Comércio | Semana Dourada aquém das expectativas

Apesar de o número de turistas ter aumentado 15,3 por cento em comparação com o ano passado, na hora de abrir a carteira as pessoas revelaram-se mais cuidadosas. O clima de desilusão foi descrito pelo presidente da Federação da Indústria e Comércio de Macau Centro e Sul Distritos

 

Uma Semana Dourada longe de ser satisfatória. Foi desta forma que Lei Cheok Kuan, presidente da Federação da Indústria e Comércio de Macau Centro e Sul Distritos, definiu os mais recentes feriados. O balanço dos dias que se prolongaram entre 1 de Outubro e quarta-feira foi feito pelo responsável em declarações ao jornal Exmoo.

Segundo Lei Cheok Kuan o impacto nos negócios locais foi “desapontante”, porque apesar do território ter recebido cerca de 1,14 milhões de turistas, o número não se traduziu num aumento das receitas para o comércio local. O dirigente associativo reconheceu que a realidade ficou aquém das expectativas, porque os ganhos das bolsas chinesas desde o início do ano deixavam antever um maior poder de consumo dos visitantes.

“Não foi só na minha ourivesaria [que o negócio foi pior], os comerciantes que conheço na restauração e na venda a retalho, incluindo os da zona da Rua dos Ervanários, também viram os negócios terem pior desempenho do que no passado”, lamentou o presidente da associação.

Lei Cheok Kuan apontou que o fluxo de turistas nas Ruínas de São Paulo foi elevado, mas que mais turistas não gerou mais consumo. O responsável admitiu que os gastos ficaram abaixo do que tinha acontecido em Maio, durante os feriados nacionais por altura do Dia do Trabalhador.

Como motivos para um consumo mais fraco, o presidente da associação avançou como hipóteses o impacto do abrandamento da economia no interior, que torna os consumidores menos gastadores. Além disso, o presidente apontou que o modelo de consumo da geração Z mudou, sendo mais exigente, o que pode fazer com que não encontrem o que procuram em Macau.

Zona pedonal desiludiu

Sobre a nova zona pedonal temporária na Rua de Nossa Senhora do Amparo, Lei Cheok Kuan confessou que tinha muitas esperanças. A expectativa passava por uma grande concentração de turistas no local e um maior consumo.

No entanto, a realidade foi diferente do esperado. Lei Cheok Kuan apontou que foram poucos os comerciantes a sentirem os resultados a iniciativa. Por isso, o responsável concluiu que apesar de o Governo tentar encontrar novos métodos para apoiar às pequenas e médias empresas, os consumidores mudam cada vez mais de hábitos de consumo, o que dificulta a tarefa.

Todavia, Lei Cheok Kuan defendeu a necessidade dos comerciantes se adaptarem e compreenderem melhor a forma como os jovens gostam de gastar dinheiro.

Nos oito dias da Semana Dourada o território recebeu 1,14 milhões de turistas, o que representou um aumento de 15,3 por cento em comparação com o ano passado. Em média visitaram a RAEM 143,1 mil pessoas por dia, um aumento de aproximadamente 1 por cento, face ao ano passado.

Contas feitas

Macau recebeu mais de 1,1 milhões de visitantes na primeira semana de Outubro, nos feriados comemorativos do dia nacional da China, anunciou ontem a Direcção dos Serviços de Turismo (DST). O número total de visitantes durante a Semana Dourada, de 1 a 8 de Outubro, foi de 1.144.351, mais 16,5 por cento em relação aos 982.542 do ano passado, que contou com menos um dia (1 a 7 de Outubro), de acordo com dados publicados no site da DST.

Este ano, foi a 4 de Outubro que Macau registou o maior número de visitantes, com 191.132 turistas a entrarem no território. Já o menor número de visitantes na “Semana Dourada”, foi verificado no oitavo dia, 8 de Outubro, com 88.943 entradas, segundo aquela direcção. Este ano, celebraram-se os 76 anos da fundação da República Popular da China.

10 Out 2025

Educação | UM considerada a 145.ª melhor do mundo

Em pouco mais de 10 anos, a maior instituição pública de ensino de Macau conseguiu subir ao topo das melhores universidades a nível mundial. Num ranking liderado pelas instituições mais famosas surgem também a MUST e a Cidade Universidade de Macau

 

A Universidade de Macau (UM) foi ontem considerada a 145.ª melhor do mundo, de acordo com o ranking da revista Times Higher Education 2026. No espaço de 11 anos, a instituição pública de ensino subiu do 500.º lugar para a 145º posição do ranking.

Numa escala de 0 a 100 pontos, a UM foi avaliada pela Times Higher Education com um total de 62 pontos, quando no ano anterior tinha conseguido 59,7 pontos. A área em que a instituição conseguiu a melhor pontuação foi no índice “qualidade de investigação” com 92,9 pontos, seguido pelas “perspectivas internacionais”, em que obteve 92,5 pontos. De acordo a informação do ranking, mais de 51 por cento dos alunos da instituição são classificados como estudantes internacionais. Apesar disso, as perspectivas internacionais até foi a única área em que a universidade apresentou um desempenho pior do que no ano anterior.

Outro aspecto em que a instituição se destacou foi no índice sobre a indústria, que mede o financiamento pelas as empresas à instituição, com 87 pontos.

As áreas em que a Universidade de Macau apresentou uma prestação com menor qualidade foi no ensino (40,2 pontos) e ainda no ambiente de investigação (40,9 pontos).

MUST e Cidade

Em termos das universidades de Macau presentes no ranking de 2026, a segunda melhor classificada é a Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST, em inglês) que surge entre os lugares 251 e 300 do ranking. A partir da 201.ª posição o ranking deixa de especificar a posição concreta das instituições e coloca-as em grupos de 50 universidades, de 100 universidades ou 200 universidades.

A MUST obteve uma pontuação geral entre 54,3 e 56,3 pontos, mantendo a mesma posição desde o ranking de 2024. Ainda assim, está abaixo do nível alcançado em 2023 quando conseguiu entrar no grupo das instituições nas posições 201 a 250. A instituição privada obteve 93,2 pontos nas perspectivas internacionais, 84,4 pontos a nível da indústria, 81,1 pontos na qualidade de investigação, 38,8 pontos no ambiente de investigação e 34,2 pontos a nível do ensino.

A Cidade Universidade de Macau fez a estreia no ranking este ano, ao entrar para o grupo das instituições a ocupar entre o 601.º e o 800.º lugares. A instituição registou uma pontuação entre 39 e 43,5 pontos. O aspecto em que melhor se destacou foi nas perspectivas internacionais com 93,5 pontos, seguido pela qualidade de investigação com 59,7 pontos. O ensino conseguiu 30,8 pontos, enquanto na indústria somou 18,9 pontos e 17,1 pontos no ambiente de investigação.

Este ano o ranking voltou a ser liderada pelo Universidade de Oxford, com uma pontuação global de 98,2 pontos. A melhor universidade do Interior é a Universidade de Tsinghua no 12.º lugar do ranking, com 93 pontos. A Universidade de Hong Kong surge na 33.ª posição, com 80,5 pontos.

As melhores instituições portuguesas são Universidade de Coimbra, Universidade de Lisboa e Universidade do Porto, todas incluídas no grupo classificado entre as posições 401 e 500.

10 Out 2025

AMCM | Queda mensal de depósitos e empréstimos

Dados da Autoridade Monetária e Cambial de Macau (AMCM) relativamente aos depósitos, empréstimos e massa monetária revelam que, entre Julho e Agosto, houve uma quebra nos depósitos e empréstimos efectuados por residentes. Os empréstimos internos concedidos ao sector privado registaram uma quebra de 1,1 por cento face a Julho, tendo sido de 501,9 mil milhões de patacas.

