João Santos Filipe Manchete SociedadeIncêndio leva a duas hospitalizações e retirada de 50 pessoas Duas pessoas tiveram de ser internadas no Hospital Kiang Wu, depois de um incêndio ter deflagrado na noite de quarta-feira, no Edifício Si Keng, na Rua da Alegria. Além dos feridos, houve ainda a necessidade de retirar do edifício 50 moradores, de acordo com a informação divulgada ontem pelo jornal Ou Mun. Os hospitalizados são dois residentes com cerca de 60 anos, um do sexo masculino e outro do feminino que terão apresentado sinais de indisposição, depois de terem inalado fumo do incêndio. Apesar da indisposição, apresentavam uma situação clínica considerada estável. Os restantes moradores também conseguiram sair do edifício pelos seus meios e não apresentavam qualquer tipo de mal-estar ou lesão. As chamas começaram a deflagrar, por volta das 23h44, altura em que as autoridades foram alertadas para a situação. A chegada ao local, tanto do Corpo de Bombeiros (CB) como do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) aconteceu minutos depois, numa altura em que vários dos habitantes do edifício já se encontravam na rua. No local, os bombeiros tiveram de subir até ao terceiro andar, onde o incêndio teve origem. O combate às chamas demorou alguns minutos. Os vestígios indicam que as chamas terão deflagrado junto a um vaso com flores, tendo depois chegado à sala de estar do apartamento no terceiro andar. Durante o combate ao incêndio, as autoridades cortaram ao trânsito durante vários minutos a Rua da Alegria e a Estrada do Repouso. Os bombeiros utilizaram água para combater o incêndio, que resultou numa área queimada com 2,5 metros de comprimento e 1 metro de largura. Das origens Segundo o jornal Ou Mun, o CB suspeita que as chamas tenham tido origem num curto circuito de uma máquina de lavar a roupa, posicionada junto ao vaso com flores. Além da área queimada, também a máquina de lavar, um purificador, um ar-condicionado e outros aparelhos e bens ficaram destruídos. De acordo com os dados mais recentes, nos primeiros seis meses do ano, o CB foi chamado a intervir em 406 fogos. Entre estes, os bombeiros tiveram de recorrer a mangueiras para extinguir as chamas em 85 ocasiões. Nos restantes 321 incêndios, as chamas foram extintas sem utilização de mangueira. A informação oficial revelou também que 78 dos 406 incêndios tiveram origem em comida queimada.
Hoje Macau Manchete SociedadeHengqin | Restaurante português abre do outro lado da fronteira Chama-se “Vivo” e é um restaurante de gastronomia mediterrânica que abre portas amanhã em Hengqin. João Maria Pegado, um dos sócios do projecto e anteriormente ligado ao desporto, aposta agora na área da restauração e tem grandes expectativas face à procura turística do lado da ilha Um restaurante de gastronomia mediterrânica abre oficialmente amanhã em Hengqin. Localizado no centro comercial Huafa, o restaurante Vivo é um projecto de dois portugueses que viram uma oportunidade de aproximar duas geografias – China e sul da Europa. Não se trata de culinária de fusão. Ainda assim convivem neste restaurante várias tradições: culinárias portuguesa, espanhola e italiana, preparadas por um chef de Xangai com matéria-prima chinesa. “Estamos na China, queremos apostar em produtos frescos chineses”, diz à Lusa um dos sócios, João Maria Pegado. Tanto é que no menu não se encontra, para já, o tradicional polvo à lagareiro. Há que continuar a percorrer os mercados locais até encontrar o produto ideal, explica Pegado. “Poderíamos ir a Macau buscar o polvo congelado, mas o nosso grande objectivo era trabalhar com produtos frescos na China. Em termos de custo, torna muito mais rentável, mas queremos também aproveitar e fazer esta fusão entre produtos chineses e pratos portugueses”, diz. O Vivo está em modo ‘soft opening’ desde 18 de Julho. E João Maria Pegado não se queixa do trajecto percorrido até aqui, apesar da dificuldade da língua. Cada vez mais À Lusa, Pegado diz que vai concorrer em breve aos apoios do Governo de Macau, numa altura em que as autoridades incentivam o investimento na Zona de Cooperação Aprofundada Macau-Guangdong, em Hengqin. E esta região atrai cada vez mais visitantes de Macau, refere o investidor. Nesta área gerida pelos dois lados da fronteira, já é permitida, por exemplo, a circulação de condutores de Macau, mediante pedido de licença, lembra Pegado. Mas há outros atractivos: a gasolina é mais barata – “os carros de Macau vêm abastecer-se ao fim de semana, parecemos nós [portugueses] em Badajoz” – os supermercados mais em conta, mais espaço e mais áreas verdes. “Espaço aberto onde se pode relaxar sem se estar no meio da cidade. Essa é a grande razão que faz com que as pessoas troquem Macau por Hengqin ao fim de semana e às vezes até durante a semana, à hora do almoço”, reflecte. Também Hengqin parece ser uma opção mais económica para os chineses que visitam Macau, onde, de acordo com dados referentes a Agosto, o preço médio de um quarto de hotel é 1.461 patacas. “Hengqin tem sido cada vez mais um ponto de concentração, de dormida, utilizado por muitos visitantes. Muitos dos prédios que foram feitos como escritórios, o Governo deu licenças (…) para se fazerem hotéis ao estilo de Airbnb [alojamento local]”, disse. Hong Kong e Macau são, para já, origem do grosso dos visitantes do restaurante, mas João Maria Pegado espera também alcançar mais consumidores do interior da China. “Ainda há poucas pessoas que sabem o que significa [o conceito] mediterrânico”, salienta, referindo, no entanto, que, para muitos dos que visitaram o Vivo, a paella negra tem sido escolha recorrente. A este prato juntam-se outras especialidades da casa, como arroz à pescador, camarões à guilho ou frango no churrasco, nomeia Pegado, que deixou uma carreira ligada ao desporto para se dedicar ao negócio da restauração. “É especial”, assume. “Sentia que faltava um restaurante de comida ocidental, e que poderia ter sucesso nessa parte (…). Vivo em Hengqin há três anos e é um local que aprecio bastante, permite-me estar perto de Macau, cidade onde cresci e com a qual me sinto identificado”, conclui.
