Hengqin | Aberto concurso para remodelação da Praça Dezhi

A ideia é criar uma nova cidade ligada à universidade, ao invés do antigo plano de construção da réplica de uma cidade alemã. Está aberto o concurso público para a remodelação da Praça Dezhi, em Hengqin, com apartamentos junto ao Novo Bairro de Macau e ao campus da Universidade de Macau

 

Está aberto um concurso público para a remodelação da Praça Dezhi, na Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, no espaço que já foi pensado para albergar a réplica de uma cidade tipicamente alemã.

Agora, o que se pretende é que a Praça Dezhi se torne numa futura cidade universitária, com apartamentos e demais serviços, por estar tão próxima do Novo Bairro de Macau em Hengqin e também do campus da Universidade de Macau nesta região vizinha.

O concurso, aberto até ao dia 29 deste mês, envolve a transformação de um espaço com 13 edifícios, numa área total de 49 mil metros quadrados, sendo que a área destinada a construção é de 65 mil metros quadrados. Na nova Praça Dezhi, espera-se prédios elevados para actividades estudantis, escritórios, apartamentos, um hotel e ainda dez edifícios destinados a actividades auxiliares de ensino.

O jornal Ou Mun descreve alguns detalhes do projecto, podendo ler-se que a localização específica de Hengqin “traz uma importância estratégica a esta obra, o que significa que a cooperação entre Macau e Hengqin entrou já numa nova etapa, a fim de se apoiar Macau numa melhor integração no desenvolvimento nacional” do país.

Resposta à escassez

Ainda nos detalhes do projecto citados pelo Ou Mun, descreve-se que a renovação da Praça Dezhi pretende também dar resposta à escassez de espaço na RAEM.

“A escassez de terrenos em Macau limita, a longo prazo, a expansão das instituições do ensino superior e a sua actualização académica. A conclusão deste campus transitório não só satisfaz as necessidades do ensino superior e de investigação de Macau durante um certo período, como também incentiva uma integração mais profunda de áreas vantajosas para as universidades, como a medicina tradicional chinesa e o campo da microelectrónica.”

Desta forma, acrescenta-se, “em conjugação com as indústrias de Hengqin, através do modelo ‘Campus + Parque Indústrial’ contribui-se para que Macau forme novas forças de produção e alcance um desenvolvimento [económico] diversificado”, é citado.

A Praça Dezhi foi pensada, antes da pandemia, para ser a “German City Hengqin”, a réplica de uma típica cidade alemã com 150 mil metros quadrados onde as culturas alemã e chinesa iriam convergir. Segundo um artigo do jornal South China Morning Post de 2020, o projecto pretendia atrair investimentos da zona da Grande Baía, contando com 229 milhões de dólares americanos de investimento da TFG International, empresa listada na bolsa de valores de Hong Kong. Seria ainda construído um centro internacional de convenções e exposições, bem como hotéis e escritórios.

A venda dos imóveis arrancou em 2019, mas ficou estagnada devido aos anos da pandemia. Além disso, houve diversas disputas e muitos proprietários não conseguiram receber as casas onde tinham investido o dinheiro.

No anúncio do novo projecto, lê-se que a obra para a Praça Dezhi continua a manter “as características arquitectónicas europeias”, destacando-se as futuras características da cidade universitária nos espaços interiores e exteriores, pensados para zonas de lazer e espectáculos.

13 Ago 2025

CAEAL | Busca de informação reflecte interesse dos eleitores

O presidente da Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa afirmou ontem que numa semana cerca de 116 mil pessoas consultaram informações sobre o local de voto. Song Ioi Man considera que o volume de consultas demonstra o interesse do eleitorado sobre o acto eleitoral

 

No espaço de uma semana, a Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) registou cerca de 116 mil buscas de informação sobre o local de voto, afirmou ontem o presidente do organismo que organiza o sufrágio de 14 de Setembro. Song Ioi Man considera que o volume de consultas reflecte o interesse com que a população acompanha os trabalhos relativos ao processo eleitoral.

Na terça-feira da semana passada, foram lançados vários meios de consulta, para os eleitores conhecerem a assembleia de voto atribuída através da aplicação Conta Única, de uma linha aberta, da página da CAEAL e em quiosques de auto-atendimento dos serviços públicos.

Numa conferência de imprensa à saída de mais uma reunião do organismo, o juiz adiantou também que na sexta-feira foi concluída a distribuição dos espaços públicos que serão destinados a actividades de campanha eleitoral. Fica assim concluído mais um passo para o início do período de campanha, que arranca no dia 30 de Agosto e durará 14 dias.

Quando questionado sobre o que acontece se uma lista realizar acções de campanha eleitoral fora de Macau e do prazo estabelecido, o presidente da CAEAL sublinhou que a lei eleitoral também se aplica fora de Macau. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, o responsável afirmou esperar que as autoridades policiais tenham os meios capazes para lidar com a situação e fiscalizar actividades fora da RAEM, nomeadamente através de mecanismos de cooperação policial com autoridades do exterior.

Guardiões do acto

Durante o sufrágio, enquanto as urnas estiverem abertas, entre as 09h e as 21h, cada lista pode nomear dois representantes (um efectivo e um suplente), para fiscalizar o processo eleitoral em cada uma das assembleias de voto.

O presidente da CAEAL referiu que as listas podem apresentar os nomes dos representantes entre o próximo sábado e 25 de Agosto, de forma a estes obterem um certificado de entidade, que deve ser levantado no balcão de recepção da CAEAL, no edifício da Administração Pública, na Rua do Campo, até dois dias antes do dia das eleições. Um dos requisitos destes representantes é poderem votar nas assembleias de voto que vão fiscalizar.

13 Ago 2025

SMG | Ciclone tropical poderá estar amanhã a 800km de Macau

O ciclone tropical Podul está a intensificar-se a leste de Taiwan e irá aproximar-se da costa sudeste da China ao longo da semana. Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos estimam que atinja o grau de tufão e esteja a 800 quilómetros de Macau na tarde de amanhã e a 400 quilómetros na quinta-feira, quando já será depressão tropical

 

Depois de alguns dias de tréguas, as chuvadas intensas e trovoadas vão voltar a fustigar Macau a partir de meio da semana, à medida que se irá intensificar o impacto do ciclone tropical severo “Podul”, que estava ontem localizado no Pacífico noroeste, a leste de Taiwan.

Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) indicaram ontem que a tempestade está a intensificar-se gradualmente e a mover-se para oeste a uma velocidade de cerca de 25 quilómetros por hora. A previsão mais recente aponta para que o “Podul” se intensifique para a categoria de tufão quando estiver a cerca de 800 quilómetros de Macau, amanhã por volta das 14h, altura em que irá chegar a Taiwan. Cerca de 24 horas depois, já na tarde de quinta-feira, as previsões apontam para a redução da intensidade do “Podul”, que passará a ser a uma depressão tropical, entrando em território continental, a cerca de 400 quilómetros noroeste de Macau.

Questões de intensidade

Durante a manhã de ontem, os SMG ainda não arriscavam prever uma trajectória para a tempestade, apontando para duas previsões distintas, antes de revelarem a estimativa acima referida.

“Diferentes modelos de previsão ainda apresentam diferenças significativas nas suas trajectórias e desenvolvimento subsequente. Modelos numéricos prevêem que o ‘Podul’ siga uma trajectória mais para norte em direcção às áreas entre Fujian e Zhejiang, mas alguns modelos numéricos e de inteligência artificial prevêem uma trajectória mais a sul, aproximando-se da costa leste de Guangdong”, indicaram os SMG.

Para já, as autoridades referem que a circulação do ‘Podul’ é relativamente pequena, devido a condições de desenvolvimento desfavoráveis, esperando-se que enfraqueça depois de atingir terra em Taiwan.

Os SMG advertiram ontem para a continuação do tempo “extremamente quente nos próximos dias”, devido à influência de “um anticiclone em alta altitude”. Porém, com a aproximação do “Podul”, o tempo na costa de Guangdong vai tornar-se instável, com probabilidade de ocorrência de chuva intensa na parte final desta semana. Se o “Podul” seguir uma trajectória mais próxima da costa oriental de Guangdong, o vento e a chuva em Macau serão mais intensos.

Os SMG apelaram à população para prestar atenção às informações meteorológicas mais recentes, de forma a poderem tomar medidas de contingência com a maior brevidade possível.

11 Ago 2025

Venda de bilhetes | IC diz estar atento a eventuais burlas

A presidente do Instituto Cultural (IC), Leong Wai Man, garante que tudo está a ser feito para travar a ocorrência de burlas associadas à venda de bilhetes para espectáculos.

Na resposta à interpelação do deputado Nick Lei, é referido que “o Governo tem estado atento às situações de venda de bilhetes ou burlas na venda de bilhetes para concertos e espectáculos de grande envergadura”, aplicando-se o Regime Jurídico das Infracções contra a Saúde Pública e contra a Economia, de 1996.

É referido, na mesma resposta, que a Polícia Judiciária (PJ) tem vindo a “realizar trabalhos policiais de natureza diversa, intensificando a prevenção e o combate aos crimes relacionados com a venda de bilhetes para espectáculos”, fazendo “inspecções regulares na rede [plataformas] de venda”.

Destaca-se, na mesma resposta, a resolução de um caso descoberto em Julho, tratando-se de uma burla que envolvia 560 mil renminbis protagonizada por “uma mulher de Macau que alegava estar a vender bilhetes numa aplicação de comunicação em grupo online”.

