João Luz Manchete SociedadeFundação EPM solicitou inspecção ao Ministro da Educação devido a irregularidades “A notícia de que o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) determinou à Inspecção-Geral da Educação e Ciência a abertura de um processo de averiguações é uma boa notícia e um bom começo de diligências, que certamente permitirão ao Ministério e da realidade da Escola, e dos problemas que é necessário resolver.” Foi desta forma que o Conselho de Administração da Escola Portuguesa de Macau (EPM) reagiu à notícia da abertura de um processo de averiguações à escola para apurar as circunstâncias em que decorreu a dispensa de quatro professores e um técnico superior, num comunicado assinado pelo presidente do conselho Jorge Neto Valente. O responsável vincou que pedira ao MECI, há cerca de um mês, uma inspecção integral ao “funcionamento da Escola de Macau (avaliação externa das escolas) a fim de serem investigadas situações irregulares que foram detectadas na EPM e outras que prefiguram ilegalidades”. Jorge Neto Valente afirma que a fundação que gere a EPM tem insistido na necessidade da inspecção, “e não apenas uma mera auditoria do Tribunal de Contas à Fundação”. À espera de Lisboa À medida que se aproxima o arranque de um novo ano lectivo, a demora do MECI na confirmação das autorizações das renovações de licenças especiais de professores, bem como as licenças especiais dos professores cuja contratação foi autorizada em Maio pelas autoridades da RAEM, “começa a preocupar os alunos da EPM, e os respectivos pais e encarregados de educação e, naturalmente, também os órgãos da EPM”, acrescenta o presidente do conselho de administração da Fundação da EPM. Por fim, Jorge Neto Valente esclarece que a EPM não suscitou a renovação das licenças especiais de quatro docentes e de uma técnica “por não a considerar necessária, de acordo com a distribuição de serviço prevista para o próximo ano”. O responsável adianta ainda que os órgãos da EPM têm mantido reserva sobre tudo o que pode afectar a actividade da Escola, bem como a vida das pessoas a ela ligadas.
João Luz Manchete SociedadeEPM | Governo português abre processo de averiguações A Inspecção-Geral da Educação e Ciência abriu um processo de averiguações à Escola Portuguesa de Macau para apurar as circunstâncias em que decorreu a dispensa de quatro professores e um técnico superior. A DSAL está a investigar a “disputa laboral” na sequência de queixas apresentadas por professores e garante que irá defender os direitos de residentes Com Lusa A dispensa de quatro professores e um técnico superior da Escola Portuguesa de Macau levou à abertura de um processo de averiguações pela Inspecção-Geral da Educação e Ciência (IGEC), a pedido do ministro da tutela, de forma a apurar as circunstâncias que levaram à saída dos profissionais. Em comunicado enviado à agência Lusa, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação indica que o ministro Fernando Alexandre solicitou a abertura de um processo para “apurar as circunstâncias e a forma como o director dispensou quatro docentes e um técnico superior”. Durante a reunião do Conselho de Administração da Fundação da Escola Portuguesa de Macau (EPM), que decorreu na quinta-feira, foram dadas instruções para que os professores e o técnico superior permaneçam na escola até à conclusão do processo de averiguações. “Caso seja apurado pela IGEC que não existiam fundamentos para a dispensa daqueles cinco trabalhadores, não será autorizada a sua substituição”, acrescenta a tutela. No início de Junho, a direcção da Escola Portuguesa de Macau comunicou a cinco professores e a uma técnica da instituição – cinco deles em Macau ao abrigo de uma licença especial de Portugal – que não ia renovar o vínculo laboral para o próximo ano lectivo, alegando motivos de gestão. Só no departamento de Português da EPM, três professores viram o contrato terminado, todos detentores de bilhete de residente permanente. DSAL atenta Num esclarecimento solicitado pela Lusa, fonte do gabinete do ministro da Educação, Ciência e Inovação explicou que, “dada a falta de professores em Portugal”, este ministério “já deu indicações de que não vão ser disponibilizados professores para substituir os docentes que a direcção da Escola Portuguesa de Macau vier a dispensar”. E recordou que, tal como definido no plano + Aulas + Sucesso, que visa reduzir o número de alunos com interrupções prolongadas de aulas, é intenção do Ministério da Educação, Ciência e Inovação reduzir em 25 por cento o total de mobilidades estatutárias atribuídas a docentes de grupos de recrutamento deficitários, no ano letivo 2024/2025. Nesta situação podem estar professores nas escolas portuguesas, mas também os destacados em serviços centrais ou regionais, em entidades públicas, federações, associações, entre outros. Também o Governo da RAEM está a acompanhar a situação, em especial a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL). Numa resposta enviada ao HM, a DSAL revela que está a investigar uma disputa laboral que envolve a EPM. “Importa sublinhar que a lei estipula claramente que os trabalhadores locais têm prioridade no acesso ao emprego, e que o emprego de trabalhadores não-residentes se destina a colmatar a escassez de recursos humanos locais, pelo que é necessário garantir que os direitos e interesses laborais dos trabalhadores locais não serão comprometidos pela importação de trabalhadores não-residentes”, acrescentou a DSAL. Na resposta enviada ao HM pelo organismo liderado por Wong Chi Hong, não endereçando especificamente o caso da EPM é deixada a garantia de defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores com BIR. “Se a entidade patronal rescindir, directa ou indirectamente, o contrato de trabalho de um trabalhador local sem justa causa devido à importação de trabalhadores não-residentes, ou se os direitos dos trabalhadores locais forem reduzidos devido ao emprego de trabalhadores não-residentes, a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, enquanto serviço de inspeção do trabalho, tomará medidas nos termos da lei para assegurar o emprego prioritário e contínuo dos trabalhadores locais”.
