João Santos Filipe Manchete SociedadeDSEDJ | Rejeitada emissão de opiniões sobre direcção de Manuel Machado O presidente da Fundação Escola Portuguesa de Macau, Neto Valente, afirmou que a DSEDJ tinha perdido a confiança na direcção anterior, mas o organismo do Governo recusa ter emitido qualquer opinião sobre o assunto A Direcção de Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) garante não ter expressado qualquer opinião sobre o desempenho da direcção de Manuel Machado à frente da Escola Portuguesa de Macau (EPM). Foi desta forma que a DSEDJ reagiu, ao HM, quando questionada sobre os comentários feitos por Jorge Neto Valente, presidente da Fundação Escola Portuguesa de Macau (FEPM). Em declarações à TDM, o presidente da fundação havia afirmado que a DSEDJ tinha perdido a confiança na direcção anterior da EPM. “A escola e a Direcção de Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude têm excelente relações”, começou por dizer. “Melhor, começaram a ter desde que a nova administração entrou em funcionamento, porque anteriormente, eu diria, que a direcção dos serviços teria perdido a confiança na escola, na direcção da escola, pela maneira como as coisas estavam a acontecer”, acrescentou Neto Valente, quando comentou a visita de dois inspectores à instituição, na passada quinta-feira. Confrontada com as declarações, a DSEDJ afirma que não emitiu qualquer opinião sobre o assunto, e também indicou que nada teve a ver com a mudança da direcção. “A DSEDJ não emitiu qualquer opinião sobre o desempenho da direcção da Escola Portuguesa de Macau, nem solicitou à escola a substituição da sua direcção”, foi garantido. O Governo sublinhou também que a mudança dos dirigentes das instituições de ensino, assim como dos professores, é da competência exclusiva das entidades titulares das escolas. “A contratação de dirigentes e de docentes pelas escolas particulares é da competência das entidades titulares dessas escolas”, frisou. Em silêncio O HM também tentou entrar em contacto com o anterior director da Escola Portuguesa de Macau, Manuel Machado, mas apesar de tentativas de telefonemas e de envio de mensagens não obteve resposta. Jorge Neto Valente afirmou que a anterior direcção da EPM havia perdido a confiança da DSEDJ, quando respondia a questões sobre a dispensa de vários professores da instituição, uma alteração do corpo docente que provocou uma forte reacção da comunidade escolar. Neto Valente foi nomeado presidente da FEPM no final do ano passado, tendo substituído no cargo Roberto Carneiro. Um dos primeiros actos de gestão do actual dirigente passou pela substituição da direcção de Manuel Machado pelo actual director Acácio de Brito. Ao HM, em Setembro de 2013 Manuel Machado afirmou, na altura, que a decisão de sair antes do final do seu mandato tinha acontecido por sua iniciativa.
João Luz Manchete SociedadeJogo | Depois dos recordes, JP Morgan antevê arrefecimento No mês passado, o mercado de massas trouxe aos cofres dos casinos receitas brutas superiores aos níveis pré-pandémicos, batendo o recorde do segmento desde que o jogo foi liberalizado em Macau. Porém, analistas da JP Morgan estimam menores receitas em Junho, tradicionalmente o mês mais fraco do ano Os casinos de Macau amealharam em Maio o maior volume de receitas brutas no segmento de massas na história da indústria no território. No entanto, a sazonalidade típica do mês de Junho, tradicionalmente o pior mês ao nível das receitas do jogo, pode colocar alguma água na fervura. Numa nota divulgada no domingo, a JP Morgan Securities (Asia Pacific) destaca “o recorde das receitas brutas do segmento de massas na história de Macau”, e a recuperação para níveis de cerca de 115 por cento em relação aos registos anteriores à covid-19. A indústria do jogo arrecadou 20,19 mil milhões de patacas em Maio o que representou um crescimento de 8,85 por cento face a Abril, o valor mais elevado desde Janeiro de 2020, de acordo com os dados revelados no sábado pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos. Importa lembrar que a performance do mês passado beneficiou dos feriados do Dia do Trabalhador, com cinco dias de férias no Interior da China, ainda assim, as receitas brutas dos casinos superaram as expectativas, “especialmente tendo em conta as crescentes preocupações dos investidores sobre a situação macroeconómica e o consumo na China”, afirmaram os analistas, citados pelo portal GGR Asia. Os resultados do jogo de massas foram principalmente impulsionados pelo mercado premium, que atingiu 130 por cento dos níveis pré-pandémicos, segundo as estimativas da JP Morgan, enquanto o segmento regular de massas ficou pelos 95 por cento. Já o jogo VIP manteve níveis estáveis de cerca de 25 por cento dos registos pré-pandémicos. Monte dos vendavais Em relação ao presente mês, os analistas da JP Morgan reconhecem que Junho é “o mês sazonalmente mais fraco do ano”. Como tal, é estimado que este ano as receitas brutas em Junho recuem para 18 mil milhões de patacas, ou 600 milhões de patacas diariamente. Numa nota divulgada no domingo, o analista Vitaly Umansky fez uma projecção abaixo da estimativa da JP Morgan, colocando a fasquia das receitas de Junho em cerca de 17,85 mil milhões de patacas. “As condições meteorológicas desempenham frequentemente um papel importante nos resultados de Junho, mês em que começa a época dos tufões. Durante o Verão, as tempestades que afectam Macau têm um impacto negativo nas receitas e no número de visitantes”, afirmou Vitaly Umansky.
Hoje Macau SociedadeCentro Histórico | Plano de Salvaguarda em vigor desde sábado Entrou oficialmente em vigor, no sábado, o “Plano de Salvaguarda e Gestão do «Centro Histórico de Macau”, publicado em regulamento administrativo a 15 de Janeiro deste ano. O referido Plano surge no contexto da implementação da Lei da Salvaguarda do Património Cultural, em 2013, sendo resultado de duas consultas públicas realizadas em 2014 e 2018. Segundo um comunicado, o Plano estabelece “medidas e procedimentos adequados para uma salvaguarda e gestão mais abrangentes e sistemáticas” no contexto do “Centro Histórico de Macau”, tendo sido estabelecidos 11 corredores visuais de protecção, enquanto 19 ruas foram classificadas de “pitorescas” e 24 zonas como sendo de “tecido urbano”. Foram ainda definidos princípios em prol da futura construção que venha a salvaguardar o património já edificado. Existem ainda critérios criados para 22 edifícios históricos. O Instituto Cultural considera que a entrada em vigor deste Plano “constitui mais um avanço importante no âmbito da Lei de Salvaguarda do Património Cultural, proporcionando garantias jurídicas mais abrangentes e detalhadas de apoio à salvaguarda e gestão do ‘Centro Histórico de Macau'”.