Leong Wai Man diz que o IC começou a implementar o sistema de registo dos nomes de espectadores, com um processo de “inscrição prévia, sorteio e compra posterior”, sendo que se faz com a identificação da pessoa, além de “tomar medidas para combater condutas ilegais, como a revenda de bilhetes a preços elevados”. É ainda referido que a ideia por detrás da criação de um Local de Espectáculos ao Ar Livre de Macau “encontra-se em fase experimental”.

11 Ago 2025

Desperdício alimentar | Pereira Coutinho sugere plano de combate

José Pereira Coutinho quer que o Governo combata o desperdício alimentar e que a cultura de abundância de banquetes e buffets seja coordenada com bancos alimentares e instituições de caridade. O deputado perguntou se está prevista legislação para incentivar ou obrigar à separação de resíduos orgânicos

 

O desperdício alimentar em Macau é um problema para o qual Pereira Coutinho gostaria de ver uma estratégia integrada de combate. Numa interpelação escrita divulgada ontem, o deputado salienta o fosso entre a cultura de abundância de eventos sociais e as dificuldades operacionais na recolha de excedentes alimentares para distribuição a famílias carenciadas e instituições de solidariedade.

Essa cultura, de banquetes, buffets e celebrações, “associada a práticas comerciais que superdimensionam produções, gera volumes críticos de excedentes, em especial pães, bolos e refeições preparadas, agravando a ineficiência da cadeia alimentar”, denuncia o deputado.

Para solucionar o desperdício alimentar no sector comercial, Pereira Coutinho pergunta ao Governo se tenciona introduzir “normas que incentivem ou obriguem supermercados, restaurantes e outras empresas do sector alimentar a doar os excedentes alimentares ainda próprios para consumo a instituições de solidariedade social”. O deputado cita exemplos de leis em vigor em Portugal e França, que poderiam ser seguidos pelo Executivo.

Além disso, pergunta se é possível implementar medidas, como incentivos fiscais, apoio logístico, simplificação de procedimentos ou programas de certificação, para “facilitar a criação de parcerias sistemáticas entre estabelecimentos comerciais de alimentos (supermercados, restaurantes, padarias, hotéis e outros) e entidades particulares como bancos de alimentos ou instituições de caridade”.

Então e o ambiente?

Colocando a questão do desperdício alimentar na perspectiva do popular conceito de sustentabilidade, Pereira Coutinho aponta não apenas os desafios éticos e as suas implicações sociais e económicas, mas também os ambientais.

Em primeiro lugar, urge sensibilizar a população para a necessidade de reduzir o desperdício alimentar. Em seguida, o deputado realça a necessidade de corrigir as “deficiências infra-estruturais críticas na gestão de resíduos orgânicos, manifestadas na ausência de centrais de compostagem industrial e redes logísticas inteligentes para doação de excedentes em tempo útil”.

Também as consequências ecológicas, com emissões de gases com efeito de estufa, a decomposição em aterros e incineradoras, devem ser endereçadas. Como tal, Coutinho pergunta se o Governo pondera criar um quadro legal que “incentive ou obrigue a separação de resíduos orgânicos, nomeadamente resíduos alimentares, na origem (domésticos, comerciais e institucionais)”. O objectivo é dar o tratamento adequado aos resíduos, como compostagem ou digestão anaeróbia, em vez do recurso ao aterro.

11 Ago 2025

Administração | Ella Lei pede mais funcionários públicos

A fasquia máxima dos funcionários públicos está nos 35 mil, mas a deputada Ella Lei quer ir além disso. Em declarações ao Jornal do Cidadão, a deputada ligada aos Operários diz ser necessário dar resposta ao desenvolvimento social com mais recursos humanos

 

Ella Lei, deputada ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), defende que são necessários mais funcionários públicos a fim de dar resposta aos novos desenvolvimentos da sociedade. Em declarações ao Jornal do Cidadão, a deputada destaca que uma digitalização dos serviços não resolve todos os problemas no atendimento à população, sendo necessário, na sua opinião, mais recursos humanos.

A deputada recordou que o número máximo de funcionários públicos definido pelo Executivo, em 2020, era de 35 mil pessoas, e mantém-se nessa fasquia. Entretanto, Ho Iat Seng deixou de ser Chefe do Executivo, cargo agora ocupado por Sam Ho Fai, e Ella Lei diz que há áreas da Administração pública que carecem de mais quadros.

Falou, por exemplo, de serviços relacionados com o bem-estar da população, sobretudo na área da saúde, onde existe, segundo a deputada, uma grande procura. Ella Lei afirmou também que há falta de quadros para se avançar com projectos de prevenção nesta área.

A responsável considera que as instituições médicas públicas são essenciais para a prestação de cuidados de saúde, mesmo que haja cooperação com as instituições privadas. Assim, a deputada ligada aos Operários apontou que é necessário o Governo analisar se existe pessoal suficiente nesta área, caso contrário verifica-se grande pressão no trabalho.

Dar vazão às fronteiras

Ella Lei destacou também o caso das Forças de Segurança, defendendo que deve ser feita uma análise global ao número de agentes, tendo em conta o crescimento do número de postos fronteiriços e a recuperação dos visitantes face aos anos de pandemia, que já está novamente em mais de 30 milhões de pessoas por ano.

A legisladora argumentou que devem ser analisados se os agentes policiais, bombeiros e agentes de alfandegas são suficientes para responder à deslocação de residentes. Para Ella Lei, a falta de recursos humanos na área de segurança pode afectar a qualidade dos serviços e o próprio descanso dos trabalhadores.

A deputada destacou melhorias, no Governo de Sam Hou Fai, em termos de comunicação entre departamentos públicos, mas diz que ainda há situações que carecem de melhoria.

Um dos exemplos apontados ao jornal, é o da atribuição de licenças para a criação de negócios, sobretudo no sector da restauração, onde ainda reina a burocracia, afirmou. É algo a que o sector empresarial dá muita atenção por ser um assunto que obriga a resposta de vários serviços públicos, sendo necessário, para Ella Lei, rever toda a estrutura dos departamentos envolvidos a fim de dar mais conveniência à população. A deputada pede que haja um melhor mecanismo de coordenação para aumentar a eficácia do trabalho de atribuição de licenças.

11 Ago 2025

Jogo | Receitas fiscais até Julho aumentam 3,4% face a 2024

O Governo recolheu mais de 53,37 mil milhões de patacas em impostos sobre jogo nos primeiros sete meses do ano, valor que representou uma subida de 3,4 por cento em termos anuais. Somando todas as receitas fiscais, a RAEM amealhou até Julho quase 62,3 mil milhões de patacas em impostos

 

As receitas dos impostos sobre a indústria do jogo estão a subir. De acordo com dados da Direcção dos Serviços de Finanças (DSF), entre Janeiro e Julho foram recolhidos 53,37 mil milhões de patacas em impostos sobre o jogo, montante que significa um aumento de 3,4 por cento face ao mesmo período do ano passado. Em relação a 2024, nos primeiros anos sete meses deste ano foram colectados mais 1,77 mil milhões de patacas às concessionárias de jogo.

Em termos mensais, em Julho o Governo amealhou 8,11 mil milhões de patacas em impostos sobre o jogo, quantia que representou um aumento de 19 por cento face às receitas fiscais colectadas aos casinos em Julho de 2024.

Recorde-se que as concessões estabelecidas para uma década, e que passaram a vigorar a partir de 1 de Janeiro de 2023, fixaram um imposto de 40 por cento sobre as receitas brutas dos casinos do território.

Após a revisão orçamental, o Executivo de Sam Hou Fai colocou em 88,56 mil milhões de patacas as estimativas para as receitas fiscais sobre o jogo em 2025. De acordo com os mais recentes dados da DSF, no final de Julho foram amealhados mais de 60 por cento dos impostos sobre o jogo estimados pelo Governo para todo o ano.

Além disso, ao longo do ano, os impostos sobre o jogo representaram 86,3 por cento de todas as receitas fiscais apuradas até ao final de Julho.

Boas colheitas

Em termos de receita bruta acumulada pelos casinos, os primeiros sete meses deste ano registaram um aumento de 6,5 por cento em relação ao ano anterior, com um total de 140,896 mil milhões de patacas contra 132,348 mil milhões de patacas entre Janeiro e Julho de 2024.

Alargando o escopo dos impostos recolhidos em 2025, a DSF revela receitas totais este ano até Julho de quase 62,3 mil milhões de patacas e despesas totais a rondar 50,65 mil milhões de patacas, o que resulta num saldo positivo de 11,63 mil milhões de patacas.

Durante o mesmo período do ano passado, as receitas totais do orçamento eram de 61,5 mil milhões de patacas, o que na altura representou um aumento superior a 10 mil milhões face a 2023. Seguindo a trajectória ascendente, o saldo orçamental acumulado nos primeiros sete meses de 2025 é 2,33 mil milhões de patacas superior ao excedente verificado no mesmo período de 2024.

11 Ago 2025

Wynn Macau | Lucros caíram mais de 20% no segundo trimestre

A Wynn Macau registou lucros operacionais de 128,3 milhões de dólares no segundo trimestre de 2025, menos 20,78 por cento do que no mesmo período em 2024. A operadora de jogo vai investir este ano 250 milhões de dólares nas duas propriedades em Macau

 

Os lucros operacionais da Wynn Macau desceram 20,78 por cento no segundo trimestre deste ano, face ao período homólogo, ainda assim atingindo 128,3 milhões de dólares, segundo resultados apresentados pela operadora de jogo na sexta-feira.

