresas offshore com nomes semelhantes a empresas conhecidas de Hong Kong, com o intuito de convencer as vítimas a comprar as acções com aliciantes margens de lucro.

O MP revelou que as medidas de coacção aplicadas pelo Juiz de Instrução Criminal tiveram em conta a “natureza dos crimes, o modus operandi e o grau de gravidade da culpa”.

Uma década à sombra

O MP declarou que, feita a investigação preliminar, os dois arguidos foram indiciados pela prática do crime de burla e do crime de burla de valor consideravelmente elevado, podendo ser punidos com pena de prisão até 10 anos.

As autoridades concluíram que os arguidos operaram “em conluio com outros fugitivos”, motivo pelo qual “o MP irá continuar as respectivas diligências de investigação”.

O MP indicou ainda que “nos últimos anos, têm ocorrido frequentemente casos em que se utilizam lucros elevados e outros incentivos para a prática de burla”, apelando “aos cidadãos para manterem a precaução”.

As autoridades sublinham que quem suspeita de ter sido burlado “deve denunciar o facto à polícia ou ao Ministério Público com a maior brevidade possível”.

6 Jun 2023

Ambiente | SJM apagou as luzes esta segunda-feira

A Sociedade de Jogos de Macau (SJM) participou esta segunda-feira na iniciativa “Luzes Desligadas por Uma Hora” [Lights Off for One Hour”, inserida no Dia Mundial do Ambiente promovido pela Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA).

Assim, as luzes não essenciais do interior dos empreendimentos da operadora de jogo desligaram-se a partir das 20h30, sendo que os hóspedes foram também convidados a desligar as luzes. A SJM “encorajou os empregados a fazerem o mesmo nas suas casas”, aponta um comunicado.

A empresa desenvolve também uma série de programas de poupança de energia intitulados “Casual Summer Wear – Let’s Conserve Energy”, relacionado com a redução do uso de ar condicionado, e que terá hoje início até ao dia 31 de Agosto. A empresa promete manter os ares condicionados a funcionar com temperaturas nunca abaixo dos 25º, promovendo o uso de roupas confortáveis e frescas por parte dos funcionários.

A SJM promove ainda a iniciativa “Non-essential Lights off at Lunch”, também com o foco na redução do consumo de electricidade. O mesmo comunicado dá conta que a operadora está focada “na conservação de energia e na redução de emissões, elevando a consciência [para o problema] junto da comunidade e promovendo um estilo de vida mais verde”.

6 Jun 2023

Tradução Chinês-Português | Aceites candidaturas para nova edição

As candidaturas à sétima edição do concurso mundial de tradução chinês-português arrancaram ontem, com um prémio máximo de 40 mil patacas, anunciou a Universidade Politécnica de Macau (UPM). O concurso, que se realiza desde 2017, “já atraiu cerca de 900 equipas e milhares de estudantes e professores de universidades da Ásia, África, Europa e América do Sul”, disse a vice-reitora da MPU, Lei Ngan Lin, em conferência de imprensa. Os vencedores do concurso vão ser conhecidos em Dezembro e os prémios podiam ir de duas mil patacas a um máximo de 40 mil patacas. Cada equipa deve escrever pelo menos 1.500 frases.

O objectivo do concurso de tradução chinês-português é “reforçar o intercâmbio entre estudantes de instituições de ensino superior de todo o mundo em termos de técnicas de tradução entre as línguas chinesa e portuguesa e formar talentos de tradução em ambas as línguas”, indicou o presidente do concurso, Zhang Yunfeng.

A prova pretende também “promover a aplicação dos últimos resultados do ensino e da investigação em tradução em Macau, na China continental e nos países de língua portuguesa no âmbito da iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota'”, acrescentou.

O concurso está aberto a estudantes de licenciatura na China, em Macau, em Hong Kong, ou de instituições de ensino superior que sejam membros da Language Big Data Alliance (LBDA) e de outros países ou regiões com tradução de chinês e português, língua chinesa e portuguesa ou áreas afins, bem como a estudantes dos Institutos Confúcio de todo o mundo. As inscrições terminam a 30 de Julho de 2023.

6 Jun 2023

Água | DSAMA promete manter preços

Susana Wong, directora da Direcção dos Serviços dos Assuntos Marítimos e da Água, assegura que não haverá um aumento das tarifas de água este ano tendo em conta a permanência de um cenário de recuperação económica e a capacidade financeira dos residentes

 

Macau está ainda a recuperar da crise económica gerada pela covid-19 e, a pensar nisso, não haverá, para já, um aumento do preço da água para os consumidores. A garantia foi dada ontem por Susana Wong, directora da Direcção dos Serviços dos Assuntos Marítimos e da Água, que, segundo o jornal Ou Mun, disse não haver um calendário para a actualização das tarifas em virtude da actual situação económica e capacidade financeira das famílias.

A responsável adiantou que a última actualização de preços das tarifas foi feita em 2016 e que, no caso do interior da China, registaram-se vários aumentos no preço da água fornecida a Macau, sendo o preço actual de 2,59 renminbis por metro cúbico. Prevê-se que este ano o valor aumente cerca de sete por cento.

Susana Wong lembrou que, com base no Acordo de Fornecimento de Água Guangdong-Macau, o preço da água fornecida a Macau é alterado a cada três anos com base no Índice de Preços do Consumidor registado nos últimos três anos em relação ao período de alteração. Por sua vez, as autoridades de Macau concedem anualmente cerca de 200 milhões de patacas em subsídios destinados às famílias e comerciantes para as ajudar a suportar os custos do consumo.

Torneiras abertas

Kuan Sio Peng, directora-executiva da Sociedade de Abastecimento de Águas de Macau (SAAM, ou Macao Water), indicou que o fornecimento de água ao território nos últimos cinco meses aumentou 2,3 por cento em termos anuais. A responsável deu como exemplo o dia 31 de Maio como sendo o de maior consumo, com cerca de 290 mil metros cúbicos atingidos.

Os números, devem-se ao aumento das actividades comerciais, o que levou a uma subida do consumo em quatro por cento, mas registou-se também uma quebra no consumo doméstico, que pode ser explicado por um crescimento das viagens dos residentes para o exterior.

Para este ano, Kuan Sio Peng prevê que o volume total de abastecimento aumente entre quatro a cinco por cento, verificando-se ainda uma grande diferença face ao volume de água consumido no período antes da pandemia.