Andreia Sofia Silva Manchete Sociedade“Maliksi” | Quatro pessoas feridas no primeiro “sinal” do ano A passagem do “Maliksi” por Macau não provocou estragos de maior, mas gerou o impacto habitual: quatro pessoas feridas, aulas suspensas e turistas avisados de eventuais perigos Na passagem do tufão “Maliksi” pelo território, este fim-de-semana, era fraca a possibilidade de ser içado o sinal 8, a partir do qual a grande maioria das actividades diárias é suspensa e os estabelecimentos fecham portas. Ainda, assim, o “Maliksi” obrigou os Serviços Metereológicos e Geofísicos (SMG) a içar o sinal 3 de tempestade tropical, o primeiro do ano, tendo originado quatro feridos e levado à suspensão das aulas do ensino infantil, primário e especial no sábado. A tempestade teve origem numa depressão tropical a nordeste do Mar do Sul da China que acabou por se intensificar para uma tempestade tropical. Entre a noite de sexta-feira e manhã de sábado atingiu a costa de Guangdong e do Delta do Rio das Pérolas, trazendo ventos fortes e chuvas. O sinal 3 esteve içado entre as 16h de sexta-feira e as 18h de sábado, sensivelmente. Tendo em conta que a chegada da tempestade obrigou, decerto, a mudanças nos planos dos turistas, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) emitiu um conjunto de medidas preventivas, comunicando ainda com os operadores turísticos “sobre os aspectos a ter em atenção durante a passagem do tufão”, apelando “à formulação de planos de resposta adequados”. Foi ainda solicitado “a todos os estabelecimentos da indústria hoteleira de Macau a colocação no átrio de entrada ou outro local visível de informação sobre o sinal de tempestade tropical em vigor e as alterações aos transportes durante o período de influência do tufão, para permitir aos visitantes ajustar atempadamente o seu itinerário e sofrerem o mínimo de transtorno possível”. Também os Serviços de Polícia Unitários deram o alerta para a maior atenção de residentes e comerciantes a fim de “tomarem medidas de prevenção contra o vento, reforçarem a segurança das janelas e dos objectos fáceis de serem arrastados pelo vento”, ajustando ainda as demais actividades. Artes canceladas Com o aviso da chegada do “Maliksi” ao território, foi cancelado um espectáculo por decisão do Instituto Cultural, nomeadamente por se realizar ao ar livre. Um deles, o programa “Impressões de Iec Long”, integrado no 34.º Festival de Artes de Macau, agendado para as 20h de quinta-feira, na antiga Fábrica de Panchões Iec Long, não se realizou. O mesmo programa, que acontecia na sexta-feira à mesma hora, foi também cancelado. Foram igualmente anuladas as duas sessões do programa “Ao Teu Lado – Para sempre aqui contigo”, agendadas para sábado no Estúdio II do Centro Cultural de Macau. Passada a tempestade, fica o mau tempo. Para hoje os SMG prevêem a ocorrência de céu nublado e aguaceiros “ocasionais”, além de “dispersos, com períodos de trovoada”. O vento será fraco e os níveis de humidade relativa no ar podem chegar aos 99 por cento.
Hoje Macau SociedadePJ | Bombeiro detido por furtar 100 mil à ex-namorada Um bombeiro, de 46 anos de idade, foi detido por alegadamente ter furtado 100 mil dólares de Hong Kong da ex-namorada, para jogar num casino. A informação foi revelada na sexta-feira pela Polícia Judiciária (PJ) e o caso foi condenado pelo Corpo de Bombeiros (CB). De acordo com a informação partilhada, o homem entrou na residência da ex-namorada, no dia 26 de Maio, com a chave da vítima para levar o dinheiro. Contudo, a vítima alertou a PJ, que deteve o suspeito na sua residência. Às autoridades, o detido confessou que tinha perdido todo o dinheiro a jogar no casino. Após a revelação do caso, o CB emitiu um comunicado a condenar a conduta do homem e a anunciar a abertura de um processo disciplinar: “O Corpo de Bombeiros confere muita atenção quando o seu pessoal é suspeito de violação da lei, lamentando profundamente e reiterando que tem dado sempre grande importância à disciplina e à ética do pessoal”, foi indicado. “No que toca ao respectivo evento, o CB já instaurou de imediato o processo de averiguações e aplicou a medida da suspensão preventiva de funções ao bombeiro. Caso se venha a confirmar a infracção disciplinar, será efectivada a responsabilidade disciplinar do infractor nos termos da lei”, foi acrescentado.
João Santos Filipe Manchete SociedadeJogo | Maio com receitas brutas mais elevadas desde Janeiro de 2020 Os casinos arrecadaram 20,19 mil milhões de patacas em Maio, valor que representou um crescimento de 8,85 por cento face a Abril e que voltou a bater recordes desde a pandemia Com Lusa Maio registou o valor mais elevado de receitas brutas do jogo desde Janeiro de 2020, o último mês antes do encerramento dos casinos devido à covid-19, com um montante de 20,19 mil milhões de patacas. Os números revelados no sábado pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) marcam a primeira vez desde a pandemia que as receitas dos casinos ficaram acima da barreira dos 20 mil milhões de patacas. A indústria do jogo arrecadou 20,19 mil milhões de patacas em Maio o que representou um crescimento de 8,85 por cento face a Abril, quando as receitas brutas atingiram os 18,55 mil milhões de patacas. Até Abril, o melhor mês durante este ano para os casinos tinha sido Março, quando as receitas atingiram o montante de 19,50 mil milhões de patacas. Os sinais da recuperação da indústria do jogo são mais evidentes quando a comparação é feita com o início da pandemia. Desde essa altura, as receitas nunca tinham ultrapassado a barreira de 20 mil milhões de patacas. A última vez que aconteceu foi em Janeiro de 2020, com um valor de 22,13 mil milhões de patacas. Aumento de quase 50 por cento Em termos da receita bruta acumulada, os primeiros cinco meses deste ano registaram um aumento de 47,9 por cento em relação ao ano anterior, com um total de 96,06 mil milhões de patacas contra 64,93 mil milhões de patacas entre Janeiro e Maio de 2023. Macau fechou o ano passado com receitas totais de 183 mil milhões de patacas, quatro vezes mais do que em 2022, depois de em Janeiro ter levantado todas as restrições à entrada de turistas, que vigoraram durante quase três anos, devido à pandemia da covid-19. Face aos resultados divulgados no sábado, o Deutsche Bank apresentou uma revisão das estimativas sobre as receitas para este ano. Segundo o relatório mais recente, assinado pelo analista Carlo Santarelli, as receitas no final do ano devem rondar 229,680 mil milhões de patacas, no que será um crescimento 24,6 por cento, face ao ano passado. No que diz respeito a 2025, a estimativa aponta para um valor de 239,37 mil milhões de patacas, um crescimento de 4,2 por cento, em comparação com o valor previsto para 2024. Sands na frente O relatório do Deutsche Bank apresentou ainda uma estimativa sobre a proporção das receitas de cada operadora. Nos primeiros dois meses do segundo trimestre, o banco de investimento aponta que a Sands China foi a líder do mercado, com uma “fatia” de 24,5 por cento de todas as receitas. No segundo lugar ficou a Galaxy, com uma proporção de 18 por cento das receitas, seguida pela MGM, que teve uma quota de 16 por cento. Nos últimos três lugares, em termos de receitas, estão a Melco, com 15,5 por cento, seguida pela Wynn, com 13,4 por cento, e no último lugar a SJM, com uma fatia de 12,5 por cento.