A empresa indicou que os lucros ajustados antes de juros, impostos, depreciação, amortização e rendas (EBITDAR) da concessionária de jogos no segundo trimestre em Macau atingiram 253,7 milhões de dólares, uma queda de 9,5 por cento em relação ao ano anterior.

As propriedades operadas pela Wynn Macau registaram receitas de 883.5 milhões de dólares entre Abril e Junho, valor que se manteve praticamente inalterado (-0.2 por cento) em comparação com o mesmo período de 2024, anunciou a Wynn Resorts Ltd, que opera dois resorts com casino na Região Administrativa Especial de Macau (RAEM): o Wynn Macau, na península, e o Wynn Palace, em Cotai.

Por propriedade, as receitas operacionais do Wynn Palace diminuíram 1,5 por cento em relação ao ano anterior, para 539,6 milhões de dólares, enquanto o EBITDAR ajustado da propriedade caiu 14,8 por cento, para 157,2 milhões de dólares.

Já a Wynn Macau, registou receitas operacionais de 343,8 milhões de dólares, um aumento de 1,9 por cento em relação ao ano anterior, com o EBITDAR ajustado a avançar ligeiramente para 96,5 milhões de dólares.

Os casinos Wynn Macau e Wynn Palace foram responsáveis pela maioria do volume de negócios da empresa, arrecadando 741,7 milhões de dólares em receitas, mais 2,2 por cento do que no segundo trimestre do ano passado.

Investimentos deste ano

“Em Macau, embora a retenção de VIPs tenha afectado negativamente os resultados, gerámos uma quota de mercado saudável e um fluxo de caixa livre significativo, apoiando o nosso investimento contínuo nas propriedades de Macau”, afirmou, Craig Billings, presidente executivo da Wynn Resorts Ltd., citado no comunicado da empresa-mãe.

Em termos semestrais, a Wynn Macau registou lucros operacionais de 255,4 milhões de dólares entre Janeiro e Junho de 2025, menos 30,5 por cento do que nos primeiros seis meses do ano anterior.

A concessionária revelou também que vai gastar até 250 milhões de dólares este ano, incluindo melhorias na torre do hotel na sua propriedade Wynn Macau no centro da cidade e no seu resort Wynn Palace em Cotai. A informação foi revelada por Julie Cameron-Doe, directora financeira da empresa-mãe, Wynn Resorts Ltd, durante a teleconferência sobre os resultados do segundo trimestre do grupo. “Iniciámos dois projectos – uma expansão da área de jogos do Chairman’s Club no Wynn Palace e uma renovação dos quartos do Wynn Tower no Wynn Macau e, juntamente com os nossos outros projectos de investimento em curso, esperamos gastar um total entre 200 e 250 milhões de dólares em 2025.”

Dados recentes do Governo indicam que os casinos da região registaram, nos primeiros sete meses do ano, um aumento de 6,5 por cento da receita bruta acumulada em termos anuais, com um total de 140,896 mil milhões de patacas contra 132,348 mil milhões de patacas entre Janeiro e Julho de 2024.

11 Ago 2025

Turistas | Despesas per capita caem quase 13 por cento

Apesar da subida anual de quase 15 por cento do número de turistas que visitaram Macau nos primeiros seis meses do ano, os gastos totais no território, não relacionados com jogo, cresceram apenas 0,2 por cento. A despesa per capita caiu 12,8 por cento no mesmo período, para uma média de 1.970 patacas

 

O aumento do número de turistas que visitou Macau na primeira metade deste ano não se reflectiu na economia fora dos casinos. Segundo dados divulgados na sexta-feira pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), a despesa per capita dos visitantes não relacionada com o jogo (1.970 patacas) registou um decréscimo homólogo de 12,8 por cento.

Em termos de origem, os dados da DSEC mostram que os turistas do Interior da China registaram despesas per capita de 2.253 patacas nos primeiros seis meses do ano, valor que representa uma quebra de 14,4 por cento. Porém, o decréscimo mais acentuado verificou-se nos turistas internacionais, com uma quebra de 16,9 por cento (para 1.885 patacas per capita), uma variação negativa com pouco impacto nas contas finais tendo em conta a pequena proporção deste segmento no volume total de turistas. Os visitantes de Hong Kong registaram a despesa per capita mais baixa (940 patacas), uma quebra de 13,4 por cento em termos anuais.

Quando analisada a razão para a visita a Macau, os turistas que vieram nos primeiros seis meses do ano ao território para participar em convenções/exposições e para assistir a espectáculos/competições continuaram a registar despesas per capita mais elevadas, com 4.232 patacas e 4.161 patacas, respectivamente.

Mar de gente

O número de turistas que passou por Macau na primeira metade de 2025 só foi superado entre Janeiro e Junho de 2019, antes da pandemia de covid-19, período em que registou quase 20,3 milhões de visitantes.

Apesar da entrada de 19,2 milhões de visitantes no primeiro semestre deste ano, (uma subida anual de 14,9 por cento), as despesas totais realizadas no território apenas aumentaram 0,2 por cento, para cerca de 37,86 mil milhões de patacas. Neste capítulo, a DSEC salienta que a despesa total dos excursionistas (7,85 mil milhões de patacas) aumentou 7 por cento, porém, a dos turistas (30,01 mil milhões de patacas) desceu 1,4 por cento.

Porém, a evolução da despesa total melhorou entre o primeiro e o segundo trimestre, tendo em conta que no último período a DSEC registou uma subida de 4,6 por cento para um total de 18,25 mil milhões de patacas entre Abril e Junho. Durante este período de tempo, tanto as despesas totais não-jogo de excursionistas (3,61 mil milhões de patacas) aumentaram 5,5 por cento, como de turistas (14,64 mil milhões de patacas) subiram 4,4 por cento em termos anuais, graças ao aumento significativo de turistas que visitaram Macau.

Ainda assim, no segundo trimestre de 2025, a despesa per capita dos visitantes acompanhou a tendência negativa com uma quebra anual de 12,3 por cento. A DSEC destaca que “a despesa per capita dos turistas (3.663 patacas) e a dos excursionistas (673 patacas) baixaram 2,1 e 19,3 por cento, respectivamente”.

11 Ago 2025

Habitação | Nova quebra do preço das casas

Dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) revelam que os preços da habitação continuam a cair. A queda foi de 3,1 por cento face ao primeiro trimestre, destacando-se uma maior queda nas habitações já construídas

 

As casas estão mais baratas, após a segunda queda de preços este ano. Os dados mais recentes são divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), que fala de uma quebra de 3,1 por cento do Índice de Preços da Habitação (IPH), situado nos 196,1 pontos, em relação aos meses de Janeiro e Março de 2025.

Por sua vez, a queda foi maior nas habitações já construídas, com o IPH a situar-se nos 213,4 pontos, menos 3,7 por cento no segundo trimestre em relação aos primeiros três meses deste ano. Já o IPH das habitações em construção, foi de 214,9 pontos, mais 2,7 por cento, o que mostra que neste segmento as casas encareceram.

A DSEC avança ainda que entre Abril e Junho o IPH baixou 2,3 por cento face aos meses de Março a Maio, com uma maior quebra nas casas da ilha da Taipa, de 2,4 por cento. Por sua vez, a quebra do IPH entre Abril e Junho na ilha de Coloane foi de 2 por cento face ao trimestre anterior.

Se olharmos para as diferenças em termos anuais, verificamos que a quebra do IPH é ainda maior, uma vez que entre os meses de Abril e Junho deste ano o IPH baixou 10,4 por cento em relação ao período homólogo do ano passado. “Destaca-se que o índice de preços de habitações da Península de Macau e o índice da Taipa e Coloane diminuíram 10,1 por cento e 11,6 por cento, respectivamente”, aponta a DSEC, também nos mesmos meses e em comparação com igual período do ano passado.

Sempre a descer

Os dados estatísticos da DSEC mostram que o IPH das casas construídas baixou globalmente 2,2 por cento, sendo que a maior quebra diz respeito às casas com 11 a 20 anos de construção, registando-se, também no segundo trimestre do ano, uma quebra de 3,3 por cento face ao primeiro trimestre. Segue-se uma quebra de 2,2 por cento nas casas com cinco ou com mais de 20 anos.

Em termos de área útil das fracções autónomas, o IPH de casas do escalão inferior a 50 metros quadrados de área útil baixou 3,6 por cento. Por sua vez, o índice do escalão igual ou superior a 100 metros quadrados desceu 2,1 por cento, também entre os dois primeiros trimestres do ano.

A DSEC apresenta ainda dados dos preços por altura de edifícios, com o IPH dos prédios com sete ou menos pisos a baixar 2,9 por cento. Já em edifícios de altura superior, a quebra foi de 2,1 por cento.

Além dos preços das casas estarem mais baixos, também o número de transacções apresenta uma tendência de descida. Segundo dados divulgados pela DSEC no último mês, as transacções de imóveis para habitação registaram uma quebra anual de quase 50 por cento. Em Junho deste ano houve 219 negócios de compra e venda de habitação, o que representa uma redução de 47 por cento.