João Santos Filipe Manchete SociedadeMacau | FMI corta previsão de crescimento para 2,6 por cento Pela segunda vez este ano, o FMI fez uma revisão das previsões de crescimento para a economia de Macau. Em Abril, a previsão inicial de 7,3 por cento foi cortada para 3,6. Agora acredita-se que a expansão económica nem aos 3,0 por cento deve chegar O Fundo Monetário Internacional (FMI) espera que a economia de Macau vá crescer 2,6 por cento ao longo deste ano. A nova estimativa divulgada ontem, e citada pela Macau News Agency, significa uma revisão em baixa da previsão anterior, que apontava para uma expansão anual de 3,6 por cento. Na primeira metade do ano, o território apresentou um crescimento anual de 2,8 por cento, no entanto, o IMF acredita que o ritmo está em desaceleração desde Julho. Os dados utilizados pelo FMI para fazer a estimativa assumem que a inflação ao longo deste ano deve fixar-se em 0,5 por cento, uma redução face à previsão anterior de 0,9 por cento. A revisão das estimativas em baixa não fica limitada às previsões para este ano. Também o aumento anual do próximo ano foi revisto em baixa para 2,8 por cento. A estimativa anterior do FMI, de Abril, previa uma expansão de 3,5 por cento. No ano passado a economia de Macau cresceu 8,8 por cento. Nos primeiros dez meses do ano, as receitas brutas do jogo, a principal actividade económica de Macau, apresentaram um crescimento anual de 7,1 por cento, para 181,34 mil milhões de patacas, quando antes tinha sido de 169,35 mil milhões de patacas. Contudo, as receitas durante a Semana Dourada, no início de Outubro, terão ficado abaixo das expectativas. A expectativa do FMI fica aquém das previsões da Associação Económica de Macau, liderada pelo deputado Joey Lao, que aponta para um crescimento anual de 4,5 por cento. Tendências opostas A revisão em baixa pelo FMI das estimativas de expansão de Macau contrasta com o cenário em Hong Kong e no Interior. Na RAEHK, espera-se um aumento ao longo deste ano inferior ao registado na RAEM. Porém, a estimativa mais recente aponta para um aumento de 2,4 por cento, quando antes se esperava uma expansão de 1,5 por cento. No Interior, as estimativas também são agora mais optimistas. Em Abril, era esperado um crescimento de 4 por cento da economia, que foi agora revisto para 4,8 por cento, acima dos níveis de Macau e Hong Kong. Esta é a segunda vez este ano que as estimativas sobre a economia de Macau são revistas em baixa pelo FMI. Antes do início do ano, esperava-se uma expansão económica na ordem dos 7,3 por cento. Porém, em Abril, o valor foi cortado para 3,6 por cento. Na altura, Macau foi afectado, tal como o comércio mundial, pelo impacto da política de tarifas adoptada nos Estados Unidos.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Andy Wu pede maior divulgação do património intangível Andy Wu, presidente da Associação de Indústria Turística de Macau, defende que deve ser feita uma maior divulgação do património cultural intangível a turistas, isto numa altura em que o Instituto Cultural acaba de anunciar 12 novas classificações, nomeadamente a confecção de pastéis de nata e dos tradicionais biscoitos de amêndoa, os bolos de casamento tradicionais chineses e a confecção de massas de jook-sing. Segundo o jornal Ou Mun, o dirigente associativo entende que oferta cultural turística pode incluir o património cultural intangível, proporcionando-se experiências extraordinárias aos turistas, nomeadamente a realização de workshops de pastéis de nata e biscoitos de amêndoa, entre outras. Este tipo de eventos seria organizado entre o sector, o ensino ligado ao turismo e personalidades da sociedade, para que os visitantes tivessem mais informação sobre o processo de produção. Andy Wu espera que o Governo dê mais apoios por entender que estas iniciativas podem ajudar a colmatar a falta de espaços para os turistas terem este tipo de experiências. Poucas lojas mantêm ainda a confecção do bolo de casamento tradicional chinês.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeTaiwan | Residentes seduziam pessoas para burlas Foram detidos, esta segunda-feira, seis residentes suspeitos de estarem ligados a um grupo criminoso de Taiwan associado a burlas, e que terão recrutado nove residentes para extorquir dinheiro a vítimas. A investigação começou em Setembro do ano passado, sendo que a Polícia Judiciária ainda está a investigar os montantes envolvidos A Polícia Judiciária deteve, esta segunda-feira, seis residentes de Macau alegadamente envolvidos com um grupo criminoso de Taiwan associado a burlas. Segundo noticiou o jornal Ou Mun, o caso começou quando a Polícia Judiciária (PJ) iniciou uma investigação após receber pedidos de ajuda de familiares de nove residentes de Macau desaparecidos. As autoridades perceberam mais tarde que estes nove residentes tinham sido detidos pela polícia de Taiwan e condenados a penas de prisão de três a oito meses pela prática do crime de burla. O papel destes residentes foi o de receber e entregar o dinheiro extorquido às vítimas de burla, sendo que quatro destes residentes regressaram depois a Macau após cumprirem a pena. Estima-se que os nove residentes tenham recebido de milhares a dezenas de milhar de renminbis como pagamento para estas funções. A PJ de Macau percebeu então que os nove residentes julgados em Taiwan terão sido recrutados pelos seis detidos desta segunda-feira, com promessas de salários elevados para a realização de actividades ilegais na antiga Formosa. Montantes por calcular A PJ percebeu também que dois dos seis detidos serão os autores principais do grupo criminoso de Taiwan, tendo recebido pagamentos ilegais de 1 a 3 por cento por cada montante de burla extorquido pelos nove residentes detidos em Taiwan. No entanto, a PJ disse precisar de investigar os montantes concretos recebidos por estes dois autores principais do crime, bem como a remuneração ilegal recebida pelos outros suspeitos. O caso foi encaminhado para o Ministério Público para posterior investigação, existindo suspeitas da prática de crime de associação criminosa.
Hoje Macau SociedadeEconomia | Previsão de estabilidade no quarto trimestre A Associação Económica de Macau acaba de divulgar o mais recente Índice de Prosperidade, que faz a previsão de uma economia estável até Dezembro. Segundo um comunicado da associação, apesar de considerar excelentes os desempenhos dos sectores do jogo e do turismo na Semana Dourada, há áreas económicas ainda com desempenhos mais fracos, como é o caso do consumo, crédito e confiança nos investimentos locais. Por esta razão, a associação atribuiu, numa escala de 0 a 10, 6,2 pontos, 6 pontos e 6,1 pontos, respectivamente, para os meses de Outubro, Novembro e Dezembro no que diz respeito à situação económica, o que significa um nível de estabilidade. Além disso, a associação destacou que os dados relacionados com o turismo e jogo, no terceiro trimestre, foram fortes, prevendo um crescimento positivo do Produto Interno Bruto de cerca de 7 por cento no terceiro trimestre. Reservas Cambiais | Aumento mensal de 1,6% Em Setembro, as reservas cambiais da RAEM tiveram um aumento de 1,6 por cento para 239,2 mil milhões de patacas, face aos montantes corrigidos de Agosto. Os dados foram divulgados ontem pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM), através de uma nota imprensa. Em Agosto, as reservas cambiais atingiram 235,4 mil milhões de patacas. A taxa de câmbio efectiva da pataca, ponderada pelas suas quotas do comércio, foi de 100,8 em Setembro de 2025, o que representou uma queda de 0,06 pontos em termos mensais e uma redução anual de 1,60 pontos. Face a esta variação, a AMCM informou que a nível global “a pataca caiu face às moedas dos principais parceiros comerciais de Macau”.