Hoje Macau SociedadeDSAL | Abertas inscrições para planos de estágios Abriram hoje as inscrições para o “Plano de estágio para criar melhores perspectivas de trabalho”, destinado a graduados do ensino superior, que irá disponibilizar 1.065 estágios, repartidos por 54 empresas, com mais de 50 por cento das vagas sem “restrições quanto à área de estudo”, indicou ontem a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL). As inscrições vão estar abertas até ao dia 28 de Junho, e têm como destinatários “residentes de Macau que tenham concluído o curso do ensino superior e graduado em 2022 ou em data posterior”. Há cinco anos consecutivos que a DSAL organiza este plano, que tem como objectivo “apoiar os graduados do ensino superior na integração no mercado de trabalho”, e permitir “acumulação de experiências profissionais durante o estágio de três meses”. Desta feita, entre as 54 empresas que participam no plano, os nove sectores principais são “lazer, financeiro, serviços sociais, comércio a retalho, construção, utilidades públicas, tecnológico, big health e transporte aéreo”. A DSAL salienta que as “vagas de estágio que exigem uma área de estudo correspondente, abrangem as áreas funcionais de tecnologias da informação, marketing, administrativo/pessoal e engenharia. O estágio tem a duração de três meses, não sendo considerada uma relação de trabalho mantida entre as empresas de estágio e os estagiários durante esse período. As empresas irão atribuir a cada estagiário um subsídio de estágio de 8.000 patacas por mês ou 50 patacas por hora e adquirir uma apólice de seguro.
Hoje Macau SociedadeFM | Abertas candidaturas para apoios a associações Arrancou hoje o prazo para apresentação de candidaturas ao “Plano de Apoio Financeiro para Despesas de Funcionamento de Associações” da Fundação Macau (FM) para o ano de 2025, terminando no dia 12 de Julho. Num comunicado divulgado ontem pela FM, são indicados dois prazos de submissão de candidaturas. Recorrendo ao sistema online, as associações interessadas que reúnam as condições de elegibilidade podem candidatar-se entre hoje e 5 de Julho, enquanto a entrega pessoal da candidatura, com a devida documentação necessária, pode ser submetida entre 8 e 12 de Julho. As entidades candidatas devem ser associações sem fins lucrativos constituídas na RAEM antes de 31 de Dezembro de 2010, ter um local fixo de serviço ou atendimento, empregar pessoas e ser beneficiárias do apoio financeiro da FM ou de outros serviços ou entidades públicas da RAEM para promover as suas actividades ou de apoio às despesas de funcionamento do ano de 2024. “Para assegurar a utilização razoável dos fundos públicos, a atribuição do apoio financeiro é precedida de avaliação e selecção”, assegurou a FM, acrescentando que “nem todas as despesas de funcionamento elegíveis no âmbito do presente plano podem obter apoio financeiro”.
Hoje Macau Manchete SociedadeDesemprego | Taxa cai para níveis anteriores à pandemia A taxa de desemprego em Macau caiu 0,2 pontos percentuais para 1,9 por cento entre Fevereiro e Abril, o nível mais baixo desde o início da pandemia. O desemprego de jovens com formação académica desceu consecutivamente desde Agosto Entre Fevereiro e Abril, a taxa de desemprego desceu 0,2 por cento para o nível mais baixo desde que a pandemia da covid-19 começou, fixando-se em 1,9 por cento. A última vez que a taxa de desemprego ficou abaixo de 2 por cento foi no período entre Dezembro de 2019 e Fevereiro de 2020, de acordo com a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Um valor ainda assim aquém do mínimo histórico de 1,7 por cento atingido antes do início da pandemia de covid-19. Num comunicado, a DSEC sublinhou ainda que a taxa de desemprego das pessoas com estatuto de residente foi de 2,5 por cento, menos 0,2 pontos percentuais do que no período anterior, entre Janeiro e Março. Cerca de 1.200 pessoas, incluindo 400 residentes, encontraram emprego entre Fevereiro e Abril, elevando para cerca de 372.300 o número de pessoas a trabalhar em Macau. Pelo contrário, o número de pessoas a trabalhar a tempo parcial por não conseguir encontrar um emprego a tempo inteiro diminuiu em 200, para 5.400, representando 1,4 por cento da população, menos 0,1 pontos percentuais. A DSEC indicou que a recuperação se deve sobretudo às actividades financeiras, assim como à construção civil e restauração, dois sectores que contrataram no total cerca de duas mil pessoas entre Fevereiro e Abril. Espaço para todos A DSEC sublinha ainda que “o número de desempregados do grupo etário dos 16 aos 34 anos registou uma descida constante, nomeadamente, o número de desempregados com habilitações académicas do ensino superior diminuiu em seis períodos consecutivos”, ou seja, desde o período entre Agosto e Outubro do ano passado. Outra área onde se registaram quebras foram os desempregados à procura do primeiro emprego, que totalizaram no período em análise 6 por cento de todos os desempregados, baixando 0,7 pontos percentuais, face ao período precedente. O desemprego caiu apesar de as empresas de Macau terem contratado quase 28 mil trabalhadores sem estatuto de residente desde que Macau voltou a abrir as fronteiras a estrangeiros, em Janeiro de 2023. De acordo com dados do Corpo de Polícia de Segurança Pública divulgados na sexta-feira, Macau tinha 179.768 trabalhadores não-residentes no final de Abril, mais 27.890 do que em Janeiro de 2023. Nessa altura, a mão-de-obra vinda do exterior, incluindo da China continental, tinha caído para menos de 152 mil, o número mais baixo desde Abril de 2014. A cidade tinha perdido quase 45 mil não-residentes (11,3 por cento da população activa) desde o pico máximo de 196.538, atingido em Dezembro de 2019, no início da pandemia. As estatísticas, divulgadas pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, revelam que o número de trabalhadores não-residentes tem vindo a aumentar há 15 meses seguidos, atingindo o valor mais elevado desde o final de 2020. A área da hotelaria e da restauração foi a que mais contratou desde Janeiro de 2023, ganhando 13.819 trabalhadores não-residentes. Este sector tinha sido precisamente o mais atingido pela perda de mão-de-obra durante a pandemia, despedindo mais de 17.600 funcionários vindos do exterior. A economia de Macau ainda está a recuperar da crise económica criada pela pandemia, que levou a taxa de desemprego a atingir 4 por cento no terceiro trimestre de 2022, o valor mais alto desde 2006.