11 Ago 2025

Comércio | Volume de pagamentos electrónicos caiu mais de 10%

Nos primeiros seis meses deste ano, o volume de transacções feitas através de pagamentos electrónicos caiu 10,2 por cento, face à primeira metade do ano passado, para um total de 25,05 mil milhões de patacas, segundo dados revelados na sexta-feira pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

A maior descida verificou-se no ramo das quinquilharias e mercadorias de armazéns, com a descida das compras com uso aplicações móveis a ser de quase 18 por cento. Lojas de artigos de couro e comércio de relógios e joalharia ocuparam os restantes lugares no pódio negativo, com quebras de 11,9 e 10,3 por cento, respectivamente.

Os únicos dois ramos analisados pela DSEC que registaram subidas anuais no primeiro semestre nos pagamentos electrónicos foram os supermercados (1,5 por cento) e farmácias (7,7 por cento).

No mesmo período, o sector da restauração seguiu o percurso inverso, com a subida dos pagamentos electrónicos de 3,1 por cento, para um total de 6,75 mil milhões de patacas. Importa referir que o sector do comércio a retalho tem um volume de negócios quase quatro vez superior à restauração.

Os restaurantes que registaram maior subida de transacções através de meios electrónicos foram os de comida rápida (fast food).

11 Ago 2025

Metro | Nick Lei diz que inundações afectam confiança do público

Nick Lei acha que as inundações que se verificaram em estações do Metro Ligeiro durante as intensas chuvadas das últimas semanas afectaram a confiança da população na qualidade da construção das estruturas. O deputado pediu ao Governo e à empresa do Metro Ligeiro para esclarecerem o que se passou e resolver os problemas que originaram vídeos nas redes sociais

 

Nas últimas semanas, foram publicadas nas redes sociais vídeos que mostravam estações de Metro Ligeiro totalmente alagadas e infiltrações nas coberturas que criavam autênticos chuveiros. Nick Lei pediu ao Governo e à empresa Metro Ligeiro de Macau que clarifiquem o que se passou e resolvam os problemas que levaram às inundações o mais rapidamente possível.

Segundo o deputado ligado à comunidade de Fujian, os problemas de infiltrações e falta de impermeabilidade das coberturas afectou a confiança do público na qualidade da construção das estações. Além disso, como a rede do Metro Ligeiro está em expansão, o legislador pede que seja feita uma revisão à qualidade dos materiais. Para tal, pede a realização de testes rigorosos à capacidade de resistir a chuvadas em todas as estações novas, e às soluções para lidar com inundações e salvaguardar a segurança do público.

Em declarações ao jornal Cidadão, o deputado reiterou que esta não foi a primeira vez que estações do Metro Ligeiro inundaram. Já no ano passado, surgiram imagens e queixas de residentes sobre a entrada de água através das coberturas que deveriam proteger as plataformas de embarque. Além disso, Nick Lei realça que a empresa que gere o transporte fez reparações no passado e que, ainda assim, os problemas voltaram a surgir levantando ainda mais questões sobre a qualidade da construção e a sua manutenção. A resposta da Metro Ligeiro de Macau também não descansou o deputado, que acusa a empresa de fugir às questões afirmando apenas que foram escolhidos materiais e equipamentos à prova de água para as instalações das estações.

Metros e litros

Face às inundações e queixas do público, a empresa afirmou que iria intensificar os esforços para limpar a água acumulada nas áreas das estações durante os dias chuvosos e colocaria sinais de aviso para alertar os passageiros.

O deputado da bancada parlamentar de Fujian considera que esta resposta não é suficiente, e que se mantém o risco de quedas nas estações do Metro Ligeiro. Como tal, instou os departamentos públicos responsáveis e a empresa a “realizarem uma revisão completa, esclarecerem a causa do problema e resolvê-lo o mais rápido possível”.

O deputado salienta também que recentemente a Linha da Taipa apresentou falhas por duas vezes e em que em nenhuma das circunstâncias a empresa que gere o transporte emitiu comunicados a explicar o que se passou.

A resolução dos problemas nas estruturas deve ser solucionada o mais rapidamente possível, tendo em conta o aumento de passageiros que usam o Metro Ligeiro. Nick Lei salienta que entre Janeiro e Outubro do ano passado, aproximadamente 13.600 passageiros utilizaram o transporte diariamente e, desde que as linhas de Seac Pai Van e Hengqin abriram, esse número tem aumentado. Entre Janeiro e Julho deste ano, a média diária de passageiros subiu para 24.000.

Em relação à conectividade na rede de transportes públicos de Macau, Nick Lei sugeriu que o Governo aproveite o fim das concessões com as operadoras de autocarros, no próximo ano, para negociar medidas de transferência com o Metro Ligeiro que beneficiem os passageiros e façam com que o Metro Ligeiro seja o principal transporte, enquanto os autocarros são complementares.

11 Ago 2025

Economia | Falências batem recorde de dez anos

Na primeira metade de 2025, foram criadas menos empresas, ao mesmo tempo que se registaram mais falências nos últimos dez anos. Apesar do recorde negativo, no primeiro semestre, continuaram a ser constituídas mais empresas do que as que foram dissolvidas

 

Nos primeiros seis meses deste ano, foram constituídas 2.020 empresas e dissolvidas 469, o que representou um crescimento líquido de 1.551 empresas. Segundos dados divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) na quarta-feira, o capital social das empresas criadas na primeira metade de 2025 fixou-se em 303 milhões de patacas.

Apesar do saldo positivo entre empresas criadas e dissolvidas, no primeiro semestre deste ano as 469 falências registadas bateram o recorde dos últimos dez anos. Segundo dados avançados pela TDM – Rádio Macau, as falências no primeiro semestre de 2025 aumentaram 5 por cento face aos primeiros seis meses do ano passado, quando foram dissolvidas 445 empresas. O cenário fica mais negro comparando com os números de 2023, com o aumento de um quarto das falências, quando foram dissolvidas 376 empresas.

A emissora pública realça também que na última década, apenas em dois anos faliram menos de 400 empresas no primeiro semestre.

As estatísticas divulgadas pela DSEC mostram ainda que isolando o segundo trimestre deste ano foram constituídas 1.107 sociedades, “a maior parte destas pertencia ao ramo de actividade económica do comércio por grosso e a retalho (380) e ao ramo dos serviços prestados às empresas (326)”. Entre Abril e Junho, foram extintas 283 empresas, o que representou um crescimento líquido do número de sociedades de 824, mais 97 face aos primeiros três meses de 2025.

Baixa natalidade

O primeiro semestre deste ano, acumulou outro recorde dos últimos 10 anos, além das falências. Na última década, o primeiro semestre de 2025 foi aquele em que foram constituídas menos empresas. As 2.020 empresas criadas no período em análise representaram uma quebra anual de 12 por cento, uma vez que nos primeiros seis meses de 2024 foram criadas 2.296 sociedades.

Pelo menos desde 2016 que não eram registadas tão poucas empresas, com a tendência decrescente no primeiro semestre a ser a tónica dominante dos últimos três anos. Porém, o fosso é ainda maior quando a comparação é feita com os anos antes da pandemia. Nos primeiros seis meses de 2019, foram criadas 3.278 empresas, mais 1.258 do que no primeiro semestre de 2025.

Apesar do declínio do tecido empresarial de Macau, verificado nos números de falências e criação de sociedades, nos últimos dez anos o saldo positivo entre os dois factores foi uma constante, ou seja, foram sempre constituídas mais empresas do que dissolvidas.

8 Ago 2025

PJ | Pelo menos 18 vítimas burladas em quase 28 milhões de patacas

A Polícia Judiciária voltou ontem a alertar o público para se manter vigilante em relação a burlas, no mesmo comunicado em que revela ter recebido queixas de, pelo menos, 18 vítimas desfalcadas em quase 28 milhões de patacas. Promessas de amor e investimentos com ganhos avultados continuam a seduzir os residentes

 

A Polícia Judiciária (PJ) emitiu ontem um novo aviso a apelar à atenção da população para burlas, ao mesmo tempo que revelou a continuação de vítimas e de desfalques avultados.

No passado dia 8 de Junho, “a PJ emitiu um aviso alertando o público para estar atento a esquemas fraudulentos de investimento, comumente conhecidos como ‘burla do abate do porco’”, contextualizam as autoridades. “No entanto, posteriormente”, a PJ “recebeu denúncias de, pelo menos, 18 vítimas que relataram ter sido enganadas usando tácticas semelhantes, com perdas totais superiores a 27,89 milhões de patacas”.

As autoridades recordam que nestes esquemas os burlões utilizam as redes sociais para se familiarizarem com as vítimas, chegando mesmo a estabelecer relações amorosas.

Outro método frequente, é a publicação, também nas redes sociais, de anúncios falsos de investimento em acções, metais preciosos e criptomoedas, com o objectivo de atrair clientes para contactos directos em grupos de WhatsApp.

Depois de ganhar a confiança da vítima, através de conversas em que os burlões se fazem passar por especialistas em investimentos, são “oferecidas” carteiras de investimento de “elevado retorno e baixo risco” para persuadir as vítimas a investir através de plataformas fraudulentas. Segundo a PJ, alguns chegam mesmo a afirmar que as plataformas são automatizadas utilizando ferramentas de inteligência artificial, enfatizando que as vítimas só precisam de investir dinheiro para obter lucros facilmente.