Hoje Macau SociedadeHabitação | Empréstimos afundam 34 por cento Em Agosto, o valor dos novos empréstimos para a habitação aprovados pelos bancos de Macau registou uma redução anual de 34,8 por cento, de acordo com os dados divulgados ontem pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM). Em Agosto deste ano, os novos empréstimos para habitação representaram 820,82 milhões de patacas, quando em Agosto de 2024 tinham atingido 1,26 mil milhões de patacas. Quando a comparação é feita entre Agosto deste ano e o mês anterior, Julho, a redução foi de 22,2 por cento, face ao valor de 1,05 mil milhões relatado pela AMCM. Entre os 820,82 milhões de patacas aprovados em novos empréstimos, os residentes foram responsáveis 806,05 milhões, uma redução de 22,5 por cento face ao mês anterior. Em relação aos empréstimos comerciais para actividades imobiliárias, em Agosto o valor foi de 1,14 mil milhões de patacas, um crescimento anual, dado que em Agosto de 2024 o valor tinha sido de 954,23 milhões de patacas. No final de Agosto de 2025, o rácio das dívidas não pagas dos empréstimos de habitação era de 3,8 por cento, um aumento de 0,1 pontos percentuais face a Julho. Em relação a Agosto de 2024, o incumprimento teve uma diminuição de 0,5 pontos percentuais, dado que nessa altura era de 4,3 por cento. O rácio das dívidas não pagas dos empréstimos comerciais para actividades imobiliárias atingiu 5,5 por cento, um aumento de 0,1 pontos percentuais face a Julho. Em termos anuais, o incumprimento cresceu 1,6 pontos percentuais.
Hoje Macau Sociedade929 Challenge | Startups de PALOP e Timor sobem 73 por cento A competição sino-lusófona 929 Challenge, realizada em Macau, atraiu 170 ‘startups’ dos Países Africanos de Língua Portuguesa (PALOP) e de Timor-Leste, mais 73 por cento do que em 2024, disse ontem um dos organizadores à Lusa. Marco Duarte Rizzolio, cofundador da 929 Challenge, escolheu o aumento da participação dos países lusófonos menos desenvolvidos como o destaque da quinta edição da 929 Challenge. O também professor da Universidade Cidade de Macau justificou a subida com os novos parceiros da competição: “assinámos acordos estratégicos com a Cabo Verde Digital e a Universidade Eduardo Mondlane [Moçambique]”. Desde o final da última edição, em Novembro de 2024, Rizzolio já foi a Angola duas vezes promover a 929 Challenge, enquanto o outro co-fundador, José Alves, visitou São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. “São países muito pequenos, com uma população muito pequena e o ecossistema muito pouco desenvolvido, mas nós conseguimos ter até projectos ali”, sublinhou o organizador, graças a “uma particularidade dos países em desenvolvimento”. Em países com uma média etária relativamente baixa, “devido também à falta de emprego, a juventude está cheia de energia, está muito aberta para desenvolverem negócios”, explicou Rizzolio. Um novo prémio A quinta edição do 929 Challenge em Macau inclui pela primeira vez o prémio ‘Future Builders’ (Criadores do Futuro), para a melhor ‘startup’ dos PALOP e de Timor-Leste. A única vez que uma equipa dos PALOP e de Timor-Leste chegou aos finalistas foi logo na primeira edição, lançada em 2021, em plena pandemia de covid-19, então apenas direccionada a estudantes universitários. Um projecto da Universidade Lusófona da Guiné-Bissau para instalar painéis solares na região de Gabu, no leste do país, ficou em segundo lugar. Rizzolio destacou também que, pela primeira vez, as ‘startups’ dos países lusófonos – incluindo Portugal e Brasil – estão em maioria no 929 Challenge, representando cerca de 65 por cento dos 402 participantes. “Tínhamos muito mais projectos vindos aqui da China [continental]”, referiu o organizador. A 929 Challenge “já adquiriu uma certa notoriedade”, defendeu Rizzolio, nomeadamente através da promoção feita na SIM Conference, em Maio, no Porto, e no Web Summit, em Junho, no Rio de Janeiro. Começou na segunda-feira o ‘bootcamp’ que decorre ‘online’ do 929 Challenge, tendo atraído mais de 400 equipas e ’startups’, uma subida de mais de 25 por cento em comparação com 2024. A última edição da competição tinha registado um máximo, com mais de 1.600 participantes em mais de 320 equipas. A final está marcada para 30 de Novembro. O concurso é coorganizado pelo Fórum Macau e por várias instituições de Macau, incluindo todas as universidades locais.
Hoje Macau Manchete SociedadeProstituição | Acção de cooperação policial detém 18 pessoas Uma acção policial conjunta entre Macau, Hong Kong e Guangdong levou ao desmantelamento de um grupo de controlo de prostitutas, tendo sido detidas 18 pessoas. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, oito das pessoas detidas são residentes de Macau. Foram interceptados, nesta operação conjunta, 58 prostitutas e 44 clientes. O caso remonta a Maio, quando a Polícia Judiciária (PJ) iniciou a investigação, percebendo que havia várias prostitutas a procurar clientes através do mesmo website com alegadas ligações a um grupo criminoso com membros da província de Guangdong, Macau e Hong Kong. Esta segunda-feira, teve início a operação policial conjunta, com detenções de suspeitos em várias cidades da China e nas duas regiões administrativas especiais. A PJ acredita que este grupo terá iniciado o negócio das prostitutas através do website em Janeiro deste ano, tendo sido feita publicidade a mais de 2500 prostitutas, que trouxeram um lucro de 750 mil renminbis. A PJ descreveu ainda que cada prostituta tinha de pagar ao grupo 300 renminbis para ter publicidade e, assim, atrair clientes.