Apesar dos empreendimentos de jogo serem os grandes consumidores no território, Kuan Sio Peng alertou para o facto de as pequenas e médias empresas dos bairros comunitários não terem ainda recuperado o volume de negócio para os níveis pré-pandemia, o que pode levar a um aumento do consumo. Todas estas declarações foram proferidas no âmbito da realização da reunião do Grupo de Ligação ao Cliente da Macao Water.

6 Jun 2023

Ambiente | Muitos dias com boa qualidade de ar, mas cresce efeito de estufa

A emissão de gases com efeito de estufa aumentou em 2022 face ao ano anterior, assim como os dias em que se respirou em Macau ar insalubre. Ainda assim, em quase 92 por centos dos dias do ano passado a qualidade do ar foi moderada a boa, segundo o Relatório do Estado do Ambiente de Macau 2022 publicado ontem

 

A Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) divulgou ontem o Relatório do Estado do Ambiente de Macau 2022, que traça um cenário diverso de avanços e recuos na meta de preservação ambiental, naturalmente afectado pelo contexto socioeconómico de um ano marcado pela pandemia da covid-19.

Em termos atmosféricos, a proporção de dias com qualidade do ar classificada de “bom” e de “moderado” no total de dias monitorizados foi de 91,8 por cento ao longo do ano passado. Apesar da elevada percentagem, “em 2022, foram registados entre 8 e 33 dias classificados de ‘insalubre’ em todas as estações de monitorização da qualidade do ar de Macau”, face ao registo de entre 10 e 24 dias insalubres em 2021.

A DSAP revelou também que foram registados entre 1 e 3 dias ‘muito insalubres’ em 2022 nas estações ambientais da Taipa e Coloane, e na Berma da Estrada de Ká-Hó.

O relatório aponta que os resultados das medições relativas ao ambiente atmosférico reflectem “uma ligeira queda em comparação com 2021, no entanto, a qualidade do ar melhorou em geral em relação ao nível pré epidémico”.

Quanto aos poluentes detectados nas estações de monitorização da qualidade do ar, as partículas finas em suspensão PM2,5 e o ozono foram os principais poluentes atmosféricos, com a Estação Ambiental da Taipa a registar o índice mais elevado ao longo de todo o ano. A DSAP aponta ainda que em 2022 o mês com melhor qualidade do ar em Macau foi Junho e o pior foi Setembro.

Apesar de na última década a percentagem de dias com qualidade do ar ‘insalubre’ ou ‘muito insalubre’ apresentar uma trajectória de descida, com os níveis de concentração os principais poluentes a diminuírem, as concentrações médias anuais de ozono mostraram “uma tendência ascendente, o que continua a pôr em causa a qualidade atmosférica de Macau”.

Por outro lado, o relatório da DSAP revela que em 2022 o dióxido de carbono (CO2) dominou as emissões de gases com efeito de estudo, correspondendo a mais de 94,7 por cento do total de emissões, com as restantes emissões a corresponderam a óxido nitroso e metano.

No geral, o valor estimado das emissões de gases com efeito de estufa de 2022 subiu em relação a 2021, na sequência do aumento de cerca de 40 por cento da produção local de electricidade.

Consumos vários

A DSPA explica que devido ao “impacto dos repetidos surtos epidémicos causados pelo novo tipo de coronavírus, o PIB, o número de turistas e a intensidade turística, em 2022, diminuíram significativamente, e a quantidade de resíduos sólidos urbanos descartados, o consumo de electricidade e o volume de água facturada também baixaram”.

No ano passado, o volume de água facturada foi de 86.308 milhares de metros cúbicos, o que representou uma descida de 3,5 por cento face a 2021. O consumo de electricidade acompanhou a tendência, com uma descida anual na ordem dos 3,7 por cento, assim como a quantidade de resíduos sólidos urbanos descartados, que totalizou 453.152 toneladas (menos 3,6 por cento).

Porém, é indicado que o consumo de energia por unidade do PIB aumentou 30 por cento em termos anuais.

No capítulo do consumo energético, os sectores que gastaram mais energia foram o comércio (70,5 por cento), o consumo doméstico (18,9 por cento), os organismos do Governo (7,4 por cento) e a indústria (3,2 por cento).

Importa ainda referir que, no ano passado, 89,6 por cento do total de energia eléctrica consumida em Macau foi adquirida ao exterior, enquanto a electricidade produzida localmente representou uma fatia de 7,5 por cento.

Estado sólido

O relatório divulgado ontem revela que no ano passado “foram recolhidas do mar cerca de 306 toneladas de resíduos sólidos e jacintos de água, o que representa um aumento face às 243 toneladas de 2021”, uma subida de quase 26 por cento em termos anuais.

A quantidade de resíduos sólidos urbanos descartados em Macau caiu no ano passado 3,6 por cento em termos anuais, com o registo per capita também a cair 2,7 por cento.

Também nesta categoria, os efeitos do combate à pandemia se fizeram sentir. A quantidade de resíduos de construção teve uma queda de 16,5 por cento face a 2021, a quantidade de lamas marinhas reduziu 42,5 por cento, enquanto as quantidades de escória e de cinzas volantes ficaram a um nível próximo do de 2021.

Por outro lado, “a DSAP aponta que no ano passado se manteve a tendência de subida de 32,7 por cento na quantidade de resíduos especiais e perigosos, comparando com 2021”.

Outro factor relevante é a descida de 1,7 por cento das despesas públicas do Governo relativas à “Protecção ambiental” verificada em 2022, face ao ano anterior, com o orçamento dedicado às questões ambientais a situar-se em cerca de 1,7 mil milhões de patacas. Estas despesas destinaram-se principalmente a pagar “obras de construção e modernização das infra-estruturas ambientais e trabalhos de operação e manutenção”.

Com o retorno à normalidade, o Governo aponta o caminho para um futuro com melhor ambiente. “Com a gradual dissipação da névoa da epidemia, Macau dará início a uma ampla recuperação global da sociedade e da economia. É imperativo que o desenvolvimento verde se torne no princípio básico do desenvolvimento socioeconómico de Macau e se ponham em prática, de forma abrangente, as estratégias de conservação de energia, redução de emissões e protecção ambiental”.

6 Jun 2023

Saúde | Detectados casos de tifo e gripe em escolas

Os Serviços de Saúde de Macau (SSM) detectaram recentemente um caso de tifo epidémico num homem de 44 anos, de nacionalidade chinesa, trabalhador não residente na área de arborização e de jardinagem. O homem começou, em Maio, a remover ervas nas colinas atrás da zona da vivenda de Long Chao Kok, tendo desenvolvido uma erupção cutânea no pé direito e em todo o corpo no dia 26 de Maio. Mais tarde, foi acometido por febre e dores musculares.