João Luz Manchete SociedadeImobiliário | FMI avisa que crise poderá pesar em Macau O Fundo Monetário Internacional manteve a previsão de 13,9 por cento para o crescimento da economia de Macau em 2024, mas avisou que a região poderá ser afectada pela crise no sector imobiliário do Interior da China. A AMCM salienta que o organismo internacional reconheceu o sucesso das políticas de diversificação económica, sem mencionar avisos Com Lusa De acordo com um comunicado divulgado na quinta-feira à noite, o Fundo Monetário Internacional (FMI) teme que a economia de Macau poderá ser afectada, a curto prazo, por “uma contração mais forte no sector imobiliário da China continental”. Pequim anunciou em 17 de Maio novas medidas para revigorar o sector imobiliário, depois de os preços da habitação terem descido quase 10 por cento desde o início do ano. Isto já depois de uma queda de 8,5 por cento nas transacções de imóveis em 2023. O FMI disse ainda que a recuperação da economia de Macau poderá ser restringida pela “persistência das taxas de juro elevadas nas principais economias” mundiais, uma vez que a moeda de Macau, a pataca, está indirectamente indexada ao dólar. “O declínio do crescimento a médio prazo na China continental e o aumento da frequência esperada de fenómenos climáticos extremos poderão pesar sobre o crescimento” do PIB de Macau, alerta o FMI. Na quarta-feira, a instituição multilateral elevou a previsão para o crescimento da economia da China em 2024 de 4,6 para 5 por cento, mas avisou que deverá abrandar para 3,3 por cento a médio prazo, “devido ao envelhecimento da população e ao abrandamento dos ganhos de produtividade”. Mudança de paradigma Num relatório divulgado também na quinta-feira, o FMI defendeu ainda que a simplificação dos requisitos administrativos para a contratação de trabalhadores vindos do exterior “poderia aumentar a competitividade” de Macau. Desde Agosto que Macau não está a aceitar novos pedidos de residência para portugueses fundamentados com o “exercício de funções técnicas especializadas”, permitindo apenas justificações de reunião familiar ou anterior ligação à região. As novas orientações eliminam uma prática firmada logo depois da transferência da administração portuguesa de Macau para a China, em 1999. A alternativa para um português garantir a residência passa por uma candidatura aos recentes programas de captação de quadros qualificados. Outra hipótese é a emissão de um ‘blue card’, cuja autorização de permanência no território depende de um contrato de trabalho válido, sem benefícios ao nível da saúde ou da educação. Apesar dos alertas, o FMI manteve a previsão de 13,9 por cento, feita em Março, para o crescimento da economia de Macau em 2024, devido “à continua recuperação do sector do jogo e um ressalto no investimento privado”. O lado bom O Governo da RAEM reagiu de pronto à divulgação do relatório do FMI através de um comunicado emitido pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM). Sem mencionar os avisos para a possível exposição à crise do imobiliário no Interior da China, a AMCM realça as projecções de crescimento económico e o reconhecimento dos técnicos do FMI em relação aos esforços levados a cabo pelo Executivo para diversificar a economia. A forte recuperação notada pelo organismo no período pós-pandemia é realçada pelo Governo, que salienta a perspectiva do FMI de que em 2025 “a produção económica total regressará ao nível anterior à pandemia”, “impulsionada por uma recuperação sustentada do sector do turismo e por uma retoma do investimento privado”. Segundo a AMCM, o FMI reconheceu o “avanço notório da aplicação das tecnologias digitais na economia de Macau”, e recomendou que o Governo reforce os investimentos públicos nas áreas da educação, formação, cuidados de saúde, estudos e investigação básicos e contingência às alterações climáticas, bem como na prestação de apoio às PME em matéria de transformação digital. Outro assunto destacado na análise temática do FMI, prende-se com a solidez do sistema bancário de Macau, assim como a “existência de capital e liquidez adequados permitem que o sistema bancário de Macau disponha de uma forte capacidade para resistir a choques externos”. A AMCM realça também a boa nota que os técnicos do FMI deram às “acções do Governo da RAEM em matéria de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo”.
João Santos Filipe Manchete SociedadeInspectores da DSEDJ estiveram ontem de manhã na EPM Dois inspectores da Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) estiveram ontem de manhã na Escola Portuguesa de Macau, depois da polémica dos últimos dias com a dispensa de vários docentes. Segundo o HM apurou, a presença dos inspectores da DSEDJ deverá estar relacionada com uma queixa anónima face às dispensas. No âmbito da visita, os inspectores terão ouvido o director da instituição, Acácio de Brito, sobre os desenvolvimentos mais recentes. O HM entrou em contacto com a DSEDJ para perceber o motivo da deslocação e confirmar a existência da queixa. Contudo, até ao fecho da edição não foi recebida uma resposta sobre o assunto. Na quarta-feira, Alexandra Domingues, uma das docentes afastada e que era a representante dos professores junto da administração, afirmou estar em “choque”. “Nada me levou a crer da parte da direcção da escola que no nosso departamento houvesse necessidade de alguém sair”, afirmou em declarações à Agência Lusa. Incompreensão geral Alexandra Domingues indicou também não compreender as mudanças que estão a ser implementadas. “Não consigo explicar a reestruturação que o senhor director está a fazer no momento. Acredito que é para bem da escola, para rentabilizar recursos, sabemos que não abundam, tanto financeiros como humanos”, indicou. Por último, a docente indicou preferir acreditar que não está a ser perseguida por ter representado as opiniões dos professores junto da direcção. “Não me passa pela cabeça que esteja directamente ligado [às funções]. Recuso-me a dizer isso”, indicou. Como representante dos professores junto do Conselho de Administração, Alexandra Domingues afirmou ainda ter abordado temas sempre “com o maior civismo”, no sentido “de apurar, saber, tentar compreender as mudanças ou qualquer outro problema”. Por outro lado, em declarações à Rádio Macau, a docente ligada à EPM desde a fundação admitiu ainda estar a ponderar a forma de reagir à dispensa e recusou a possibilidade de regressar a Portugal, depois de 33 anos no território.
