Trabalho | Sam Hou Fai promete “aperfeiçoar” feriados

Durante as celebrações do 75.º aniversário da Federação das Associações dos Operários de Macau, o Chefe do Executivo prometeu assegurar as condições básicas de bem-estar da população. Sam Hou Fai quer também actualizar o regime do salário mínimo

 

Sam Hou Fai promete que o Governo vai rever os feriados dos trabalhadores e actualizar o “regime do salário mínimo”. A promessa foi feita na segunda-feira à noite, durante um discurso nas celebrações do 75.º aniversário da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM).

“Iremos continuar a melhorar os diplomas legais no âmbito laboral, aperfeiçoar atempadamente os assuntos relacionados com os feriados dos trabalhadores, bem como actualizar, de forma dinâmica, o regime do salário mínimo”, prometeu o Chefe do Executivo, diante dos membros da associação tradicional.

No entanto, o Chefe do Executivo evitou qualquer compromisso temporal para mexer no número de feriados ou no salário mínimo, limitando-se a usar a expressão “atempadamente”. A formulação do discurso também está longe de garantir que haverá um aumento do número de feriados, que actualmente é de seis, ou até do salário mínimo.

Sam prometeu igualmente que vai garantir as condições básicas de vida da população, naquela que foi a primeira das seis promessas deixadas na ocasião. “Em primeiro lugar, iremos assegurar as condições básicas do bem-estar da população, envidar mais esforços para promover a inclinação gradual das regalias sociais para que beneficiem mais os grupos de baixo rendimento, os mais vulneráveis e necessitados”, destacou.

Entre os trabalhos prioritários, o governante destacou também o que afirmou serem as “questões que preocupam mais a sociedade”, e comprometeu-se a “aumentar constantemente o sentimento de realização, felicidade e segurança”.

Representada com quatro deputados na Assembleia Legislativa, a FAOM é tradicionalmente mais próxima dos trabalhadores do território. Também a estes, Sam Hou Fai prometeu melhores condições no futuro. “Iremos salvaguardar os direitos e interesses legítimos dos trabalhadores, dedicar-nos a criar estabilidade e diversidade no acesso ao emprego e continuar a melhorar o ambiente de acesso ao mesmo”, afirmou.

Acesso ao emprego

O Chefe do Executivo indicou que a política actual passa por garantir o acesso prioritário de residentes a postos de trabalho. “Iremos garantir a prioridade dos trabalhadores locais no acesso ao emprego e aperfeiçoar o mecanismo de ajustamento dinâmico e de complementaridade positiva entre a garantia do emprego dos trabalhadores locais e a importação de trabalhadores não-residentes”, assegurou.

Além de prometer mais formação e oportunidades de emprego para os jovens, o líder do Governo indicou que irá contribuir para que as relações de trabalho se mantenham harmoniosas. “Iremos melhorar o mecanismo de comunicação e coordenação no âmbito laboral, impulsionando a constituição de relações laborais harmoniosas e amistosas”, frisou.

22 Jan 2025

LAG | Lo Choi In elogia incentivos ao consumo

Numa reunião de preparação para as linhas de acção governativa, a deputada Lo Choi In enalteceu os planos de incentivo ao consumo nos bairros da cidade. O secretário para a Economia e Finanças indicou que estão a ser estudadas medidas para injectar dinâmica económica no comércio nas zonas residenciais

 

O novo Governo está a “estudar activamente medidas relevantes para injectar mais dinâmica, incluindo a intensificação de esforços para promover de forma diversificada as características da comunidade, com o objectivo de permitir mais turistas e residentes a visitarem e consumirem nos bairros”. A intenção foi revelada pelo secretário para a Economia e Finanças, Tai Kin Ip, durante uma reunião com a Associação dos Conterrâneos de Kong Mun de Macau para ouvir sugestões para as linhas de acção governativa da tutela.

O problema da crise de consumo, em especial no comércio e restauração fora do circuito dos pontos turísticos, foi uma das principais preocupações levantadas por dirigentes da associação que representa a comunidade de Jiangmen, incluindo pela voz dos deputados Zheng Anting e Lo Choi In.

A deputada voltou a enaltecer os resultados alcançados pelos planos “Grande prémio para o consumo em Macau” e “Carnaval de Consumo de Macau”, que “revelaram-se muito eficazes no incentivo à economia, aumentaram o volume de negócios das pequenas, médias e micro-empresas, no sentido de abordar efectivamente o problema da perda de consumo”.