Acabou por ser internado no São Januário, onde os médicos descobriram na virilha direita uma crosta do tamanho de um arroz de amendoim, o que indica tifo epidémico, doença infecto-contagiosa aguda provocada pela picada de larvas portadoras de “Rickettsia Tsutsugamushi”.

Já quanto aos casos de gripe, as autoridades detectaram, no sábado, um caso colectivo numa turma do Colégio do Perpétuo Socorro Chan Sui Ki, tendo sido infectadas seis crianças. No domingo, foi registado um novo caso na Creche II da Associação Geral das Mulheres, tendo sido infectados três bebés com um ano de idade.

Covid-19: Mais de 150 casos no domingo

Entretanto, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus indicou ontem que foram registados 152 infecções de covid-19 no domingo. Entre os casos positivos, as autoridades destacam duas pessoas que tiveram de ser internadas em instalações de tratamento médico do Centro Hospitalar Conde de São Januário. Segundo a informação avançada ontem, não houve qualquer caso mortal associado à covid-19.

6 Jun 2023

Trabalho | Três meses consecutivos com aumento de TNR

Para colmatar a tão badalada falta de mão-de-obra, Abril marcou o terceiro mês consecutivo de aumento de trabalhadores não-residentes em Macau, totalizando mais de 158 mil, ainda assim longe dos números do passado recente. Desde o início do ano, entraram no mercado de trabalho mais de 6.300 não-residentes, a larga maioria oriundos da China

 

No final de Abril deste ano, o número de trabalhadores não-residentes (TNR) em Macau era de 158.202 pessoas, um segmento populacional que aumentou todos os meses desde o início de 2023, mas que fica aquém do registo do passado. Por exemplo, em Abril de 2022, o número de TNR era 166.611 e em Abril de 2019, antes da pandemia da covid-19, os portadores de blue card eram 190.136.

Apesar dos repetidos apelos de diversos sectores económicos para a necessidade de importação de mão-de-obra, com particular na indústria hoteleira, o aumento de TNR tem-se feito sentir lentamente, com uma subida deste segmento da população activa a acrescentar 6.324 trabalhadores desde Janeiro.

No espaço de um mês, em Março e Abril deste ano, entraram mais 3.544 TNR no mercado de trabalho da RAEM.

Do total de TNR em Macau no passado mês de Abril, a larga maioria, 110.493, eram oriundos do Interior da China, seguidos de trabalhadores das Filipinas que totalizaram 24.573 portadores de blue card, com os vietnamitas (7.255) e os nacionais da Birmânia (2.760) a serem as terceira e quarta nacionalidades mais representativas de não-residentes.

Carga de trabalhos

O ramo de actividade que absorveu mais TNR foi a hotelaria, com 40.109 mil profissionais, mais de um quarto de toda a mão-de-obra não-residentes (25,35 por cento do total). Destes, mais de 33.500 são chineses.

É de salientar, que desde o início de 2023, o sector da hotelaria aumentou a sua força de trabalho com mais 2.970 não-residentes, absorvendo quase 47 por cento de todos os TNR contratados nos primeiros quatro meses do ano.

Em Abril de 2019, os hotéis de Macau tinham nos seus quadros 53.174 profissionais não-residentes, mais de 13 mil pessoas que no mesmo mês deste ano.

O segundo ramo económico que mais TNR acolheu foi a construção, que somou 28.222 trabalhadores no final do passado mês de Abril, seguido por sector dos “empregados domésticos” que totalizava 23.675 no mês em análise, com a comunidade filipina a contribuir com mais de 13 mil profissionais para o sector.

6 Jun 2023

AMCM | Menos depósitos e empréstimos em Abril

Dados da Autoridade Monetária e Cambial de Macau (AMCM) mostram que tanto depósitos como empréstimos registaram uma quebra em termos mensais em Abril. Relativamente aos depósitos dos residentes a quebra foi de 0,5 por cento face a Março, no valor total de 702,3 mil milhões de patacas.

Maior quebra deu-se no montante dos depósitos dos trabalhadores não residentes, de 2,6 por cento, com um valor total de 291,4 mil milhões de patacas. Também os depósitos do sector público na banca caíram 3,7 por cento, tendo registado o valor total de 219,6 milhões de patacas.

Estes valores resultam numa quebra de 1,6 por cento do total de depósitos recebidos pelos bancos. Já os empréstimos pedidos pelo sector privado baixaram 0,9 por cento, atingindo o valor total de 564,5 mil milhões de patacas. Já os empréstimos ao exterior registaram uma quebra de 4 por cento.

6 Jun 2023

Qingdao | C&C assina acordo com escritórios AllBright

A C&C Advogados e Notários e o escritório de advocacia AllBright em Qingdao assinaram um acordo de cooperação estratégica sobre serviços jurídicos na última quinta-feira, a fim de “construir uma plataforma de trabalho colaborativa e estabelecer um mecanismo de cooperação transfronteiriça” para “aproveitar as vantagens dos serviços jurídicos regionais para prestar serviços jurídicos de alta qualidade e eficientes aos clientes da RAEM, do Interior da China e dos Países de Língua Portuguesa”, aponta um comunicado.

A “AllBright Law Firm” foi fundada em 1999, iniciando a sua actividade em Xangai, e tem actualmente escritórios em diversas cidades da China como Pequim, Hangzhou ou Shenzhen, entre outras, sem esquecer em cidades estrangeiras como Londres ou Tóquio.

4 Jun 2023

Air Asia | Apontada discriminação contra “ajudantes domésticos”

Uma associação de trabalhadores migrantes em Macau considera que a nova promoção da companhia aérea Air Asia, dirigida a “ajudantes domésticos”, promove a discriminação, além de “ser enganosa”

 

A iniciativa da companhia de baixo custo da Malásia Air Asia, intitulada “Domestic helper fares” (“Tarifas para ajudantes domésticos”), promove voos directos até Manila, capital das Filipinas, desde Hong Kong e Macau, cidades com uma forte presença de trabalhadores migrantes daquele país asiático.

“A promoção é uma discriminação, porque cria uma divisão entre classes de pessoas”, disse à Lusa Benedicta Palcon, representante da União de trabalhadores migrantes filipinos Greens (Greens Philippines Migrant Workers Union).