Por sua vez, a queda de empréstimos concedidos ao exterior foi ainda maior, na ordem dos 9,1 por cento, no valor de 511,8 mil milhões de patacas. Desta forma, as estatísticas da AMCM mostram que o volume total de empréstimos na banca caiu 5,3 por cento entre Julho e Agosto, uma quebra de 1.013,7 mil milhões de patacas.

No tocante aos depósitos, a quebra mensal foi de 0,4 por cento, sendo de 813,8 mil milhões de patacas, enquanto que a quebra dos depósitos por não residentes foi bem maior, na ordem dos 7,1 por cento, no valor de 338,1 mil milhões de patacas.

Os dados da AMCM mostram ainda que “os depósitos do sector público na actividade bancária cresceram para 220,9 mil milhões de patacas, representando um crescimento de 5,2 por cento”. Assim, em termos gerais, “o total dos depósitos da actividade bancária registou um decréscimo de 1,3 por cento, atingido 1.372,8 mil milhões de patacas”. Em termos mensais, a circulação monetária cresceu 0,3 por cento, mas os depósitos à ordem baixaram seis por cento.

9 Out 2025

Hengqin | Pedida cautela para evitar burlas no arrendamento

As dicas para actuar no mercado de arrendamento na Ilha da Montanha surgem depois da divulgação de um mega caso de burlas em contratos de arrendamento que geraram perdas de 3,64 milhões de renminbis

 

Com cada vez mais residentes a optarem por se mudar para a Ilha da Montanha, o director da Agência Imobiliária Centaline de Macau e Hengqin, Roy Ho, aconselha cuidados especiais ao nível do arrendamento. Em declarações ao jornal Exmoo, o responsável da agência imobiliária indicou as práticas a adoptar para evitar problemas, depois da ocorrência uma mega burla que atingiu centenas de estudantes e perdas de 3,64 milhões de renminbis.

Segundo Roy Ho, quando os residentes pretendem arrendar uma habitação em Hengqin devem verificar muito bem todas as certidões e documentos legais sobre o apartamento, antes de concretizarem o negócio. Este é um ponto fundamental para evitar futuros problemas: “Não importa quem aluga a habitação, empresa ou indivíduo, também não importa se as condições do apartamento são muito boas. Se não houver certidões válidas, as pessoas devem sempre recusar o arrendamento”, frisou.

Roy realçou que é sempre necessário pedir ao proprietário para mostrar a certidão de propriedade do imóvel e o seu documento de identidade. Os interessados são aconselhados a insistir que lhes sejam mostrados os originais, em vez de cópias. E se os originais forem recusados, mesmo que seja com a justificação da necessidade de proteger os dados pessoais, o agente afirma que se deve desistir do aluguer.

Transferências bancárias

Além disso, para reduzir os riscos de burla, Roy aconselha que os arrendatários tenham como prioridade a escolha de empresa imobiliárias mais conhecidas, por motivos de credibilidade, em vez de recorrerem a negócios online menos transparentes.

Roy Ho apelou também aos residentes que não se deixem atrair por preços demasiado bons para serem verdade. A apresentação de um “preço barato com excelente qualidade” é apontada como um dos principais chamarizes dos burlões.

Os alertas foram deixados pelo director da Agência Imobiliária Centaline de Macau e Hengqin na sequência de uma mega burla, revelada em Agosto pela Procuradoria de Hengqin. Um homem fez-se passar por vários proprietários de apartamentos e conseguiu burlar mais de 100 estudantes em 3,64 milhões de renminbis. Entre as vítimas, estavam estudantes de Macau.

O burlão terá falsificado a assinatura dos proprietários dos apartamentos, com quem assinava contratos de arrendamento, para depois manipular os contratos de compra e venda desses imóveis e aparecer como proprietário. As vítimas faziam o arrendamento com base nos contratos manipulados por acreditarem que estavam a lidar com o proprietário real. Neste processo, o burlão terá contado com o auxílio de algumas agências imobiliárias.

Assinado o contrato de arrendamento, o burlão oferecia promoções especiais o que levou várias vítimas a pagarem antecipadamente o valor anual da renda. O caso foi descoberto porque o falso proprietário não pagou a tempo a renda a um dos verdadeiros proprietários, que despejou os estudantes que viviam na habitação. A Procuradoria pediu uma pena de prisão de 10 anos para o homem e uma multa de 100 mil renminbis.

9 Out 2025

Cancro | Taxa de sobrevivência aumenta 3 por cento em dez anos

Os Serviços de Saúde apresentaram ontem os dados relativos aos casos de cancro registados na última década. A doença continua a ser muito comum, mas mata menos, com a taxa de sobrevivência a aumentar de 59 por cento, em 2013, para 62 por cento em 2023. O cancro do pulmão, com 15,9 por cento de casos, está no topo da lista

 

Foram ontem apresentados pelos Serviços de Saúde de Macau (SS) os dados estatísticos relativos à evolução dos casos de cancro em Macau em dez anos (2013-2023). Segundo noticiou a TDM Rádio Macau, Alvis Lo, director dos SS, explicou que o cancro é das doenças mais comuns em Macau, mas em dez anos houve uma evolução positiva no que diz respeito à taxa de sobrevivência, que passou de 59 por cento para 62 por cento.

Em 2023, registou-se um total de 2.445 casos de cancro em Macau, com 1.201 casos a afectarem homens e 1.244 mulheres. Em termos de incidência, falamos da ocorrência de 238 casos de doença por cada 100 mil habitantes. No relatório relativo aos dados estatísticos sobre o cancro em 2023, divulgado em Agosto deste ano pelos SS, lê-se que o número de mortes foi 874, uma quebra anual (face a 2022) de dez por cento.

O cancro do pulmão domina a lista, com 15,9 por cento de casos, segundo avançou a médica Leong Iek Hou, chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças. Segue-se o cancro da mama, o cancro colorectal, da próstata e tiroide. Leong Iek Hou adiantou também algumas das potenciais causas para a maior ocorrência de doenças do foro oncológico, nomeadamente o envelhecimento e hábitos de vida da população. A médica disse que, no tocante à taxa de mortalidade com origem no cancro, Macau tem tido uma evolução positiva na última década.

Olhando para o relatório anual relativo aos casos de cancro, dos SS, de 2013, nesse ano houve 713 mortes e 1600 novos casos da doença. Já então se verificava uma tendência de subida da doença, com 1093 casos registados em 2003 e a subida de quatro por cento face a 2013, quando se registaram 1600 novos casos oncológicos.

Rastreio essencial

Há casos de sucesso em alguns tipos de cancro, como é o caso do cancro do colo do útero, que em dez anos sofreu uma redução de 28 por cento na taxa de incidência, escreveu o jornal Ou Mun. Sobre esta doença falou Chou Mei Fang, directora do Centro de Saúde da Areia Preta, que descreveu também uma quebra na taxa de mortalidade em quatro por cento.

As taxas do rastreio a este tipo de cancro também parecem animadoras, uma vez que em 2023, entre 65 a 66 por cento das mulheres de Macau realizaram estes exames preventivos, disse Choi Mei Fang, embora persistam problemas como a idade tardia na realização do primeiro exame e o facto de mais de metade das mulheres não fazerem o rastreio de forma regular.