Andreia Sofia Silva SociedadeFronteiras | Passagem de veículos cresce mais de 30% O movimento de automóveis nos postos fronteiriços de Macau foi, nos primeiros cinco meses do ano, de 3.551.027, o que representa um aumento de 32,2 por cento face a igual período do ano passado. Só no mês de Maio deste ano passaram pelas fronteiras 758.865 viaturas, mais 23,6 por cento em termos anuais. Dados da Direcção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC) mostram ainda que, em Maio, o movimento de automóveis ligeiros de passageiros nos postos fronteiriços equivaleu a 706.980, mais 23,3 por cento em termos anuais. Deste número, 127 milhares de entradas e saídas eram de automóveis com matrícula única de Macau que circularam entre Macau e Hengqin, um aumento anual de 14,6 por cento; 122 milhares de entradas e saídas eram de automóveis incluídos na medida “Circulação de veículos de Macau na província de Guangdong”, um aumento de 11,8 por cento, e ainda 22 milhares de entradas e saídas que foram de automóveis locais que circularam entre Macau e Hong Kong. Só neste último ponto o aumento foi de 54,8 por cento. Relativamente a acidentes de viação em Macau, a DSEC indica a ocorrência, em Maio, de 1.404 acidentes de viação, mais 48,9 por cento em termos anuais, dos quais resultaram 514 feridos. Já nos primeiros cinco meses do ano, ocorreram 6.409 acidentes com duas vítimas mortais e 2.331 feridos. Destaque também para o facto de o movimento de embarcações de passageiros ter sido de 33.465, um aumento de 38,5 por cento relativamente ao período homólogo de 2023.
Hoje Macau Sociedade“Offshores” | Transferências para Macau de 294 milhões de euros Foram transferidos, no ano passado, 294 milhões de euros de Portugal para Macau. É o que consta nos dados anuais da Autoridade Tributária e Aduaneira divulgados no último sábado, que mostram ainda que Hong Kong detém a segunda posição do ranking em matéria de transferências, com 1.200 milhões de euros oriundos de Portugal. A Suíça continua a ser o destino da maior fatia destas transferências, ao concentrar quase metade (3.261 milhões de euros) do valor total de 2023. Os Emiratos Árabes Unidos, com cerca de 635 milhões de euros de transferências, são o terceiro destino. Para Singapura seguiram 497 milhões de euros. Macau surge logo a seguir na tabela. O dinheiro transferido de Portugal para contas sediadas em offshores, também reconhecidos como “paraísos fiscais”, desceu sete por cento no ano passado para 6,9 mil milhões de euros. Os dados são da Autoridade Tributária e Aduaneira de Portugal e mostram também uma diminuição do número de pessoas e entidades que movimentaram dinheiro através destes territórios. O montante de 6,9 mil milhões de euros foi transferido para cerca de 70 daqueles países e territórios, um valor que inverte a tendência de subida registada em 2022, quando o montante total que passou por estas praças financeiras ascendeu a 7.409 milhões de euros. Este ranking tem-se mantido estável nos últimos anos.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeGrande Baía | Inaugurada nova ponte que liga Shenzhen a Zhongshan Foi inaugurada este domingo a ponte Shenzhen-Zhongshan que promete um trajecto entre estas duas cidades chinesas em apenas 30 minutos, além de permitir ligações com outros locais do Delta do Rio das Pérolas. As portagens custam 66 yuan. Andy Wu espera que esta nova infra-estrutura venha potenciar ainda mais o turismo É mais uma infra-estrutura de grandes dimensões a ser inaugurada na China e que até mereceu os parabéns do Presidente Xi Jinping. A ponte Shenzhen-Zhongshan, com 24 quilómetros de comprimento, começou a receber os primeiros veículos este domingo, prometendo ligar as margens oriental e ocidental do estuário do Rio das Pérolas. Um percurso que antes demorava duas horas entre as cidades de Shenzhen e Zhongshan, leva agora 30 minutos a fazer. A construção iniciou-se em 2017, sendo esta infra-estrutura composta por duas pontes, duas ilhas artificiais e um túnel subaquático. A nova ponte está localizada cerca de 30 quilómetros a norte da Ponte Humen e 31 quilómetros a sul da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. Além de reduzir a distância entre as cidades que dão nome à ponte, existe agora uma maior conexão com as principais auto-estradas da região, como a de Guangzhou-Shenzhen, Jihe e a auto-estrada costeira Guangzhou-Shenzhen, a leste, e a de Zhongshan-Kaiping, Guangzhou-Macau e ainda a auto-estrada da Circunvalação Externa Oriental de Zhongshan, a oeste. A ponte faz ainda conexão com a via rápida Nansha-Zhongshan, ainda em construção, e também a via rápida do porto de Nansha. Parabéns presidenciais Segundo a agência estatal Xinhua, o Presidente chinês enviou uma carta de felicitações pela abertura da ponte, tendo afirmado, na missiva, que este “é outro projecto de transporte em grande escala na área da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, a seguir à ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau”. O Presidente destacou que o projecto “conseguiu ultrapassar vários desafios técnicos de nível mundial e estabelecer vários recordes mundiais”. “Todos os participantes, através do seu trabalho árduo e determinação inabalável, concluíram com êxito o projecto com elevada qualidade”, acrescentou. Para Xi Jinping, o projecto “ilustra plenamente que a modernização chinesa só pode ser alcançada através de um trabalho sólido, uma vez que todas as grandes causas são realizadas através de acções concretas”. A ponte Shenzhen-Zhonghsan poderá ainda potenciar o turismo em Macau pela maior facilidade de deslocações, destacou Andy Wu, sobretudo em termos do número de excursões. O presidente da Associação da Indústria Turística de Macau prevê que os residentes locais se desloquem mais a Shenzhen ou zonas vizinhas, disse ao canal chinês da Rádio Macau. Além disso, poderão ser lançadas novas excursões a Shenzhen ou Dongguan, sobretudo passeios de dois dias, sendo que só no primeiro dia de abertura da ponte a excursão de Macau a Shenzhen contou com 100 pessoas. Andy Wu frisou que os cidadãos chineses mudaram o comportamento como turista, viajando mais a nível individual ao invés de optar pelo formato excursão. Isto com base nos números, pois o dirigente destacou que o volume de excursões do interior da China para Macau reduziu-se em um terço face a 2019, mas o número total de turistas teve uma recuperação de cerca de 80 por cento face ao mesmo ano. Assim, Andy Wu defende que o sector tem de se adaptar a este novo cenário.