Palcon deixou um comentário na conta da rede social do Facebook da empresa, com base em Kuala Lumpur, capital malaia, notando que, ao invés de “ajudante doméstico”, a “palavra correcta a usar é trabalhador doméstico”.

“Dêem-nos pelo menos algum tipo de dignidade”, sublinhou à Lusa a presidente da Greens, voz habitual na reivindicação de direitos para a classe trabalhadora filipina em Macau, que espera que a Air Asia altere o nome da campanha promocional.

Na imagem desta campanha, no ‘site’ da empresa, nas redes sociais ou em emails enviados a quem subscreve o serviço, aparece uma mulher a abraçar uma criança. “Representa um trabalhador a cuidar de uma criança ou pode ser uma mãe e filho, quem sabe?”, notou Palcon, referindo-se ao facto de muitas trabalhadoras domésticas cuidarem de crianças em Macau.

Mas a crítica da filipina vai além do aspecto discriminatório. De acordo com a promoção, para quem marcar a viagem até 10 de Junho e voar até 30 de Novembro, a tarifa base da viagem de Hong Kong para Manila, num sentido e excluindo taxas adicionais, começa em 162 dólares de Hong Kong e de Macau para a capital filipina por 119 patacas.

“Nem é a tarifa verdadeira, apenas a base, portanto incluindo as taxas e outros custos pode bem chegar a 1.500 ou 2.000 patacas por uma viagem de ida e volta”, notou a responsável. A Lusa contactou a Air Asia para questionar sobre a nova promoção, mas não recebeu uma resposta.

No fundo da escala

Os empregados domésticos em Macau, mão-de-obra ligada sobretudo à comunidade filipina, indonésia e vietnamita, auferem salários muito aquém da mediana salarial mensal no território.

Segundo dados facultados à Lusa, em Junho do ano passado, pela União Progressista dos Trabalhadores Domésticos de Macau, uma empregada doméstica recebia entre três mil a cinco mil patacas por mês antes da pandemia. Com a falta de mão-de-obra durante a crise sanitária, o vencimento mensal terá passado para valores entre as quatro mil e as seis mil patacas.

Segundo a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, a mediana do rendimento mensal da população empregada, no primeiro trimestre deste ano, era de 17 mil patacas.

O vencimento e protecção laboral continuam a ser uma luta deste grupo profissional em Macau, o único excluído da lei do salário mínimo, em vigor desde Novembro de 2020. “Estamos sempre a pressionar o nosso consulado para pressionar o Governo de Macau com o salário mínimo, mas o Governo nunca leva isso em consideração”, rematou Palcon.

4 Jun 2023

Consumo | Fornecedores defendem que preços estabilizaram

Depois da tendência crescente de inflação que afectou os preços dos produtos alimentares entre Janeiro e Abril deste ano, impulsionada pelo rápido aumento da procura depois de recuperada a normalidade fronteiriça, o presidente da Associação da União dos Fornecedores de Macau, Ip Sio Man, entende que os preços estabilizaram e atingiram a normalidade.

Em declarações ao jornal Ou Mun, o responsável vincou que apesar de nas regiões vizinhas, se terem verificado incidentes de compras de alimentos desencadeadas por pânico o mesmo não aconteceu em Macau.

Do ponto de vista das cadeias de fornecimento, Ip Sio Man apontou a estabilidade do fluxo de mercadorias vindas do Interior da China e dos países do sudeste asiático, de onde as remessas demoram menos de um mês a chegar a Macau. O dirigente associativo ressalva que os produtos vindos da Europa e América demoram cerca de três meses a chegar a Macau, período alargado que demonstra que a cadeia de fornecimento ainda não recuperou completamente.

Outro aspecto salientado por Ip Sio Man, é a desigualdade de consumo no território, com as zonas turísticas a concentrarem quase todo o consumo, aliado às saídas mais frequentes para o exterior dos residentes locais. Estes factores enfraqueceram a actividade comercial nas zonas comunitárias, com especial incidência na venda de produtos de validade curta que passaram a demorar mais tempo a sair das prateleiras das lojas.

4 Jun 2023

MUST | Melhores alunos do país em Macau

Decorreu no último sábado a cerimónia de graduação de 4.600 alunos de licenciatura na Universidade de Ciências e Tecnologia de Macau (MUST).

À TDM, Joseph Lee, presidente da MUST, disse esperar que, relativamente aos alunos naturais do interior da China, “os melhores dos melhores” possam ficar em Macau depois de acabarem os cursos, no âmbito da entrada em vigor da nova lei de captação de quadros qualificados a 1 de Julho, e que vai permitir que alunos de fora com visto de estudante fiquem em Macau a trabalhar com Bilhete de Identidade de Residente.

A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U, discursou na cerimónia e chamou a atenção para este novo diploma. “O Governo vai lançar, este ano, um novo regime de captação de quadros qualificados”, além da criação de programas para quadros qualificados de elevada qualidade “para quadros altamente qualificados e para profissionais de nível avançado”.

4 Jun 2023

Fundação Macau | Abertas inscrições para apoios financeiros

As candidaturas para os quatro planos de apoios financeiros da Fundação Macau para 2024 estão abertas. O prazo para financiar despesas de associações corre até 14 de Julho, enquanto as candidaturas para “projectos académicos”, “actividades comunitárias” e “intercâmbios” decorrem entre Agosto e 15 de Setembro

 

Estão abertas até 14 de Julho as candidaturas para concorrer ao apoio financeiro da Fundação Macau para “despesas de funcionamento de associações” para o ano 2024. A instituição presidida por Wu Zhiliang indicou ainda que as inscrições para candidaturas a apoios financeiros a “projectos académicos”, “actividades comunitárias” e “intercâmbios” decorrerá entre 1 de Agosto e 15 de Setembro.

Com a abertura das candidaturas, a Fundação Macau reforçou o apelo às associações locais para que realizem “actividades ou projectos que proporcionem maiores benefícios sociais”, e que proporcionem a melhoria do bem-estar da população e do desenvolvimento social”.

Segundo a instituição, estes desígnios foram consagrados como prioridades no procedimento de atribuição de apoio financeiro e na selecção de acordo com a natureza do pedido, implementado em 2022 em articulação com a política de gestão na concessão de apoio financeiro pelo Governo da RAEM.

A Fundação Macau refere que, para 2024, “irá reforçar a avaliação da qualidade das actividades ou projectos candidatos, nomeadamente quanto aos benefícios sociais proporcionados, tomando como referência mais indicadores técnicos como grau de inovação das actividades ou projectos candidatos e compatibilidade com as linhas de acção governativa”. O objectivo do reforço da avaliação é “assegurar o aproveitamento racional do erário público, maximizando os benefícios a alcançar”.