João Santos Filipe Manchete SociedadeJP Morgan | Semana Dourada com resultados abaixo do esperado A passagem de dois tufões, a proximidade do Festival do Bolo Lunar e o Grande Prémio de Fórmula 1 em Singapura são indicados como os factores que afectaram negativamente a indústria do jogo As receitas do jogo ficaram aquém do esperado durante a Semana Dourada e até Novembro a situação não deve melhorar. O cenário foi traçado pelo banco de investimento JP Morgan, no relatório mais recente assinado pelos analistas DS Kim, Selina Li e Lindsey Qian. De acordo com o conteúdo, divulgado pela Macau News Agency, as receitas no início de Outubro não “foram assim tão douradas”, com uma redução de cinco por cento em comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo os analistas, para a diminuição das receitas contribuíram os impactos do tufão Ragasa, que obrigou ao encerramento dos casinos durante algumas horas, e também do tufão Matmo, que apesar de não ter encerrado os locais de jogo levou a que os transportes fossem seriamente afectados. E também o facto de o Festival Lunar ter sido celebrado perto da Semana Dourada. Enquanto data de encontros familiares, o festival poderá ter contribuído para que os jogadores ficassem menos tempo nas mesas dos casinos. No entanto, Macau também terá sofrido com a competição regional e a organização do Grande Prémio de Fórmula 1 em Singapura. Os analistas acreditam que o evento ocorrido entre 3 e 5 de Outubro contribuiu para afastar do território alguns dos maiores apostadores. Face a estes fenómenos, a JP Morgan fez uma revisão das estimativas das receitas do jogo em baixo, apontando para um crescimento anual em Outubro de 3 a 6 por cento. A estimativa anterior apostava para um crescimento de 11 a 13 por cento, no que se esperava que fosse a melhor Semana Dourada desde os tempos da pandemia. Sinal positivo Apesar de reduzirem as estimativas, os analistas deixaram um sinal de confiança aos analistas no mercado do jogo de Macau: “Não estamos a atirar a toalha ao chão. Vemos estes factores como lombas no caminho e não como bloqueios, pelo que apesar de reduzirmos as nossas estimativas acreditamos no valor do mercado”, foi apontado. Face a este contexto, os analistas acreditam que a valorização das acções dos casinos deverá apresentar fortes variações nas próximas semanas, até a indústria voltar a apresentar um crescimento de pelo menos 10 por cento. A JP Morgan acredita que esse crescimento deve acontecer a partir de Dezembro e durante o primeiro trimestre do próximo ano. Em Setembro, o sector do jogo arrecadou 18,3 mil milhões de patacas, mais 6 por cento face a Setembro do ano passado. Em termos de receita bruta acumulada, os primeiros nove meses de 2025 registaram um aumento de 7,1 por cento em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo 181,3 mil milhões de patacas. Macau fechou 2024 com receitas totais de 226,8 mil milhões de patacas, mais 23,9 por cento do que no ano anterior.
Hoje Macau SociedadeZona A | Admitidas 24 propostas para melhoria de diques O Governo admitiu a totalidade das propostas, 24, submetidas ao concurso público para a “Empreitada de Melhoramento de Diques na Nova Zona A – Fase II”. A abertura das propostas decorreu no passado dia 9, embora só ontem foi divulgada. Os preços propostos de construção variaram entre mais de 91 milhões e mais de 113 milhões de patacas, com os prazos gerais de construção a variar entre os 285 e 286 dias de trabalho. A obra em causa visa elevar a altura dos diques da Zona A dos Novos Aterros “conforme o padrão de prevenção de inundações com um período de retorno de 200 anos”. Esta alteração deve-se “ao desenvolvimento urbano de Macau e o surgimento de fenómenos meteorológicos extremos”, tornando-se necessárias estas alterações de acordo com as exigências previstas no “Plano decenal de prevenção e redução de desastres em Macau (2019-2028)”. A primeira fase da obra, referente ao melhoramento do dique leste-1, e com cerca de 1100 metros de comprimento, já foi concluída em 2024. A segunda fase da obra, que inclui os diques leste-2, sul-1 e sul-2, com o comprimento global de cerca de 1550 metros, deverá ter o prazo de execução aproximado de 300 dias de trabalho.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCoimbra | Vice-reitor aponta China como factor de “certeza” João Nuno Calvão da Silva afirma que a China é uma força da paz no mundo e que contribui como um factor “de certeza” na ordem internacional, numa altura em que existem “tantos factores de incerteza”, alguns dos quais provenientes do mundo ocidental O vice-reitor da Universidade de Coimbra (UC), João Nuno Calvão da Silva, considerou que a República Popular da China tem conferido “uma componente de certeza” no mundo actual, em contraste com os factores de incerteza que tem surgido “no mundo ocidental”. As declarações do vice-reitor para as Relações Externas e Alumni da UC foram prestadas à margem da cerimónia de abertura de uma conferência conjunta entre a Universidade de Macau (UM) e a UC. Quando questionado sobre a crescente utilização do direito em áreas como o patriotismo, a segurança nacional e a convivência com o Estado de Direito, dadas a recente detenção de um ex-deputado e as exclusões cada vez mais frequentes de eleições, João Nuno Calvão da Silva destacou o papel assumido pela China no mundo actual. “Na ordem internacional em que vivemos temos tantos factores de incerteza, mesmo de onde nós menos esperávamos, no mundo ocidental, por exemplo, que apraz-me registar essa componente de certeza que a República Popular da China vem conferido ao mundo”, afirmou o dirigente da UC, de acordo com o Canal Macau. “Também devemos salientar o cumprimento que tem feito com que seja possível à comunidade portuguesa continuar aqui, aos jornalistas fazerem as perguntas que entendem ao vice-reitor da Universidade de Coimbra, neste momento, e isso também tem a ver com o cumprimento desta matriz de um direito que foi esculpido por grandes juristas portugueses sobretudo da Universidade de Coimbra”, acrescentou. Além 2049 De acordo com a Lusa, o académico “recusou-se a comentar questões políticas específicas”, mas destacou um grau de compreensão promovido pela China. “Como em tudo no mundo, a perfeição não existe. Mas é este grau de compreensão e este factor de certeza que a mim apraz registar e que continua a ser muito importante e para a aproximação das relações”, apontou. “Não apenas entre Portugal e a China, mas de todo o mundo de língua portuguesa e da República Popular da China, como factor inestimável de conteúdo para a paz na humanidade”, sublinhou. João Nuno Calvão da Silva manifestou também a esperança de que Macau mantenha o legado jurídico português após os 50 anos de validade da Lei Básica e da Declaração Luso-Chinesa. “Depois de 2049, se [Macau] sai desse tratado internacional, deste período de transição, obviamente nós esperamos que este trabalho que foi sendo feito, as pessoas que vão sendo criadas, este capital humano, fique aqui com uma cultura jurídica em que este ADN de Portugal e de Coimbra se vá manter”, afirmou Calvão da Silva. O vice-reitor para as Relações Externas e Alumni da UC explicou que actualmente existe um direito que “está a ser cumprido”, uma “Lei Básica” e um “conjunto de diplomas com uma matriz muito específica do direito português”. “Em processo penal, (…) estamos a ter um cumprimento desse ordenamento jurídico, sabemos que até 2049 assim será, é assim que tem sido desde 1999”, considerou.