Esperanças e expectativas

Reconhecendo que face ao actual ambiente internacional, a diversificação económica de Macau enfrenta bastantes desafios, o presidente da associação Chan Sio Cheng destacou a importância do empenho no cumprimento dos desígnios traçados por Xi Jinping para o território. O dirigente afirmou também esperar que o relatório das linhas de acção governativa corresponda às expectativas e à realidade da sociedade e seja um mapa prático para melhorar o ambiente de negócios e o desenvolvimento do tecido empresarial.

Em cima da mesa, estiveram ainda temas como a revitalização da economia do norte da península, a organização de viagens de estudo sobre cultura chinesa, o apoio ao empreendedorismo e à aquisição de imóveis por jovens, a melhoria do imposto de arrendamento e a promoção das culturas chinesa e portuguesa.

Como tem sido regra em todas as intervenções públicas, não faltou a alusão aos importantes discursos e às expectativas e esperanças apresentadas pelo Presidente Xi Jinping durante a visita a Macau.

Tai Kin Ip garantiu que terá em conta as sugestões dos dirigentes da associação, “a fim de implementar de forma concreta as «três expectativas» e «quatro esperanças» apresentadas pelo Presidente Xi Jinping”.

21 Jan 2025

Toponímia | Estudo relaciona ruas com nomes lusos com colonialismo

Na dissertação de mestrado “Cultura Sino-portuguesa em Macau – História nas Ruas”, Zhao Zhen defende que a Administração portuguesa diluiu “a identidade nacional” da população chinesa, ao colocar nomes com referência a Portugal nas ruas, nomeadamente de escritores, navegadores, governadores e funcionários públicos

 

Zhao Zhen, autor da dissertação de mestrado “Cultura Sino-portuguesa em Macau – História nas Ruas (História e Cultura Sino-portuguesa sob perspectiva dos nomes das ruas de Macau)”, defende que a escolha de nomes de ruas com referência a Portugal durante os anos da Administração portuguesa foi uma forma eficaz de colonização e de criação do sentimento de pertença à nação colonizadora, sobretudo no que diz respeito à comunidade chinesa.

Na dissertação, defendida na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), conclui-se que “antes do regresso de Macau à China o Governo português levou a cabo uma prática política e cultural através da atribuição de nomes de ruas à maneira portuguesa”.

Assim, os nomes das ruas de Macau serviram “como meio de transmissão de uma memória colectiva, começando com a construção da imagem do Governo português em Macau e a orientação dos seus principais valores”, com recurso a “figuras e acontecimentos históricos icónicos para reforçar a identificação dos colonizados com a sua identidade colonizadora”.

Zhao Zhen acrescentou ainda que “durante os 400 anos da colonização de Macau pelo Estado português foram aplicados símbolos linguísticos aos habitantes de Macau através da nomeação das ruas, diluindo a identidade nacional tradicional dos chineses e implantando a dos colonizadores, alcançando assim o objectivo de remodelar a identidade nacional dos habitantes locais”.

Para o autor do estudo, a questão da toponímia muito particular do território trouxe consequências no que diz respeito à identidade nacional. “Os nomes das ruas de Macau são diferentes dos de outras cidades chinesas, e isto teve impacto na identidade cultural da população local, que cresceu com a história e cultura chinesa e portuguesa e que não tem um forte sentido de identidade cultural. Dilui, assim, a sua missão de transmitir a sua cultura nacional.”

Uma forma de domínio

É certo que o trabalho académico de Zhao Zhen, na área das Ciências da Cultura, chama a atenção para o facto de a toponímia de Macau ser reflexo de uma mistura de culturas. Porém, o autor vai mais longe, analisando quantas ruas existem em português e chinês com nomes de personalidades importantes, destacando-se o facto de a cultura portuguesa ser dominante.

O facto de existirem em Macau ruas com nomes de militares, de antigos governadores ou de políticos portugueses, como Mário Soares, Sidónio Pais ou Ramalho Eanes, é apontado como sinónimo de que os portugueses apostaram “num processo eficaz” de transmitir “uma visão materializada do mundo que influencia e transmite as relações sociais entre pessoas e diferentes classes sociais”. Assim, o que ocorreu foi “um acto que não utiliza a violência como forma de controlo forçado das mentes e da consciência da população”, em que não foi aplicado “um meio de coerção”.

Zhao Zhen refere que “no total existem 26 ruas com o nome de funcionários governamentais portugueses em Macau que se distinguiram pelo contributo que deram à cidade, não havendo qualquer rua com o nome de um funcionário chinês em Macau”.