A pente fino

Para “proceder a uma avaliação prudente das candidaturas de acordo com critérios e indicadores pré-estabelecidos”, a Fundação Macau irá nomear uma comissão de avaliação para cada plano de apoios financeiros. A instituição apela à atenção aos regulamentos dos planos, nomeadamente à descrição detalhada do conteúdo da candidatura e dos benefícios sociais a alcançar, assim como à elaboração do orçamento.

Para financiar despesas de funcionamento de associações, a Fundação Macau vinca que o “objectivo é apoiar parte das despesas essenciais ao funcionamento, como por exemplo, remuneração de trabalhadores, despesas com instalações e formação de pessoal”.

Em relação aos projectos académicos, são elegíveis estudos académicos, edições académicas e conferências/acções de formação. Associações podem apresentar candidaturas para 16 projectos, enquanto o limite para instituições de ensino superior é de 24 projectos. Uma pessoa singular apenas pode candidatar-se a um projecto.

Quanto às actividades comunitárias, a Fundação Macau estabelece que estes apoios vão financiar “palestras, workshops, colóquios, acções de formação, exposições, concursos, publicações, actividades integradas nos bairros comunitários e festivais de grande escala nos bairros comunitários”, com as entidades elegíveis a poder apresentar candidaturas para 36 actividades.

Na categoria “Intercâmbios”, são elegíveis projectos de visita ao “Interior da China, Hong Kong, Taiwan e outros países ou regiões”, com um limite máximo de 15 visitas. A Fundação Macau vai realizar, nas suas instalações, duas sessões de esclarecimentos sobre as candidaturas a apoios na quinta e sexta-feira, às 16h.

4 Jun 2023

Blackpink criticadas após agradeceram ao público de Macau

Depois dos concertos na Galaxy Arena, nos passados dias 20 e 21 de Maio, o popular grupo feminino Blackpink recorreu às redes sociais para agradecer o entusiasmo do público, provocando a ira de cibernautas no Weibo. Em primeiro lugar, a banda de K-Pop dirigiu-se ao público local como “macaenses”, apesar de ser claro que se estariam a referir à população de Macau.

Na segunda-feira a publicação no Weibo foi corrigida para “macaense” para Macau, o que não apaziguou a ira dos cibernautas que exigiram ser tratados como chineses.

“Ficámos profundamente emocionadas pelos nos BLINKs (fãs) de Macau esta semana. Obrigado a todos pelo apoio sentido, somos verdadeiramente abençoadas por vos termos. 520 (20 de Maio, a data do primeiro concerto na Galaxy Arena) para sempre, BLINKs”.

Muitas dores

A polémica chegou mesmo ao Global Times, que fez eco dos mais de 7000 comentários, referindo que alguns internautas criticaram o uso da palavra “macaense” como um termo frequentemente usado pelos “media ocidentais”, enquanto os média chineses usam “residentes de Macau”, afirma o Global Times.

Outros internautas acusam as Blackpink de intencionalmente evitarem a palavra “chineses” ou “China” ao lado de Macau, demonstrando um comportamento desrespeitoso em relação ao facto da RAEM fazer parte da China. As sugestões de boicote às Blackpink foram frequentes na caixa de comentários da publicação da banda.

Também não faltaram comentários a afirmar que a população de Macau, Hong Kong e Taiwan é chinesa.

Ao contrário das reacções negativas no Weibo, a mesma publicação no Facebook da banda dirigida ao público de Macau apenas originou mensagens de agradecimento e devoção dos fãs. Dos mais de 130 mil likes na publicação, mais de 86 mil são “adoro” e apenas oito de “ira”.

1 Jun 2023

Ervanários | LED com “gato animado e adorável” custa 4,4 milhões

A nova edição do evento “Arraial na Ervanários 2023”, que irá começar em meados deste mês, irá contar com um ecrã em arco LED, com tecnologia 3D, que custou 4,4 milhões de patacas aos cofres públicos, atribuído pelo Fundo de Desenvolvimento Industrial e de Comercialização, que já está a funcionar a título experimental.

O contrato para “fornecimento de dispositivos de hardware, criação de conteúdos e actividades de marketing” para o arraial foi ganho pela Companhia de Desenvolvimento de Turismo Cultural KCT.

As instalações têm como ponto principal um ecrã 3D na bifurcação entre a Rua de Nossa Sra. do Amparo e Rua dos Ervanários.

A Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico anunciou ontem que a introdução de “elementos de tecnologia visual inovadora no Arraial na Ervanários 2023, designadamente tecnologia 3D a olho nu, projecção de tela de nevoeiro e arco de LED” foram usados para elevar “o gato animado e adorável como o tema do evento”.

O Governo acrescenta que as “duas projecções de tela de nevoeiro na Rua dos Ervanários e o arco do LED instalado na Calçada do Amparo entraram em funcionamento experimental no final de Abril para fazer face à época alta de visitantes na semana dourada de 1 de Maio”.

O Arraial na Ervanário “tem como objectivo fomentar o desenvolvimento sustentável do círculo de negócio comunitário através da inovação tecnológica”, indica o Governo.

1 Jun 2023

Jogo | Receitas sobem em Maio pelo terceiro mês consecutivo

Os casinos de Macau acumularam no mês passado receitas brutas de quase 15,6 mil milhões de patacas, ultrapassando os resultados de Abril, quando as receitas brutas atingiram 14,7 milhões de patacas. Este foi o terceiro mês seguido de subida de receitas e o melhor desde Janeiro de 2020

 

Maio voltou a ser maduro. Segundos dados divulgados ontem pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), os casinos de Macau fecharam o mês de Maio com receitas brutas de 15,565 mil milhões de patacas, mais 5,7 por cento do resultado de Abril, quando as receitas se fixaram em 14,722 mil milhões de patacas. Este foi o terceiro mês consecutivo de resultados crescentes, desde Fevereiro.

Em termos anuais, no mês passado as receitas brutas dos casinos subiram 365,9 por cento face aos resultados de Maio de 2022, que totalizaram apenas 3,34 mil milhões de patacas.

As receitas brutas amealhadas no mês passado representaram o melhor resultado mensal desde Janeiro de 2020, antes do início da pandemia, quando as receitas brutas se fixaram em 22,13 mil milhões de patacas.