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Chan Pou Sam sugere feira nocturna para mais pernoitas Chan Pou Sam, presidente permanente honorário da Associação de Promoção de Vida Social e Bem-Estar da População de Macau, defendeu a realização no território de uma feira nocturna, em formato permanente, para atrair o maior número de turistas e, assim, aumentar o número de pernoitas. Segundo o jornal Exmoo, a ausência de uma feira nocturna é uma das razões pelas quais os turistas optam por não pernoitar mais tempo em Macau. O ex-membro do Conselho de Administração para os Assuntos Municipais do Instituto para os Assuntos Municipais justificou que o Governo tem um saldo orçamental sustentável para este tipo de projectos, tendo em conta que o montante disponível na Reserva Financeira ultrapassou já as 630 mil milhões de patacas, enquanto que as receitas do jogo também aumentaram em termos anuais. Além disso, Chan Pou Sam recordou que o Governo já recuperou 93 terrenos sem ocupação, com uma área total de 720 mil metros quadrados, pelo que há espaço para realizar uma feira nocturna, enquanto o corredor e paisagens à beira-rio são também espaços que podem ser utilizados, defendeu. Há, porém, um alerta deixado por Chan Pou Sam, que entende que esta feira deve ser feita fora das zonas residenciais para não incomodar a população. O ex-conselheiro do IAM destacou que deve haver uma preparação prévia para os pedidos de licença de comerciantes, questões de protecção ambiental e higiene urbana, segurança contra incêndios ou controlo de ruído, entre outras questões.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeObras | Comerciantes da Rua dos Mercadores queixam-se de impacto Apesar do planeamento e avisos antecipados do Governo, os comerciantes da Rua dos Mercadores consideram que as novas obras estão a afastar os clientes, levantar poeiras e a causar muito ruído Os comerciantes da Rua dos Mercadores queixam-se de estarem a ser afectados pelas obras para a futura instalação de tubagens. Os trabalhos iniciaram-se na semana passada, mas as lojas relatam que já estão a sentir que os clientes evitam aquela zona. Ao jornal Ou Mun, um comerciante de apelido Chao afirmou que por causa dos incómodos causados pelas obras os clientes não têm vontade de ir às lojas nem sequer de frequentar a zona. Chao criticou as obras devido ao barulho elevado e frequente, assim como devido à poeira levantada pelas escavações. O comerciante também criticou a sinalética no local, e afirmou que alguns clientes ao passarem no local ficaram com a ideia de que as ruas estavam fechadas à circulação de peões. Além da redução do número de clientes, as queixas visam o facto de os veículos terem deixado de poder circular na estrada. Com os veículos a descarregarem longe das lojas, é necessário carregar os materiais. No entanto, o processo implica que as portas das lojas fiquem abertas, o que faz com que a poeira das obras penetre nos espaços e acabe por afectar todo o interior. Apesar de o Governo ter alargado alguns passeios, Chao confessou que o alargamento tem efeitos limitados na atractividade daquela rua, porque os passeios continuam a ser estreitos. As obras em curso visam instalar condutas para, no futuro, passarem tubos de outros edifícios, sem haver necessidade de voltar a escavar a estrada. No entanto, Chao considera que a obra não se justifica porque não tem benefícios para os comerciantes, apenas inconvenientes. Por isso, o empresário espera que o Governo apoie financeiramente os negócios afectados: “Em vez de estarem a pedir desculpas e compreensão, dado que não temos outra escolha, prefiro que apresentam medidas de apoio”, afirmou. Males por bem As obras foram igualmente criticadas por um trabalhador de uma loja de apelido Cheong. Este funcionário indicou que os trabalhos incomodam os transeuntes, fazendo com que a circulação nos passeios seja mais difícil, além de ser feita com um barulho incessante, que se prolonga todo o dia, e com nuvens de poeira. No entanto, Cheong considera que a obra pode ser aceitável se servir, como prometido pelo Governo, para reduzir o número de intervenções rodoviárias no local. Segundo o Governo, a execução das obras visa abrir e instalar as condutas para que no futuro seja possível fazer as ligações de tubagens e drenagem a quatro novos edifícios naquela área, sem necessidade de voltar a escavar as ruas.
Hoje Macau Sociedade929 Challenge | Mais de 400 equipas chinesas e lusófonas O ‘bootcamp’ que decorre ‘online’ do 929 Challenge em Macau começou ontem, tendo atraído mais de 400 equipas e ’startups’ chinesas e dos países lusófonos, uma subida de mais de 25 por cento em comparação com 2024, sublinhou a organização. A última edição da competição para ‘startups’ chinesas e dos países de língua portuguesa tinha registado um máximo, com mais de 1.600 participantes em mais de 320 equipas. “Este interesse crescente reflecte o reforço das ligações entre os países de língua portuguesa e os ecossistemas de inovação da China, um progresso que estamos gratos por testemunhar através da colaboração contínua e da aprendizagem partilhada entre regiões”, sublinhou a organização, na rede social Instagram. Desde ontem e durante duas semanas, as 402 equipas inscritas na quinta edição vão participar todos os dias, num ‘bootcamp’ ‘online’ das 19:00 às 21:00. Até 11 de Outubro, as equipas terão uma série de palestras, sessões de mentoria e ‘workshops’ “concebidos para ajudar as equipas a moldar, validar e fortalecer modelos de negócio sustentáveis”. Os melhores 16 planos – oito de empresas e oito de universitários – terão 10 minutos para convencer o júri da 929 Challenge e potenciais investidores na final, em 30 de Novembro. A quinta edição do 929 Challenge em Macau incluir o prémio ‘Future Builders’ (Criadores do Futuro), para a melhor ‘startup’ dos Países Africanos de Língua Portuguesa (PALOP) e de Timor-Leste. Parceiros e projectos Em Junho, durante a apresentação da competição, Marco Duarte Rizzolio, cofundador da 929 Challenge, disse à Lusa que o prémio foi criado para encorajar os participantes dos países lusófonos menos desenvolvidos. Em 2024, o 929 Challenge não recebeu quaisquer projectos de Timor-Leste ou de São Tomé e Príncipe. A ‘startup’ portuguesa Iplexmed, que desenvolve dispositivos de diagnóstico genético rápido, venceu a edição do ano passado, enquanto a também portuguesa NS2, que fornece soluções inteligentes para monitorizar a qualidade da água para uma aquicultura sustentável, ficou em terceiro. Bruno Ferreira, cofundador da Iplexmed, será um dos mentores do ‘bootcamp’ deste ano. A única vez que uma equipa dos PALOP e de Timor-Leste chegou aos finalistas foi logo na primeira edição, lançada em 2021, em plena pandemia de covid-19, então apenas direccionada a estudantes universitários. Um projecto da Universidade Lusófona da Guiné-Bissau para instalar painéis solares na região de Gabu, no leste do país, ficou em segundo lugar. “No final, quem ganha muitas vezes são equipas que têm já produtos maduros, serviços maduros”, explicou Rizzolio. Este ano a competição tem novos parceiros, incluindo a StartupPorto, a Cabo Verde Digital e a Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique. O concurso é coorganizado pelo Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau) e por várias instituições da região administrativa especial chinesa, incluindo todas as universidades locais.