Num comunicado de 2024, os SS avançaram que, em cinco anos, a taxa média de incidência do cancro do colo do útero diminuiu quase 30 por cento em comparação com o período anterior a 2011, enquanto a taxa de mortalidade diminuiu oito por cento.

No caso do cancro colorrectal, foi dito na conferência de imprensa que a taxa de incidência deste tipo de cancro de forma invasiva, no caso dos homens, caiu seis por cento em dez anos, sendo que a taxa de mortalidade diminuiu cerca de 18 por cento. Leong Iek Hou referiu que desde que foi criado, em 2016, o programa de rastreio do cancro colorretal, que participaram mais de 35 mil pessoas até Agosto deste ano, registando-se mais participantes todos os anos.

Deste grupo de pessoas, 330 foram diagnosticadas com pólipos malignos e 175 com tumores malignos, sendo que a maioria se encontrava em fase inicial da doença, escreveu o jornal Ou Mun.

9 Out 2025

Consumo | Estudo da MUST indica diminuição da confiança

Os preços dos bens, a situação do emprego e o nível de vida estão a abalar a confiança dos consumidores. A MUST destaca também que a economia do Interior alcançou novas “conquistas” que deixam os consumidores mais animados, enquanto a situação internacional apresenta um crescimento mais fraco

 

A população está cada vez menos confiante na altura de consumir, de acordo com o Índice de Confiança do Consumidor de Macau no terceiro trimestre de 2025, divulgado ontem pela Universidade de Ciências e Tecnologia de Macau (MUST, na siga inglesa). No segundo trimestre do ano, o índice apontava para a existência de uma confiança reduzida, mas a situação agravou-se e o sentimento dos consumidores é agora de pessimismo.

Numa escala de 0 a 200 pontos, o índice global apresenta um resultado de 99,33 pontos, quando no trimestre anterior era de 101,71 pontos. Segundo a MUST, uma pontuação abaixo de 100 pontos indica que existe falta de confiança em termos do consumo, enquanto uma pontuação acima de 100 pontos reflecte um clima de confiança. “Isto representa uma descida de 2,38 pontos, ou 2,34 por cento, em comparação com o trimestre anterior (101,71 pontos)”, pode ler-se no comunicado da instituição. “A tendência descendente acelerou neste trimestre, fazendo com que o índice saísse da faixa optimista, sinalizando que a confiança do consumidor entrou numa fase de cautela”, foi acrescentado.

As alterações foram justificadas com os ambientes externo e interno. Em relação ao que se passa no mundo, para além do Interior da China, o comunicado indica existir um ambiente “cada vez mais complexo e desafiante”, e aponta que o “ritmo de crescimento da economia global enfraqueceu” ao mesmo tempo que “as barreiras comerciais continuaram a aumentar”.

Para os investigadores, o cenário na China é muito diferente, porque “foram alcançadas novas conquistas no desenvolvimento de alta qualidade” com a economia a manter “um progresso constante com melhorias contínuas”. Ainda assim reconhece-se “a procura insuficiente e os níveis de preços persistentemente baixos”.

Inflação e emprego preocupam

O resultado global da confiança foi afectado por vários factores que levaram a população a estar mais pessimista. A maior quebra de confiança no consumo foi motivada pelo nível médio dos preços no território. Este aspecto foi avaliado com 97,74 pontos no segundo trimestre, mas no terceiro não foi além e 91,87 pontos, uma diferença de 5,87 pontos.

O nível do padrão de vida é outro aspecto que apresentou uma descida da confiança, embora ainda esteja numa margem positiva. Foi avaliado com 102,73 pontos, quando antes tinha sido catalogado com 107,08 pontos, uma redução de 4,06 pontos. A maior desconfiança tem igualmente por base a situação do emprego, com um resultado pessimista de 92,69 pontos, quando no trimestre anterior era de 96,33 pontos, uma diminuição de 3,78 pontos.

Os investimentos em acções é outro dos indicadores que apresentou uma redução significativa, de 3,26 pontos para 112,42 pontos de 116,21 pontos, mas que continua a ser positivo.

Com os preços dos imóveis em quebra, o índice reflecte uma maior confiança dos consumidores. Em relação à compra de habitação, o índice apresentou 101,99 pontos, um aumento de 2,72 pontos face à pontuação de 99,29 do trimestre anterior. A confiança de consumo de habitação mantém-se assim num nível de optimismo.

Ao mesmo tempo, as perspectivas sobre a economia local são agora melhores, embora permaneçam em território negativo. Este aspecto teve uma pontuação de 94,14 pontos, um aumento de 0,57 pontos face ao valor de 93,41 do trimestre anterior. Apesar do crescimento, os consumidores mostram-se pessimistas em relação ao estado da economia local.

O Índice de Confiança do Consumidor de Macau do terceiro trimestre de 2025 teve por base 829 inquéritos junto de residentes com mais de 18 anos, realizados entre 1 e 15 de Setembro.

9 Out 2025

Universidades de Coimbra e Macau criam laboratório para o envelhecimento

A Universidade de Coimbra (UC) e a Universidade Politécnica de Macau (MPU, na sigla em inglês) firmaram um acordo de cooperação para a criação de um laboratório dedicado ao estudo e desenvolvimento de soluções para o envelhecimento. A parceria estabelece o “Laboratório Conjunto em Inteligência Artificial para a Longevidade Saudável”, com um polo de investigação em Coimbra e outro em Hengqin, revelou a UC, num comunicado enviado à agência Lusa.

Segundo a instituição de ensino superior portuguesa, a missão central da estrutura é “o desenvolvimento de soluções inovadoras que possam permitir retardar o envelhecimento e melhorar a qualidade de vida da população, combinando a investigação biomédica com as potencialidades da inteligência artificial”.

O laboratório reforça a colaboração entre a UC e a MPU, uma parceria que tem vindo a unir diversas equipas de investigação em projectos científicos, como é o caso do Laboratório Conjunto em Tecnologias Avançadas para Cidades Inteligentes, criado em 2022.

Laços reforçados

Durante a cerimónia que marcou o arranque da nova estrutura científica, foram ainda firmados protocolos para a promoção da cooperação no ensino e na mobilidade de estudantes, docentes e investigadores das duas academias.

Para o reitor da UC, Amílcar Falcão, citado no comunicado, o laboratório “significa a internacionalização do conhecimento da Universidade de Coimbra na área do envelhecimento”, com uma projecção global do trabalho desenvolvido pela UC nesta área, através do Instituto Multidisciplinar do Envelhecimento (MIA Portugal).

Por sua vez, o reitor da Universidade Politécnica de Macau, Im Sio Kei, destacou o objectivo de trabalhar em conjunto na saúde, com especial enfoque na longevidade saudável, “uma vez que a Universidade de Coimbra é muito forte nesta área” e a MPU “é muito forte na área da inteligência artificial”.

9 Out 2025

Imobiliário | Mercado a crescer em Setembro

O início de Setembro mostra um mercado em recuperação face ao número de transacções do ano passado. No entanto, a maior compra e vendas de habitação também resulta de os preços serem agora mais baixos

Na primeira metade de Setembro, o mercado imobiliário registou um aumento anual de 22 por cento de compras e vendas de casa e apartamentos, com 127 transacções efectuadas. Os números foram divulgados pela Direcção de Serviços de Finanças (DSF). No início do mês transacto, foram assim registadas 127 transacções, quando no início de Setembro do ano passado se contabilizaram 104 compras e vendas de habitação.

O mercado esteve mais activo na Península de Macau com 102 transacções, mais 48 do que no ano passado, o que representou um crescimento de 88,8 por cento. Contudo, no início de Setembro de 2024 o número de transacções na Península não foi além das 54, um valor historicamente reduzido para este mercado.