A engorda do porco

Depois de cair no esquema, as vítimas seguem as instruções dos burlões e depositam dinheiro para várias contas bancárias de Hong Kong para investir. Num primeiro instante, as pessoas são iludidas com os saldos na plataforma falsas onde “verificam” os elevados retornos dos primeiros investimentos, e é aí que o golpe se efectiva, com o investimento de grandes quantias de dinheiro.

O primeiro choque com a realidade é no momento em que as vítimas pretendem levantar o dinheiro. Nessa altura, são solicitadas a pagar uma comissão para aceder aos fundos. De acordo com a PJ, é por essa altura que as vítimas acabam por apresentar queixa às autoridades.

A PJ ontem divulgou os nomes de grupos de WhatsApp, aplicações e plataformas de investimento falsas que têm desfalcado residentes. Os grupos de WhatsApp identificados pelas autoridades são INSTINET Data Think Tank, INSTINET, Advanced Strategy Sharing Classroom, INSTINET Intelligent Navigator, K5’s smart stock identification, TP-ROBOT e GC TRADE PRO.

As aplicações móveis para investimento referidas pela PJ são a INST-SI, INST-SIKK, AOT-SIGEMA e TOKENPOCKET, enquanto plataformas de investimento avançadas foram sites falsos da CITIC Securities, Douyin Charity e Junsheng Holdings.

8 Ago 2025

Casinos-Satélite | Sugerida adopção de novos modelos de consumo

Face à impossibilidade de evitar as mudanças, Leong Chon Kit pede ao Governo que crie uma grande zona pedonal com esplanadas e coberturas nas ruas. O objectivo do membro do Conselho Consultivo de Serviços Comunitários da Zona Central passa por transformar a economia da área do ZAPE

 

Com vários casinos-satélite a fecharem as portas até ao final do ano na Zona de Aterros do Porto Exterior (ZAPE), Leong Chon Kit, membro do Conselho Consultivo de Serviços Comunitários da Zona Central, sugere o desenvolvimento da área numa zona pedestre com várias esplanadas. A ideia foi proposta pelo conselheiro durante a reunião de quarta-feira, como forma de promover a economia daquela zona.

De acordo com o jornal Ou Mun, Leong Chon Kit sugeriu que parte do ZAPE seja transformado numa “zona pedestre distinta”, com traços culturais de Macau e a oferta de esplanadas de café e restaurantes. Segundo o conselheiro, desta forma é possível ajudar os negócios daquela zona a adoptarem um novo modelo de comércio.

No entanto, para que o projecto possa ser uma realidade, o conselheiro ligado à Associação Geral dos Chineses Ultramarinos de Macau apelou às autoridades para transformarem a zona, com a instalações de coberturas nas ruas, para evitar a chuva, maior criação de zonas de estacionamento e uma melhor ligação com os transportes públicos.

Leong defendeu também a necessidade de se desenvolver uma campanha de promoção da nova zona pedestres, com base nas características do local, para atrair residentes e turistas.

Festa do pastel de nata

Também ligado à associação dos chineses ultramarinos, o conselheiro Lao Sio Cheok defendeu que a promoção da economia na área do ZAPE deve passar pela organização de diferentes eventos entre o Governo e as concessionárias do jogo.

Como estratégia para promover um maior consumo, Lao indicou que o Governo pode apostar em eventos como mercados nocturnos, a realização de um “Festival do Pastel de Nata” ou até eventos como o Festival S20, em que a realização de concertos é complementada com jactos de água virados para os espectadores.

Este conselheiro defendeu ainda um maior aproveitamento turístico de locais como a Praça de Lótus. Lao indicou que a Praça de Lótus pode também ser um local para mercados e feiras com o aproveitamento de produtos ligados a desenhos animados famosos, à imagem do que acontece agora com as personagens da Sanrio e Pop Mart.

O conselheiro defendeu também que durante a realização destes eventos deve haver transporte gratuito para os locais, de forma a levar os residentes e turistas a consumir no local.

8 Ago 2025

Função Pública | Sam Hou Fai quer reduzir a Administração

O Executivo vai continuar a limitar a contratação pública. Sam Hou Fai justificou a medida com a necessidade de garantir a “utilização racional dos recursos públicos” e pediu uma administração que responda “razoavelmente às necessidades reais do desenvolvimento económico e social”

 

O Chefe do Executivo pediu à Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública para simplificar e “optimizar” o número de pessoal e assegurar a “utilização racional dos recursos públicos”. A lista de tarefas foi deixada durante a segunda reunião do Grupo de Liderança da Reforma da Administração Pública, realizada em Julho, mas apenas divulgada ontem pelo Governo através do Gabinete de Comunicação Social (GCS).

Segundo a versão oficial, durante o encontro com a presença de todos os secretários, Sam Hou Fai indicou que a “Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública deve […] promover gradualmente a simplificação da estrutura dos serviços públicos e a optimização da estrutura do pessoal, tomando em consideração a realidade de cada serviço público”.

O líder do Governo afirmou também que “com base no princípio da gestão centralizada, optimizar-se-á o mecanismo de contratação e gestão dos serviços públicos, assegurando-se a utilização racional dos recursos públicos”.

O comunicado insiste na política do anterior Governo de quotas de contratação na Função Pública, de forma a limitar o número de funcionários públicos. Neste sentido, Sam apontou que “a optimização deve ser feita através” da “padronização das áreas funcionais, estudo de um mecanismo de acesso entre carreiras e estabelecimento dos critérios básicos de afectação do pessoal de todos os níveis”.

Limitar o tamanho

Sobre a “estrutura orgânica” da Administração, o governante avisou que “há que definir critérios para o limite máximo da dimensão da estrutura, rever a distribuição de funções e proceder à fusão dos serviços públicos com funções relacionadas”.

Ao mesmo tempo, que pediu ao Governo para continuar com a “racionalização das estruturas orgânicas da Administração Pública e das funções dos diversos serviços públicos” para aumentar a “eficácia do funcionamento da Administração Pública”, Sam Hou Fai insistiu na necessidade de “ser pragmático e responder razoavelmente às necessidades reais do desenvolvimento económico e social de Macau”.

A informatização da máquina administrativa foi outro dos temas abordados, e na nota de imprensa consta que Sam Hou Fai “ordenou” que “todos os serviços públicos devem aperfeiçoar gradualmente o seu sistema informático”. Este aperfeiçoamento, explicou o dirigente, visa “aumentar ainda mais a capacidade de prevenção de riscos”. Contudo, a informação não especifica os riscos a que Sam Hou Fai se referiu.

8 Ago 2025

USJ | Investigadores descobrem nova espécie de bactéria em Portugal

Uma equipa de investigadores de universidade locais identificou uma nova espécie de bactéria nas salinas de Rio Maior, em Portugal. O tipo de organismo descoberto, que vive em ambientes extremos, alarga os limites do conhecimento biológico e pode ter implicações em áreas como biomedicina, farmácia ou mesmo exploração espacial

 

Há novidades no campo da microbiologia graças à mais recente descoberta de uma equipa de investigadores ligados à Universidade de São José (USJ), liderada por André Antunes, director interino do Instituto das Ciências e Ambiente da mesma instituição de ensino.

Trata-se da descoberta de uma nova espécie de bactérias a partir de 12 amostras recolhidas nas salinas de Rio Maior, em Portugal, que levou ao estabelecimento da nova espécie “Fodinibius alkaliphilus”. Foi também reclassificada a espécie de bactérias anteriormente conhecida como “Alifodinibius salipaludis” para “Fodinibius salipaludis”.

As conclusões surgem divulgadas no artigo “Fodinibius alkaliphilus sp. nov., a moderately halophilic and alkaliphilic bacterium isolated from an inland saltern in central Portugal and reclassification of Aliifodinibius salipaludis as Fodinibius salipaludis sp. nov.”, publicado no International Journal of Systematic and Evolutionary Microbiology. A revista científica é uma publicação “de referência para novos dados macrobianos”, sendo a publicação oficial do Comité Internacional de Sistemática de Procariotos e da Divisão de Bacteriologia e Microbiologia Aplicada da União Internacional de Sociedades Microbiológicas, descreve uma nota da USJ.

Além de André Antunes, a equipa de autores inclui investigadores da Universidade de Ciências e Tecnologia de Macau, coordenado por Marta Filipa Simões; investigadores da Universidade do Minho e Universidade de Sevilha.

Segundo a mesma nota da USJ, “a nova espécie [de bactérias] cresce melhor em salinidades cerca de quatro vezes superiores às da água do mar e também prefere condições alcalinas, combinando a capacidade de crescer em diferentes condições ambientais extremas”.

A importância deste tipo de estudos, incluindo as análises a “ambientes tão extremos”, verifica-se em “futuras aplicações numa ampla gama de campos, incluindo biomédico e farmacêutico, mas também se estende à descoberta de novos materiais úteis e ao fornecimento de informações úteis para esforços futuros na exploração espacial”.

A mesma equipa de investigadores não está parada, pois “outras amostras desses locais estão actualmente a ser investigadas e novas publicações descrevendo outras novas espécies são esperadas nos próximos meses”.

“Esta publicação destaca os pontos fortes de Macau na articulação com parceiros de países de língua portuguesa e espanhola, bem como a sua crescente importância nos campos da biodiversidade e da biotecnologia”, é ainda descrito.