Um importante contributo para os resultados do mês passado foram os primeiros três dias de cinco dias feriados da semana dourada do Dia do Trabalhador.

Floresta e as árvores

Numa perspectiva acumulada, entre 1 de Janeiro e 31 de Maio, os casinos do território facturaram 64,93 mil milhões de patacas, resultado que representa um aumento de 172,9 por cento face aos primeiros cinco meses de 2022, de acordo com os dados divulgados pela DICJ.

Tudo somado, nos primeiros cinco meses de 2023 as receitas brutas aumentaram 22,73 mil milhões de patacas face a todo o ano de 2022, quando totalizaram 42,2 mil milhões de patacas (menos 51,4 por cento em relação a 2021).

Apesar do resultado positivo verificado no mês passado, as receitas brutas dos casinos ainda ficaram aquém de Maio de 2019 (menos 40 por cento), antes mês correspondente antes da pandemia, quando os resultados foram de 25,95 mil milhões de patacas.

Em termos acumulados, nos primeiros cinco meses de 2019 os casinos de Macau facturaram quase o dobro face ao mesmo período de 2023, quando atingiram quase 125,7 mil milhões de patacas, valor que contrasta com os 64,9 mil milhões de patacas dos últimos dados divulgados pela DICJ.

Importa recordar que as concessionárias acumularam desde 2020 prejuízos sem precedentes e que cerca de 80 por cento das receitas fiscais provinham dos impostos sobre o jogo.

1 Jun 2023

Tabagismo | Macau ultrapassa meta de redução da OMS

O Governo marcou o Dia Mundial Sem Tabaco com um simpósio onde Alvis Lo enalteceu os resultados do combate ao tabagismo. Numa década, o número de fumadores diminuiu 36,1 por cento, ultrapassando em 2022 a meta estabelecida pela Organização Mundial de Saúde. Porém, o Governo está preocupado com o aumento do consumo de cigarros electrónicos

 

Em 2011, os fumadores representavam 16,6 por cento da população de Macau, percentagem que caiu até ao fim de 2022 para 10,6 por cento, passando de 79.400 para 59.700 fumadores entre os dois períodos.

A redução de mais de 20 mil fumadores ao longo de uma década foi uma das mais flagrantes revelações do “Inquérito sobre o consumo do tabaco pela população de Macau 2022”, e representou uma redução da taxa de consumo de tabaco de 36,1 por cento. Estes números foram sublinhados na quarta-feira pelo director dos Serviços de Saúde (SS), Alvis Lo, no colóquio sobre o controlo do tabagismo que marcou o Dia Mundial Sem Tabaco.

A redução do consumo de cigarros registada em Macau superou a meta estabelecida pela Organização Mundial de Saúde, que apontara para uma diminuição de 30 por cento até 2025.

Dirigindo-se a uma plateia composta por dirigentes de várias associações, organismos públicos e instituições ligadas ao sector da saúde e juventude, Alvis Lo vincou o compromisso do Governo no controlo do tabagismo, através de uma estratégia de multidisciplinar, com políticas de controlo e legislação, assim como acções de sensibilização sobre os malefícios do tabaco.

Numa sessão aberta à participação das várias instituições participantes, Kong Pan, do Gabinete para a Prevenção e Controlo do Tabagismo, pediu sugestões sobre a forma para controlar o consumo de tabaco por transeuntes, ou seja, como impedir que quem anda pelas ruas de Macau o faça com um cigarro aceso.

A fava do bolo

Apesar dos números que dão azo a optimismo quanto à redução do fumo de tabaco convencional, Alvis Lo não passou ao lado do aumento de popularidade dos cigarros electrónicos, em particular entre os mais jovens.

Um estudo conduzido pelas autoridades de saúde revelou que em 2021 a taxa de consumo de cigarros electrónicos entre jovens com idades compreendidas entre 13 e 15 anos aumentara de 2,6 por cento em 2015 para 4 por cento em 2021.

O director dos SS expressou preocupação face à tendência crescente deste tipo de consumo entre menores de idade, que é significativamente superior ao consumo de cigarros convencionais. Estes dados foram tidos em consideração pelo Governo para um plano de acção que culminou com a entrada em vigor no início de Dezembro do ano passado da lei que proibiu a produção, distribuição, venda e importação de cigarros electrónicos.

Em comunicado, as autoridades de saúde sublinham que todos os centros de saúde do território providenciam serviços de apoio a quem quer deixar de fumar, com consultas médicas, e que existe uma linha de apoio, 2848 1238, para quem precisar de ajuda para dar o primeiro passo.

1 Jun 2023

DSAL | TNR queixam-se de falta de tradução

Cerca de uma dezena de antigos trabalhadores não residentes (TNR) da empresa “Serviços de Limpeza Tai Koo” queixa-se de que a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) apresentou apenas documentos em chinês ou português no caso relativo ao não pagamento, por parte da empresa em questão, de indemnizações por despedimento, horas de trabalho extraordinárias e subsídio de férias. O caso foi julgado em tribunal.

Uma das antigas funcionárias, Mariel, citada pelo jornal All About Macau, disse que a maioria dos documentos e contratos fornecidos pelo Governo estavam nas duas línguas oficiais, sem tradução para inglês ou língua nativa dos funcionários. Os trabalhadores chegaram a pedir ajuda à DSAL, mas, no final, tiveram de recorrer à tradução informal.

Mariel disse ainda que, apesar das sessões de julgamento terem decorrido em chinês com tradução para inglês, algumas testemunhas não falam bem inglês, tendo havido incompreensão da parte de algumas das tabelas de cálculo das indemnizações fornecidas pela DSAL, pelo que foram necessárias explicações adicionais da parte de representantes do Ministério Público e do próprio juiz.

Em Julho do ano passado, a DSAL recebeu queixas destes TNR, tendo o representante da DSAL, inspector laboral, declarado em tribunal que a empresa não conseguiu apresentar provas legítimas do despedimento destes trabalhadores.

1 Jun 2023

Malásia | Cúmplice de Jho Low morre semanas após falar à polícia

No dia seguinte à notícia do repatriamento do alegado cúmplice de Jho Low para a Malásia, onde terá colaborado com as autoridades, é avançado que Kee Kok Thiam morreu na segunda-feira de acidente vascular cerebral. A família de Kee emitiu um comunicado a informar que o empresário foi ontem cremado

 

“Apelamos a todos para que não alimentem quaisquer especulações sobre este infeliz acontecimento e dêem à família o espaço necessário para fazer o luto pelo seu falecimento.” Foi assim que a família de Kee Kok Thiam reagiu publicamente à morte do empresário que terá confirmado à Comissão Anti-Corrupção da Malásia ter-se encontrado em Macau com Jho Low.