Hoje Macau SociedadeDesemprego | Taxa continua em 1,9% entre Março e Maio A taxa de desemprego global manteve-se em 1,9 por cento no período compreendido entre Março e Maio, indicou na sexta-feira a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). A taxa de desemprego de residentes também se manteve idêntica ao período anterior (Fevereiro a Abril), fixando-se em 2,5 por cento. Apesar da continuidade das taxas, a DSEC destaca a redução do número de desempregados no período em análise, com menos 200 pessoas relativamente ao período transacto, totalizando 7.200 pessoas. Neste capítulo, é indica que o número de desempregados com idade igual ou superior a 55 anos desceu significativamente e que o número de desempregados com habilitações académicas do ensino superior decresceu em sete períodos consecutivos. O número de desempregados à procura do primeiro emprego representou 6,2 por cento do total de desempregados, aumentando 0,2 pontos percentuais, face ao período precedente. Entre Março e Maio, “a população activa que vivia em Macau totalizou 379.300 pessoas e a taxa de actividade atingiu 67,4 por cento. O número de empregados (372.100) e o número de residentes empregados (283.600) desceram 200 e 800, respectivamente, em comparação com o período precedente”, indicou a DSEC.
Hoje Macau SociedadeFurto | Antiga funcionária de farmácia detida por desviar dinheiro Uma antiga funcionária de uma farmácia foi detida por desviar 170 mil patacas e diversos artigos do local. Segundo o jornal Ou Mun, a detenção ocorreu quando a mulher tentava entrar em Macau pelo Posto Fronteiriço das Portas do Cerco. O caso foi descoberto quando o empregador fazia as contas habituais do negócio. Este queixou-se à mulher de que as contas não batiam certo e que suspeitava de desvio de fundos por parte desta. A funcionária, que esteve apenas três meses na farmácia, confessou ter desviado artigos e dinheiro, prometendo devolver tudo em Março deste ano. Foi então estabelecido um acordo entre ambos, mas a mulher acabou por devolver apenas 30 mil patacas, ficando depois incontactável. Só depois é que o homem denunciou o caso às autoridades, tendo a suspeita negado cooperar, não apresentando o paradeiro do restante montante e artigos desviados. Assim sendo, o caso foi encaminhado para o Ministério Público para mais investigações, podendo a mulher incorrer nos crimes de burla de valor consideravelmente elevado e falsificação informática.
João Luz Manchete SociedadeAreia Preta | Incêndio em prédio, seis pessoas assistidas no hospital Na quarta-feira ao final da tarde, um incêndio num prédio na Avenida do Nordeste, na Areia Preta, obrigou à retirada de 46 moradores e seis tiveram de receber tratamento hospitalar. A investigação aponta para um aparelho de carregamento de berbequim sem fios como causa do incêndio Ao final da tarde de quarta-feira, começaram a surgir nas redes sociais imagens de um incêndio num prédio na Areia Preta, com explosões que lançavam labaredas para as fracções acima. Segundo o Corpo de Bombeiros, o alerta foi dado por volta das 18h, e foi imediatamente destacada uma equipa de bombeiros para o local, a Avenida do Nordeste que extinguiu as chamas. O incêndio, que deflagrou num apartamento do sexto piso do Bloco 14 do Edifício Tong Wa Sun Chuen, obrigou à retirada de 30 moradores para o exterior do edifício e de 16 para o terraço. Uma dúzia de moradores apresentava sinais de desconforto e seis deles foram encaminhados para o Centro Hospitalar Conde de São Januário para tratamento. Os moradores assistidos, com idades compreendidas entre 10 e 82 anos, apresentavam alguma aflição devido à inalação de fumo, mas estavam conscientes e os seus quadros clínicos eram estáveis. As pessoas que foram encaminhadas para o hospital eram todas residentes, à excepção de um cidadão das Filipinas. Blocos nordestinos Depois de extintas as chamas, a investigação preliminar dos bombeiros revelou que a causa do incêndio poderá ter estado na avaria de um equipamento de carregamento que estava na divisão onde começou o fogo, que ficou completamente destruída. Ontem à tarde, o Corpo de Bombeiros especificou que o aparelho em questão era um carregador de bateria para berbequins sem fios. O Corpo de Bombeiros apelou ao público para que preste muita atenção às questões de segurança de carregamento, escolhendo baterias de lítio, equipamento electrónico e carregadores de qualidade fiável e evitar sobrecargas que possam causar temperaturas elevadas ou curto-circuitos. Cada um dos 14 blocos do Edifício Tong Wa Sun Chuen tem 17 andares e oito fracções por piso. O complexo habitacional pertence à categoria de Habitação Económica, mandado construir pelo Governo, e começou a ser habitado no final de Abril de 1992. Como é habitual nos incêndios residenciais que assolam o território, aparelhos ou instalação eléctrica estiveram na origem das chamas. No primeiro trimestre deste ano, o Corpo de Bombeiros foi chamado a acorrer a incêndios 254 vezes, total que correspondeu a um aumento de 5,83 por cento em termos anuais. Deste total de saídas, em 204 ocasiões não foi preciso recorrer a mangueiras para extinguir o fogo, ou seja, em 80,3 por cento das saídas. A estatística destaca que as principais causas dos incêndios foram o esquecimento de desligar fogões, curto-circuito das instalações eléctricas, queima de incensos e velas/papéis votivos ou falhas mecânicas de equipamentos.
