Iluminação | LED nas ruas leva Novo Macau à DSPA

A instalação de iluminação do tipo LED nas ruas levou a Associação Novo Macau, incluindo o vice-presidente e deputado Sulu Sou, à Direcção de Serviços de Protecção Ambiental. A instituição democrata foi levar as queixas de cidadãos que dizem que o novo tipo de iluminação é demasiado forte para os bairros antigos e fica demasiado perto dos edifícios habitacionais, o que faz com que as pessoas não consigam descansar durante a noite. Segundo a Novo Macau também os taxistas estão preocupados com estas luzes e dizem que desde que foram instaladas que houve um aumento dos acidentes nas áreas, devido aos efeitos nocivos para a visão.

Segundo o comunicado da Novo Macau, Raymond Tam, director da DSPA, esteve na reunião e afirmou que as luzes foram escolhidas com base no critério de terem um consumo de energia mais reduzido e também por serem mais eficazes. Tam apontou ainda que desde que foram ouvidas as primeiras queixas que a potência dos candeeiros instalados foi reduzida e que no futuro a DSPA vai acompanhar o desenvolvimento desta tecnologia , de forma a escolher equipamentos com menor impacto na vida dos cidadãos.

No entanto, o responsável sublinhou que tem de haver uma uniformidade nos equipamentos instalados, para evitar potenciais perigos para a saúde pública.

5 Fev 2021

CESL-Ásia | Carne produzida no Monte do Pasto chega aos supermercados de Macau em breve

António Trindade, CEO da CESL-Ásia, adiantou que “nas próximas semanas” a carne produzida pelo Monte do Pasto, onde a empresa investiu, deverá começar a ser vendida nos supermercados locais. O objectivo será depois expandir para mercados como Hong Kong e China, assegura

 

Foi em 2019 que a CESL-Ásia anunciou o investimento de 37,5 milhões de euros no Monte do Pasto, um dos maiores produtores de gado bovino em Portugal. Desde então que a pandemia da covid-19 alterou um pouco a estratégia da empresa, mas não a sua expansão. Prova disso, é o arranque da comercialização, dentro de semanas, da carne produzida no Monte do Pasto nos supermercados de Macau.

“Lançamos uma linha de carne sustentável que vai ser lançada no mercado de Macau nas próximas semanas. Estamos a preparar a comercialização”, adiantou ao HM António Trindade, CEO da CESL-Ásia.

“Pensamos que há a perspectiva de podermos estar em alguns supermercados um pouco antes do ano novo chinês. Temos trabalhado muito bem com as cadeias mais tradicionais de Macau na perspectiva de lançar novas ideias de produto alimentares com versões mais sustentáveis. Iremos fazer uma comercialização directa, com doses individuais”, frisou.

Em expansão

Quando anunciou o seu investimento, a CESL-Ásia apresentou um plano estratégico que previa um aumento do volume de negócios para 70 milhões de euros até este ano. A pandemia “causou grandes mudanças em tudo”, uma vez que o Monte do Pasto exporta grande parte daquilo que produz. Mas António Trindade assegura que a expansão continua.

“Fizemos uma parceria com uma empresa para desenvolver mil hectares de agricultura biológica e frutos secos no Monte do Pasto, um investimento considerável, mas que também leva a um aumento de actividade económica no concelho [o Monte do Pasto está situado nas zonas de Cuba e Alvito, no Alentejo].”

“Temos o objectivo de aumentar entre 10 a 20 por cento a nossa capacidade produtiva”, esclareceu o CEO da CESL-Ásia. “As coisas têm estado a correr bem. Há grandes dificuldades, mas estamos a aproveitar isto para fazer um processo de mudança estratégica que iniciámos no Monte do Pasto.”

Em Portugal trabalham neste momento quase 60 pessoas e o objectivo é não parar por aqui em termos de presença de mercado. “Queremos apostar em Portugal, Europa, Hong Kong, China e outros sítios. Estamos a montar a nossa equipa de comercialização de produtos premium e sustentáveis”, concluiu.

4 Fev 2021

Empresário português diz ter sido roubado por compatriota de Hong Kong  

O que era para ser um negócio de importação de máscaras acabou com perdas de 12.800 dólares americanos. É esta a versão de Sérgio Roriz, que diz ter sido roubado pelo empresário Pedro Ribeiro, actualmente a viver em Hong Kong, depois de ter residido em Macau. O acusado diz estar há quase um ano a tentar contactar o “operador logístico”

Um empresário de Braga afirma ter sido roubado no valor de 12.800 dólares norte-americanos por um português chamado Pedro Ribeiro, que vive em Hong Kong e é proprietário da empresa Merciful Fire Dragon Limited. Segundo a versão relatada por Sérgio Roriz ao HM, em causa está um negócio, feito em Abril do ano passado, quando este concordou pagar 12.800 dólares norte-americanos por 15.000 máscaras de protecção que seriam posteriormente enviadas para Portugal. No entanto, apesar do pagamento ter sido feito, o empresário diz que o material nunca chegou ao país.

Proprietário de um stand de venda de automóveis, a situação pandémica levou o empresário Sérgio Roriz a apostar num negócio de importação e venda de equipamentos de protecção individual. Depois de feitos alguns contactos, Roriz recebeu a recomendação de um amigo em Macau para que entrassem em contacto com Pedro Ribeiro, um português a viver em Hong Kong que teria meios para fazer encomendas e enviar o material.

“Eu comecei este negócio novo e precisava de um contacto sério na Ásia para poder adquirir material. Foi-me dado o contacto de Pedro Ribeiro, por um amigo que tenho em Macau, e que me foi apresentado como sério”, relatou Sérgio Roriz.

Feitos os primeiros contactos, Pedro apresentou-se como representante da empresa Merciful Fire Dragon Ltd e disponibilizou-se para vender as quantidades pretendidas, ou seja, 10.000 máscaras para cirurgias, como as disponibilizadas pelos Serviços de Saúde para os cidadãos, e ainda 5.000 máscaras do tipo KN95. As primeiras tinham um custo de 4.300 dólares americanos e as segundas 8.500 dólares, o que totalizou um pagamento de 12.800 dólares, que representa aproximadamente 102.031 patacas ou 11.730 euros.

Pagamento feito

Com o acordo verbal alcançado, Pedro Ribeiro enviou, por correio electrónico, um memorado com a intenção de venda e ainda um contrato a estipular as condições do negócio, ambos assinados a 12 de Abril. Nos documentos, o cidadão português em Hong Kong apresenta-se como representante da Merciful Fire Dragon Ltd, e o contrato apresenta o carimbo da empresa, assim como uma assinatura, que é imperceptível.

No dia seguinte, Sérgio Roriz deslocou-se a um balcão do Millenium BCP e fez uma transferência no valor de 12.800 dólares americanos para uma conta no banco Standard Chartered Bank, em Hong Kong, em nome de Pedro Ribeiro.