O poder das salinas

Os investigadores explicam que “a espécie Aliifodinibius salipaludis foi descrita, mas o seu nome ainda não foi validamente publicado”. No trabalho de campo a equipa isolou estas espécies a partir de “ambientes hipersalinos, incluindo salinas, minas de sal e solos salinos”.

Antes de se proceder ao trabalho de campo propriamente dito, a equipa realizou “uma investigação à diversidade microbial dos ambientes hipersalinos no centro de Portugal”, tendo-se procedido à recolha de amostras na zona de Rio Maior em Julho de 2019. Foram isolados 12 géneros de bactérias a partir das Salinas de Rio Maior.

Localizadas na zona centro de Portugal, nestas salinas existe a “salmoura, que é cerca de sete vezes mais salgada do que a água do mar”, sendo “bombeada de um poço e gerada pelo cruzamento de um curso de água subterrâneo local com um extenso depósito de sal-gema”.

O artigo dá ainda um contexto histórico desta localização. “Embora tenham sido referidas pela primeira vez em documentos do século XII, acredita-se que estes locais estejam ligados à extração de sal desde os tempos pré-históricos. Oferecem um cenário único, pois são as únicas salinas interiores existentes em Portugal e as únicas em pleno funcionamento em toda a Europa.”

Assim, o estudo em causa “fez parte de uma campanha de bioprospecção centrada neste local”, resultando “no isolamento de uma estirpe bacteriana (N2T) e na descoberta de uma nova espécie putativa dentro do género Fodinibius”.

Neste trabalho é determinada “a posição taxonómica deste novo isolado com base nas propriedades fenotípicas, quimiotaxonómicas e moleculares”, é descrito.

Importância para a ciência

Ao HM, André Antunes explicou que esta descoberta é, em primeiro lugar, interessante para a comunidade científica, por trazer “uma informação adicional” e constituir uma descoberta “sobre a biodiversidade que existe no nosso planeta, mais concretamente a nível macrobiano”.

“Até ao momento, fomos capazes [comunidade científica geral] de estudar menos de 1 por cento de todas as espécies de micróbios que existem no planeta. Em mais de 99 por cento não fazemos ideia do que são, o que fazem e quais as suas capacidades, ou que impacto têm no ambiente e nas nossas vidas”, explicou.

O investigador adiantou ainda que “os micróbios que vêm de ambientes extremos, e sobretudo de ambientes com muito sal, que é o caso desta espécie que descobrimos agora, são muito interessantes para uma grande gama de aplicações de biotecnologia”.

“Podemos incluir coisas como a área médica, biomedicina, a produção de novos compostos farmacêuticos ou a produção de novos biomateriais, como bioplásticos”, referiu André Antunes. O académico fala até de aplicações em áreas “mais exóticas, que começam agora a ter um bocadinho mais de visibilidade, como a potencial aplicação na construção civil, na produção de cimentos mais sustentáveis ou estruturas de betão que tenham a capacidade de autorreparação”.

Esta descoberta tem também algum impacto “para a exploração espacial, mais especificamente para conseguirmos compreender melhor quais são os limites da vida e onde procurar vida fora do nosso planeta”. Incluem-se também “implicações bastante importantes para as missões que estão a explorar Marte, nomeadamente quanto ao tipo de ambientes onde poderá ser viável encontrar sinais de vida passada ou presente ou noutras partes do sistema solar”.

Um trabalho que continua

A investigação não fica pelas Salinas de Rio Maior, tendo a equipa liderada por André Antunes feito, no ano passado, uma expedição à Antártida. “Há amostras da Antártida que estamos actualmente a estudar e temos amostras retiradas do fundo do Mar Vermelho, onde a concentração de sal também é bastante elevada.” Continua, portanto, a saga da descoberta de novas bactérias e de potenciais reclassificações naquelas que já existem.

André Antunes diz que a descoberta de uma nova espécie de micróbios “é bastante importante para a ciência, não só para a perspectiva da ciência a nível básico, mas porque podemos ter uma melhor perspectiva da diversidade que temos no planeta”.

“Ao estudarmos ambientes extremos conseguimos ter informação adicional sobre quais são os limites da vida e como a vida se adapta a condições extremas.” Assim, André Antunes defende o investimento na ciência para que haja depois “uma componente prática associada, pelo que nem sempre é fácil convencer as entidades financiadoras”, quanto a este ponto.

O investigador destaca também que o artigo e a investigação enquadra-se “muito bem nas prioridades de Macau e da própria USJ, no que diz respeito ao foco na área do ambiente, biodiversidade e biotecnologia, ancorado em ligação à Lusofonia”.

8 Ago 2025

Residências médicas | Abertas inscrições para 79 vagas

Abrem hoje inscrições para os exames de residência médica para 33 especialidades. Das 79 vagas disponíveis, 29 serão para formar quadros clínicos do Hospital Conde de São Januário e 28 para o Hospital das Ilhas. As especialidades incluem cardiologia, psiquiatria, medicina interna, medicina familiar e geriatria

 

O Governo anunciou ontem oficialmente a abertura do concurso para avaliar “competências integradas médicas, para a admissão à residência médica” de 79 profissionais que vão reforçar os quadros clínicos dos hospitais do território. Os parâmetros do concurso foram ontem divulgados no Boletim Oficial, numa publicação assinada pelo director dos Serviços de Saúde Alvis Lo.

As inscrições abrem hoje e os interessados podem candidatar-se até 18 de Agosto ao concurso da responsabilidade da Academia Médica.

Os candidatos qualificados admitidos no programa de residência vão receber seis anos de formação sistemática no local de trabalho em instituições de saúde públicas, privadas e comunitárias em Macau, consistindo em dois anos de formação básica e quatro anos de formação avançada.

As 79 vagas para residências médicas vão repartir-se em 33 especialidades, incluindo 10 cirurgiões, mas também médicos de cardiologia, psiquiatria, medicina interna, medicina familiar e geriatria. Entre as quase oito dezenas de vagas, apenas três são para médicos de psiquiatria (todos para o Hospitalar Conde de São Januário)

Os dois pólos

Entre as vagas que vão abrir para residências médicas, 29 irão reforçar o quadro clínico do Centro Hospitalar Conde de São Januário, 28 no Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas, sete no Hospital Kiang Wu, duas em Saúde Pública no Centro de Prevenção e Controlo de Doenças e 13 em Medicina Familiar no Departamento de Cuidados de Saúde Comunitários.

Segundo um comunicado publicado ontem pelos Serviços de Saúde, o concurso para residências médicas resultou do trabalho do Conselho de Especialidades da Academia Médica de Macau, que tomou posse em Março.

O organismo liderado por Alvis Lo promete que continuará a desenvolver “o acesso à residência médica, a fim de preparar a reserva de talentos das diferentes especialidades e elevar o nível geral dos serviços médicos de Macau”.

O Governo compromete-se também em aprofundar a cooperação com instituições de formação, e optimizar a alocação de recursos de formação e aumentar as vagas para mais formandos, com o objectivo de criar uma “plataforma de desenvolvimento profissional mais ampla para os jovens médicos de Macau”.

6 Ago 2025

Febre de chikungunya | Fase crítica de prevenção e controlo

Com um total de oito casos registados em Macau, dois deles locais, os Serviços de Saúde destacam que o território está na fase crítica de prevenção e controlo da febre de chikungunya. O assunto foi ontem abordado no programa matinal Fórum Macau, do canal chinês da Rádio Macau

 

Numa doença propagada por mosquitos, a prevenção é tudo. E Macau está, neste momento, na fase inicial e crítica de prevenção e controlo da febre de chikungunya, disse ontem a chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos Serviços de Saúde (SS), Chan Choi Wan. As declarações foram proferidas no programa matinal do canal chinês da Rádio Macau, o Fórum Macau.

A responsável disse esperar que a população possa aplicar as medidas de limpeza de zonas de água estagnada, a fim de evitar a propagação dos mosquitos que podem causar esta doença. Estas zonas podem ser poças de água estagnada ou espaços em casa com água, tendo sido recomendado o uso de roupas compridas, para evitar picadas de mosquito, ou mesmo o uso de redes mosquiteiras.

“A febre de chikungunya e a febre da dengue são transmitidas através das picadas de mosquitos da espécie Ades, não sendo doenças transmitidas entre os seres humanos. São doenças transmissíveis, mas controláveis e cuja prevenção é possível”, apontou no programa radiofónico.

No entanto, Chan Choi Wan apontou que, apesar de não haver transmissão comunitária, o risco de transmissão em Macau mantém-se alto devido à importação de casos.

Questionada sobre os critérios científicos para o estabelecimento de zonas de eliminação de mosquitos, Chan Choi Wan disse que após a análise epidemiológica de cada caso de infecção é efectuada a eliminação dos mosquitos na zona de risco. Calcula-se ainda um raio circular tendo em conta a distância aproximada do voo dos mosquitos.

A chefe substituta da Divisão de Higiene Ambiental do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), Pang Sao Hun, recordou que desde Julho, foram realizadas mais acções de eliminação de mosquitos.

“Em relação à higiene de lugares privados ou terrenos desocupados, se se verificar tratar de uma situação urgente ou com risco para a saúde pública, e caso não consigamos contactar os proprietários, o IAM procura coordenar-se para a remoção dos espaços de água estagnada e o lixo, a fim de evitar a propagação de mosquitos e reduzir, assim, o risco de transmissão de doenças”, disse.