Hoje Macau SociedadeAlfândega | 21 pessoas detidas por circular livros com pornografia Os Serviços de Alfândega de Gongbei dizem ter detido 21 pessoas em dois anos por terem feito circular 25.299 exemplares de livros considerados “obscenos”, ou seja, com conteúdos pornográficos. Segundo um comunicado das autoridades, foram realizadas, durante este período de tempo, três rondas de operação no combate a este tipo de crime, sendo que a primeira acção do género realizou-se a 13 de Março de 2023. Nessa altura, foi interceptado um condutor transfronteiriço que tentava entrar em Macau através do Posto Fronteiriço de Hengqin com 86 livros no carro. Mais tarde, a polícia anti-contrabando conseguiu descobrir o empregador deste homem. Percebeu-se que o condutor transfronteiriço já tinha conseguido transportar 894 livros “obscenos” para o Interior da China. Posteriormente, foi descoberto outro grupo a realizar este tipo de contrabando, com redes em Zhuhai e Foshan, e que tinha ligação a este empregador. O grupo foi desmantelado pelas autoridades em Junho de 2023. Por sua vez, em Agosto do ano passado foi descoberto mais um homem que manteve contactos estreitos com este grupo, tendo sido também detido. Nessa altura, foi também desmantelado outro grupo que fazia circular livros “obscenos” por via marítima. Contrabando | 18 casos nas últimas duas semanas Os Serviços de Alfândega (SA) dizem ter descoberto, nas últimas duas semanas, 18 casos de contrabando nos Postos Fronteiriços das Portas do Cerco e da Ponte de Hong Kong-Zhuhai-Macau, isto entre os dias 26 de Setembro e 9 de Outubro. Segundo um comunicado dos SA, foram descobertos 991 telemóveis antigos, 9,16 quilos de alimentos não declarados, nove garrafas de licor chinês, 6006 gramas de charutos e 68 produtos cosméticos por contrabandistas interceptados. Os SA informaram ainda que os contrabandistas são residentes de Macau, Hong Kong e Interior da China, tendo sido acusados com base na Lei do Comércio Externo.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeIAS | Famílias vulneráveis com segundo subsídio este mês O Instituto de Acção Social (IAS) irá conceder, este mês, a segunda concessão de um subsídio de apoio às famílias vulneráveis, o “Programa de Inclusão e Harmonia na Comunidade”, a fim de “ajudar a aliviar a pressão de vida dos três tipos de famílias em situação vulnerável”, tal como famílias monoparentais, famílias com membros deficientes e famílias com doentes crónicos. As famílias que sejam beneficiárias deste apoio do IAS podem receber este mês, em simultâneo, “o subsídio regular e o subsídio especial através de transferência bancária ou pela forma anteriormente fixada, sendo de 1.283 o número total de famílias beneficiárias” com os dois subsídios. No total, há 6.128 famílias que preenchem os requisitos do “Regulamento do Programa de Inclusão e Harmonia na Comunidade”, que implica uma despesa aproximada de 42,92 milhões de patacas. Em relação às famílias beneficiárias que apresentaram o pedido ao IAS ou às associações ou instituições colaboradoras, e cujo pedido foi deferido, o subsídio especial ser-lhes-á atribuído a partir desta quarta-feira, 15, através de transferência bancária ou em dinheiro, sendo de 4.845 o número total de famílias beneficiárias neste contexto. Numa família monoparental, o subsídio especial terá o montante de 2.650 patacas, enquanto que numa família de três pessoas o apoio é de 5.500. Numa família com oito ou mais pessoas, o valor sobe para 10.100 patacas.
Hoje Macau SociedadeTransacções suspeitas nos casinos caem 9,5 por cento até Setembro O número de transacções suspeitas registadas nos casinos caiu 9,5 por cento nos primeiros nove meses de 2025, em comparação com igual período do ano passado, de acordo com dados oficiais. O Gabinete de Informação Financeira (GIF) referiu que as seis operadoras de casinos submeteram, no total, 2.751 participações de transacções suspeitas de branqueamento de capitais ou de financiamento do terrorismo. Num comunicado divulgado na quinta-feira, o GIF apontou “a diminuição do número de participações de transacções suspeitas reportadas pelo sector do jogo” até Setembro como a principal razão para uma queda de 8,9 por cento no número total. Entre Janeiro e Setembro, o gabinete recebeu 4.118 participações, sendo que 73,3 por cento vieram das concessionárias de casinos, enquanto 21 por cento vieram de bancos e seguradoras e 5,7 por cento de outras instituições e entidades. Os sectores referenciados, incluindo lojas de penhores, joalharias, imobiliárias e casas de leilões, são obrigados a comunicar às autoridades qualquer transacção igual ou superior a 500 mil patacas. Em 2024, o GIF tinha recebido 5.245 participações, sendo que a maioria veio dos casinos do território: 3.837, mais 11,8 por cento do que no ano anterior e um novo recorde. Todos de acordo Segundo o relatório anual do GIF, Macau era o único membro do Grupo Ásia-Pacífico Contra o Branqueamento de Capitais (GAFI) que cumpria “todos os 40 padrões internacionais” sobre a prevenção da lavagem de dinheiro e do financiamento do terrorismo e da proliferação de armas de destruição em massa. O gabinete assinou acordos para a troca de informação com 33 países e territórios, incluindo a Unidade de Informação Financeira da Polícia Judiciária de Portugal, em 2008, a Unidade de Informação Financeira do Banco Central de Timor-Leste, em 2018, e, em 2019, o Conselho de Controlo de Actividades Financeiras do Brasil e a Unidade de Informação Financeira de Cabo Verde. Em Julho, o GIF disse que tinha ultimado os procedimentos para assinar, também com Angola, um acordo de troca de informações para prevenir a lavagem de dinheiro e o financiamento ao terrorismo e à proliferação de armas de destruição em massa. O gabinete disse que o acordo esteve na mesa num encontro com representantes da Unidade de Informação Financeira da República de Angola, à margem da reunião do Grupo Egmont entre 6 e 11 de Julho, no Luxemburgo. O Grupo Egmont é uma organização internacional de luta contra a lavagem de dinheiro, que reúne 181 unidades de informação de todo o mundo.