A partir desse dia passou um mês, dois meses… e o material nunca mais chegava, o que levou Sérgio a entrar em contacto várias vezes com Pedro. “Ele no princípio enrolava-me e dizia que estava ocupado a fazer outros grandes negócios. Também me dizia que 12 mil euros não eram quase nada para ele, porque os outros negócios eram muito maiores”, recorda. “Só que depois acabou mesmo por me bloquear nas redes sociais, no WhatsApp e nem respondeu aos contactos por email. Nunca mais me disse nada…”, acrescentou.

Sérgio Roriz contou ainda que depois da situação entrou em contacto com o amigo de Macau, que lhe pediu desculpas. A alegada vítima diz ainda ter entrado em contacto com um advogado em Portugal para perceber como poderia recuperar o dinheiro, mas foi desencorajado a avançar para a Justiça devido à burocracia envolvida e por ser um caso transfronteiriço.

Negócio confirmado

Ao HM, Pedro Ribeiro confirmou ser proprietário da empresa Merciful Fire Dragon Ltd, ter recebido o dinheiro na conta e encerrado os canais de comunicação com o empresário em Portugal. Todavia, sublinhou estar a tentar entrar em contacto com o operador logístico para confirmar se a entrega foi feita.

“O operador logístico desapareceu. [O Sérgio Roriz ] é a única pessoa com quem tenho esse tipo de problemas. […] Ando quase há um ano à procura desse operador logístico”, disse o empresário, que indicou ter recorrido aos tribunais.

Pedro Ribeiro levanta ainda dúvidas sobre a não recepção da encomenda. “O mesmo operador logístico que era suposto entregar uma carga, entregou outra carga que devia estar em conjunto com a dele, em Braga”, afirmou. “Mas não posso dizer quem é o operador logístico, porque o assunto está em tribunal. Eu sei lá se as pessoas estão em cima das coisas para me processarem…”, acrescentou.

Ao HM, Pedro Ribeiro fez ainda chegar um screenshot com uma referência que diz ser o percurso feito pela carga que foi entregue a outro cliente em Braga, mas cuja identidade não revelou. O screenshot fornecido faz parte do sistema de acompanhamento de entregas da operadora UPS. Pedro Ribeiro diz que a UPS foi utilizada pela operadora de logística chinesa, que disse sempre estar impossibilitado de identificar, devido à confidencialidade dos acordos comerciais.

Comunicações cortadas

O empresário radicado em Hong Kong confirmou ainda ter bloqueado nas redes sociais Sérgio Roriz. “Eu fechei os canais de comunicação porque esse senhor pensa que as coisas têm de ser feitas no tempo que ele quer e lhe apetece”, justificou. “Vamos perceber uma coisa, eu não trabalho para ele, não sou empregado dele. E muito menos admito que me falem em certos tons, por muita razão que as pessoas tenham”, apontou.

O empresário diz também ter tido problemas para recuperar o dinheiro de encomendas no Interior, onde afirma ter um processo a correr nos tribunais. Contudo, mesmo que recupere o montante dessa causa, não assume o compromisso de devolver o dinheiro a Sérgio Roriz. “Neste preciso momento, não tenho capacidade para pagar. Já tive capacidade de devolver. Mas, sabe porque é que não devolvi? Porque eu não consigo confirmar se a carga foi entregue”, indicou.

Já quando questionado se a solução mais fácil não passaria apenas devolver o montante, o empresário respondeu assim: “O mais fácil era para toda a gente e mais alguém. E eu ficava agarrado… […] E depois se aparecer o operador logístico e disser que a carga foi entregue, depois vou eu andar atrás?”, questionou. Pedro Ribeiro levantou também dúvidas pelo facto de Sérgio Roriz não ter recorrido aos tribunais.

O HM contactou ainda o Consulado de Portugal em Macau e Hong Kong para saber o que é possível fazer nestes casos, e recebeu a seguinte resposta: “O cidadão queixoso, residente em Portugal, poderá enviar um e-mail ao Consulado Geral […] e nós providenciaremos diretamente ao próprio os contactos das entidades oficiais da RAEHK junto das quais o referido cidadão poderá apresentar queixa”, foi explicado. “Em caso de insucesso, o Consulado Geral (com o apoio da AICEP) poderá intervir diretamente numa fase posterior”, foi acrescentado.

4 Fev 2021

CCAC | Queixas à Comissão de fiscalização não envolveram infracções disciplinares

A presidente da Comissão especializada para a fiscalização dos problemas relacionados com queixas contra a disciplina do pessoal do Comissariado contra a Corrupção, Kwan Tsui Hang, submeteu na terça-feira o relatório anual ao Chefe do Executivo, Ho Iat Seng. De acordo com um comunicado do Gabinete de Comunicação Social, a responsável indicou que as queixas recebidas em 2020 “para além de serem poucas, não envolveram qualquer infracção disciplinar”.

Além disso, Kwan Tsui Hang apresentou sugestões de melhorias, um processo que contou com a colaboração do Comissariado contra a Corrupção (CCAC). Na reunião, o Chefe do Executivo reconheceu o trabalho da Comissão, elogiando o “contributo à integridade da RAEM, através das valiosas opiniões emitidas”, que entende permitirem reflectir sobre as ideias da população sobre integridade.

Ho Iat Seng disse também que “o resultado do trabalho desempenhado pela Comissão contribui para elevar o reconhecimento e a aceitação geral do CCAC na sociedade”, acreditando que o CCAC exerce as suas funções “de forma imparcial e pragmática”.

No encontro, o comissário contra a Corrupção Marcou presença, afirmando que a fiscalização tem um “efeito dissuasor” e salientando que recomenda aos colegas que os trabalhos não devem nunca ultrapassar os limites legais.

4 Fev 2021

Residentes pedem ajuda para regressar a Macau entre Março e Abril

Foram 12 os residentes de Macau que se encontram em Portugal e pediram ajuda para regressar ao território. Duas destas pessoas chegaram a ter bilhete para o voo que chegou no dia 21 deste mês, mas não seguiram viagem por motivos pessoais

 

A Delegação Económica e Comercial de Macau em Lisboa (DECML), recebeu pedidos de ajuda de 12 pessoas para regressarem à RAEM entre finais de Março e princípios de Abril. “Todos os nomes constantes na lista são portugueses’”, respondeu a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) ao HM.

Recorde-se que a DECML alertou na terça-feira que mais de uma dezena de residentes de Macau pediram ajudar por se encontrarem impossibilitados de regressar por causa da prorrogação do estado de emergência em Portugal e da limitação dos transportes. A DECML comunicou que estava em contacto com os serviços da RAEM para tomar medidas para o regresso destes residentes.

Depois da decisão das autoridades de Taiwan em proibir a entrada e trânsito de estrangeiros a partir de 1 de Janeiro, o que dificultou a deslocação de pessoas entre Macau e a Europa, foi recomendado como opção de regresso à RAEM um voo da KLM com saída de Amsterdão e destino a Tóquio, seguido de uma ligação a Macau.