Sintomas leves

Macau tem actualmente oito casos de febre de chikungunya, dos quais seis são importados e dois locais. O médico de Saúde Pública do Centro de Prevenção e Controlo da Doença, Ieong Chon Kit, revelou que os dois doentes relativos aos casos locais ainda estão a ser tratados no hospital apresentando sintomas leves.

Esta terça-feira, a Administração para a Regulação do Mercado de Zhuhai publicou um aviso sobre o controlo da febre de chikungunya em farmácias, referindo que as farmácias precisam registar os dados dos utentes que compram medicamentos analgésicos ou que mostrem ter sintomas desta febre, ou ainda se foram picados por mosquitos. As autoridades pediram ainda às farmácias para divulgarem informações sobre as medidas de prevenção e controlo destes dois tipos de febre.

6 Ago 2025

Associação Kiang Wu | Terreno usado para estacionamento foi recuperado

Era para ser usado como parque da Escola Keang Peng, mas, pelo menos, desde 1996 deixou de ter esse fim. Passados 30 anos, o Executivo decidiu recuperar o terreno por considerar que o contrato de concessão gratuita tinha sido violado

 

O Governo recuperou um terreno que tinha sido cedido gratuitamente à Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu para funcionar como parque de uma escola. Em causa está o facto de o lote ter passado a ser utilizado como estacionamento, violando os termos estabelecidos na concessão. A informação foi divulgada ontem, através de um despacho assinado pelo secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raymond Tam Vai Man.

Segundo a versão publicada no Boletim Oficial, o terreno tinha sido concedido gratuitamente em 23 de Outubro de 1981 à associação responsável pelo hospital privado mais popular de Macau. A concessão visava a criação de um parque para complementar as instalações da Escola Kiang Wu Peng Man Luen Hap. Anos mais tarde a denominação da instituição de ensino foi alterada para Escola Keang Peng, que actualmente ainda existe e disponibiliza aulas do ensino primário e secundário, em dois campus diferentes.

Contudo, a escola deixou de funcionar naquele local em Julho de 1996, há quase 30 anos, pelo que o terreno deixou de ter a utilidade para o qual tinha sido atribuído e passou a ser utilizado para estacionamento de viaturas.

A recuperação surge assim na sequência de uma inspecção ao lote com 147,4 metros quadrados, situado na península de Macau, junto à Rua do Barão. “Verifica-se a alteração de finalidade da concessão e o fim para o qual o terreno foi concedido não se encontra a ser prosseguido, o que constitui uma violação do dever de utilização do terreno em conformidade com os fins consignados no título da concessão”, foi considerado pelo Governo.

Em silêncio

Confrontada pelo Executivo com a possibilidade de perder a concessão do terreno, a Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu, liderada nos últimos anos pelo empresário Liu Chak Wan, manteve-se em silêncio: “a concessionária não se pronunciou, em sede de audiência escrita, sobre o sentido da decisão de declarar a rescisão da concessão”, foi indicado.

O despacho de Raymond Tam define também que quaisquer melhoramentos realizados no terreno durante o período da concessão passam para “a Região Administrativa Especial de Macau, sem direito a qualquer indemnização por parte da Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu”.

Apesar de não ter apresentado contestação antes do despacho, o documento aponta que a Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu pode tentar impugnar a decisão do secretário de recuperação do actual estacionamento junto do Tribunal de Segunda Instância.

6 Ago 2025

Cooperação | Convidadas empresas de Hong Kong para Hengqin

O Chefe do Executivo de Hong Kong visitou Macau e “trocou impressões de forma aprofundada” com Sam Hou Fai para “reforçar ainda mais a cooperação”. O governante da RAEM reiterou a John Lee a importância de Hengqin no projecto da Grande Baía e convidou empresas de Hong Kong para a zona de cooperação aprofundada

 

Uma comitiva do Governo de Hong Kong, liderada pelo Chefe do Executivo John Lee Ka-chiu, visitou Macau e Hengqin na terça-feira à tarde e teve um encontro com uma equipa de representantes do Executivo da RAEM. Segundo o Gabinete de Comunicação Social (GCS), Sam Hou Fai e John Lee “trocaram impressões de forma aprofundada sobre reforçar ainda mais a cooperação entre as duas regiões”, em áreas como o turismo, o “desenvolvimento de alta qualidade da Grande Baía” e “novas oportunidades” em Hengqin.

O líder do Governo de Macau levou John Lee e membros do seu Executivo numa visita a Hengqin, que identificou como uma “plataforma importante da participação de Macau no desenvolvimento integrado da Grande Baía e da promoção da diversificação adequada da economia”. Nesse aspecto, Sam Hou Fai “sublinhou ser bem-vinda a participação de mais empresas de Hong Kong” em Hengqin, de modo a “agarrarem em conjunto novas oportunidades da segunda fase da Zona de Cooperação, para partilhar os benefícios do desenvolvimento de alta qualidade”.

Se tu o dizes

Em comunicados separados, ambos os governos salientaram que Hong Kong e Macau também são regiões administrativas especiais da China que, ao longo dos anos, têm aproveitado plenamente as vantagens únicas de “Um País, Dois Sistemas”, que o Executivo da RAEM refere ter “alcançado êxitos no desenvolvimento mundialmente notáveis”.

Sam Hou Fai indicou ainda que Hong Kong e Macau também são cidades centrais da Grande Baía e motores nucleares do desenvolvimento regional.

Em termos turísticos, o governante da RAEM sugeriu que as duas regiões deviam aproveitar a experiência dos Jogos Nacionais e realizar mais eventos desportivos em conjunto para “atraírem mais e diferentes turistas a visitarem Hong Kong, Macau e toda a Grande Baía”.

Nesta área, Sam Hou Fai defendeu que as duas regiões devem “continuar a reforçar a conectividade da rede de transportes para proporcionar maior facilidades aos residentes e turistas que circulam entre os dois territórios”, e apostar na promoção de itinerários “multi-destinos”.

6 Ago 2025

Hong Kong | Relatório económico destaca “recorde histórico” de startups

“As startups de Hong Kong estão em ascensão”. É desta forma que o Executivo da região vizinha descreve o ambiente de negócios na região, onde foram criadas em 2024 cerca de 4.700 startups, mais 10 por cento face a 2023. No “Report of Hong Kong’s Business Environment 2025” lê-se que o território está longe de perder competitividade económica

 

O Governo de Hong Kong divulgou no passado dia 30 de Julho o mais recente relatório sobre o panorama económico da região vizinha. E um dos destaques é dado ao cenário de crescimento do empreendedorismo.

No “Report of Hong Kong’s Business Environment 2025” [Relatório do Ambiente de Negócios de Hong Kong 2025] destaca-se que “as startups em Hong Kong estão em ascensão”, tendo em conta que, no ano passado existiam “cerca de 4.700 startups na cidade, um recorde histórico e um aumento de 10 por cento em relação ao ano anterior”.

O documento explica que “mais de um quarto dessas startups tem fundadores de fora de Hong Kong”, tratando-se de empresas que operam num “amplo espectro de sectores, incluindo ‘fintech’ [alta tecnologia], comércio electrónico e informação, informática e tecnologia”, tendo contratado mais de 17 mil pessoas. Esse número de recursos humanos representa também um aumento de sete por cento em relação a 2023. “Tudo isso é prova do forte apelo de Hong Kong para empreendedores de startups”, destacam as autoridades.

Mas não são só as startups que registam crescimento, com o relatório a apontar que o actual Governo, liderado pelo Chefe do Executivo John Lee, “alcançou resultados notáveis na atracção de empresas, investimentos e talentos”.

“Por exemplo, em 2024, o número de empresas em Hong Kong com sedes fora do território aumentou significativamente em cerca de 10 por cento, atingindo quase 10.000”. O “Gabinete para a Atracção de Empresas Estratégicas, criado há mais de dois anos, atraiu 84 empresas estratégicas para estabelecer ou expandir os seus negócios em Hong Kong, incluindo empresas com capitalização de mercado ou avaliação superior a 10 mil milhões de dólares americanos, envolvendo tecnologia de ponta”, é acrescentado.

O relatório destaca também que entre Janeiro de 2023 e o primeiro semestre deste ano, a Invest Hong Kong, ligada ao Departamento do Investimento Directo Estrangeiro do Governo da RAEHK, “ajudou mais de 1300 empresas estrangeiras e do continente a estabelecer ou expandir os seus negócios em Hong Kong, trazendo investimentos de mais de 160 mil milhões de dólares”.

Ainda no que diz respeito à Invest Hong Kong, a entidade ajudou “539 empresas do continente ou estrangeiras a estabelecer ou expandir os seus negócios em Hong Kong, o que representa um crescimento anual de mais de 40 por cento”.

No final de Junho deste ano, Hong Kong tinha registadas 1,5 milhões de empresas locais, enquanto o número total de empresas não registadas em Hong Kong atingiu 15 509. “Ambos os números representam recordes históricos”, lê-se, sendo que para o Governo do território vizinho os dados “demonstram a grande confiança que as empresas do continente e do exterior têm no futuro de Hong Kong”.

Tendo em conta que Hong Kong também possui um programa de captação de talentos, o “Hong Kong Talent Engage”, lê-se no relatório que até Junho deste ano “foram recebidas cerca de 500.000 candidaturas ao abrigo de vários programas de admissão de talentos, das quais cerca de 330.000 foram aprovadas”. Destes números, chegaram efectivamente a Hong Kong para trabalhar 220.000 quadros qualificados.