Hoje Macau SociedadeSinal n.º 1 emitido com tempestade a caminho de Macau O primeiro sinal de tempestade tropical do ano foi emitido ontem, às 17h30, pelos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG), que prevêem que o tempo em Macau, entre hoje e amanhã, seja instável, com aguaceiros, trovoadas e vento muito forte. “As nuvens associadas a um vasto vale depressionário na parte central do Mar do Sul da China desenvolveram uma área de baixa pressão, prevendo-se que nos próximos dias se aproxime da costa meridional da China. Não se exclui a possibilidade de se intensificar ainda mais para uma tempestade tropical num curto período de tempo”, alertou o organismo de manhã, antes de emitir o sinal de tempestade tropical n.º1. No início do dia, as autoridades sublinhavam a existência de divergências entre os diferentes modelos de previsão sobre o desenvolvimento da intensidade da área de baixa pressão, em relação à “possibilidade de emitir o sinal de tempestade tropical”. Essas divergências foram colocadas de lado com a emissão do sinal. Os SMG declararam que de acordo com as previsões numéricas, “prevê-se que a área de baixa pressão se aproxime da costa meridional chinesa e até da foz do Rio das Pérolas”, entre hoje e amanhã. Hong Kong em sintonia Face ao exposto, os SMG apelam à população que preste atenção às informações meteorológicas actualizadas e tome medidas de prevenção em tempo oportuno. No entanto, prevê-se que na próxima semana, sob a influência gradual de uma corrente de ar de leste, os aguaceiros e as trovoadas enfraqueçam. Na região vizinha, o Observatório de Hong Kong emitiu também o sinal n.º1 de tempestade tropical 10 minutos após Macau o ter feito. Recorde-se que os SMG estimaram que este ano passem por Macau entre quatro a sete tufões. No início de Abril, as autoridades previam que a época de tufões pudesse começar na segunda quinzena de Junho.
Hoje Macau Manchete SociedadeMercado Vermelho | Portas abertas após dois anos de obras Com cada vez menos clientes portugueses e com maiores dificuldades no comércio local, os vendedores regressaram ontem às bancas do mercado mais icónico do território No Mercado Vermelho, o mais icónico de Macau, que reabriu ontem ao público depois de dois anos encerrado para obras de remodelação, ainda há quem recorra ao português para atrair clientes. Duas horas depois da cerimónia de inauguração das novas instalações, centenas de pessoas já percorriam os corredores do mercado, um dos mais antigos de Macau e o único classificado como património cultural. Para muitos clientes regulares o dia foi de reencontro com os vendedores que regressaram às 118 bancas já hoje em funcionamento. Mas o Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) admitiu que 31 bancas continuam vazias. Alguns dos vendedores não resistiram à quebra no volume de negócios, devido à mudança para instalações temporárias na zona de Lam Mau e outras bancas mudaram de mãos. No caso de Leong Yau Chan, a banca de peixe que estreou ontem era do pai, Leong Chi Pong, que chegou há mais de quatro décadas, com apenas 26 anos, de Zhongshan, uma cidade a 40 quilómetros de Macau. “Há muito tempo que estávamos a tentar convencê-lo a reformar-se, porque já tinha quase 70 anos”, disse à Lusa. Leong Yau Chan recorda-se bem do pai a tentar falar “um pouquinho de português” com qualquer rosto ocidental que subia ao andar de cima do Mercado Vermelho: “Amigo, quer salmão?” arrisca agora o filho. Menos portugueses Mas nos últimos anos, antes do encerramento, os clientes portugueses habituais da banca já não eram tantos como antes. “Muitos foram embora durante a pandemia, enquanto estivemos para aqui fechados”, lamentou Leong Yau Chan, de 38 anos. Durante quase três anos, Macau proibiu a entrada de pessoas sem estatuto de residente e impôs quarentenas, que chegaram a ser de 28 dias, à chegada à região semiautónoma, no âmbito da política ‘zero covid’, que também vigorou na China continental. No andar de baixo, Ana Wong também lamenta que houvesse menos portugueses a visitar o Mercado Vermelho do que quando começou o negócio, há mais de 40 anos. “Batata, tomate, cebola, alface, agrião, brócolos, couve-flor”, enumera a vendedora de 66 anos, enquanto aponta, um a um, os legumes na banca. O português de Ana Wong, que não vai muito além dos nomes dos legumes e dos preços, aprendeu em aulas nocturnas, que frequentou antes da transferência da administração de Macau para a China. “Sabe porque é que até prefiro os clientes portugueses?” questionou a vendedora. “Porque não conseguem regatear”, acrescentou com uma risada, referindo-se ao facto da maioria dos portugueses radicados em Macau não falar cantonês, a língua dominante na cidade. Mas Ana Wong ainda acrescentou que, ao contrário do que acontecia no passado, já começam a surgir “alguns portugueses que pedem os legumes em chinês”. “Aqueles casados com macaenses”, explicou, utilizando a expressão em cantonês ‘tou san’ (filhos da terra), que se refere à comunidade euro-asiática, composta sobretudo por luso-descendentes, com raízes no território. Construído em 1936, o Mercado Vermelho é um edifício de influência arquitectónica portuguesa e foi projectado pelo macaense Júlio Alberto Basto.
Hoje Macau SociedadeComércio | Exportações lusófonas para Macau caem em Abril As exportações de mercadorias dos países de língua portuguesa para Macau caíram 25,7 por cento em Abril, em comparação com o mesmo mês de 2023, para 102 milhões de patacas, foi ontem anunciado. Segundo a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) de Macau, a maioria do comércio com os mercados lusófonos veio do Brasil, no valor de 73,7 milhões de patacas, menos 35,6 por cento em termos anuais, sendo composta sobretudo por carne, peixe e marisco. Pelo contrário, o valor da mercadoria comprada por Macau a Portugal subiu 21 por cento para 27,1 milhões de patacas, sendo composta sobretudo por vestuário e acessórios, bebidas alcoólicas e produtos farmacêuticos. O bloco de países de língua portuguesa comprou a Macau mercadorias no valor de 258 mil patacas em Abril. No mesmo período de 2023, as importações dos mercados lusófonos não passaram de 40 mil patacas. No total dos quatro primeiros meses do ano, as exportações de mercadorias dos países de língua portuguesa para Macau caíram 17 por cento para 422,7 mil milhões de patacas. As exportações de mercadorias por Macau foram de 1,22 milhões de patacas em Abril, uma subida de 42 por cento, enquanto o valor importado de mercadorias foi de 11,1 mil milhões de patacas, ou seja, menos 4,3 por cento, em termos anuais, indicou a DSEC. O défice da balança comercial de Macau fixou-se em 9,9 mil milhões de patacas, menos 8,4 por cento relativamente ao mesmo mês de 2023.