Em relação às transacções na primeira quinzena de Setembro deste ano, na Taipa foram apresentadas 21 compras e vendas de habitação, mais quatro do que no ano passado (17), uma alteração de 23,5 por cento. Em Coloane, registaram-se quatro transacções, uma redução de 87,9 por cento. Contudo, a transacção de 33 habitações em Coloane constituiu igualmente um número invulgarmente alto para aquela zona do território.

Em termos dos preços, registou-se uma redução anual do montante de 90.543 patacas por metro quadrado para 78.418 patacas, uma diminuição de 13,4 por cento.

Os preços foram afectados pela desvalorização em Coloane. Há um ano, os imóveis eram transaccionados a uma média de 124.162 patacas por metro quadrado. No entanto, mais recentemente o valor médio do metro quadrado não foi além de 75.292, uma redução de 16,8 por cento.

Em Macau, o preço apresentou uma valorização para 74.698 patacas por metro quadrado, de 6,4 por cento face ao valor anterior de 70.216 patacas. Na Taipa, a valorização foi de 30,3 por cento para 92.638 patacas, quando antes era de 71.129 patacas por metro quadrado.

Mercado estável

Quando a comparação é feita em termos mensais, os números mostram um mercado mais estável, com ligeiras variações a nível das transacções e do preço do metro quadrado.

Em comparação com o início de Agosto (118 transacções), Setembro teve mais nove compras e vendas de habitação para 127, um aumento de 7,6 por cento. Em Agosto, Macau tinha sido o mercado mais activo com 96 transacções (102 em Setembro), 19 na Taipa (21 em Setembro) e três em Coloane (quatro em Setembro).

Em termos dos preços, Setembro apresentou uma ligeira redução de 572 patacas por metro quadrado, dado que o preço no início de Agosto tinha sido de 78.990 patacas por metro quadrado. Em Agosto, os preços mais elevados tinham sido registados em Coloane, com uma média de 83.444 patacas por metro quadrado, seguido pela Península de Macau (82.734 patacas) e Taipa (62.219 patacas).

Habitação | Índice de preços com redução

Entre Junho e Agosto, o índice global de preços da habitação foi de 192,4, tendo descido 0,8 por cento, em comparação com o período transacto de Maio a Julho. Os números foram revelados na sexta-feira pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). O índice de preços de habitações construídas (206,7) baixou 1,1 por cento, face ao período precedente, porém, o índice de habitações em construção (233,6) aumentou 0,3 por cento.

Quanto ao índice de preços de habitações construídas, o da Península de Macau (195,8) e o da Taipa e Coloane (250,1) desceram 1,3 por cento e 0,2 por cento. Em termos do ano de construção dos edifícios, o índice de preços de habitações construídas pertencentes ao escalão superior a 20 anos diminuiu 1,4 por cento, face ao período transacto. O índice de preços de habitações do escalão inferior ou igual a 5 anos e o índice do escalão dos 6 aos 10 anos desceram ambos 1,2 por cento, todavia, o índice do escalão dos 11 aos 20 anos cresceu 0,1 pro cento.

7 Out 2025

Turismo | Pedidos autocarros durante o sinal 8 de tufão

O presidente da Associação de Inovação e Serviços de Turismo de Lazer de Macau, Paul Wong, considera que é necessário garantir o funcionamento de autocarros nos períodos em que o sinal 8 de tufões está içado. A ideia foi defendida em declarações ao canal chinês da Rádio Macau, com o dirigente associativo a pedir que os autocarros e shuttle buses das empresas do jogo se foquem nos turistas.

De acordo com Paul Wong, Macau é uma cidade turística, pelo que é necessário garantir que os visitantes têm alternativas aos táxis, quando está içado o sinal n.º 8 de tufão. O presidente da associação explicou que para proteger a imagem turística da RAEM é necessário assegurar que os turistas não ficam regularmente retidos e que os autocarros disponibilizados circulam em condições de segurança.

Paul Wong recordou também que a Ponte Macau passou a permitir a circulação durante o sinal 8 e pediu que a possibilidade de os turistas se deslocarem entre as fronteiras, a zona centro da cidade e os hotéis do Cotai deve ser permanente.

Além disso, o dirigente associativo deseja que as informações meteorológicas sejam anunciadas de forma mais antecipada, para que o sector tenha tempo suficiente para acomodar os turistas, e organizar os turnos para os empregados, que enfrentam dificuldades de deslocação.

7 Out 2025

JP Morgan | Outubro com as receitas mais altas em seis anos

Embora o crescimento das receitas de jogo na Semana Dourada esteja abaixo das expectativas iniciais, o banco de investimento acredita que a cifra de 23 mil milhões de patacas vai ser atingida

Em Outubro, as receitas dos casinos deverão atingir 23 mil milhões de patacas, o valor mais alto desde o mesmo mês de 2019. As estimativas foram feitas pelo banco de investimento JP Morgan, tendo em conta as receitas da principal indústria de Macau nos primeiros dias da Semana Dourada.

De acordo com o relatório do JP Morgan, citado pelo portal GGR Asia, as receitas brutas do jogo atingiram 5,5 mil milhões de patacas nos primeiros cinco dias do mês, o que representou uma média diária de 1,1 mil milhões de patacas. “Foi a melhor Semana Dourada em mais de cinco anos”, pode ler-se no relatório citado, que vem assinado pelos analistas DS Kim, Selina Li e Lindsey Qian.

Apesar deste aspecto, os analistas reconhecem que os números ficaram um pouco abaixo das expectativas iniciais para este mês: “o crescimento anual parece relativamente moderado, com um aumento de 3 por cento em relação à base (muito) elevada do ano passado, ficando alguns pontos abaixo das nossas expectativas e das expectativas do mercado, que apontavam para um crescimento médio de um dígito”, foi justificado.

O crescimento das receitas abaixo das expectativas não é encarado como preocupante para a JP Morgan, porque a semana dourada de 2025 tem mais um dia de feriado do que a semana dourada do ano passado. Por isso, os analistas acreditam que a procura vai continuar forte na segunda semana de Outubro.

Expectativas mantidas

Os analistas acreditam que a procura vai continuar forte na segunda semana de Outubro, com as receitas diárias a atingirem 750 milhões de patacas, um crescimento de cerca de 15 por cento face ao ano passado. Na segunda semana de Outubro, é assim esperada uma quebra de 30 por cento em comparação com a primeira semana. Esta redução é mais ligeira do que aconteceu no ano passado, quando a quebra das receitas da primeira para a segunda semana chegou aos 40 por cento.

“A nossa projecção para o mês permanece inalterada por enquanto, com as receitas brutas do jogo a atingirem 23 mil milhões de patacas, o valor mais elevado em seis anos, crescendo entre 11 por cento e 13 por cento em relação ao ano anterior”, foi indicado.

Os analistas do banco afirmaram também esperar que a tendência de crescimento dure até ao próximo ano, com “um crescimento sustentado de dois dígitos das receitas brutas do jogo até, pelo menos, ao primeiro trimestre de 2026”.

7 Out 2025

Porto / Kevin Ho | Emitido alvará de construção para “Torre do JN”

A Câmara do Porto emitiu a 30 de Janeiro um alvará de construção para dar início à obra da adaptação da torre do Jornal de Notícias (JN) em hotel, respondeu a autarquia à Lusa, mas as obras ainda não avançaram. De acordo com o município, o alvará, emitido no início do ano, serve para “obras de demolição, ampliação e alteração para adequar a preexistência a hotel”.