Alguns dos residentes que pediram ajuda à DECML chegaram a ser informados desse voo. Quatro das pessoas constantes na lista foram contactadas ou informadas sobre o voo que regressou a Macau no passado dia 21 de Janeiro. “Destas quatro, duas possuíam bilhete para o voo que regressou a Macau no passado dia 21 de Janeiro, mas acabaram por não prosseguir viagem por motivos pessoais”, indica a DST.

Além destas situações, uma pessoa constante da lista contactou o Gabinete de Gestão de Crises de Turismo em finais de Janeiro de 2021, informando que detém tanto documentação de residente de Macau como de Hong Kong e que pretendia regressar à RAEM “assim que possível”.

Contexto volátil

De acordo com a DST, todos os pedidos de natureza semelhante recebem a resposta de que não é possível prever o que poderá acontecer nos dias, semanas ou meses seguintes, uma vez que qualquer país ou destino pode implementar ou alterar medidas de restrição de entrada ou trânsito.

Assim, é recomendado aos interessados que se mantenham atentos às informações das conferências de imprensa semanais do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, bem como “permanecer em contacto com as suas agências de viagens e Consulados/Embaixadas mais próximos dos países por onde poderão ter de passar até ao seu regresso a Macau”.

4 Fev 2021

Pagamentos com “Simple Pay” arrancam segunda-feira

O “Simple Pay”, agregador de pagamentos electrónicos promovido pelo Governo, vai arrancar na segunda-feira, de forma experimental. Inicialmente vai ser possível recorrer a este sistema com o consumidor a apresentar o seu “QR code” para o lojista fazer a digitalização. Se a experiência tiver sucesso, prevê-se que em Março avance para uma segunda fase, na qual os cidadãos passam a poder fazer o “scan” do código das empresas.

De acordo com a administradora da Autoridade Monetária de Macau (AMCM), os bancos e as instituições financeiras estão a “realizar experiências preliminares quanto ao sistema e ao procedimento operacional junto dos comerciantes pilotos”. Henrietta Lau acrescentou que as opiniões recolhidas indicam que a verificação das contas passou a ser mais fácil depois da actualização do “Simple Pay”.

Do lado dos comerciantes, a AMCM aponta ainda como vantagens a dispensa da necessidade de vários aparelhos, redução do trabalho de verificação de contas junto das várias instituições financeiras e uma gestão mais fácil do fluxo de caixa. O Governo espera também que haja um aumento do volume de negócios. “Com a evolução do mercado e a concorrência positiva, os comerciantes vão ser beneficiados”, disse Ho Chong Wa, técnico do departamento de supervisão bancária da AMCM.

Menos custos

O Simple Pay vai aceitar os sistemas de pagamento da UePay, Tai Fung Pay, MPay, Lusopay, ICBC epay, CGB Pay, BOC Macau e Alipay. “Além dos instrumentos de pagamento locais ainda pode prestar serviços para as carteiras electrónicas do exterior”, esclareceu por sua vez Ho Chong Wa. Ontem, foi também explicado que o lançamento do serviço de pagamento agregado não impede os comerciantes de darem descontos aos cidadãos. “Os descontos concedidos não vão deixar de existir, vão continuar”, disse o representante da AMCM.

Questionada sobre as despesas dos comerciantes com o aparelho, Henrietta Lau afirmou ontem que “de modo geral, o custo de funcionamento vai diminuir”, sem especificar o impacto previsto.

Ho Chong Wa, técnico do departamento de supervisão bancária da AMCM, indicou que em Macau já existem 70 mil máquinas que aceitam o pagamento móvel e os “QR Code”, frisando que a cabe aos comerciantes avaliarem se querem manter os aparelhos. Recorde-se que no ano passado se fizeram 65,49 milhões de transacções de pagamentos electrónicos, atingindo um valor total de 6,33 mil milhões de patacas, representando cinco vezes mais do que em 2019 e 71 vezes o registado em 2018.

4 Fev 2021

ANIMA tenta organizar evento para angariar fundos e fazer face a despesas

A ANIMA – Sociedade Protectora dos Animais de Macau está a estudar a possibilidade de realizar um evento para celebrar o segundo aniversário do dia em que os últimos galgos deixaram o Canídromo. A iniciativa ainda está a ser equacionada, depende da aprovação dos Serviços de Finanças e do Instituto do Desporto, mas tem como objectivo a angariação de fundos.

“Se os Serviços de Finanças e o Instituto do Desporto nos derem autorização para abrirmos as instalações do Canídromo, vamos comemorar os dois anos em que o Canídromo ficou sem animais, a 26 de Março”, afirmou Albano Martins, presidente honorário da associação. “Vamos comemorar o dia em que os últimos animais foram para a ANIMA e para famílias de acolhimento, antes de serem enviados para a Austrália”, acrescentou.

O plano prevê assim um convívio com as pessoas que adoptaram galgos da antiga pista de corridas de cães, mas não só. “Queremos que as pessoas possam visitar o espaço de manhã, levar os animais que foram adoptados e depois fazer um evento de convívio. À noite, queremos terminar o dia com um evento de recolha de fundos, com sorteios, rifas e actividades semelhantes”, informou. “É o que estamos a pensar para sermos mais activos a recolher fundos”, sublinhou.

O encerramento do Canídromo foi um marco na actividade da associação, que conseguiu arranjar destino para os mais de 500 galgos. Só neste processo, a ANIMA gastou do seu orçamento um milhão de patacas. “Não recebemos nada do Canídromo, porque não queríamos que as pessoas ficassem a pensar que tínhamos feito aquela acção para receber dinheiro”, esclareceu o presidente honorário. “Também do Governo recebemos zero e gastámos um milhão com coisas como o transporte de animais para as clínicas, visitas de veterinários… Foi pago do nosso bolso”, vincou. “Recebemos uma medalha [de reconhecimento] no final do ano de 2019… Enfim, não paga dívidas”, desabafou.

Após um ano que terminou com prejuízos de 2,25 milhões de patacas, a ANIMA está a correr atrás do prejuízo para fazer face a todas as despesas relacionadas com os 900 animais pela qual está responsável, enquanto aguarda por eventuais apoios da Fundação Macau.

Donativos de 640 mil patacas

Até ontem, a associação, que fez uma campanha a apelar ao envio de donativos, tinha recolhido cerca de 640 mil patacas. O montante foi utilizado para pagar salários e a fornecedores. “Foi um montante que deu para pagar os salários, dá para pagar as despesas com os fornecedores do mês passado e sobram cerca de 80 mil patacas. Destas, 50 mil são para pagar um empréstimo que tivemos de fazer, caso não conseguíssemos arranjar outra forma de financiamento”, explicou Albano Martins sobre o montante recolhido.

No ano passado, a ANIMA resgatou 161 cães, entre os quais 34 do canil do Instituto dos Assuntos Municipais, 197 gatos, sendo que 38 estavam à guarda do Governo, e 100 animais de outro tipo, como tartarugas ou hamsters. No mesmo período, o IAM abateu 122 cães e 30 gatos.