Hoje Macau SociedadeFronteiras | Circulação automóvel aumenta quase 35% A circulação nos postos fronteiriços de Macau foi, nos primeiros quatro meses deste ano, de 2.792.162 viaturas, o que constitui um aumento de 34,7 por cento face ao mesmo período do ano passado. Dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) mostram ainda que, só no mês de Abril, circularam nas diversas fronteiras 712.421 veículos, mais 23,6 por cento em termos anuais. Deste grupo, 662.523 eram viaturas de passageiros, o que constitui um aumento de 23 por cento em termos anuais. Um total de 119 milhares de entradas e saídas, em Abril, foram de carros que circularam ao abrigo da política “Circulação de veículos de Macau na província de Guangdong” com matrícula única de Macau em destino a Hengqin. Além disso, 20 milhares de entradas e saídas eram de automóveis de Macau que circularam entre Macau e Hong Kong. Destaque para o aumento de 2,4 por cento, em termos anuais, de novos carros em Macau nos primeiros quatro meses deste ano, que atingiram a fasquia dos 4.022. Só no mês de Abril havia, no território, 250.167 veículos, mais 0,4 por cento face a Abril de 2023. Em relação a acidentes de viação, as estatísticas apontam para 5.005 ocorrências nos primeiros quatro meses do ano, tendo causado duas vítimas mortais e 1.817 feridos.
João Santos Filipe Manchete SociedadePonte Macau | Trabalhador perde a vida nas obras A queda em altura terá sido fatal para o trabalhador, que foi declarado morto logo no local. Também outras duas pessoas ficaram presas numa estrutura colocada debaixo do tabuleiro, mas foram resgatadas sem ferimentos Um trabalhador morreu ontem na Ponte Macau, depois de ter caído da infra-estrutura, de acordo com a informação oficial. A comunicação da morte foi feita por volta da 13h de ontem pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), de acordo com o jornal Ou Mun. A queda terá ocorrido pouco antes das 11h53, altura em que o CPSP e o Corpo de Bombeiros foram chamados ao local, para as operações de salvamento. No local, o homem foi declarado morto praticamente de imediato, dado que as lesões sofridas na cabeça, devido à queda, eram demasiado severas e não permitiram assumir que haveria qualquer hipótese do acidentado sobreviver. A vítima tinha 55 anos e era um trabalhador não-residente. O motivo que terá originado este acidente de trabalho ainda está por apurar, mas além da polícia e dos bombeiros, também os Serviços de Alfândega, a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais e as Obras Públicas foram chamadas ao local para acompanharem o sucedido. Além da queda, também ontem foi registado um outro acidente na ponte em que dois trabalhadores ficaram presos na infra-estrutura que se encontrada montada debaixo do tabuleiro. No entanto, ao contrário do trabalhador morto, estes dois foram resgatados sem que tivessem sofrido qualquer ferimento. De acordo com os números da DSAL, nos primeiros três meses do ano foram registadas três vítimas mortais em acidentes de trabalho, mais uma vítima em comparação com o ano passado. Abertura até fim do ano A Ponte Macau vai ter 3,085 quilómetros de comprimento, dos quais 2,9 quilómetros ficam acima do nível do mar. A estrutura é composta por dois vãos de navegação marítima com 280 metros de extensão. A obra foi projectada para ter oito faixas de rodagem nos dois sentidos, com duas das faixas a servirem exclusivamente motociclos. O tabuleiro da ponte será igualmente dotado de espaços para a instalação das canalizações, como cabos eléctricos de alta tensão, condutas de gás combustível, tubagens de água da torneira, de água reciclada e de água para uso de bombeiros, entre outros. As obras de ligação da estrutura principal foram concluídas a 13 de Março deste ano, depois de terem começado a 26 de Março de 2020, e prevê-se que toda a obra esteja finalizada até ao final de Julho. Com a nova infra-estrutura, o Executivo acredita que conseguirá “atenuar eficazmente a pressão de trânsito nas actuais três pontes”, podendo ainda “aumentar a capacidade de circulação rodoviária entre Macau, a Taipa e Coloane”. O projecto é ainda encarada como uma forma de responder às “necessidades de trânsito devido ao desenvolvimento da Zona A dos Novos Aterros Urbanos”.
Hoje Macau SociedadeCrime | Suspeito de lavar dinheiro de burla em prisão preventiva Um residente de Hong Kong suspeito de estar envolvido num caso de branqueamento de capitais relacionado com burlas no valor de 2,16 milhões de patacas vai aguardar julgamento em prisão preventiva. A medida de coacção foi anunciada ontem pelo Ministério Público (MP), através de um comunicado. De acordo com o MP, o homem “terá colaborado com outros indivíduos e utilizado repetidamente, em meados de Maio deste ano, cartões bancários e documentos de identificação dos diferentes indivíduos para comprar, com dinheiro obtido por burla no Interior da China, uma grande quantidade de jóias de ouro em duas ourivesarias de Macau no sentido de ‘lavar’ o produto de crime”. Este crime envolve mais suspeitos, que as autoridades policiais ainda estão a tentar encontrar. O detido arrisca uma pena de prisão que pode chegar a 12 anos, uma vez que está indiciado pelo crime de branqueamento de capitais. Além disso, foi indiciado ainda pela prática do crime de uso de documento de identificação alheio, que pode ser punida com pena de prisão até três anos. Num outro caso que também envolve branqueamento de capitais relacionado com burlas, no valor 9,6 milhões de dólares de Hong Kong, os dois detidos ficam proibidos de se ausentarem de Macau e sujeito a apresentações periódicas às autoridades. Os suspeitos são acusados de utilizarem empresas em Macau para movimentar o dinheiro das burlas e estão indiciados pelo crime de crime de branqueamento de capitais.