Tal mostra “a distinção feita pelos colonizadores portugueses enquanto classe dominante e os chineses como classe dominada”, é indicado. Porém, o autor ressalva que “a colonização portuguesa de Macau não foi uma agressão ou domínio absolutos”, pois “os colonizadores tentaram alcançar a liderança a partir de uma variedade de perspectivas, incluindo ideológicas”, em que “o processo de alcançar esta liderança foi intercalado com uma existência cinzenta racial e cultural mais complexa”.

Segundo o autor, “a primeira delimitação sistemática de ruas e o estabelecimento de nomes pelo Governo português de Macau foi em 1869”, sendo que foram usados bastantes nomes com ligação aos Descobrimentos e ao antigo Império português.

Zhao Zhen dá o exemplo da Rua de João de Almeida, que “tem o nome de um general que se destacou nas campanhas de afirmação do poder colonial em Angola, África, no princípio do século XX”.

No total, há 26 ruas com referências aos Descobrimentos e antigos navegadores portugueses, mostrando-se que “a Administração colonial [portuguesa] utilizou forças políticas externas para doutrinar os habitantes de Macau com a intenção de alcançar a liderança, guiando a sociedade através da manipulação espiritual, moral e cultural”. Além disso, o autor considera que foi utilizado “um vocabulário colonial para criar um sentido de identidade e subordinação entre os habitantes, a fim de alcançar uma colonização permanente”.

Destaque para a existência de nove ruas em Macau com o nome de macaenses, como é o caso da Rua Francisco H. Fernandes, que nasceu no território a 13 de Fevereiro de 1863, filho de pais portugueses, e que foi amigo próximo de Sun Yat-sen, pai da Revolução Republicana na China, em 1911.

O lugar dos chineses

Na mesma dissertação lê-se que, em contraste com a primazia das referências à cultura e história portuguesas, existem apenas 12 ruas em Macau “com o nome de chineses”, sendo que a maioria “eram mercadores da península e todos tinham ligações com o Governo português da região”. Por sua vez, “a Avenida Dr. Sun Yat-sen é a única rua com o nome de uma figura política chinesa”.

Citando outro académico, de apelido Kuan, Zhao Zhen refere que “no caso das denominações com nomes de celebridades chinesas, além de serem inferiores em número, foram figuras não políticas”. “O Governo português de Macau, quando baptizava as vias públicas, teve intencionalmente em conta factores políticos, querendo transmitir a mensagem de que Macau se encontrava sob domínio português e que, politicamente falando, era uma colónia portuguesa”, referiu este mesmo académico.

Destaque para duas ruas nomeadas após o regresso de Macau à China, nomeadamente a Avenida Doutor Henry Fok e Avenida Doutor Ma Man Kei. “Estas personalidades distinguiram-se pelas contribuições notáveis para a reunificação de Hong Kong e Macau e para o desenvolvimento da China, pelo que a atribuição do nome da rua a estas personalidades reflecte a influência de factores políticos após o fim da longa história colonial de Macau e a reunificação suave com a China. A adição da palavra ‘doutor’ aos seus nomes mostra ainda mais respeito por eles”, pode ler-se.

Destaque ainda para a existência de 140 ruas em Macau cujos nomes são traduzidos foneticamente do chinês, destacando-se a Avenida de Ip Heng, Avenida de Lok Koi, Pátio de Iong Loc, Pátio Fu Van ou Rua de San Lei. “Todas estas palavras chinesas expressam o desejo do povo numa vida melhor e a procura de qualidade de vida. Outras nomeações estão relacionadas com a religião chinesa, como o Largo de Pao Cong Mio, Rua de Kun Iam Tong”, é referido, sem esquecer as 69 ruas com nomes parafraseados em chinês com ligação a crenças chinesas.

“A fim de viver uma vida melhor e de a encaminhar na direcção que se espera, a nomeação das ruas reflecte elementos geográficos, bem como as esperanças das pessoas para as suas vidas futuras. Os nomes das ruas são mencionados e usados com tanta frequência que as pessoas tendem a dar-lhes bons significados para satisfazerem as suas próprias intenções de uma vida melhor. Influenciados por conceitos culturais tradicionais chineses, muitos dos nomes das ruas em Macau têm significados auspiciosos e de sorte, com as palavras ‘Harmonia, Tranquilidade, Amizade, Benevolência, Concórdia'”.