Recorde-se que Jho Low é um dos homens mais procurados do mundo devido a um dos mais avultados desfalques de fundos públicos no valor de 4,5 mil milhões de dólares norte-americanos, através da companhia 1Malaysia Development Berhad (1MDB).

No dia seguinte à notícia de que Kee Kok Thiam teria sido repatriado de Macau, por ter excesso de permanência no território, para a Malásia, onde foi ouvido pelas autoridades, foi ontem avançado por vários meios de comunicação social malaios e pela Al Jazeera o falecimento de Kee.

A Al Jazeera adiantou que Kee Kok Thiam faleceu na passada segunda-feira num hospital, vítima de um “repentino e fulminante acidente vascular cerebral”, e foi cremado ontem de manhã, segundo um comunicado emitido pela família do empresário.

Sem protecção

Após ter falado com a Comissão Anti-Corrupção da Malásia, logo à chegada a Kuala Lumpur, Kee Kok Thiam foi libertado sem qualquer acusação, apesar de continuar sob suspeita das autoridades.

Uma fonte da comissão anti-corrupção, em condição de anonimato, indicou à Al Jazeera que Kee Kok Thiam não ficou sob protecção policial depois de ser libertado, nem que terão havido negociações para acertar o tipo de informação que Kee estaria pronto para divulgar em troca de protecção.

A Comissão Anti-Corrupção da Malásia alegou que Kee Kok Thiam terá sido avisado por Jho Low de que não devia regressar à Malásia enquanto testemunha do caso 1MDB.

Jho Low | Governo “surpreendido e em choque”

As autoridades locais dizem estar surpreendidas e em choque com as últimas declarações da Comissão Anti-Corrupção da Malásia, que crê que Jho Low, acusado de defraudar o Estado malaio, está escondido em Macau. “Caso seja verdade o que foi dito na reportagem, as autoridades da segurança não podem deixar de manifestar a sua surpresa e choque, já que em lugar de recorrer à cooperação policial internacional, ou ao auxílio judiciário internacional em matéria penal, para investigar e verificar a situação e pedir auxílio, o organismo de execução da lei divulgou, unilateralmente, notícias não confirmadas, contrariando as regras e as práticas no âmbito da cooperação policial internacional e de auxílio judiciário internacional em matéria penal”, lê-se numa nota do gabinete do secretário para a Segurança, Wong Sio Chak. O mesmo comunicado dá conta que a Polícia Judiciária “não pode, nos termos da lei, divulgar quaisquer informações, sendo essa uma perseverança de Macau, enquanto cidade internacional e enquanto sociedade de Estado de Direito”.

1 Jun 2023

Lago Nam Van | Aberto concurso para arrendar 12 lojas

O Fundo de Desenvolvimento da Cultura (FDC) anunciou ontem a abertura de um concurso público para arrendar 12 espaços comerciais situados na zona Anim’ Arte do Lago Nam Van. Segundo o FDC, “os concorrentes devem apresentar o plano de desenvolvimento com base na concepção de reconstrução de uma zona, incluindo as lojas, as áreas de praça, de graffiti e do lago, no intuito de tornar essas áreas numa praça típica de actividades artísticas e culturais”.

O prazo de arrendamento das lojas será de cinco anos, com “uma renda mensal não inferior a 180 mil patacas como preço base do concurso”. Os arrendatários, além de serem responsáveis pelo planeamento operacional e manutenção dos espaços, devem “também suportar a segurança, limpeza e manutenção de arborização diárias do espaço circundante e instalações do Anim’ Arte Nam Van e respectivos custos.

Os concorrentes devem apresentar um plano de revitalização do Anim’ Arte Nam Van, com “direcção operacional de um espaço de encontro transsectorial de artes e cultura, e os objectivos operacionais de ‘educação artística, encontro e convivência, desenvolvimento comunitário, funcionamento comercial’. Além disso, devem ter em conta a utilização dos espaços para a realização de, pelo menos, “quatro actividades ao ar livre, nomeadamente, espectáculos, feiras, carnavais ou festivais, bem como, pela menos uma actualização das obras na área de graffiti”. As propostas podem ser entregues no FDC ao dia 17 de Julho.

1 Jun 2023

Covid-19 | Doença passa a ser encarada como normal

Os números de casos covid-19 chegam às centenas por dia, mas as autoridades de saúde defendem agora que esta deve ser encarada como uma simples doença do foro respiratório, sem necessidade de medidas preventivas adicionais, bem diferente do período de confinamentos e restrições

A variante não mudou, mas a covid-19 agora é encarada pelas autoridades de saúde como uma doença normal, sem necessidade de implementar mais restrições ou do regresso do código de saúde, apesar de Macau estar a registar centenas de novos casos de covid-19 por dia. Só esta segunda-feira foram registados 851 casos, mas já se atingiu a fasquia dos 957 casos diários.

Números que outrora dariam origem a confinamentos e testes em massa são agora vistos pelas autoridades com normalidade. “As medidas de combate à epidemia são diferentes das adoptadas no passado. Com a evolução epidémica esperamos que os residentes possam tratar a covid-19 como uma doença respiratória comum, ou seja, os infectados podem consultar um médico caso seja necessário, deixando-o decidir se é ou não necessário pedir baixa. Além disso, as empresas e instituições podem decidir se os trabalhadores ficam ou não em casa”, adiantou Chang Tam Fei, chefe substituto da delegação do serviço de urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário, que falou ontem à margem do programa matinal do canal chinês da Rádio Macau, o Ou Mun Tin Toi.

Leong Iek Hou, médica e chefe da divisão de prevenção e controlo de doenças transmissíveis do Centro de Coordenação e de Contingência, frisou que o “período de pico das infecções vai ainda durar algum tempo”, pelo que será necessário avaliar “quando haverá uma tendência de queda” no número de casos.

O uso de máscara fica, assim, ao critério de cada um. “A propagação [do vírus que causa a covid-19] é ainda alta, mas o risco de morte ou de doenças graves é baixo, sobretudo para quem já se vacinou e tomou a dose de reforço. Por isso o nosso objectivo, como em todo o mundo, na luta contra a pandemia foca-se na protecção individual de cada um, com a vacinação e o uso de máscara”, frisou a responsável.