João Santos Filipe Manchete SociedadeObras Públicas | Tribunal recusa nulidade de sentença pedida pelo MP O Ministério Público teve mais uma derrota no caso das Obras Públicas, depois de o Tribunal de Última Instância lhe ter recusado mais um recurso. É a segunda recusa em menos de dois meses O Tribunal de Última Instância (TUI) recusou um pedido do Ministério Público (MP) para declarar nulo um acórdão sobre o caso das Obras Públicas. Na última decisão conhecida, o TUI havia recusado a condenação dos arguidos por associação criminosa ou por sociedade secreta, confirmando uma decisão anterior do Tribunal de Segunda Instância (TSI). A informação sobre a recusa foi divulgada através dos portais da RAEM, sem que os fundamentos tenham sido divulgados, o que só deverá acontecer nos próximos dias. É a segunda vez, em menos de dois meses, que o TUI decide contra o MP neste caso mediático. No final de Abril, o TUI havia decidido contra o MP num recurso que pretendia agravar as penas de prisão dos ex-directores das Obras Públicas, Li Canfeng e Jaime Carion. Nessa primeira recusa, o MP pretendia que os ex-directores fossem condenados por associação criminosa. No entanto, o TUI considerou que houve “exageros na forma como os procuradores apresentaram o caso” e tentaram obter a condenação por associação criminosa. O TUI também entendeu que “não parece adequado” falar da criação de uma associação criminosa porque “não há nada que prove de forma minimamente segura que existia um grupo em que todos eram beneficiados”. Num caso que teve também como arguidos os empresários Sio Tak Hong, Ng Lap Seng, Si Tit Sang e William Kuan Vai Lam, o TUI criticou a acusação do MP por indicar que apresentou a condenação “com várias opiniões, em vez de factos”. Lista de condenações Num caso marcado pelos vários recursos, Li Canfeng foi condenado pela Segunda Instância ao cumprimento de 17 anos de prisão, pela prática de cinco crimes de corrupção passiva para acto ilícito, quatro crimes de branqueamento de capitais, um crime de falsificação de documentos e um crime de abuso de poder. O empresário Sio Tak Hong foi condenado com uma pena única de 12 anos de prisão, devido a um crime de corrupção activa, cinco crimes de branqueamento de capitais e quatro crimes de falsificação de documentos. William Kuan Vai Lam foi condenado a cinco anos e meio de prisão por três crimes de corrupção activa e dois crimes de branqueamento de capitais. Por sua vez, Ng Lap Seng foi condenado quatro anos e meio de prisão efectiva devido a três crimes de branqueamento de capitais. A pena final de Jaime Carion ainda não foi tornada pública. Na primeira instância o ex-director das Obras Públicas tinha sido condenado a 20 anos de prisão pela prática de um crime de associação secreta, cinco crimes de corrupção passiva para acto ilícito e seis crimes de branqueamento de capitais. Esta pena tem de ser revista, dada que foi considerado pelo TSI e o TUI que o crime de associação secreta não foi cometido.
Hoje Macau SociedadeMercado Vermelho | Reabertura hoje com 118 bancas Dois anos depois, chegou finalmente o dia da reabertura oficial do renovado Mercado Vermelho. A partir das 07h de hoje, vão estar disponíveis ao público os produtos de 118 bancas, depois de uma cerimónia oficial de abertura. Para já, vão permanecer desocupadas 31 bancas que serão alvo de sorteio de distribuição para exploração, de acordo com a evolução dos negócios no mítico mercado, indicou ontem Leong Cheok Man, chefe de departamento de inspecção e sanidade do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM). Citado pelo canal chinês da TDM, o responsável realçou os trabalhos de substituição dos azulejos nas paredes e pavimentos, renovação dos tectos, rede de drenagem. Foram também adicionados aparelhos de ar condicionado, elevadores sem barreiras, plataformas de descarga, optimizado o sistema de iluminação, aumentado o espaço dos sanitários públicos e a proporção dos compartimentos para homens e mulheres. Para já, o responsável do IAM garantiu que as instalações foram escrupulosamente limpas, com pestes e roedores erradicados. Em relação às bancas vazias, o presidente da Associação de Auxílio Mútuo de Vendilhões de Macau que explicou que durante os dois anos de obras, alguns vendedores decidiram não voltar às bancas por motivos de idade avançada ou por alteração dos planos de vida.
João Luz Manchete SociedadeTurismo | Macau foi destino preferido de chineses no primeiro trimestre Depois de ter terminado o ano passado em terceiro, Macau tornou-se, no primeiro trimestre de 2024, o destino mais satisfatório para os turistas do Interior da China. A conclusão consta do relatório da Academia de Turismo da China, um departamento estatístico do Governo Central Durante os primeiros três meses deste ano, Macau foi o destino preferido dos turistas chineses, de acordo com a informação divulgada na terça-feira no relatório da Academia de Turismo da China, organismo do Ministério da Cultura e Turismo da China que trata dados estatísticos. O relatório indica que no primeiro trimestre deste ano, “Macau tornou-se o destino mais satisfatório para turistas do Interior da China pela primeira vez”, enquanto Hong Kong caiu para o sétimo lugar. No final do ano passado, Hong Kong ocupava o quinto lugar e Macau o terceiro lugar. O Governo da RAEM recebeu com agrado os dados publicados na conta oficial de WeChat do organismo do Governo Central. “A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) viu com satisfação os comentários positivos de turistas do Interior da China que estão satisfeitos com as suas experiências de viagem em Macau. Os resultados obtidos são produto dos esforços conjuntos de todos os sectores da sociedade de Macau. No futuro, a DST irá continuar a trabalhar com a indústria local para optimizar as experiências dos visitantes, demonstrando o charme do turismo de Macau.” Os serviços liderados por Helena de Senna Fernandes reiteram o compromisso de “promover o desenvolvimento sustentável e de alta qualidade”, a indústria de turismo e lazer, e trabalhar para o “cartão de visita dourado de Macau para brilhar ainda mais como metrópole internacional”, é indicado, fazendo eco das palavras proferidas pelo director do Gabinete dos Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado, Xia Baolong, durante a visita que fez ao território em meados deste mês. Aproveitar vantagens Num comunicado em chinês, publicado na terça-feira à noite, a DST garante que irá aproveitar as oportunidades suscitada pelas “várias medidas do Governo Central benéficas para Macau”, destacando a política de múltiplas entradas entre Macau e Hengqin para indivíduos do Interior da China em grupos turísticos, assim como o alargamento da política de vistos individuais para visitar a RAEM. Além disso, a DST assegura que não vai ficar de braços cruzados e promete continuar a organizar eventos de grande escala, a publicitar o território como destino turístico de eleição, e promover o “Movimento de Cortesia de Macau”, que tem como objectivo encorajar residentes e profissionais do sector a serem amistosos com os visitantes, contribuindo para a imagem de Macau como uma cidade cordial. Aqui ao lado O relatório da Academia de Turismo da China aponta também que o fluxo de turistas oriundos do Interior da China que escolhiam Hong Kong como destino registou uma queda na última década devido ao impacto dos movimentos sociais e da pandemia da covid-19, assim como as opiniões públicas negativas relacionadas com o turismo. Como tal, a Academia de Turismo da China aconselha o Governo da Região Administrativa Especial de Hong Kong a aumentar os esforços em termos de marketing e publicidade para restaurar totalmente a confiança dos turistas do Interior da China no seu mercado turístico.
Andreia Sofia Silva SociedadeSuicídio | Registada quebra de quatro casos No primeiro trimestre deste ano 22 pessoas cometeram suicídio, o que contabiliza uma redução de quatro casos face ao último trimestre de 2023 e menos um caso face ao mesmo período do ano passado. É o que dizem os Serviços de Saúde de Macau (SSM) em dados ontem divulgados, que mostram que, dos 22 casos, 12 dizem respeito a homens e dez a mulheres com idades compreendidas entre os 17 e 75 anos. Deste grupo, 95,5 por cento das pessoas eram residentes, ou seja, 21, enquanto apenas um não residente cometeu suicídio. Os SSM apontam como potenciais causas para o suicídio “a doença mental, crónica ou física”, descrevendo ainda que “as causas para o suicídio são complexas, envolvendo doença mental, factores psicológicos, sócio-económicos, familiares, interpessoais e biogenéticos”. As autoridades dizem ainda estar preocupadas “com a saúde mental dos residentes”, procurando reduzir os números através de uma “comunicação e colaboração interdepartamental eficaz”. “Tem sido melhorada a acessibilidade dos serviços e expandida a rede de apoios sociais”, sendo considerada “elevado” o grau de acesso aos serviços de saúde mental.