Andreia Sofia Silva SociedadeTorre de Macau | Obras não travam uso de campo desportivo José Tavares, presidente do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), adiantou que o campo desportivo situado junto à Torre de Macau vai continuar a ser utilizado enquanto decorrem as obras da segunda fase de construção do “Corredor Verde da Margem Sul da Península de Macau”. O IAM promete, assim, “manter, na medida do possível, o campo desportivo existente na proximidade da Torre de Macau, esperando que este possa continuar a ser utilizado até à conclusão da obra”. Em resposta a uma interpelação escrita do deputado Leong Sun Iok, José Tavares adiantou também que o novo corredor verde vai incluir um campo de futebol de cinco, um campo de basquetebol e um campo de treino. Aquando do arranque das obras, irá dar-se prioridade “à construção da parte que inclui o campo, para que os cidadãos possam utilizar, o mais rápido possível, o novo local”.
João Luz Manchete SociedadeObras públicas | Governo sem planos para obrigar inclusão de PME Em nome da concorrência leal, o Governo não vai obrigar a contratação de pequenas e médias empresas locais em obras públicas. Quanto à fixação de uma proporção mínima de trabalhadores locais em obras de grande envergadura, é reconhecida a dificuldade de implementar tal dever devido à grande mobilidade de emprego no sector da construção A empregabilidade de trabalhadores locais e a contratação de pequenas e médias empresas (PME) de Macau em obras públicas são reivindicações antigas de deputados e associações de cariz laboral, sem grande sucesso. A última desilusão para representantes de PME e trabalhos da construção social locais surgiu numa resposta da Direcção dos Serviços de Obras Públicas a uma interpelação do deputado Leong Hong Sai. Questionado sobre a criação de um mecanismo para garantir a inclusão de PME, o director da (DSOP), Lam Wai Hou, frisou que, tendo em consideração a concorrência leal, o Governo da RAEM não tem, neste momento, plano para lançar políticas e medidas obrigatórias de aquisição que envolvam obras públicas destinadas, exclusivamente, a apoiar as PME”. No entanto, o responsável ressalva que o Governo “tem plena consciência do importante papel das pequenas e médias empresas na promoção do crescimento económico de Macau e na criação de postos de trabalho”, salientando o auxílio prestado através de benefícios fiscais e planos de apoio. Lam Wai Hou indicou ainda que para cativar o interesse do sector de construção local, a DSOP incentiva, através dos critérios de avaliação em concursos públicos, as PME a concorrerem em parceria. É complicado Para dar primazia às empresas locais de pequena ou média dimensão, é referido que o Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) desenvolve projectos através de consulta, solicitando a participação de empresas locais, conforme a escala, o custo, as particularidades e a complexidade da obra. Outra questão levantada pelo deputado dos Moradores, prendeu-se com a prioridade de contratação de trabalhadores locais em obras públicas de grande dimensão. Neste aspecto, o director da DSOP afirmou que nos projectos públicos de grande envergadura, “a dificuldade na determinação do número de trabalhadores locais que podem ser contratados e, a mobilidade do emprego no sector da construção civil que é grande, é difícil proceder à respectiva ponderação nos critérios de avaliação”. Por sua vez, o IAM passou a partir de 2020 a contar a proporção de trabalhadores locais contratados como factor de avaliação em concursos e introduziu “mecanismos de fiscalização para sancionar os empreiteiros que não cumpram os compromissos assumidos”.
Andreia Sofia Silva SociedadeBalança comercial | Défice desce em termos anuais O défice da balança comercial foi, nos primeiros cinco meses deste ano, de 48,50 mil milhões de patacas, menos 5,78 mil milhões de patacas em relação a igual período do ano de 2023. Segundo dados ontem divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC), as importações de mercadorias, de Janeiro a Maio deste ano, foram de 54,04 mil milhões de patacas, menos 9,1 por cento em termos anuais. Enquanto isso, as exportações cifraram-se em 5,55 mil milhões de patacas, mais 7,1 por cento face aos mesmos meses de 2023. O valor total do comércio externo de mercadorias no período de Janeiro a Maio deste ano correspondeu a 59,59 mil milhões de patacas, uma quebra de 7,8 por cento em relação ao valor de 64,63 mil milhões de patacas registado no idêntico período de 2023. Também nos meses de Janeiro a Maio deste ano, as exportações para os países que integram a iniciativa “uma faixa, uma rota” foram de 425 milhões de patacas, mais 142,3 por cento em termos anuais, enquanto para países da União Europeia foram de 97 milhões de patacas, mais 79,7 por cento. Porém, os valores exportados de mercadorias para o Interior da China (310 milhões de patacas), Hong Kong (3,83 mil milhões de patacas) e EUA (101 milhões de Patacas) caíram 3,2, 3,6 e 36,9 por cento, respectivamente. No que diz respeito às importações, destaque para as mercadorias oriundas da União Europeia, no valor de 16,49 mil milhões de patacas, seguindo-se as do interior da China, com o montante de 15,33 mil milhões de patacas, e ainda dos países de “uma faixa, uma rota”, com 12,35 mil milhões de patacas. Estes valores representam, respectivamente, quebras de 17,5, 2,9 e nove por cento.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Hotéis com quase 1,2 milhões de hóspedes em Maio Os hotéis de Macau receberam mais de 1,19 milhões de hóspedes em Maio, uma subida de 8,4 por cento em termos anuais, foi ontem anunciado. Em Maio, o território contava com 143 estabelecimentos hoteleiros, mais 13 do que no mesmo período do ano passado, a disponibilizar 47 mil quartos, de acordo com um comunicado da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). No mês em análise, a taxa de ocupação média dos quartos de hóspedes dos estabelecimentos hoteleiros fixou-se em 83,6 por cento, subindo 4,9 pontos percentuais, em termos anuais, indica a mesma nota. Do total de 1.196.000 hóspedes, 870 mil chegaram da China continental, mais 9,7 por cento, em termos anuais, e 164 mil de Hong Kong, uma descida de 17,4 por cento. Já o número de hóspedes internacionais (88 mil), subiu 66,1 por cento. Entre Janeiro e Maio deste ano, os estabelecimentos hoteleiros do território hospedaram 6,13 milhões de pessoas, mais 25 por cento, face a idêntico período de 2023. Macau recebeu quase 14,2 milhões de visitantes durante esse período, uma subida de 50,2 por cento em termos anuais, segundo dados da DSEC.