Há ainda ruas cujos nomes “mostram o desejo dos comerciantes de ter um negócio próspero e de conseguirem todos os lucros que advém da realização dos negócios”.

Em termos gerais, Zhao Zhen conclui que “a experiência de Macau prova a possibilidade de coexistência harmoniosa de diversas comunidades e culturas”, sendo que a toponímia “reflecte a coexistência e mistura do Oriente e do Ocidente, a harmonia e diferença entre eles, que hoje é espelho da cultura e dos valores fundamentais da sociedade”.

21 Jan 2025

EUA | Trump toma posse e lança farpas à China sobre Canal do Panamá

O novo Presidente norte-americano, Donald Trump, prometeu esta segunda-feira assumir o controlo do Canal do Panamá, rebatizar o Golfo do México e reforçar a tributação dos países estrangeiros, confirmando intenções já expressadas para o segundo mandato na Casa Branca.

No seu discurso na cerimónia de tomada de posse como 47.º Presidente dos Estados Unidos Donald Trump sublinhou que o objectivo do acordo e o espírito do tratado em relação ao Canal do Panamá “foram totalmente violados”, prometendo assumir controlo desta infraestrutura marítima vital para o comércio global.

“E o mais importante, a China opera o Canal do Panamá, e nós não o demos à China, demos ao Panamá. E vamos tomá-lo de volta”, justificou no seu discurso realizado no Capitólio (sede do Congresso norte-americano), em Washington.

Noutra intenção já anteriormente expressada, Trump confirmou também que, em breve, vai mudar o nome do Golfo do México para “Golfo da América”.

Mais impostos

No seu regresso à Casa Branca (presidência norte-americana), depois de um primeiro mandato entre 2017 e 2021, o político republicano afirmou ainda que pretende reforçar a tributação dos países estrangeiros em favor dos cidadãos norte-americanos.

“Começarei imediatamente a reformar o nosso sistema comercial para proteger as famílias e os trabalhadores americanos. Em vez de taxar os nossos cidadãos para enriquecer outros países, vamos impor tarifas e impostos aos países estrangeiros para enriquecer os nossos cidadãos”, declarou.

Expulsar ilegais

Donald Trump garantiu ainda que irá expulsar “milhões e milhões” de imigrantes ilegais, um dos principais focos da sua campanha eleitoral. “Primeiro, declararei o estado de emergência na nossa fronteira sul” com o México, disse o Presidente, acrescentando que vai enviar o Exército para patrulhar essa região.

“Todas as entradas ilegais serão imediatamente bloqueadas e iniciaremos o processo de devolução de milhões e milhões de estrangeiros criminosos para onde vieram”, acrescentou o Presidente republicano.

O juramento do novo líder norte-americano foi realizado logo após a posse do seu futuro vice-presidente, JD Vance, com o qual liderou a nomeação do Partido Republicano, que, em 05 de novembro de 2024, venceu as eleições presidenciais contra a candidatura democrata encabeçada por Kamala Harris.

A cerimónia em Washington decorreu às 17h, hora de Lisboa (madrugada em Macau) e foi marcada pela presença de políticos internacionais populistas e de extrema-direita, mas com escassos responsáveis governamentais e sem líderes da União Europeia (UE), à excepção da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.

21 Jan 2025

Comunidades | Rita Santos prolonga suspensão de mandato

Passados 60 dias, em Dezembro, do início da suspensão de mandato de Rita Santos como conselheira das Comunidades Portuguesas, a suspensão vai prolongar-se, após a apresentação de um novo pedido

 

Eleita no final de 2023 para a posição de Conselheira das Comunidades Portuguesas pelo círculo eleitoral da China, Singapura, Tóquio, Seul e Banguecoque, Rita Santos vai continuar com o mandato suspenso pelo menos durante mais 60 dias. A situação foi esclarecida, ao HM, por Rui Marcelo, conselheiro por Macau e membro do Conselho Permanente dos Conselheiros das Comunidades Portuguesas.

“O que a lei preconiza é que a suspensão do mandato seja requerida por um período de 60 dias, e não especifica, como estava definido na lei inicial, que só fosse possível pedir um pedido único [de suspensão] por mandato. Não é o caso actualmente”, afirmou Rui Marcelo. “Ela mantém o mandato suspenso como conselheira efectiva, tendo sido substituída pelo conselheiro suplente Luís Nunes”, acrescentou.