Hoje Macau SociedadeC-PLPEX e MIF decorrem a 22 de Outubro A feira comercial sino-lusófona que arranca dia 22 de Outubro em Macau vai contar com mais de 480 expositores da China e países de língua portuguesa, um aumento de 60 por cento, indicou a organização. O Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento (IPIM) afirmou que a segunda edição da Exposição Económica e Comercial da China e dos Países de Língua Portuguesa (C-PLPEX) tem como tema “criar novas oportunidades de cooperação”. A edição inaugural da C-PLPEX, realizada em 2023, após seis edições da Exposição de Produtos e Serviços dos Países de Língua Portuguesa, contou com 300 empresas, das quais 260 vindas dos mercados lusófonos. Em comunicado, o IPIM salientou que os expositores vêm de sectores como a agricultura, alimentos e bebidas, novas energias, economia marinha, comércio electrónico transfronteiriço e serviços profissionais. No caso da agricultura, serão apresentadas “tecnologias inovadoras, como ‘drones’ [aeronaves não tripuladas] e aproveitamento de resíduos”, juntamente com “produtos agrícolas e derivados característicos”, incluindo grãos de café e caju. Entre 22 e 25 de Outubro, a C-PLPEX irá incluir “também outros elos da cadeia industrial, como a logística de armazenamento e a venda por agentes”, sublinhou o IPIM. O sector das novas energias dará prioridade a “produtos e serviços inovadores, incluindo motociclos eléctricos, cápsulas espaciais de energia nova, armazenamento de energia e sistemas de energia solar”. Simultâneo com a MIF O programa da C-PLPEX inclui o lançamento de 13 novos projectos, o anúncio dos vencedores de prémios para vinhos e bebidas espirituosas e para café dos países de língua portuguesa e uma sessão de bolsas de contacto entre empresários agrícolas. A segunda edição da C-PLPEX vai decorrer em simultâneo com a 30.ª Feira Internacional de Macau (MIF, na sigla em inglês) e com a Exposição de Franquia de Macau 2025. Este ano, o IPIM convidou Guangzhou, capital da vizinha província de Guangzhou, como cidade parceira da MIF e irá organizar mais de 50 sessões de promoção económica e comercial, nomeadamente fóruns de cooperação regional e conferências. A organização disse que vão ser lançados 20 novos produtos e tecnologias durante a MIF, que este ano apresenta como novidade pavilhões temáticos dedicados à indústria da robótica assim como um pavilhão dedicado às marcas de saúde de Macau.
Hoje Macau Manchete SociedadeNBA | Paz retomada e regresso a Macau após seis anos A Venetian Arena foi o palco do histórico regresso da NBA à China. E ao longo do fim-de-semana, várias celebridades como David Beckham, Jackie Chan ou Jack Ma estiveram nas bancadas para assistir os jogos de pré-época Cerca de 14 mil pessoas assistiram na sexta-feira ao primeiro jogo entre equipas da liga norte-americana de basquetebol (NBA) na China após seis anos de ruptura. Mais de hora e meia antes do arranque da partida entre os Brooklyn Nets e os Phoenix Suns, já centenas de adeptos faziam fila para entrar na Venetian Arena, que irá receber durante cinco anos jogos da pré-época da NBA. Apesar do basquetebol ser um dos desportos mais populares na China, a principal motivação para quem veio mais cedo foram as várias actuações de grupos musicais do Interior da vizinha Hong Kong antes do apito inicial. Nenhuma das duas equipas é apontada para suceder aos Oklahoma City Thunder como campeões da NBA, mas, nas bancadas, completamente cheias, parecia haver mais fãs dos Nets, que contam no plantel com Zeng Fanbo. O jovem de 22 anos deixou os Beijing Ducks, da capital chinesa, para assinar em Agosto com os Nets, detidos pelo presidente da gigante tecnológica chinesa Alibaba, Joe Tsai Chung-Hsin. Zeng foi escolhido para falar com os adeptos antes do início da partida e recebeu uma das maiores ovações da noite quando entrou pela primeira vez, quando faltavam três minutos na primeira parte. Com a bola a rolar, foram os Nets a dominar, chegando ao intervalo em vantagem (71-59), num encontro morno, apesar do muito ruído feito pelos adeptos, sobretudo a cada ‘afundanço’ ou lançamento triplo. Assistência de luxo A organização fazia os possíveis para manter o ambiente a ferver, chegando a lançar do tecto da arena recordações presas a míni pára-quedas e o mundo do futebol deu uma ajuda, com o antigo internacional inglês David Beckham sentado na primeira fila, ao lado do actor de Hong Kong Jackie Chan, de Joe Tsai e do fundador da Alibaba, Jack Ma. Os descontos de tempo eram usados para trazer ao soalho celebridades chinesas, incluindo membros da mais famosa banda de Hong Kong, os Mirror, ou antigas lendas da NBA, incluindo dois antigos rivais: Shaquille O’Neal e o chinês Yao Ming. “Lembro-me de ver o Yao Ming a jogar pelos [Houston] Rockets quando era pequena. Mas esta foi a primeira vez que vi a NBA ao vivo. Foi de loucos!”, disse à Lusa Fang, de 33 anos. Esta adepta dos Suns, que voou dois mil quilómetros de Pequim, ainda estava rouca depois de ver a equipa a recuperar na segunda parte e vencer por 132-127, após tempo extra, ao final de mais de três horas. Os Nets têm uma oportunidade para conseguir a desforra no domingo, quando as duas equipas se voltarem a encontrar, na mesma arena. Mais importante do que o resultado foi mesmo o regresso à China. A NBA não disputava jogos na China desde 2019, quando Daryl Morey, então director-geral dos Houston Rockets, demonstrou nas redes sociais apoio aos protestos antigovernamentais em Hong Kong. “A maioria destes adeptos infelizmente não teve a oportunidades de ver jogos [da NBA], mas demos-lhes aqui um espectáculo e sentimo-nos apoiados”, disse, depois do jogo, o treinador dos Nets, o espanhol Jordi Fernández. A NBA recusou-se a punir Daryl Morey, mas a televisão estatal chinesa CCTV deixou de transmitir jogos da liga norte-americana, um hiato que custou 400 milhões de dólares em receitas perdidas. Mas a paixão pelo basquetebol na China não esmoreceu, garantiu a estrela dos Suns, Devin Booker: “Há muito tempo que não sentia este nível de paixão (…). Foi importante a NBA voltar cá”.