João Luz Manchete SociedadeCasinos | Elementos não-jogo podem gerar 15% das receitas As concessionárias de jogo podem terminar este ano com quase 40 mil milhões de patacas apurados pelos elementos não-jogo, de acordo com as estimativas dos analistas da Seaport Research Partners. Esta fasquia pode ultrapassar os 42,6 mil milhões de patacas em 2025 O analista da Seaport Research Partners Vitaly Umansky prevê que o ano termine com os cofres das concessionárias de jogo bem recheados, com as receitas brutas do jogo das seis concessionárias a chegar aos 230 mil milhões de patacas, ou seja, um crescimento de 26,1 por cento face às receitas brutas do ano passado. A estimativa é também mais optimista face às projecções do Governo, que apontam para receitas de 216 mil milhões de patacas, valor à volta do qual foi elaborado o orçamento da RAEM. Porém, um dos destaques do relatório da Seaport é a performance dos elementos não-jogo que as concessionárias oferecem nos seus resorts, e uma das prioridades apontadas pelo Executivo na busca da diversificação económica. Vitaly Umansky prevê que feitas as contas a 2024, os elementos não-jogo poderão representar cerca de 15 por cento das receitas dos casinos, chegando a 39,4 mil milhões de patacas, uma subida de 17,7 por cento em termos anuais. Recorde-se que as novas concessões de jogo direccionam parte da estratégia das concessionárias para a aposta destes mercados, seja através de ofertas culturais, gastronómicas ou de bem-estar. Em 2022, quando Macau ainda estava fortemente afectado pelas restrições fronteiriças e sanitárias, as receitas dos elementos não-jogo totalizaram quase 12,2 mil milhões de patacas. Este registo representou 22,41 por cento das receitas das concessionárias em 2022. Seguir a onda A Seaport perspectiva um 2025 ainda melhor, tanto ao nível dos resultados nos casinos, como fora deles. “Em 2025, prevemos que as receitas brutas do jogo subam para 31,8 mil milhões de dólares (quase 255,8 mil milhões de patacas) e as actividades não-jogo subam para 5,3 mil milhões de dólares (mais de 42,6 mil milhões de patacas)”, adiantou Vitaly Umansky, citado pelo portal Inside Asian Gaming. A performance dos elementos não-jogo, segundo a estimativa, vai contar com cerca de 14 por cento para o total das receitas das concessionárias. A descida do peso destes segmentos de negócio é relativa, uma vez que é estimada a continuada ascensão das receitas de jogo. Em relação aos lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, em inglês) gerados pela gestão das suas propriedades, o analista estima que as empresas registem subidas de 24,8 e 15,5 por cento este ano e em 2025, respectivamente.
Hoje Macau SociedadeLai Chi Vun | Dois estaleiros em obras em Julho Dois estaleiros navais na povoação de Lai Chi Vun, Coloane, nomeadamente os lotes X11 e X15, vão entrar para obras de melhoramento a partir de 1 de Julho. O objectivo, segundo uma nota do Instituto Cultural (IC), é “promover a requalificação e reutilização dos recursos históricos e culturais, bem como a conversão de zonas históricas em novas atracções diversificadas de turismo cultural”. Este projecto de revitalização será feito em parceria com a Galaxy, pelo menos na primeira fase. Estes trabalhos vão obrigar a mudanças no serviço de visitas guiadas e transporte gratuito. Prevê-se que as obras estejam concluídas em Dezembro deste ano. Os estaleiros navais de Lai Chi Vun têm sido alvo de obras progressivas a fim de transformar o local num espaço destinado ao turismo, cultura e lazer, existindo já um espaço de exposições e zona de convívio. Porém, existem ainda estaleiros degradados que, sob alçada do Executivo, serão recuperados.