Bom cenário bolsista

Citado numa nota de imprensa oficial, um porta-voz do Governo declarou que “num ambiente externo complexo e volátil, Hong Kong está a passar por uma fase de actualização e transformação económica, mas há mais oportunidades do que desafios”.

Tendo em conta que o território sempre se posicionou como um forte mercado financeiro a nível mundial, esse cenário parece ter registado uma recuperação nos últimos anos.

“Este ano o desempenho do mercado financeiro de Hong Kong tem vindo a melhorar de forma constante. O Índice Hang Seng registou um aumento de 18 por cento no ano passado e um aumento de mais de 25 por cento neste ano até agora. O volume médio diário de negócios no mercado de acções, no primeiro semestre do ano, foi de cerca de 240 mil milhões de dólares, com um aumento de cerca de 120 por cento.”

As autoridades destacam a manutenção da competitividade económica do território, apontando que “ao longo dos anos Hong Kong tem sido constantemente classificada como líder global em liberdade económica e competitividade”.

Atenção à guerra comercial

Em jeito de conclusão, o Governo da RAEHK esclarece que o território parece manter a estabilidade económica em tempos de conflitos comerciais constantes, com Donald Trump a ameaçar e a concretizar a imposição de tarifas a uma série de países.

“Por mais volátil e turbulento que o mundo possa ser, continuamos firmemente comprometidos com o sistema comercial multilateral baseado em regras, tendo a OMC [Organização Mundial do Comércio] como núcleo, ao mesmo tempo em que participamos activamente e apoiamos a cooperação económica regional.”

São referidas as “inúmeras vantagens de Hong Kong”, com o seu “ambiente empresarial altamente internacionalizado, um sistema financeiro flexível e sólido, um regime fiscal simples e seguro com taxas de imposto baixas e um sistema jurídico robusto e independente”.

Porém, no documento é também salientado que a “guerra tarifária provocou uma realocação global de capital”, sendo que Hong Kong quer apostar na atracção de “empresas e capital estrangeiros” para a região.

O relatório dá também conta de que “as organizações internacionais e as câmaras de comércio estrangeiras em Hong Kong estão confiantes nas perspectivas futuras” do território, e que para as autoridades “não há motivo para preocupação com alguns sentimentos excessivamente pessimistas”.

“Na verdade, o Governo da RAEHK está a criar um novo impulso e a expandir a capacidade para sustentar o crescimento económico de Hong Kong, aumentando assim a sua competitividade geral e alcançando um desenvolvimento de alta qualidade”, é ainda acrescentado.

O porta-voz do Executivo estabeleceu ainda um paralelismo entre a boa situação económica e a estabilidade política. “Nos últimos anos, a implementação da Lei de Segurança Nacional restaurou um ambiente social estável em Hong Kong. Isso não só protegeu os direitos e liberdades do público em geral, mas também tornou Hong Kong um porto seguro para atrair capital e investimento internacional”, concluiu. O relatório foi apresentado pelo Secretário para as Finanças de Hong Kong, Paul Chan.

6 Ago 2025

SMG | Chuva vai prolongar-se durante o dia de hoje

Pela primeira vez, este ano, foi emitido o sinal preto de chuva intensa e está previsto que a precipitação continue a não dar tréguas durante o dia de hoje. Ontem, as chuvadas mais intensas registaram-se no Parque Municipal Dr. Sun Yat Sen e na Vila de Coloane

 

Trovoadas, aguaceiros e tempo instável. Foi esta a previsão deixada pela Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) para o dia de hoje, depois de uma manhã com aguaceiros intensos e bastante trovoada, que levou à emissão do primeiro sinal preto de chuva intensa do ano.

“Devido à influência combinada de uma corrente de ar do sudoeste e de perturbações em alta altitude, prevê-se que o tempo seja instável entre terça e o início de quarta-feira (5 a 6 de Agosto), com aguaceiros frequentes, por vezes intensos, acompanhados de trovoadas”, foi explicado no portal dos SMG. “Apela-se à população que preste atenção às informações e avisos meteorológicos, ajuste as suas deslocações de forma adequada e preste atenção à possibilidade de inundações em zonas baixas durante a chuva intensa num curto espaço de tempo”, foi acrescentado.

O dia de ontem ficou marcado pela chuva mais intensa do ano, que se fez sentir principalmente durante a manhã. Em algumas zonas do território, as maiores cargas de água sentiram-se entre as 5h e 6h da madrugada, principalmente na Zona Norte da cidade, como a Areia Preta, mas a chuva prolongou-se praticamente ao longo de todo o dia.

Como consequência do mau tempo, e da acumulação de água, o sinal de chuva intensa preto, o mais alto da escala, foi içado por volta das 8h18, com a previsão de cheias nas zonas baixas do território. Este sinal é emitido quando se prevê que no período de uma hora a precipitação atinja 80 milímetros de chuva, ou seja, o equivalente a 80 litros de água por metro quadrado.

Aulas suspensas

O alerta de chuva intensa levou a que eventuais aulas do ensino secundário ficassem suspensas na parte da manhã, de acordo com um comunicado da Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ). No mesmo sentido, as aulas dos ensinos infantil, primário e especial foram suspensas durante todo o dia.

O Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) revelou que durante o período de chuva mais intensa houve necessidade de auxiliar um condutor cuja viatura sofreu uma avaria na Ponte Macau.

Por volta do meio-dia e meia, e numa altura em que os sinais de chuva tinham sido levantados, a área a registar a maior acumulação de precipitação era a Vila de Coloane, com 118,6 milímetros de chuva, desde a meia-noite. Esta zona registou as maiores chuvadas por volta das 8h, altura em que acumulou praticamente 60 milímetros de chuva.

De acordo com os dados dos SMG, o Parque Municipal Dr. Sun Yat Sen, perto das Portas do Cerco, foi outro dos locais mais afectados com 118,2 milímetros de chuva. Neste local, a chuva mais intensa ocorreu às 6h. A Fortaleza do Monte (109,2mm), a Areia Preta (104,4mm) e Ka-Hó (104,4mm) foram outras zonas onde em 12 horas a chuva acumulada ultrapassou os 100 milímetros.

6 Ago 2025

Património | Pedida acção ao Governo na gestão de edifícios

Na sequência dos estragos provocados pelo tufão Whipa, o ex-conselheiro do IAM Chan Pou Sam entende que o Governo deveria assumir uma posição forte na gestão e manutenção de edifícios antigos ou interesse histórico. O responsável defende que o modelo de Kaiping seja seguido em Macau no Pátio do Espinho

 

A passagem do primeiro tufão que levou à emissão do sinal 10 de alerta, o Whipa, levou o presidente honorário da Associação de Promoção de Vida Social e Bem-Estar da População de Macau, Chan Pou Sam, a alertar para a necessidade de mudar leis e regulamentações para garantir a integridade dos edifícios da cidade, em especial dos mais antigos e de interesse patrimonial.

Em declarações ao jornal Cidadão, o ex-membro do conselho consultivo do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) deu como exemplos os danos em fachadas de prédios, como o novo e luxuoso Nova Grand, na Taipa, mas também o colapso de uma parede numa casa antiga no Pátio do Espinho.

O responsável considera que o Governo deve melhorar os regulamentos que regem os edifícios privados, clarificar o estatuto legal dos proprietários, obrigar inspecções e reparações de edifícios e aumentar os subsídios para a manutenção dos edifícios e impulsionar uma atitude proactiva na defesa da integridade dos prédios.

Chan Pou Sam refere que muitos proprietários têm idade avançada, não possuem instrução e não compreendem as leis e regulamentos sobre a manutenção de edifícios mais antigos. A situação agrava-se em prédios em que os direitos de propriedade não são claros, e que não têm associações de condóminos ou qualquer organização que trate da manutenção do prédio. Como tal, o dirigente considera essencial que o Executivo assuma um papel mais interventivo na defesa da integridade do parque urbano da cidade.

Espinho encravado

De acordo com os dados oficiais, existem aproximadamente 4.800 edifícios em Macau com mais de 30 anos, sendo que mais de 3.500 destes edifícios têm menos de sete andares e estão localizados em bairros antigos. Desta última amostra, cerca de 1.700 têm estruturas envelhecidas, portas e janelas em mau estado, falta de protecção contra incêndios, canalização e redes eléctricas antigas e saneamento precário.

Além dos prédios que constituem um risco para a segurança pública, Chan Pou Sam salienta a degradação das casas do Pátio do Espinho (nas traseiras das Ruínas de São Paulo), um local com uma história de mais de 400 anos, que merece ser preservado por constituir uma memória física das “raízes e alma” de Macau.

Uma vez que as propriedades e gestão dos imóveis permanecem inalteradas, o responsável acha que o Governo deveria assumir a responsabilidade pela conservação e revitalização das casas no Pátio do Espinho, seguindo o exemplo do modelo adoptado nas aldeias de Kaiping e Diaolou, em Jiangmen.

Importa referir que Chan Pou Sam tem assumido cargos de direcção em associações ligadas à comunidade de Jiangmen e foi o conselheiro do IAM que sugeriu uma consulta pública para retirar os “nomes colonialistas” das ruas de Macau. Na altura, o Executivo liderado por Chui Sai On, no final do seu segundo mandato, não acedeu à sugestão.

6 Ago 2025