João Santos Filipe SociedadeGoverno afirma que presta atenção à saúde mental Apesar de ter deixado de publicar dados sobre o número de suicídios, o Governo defende que presta muito atenção ao flagelo social. A posição foi tomada através de um comunicado sobre o Dia da Saúde Mental, assinalado na sexta-feira. “O Governo da RAEM atribui grande importância à saúde mental dos residentes e criou um mecanismo de colaboração interdepartamental, mantendo uma estreita comunicação e cooperação entre os Serviços de Saúde, o Instituto de Acção Social, a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude e as instituições de serviços sociais”, foi sustentado. Com base neste mecanismo o Executivo aponta que está a implementar um mecanismo de prevenção com “quatro níveis” que passam por promover um maior envolvimento da sociedade na resposta ao fenómeno, através de acções dirigidas às famílias, escolas e à comunidade como um todo. Desta forma, o Executivo acredita que “as entidades competentes” podem “intervir rapidamente e eliminar os potenciais riscos, de forma a salvaguardar plenamente a saúde física e mental dos residentes de Macau”. Aplicações móveis Como forma de divulgar informações sobre a saúde mental, o comunicado dos Serviços de Saúde (SS) destaca também que foi criada uma aplicação móvel com o objectivo de “aumentar ainda mais o conhecimento dos residentes sobre a saúde mental e reduzir mal-entendidos e preconceitos” sobre as doenças mentais. Através da aplicação Rede de Informação de Saúde Mental os cidadãos podem ler mais sobre estes problemas e até fazer testes de auto-diagnóstico. Além disso, a 9 de Outubro foi realizada uma palestra pelos SS como forma de assinalar o Dia da Saúde Mental. A palestra teve como tema “Apoio psicológico em situações de crise: Garantir que todos tenham acesso aos serviços de saúde mental” e foi destinada a profissionais de saúde. Contou com a participação de mais de 50 pessoas.
Hoje Macau SociedadeSaúde Mental | Pereira Coutinho pede fim de negligência crónica José Pereira Coutinho defende o fim da “negligência crónica” em relação aos problemas de saúde mental da população. O pedido surge numa interpelação escrita do deputado ligado à Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM). “A negligência crónica nesta área acarreta custos sociais e económicos devastadores: perda de produtividade laboral, aumento de subsídios de incapacidade e sobrecarga dos sistemas de saúde”, pode ler-se no documento. “Em contextos urbanos densos como o de Macau, onde factores como isolamento, pressão laboral e custo de vida elevado potenciam riscos psicossociais, o investimento em saúde mental revela-se não apenas ético, mas estratégico para a resiliência económica”, acrescentou. O legislador avisa ainda que a saúde mental não pode ser o “parente pobre” da área da saúde e pede a divulgação de mais informação, para evitar preconceitos. “A saúde mental constitui, segundo a Organização Mundial de Saúde, um pilar indispensável ao bem-estar colectivo e ao desenvolvimento sustentável das sociedades, não podendo ser relegada a preocupação secundária ou tratada como ‘parente pobre’ dos sistemas de saúde”, atirou. “Urge, pois, reconhecê-la como componente essencial da saúde pública tanto primária como especializada, garantindo a todos os cidadãos acesso equitativo, atempado e sem barreiras socioeconómicas a serviços de qualidade”, realçou. O legislador pede assim um plano a 10 anos com metas para promover a saúde mental e pede a disponibilização de mais meios para combater o fenómeno do suicídio.
Hoje Macau Manchete SociedadeSaúde | Tentativas de suicídio entre crianças duplicam até Junho Entre Janeiro e Junho, um total de 14 crianças com idades até aos 14 anos tentaram acabar com a vida. Neste período, houve pelo menos 101 tentativas de suicídio Pelo menos 14 crianças até aos 14 anos tentaram pôr fim à vida na primeira metade do ano, o dobro do número registado no mesmo período de 2024, avançou o Canal Macau. Entre Janeiro e Junho, registaram-se pelo menos 101 tentativas de suicídio, incluindo 14 crianças dos 5 aos 14 anos, noticiou na quinta-feira à noite a Teledifusão de Macau. De acordo com dados do gabinete do secretário para a Segurança, o maior número de tentativas de suicídio (30) aconteceu na faixa etária entre os 15 e os 24 anos, enquanto dois terços (67) foram levadas a cabo por mulheres. Apesar disso, os números divulgados pelo gabinete de Wong Sio Chak revelam uma diminuição, uma vez que, na primeira metade de 2024 tinham sido registadas 125 tentativas de suicídio. Durante todo o ano passado houve 249 tentativas de suicídio, menos oito do que em 2023. Na primeira metade do ano passado, os Serviços de Saúde de Macau (SSM) registaram 44 mortes por suicídio, menos três do que no mesmo período de 2023, incluindo um jovem de 12 anos. Na altura, os SSM disseram que “as possíveis causas do suicídio são principalmente resultantes de doenças mentais e de problemas relacionados com o jogo ou finanças”. Dados desconhecidos A chefe de Divisão de Prevenção e Tratamento do Jogo Problemático do Instituto de Acção Social (IAS) recordou na sexta-feira aos jornalistas que está quase a terminar um inquérito sobre a participação dos jovens em jogos de fortuna ou azar. A organização social Sheng Kung Hui lançou em Junho um inquérito entre jovens com idades entre 13 e 35 anos, que está a decorrer até 17 de Outubro, disse Bonnie Wu I Mui. À margem de um fórum académico sobre o vício do jogo, a dirigente admitiu que o IAS não tem “o número exacto de suicídios relacionados com o jogo compulsivo” e encaminhou a pergunta para os Serviços de Saúde (SSM). Mas ainda de acordo com a TDM, desde que foram revelados, no final de Maio, os dados sobre suicídios entre Janeiro e Março, os SSM não voltaram a divulgar esta estatística, habitualmente publicada de forma trimestral. No mais recente balanço, Macau registou 18 mortes por suicídio, menos quatro do que nos primeiros três meses de 2024. De acordo com uma contagem feita pela TDM, com base em mensagens enviadas à imprensa pela Polícia Judiciária da região, houve pelo menos 60 mortes que podem ser atribuídas a suicídio até ao início de Outubro. Todos aqueles que estejam emocionalmente angustiados ou considerem que se encontram numa situação de desespero devem ligar para ligar para a Linha Aberta “Esperança de vida da Caritas” através do telefone n.º 28525222 de forma a obter serviços de aconselhamento emocional.
Hoje Macau SociedadeUnionPay | Aberta primeira filial em Macau Macau já tem uma filial da UnionPay International, subsidiária da China UnionPay, noticiou o portal Macau News Agency. Trata-se da primeira organização de cartões bancários a fazer essa aposta, sendo que o objectivo da abertura da filial é expandir os negócios internacionais. Macau tornou-se na “segunda região no exterior” a aceitar transacções com cartões da UnionPay desde que a empresa fez o lançamento deste serviço em 2004 no território. No tocante aos pagamentos digitais, a aposta da UnionPay realizou-se em 2018 nos territórios de Macau e Hong Kong, tendo sido lançada a aplicação “QuickPass” e um código QR compatível com EMV em Macau, ou seja, “Europay, Mastercard e Visa”, que são as três empresas por trás do padrão global para pagamentos seguros com cartão. Em 2019, o Apple Pay foi lançado em Macau com o apoio tecnológico da UnionPay.