3 Fev 2021

Quase um terço dos alunos dorme menos de seis horas

Cerca de 30 por cento dos alunos do ensino secundário dormem menos de seis horas por dia, de acordo com um estudo da Associação Geral de Estudantes de Chong Wa de Macau. Ao mesmo tempo, 35 por cento dos estudantes reconheceu adiar a hora a que dorme por ficarem a utilizar aparelhos electrónicos com ecrãs, como telemóveis, tablets ou televisões. Os resultados foram revelados ontem, de acordo com o canal chinês da Rádio Macau, e tiveram por base 1.055 inquéritos realizados em 12 instituições do ensino secundário.

Por outro lado, 35 por cento dos alunos consideraram as horas de educação física “inadequadas” ou “muito inadequadas” e houve 30 por cento que admitiu não fazer qualquer tipo de exercício fora da escola. Em termos de hábitos alimentares, 40 por cento afirmou beber pelo menos um refrigerante por semana, ou chá com alto teor de açúcar.

2 Fev 2021

Jogo | Janeiro foi mês com melhores resultados desde pandemia

Os casinos tiveram receitas brutas do jogo de 8.024 milhões de patacas em Janeiro, o que representa uma descida de 63,7 por cento comparativamente ao mesmo período do ano passado, revelam dados da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ). Os resultados ainda ficam aquém dos 22.126 milhões de patacas arrecadados pelos casinos em Janeiro do ano passado, o mês menos afectado pela crise de saúde pública, mas foram as receitas mais altas do sector do jogo desde então.

Recorde-se que o primeiro caso do novo coronavírus identificado em Macau foi anunciado a 22 de Janeiro de 2019, antes das celebrações do Ano Novo Lunar. Os casinos de Macau terminaram o ano passado com receitas de 60,44 mil milhões de patacas, uma quebra de 79,3 por cento em relação ao ano anterior.

É o segundo mês consecutivo em que as receitas de jogo subiram. Antes dos novos dados, tinha sido Dezembro de 2020 a registar o melhor resultado desde o início da pandemia, com as concessionárias a conseguirem receitas de 7.818 milhões de patacas.

Por outro lado, dados da DICJ mostram que no ano passado houve 254 pessoas a pedirem para a entrada em casinos lhes ser vedada. Além disso, registaram-se outros 29 pedidos de exclusão de acesso a pedido de terceiros. No total, representa uma quebra de quase metade nos pedidos para limitações de passagem para os espaços de jogo.

2 Fev 2021

Casos de agiotagem diminuíram 88% no ano passado

O crime associado ao jogo teve uma “descida notável” em 2020, que a Polícia Judiciária associa à quebra de turistas. Em sentido inverso, os casos de conflito familiar aumentaram, bem como os casos de pornografia de menores

 

Num ano marcado por restrições fronteiriças e o impacto financeiro decorrente das quebras das receitas do jogo, o crime associado a este sector diminuiu. “A descida notável do número dos crimes relacionados com o jogo deve-se à redução significativa de visitantes”, explica o relatório anual da Polícia Judiciária (PJ) sobre 2020. No ano passado foram instaurados 413 inquéritos e denúncias relacionados com o jogo, o equivalente a uma descida de 80,9 por cento relativamente a 2019.

Os dados estatísticos referentes revelam que se registaram 72 casos de agiotagem ligada ao jogo, o que representa uma descida de 88 por cento. Já os casos de sequestro associados à agiotagem fixaram-se em 32, traduzindo uma descida superior a 90 por cento. No entanto, as autoridades observam que com a recuperação gradual do turismo se verificou um aumento “considerável” das burlas com notas usadas para treino de contagem de dinheiro.

A época de pandemia também gerou mudanças nos crimes relacionados com droga, com descidas registadas tanto nos processos de tráfico como de consumo. As autoridades detectaram mudanças no método de actuação dos grupos de narcotráfico: registaram-se mais 15 casos de passagem de droga através de encomendas.

Violência na família

No entanto, nem todas as áreas foram marcadas por uma descida de criminalidade. “Os casos de conflito familiar registaram uma subida, não estando excluída a possibilidade de que o aumento do tempo da estadia em casa dos membros da família devido à epidemia, os problemas económicos e outros factores negativos tenham causado este aumento. Em muitos casos, os suspeitos agiram por impulso e as circunstâncias foram as de menor gravidade”, diz a PJ.

O volume de inquéritos relacionados com ofensas à integridade física entre familiares aumentou 8,4 por cento. Dos 116 inquéritos instaurados, 11 enquadram-se como violência doméstica e 70 foram classificados como ofensa à integridade física.

Numa tendência inversa ao número de casos de violação e importunação sexual, deu-se um “aumento significativo” dos casos de abuso sexual de crianças e de pornografia de menor. O abuso de crianças aumentou 72,7 por cento para 19 casos. O relatório refere que muitos aconteceram em estabelecimentos educativos ou ambiente familiar, e que algumas das vítimas tiveram relações de forma voluntária.

Em 2020 foram detectados 129 casos de pornografia de menor. As autoridades frisaram que desde o ano passado até ontem houve “dois casos em que as vítimas eram menores de Macau”. No entanto, é observado que a maioria do material não envolvia residentes, com os suspeitos “eram principalmente trabalhadores não residentes, muitos dos quais alegaram que não sabiam que a transmissão destas informações era um crime”.

Ano de desafios

A PJ descreve que o ano passado foi “cheio de desafios”. Com os trabalhos de prevenção da epidemia em destaque, as autoridades apontaram “rápidos progressos na criação de regimes jurídicos relativos à segurança nacional e à da RAEM”, um aumento da eficácia no combate ao crime, descrevendo que a segurança se manteve numa “situação estável e positiva”. No geral, no ano passado foram instaurados 9.291 processos criminais, uma descida de 40,38 por cento em relação a 2019.

Perante conjunturas internas e externas “complexas e mutáveis” as autoridades preveem que depois da pandemia “a pressão externa será mais intensa e agravada”. A PJ descreve que se vai manter “alerta diante dos piores cenários” e frisa que vai estar “preparada para impedir a ingerência de forças externas e para o combate a eventuais acções, no sentido de tentar aproveitar Macau para atacar a segurança do Estado”.
É também de destacar que o Centro de Alerta e Resposta a Incidentes de Cibersegurança detectou diariamente 1.600 alarmes preliminares.

2 Fev 2021

Estudo conclui que radiação das telecomunicações atinge um “nível baixo”

O Governo considera que Macau tem um “nível baixo” de intensidade geral de radiação electromagnética sem impacto negativo para a saúde. Foi esta a conclusão de um estudo encomendado à empresas com capitais públicos UMTec Limited, detida pela Universidade de Macau, sobre a segurança de radiação electromagnética, associada ao uso de telemóveis e outros meios de comunicação.

Na semana passada o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, tinha revelado que o estudo seria disponibilizado ontem, e a página da Direcção dos Serviços de Correios e Telecomunicações publicou o que denominou um “resumo”, com quatro parágrafos.