O edifício foi vendido em 2018 pela Global Media à sociedade Authentic Empathy. Desde 2020, pertence apenas a uma das sociedades que a constituíam, a Magnetic Pocket, gerida pelos empresários de Macau Lei Ka Kei e David Siu, gerentes da Burgosublime, cuja empresa-mãe é a sucursal portuguesa da KNJ, de Kevin Ho, recentemente eleito deputado.

O processo da transformação da torre já tem uma década e remonta a 2015, quando deu entrada nos serviços de urbanismo do município um Pedido de Informação Prévia (PIP) para reconverter aquele espaço numa unidade hoteleira com mais de 200 quartos, processo esse que obteve um despacho favorável em Março de 2016 e que “foi sucessivamente revalidado”.

O projecto de arquitectura do futuro “Hotel Jornal” foi entregue ao colectivo Oporto Office for Design and Architecture (OODA). De acordo com o ‘site’ do atelier de arquitectura, o painel de azulejos na fachada da torre, da autoria do escultor Charters de Almeida, será mantido e vai ser demolida uma parte do edifício que fica junto à Estação da Trindade.

Os jornalistas saíram deste espaço em Julho de 2023. Os trabalhadores do JN e do desportivo O Jogo mudaram-se para um edifício na Rua do Monte dos Burgos, na Prelada, e os da TSF para um espaço na Boavista. A torre, da autoria do arquitecto Márcio Freitas, foi a terceira redacção dos trabalhadores daquele jornal, que se mudaram para estas instalações em 1970.

7 Out 2025

Gastronomia | Estudo fala na “subvalorização” do restaurante Fernando

Em “Restaurante Fernando: Um Estudo de Caso sobre Autenticidade Culinária e Património Cultural”, José Ferreira Pinto, docente da Universidade Cidade de Macau, chama a atenção para uma “subvalorização”, por parte das autoridades, do valor cultural do restaurante, destacando a manutenção da identidade do espaço

 

José Ferreira Pinto, docente na área do turismo da Universidade Cidade de Macau (UCM), acaba de publicar um estudo de caso sobre o Restaurante Fernando na plataforma académica CABI Digital Library, intitulado “Restaurante Fernando: Um Estudo de Caso sobre Autenticidade Culinária e Património Cultural”, alertando para a falta de reconhecimento cultural deste espaço por parte das autoridades.

“Para os decisores políticos e programadores de destinos, o [restaurante] Fernando representa um activo subutilizado”, tendo em conta que é um “activo que contribui para a identidade global de Macau e proporciona um modelo de turismo sustentável”.

É ainda explicado que “apesar do estatuto icónico entre os habitantes locais e visitantes internacionais, o Restaurante Fernando não foi formalmente reconhecido pelas instituições oficiais de turismo ou cultura como um dos principais expoentes da marca de destino de Macau”, mas a verdade é que tem “uma influência inegável” nestes campos.

“Há casos documentados de viajantes que voam para Macau apenas para jantar no Fernando antes de regressarem aos seus países de origem, uma prova da sua atracção magnética e valor simbólico”, é acrescentado.

Desta forma, “reconhecer e apoiar estas instituições poderia melhorar as estratégias de ‘branding’ dos destinos e promover ligações mais profundas entre os visitantes e o local”, é referido.

No mesmo estudo de caso, destinado a estudantes universitários e operadores do sector, refere-se que “o Restaurante Fernando é um exemplo convincente de como a autenticidade, quando cultivada de forma cuidada e consistente, pode transcender tendências comerciais e tornar-se numa instituição cultural”.

O Fernando existe desde 1986 em Coloane, junto à Praia de Hac-Sá, sendo desde então um ponto de passagem quase obrigatório para muitos turistas e residentes. Este estudo foi realizado com base “numa combinação de observação etnográfica, conversas qualitativas e evidências documentais”, sendo que em 15 meses foram feitas mais de 20 visitas ao restaurante “para interagir com funcionários, clientes, o proprietário do restaurante e o gerente do restaurante”. Através de “conversas informais, mas sistemáticas”, abordaram-se temas como as “percepções sobre autenticidade, fidelidade do cliente e pressões comerciais”.

Resistir às crises

Outro ponto destacado neste estudo de caso é o facto de o restaurante ter resistido a várias crises ao longo da sua existência. “A perseverança do [restaurante] Fernando durante crises económicas, pandemias e mudanças na dinâmica do turismo oferece uma poderosa lição de resiliência. A sua recusa em comprometer a identidade do restaurante em favor da modernização preservou um espaço que parece intemporal e emocionalmente fundamentado.”

Assim, o autor considera que a manutenção do restaurante tradicional “desafia a lógica dominante da inovação constante na hotelaria e no turismo, sugerindo que a consistência e a fidelidade cultural podem ser igualmente, se não mais, valiosas”.

No tocante ao futuro deste espaço gastronómico bastante conhecido, são deixadas perguntas a que só o próprio Fernando poderá responder: “Deve continuar a resistir à modernização em favor da preservação do espírito original, ou adaptar-se às novas tendências da hotelaria e formalizar a sua marca para atrair públicos mais jovens e mercados internacionais?”

7 Out 2025

Equipamentos | Mulheres querem mais instalações recreativas

As vice-presidentes da Associação Geral das Mulheres de Macau, Wong Kit Cheng e Loi I Weng, defendem que o Governo deve aproveitar melhor os espaços interiores em edifícios públicos para disponibilizar mais opções recreativas para a população. A posição foi deixada em declarações ao jornal Ou Mun, com as também recém-eleitas deputadas a elogiar os trabalhos do Governo, por considerarem que o Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) tomou a decisão certa ao planear abrir um pavilhão infantil no interior do novo Centro de Serviços da RAEM, na Avenida de Venceslau Morais.

As recém-eleitas deputadas pediram também que o exemplo da abertura de mais equipamentos sociais em espaços desocupados seja replicado no Mercado Provisório do Mercado Vermelho e no Mercado Municipal do Bairro Iao Hon, dando um uso produtivo às salas vazias nesses edifícios.

Ao mesmo tempo, foi pedida a realização de estudos para se escolher o tipo de serviços que mais fazem falta à população e que devem ser disponibilizados nas salas desocupadas. Nas opiniões partilhadas, as deputadas apontaram alguns exemplos como espaços para desporto, espectáculos ou salas de reuniões.

Em relação ao planeamento urbano das diferentes zonas do território, Wong Kit Cheng e Loi I Weng pediram ao Executivo para fazer um planeamento de potenciais parques e outros espaços, com base nos dados da população e as necessidades de cada zona.

7 Out 2025

Toxicodependência | Número de casos a diminuir

Na primeira metade do ano, havia 85 toxicodependentes registados no sistema do registo central de Macau, o que representa uma redução de 11,5 por cento em comparação com o mesmo período do ano passado. O número foi divulgado durante uma reunião da Comissão de Luta Contra à Droga, que teve lugar na segunda-feira.

Segundo um comunicado do Instituto de Acção Social (IAS), não havia registo de toxicodependentes com idades inferiores a 21 anos. Os dados mostravam ainda que o ice é a droga mais consumida entre os toxicodependentes, com 22,7 por cento a consumirem esta substância regularmente. Segue-se o consumo da heroína, consumida por 9,1 por cento dos toxicodependentes, e a canábis, consumida por 4,5 por cento dos toxicodependentes registados.