De acordo com o membro do Conselho Permanente dos Conselheiros das Comunidades Portuguesas, Rita Santos terá apresentado um novo pedido de suspensão do mandato, o segundo desde Outubro. Cada pedido de suspensão pode vigorar até um máximo de 60 dias. O primeiro terminou em Dezembro. Caso não tivesse apresentado um novo pedido de suspensão, Rita Santos teria assumido as funções novamente como membro efectivo. Contudo, Luís Nunes vai manter-se na posição. “Neste momento a suspensão [de Rita Santos] está relacionada com o seu processo de participação nas eleições legislativas de Macau”, indicou Rui Marcelo.

O conselheiro explicou ainda que Rita Santos pode continuar a suspensa, desde que apresente regularmente novos pedidos para prolongar a suspensão. O HM tentou contactar a conselheira, mas sem sucesso.

Anos movimentados

Foi no início de Outubro que Rita Santos anunciou a suspensão do mandato, pelo período de 60 dias. Na altura, a medida foi justificada com a vontade da então conselheira se concentrar nas eleições do Chefe do Executivo, que decorreram em meados de Outubro 2024, e nas eleições legislativas da RAEM, que vão acontecer na segunda metade deste ano, embora sem data anunciada.

Anteriormente José Pereira Coutinho, deputado e presidente da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM), afirmou que Rita Santos vai fazer parte da lista candidata à Assembleia Legislativa ligada à ATFPM num lugar “elegível”. As declarações foram prestadas durante uma visita de José Cesário, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, à sede da ATFPM. O lugar na lista não foi especificado.

A lista ligada à ATFPM está actualmente representada na Assembleia Legislativa pelos deputados José Pereira Coutinho e Che Sai Wang.

21 Jan 2025

Motociclos | Instalados quatro postos de troca de baterias

Foi lançado ontem o projecto-piloto para trocar baterias de motociclos eléctricos em quatro locais. Os “armários” para troca de baterias estão instalados no Parque do Reservatório, na Rua da Doca Seca, na Rua Central da Areia Preta e no Parque Central da Taipa

 

A Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) anunciou ontem o lançamento de um projecto-piloto para a troca de baterias de ciclomotores e motociclos eléctricos em quatro locais da península e na Taipa. O projecto que arrancou ontem, e que terá a duração de dois anos, implicou a instalação de “armários” em zonas de estacionamento de motociclos onde se pode trocar uma bateria vazia por outra carregada.

Estes equipamentos estão instalados e prontos a usar no Parque do Reservatório, na Rua da Doca Seca no bairro do Fai Chi Kei, na Rua Central da Areia Preta e no Parque Central da Taipa.

A DSPA garantiu que irá acompanhar a implementação do projecto e manter a comunicação com o sector com o objectivo de procurar mais locais adequados para a instalação de armários de baterias para troca.

Além disso, o Governo salientou que foram reservados espaços para instalar postos de carregamento de ciclomotores/motociclos eléctricos nos parques de estacionamento públicos construídos recentemente.

O que foi feito

Além da instalação destes postos de troca, estão actualmente em funcionamento 630 lugares para carregamento de ciclomotores/motociclos eléctricos em 49 parques de estacionamento públicos de Macau. Em oito parques, estão ainda instalados armários para troca de baterias.

A DSPA afirma que o projecto-piloto foi pensado tendo como “referência as experiências das regiões vizinhas e a situação real de Macau”, e implementado em cooperação com o Instituto para os Assuntos Municipais.

A iniciativa tem como objectivo “melhorar ainda mais a qualidade do ar, assegurar o bem-estar dos cidadãos e concretizar a “Dupla Meta de Carbono” nacional”, e garantir condições logísticas para acompanhar o aumento dos de veículos eléctricos em circulação em Macau.

Segundo os últimos dados divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, referentes ao passado mês de Novembro, nos primeiros 11 meses de 2024, foram registadas novas matrículas de 11.862 veículos, cerca de um terço (3.654) eram eléctricos.

21 Jan 2025

Crime | Alerta para abuso de medidas de múltiplas entradas

Leong Sun Iok teme que a medida de múltiplas entradas em Macau para residentes de Zhuhai e Hengqin faça aumentar o contrabando e o trabalho ilegal. O deputado sugeriu ao Governo que aumente as penalizações para empregadores e trabalhadores ilegais

 

A permissão de múltiplas entradas em Macau para residentes de Zhuhai, com período máximo de estadia de sete dias, que entrou em vigor no início deste ano, merece a atenção das autoridades. A ideia foi defendida por Leong Sun Iok, que teme que a nova política, anunciada pelo Governo Central no início de Dezembro, aumente o contrabando e o trabalho ilegal.