Segundo os dados apresentados pelo Governo, nos 151 pontos de medição, correspondentes a estações emissoras para as redes 3G, 4G e 5G, o nível de radiação ficou sempre abaixo do limite definido pela Comissão Internacional para a Protecção contra Radiações Não Ionizantes. O valor do limite nunca é indicado no resumo, mas o Governo afirma que na maioria dos postos de medição, em 134 postos, o valor das radiações terá atingido até 0,5 por cento do limite. Em quatro postos foi atingido entre 0,5 por cento e 2,5 por cento do tecto de segurança, em dois postos a medição indicou entre 2,5 por cento e 5 por cento do limite e, numa única estação, foram registados níveis de radiação de 25,53 da margem de segurança.

O estudo encomendado terá também incluindo uma comparação entre 2020 e 2016, que conclui que houve “um ligeiro aumento” da intensidade geral de radiação electromagnética. Este crescimento é explicado com a expansão da rede de 4G e a instalação “preliminar” da rede 5G.

Como forma de conclusão, o Governo garante que a “a intensidade de radiação electromagnética produzida pelas estações base de telecomunicações móveis continua a ser baixa” em comparação com 2016. Por este motivo é justificado que “a radiação não ionizante de intensidade inferior ao limite previsto nas normas de segurança não constituirá um impacto negativo na saúde pública”.

2 Fev 2021

Covid-19 | Regency para quarentenas por escolha própria a partir de hoje

O Hotel Regency passa a receber quarentenas a partir de hoje, dentro do grupo de unidades hoteleiras destacadas para a observação médica por escolha própria. Significa isto que o hotel pode ser escolhido por residentes e não residentes, que irão pagar os custos do alojamento. Os preços são fixados de acordo com as categorias dos quartos.

A partir de hoje os hotéis para observação médica por escolha própria incluem ainda o Lisboeta Macau e o Grand Sheraton Macau (durante o período de 6 a 19 de Fevereiro, este estabelecimento hoteleiro não será utilizado como hotel para observação médica, voltando a ser utilizado para tal a partir de 20 de Fevereiro). Os hotéis para observação médica designados, onde podem ficar alojados residentes e seus familiares, são a Pousada Marina Infante, o Hotel China Golden Crown e o Resort Grand Coloane.

1 Fev 2021

Suicídio | Macau abaixo da média internacional

Os Serviços de Saúde (SS) garantiram, em resposta a uma interpelação da deputada Agnes Lam, que a taxa de suicídio em Macau está abaixo da média internacional, tendo em conta que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a taxa de mortalidade de suicídio é considerada alta quando esta é de 13 mortes por 100 mil habitantes. “Observando a situação do suicídio em Macau, esta tem estado abaixo dos padrões nos últimos anos, pelo que Macau não pertence a uma área onde o suicídio é alto”, lê-se na resposta.

“Se considerarmos apenas a situação da morte por suicídio dos residentes de Macau, em 2019 foram registados os dados mais baixos dos últimos dez anos, por isso 2020 registou um aumento em relação a 2019, mas a situação é semelhante a 2018”, acrescenta a resposta.

Os SSM citam dados relativos ao ano passado em que foram registados 53 casos de morte por suicídio nos primeiros três trimestres, “o que representa um aumento de cinco casos face ao período homólogo de 2019”. Os motivos para o suicídio estão principalmente relacionados com doenças mentais, crónicas ou físicas, dos quais 12 (22,6 por cento) com registo de consulta psiquiátrica. “Após a análise registaram-se 19 casos de doenças crónicas ou físicas, ou seja, mais seis do os 13 casos registados no ano anterior, 13 casos de doença mental, um número superior em um caso comparado com os 12 do ano passado. Há dez casos relacionados o jogo e problemas financeiros, sendo o número igual ao mesmo período do ano passado”, adiantam ainda os SSM.

Relativamente à linha aberta de apoio psicológico no âmbito da covid-19, até Novembro do ano passado foram registados 58 pedidos de informação. Da parte do Instituto de Acção Social, entre Janeiro e Novembro do ano passado registaram-se mais de seis mil telefonemas de pedidos “envolvendo principalmente problemas emocionais e mentais”, no âmbito de uma linha aberta de aconselhamento operada por este organismo.

1 Fev 2021

Jogo | Académica aponta risco de concessionárias americanas

Durante um evento da Câmara do Comércio França-Macau, a académica Priscilla Roberts referiu que as concessionárias de jogo norte-americanas estão “a jeito” para levar uma reprimenda de Pequim, à medida que a data para a renovação das concessões se aproxima (2022). De acordo com o portal Inside Asian Gaming, a professora da Universidade Cidade de Macau considera que a renovação estará longe de ser uma garantia.

“Acho que é bem possível que os casinos norte-americanos deixem de ser bem-vindos em Macau. Pode surgir alguma pressão para que o sector tenha operações mais chinesas, o que pode conduzir à abertura de oportunidades na região”, afirmou, citada pelo portal. Apesar da escalada de tensões comerciais durante a administração Trump, Pequim pode usar o trunfo das concessões de jogo para “aplicar uma leve reprimenda, sem provocar demasiado os Estados Unidos, porque a administração Biden não estar muito interessada com o que acontece aos Adelsons e Wynns”.

1 Fev 2021

Direito | AAM apresenta queixa contra responsáveis da “eAskLaw”

A Associação dos Advogados de Macau (AAM) apresentou uma denúncia criminal ao Ministério Público contra os responsáveis pela criação da plataforma “eAskLaw”, pelo crime de usurpação de funções previsto no Estatuto do Advogado. A notícia foi avançada na sexta-feira pela TDM Rádio Macau. A plataforma em causa permitia pedir aconselhamento legal por via online, sem identificar os advogados.

De acordo com a TDM – Rádio Macau, a plataforma é propriedade da sociedade Aliança Profissional da Grande Baía e detida maioritariamente por Wong Wai Pan. Além disso, referiu que o aconselhamento é prestado por profissionais inscritos na AAM há mais de um ano.

A queixa submetida prende-se com a página electrónica da plataforma não ser associada a qualquer advogado ou escritório registado na AAM, explica uma circular da associação. De acordo com o Estatuto do Advogado, quem praticar actos da profissão de advogado, tal se intitular ou usar insígnia sem estar inscrito na associação pública profissional, é punido com prisão até dois anos e multa até 200 dias.

Na circular, a AAM alerta que os responsáveis das páginas electrónicas “contactaram vários advogados para angariar ‘consultores’”, apontando que quem realizar consultas jurídicas nas circunstâncias em causa pode estar sujeito a infracção disciplinar.

1 Fev 2021

Menos 31% de sacos de plásticos encontrados em resíduos, diz DSPA

Em declaração ao jornal All About Macau, o director dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), Tam Vai Man, apontou que depois da cobrança pelos sacos de plástico ter entrado em vigor, se verifica que a medida surtiu efeito devido à cooperação da sociedade. De acordo com Tam Vai Man, os dados mostram uma redução de 31 por cento dos sacos de plástico, em comparação a relatórios de 2018 sobre resíduos.