O encontro serviu para que a comissão também abordasse o plano de trabalho para o próximo ano, que passa por intensificar as campanhas de promoção para atrair mais jovens para o combate contra o consumo de droga. Além disso, os trabalhos vão igualmente ter como objectivo a melhoria da qualidade dos serviços de reabilitação de toxicodependentes. O consumo de estupefacientes em Macau é considerado crime.

7 Out 2025

Macau | Ascensão e queda das casas de penhores

Alexander Wai Kai Leong, de 39 anos, quarto proprietário da Veng Seng Casa De Penhores, é um homem cuja história é contada em ouro e jade, e a sua primeira impressão é marcante, graças às joias que usa.

Um relógio de ouro brilhante e um anel de ouro com uma grande pedra de jade verde-viva atraem imediatamente o olhar para a mão esquerda. A mão direita está igualmente adornada, com um anel de dragão dourado enrolado no dedo indicador e um gigantesco rubi a cintilar no dedo anelar. Um cordão de contas de madeira envolve o pulso direito, acrescentando o toque final ao conjunto. O legado de Alexander Leong começou em 1940, quando a família era dona de oito casas de penhores em Hong Kong.

Naquela época, durante a Segunda Guerra Sino-Japonesa, as casas de penhores viviam um ‘boom’, alimentado pelos refugiados que fugiam para Hong Kong e Macau em graves dificuldades. “As pessoas penhoravam sapatos, edredões e roupas no tempo do meu avô”, contou Leong à Lusa.

Depois de 70 anos no reduto dos jogadores, a loja mudou-se para um bairro habitado por trabalhadores migrantes. A mudança fez com que o negócio de Leong passasse a ter como principais clientes os trabalhadores de países do Sudeste Asiático, o que significou “lucros significativamente mais baixos”.

“Um cliente jogador equivale a 30 ou 50 trabalhadores locais ou migrantes”, estimou, sublinhando que estes trabalhadores frequentemente penhoram joias para obter liquidez, depois de enviarem a maior parte dos salários para os países de origem. Ainda assim, Alexander Leong não se arrepende da mudança. “Ainda bem que nos mudámos. Se não o tivéssemos feito, teria sido terrível”, disse o empresário, que também é presidente do conselho fiscal da Associação dos Comerciantes de Penhores de Macau.

O poder do jogo

A família Leong testemunhou todo o ciclo de expansão e contração da indústria de penhores de Macau, um sector intrinsecamente ligado ao negócio dos casinos.

Logo a seguir à liberalização do jogo em 2003, conta Alexander, o número de casas de penhores em Macau “aumentou drasticamente”, quando comparado com o período até antes da transferência de soberania do território para a China, em Dezembro de 1999. “Macau tinha até então não mais de 40 ou 50 estabelecimentos destes”, afirmou.

“Nos momentos de pico da actividade, por volta de 2014, havia mais de 200 casas de penhores”, sublinhou. Este número caiu, entretanto, significativamente, hoje são apenas 56, um número que não se via desde o período anterior a 1999, e a descida ainda não estancou, face aos novos desafios que se anunciam.

O declínio começou em 2019. “Os protestos maciços em Hong Kong impactaram a nossa indústria em Macau. Os turistas [chineses] do continente tinham medo de vir a Hong Kong e, como Macau é vizinha, também não viajavam para cá”, explicou o penhorista.

“Depois, quando chegou a pandemia, o negócio caiu a pique”, continuou. Após o encerramento de fronteiras, muitos negócios de penhores, que antes funcionavam 24 horas por dia, passaram a ter horário apenas diurno. “Isto forçou o encerramento de inúmeras casas”, acrescentou.

O desafio mais recente surge agora, com o encerramento dos casinos-satélite até ao final do ano, e a crise no sector “vai aprofundar-se ainda mais”, garante Alexander Leong.

Este sente que o sector tem sido “marginalizado pelas autoridades, que consideram os penhores um negócio de ‘alto risco’ para a lavagem de dinheiro”. Porém, argumenta, embora a indústria do jogo de Macau seja considerada nuclear, “as casas de penhores têm servido um propósito mutuamente benéfico, a si mesmas e aos poderes governantes, durante séculos”.

As casas de penhores são uma parte vital do ecossistema, afirmou o líder associativo, em jeito de recado: “não só geram receita fiscal para o governo e valorizam a cidade que nunca dorme, como também providenciam oportunidades de emprego adicionais aos residentes de Macau”.

6 Out 2025

Zhuhai | Cerca de 70 famílias de Macau afectadas por encerramento de centro

Uma academia de basquetebol em Zhuhai fechou, deixando cerca de 70 famílias de Macau a pedirem o reembolso pelo pagamento das inscrições. O caso foi apresentado numa conferência de imprensa marcada pela associação Aliança do Povo de Instituição de Macau.

Durante o evento, um grupo dos pais afectados pelo encerramento, e que ficaram sem o dinheiro pago, expuseram a situação. Segundo os afectados, a academia de basquetebol funcionava há cerca de seis anos, pelo que era tida pelas famílias como uma instituição credível. O encerramento foi assim um choque para todos. As cerca de 70 famílias terão pago mais de 400 mil renminbis, o que dá uma média de perdas de 5.714 renminbis por família.

O encerramento aconteceu a 24 de Setembro, mas os pais criticaram a atitude da instituição, porque desde 18 de Junho que tinha em curso uma promoção com inscrições mais baratas, no caso da primeira inscrição das crianças ou simplesmente de renovação. Segundo os contornos apresentados, a três dias do encerramento da academia ainda estavam a ser aceites inscrições.

Com as famílias a queixarem-se do encerramento, as autoridades de Zhuhai organizaram uma reunião entre os pais e os responsáveis pela academia. Contudo, o encontro promovido pelas autoridades do outro lado da fronteira foi inconsequente, a nível da protecção dos direitos dos residentes de Macau. Da reunião, não resultou qualquer acordo nem solução.

Os pais criticaram ainda a academia, porque apesar de funcionar há seis anos não tinham qualquer licença do departamento de educação do Interior, como seria expectável. A 70 famílias de Macau fazem parte das 2.000 famílias afectadas pelo escândalo mais recente de Zhuhai.

6 Out 2025

CCAC | Subcomissário suspeito de abuso de poder

O suspeito terá utilizado o posto de trabalho para atravessar centenas de vezes a fronteira com a família, quando não estava a trabalhar, através de um canal interno destinado aos funcionários

Um subcomissário do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) está a ser investigado pela prática do crime de abuso de poder. Em causa, está o facto de o agente ter utilizado os seus poderes para atravessar a fronteira, muitas vezes acompanhado da família, pelos canais internos dos trabalhadores, de forma a evitar as complicações dos canais normais para residentes e turistas.

A informação foi divulgada na sexta-feira pelo Comissariado contra a Corrupção (CCAC), que aponta que o subcomissário é “suspeito de ter abusado do seu poder, por várias vezes” de forma a “entrar com a sua família em Macau através do posto de migração que estava sob o seu comando”.

Além de utilizar com a família os canais internos para os funcionários, o CCAC indica que o subcomissário também exigia “aos seus subordinados para tratarem das formalidades de passagem nas fronteiras, por forma a contornar os procedimentos normais de controlo aduaneiro no posto fronteiriço”.

A situação das passagens ilegais durou cerca de quatro anos, entre 2020 e 2024, com o subcomissário a ter “aproveitado o seu cartão de identificação policial para aceder ao canal interno destinado aos funcionários na zona interdita, onde foram procedidas as formalidades respeitantes à passagem fronteiriça”. “Além disso, aquando da entrada na RAEM, evitava passar pela zona de inspecção aduaneira, ignorando as formalidades de inspecção aduaneira, as medidas de controlo de migração e a ordem da passagem fronteiriça da RAEM”, foi revelado.