Camas para todos

Devido ao elevado número de casos de covid-19 e de gripe, a afluência às urgências tem sido grande. Chang Tam Fei prometeu que será dada resposta ao aumento de doentes com a disponibilização de mais camas.

“Prevemos que a epidemia continue por um longo período, nomeadamente durante o inverno deste ano, além dos casos de gripe sazonal e outras doenças respiratórias, pelo que, a fim de enfrentar o maior número de consultas e internamentos, vamos proporcionar mais camas e estamos atentos caso seja necessário transferir os doentes para outras áreas”, rematou.

Relativamente à variante XBB da covid-19, Chang Tam Fei disse que estão ainda a ser analisadas novas vacinas, pelo que os Serviços de Saúde de Macau vão “acompanhar o progresso [das investigações] e o efeito dessas vacinas”, rematou.

1 Jun 2023

Comércio | Exportações lusófonas sobem 78,6% até Abril

As exportações de mercadorias dos países de língua portuguesa para Macau subiram 78,6 por cento nos primeiros quatro meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022, indicaram dados oficiais divulgados ontem.

O valor exportado pelos países lusófonos para o território fixou-se em 508,9 milhões de patacas entre Janeiro e Abril, de acordo com a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) de Macau. A maioria veio do Brasil, no valor de 418,7 milhões de patacas, sendo composta sobretudo por carne, peixe e marisco. Macau comprou ainda a Portugal mercadoria no valor de 87,5 milhões de patacas, nomeadamente vestuário e acessórios, bebidas alcoólicas e aparelhos eléctricos.

Nos primeiros quatro meses do ano, o bloco de países de língua portuguesa comprou a Macau mercadorias no valor de 107 mil patacas, menos 86,7 por cento do que em igual período de 2022.

As exportações de mercadorias por Macau entre Janeiro e Abril foram de 4 mil milhões de patacas, menos 20,9 por cento, comparativamente ao mesmo período do ano passado, enquanto o valor importado de mercadorias foi de 47,3 mil milhões de patacas, ou seja, menos 7,8 por cento, em termos anuais, indicou a DSEC.

O défice da balança comercial de Macau nos primeiros quatro meses deste ano fixou-se em 43,3 mil milhões de patacas, menos 6,4 por cento relativamente a igual período de 2022.

31 Mai 2023

Burla | Detidos por suspeita de desfalque de 50 milhões

A vontade de lucrar na bolsa de valores de Hong Kong levou cerca de três dezenas de residentes de Macau a serem burlados em 48,883 milhões de dólares de Hong Kong. O caso culminou a com detenção nos dias 17 e 18 de Maio de um homem e uma mulher, suspeitos de terem montado um esquema fraudulento de investimento entre 2017 e Março de 2021.

Segundo o jornal Ou Mun, os suspeitos criaram várias empresas offshore com nomes semelhantes a empresas conhecidas de Hong Kong, convencendo as vítimas a comprar as acções com aliciantes margens de lucro. As vítimas terão idades entre os 27 e 68 anos, com as perdas a variarem entre 40 mil dólares de Hong Kong e 29 milhões de dólares de Hong Kong.

A Polícia Judiciária (PJ) começou a receber denúncias em Janeiro do ano passado e a investigação levou as autoridades a uma loja no NAPE, onde a alegada empresa de investimento teria escritório. A polícia de Hong Kong está a procurar o paradeiro de possíveis cúmplices.

31 Mai 2023

Crime | Cúmplice de Jho Low deportado de Macau e interrogado na Malásia

Um cúmplice de Jho Low foi interrogado em Kuala Lumpur, depois de ter sido deportado de Macau por excesso de permanência. Kee Kok Thiam, instrumental numa das maiores fraudes do mundo, terá confessado às autoridades malaias ter-se encontrado em Macau com Jho Low e outros cúmplices. O Governo de Macau não comenta casos específicos, mas garante actuar de acordo com a lei

 

O jogo do gato e do rato continua, assim como a ligação de Macau a um dos mais procurados foragidos à justiça a nível mundial. No passado dia 3 de Maio, as autoridades malaias esperavam a chegada de um avião ao aeroporto de Kuala Lumpur. A bordo vinha Kee Kok Thiam, um dos suspeitos da maior fraude de que há memória, encabeçado pelo fugitivo mais procurado do mundo, Jho Low, responsável pelo desfalque de fundos públicos malaios no valor de 4,5 mil milhões de dólares norte-americanos, através da companhia 1Malaysia Development Berhad (1MDB).

“Acreditamos que os indivíduos procurados no caso 1MDB, especialmente Jho Low, estão escondidos em Macau”, afirmou a Comissão Anti-Corrupção da Malásia, numa notícia avançada ontem pela Al Jazeera. “Esta informação foi confirmada por vários indivíduos que viram Jho Low em Macau”, foi acrescentado.

Um dos indivíduos terá sido Kee Kok Thiam, de 51 anos, que foi libertado pelas autoridades malaias, após prestar declarações. Kee terá indicado que as autoridades de imigração da RAEM o detiveram durante um mês em 2021, mas acabaram por o libertar “condicionalmente” porque na altura Macau tinha as fronteiras fechadas devido às restrições de combate à covid-19.

A Comissão Anti-Corrupção da Malásia indicou ainda à Al Jazeera que Kee Kok Thiam confirmou ter encontrado em Macau Jho Low, assim como outros fugitivos do caso 1MDB, incluindo Eric Tan Kim Loong, Casey Tang Keng Chee, Geh Choh Heng e Nik Faisal. Durante o encontro, Low terá instruído Kee a “não regressar à Malásia e a não testemunhar no caso 1MDB”.

Cassete local

A Al Jazeera contactou as autoridades de Macau sobre a saída de Kee Kok Thiam do território, que recusaram comentar casos específicos, porém, enfatizaram que os casos que envolvam estrangeiros são sempre tratados “de acordo com a lei e disposições processuais, assim com as práticas internacionais relevantes”.

Segundo a Comissão Anti-Corrupção da Malásia, o Governo malaio não foi notificado pelas autoridades de Macau do repatriamento de Kee, mas que essa informação foi apurada com base na rede de informação que investiga o caso.

É de salientar que a deportação de Kee surge depois da primeira visita oficial do primeiro-ministro malaio Anwar Ibrahim à China, que aconteceu no final de Março, assim como das recentes declarações do seu Governo que vincaram o empenho em procurar o repatriamento dos fugitivos do caso 1MDB.

31 Mai 2023