Além disso, observou que o maior declínio se deu no sector da venda a retalho, tal como supermercados e lojas de lembranças, em que a redução do uso de sacos de plástico foi entre 60 a 80 por cento.

Por outro lado, Tam Vai Man indicou que este ano os trabalhos sobre eficiência energética e redução de emissões, sobretudo da utilização do gás, vai estar em foco. Está previsto o arranque da obra de canais do gás que liga a Taipa a Macau no primeiro trimestre, devendo o projecto ficar concluído dentro de um ano. O director da DSPA frisou que o organismo está a tentar acabar as alterações ao regulamento técnico das instalações de abastecimento de gás canalizado em edifícios, para no futuro os edifícios novos poderem usar o gás.

Por outro lado, a DSPA lançou novas actividades para a recolha de envelopes vermelhos durante o ano novo chinês, apontando que ao fim de quatro anos se observa um menor volume de envelopes reciclados porque os residentes já os costumam reutilizar.

1 Fev 2021

Surf Hong ganha processo em tribunal para anular multa de 7,6 milhões

O Tribunal de Segunda Instância anulou a multa de 7,6 milhões de patacas imposta à empresa Surf Hong, relacionada com a incapacidade da companhia de fornecer nadadores salvadores nas piscinas do Instituto do Desporto. A decisão foi anunciada na quinta-feira, no portal dos tribunais, e os fundamentos não foram publicados.

A Surf Hong era a empresa responsável pelo contrato de fornecimento de nadadores salvadores para as piscinas no ID no Verão de 2018, quando os trabalhadores entraram em greve e fizeram com que houvesse o encerramento temporário das piscinas de Cheoc Van e Dr.. Sun Yat Sen. Na origem da greve estiveram motivos de ordem laboral, nomeadamente o facto de os nadadores terem sido obrigados a assinar declarações em que abdicavam do pagamento das horas extra.

Na sequência do episódio e ao que foi visto como uma falha contratual, o então secretário Alexis Tam aplicou duas multas à Surf Hong. Uma primeira multa no valor de 7,6 milhões e uma segunda no valor de 4,1 milhões de patacas.

Quanto à multa de 4,1 milhões de patacas, o Tribunal de Segunda Instância já havia decidido pela anulação da mesma, por considerar que a greve dos 26 trabalhadores sem aviso prévio que resultou na suspensão dos serviços é um motivo de “força maior”. O contrato entre a Surf Hong e o Instituto do Desporto previa que a suspensão do serviço por motivos de força maior não tinha de ser compensada.

No entanto, o Governo vê agora a multa mais alta ser igualmente anulada. A secretaria para os Assuntos Sociais e Cultura pode recorrer para o Tribunal de Última Instância. Esta é uma decisão que terá de ser tomada nos próximos dias por Elsie Ao Ieong U.

Pagamento feito

Apesar do valor das duas multas ter sido anulado pelo TSI, os pagamentos já tinham sido efectuados, depois dos tribunais terem recusado duas providências cautelares.

Depois da multa ter sido anunciada, a Surf Hong, através do proprietário Wong Chon Heng, recorreu à Justiça para não só anular as multas, mas também para que os pagamentos só tivessem de ser feitos quando houvesse uma decisão final da Justiça.

Contudo as providências cautelares foram decididas pelo TSI e pelo TUI em Maio e Julho, respectivamente, e obrigaram a que a empresa efetuasse imediatamente o pagamento. Entre os argumentos da Surf Hong era apontado que o pagamento ia levar a empresa à falência e que causaria danos irreparáveis.

1 Fev 2021

IAS | Procura de ajuda por dependência do jogo diminuiu 30%

Num ano marcado pela pandemia, o número de pessoas que procurou ajuda junto do Instituto de Acção Social devido a dependência do jogo teve uma quebra para 77 casos. Em 2020, o volume de pessoas que jogou com o motivo de desanuviar aumentou

 

Voltou a baixar o número de pessoas que procurou ajuda junto do Instituto de Acção Social (IAS) devido à dependência do jogo. No ano passado foram registados 77 casos, o que representa uma descida de 30 por cento face a 2019. As informações divulgadas pela Casa de Vontade Firme são do sistema de registo central dos indivíduos afectados pelo vício do jogo, que faz a comparação percentual do ano passado com dados desde 2011.

Os dados sobre a primeira metade do ano passado já revelavam uma quebra dos casos registados, mas uma menor procura de apoio não foi sinónimo de uma diminuição de situações de vício. “A razão principal é que, as instituições de prevenção e tratamento do distúrbio do jogo, devido ao impacto causado pela epidemia de novo tipo de coronavírus, suspenderam o seu funcionamento ou prestaram serviços limitados, pelo que o número de casos registados diminuiu”, explicou o IAS ao HM, em Novembro.

Num ano marcado pelas restrições fronteiriças devido à pandemia por covid-19, uma das mudanças foi o volume de casos referente a residentes da RAEM. Mais de 90 por cento dos jogadores afectados pelo vício do jogo registados no ano passado tinham BIR, e houve um ligeiro aumento dos jovens com menos de 18 anos a jogar.

Outro número que sobressai nos dados divulgados relaciona-se com o perfil profissional dos jogadores. No ano passado deu-se uma percentagem recorde de indivíduos afligidos pelo distúrbio que são estudantes, domésticas ou aposentados: 16,88 por cento. De entre quem está empregado, há menos pessoas que trabalham na indústria do jogo ou por turnos.

Mais de metade dos jogadores sinalizados pelo IAS sofriam de vício do jogo em grau moderado. Com uma descida em comparação a 2019, os casos graves de distúrbio do jogo foram os mais baixos desde 2015, passando para 23,73 por cento.

Jogar para desanuviar

A resolução de problemas financeiros foi o motivo que levou mais de 24 por cento das pessoas a recorrer ao jogo. Desde 2016 que o número de pessoas a jogar para desanuviar tinha vindo a descer, mas a tendência foi interrompida no ano passado. Desanuviar foi apontado em 2019 por 15,87 por cento dos indivíduos como o factor de jogo, tendo ultrapasso os 21 por cento no ano passado. Por outro lado, a percentagem de quem o faz por entretenimento diminuiu para 16,97 por cento.

O jogo preferido de mais de metade dos jogadores foi o bacará, mantendo-se assim como a escolha mais popular.
O volume de jogadores com dívidas manteve-se, apesar de serem visíveis mudanças no montante em causa. Os casos em que o montante da dívida se situa entre 100 a 250 mil patacas duplicaram, para cerca de 30 por cento. Por outro lado, ficaram abaixo dos nove por cento as situações em que se devem entre 250 e 500 mil patacas. Note-se que quase um quinto dos jogadores que pediram ajuda ao IAS apostaram uma média de 10 a 50 mil patacas por mês.