Hoje Macau SociedadePJ | Detido por desviar dinheiro de amigo falecido Um homem foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) por, alegadamente, transferir dinheiro para a sua conta bancária a partir da conta de um amigo já falecido. Segundo o jornal Ou Mun, o suspeito foi apanhado no Posto Fronteiriço das Portas do Cerco depois de ter transferido 140 mil patacas em duas transacções, isto numa altura em que a viúva tratava dos trâmites burocráticos associados à herança do marido. O caso foi denunciado às autoridades pela mulher. A PJ esclareceu que o homem detido obteve os dados de acesso à conta bancária através do telemóvel do falecido, tendo conseguido fazer login na plataforma digital do banco. O caso já foi encaminhado para o Ministério Público (MP), sendo o homem suspeito da prática de crimes de furto qualificado e acesso ilegítimo a sistemas informáticos. A PJ está ainda a investigar o destino do dinheiro desviado e o paradeiro do telemóvel do falecido.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeAutocarros | TCM e Transmac com lucros de 52 milhões em 2023 As concessionárias de transporte público de autocarros anunciaram ontem lucros conjuntos de 52,82 milhões de patacas, tendo em conta os relatórios anuais publicados em Boletim Oficial. Destaque para o aumento do número de passageiros e a aquisição de mais veículos eléctricos As companhias de autocarros de Macau registaram um lucro total de 52,82 milhões de patacas no ano passado, anunciaram ontem a Transmac e a Sociedade de Transportes Colectivos de Macau (TCM). Segundo os relatórios anuais das empresas publicados em Boletim Oficial (BO), a Transmac conseguiu lucros de 38,86 milhões de patacas, enquanto a TCM teve lucros inferiores, de quase 14 milhões (13.966.802 patacas). A Transmac diz ter transportado mais de 101 milhões de passageiros em 2023, 279 mil por dia, tratando-se de um aumento de 29,6 por cento em relação a 2022. Relativamente ao quarto trimestre do ano, e face ao mesmo período de 2019, atingiu-se o volume de passageiros de 99,9 por cento, “chegando-se praticamente ao nível antes da pandemia”, lê-se. Além disso, e “aproveitando as políticas de incentivo económico do Governo, em Fevereiro [deste ano], o número de passageiros ultrapassou o do mesmo período de 2019, com um aumento de cinco por cento”. Em relação à TCM, esta transportou 112 milhões de pessoas no ano passado, mais 24,9 por cento face a 2022, “recuperando assim 91 por cento da lotação total de 2019”, lê-se no documento. Apostas verdes As duas concessionárias apostaram na compra de mais veículos sustentáveis do ponto de vista ambiental, movidos a electricidade. A TCM introduziu, em três fases, entre os anos de 2021 e 2023, 469 autocarros eléctricos, “tendo terminado, com sucesso, o trabalho de renovação da frota de exploração de acordo com o plano estabelecido”. Desta forma, a TCM diz ter feito “progressos substanciais no apoio às iniciativas de mobilidade verde em Macau”. Posição semelhante tem a Transmac, que adquiriu 113 novos autocarros eléctricos. Também no início deste ano foram comprados 35 mini-autocarros eléctricos de alcance alargado e dois autocarros eléctricos “super-longos, de gama alargada e articulados”, com o comprimento de 18 metros. Desta forma, pretendeu-se “satisfazer a procura dos passageiros e reforçar os serviços ecológicos e elevar o nível dos serviços de transportes públicos”. A Transmac destaca também o “constante” aumento dos preços dos combustíveis, na ordem dos 4,3 por cento face a 2022.
Hoje Macau SociedadePastelaria Koi Kei | Queixas de crise e aumento de salários A empresa que gere as muito populares pastelarias Koi Kei revelou ontem que, a partir de Julho, irá aumentar os salários base dos seus funcionários em 1.000 patacas. Num comunicado partilhado no Facebook, é sublinhado que a empresa está a enfrentar dificuldades financeiras devido à quebra de clientes e ao aumento dos custos com matérias-primas essenciais para produzir os produtos vendidos nas lojas. “Na sequência dos desafios sérios da economia actual, observamos que a capacidade de consumo dos turistas mostrou uma queda significativa, resultando em quebras de compras na ordem dos 30 por cento. Ao mesmo tempo, a empresa enfrenta a pressão da subida dos custos de materiais brutos,” lê-se no comunicado. A empresa apontou que mesmo assim, decidiu aumentar salários para mostrar reconhecimento pelo desempenho dos funcionários.
João Luz Manchete SociedadeDroga | IAS estima aumento de 40% de consumidores em 2023 O Instituto de Acção Social (IAS) indicou ontem que no ano passado o número de consumidores de droga em Macau aumentou, em termos anuais, 40 por cento em 2023., mas que houve uma diminuição de 65 por cento em comparação com o período pré-pandemia. Importa frisar que as estatísticas apresentadas pelo IAS são baseadas nos “dados” do Sistema do Registo Central dos Toxicodependentes de Macau que apenas contabiliza pessoas que estão em processo de recuperação ou que as autoridades policiais descobriram ter consumido estupefacientes. Ou seja, os toxicodependentes contados pelo sistema de registo são pessoas monitorizadas e que não consomem drogas. Ainda assim, as autoridades consideram que, “em comparação com a realidade dos últimos cinco anos, em termos gerais, a situação do consumo de drogas esteve num nível baixo. Entre os tipos de drogas consumidos, o ice foi a substância mais popular e há uma tendência do aumento do uso de canábis”. O comunicado do IAS salienta que se celebra hoje o Dia Internacional contra o Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas, definido pela Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com os dados do “Relatório Mundial sobre Drogas de 2023”, publicados pela ONU, o número de pessoas no mundo que usaram droga foi de 296 milhões, um aumento de 23 por cento face à década anterior, enquanto o número de pessoas que sofreram de doenças associadas ao uso de drogas foi de 39,5 milhões, um aumento brusco de 45 por cento em 10 anos.