João Luz Manchete SociedadeJockey Club | Sugerida utilização de espaço para desporto O espaço do hipódromo deveria ser aproveitado para uso desportivo, em especial de modalidades esquecidas como o ciclismo, considera Leong Sun Iok. O deputado dos Operários entende que a conversão do local num espaço desportivo, nem que seja temporariamente, é um passo para tornar Macau numa “cidade do desporto” “Tendo em conta que o hipódromo ocupa uma grande área, gostaria de perguntar se o local pode ser utilizado temporariamente como campo de treinos para ciclismo, corrida ou outros desportos adequados, antes de haver qualquer planeamento relevante?” A questão faz parte de uma interpelação escrita de Leong Sun Iok divulgada ontem. O deputado ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) reconhece que “nos últimos anos, o Governo tem-se esforçado em proporcionar aos residentes mais e melhores espaços recreativos e desportivos”. Entre eles, Leong Sun Iok elenca o Parque Desportivo para os Cidadãos no Canídromo Yat Yuen, o Centro Multi-Desportivo na Zona A dos Novos Aterros e o Corredor Verde da Margem Sul, que liga a ponte Governador Nobre de Carvalho e o monumento das Portas do Entendimento, junto ao lago Sai Van. Como os projectos mencionados ainda precisam de tempo até abrirem, e pelo facto de vários recintos desportivos se encontrarem frequentemente ocupados para treinos de competição, o deputado da FAOM apela ao Governo para encontrar equilíbrio entre a prática desportiva de competição e a prática amadora de desporto. “Cada vez mais residentes consideram o desporto como um passatempo e uma forma de melhorar a aptidão física para fortalecer o corpo”, o Executivo deveria “aproveitar os terrenos não utilizados para a construção de recintos desportivos temporários ou mesmo permanentes”. Além disso, Leong Sun Iok aponta que faltam locais de treino para alguns desportos populares em Macau, como futebol, corrida e ciclismo, e realça que “os ciclistas têm frequentemente de treinar na estrada, o que representa um certo grau de perigo”. Metas a alcançar A popularização da prática desportiva e a criação de “uma atmosfera desportiva para todos” são apontados pelo deputado da FAOM como objectivos a cumprir para motivar a participação do público, numa altura em que são dados os primeiros passos para a organização conjunta dos Jogos Nacionais de 2025. Usando outra expressão muito em voga no léxico político actual, o deputado defende que a promoção da prática desportiva é também uma forma de tornar Macau numa “cidade do desporto”. Outro argumento a favor da reconversão do espaço onde funcionou o Macau Jockey Club, é o facto de as obras no recinto do antigo canídromo deixarem, temporariamente, sem sítio para a prática desportiva muitos residentes e os alunos das escolas nas imediações que ali tinham aulas de educação física. Assim sendo, Leong Sun Iok sugeriu que se faça um estudo para determinar quais os desportos mais populares e com carência de espaços para que o espaço do Jockey Club colmate essas lacunas.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Hotéis com 1,15 milhões de hóspedes em Abril Os hotéis de Macau receberam mais de 1,15 milhões de hóspedes em Abril, uma subida de 5,6 por cento em termos anuais, foi ontem anunciado. No mês em análise, o território contava com 143 estabelecimentos hoteleiros, mais 13 do que no mesmo período do ano passado, a disponibilizar 47 mil quartos, de acordo com um comunicado da Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Em Abril, a taxa de ocupação média dos quartos de hóspedes dos estabelecimentos hoteleiros fixou-se em 83,3 por cento, subindo quatro pontos percentuais, em termos anuais, indicou a DSEC na mesma nota. Do total de 1.159.000 hóspedes, 823 mil chegaram da China continental, ou mais 11,8 por cento, em termos anuais, enquanto os de Taiwan (34 mil) e da Coreia do Sul (24 mil) subiram 96,1 por cento e 245,2 por cento, respetivamente. Já o número de hóspedes de Hong Kong (165 mil) registou uma queda de 35 por cento. Já nos quatro primeiros meses de 2024, a taxa de ocupação média dos quartos dos hotéis foi de 84,5 por cento, representando mais 8,4 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado. Nessa altura, os estabelecimentos hoteleiros hospedaram cerca de 4,93 milhões de pessoas, mais 29,8 por cento, face a idêntico período de 2023. O território recebeu 11,47 milhões de visitantes entre Janeiro e Abril deste ano, uma subida de 58,9 por cento em termos anuais, segundo dados da DSEC.
Andreia Sofia Silva SociedadeExcursões | Aumento anual superior a 100% em Abril O mês de Abril registou um aumento significativo, de 142,3 por cento, no número de excursões realizadas no território. O aumento é em termos anuais, sendo que, no total, Macau recebeu 216.000 excursionistas, dos quais 194.000 foram visitantes oriundos do interior da China, um aumento de 123,3 por cento. Deste grupo, 20.000 excursionistas vieram de outros países, tratando-se aqui de um aumento mais significativo, de 979,8 por cento em relação a Abril de 2023. Os dados, da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, indicam também as principais nacionalidades de turistas estrangeiros que visitam o território: os coreanos foram oito mil, uma grande subida de 2.382,3 por cento, seguindo-se os malaios, 2.000, mais 1.402,2 por cento. A DSEC mostra ainda os números das excursões relativos aos primeiros quatro meses deste ano, que também são animadores: o território recebeu 720.000 turistas em excursões, mais 257,9 por cento em relação aos primeiros quatro meses do ano passado. Deste grupo, 643.000 eram visitantes do Interior da China e 70.000 visitantes internacionais, tendo subido 226,3 e 2.292,5 por cento, respectivamente. Destaca-se que o número de entradas de visitantes em excursões da Coreia do Sul. Nos primeiros quatro meses do ano os coreanos em excursões representaram 31.000 pessoas, um notório crescimento de 7.896,4 por cento, enquanto os turistas da Tailândia foram 7.000, mais 449,2 por cento. No que diz respeito aos residentes, 47 mil recorreram a agências de viagens para se deslocar ao exterior em Abril, mais 38,9 por cento em termos anuais. Já nos primeiros quatro meses do ano, 162 mil residentes viajaram desta forma, um aumento de 61,9 por cento em relação a 2023.