1 Fev 2021

Estudo | Mais de 40% das crianças pobres são de famílias monoparentais

Um estudo indica que 43 por cento das crianças de Macau que vivem em condições de pobreza fazem parte de famílias monoparentais, avança o canal chinês da Rádio Macau.

A investigação, conduzida pela Caritas Macau em parceria com a Universidade Normal de Pequim e a Hong Kong Baptist University, concluiu ainda que 35 por cento das crianças em situação de pobreza estão inseridas em agregados familiares que chegaram há pouco tempo a Macau, ou que permaneçam com salvo-conduto para deslocação a Hong Kong e Macau, o que os obriga a regressar à origem periodicamente. Além disso, crianças que vivam numa família com membros portadores de deficiência têm 17 por cento de probabilidade de enfrentar situações de pobreza.

O inquérito, realizado em Julho do ano passado, contou com a participação de 146 menores e 41 crianças acompanhadas pelos pais. Os inquiridos recebem assistência do Instituto de Acção Social ou apoio do centro de serviço de fornecimento temporário de alimentos da Caritas.

Outro aspecto revelado pelo estudo é o efeito das relações entre pais e crianças na exclusão social. Mais de 60 por cento dos pais ralham os filhos frequentemente, enquanto que mais de 40 por cento confessa aplicar castigos corporais ou castigos severos, o que acaba por se reflectir na exclusão social dos filhos, aumentando a probabilidade de sofrerem de bullying na escola.

29 Jan 2021

Covid-19 | Lei Chin Ion antecipa que predisposição inicial para a vacina não será alta

Lei Chin Ion espera que a vontade dos residentes em serem vacinados, numa fase inicial, seja afectada por notícias negativas. Os Serviços de Saúde alertam que é “determinante” a criação de uma barreira imunológica em Macau

 

O director dos Serviços de Saúde (SS), Lei Chin Ion, não está optimista com a adesão da população na fase inicial da vacinação. Em reunião plenária do Conselho para os Assuntos Médicos, revelou que espera que a disposição dos residentes para a vacinação “possa ser afectada por algumas notícias negativas”, nomeadamente efeitos secundários ou alergias. Assim, antecipa que a predisposição para que lhes seja administrada a vacina “não será elevada”. A informação foi avançada em comunicado dos SS.

“Se a taxa geral de vacinação em Macau não for ideal, não será possível criar uma barreira imunológica o que é determinante para o território”, alerta a nota, acrescentando que até ao momento não se registaram alergias ou efeitos negativos graves na vacinação.

Lei Chin Ion observou que a pandemia ainda é “muito grave” pelo mundo e que os serviços médicos “estão a enfrentar testes e desafios sem precedentes”. Além disso, apelou aos membros do Conselho façam uso do seu conhecimento para promoverem a vacinação contra novo tipo de coronavírus.

Antes da pandemia, a Organização Mundial de Saúde incluiu a relutância em receber vacinas, independentemente destas estarem disponíveis, como uma das ameaças à saúde global em 2019. Por outro lado, com o aparecimento do novo tipo de coronavírus surgiram também preocupações com a propagação de informação falsa.

Redes sociais e notícias falsas

Em Dezembro do ano passado, o Facebook anunciou que ia passar a remover alegações falsas sobre as vacinas contra a covid-19 que sejam identificadas por especialista em saúde pública. A rede social esclareceu que a medida podia abranger declarações sobre segurança, eficácia, segurança ou efeitos secundários. Como exemplo, indicou que iria remover declarações falsas sobre as vacinas conterem microchips.

No mesmo mês, o Twitter anunciou que ia passar a remover informação falsa sobre vacinação. Em causa estava informação falsa a sugerir que as vacinas são usadas para causar danos ou controlar a população, que tenham sido amplamente desmentidas em relação aos efeitos secundários, ou que apontem que as vacinas sejam desnecessárias por alegarem que o covid-19 não é sério ou real.

Telemedicina em lares

Na reunião do Conselho para os Assuntos Médicos foram abordados outros problemas que se revelaram durante a pandemia. “Por razões geográficas, o desenvolvimento da telemedicina em Macau encontra-se ainda em fase exploratória”, diz a nota, acrescentando que se prevê a realização de reuniões para analisar como desenvolver este ramo. Alguns membros do organismo sugeriram que a telemedicina deve ser testada primeiro nos lares de idosos.

Por outro lado, vários membros apresentaram opiniões sobre as regras de implementação do desenvolvimento profissional contínuo obrigatório (DPC), incluindo sugestões para a fixação de limites para os tipos de créditos das actividades, o reconhecimento de cursos online e financiamento na organização de formações e participação em conferências no exterior.

29 Jan 2021

Casinos | Pequim alarga ‘lista negra’ de destinos de jogo no estrangeiro

A China vai adicionar novos destinos a uma ‘lista negra’ criada para dissuadir os chineses de jogarem em casinos no exterior, actividade que custa ao país o equivalente a quase 130 mil milhões de euros anualmente.

As novas restrições visam “regular melhor o mercado do turismo” e “salvaguardar a vida e a propriedade dos cidadãos chineses”, indicou, em comunicado, o Ministério da Cultura e do Turismo da China.

Em Agosto passado, o país tinha anunciado a criação de uma ‘lista negra’ de destinos turísticos de jogo por perturbarem a “ordem comercial do mercado de turismo no estrangeiro da China”, impondo restrições a viagens a lugares onde os chineses frequentemente vão jogar.

Embora a lista não tenha sido tornada pública, Filipinas, Myanmar, Malásia, Vietname e Camboja são todos destinos frequentes para os jogadores chineses. “Casas de jogo nas Filipinas, Myanmar e outros países vizinhos têm atraído cidadãos chineses de forma imprudente nos últimos anos”, disse o chefe do gabinete de cooperação internacional do Ministério de Segurança Pública chinês, Liao Jinrong, em Setembro passado, durante um fórum, em Pequim. “O jogo transfronteiriço está frequentemente relacionado com o crime organizado, fraude, sequestro e tráfico e imigração ilegal”, apontou.

O Ministério de Segurança Pública chinês indicou que mais de 600 suspeitos chineses envolvidos em jogos de azar transfronteiriços foram presos, no ano passado, em operações conjuntas com a polícia de vários países do sudeste asiático.

29 Jan 2021

Hotelaria | Ocupação de 28,6% em 2020, com melhoria em Dezembro

A taxa de ocupação média hoteleira em 2020 em Macau foi de 28,6 por cento, menos 62 pontos percentuais em termos anuais, mas os dados de Dezembro mostraram melhorias em relação a Novembro, anunciaram ontem as autoridades.

A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) que no disse ano passado a taxa de ocupação média de quartos de hóspedes dos hotéis e pensões foi de 28,6 por cento.

No mesmo período foram contabilizados 3.874.000 hóspedes, menos 72,5 por cento, em comparação a 2019.
Em Dezembro, a taxa de ocupação média foi de 53,1 por cento, mais 9,1 pontos percentuais do que em Novembro, mas menos 38,9 pontos percentuais em relação ao período homólogo de 2019, indicou a DSEC.