João Luz Manchete SociedadeJogo | Moody’s prevê recuperação estável em Macau O último relatório da Moody’s Ratings estima que o caminho para a recuperação da indústria do jogo de Macau seja mais seguro do que o dos mercados asiáticos concorrentes. O sudeste asiático pode ser a região mais afectada devido aos avisos do Governo Central para que nacionais chineses não joguem no estrangeiro A agência de rating Moody’s divulgou na segunda-feira um relatório em que analisa a evolução dos negócios das operadoras de jogo no continente asiático, e onde se prevê que o próximo ano e meio deverá manter a tendência de recuperação quanto ao número de visitantes, em particular em Macau. Porém, a agência ressalva que as perpectivas para outros países e regiões com casinos no continente asiático não são assim tão claras, na sequência de indicações do Governo Central a desencorajar que chineses joguem em casinos no estrangeiro. Apesar da estimativa nebulosa, os analistas da Moody’s referem que os pequenos mercados de Singapura e da Malásia devem enfrentar riscos menores em comparação com os mercados do sudeste asiático, como o Camboja. O relatório justifica a relativa protecção da indústria de Singapura, onde só existem casinos no Resorts World Sentosa e na Marina Bay Sands, com a menor exposição ao fluxo de turistas vindos da China e o elevado número de ofertas de lazer não-jogo. Em relação a Macau, a Moody’s estima que, “no final de 2024 e em 2025, as receitas brutas do jogo atinjam 75 a 80 por cento dos níveis pré-pandémicos de 2019, comparando os 63 por cento em 2023 e 14 por cento em 2022”. “O ritmo da recuperação de lucros irá abrandar em relação ao verificado em 2023, depois de a China ter eliminado as restrições fronteiriças”, indicam os analistas citados pelo portal GGR Asia. Ainda assim, realçam o vigor da recuperação da indústria em Macau este ano, apesar do arrefecimento do crescimento económico da China. Ruas da amargura Num contexto em que é incontornável verificar que as operadoras de jogo apuraram receitas brutas no primeiro trimestre do ano em níveis que ficaram a 75 por cento do verificado em 2019, e com o aumento anual de 79 por cento do número de turistas, a Moody’s estima que as receitas do mercado de massas ultrapassem no próximo ano (115 por cento) o registo de 2019. Esta recuperação será impulsionada pela performance do mercado premium de massas. Por outro lado, o calcanhar de Aquiles da indústria continuará a ser o segmente VIP, que seguirá com um crescimento estrangulado pelas regulamentações rigorosas impostas aos junkets.
Hoje Macau SociedadeCaritas Macau | Sands China doa três mil cabazes alimentares A operadora de jogo Sands China vai apoiar a Caritas Macau com a doação de três mil cabazes alimentares no âmbito da acção anual “Sands Cares Global Food Kit Build”, que serão entregues à instituição liderada por Paul Pun nos próximos meses de Julho e Agosto. Segundo um comunicado da operadora, a iniciativa pretende colmatar cenários de insegurança alimentar, apoiando “residentes idosos, portadores de deficiência, famílias pobres, beneficiários do Banco Alimentar e outros em Macau”. Reuniram-se 21 toneladas de alimentos, sendo que cada cabaz terá 18 itens, incluindo alimentos básicos como óleo, arroz, massa, enlatados ou biscoitos. Mais de 280 voluntários participaram nesta iniciativa, que decorreu recentemente no Venetian. A Sands China estabeleceu com a Caritas Macau uma parceria em 2022 para apoiar comunidades locais em risco de pobreza, sendo este o terceiro ano consecutivo de ajudas. Citado pelo mesmo comunicado, Paul Pun declarou que “os cabazes alimentares doados irão ajudar a satisfazer as necessidades básicas de grupos desfavorecidos e aliviar as suas dificuldades financeiras”. Além de apoiar a Caritas Macau, a Sands China doou também mais de 1.700 quilos de alimentos, nomeadamente sobras de pão, para o projecto comunitário “Macau ECOnscious”, que criou, em 2022, um frigorífico comunitário onde os mais necessitados podem ir buscar comida gratuita cujo prazo de validade está próximo do fim, promovendo-se, assim, o reaproveitamento alimentar.
João Luz Manchete SociedadeRuínas de S. Paulo | Ponderada instalação de pára-raios O Instituto Cultural pediu à Academia Chinesa de Património Cultural que proponha uma forma viável de instalar um sistema de protecção nas Ruínas de S. Paulo, depois de um raio ter atingido a fachada no dia 12 de Junho. As autoridades não encontraram danos de maior, além da pedra que se desprendeu da estrutura O Instituto Cultural (IC) irá estudar a viabilidade de instalar um sistema de protecção contra raios nas Ruínas de S. Paulo, depois de no dia 12 de Junho um raio de trovoada ter atingindo o nicho de uma das estátuas no segundo nível da fachada das Ruínas de S. Paulo. O organismo liderado por Deland Leong garante que irá trabalhar em conjunto com organizações profissionais especializadas na área da conservação do património cultural, incluindo a Academia Chinesa de Património Cultural, com o objectivo de conservar relíquias históricas e “minimizar o impacto das intempéries climáticas futuras sobre o património cultural”. Aliás, a presidente do IC revelou ontem no final de uma reunião do Conselho do Património Cultural que vai efectivamente pedir à Academia Chinesa de Património Cultural que proponha um sistema de protecção que adequado às Ruínas de S. Paulo. Para já, as autoridades estão a fazer o restauro e a limpeza do nicho e da estátua de bronze onde caiu o raio e a fazer “uma inspecção completa e pormenorizada de toda a fachada do monumento”. Recorde-se que o incidente levou ao desprendimento de uma pedra da fachada, não resultando em ferimentos de ninguém. Após a análise a vestígios de erosão e à “condição de outros materiais ligados à pedra, tais como gesso”, as autoridades concluíram que a pedra que caiu da fachada “está ligada a um restauro mais primordial que houve naquele nicho”. O IC ressalva que as Ruínas de S. Paulo foram alvo de “muitos restauros no passado mais distante”. Situação rara O IC salienta ainda que o raio que atingiu o monumento mais icónico de Macau não só foi um fenómeno raro, como foi a primeira vez que este tipo de ocorrência aconteceu desde que são mantidos registos. Porém, como os fenómenos meteorológicos extremos são cada vez mais frequentes, o Governo entende que é altura de agir. Até agora, as Ruínas de S. Paulo estiveram a salvo de raios de trovoadas, por estarem “localizadas num nível inferior ao da Fortaleza do Monte adjacente, que está equipada com dispositivos de protecção contra raios”. Além disso, a maior parte dos edifícios da zona envolvente estão também equipados com sistemas de protecção contra raios, levando a que “em ocorrências semelhantes anteriores os raios fossem geralmente canalizados para os terrenos circundantes”.