Caso no Ministério Público

“O referido subcomissário é suspeito da prática do crime de abuso de poder previsto e punido pelo Código Penal, tendo o caso sido encaminhado para o Ministério Público e comunicado ao CPSP”, foi divulgado. O crime de abuso de poder está previsto no artigo 347.º do Código Penal e prevê uma pena de prisão de três anos, que também pode ser de multa. É um crime que implica mostrar que o agente teve benefício com a conduta ou que causou danos.

Com a nota de imprensa em que revelou o caso, o CCAC apelou aos agentes para serem rigorosos e não terem quaisquer expectativas de poderem violar a lei sem serem apanhados. “O CCAC reitera que os trabalhadores da função pública, particularmente os agentes da autoridade, devem ser mais rigorosos na sua auto-disciplina e não devem desafiar a lei, na esperança de não serem apanhados”, foi comunicado.

6 Out 2025

Macau Legend | Esperados quase 87 mil milhões com emissão de acções

A Macau Legend Development comunicou à Bolsa de Valores de Hong Kong a decisão de emitir acções com direito de subscrição para a obtenção de capital, esperando-se, segundo o comunicado da bolsa, 93 mil milhões de dólares de Hong Kong com a emissão de 310.059.356 acções com direitos. Cada “acção com direitos” terá o preço de subscrição de 0,3 dólares de Hong Kong.

Destaque para o facto de esta emissão “está disponível apenas para accionistas qualificados e não será estendida a accionistas não qualificados”, é referido, sendo que o “produto líquido da emissão de direitos, após dedução de despesas, está estimado em aproximadamente 86,9 mil milhões de dólares de Hong Kong”.

É ainda explicado que “as acções com direitos, quando atribuídas, emitidas e integralmente pagas, terão o mesmo valor das acções então em circulação, em todos os aspectos”. Além disso, “os titulares das acções com direitos integralmente pagas terão direito a receber todos os futuros dividendos e distribuições que forem declarados, feitos ou pagos na data de atribuição e emissão das acções com direitos na sua forma integralmente paga”.

6 Out 2025

Metro | Novo recorde de passageiros em Setembro

No mês passado, registou-se uma média diária de 30.600 passageiros a utilizar o Metro Ligeiro de Macau. É o valor mais elevado desde que os bilhetes começaram a ser pagos. Na comparação com Setembro do ano passado, o número de passageiros mais do que duplicou

O Metro Ligeiro de Macau registou, em média, cerca de 30.600 passageiros por dia em Setembro, o número mais elevado desde que o meio de transporte começou a cobrar tarifas, disse na sexta-feira a operadora. De acordo com dados oficiais, a Sociedade do Metro Ligeiro de Macau, a média de passageiros aumentou 10,9 por cento, em comparação com Agosto, e mais que duplicou em relação ao mesmo mês de 2024.

O metro ligeiro foi inaugurado a 10 de Dezembro de 2019 e esse mês continua a deter o recorde, com uma média diária de 33 mil passageiros. Nessa altura, as viagens foram gratuitas como forma de festejar o início das operações deste meio de transporte.

Em Fevereiro de 2020, com o início da cobrança de tarifas e a detecção dos primeiros casos de infecção pelo novo coronavírus em Macau, a média diária de passageiros caiu para 1.100. O metro ligeiro voltaria a registar este valor mínimo em Julho de 2022, mês em que a cidade esteve em confinamento durante duas semanas devido a um surto de covid-19.

Ligação à Montanha

Em Dezembro, começou a operar a extensão do metro ligeiro de superfície que liga Macau à vizinha Ilha da Montanha, com 2,2 quilómetros.

Um mês antes, foi inaugurada a linha que vai até Seac Pai Van, um bairro de Coloane onde o governo construiu 60 mil apartamentos de habitação pública. O metro ligeiro arrancou com apenas uma linha, que circulava só na ilha da Taipa, com uma extensão de 9,3 quilómetros e 11 estações, com uma frequência de 10 a 15 minutos, durante quase 17 horas diárias.

A ligação do metro até à Barra, no sul da península de Macau, através do piso inferior da ponte Sai Van, começou a operar em Dezembro de 2023.

Com a extensão do metro ligeiro, as autoridades prevêem que o volume de passageiros atinja 137 mil pessoas por dia, em 2030. O Governo lançou no final de 2022 os concursos para a concepção e construção da Linha Leste do metro ligeiro, que fará a ligação ao norte da península de Macau, onde se situa a principal fronteira com a China continental.

Na quarta-feira, o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raymond Tam Vai Man, afirmou que o Governo está a planear a extensão do Metro Ligeiro com a construção da Linha Oeste, que vai passar pelo Porto Interior.

Este bairro é regularmente afectado por inundações. Sobre este aspecto, Raymond Tam sublinhou que “é necessário considerar e proceder a um planeamento e estudo de uma série de factores que integram infra-estruturas de prevenção de inundações, arruamentos periféricos, ordenamento e paisagismo”. O metro ligeiro sofreu significativas derrapagens financeiras, bem como nos prazos de execução. A primeira linha, prometida durante mais de uma década, custou 10,2 mil milhões de patacas.

6 Out 2025

Matmo | Quarto tufão em cinco semanas causou um ferido

O sinal número 8 de tufão esteve içado durante cerca de 11 horas, entre as 02h e as 13h de ontem. Além de um ferido, a queda de um andaime de bambu do Edifício Dª. Julieta Nobre de Carvalho levou a que várias estradas fossem encerradas

O tufão Matmo passou a mais de 300 quilómetros de Macau, mas causou um ferido e a queda de um andaime no Toi San obrigou a que algumas vias públicas tivessem de ser encerradas. Estas foram duas das nove ocorrências registadas pelo Centro de Operações de Protecção Civil (COPC) durante aquele que foi o quarto tufão a afectar o território em cinco semanas e que levou a que o sinal número 8 de tufões estivesse içado durante cerca de 11 horas, entre as 02h e as 13h.

Os pormenores sobre os ferimentos causados a um cidadão não foram revelados, mas a ocorrência foi declarada ao COPC pelos Serviços de Saúde e pelo Hospital Kiang Wu, onde a pessoa terá sido tratada.

A passagem do tufão ficou igualmente marcada pela queda de um andaime de bambu na fachada do Edifício Dª. Julieta Nobre de Carvalho. A ocorrência fez com que o viaduto em frente desse prédio tivesse de ser encerrado temporariamente.

Como consequência foram igualmente encerrados de forma temporária um troço da Rua Nova de Toi San, a ligação do cruzamento entre a Avenida de Artur Tamagnini Barbosa e a Avenida do Conselheiro Borja, até ao cruzamento entre a Avenida de Artur Tamagnini Barbosa e a Rua de Lei Pou Chon. Entre as estradas encerradas, encontrava-se também o troço do cruzamento entre a Avenida de Artur Tamagnini Barbosa e a Rua Central De Toi San até ao cruzamento entre o Istmo de Ferreira do Amaral e a Rua Central De Toi San.

A queda do andaime foi incluída nos dados oficiais sobre as ocorrências durante o tufão, com as autoridades a registarem um total de três casos de remoção de andaimes ou objectos em estaleiros caídos, ou que ameaçavam cair, para as vias públicas.

No entanto, o maior número de ocorrências esteve relacionado com a remoção de reboco, reclames, janelas, toldos ou outros objectos em risco de queda, com sete ocorrências. Registaram-se também três casos de remoção de construções, candeeiros ou árvores em risco de queda ou derrubadas.