Após o reinício, em 23 de Setembro, da emissão dos vistos individuais e de grupo da China continental para o território, suspensos desde o início da pandemia de covid-19, o número de visitantes tem subido gradualmente, ainda que de forma lenta e muito abaixo de uma média de cerca de três milhões de visitantes registada por mês em 2019. Em 2019, quase 40 milhões de pessoas visitaram Macau.

29 Jan 2021

Sands China | Prejuízos de 1,52 mil milhões não afastam investimentos futuros

A Sands China registou prejuízos de 1,52 mil milhões de dólares em 2020, mas tal não inviabiliza que o novo CEO da Las Vegas Sands, Robert Goldstein, tenha confiança no futuro. Na calha está um investimento entre cinco a dez mil milhões de dólares para Macau. A pensar na renovação das licenças

 

O ano fechou em baixa para a concessionária de jogo Sands China, que registou prejuízos de 1,52 mil milhões de dólares em 2020, apesar de ter existido uma ligeira recuperação nos últimos meses em relação aos anteriores. As receitas caíram 80,8 por cento para 1,69 mil milhões de dólares em relação aos resultados de 2019.

No que diz respeito ao último trimestre do ano, as receitas foram de 672 milhões de dólares mas, contas feitas, houve um prejuízo de 246 milhões de dólares. Um valor muito distante do que se verificou no período homólogo de 2019, quando contabilizou um lucro de 513 milhões de dólares.

Apesar dos números, consequência da crise pandémica que levou a uma grande quebra no número de turistas e ao controlo das fronteiras, a operadora está confiante no futuro. O novo CEO da Las Vegas Sands, que detém a subsidiária Sands China, anunciou novos investimentos para o território, segundo o portal Inside Asian Gaming.

“Acredito que quando Macau tomar a sua decisão (sobre a renovação das licenças) que haverá o requisito de investir mais em Macau. Foi isso que Sheldon [Adelson] sentiu, que deveríamos investir mais cinco a dez mil milhões de dólares”, adiantou Robert Goldstein.

“Quando o Governo macaense tomar a sua decisão penso que vamos continuar com um sólido investimento de base para apanharmos esta oportunidade com as duas mãos, e eu sei que era isto que Sheldon sentia. Não há sítio como Macau e ainda não terminámos o nosso trabalho em Macau. Vamos continuar por aqui durante muitos mais anos”, disse.

Robert Goldstein falou também de outros investimentos que a operadora está a fazer na Ásia, nomeadamente na expansão do empreendimento Marina Bay Sands, em Singapura, que vai custar 3,3 mil milhões de dólares americanos. “Haverá outros investimentos que não são pequenos, são na ordem dos mil milhões de dólares, então temos de nos preparar para investir nos nossos melhores mercados, que são Macau e Singapura, em prol de um grande crescimento.”

Crença na recuperação

No comunicado enviado à bolsa de valores de Hong Kong, o CEO da Las Vegas Sands confessou estar “confiante e optimista” em relação ao futuro. “Atingimos um positivo EBITDA [lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações] em Macau e Singapura durante o quarto trimestre. Não temos dúvidas de que o nosso negócio vai recuperar para níveis pré-covid no futuro.”

Falando dos empreendimentos que a Sands China tem no território, Robert Goldstein destacou a abertura da quarta fase do The Londoner no próximo mês, no Cotai. “Estamos muito entusiasmados com o progresso que o The Londoner Macao terá ao longo do ano de 2021.”

A morte de Sheldon Adelson, vítima de cancro, foi lembrada pelo seu sucessor. “A visão e liderança que Sheldon Adelson criou para a Las Vegas Sands e o modelo de resorts integrados e de convenções tornaram-se nos alicerces do sucesso da nossa empresa. O seu impacto mantém-se vivo em todos os 50 mil funcionários da empresa e nas propriedades icónicas que desenvolveu em todo o mundo”, concluiu.

29 Jan 2021

Presidenciais | Marcelo Rebelo de Sousa teve quase mil votos em Macau

Foram ontem conhecidos os resultados finais das eleições Presidenciais de 2021 que reelegeram, por mais quatro anos, o candidato Marcelo Rebelo de Sousa. Dados afixados pelo consulado-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, e que incluem os votos da Coreia do Sul, Marcelo Rebelo de Sousa teve um total de 926 votos. Ana Gomes, candidata independente apoiada por partidos como o Livre e o PAN, mas militante do Partido Socialista, ficou em segundo lugar com 207 votos. André Ventura, candidato e líder do Chega!, ficou em terceiro lugar com 115 votos.

Segue-se Tiago Mayan, da Iniciativa Liberal, com 66 votos, Marisa Matias, do Bloco de Esquerda, com 50 votos, João Ferreira, do Partido Comunista Português, com 42, e Vitorino Silva com apenas 27. Foram contabilizados 26 votos nulos e 15 brancos. De um total de 70.134 eleitores inscritos votaram apenas 1.474, num acto eleitoral marcado por dificuldades de deslocação devido à pandemia, nomeadamente de Hong Kong para Macau. Em Xangai, Marcelo Rebelo de Sousa ficou à frente com apenas 12 votos, que representam 63,16 por cento. Segue-se André Ventura com três votos, 15,79 por cento, e Ana Gomes com também três votos. Marisa Matias teve apenas um voto, com 5,26 por cento. À hora do fecho desta edição não estavam ainda disponíveis os votos em Pequim.

Votos duplicaram no estrangeiro

Em termos gerais o número de votos dos portugueses no estrangeiro duplicou face às Presidenciais de 2016. “Os dados provisórios apontam para 27.615 votos em relação aos 14.150 de 2016”, refere um comunicado conjunto do Ministério dos Negócios Estrangeiros e do Ministério da Administração Interna. “Este aumento, a confirmar-se uma vez concluído o escrutínio provisório, verifica-se também em relação ao número de votantes na eleição para o Parlamento Europeu em 2019, que registou 13.816”, acrescenta o documento.

Os dois ministérios assinalam que o número de locais de voto foi “o mais elevado desde que há registo” e estes receberam “15 toneladas de material eleitoral”. Os cidadãos portugueses no estrangeiro puderam votar nos dias 23 e 24 de Janeiro em “164 secções de voto em cerca de 145 serviços consulares da rede externa portuguesa”.

O Governo aponta que os postos consulares onde se registaram maior número de votantes foram, por ordem decrescente, Londres, Luxemburgo, Paris e Macau, e que, “em termos globais”, a Suíça foi o país onde se registou o maior nome de votantes, seguida de Brasil, França e Reino Unido. Os dois ministérios destacaram também que os 5.429 cidadãos portugueses que participaram na votação antecipada no estrangeiro, realizada entre os dias 12 e 14 deste mês em 117 postos consulares, correspondem ao “maior número de que há registo”.

28 Jan 2021