Hoje Macau SociedadeGripe | Aumento anual superior a mil casos Os Serviços de Saúde de Macau (SSM) divulgaram os dados mais recentes sobre algumas patologias no território, destacando-se o grande aumento do número de casos de gripe. Só em Maio foram registados 2,547 casos de gripe, mais 1,190 casos face a Maio do ano passado, constituindo um aumento em termos mensais de 31,6 por cento. Foram ainda registados 973 casos de infecções enterovirais, um aumento três vezes superior em termos anuais e um aumento para o dobro em termos mensais. Destaque ainda para os casos de tuberculose, que em Maio foram 31, mais 3,3 por cento em termos anuais. Foram ainda registados três casos de infecção por HIV, bem como um caso que evoluiu para SIDA. No total, os SSM, noticiou a TDM chinesa, registaram, em Maio, a ocorrência de 3,970 casos de doença.
Hoje Macau SociedadeDSAL | Criado plano de formação com Galaxy A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) juntou-se à Galaxy para lançar um plano de formação profissional, intitulado “Plano de Desenvolvimento de Elites GEG (Área de Transportes)”, sob a ideia de “primeiro a contratação e depois a formação”. As candidaturas para este plano começam hoje e estão disponíveis 20 vagas de emprego para as categorias de “motorista de automóvel de alto luxo”, destaca um comunicado. Os candidatos admitidos recebem depois da Galaxy uma “série de formações especializadas, bem como formação prática em contexto de trabalho”. No programa, incluiem-se temas como o atendimento de cinco estrelas ao cliente, técnicas de condução de automóvel de luxo, segurança rodoviária, inglês prático conforme o modelo educacional “Linguaskill General” da escola Cambridge, na oralidade, e ainda a obtenção do cartão de segurança e saúde ocupacional nas indústrias da hotelaria e restauração. A formação dura 24 meses, sendo que depois os trabalhadores terão “oportunidade de progressão e ajustamento salarial”, é prometido. As candidaturas para este programa terminam a 2 de Julho, sendo que, no dia seguinte, decorre a sessão de entrevistas e palestra para os candidatos.
João Luz Manchete SociedadeEstudo | Confiança de trabalhadores volta a níveis pré-pandemia Um estudo da MUST mostra que a confiança e satisfação da população empregada voltou aos níveis verificados antes da pandemia. Segurança no emprego, reconhecimento de desempenho e progressão de carreira foram os pontos onde a confiança dos trabalhadores mais subiu O Instituto de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST, na siga inglesa) apresentou ontem os resultados de um inquérito à confiança e satisfação dos trabalhadores, onde se mostra que os índices de confiança subiram 4,37 por cento, regressando ao registo de 2019, antes da crise provocada pela pandemia da covid-19. Numa escala de 0 a 5, o indicador de confiança fixou-se em 3.04 pontos, enquanto a satisfação atingiu 3,23 pontos. A equipa de académicos que conduziu o inquérito explicou que desde que a economia começou a recuperar no ano passado, a confiança da população empregada aumentou em relação às perspectivas de futuro da empresa onde trabalham e ao desenvolvimento individual. Os pontos onde os inquiridos mostraram maiores subidas de confiança foram a segurança no trabalho ou a expectativa de não ir para o desemprego dentro de um ano (+12,2 por cento de subida anual), reconhecimento do desempenho pelas chefias (+11,4 por cento) e oportunidade de evoluir tecnicamente e adquirir novos conhecimentos (8,9 por cento). Estes foram os principais itens responsáveis pela evolução positiva da confiança. Satisfaz mais Em relação ao índice de satisfação, a equipa do Instituto de Desenvolvimento Sustentável da MUST deu conta de um crescimento anual de 7,94 por cento. Neste capítulo, os progressos mais significativos, onde se registaram maiores crescimentos de satisfação foram ao nível do salário (+5,81 por cento), qualidade do trabalho desenvolvido (+5,81 por cento), evolução individual e progressão de carreira (+7,24 por cento), e estabilidade profissional (+10,53 por cento). Os académicos avaliaram também como o trabalho influencia a vida pessoal dos trabalhadores. Neste aspecto, os inquiridos revelaram uma subida da satisfação (+10 por cento) em relação ao impacto na saúde e na família. Apenas o indicador de impacto sobre a vida social caiu 3,51 por cento face ao ano transacto. O inquérito foi realizado entre 9 e 24 de Abril, contando com 806 entrevistas a trabalhadores a tempo inteiro empregados em Macau. A MUST realiza o inquérito à confiança e satisfação no trabalho deste 2007, sendo esta a 17.ª vez que é estudado ao ambiente do mercado de trabalho local.