A passagem do Matmo levou ainda a que nove pessoas tivessem de recorrer aos centros de acolhimento de emergência disponibilizado pelo Instituto de Acção Social (IAS).

Nunca visto

O mais recente tufão a afectar o território ficou igualmente marcado por uma estreia. Pela primeira vez desde que foi inaugurada a Ponte Macau manteve-se aberta ao trânsito, apesar do sinal número 8 de tufão estar içado.

O anúncio de que o tabuleiro central da ponte ia permanecer aberto com o sinal número 8 de tufão foi divulgado na sexta-feira, através do Boletim Oficial. A velocidade da travessia em caso de tufão está limitada a 60 quilómetros por horas.

Com esta infra-estrutura aberta ao trânsito, os condutores passam a ter mais uma alternativa para circularem entre Macau e a Taipa em caso de tufão. Além da Ponte Macau, é igualmente possível circular no tabuleiro inferior da Ponte Sai Van. Em relação aos transportes, a Autoridade de Aviação Civil de Macau (AACM) revelou que 51 voos foram afectados pelo tufão, com 18 a serem cancelados, 26 a registarem atrasos e sete a sofrerem alterações nos horários.

Explicações e registos

Com o sinal número 8 de tufão a ser substituído, as autoridades emitiram um comunicado a justificar que a distância não é o único motivo tido em conta quando se içam os sinais mais elevados.

“Em termos gerais, os ventos mais intensos verificam-se nas proximidades do centro de uma tempestade tropical. Assim, quanto mais perto do centro, maior a probabilidade de se registarem ventos fortes (equivalentes a um sinal 8) ou ainda mais intensos”, foi explicado. “Contudo, na realidade, a intensidade do vento gerada por uma tempestade tropical é influenciada por diversos factores, incluindo a estrutura da circulação, a interacção entre sistemas meteorológicos e as diferenças na direcção do vento”, foi acrescentado.

Sobre o Matmo, foi indicado que a “ampla extensão dos ventos fortes foi suficiente para afectar a região” e que as “rajadas intensas associadas às bandas de chuva resultaram em ventos que, durante o período do sinal 8, continuaram a atingir ou a ultrapassar o nível 8 em áreas abertas e nas pontes”. “Deste modo, a distância não pode ser o único critério a ser considerado para determinar a necessidade de emitir sinais de tufão”, foi frisado.

Os SMG informaram ainda que esta foi a 12.ª tempestade tropical a afectar Macau este ano, um registo que só encontra paralelo em 1974. Estas tempestades fizeram com que o sinal número 8 fosse içado pela quarta vez no mesmo ano, o que só tinha acontecido em 1993, 2008 e 2022.

Cheias desmentidas

Ontem, circularam nas redes sociais imagens de cheias na zona do Patane. Contudo, as autoridades emitiram um comunicado a indicar que as imagens foram captadas durante o tufão Ragasa, que passou por Macau no mês passado. “Em relação a um vídeo online que alega graves inundações na zona de Patane, o CPSP confirmou no local que não há inundações neste momento. O referido vídeo foi filmado durante a passagem da tempestade tropical Ragasa, que atingiu Macau recentemente.

O COPC apela ao público a evitar criar e espalhar rumores, uma vez que tais actos podem constituir crime”, foi apelado. “O COPC está a monitorizar de forma contínua a situação da cidade e esclarece que foram verificadas pequenas inundações na zona do Porto Interior esta manhã, que já recuaram”, foi adicionado.

6 Out 2025

Hotelaria | Taxa de ocupação média de 93 por cento em Agosto

Os hotéis de Macau receberam mais de 1,3 milhões de hóspedes ao Agosto, registando uma taxa de ocupação média de 92,9 por cento, segundo dados divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) na passada terça-feira.

Em termos anuais, a ocupação média dos quartos aumentou 1,5 pontos percentuais, e o número de hóspedes aumentou 3 por cento. Esta discrepância ficou-se a dever ao aumento de quartos disponíveis no período em análise pelos 147 estabelecimentos hoteleiros.

A DSEC salienta que a taxa de ocupação dos hotéis de 5 estrelas (95,7 por cento) e a dos hotéis de 4 estrelas (88,2 por cento) subiram 2,2 e 1,6 pontos percentuais, respectivamente, ao passo que a dos hotéis de 3 estrelas (89,9 por cento) diminuiu 0,9 pontos percentuais.

O número de hóspedes do Interior da China (991.000) ascendeu 2,4 por cento, relativamente a Agosto do ano anterior e o de hóspedes internacionais (87.000) aumentou 20,3 por cento. A DSEC destaca que o número de hóspedes da Tailândia (8.000) registou uma subida homóloga de 157,7 por cento.

3 Out 2025

“Matmo” | Sinal 1 de tempestade emitido entre hoje e amanhã

Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) vão içar, entre a noite de hoje e o início da manhã de amanhã, sábado, o sinal 1 de tempestade tropical, tendo em conta a aproximação da depressão tropical “Matmo”, situada a leste das Filipinas, que se intensificou e, entretanto, passou à categoria de ciclone tropical.

O içar do sinal 1 de tempestade está relacionado com o facto de o “Matmo” ficar a um raio de 800 quilómetros de Macau, devendo deslocar-se em direcção às áreas entre a costa oeste de Guangdong e a ilha de Hainan. No domingo o “Matmo” estará mais próximo de Macau, resultando na “intensificação significativa dos ventos na região, acompanhada de aguaceiros fortes e frequentes”.

3 Out 2025

Cultura | Coutinho denuncia falta de transparência em financiamentos

Pereira Coutinho revelou na quarta-feira ter recebido “muitas queixas de jovens empresários apontando para a falta de transparência do Instituto Cultural e do Fundo de Desenvolvimento Cultural”.

Numa publicação no Facebook, o deputado indica que os problemas se verificam ao nível da “concessão de financiamento de projectos ao abrigo do Fundo de Desenvolvimento Cultural (FDC) que há muito tempo tem estado a ser monopolizada por três a cinco entidades particulares”.

Coutinho realça que em Agosto de 2023 escreveu uma interpelação a pedir transparência para o processo de concessão de financiamento, incluindo “informação detalhada dos membros e peritos das várias Comissões de Avaliação de Actividades e Projectos do FDC”, de forma a filtrar eventuais conflitos de interesse. Porém, o deputado considera que “lamentavelmente, a situação não tem melhorado”, e que irá “continuar a acompanhar a questão na Assembleia Legislativa”.

3 Out 2025

Trabalho | Joey Lao quer subsídios para o primeiro emprego

O deputado eleito Joey Lao defende que o Governo deve lançar um subsídio mensal destinado às empresas para financiar salários de jovens contratados para o primeiro emprego. O responsável entende que desta forma os empregadores serão incentivados a recrutar recém-licenciados.

A posição foi tomada no programa matinal Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau da quarta-feira, em que participaram os candidatos eleitos de Jiangmen à Assembleia Legislativa. “Quando o Governo apoia jovens para trabalharem na Grande Baía, atribui-lhes subsídios de 5 mil patacas por mês, porque é que estas cinco mil patacas não podem subsidiar trabalhos em Macau?

Se o Governo estiver disposto a subsidiar os empregadores para recrutarem recém-licenciados, estes terão mais vontade de contratar. Imaginem recém-licenciados com salários mensais de 13 mil patacas. O Governo subsidia 5 mil e os empregadores só precisam de pagar 8 mil patacas. Deve resolver o problema do desemprego jovem,” acrescentou.

3 Out 2025