O deputado da bancada parlamentar da Federação das Associações dos Operários de Macau (FOAM) considera que a medida pode mesmo ser alvo de abusos por grupos criminosos.

Citando dados oficiais, em declarações ao jornal Ou Mun, o deputado lembra que no ano passado, apesar de as autoridades terem realizado menos acções de fiscalização para detectar trabalhadores ilegais, foram encontradas mais situações de ilegalidade.

Ao longo de 2024, a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais e o Corpo de Polícia de Segurança Pública interceptaram 834 trabalhadores ilegais, mais 293 de que em 2023, ou seja, um aumento anual de quase 55 por cento. Face à tendência de aumento, o deputado argumenta que a política de múltiplas entradas pode exacerbar uma situação já complicada.

Fotos e rímel

O deputado salienta o carácter oculto deste fenómeno e reconhece que o trabalho das autoridades não é fácil na execução da lei, em especial para profissões como motorista e trabalhos de remodelação de apartamentos.

Porém, Leong Sun Iok afirma ter recebido queixas de residentes que apontam para o aumento de fotógrafos e maquilhadoras de casamentos a trabalhar ilegalmente em Macau, que inclusive anunciam os seus serviços publicamente nas redes sociais.

Como tal, o deputado sugere que o Governo reforce a cooperação com as autoridades do Interior da China para combater a criminalidade que possa surgir com a política de múltiplas entradas e reforce a penalização para trabalhadores ilegais e os seus empregadores.

Além disso, Leong Sun Iok pede mais inspecções a locais de trabalho onde é frequente serem detectados casos destes, inclusivamente através de agentes à paisana.

21 Jan 2025

Função pública | Lei Chan U pede aumento de salários este ano

Com o Governo a recolher opiniões sobre as Linhas de Acção Governativa deste ano, as primeiras de Sam Hou Fai, Lei Chan U espera que seja anunciado o aumento dos salários dos trabalhadores da Função Pública

 

O deputado Lei Chan U defende que o Governo deve aumentar os funcionários públicos este ano e que o anúncio deve ser feito com a apresentação das Linhas de Acção Governativa (LAG). A posição foi tomada através de um artigo publicado no jornal Ou Mun, com o deputado a defender a necessidade de elevar o moral na Função Pública.

Entre os argumentos a favor do aumento dos salários, o vice-presidente da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) indicou que os funcionários são “a base da governação” e o contributo para o moral, que vai permitir uma governação mais eficaz.

Segundo Lei Chan U, a actualização de rendimentos alivia a pressão financeira dos trabalhadores e serve de exemplo para o sector privado, que o deputado afirmou seguir os aumentos do Governo. “O Governo lidera o mercado privado através do exemplo”, destacou.

O legislador apontou também que nos últimos anos da pandemia o anterior Governo apenas por uma vez aumentou os funcionários públicos, apesar da constante subida dos preços de bens de primeira necessidade.

Recorde-se que a questão dos aumentos da função pública tinha sido deixada por Ho Iat Seng, em Novembro do ano passado, para o actual Executivo.

Subsídios sem modificações

Em relação aos funcionários públicos, Lei Chan U defendeu também que o Executivo avance com um aumento de diferentes subsídios, como os apoios de antiguidade, de família, habitação e semelhantes, que indica estarem congelados há cerca de 11 anos.

“Estes subsídios representam uma grande parte do rendimento dos funcionários públicos com menores salários. Espera-se que sejam oportunamente revistos e ajustados em função da evolução social e económica”, argumentou.

O deputado indicou também que nos últimos anos a reserva financeira tem recuperado, revelando a existência de uma folga orçamental para aumentar a despesas com funcionários públicos. Além disso, o legislador defende que as receitas recolhidas através dos impostos vão aumentar nos próximos tempos, devido às políticas do Governo Central, que permitem aos residentes de Zhuhai virem todas as semanas a Macau.

21 Jan 2025

Bacará | Receitas ultrapassam valores pré-pandemia

Após o progressivo regresso à normalidade pós-pandemia iniciado em 2023, as receitas do jogo mais popular dos casinos de Macau ultrapassaram finalmente os recordes pré-pandémicos. No entanto, o sector VIP continua muito longe dos tempos dourados da indústria

 

O jogo mais popular nos casinos de Macau, o bacará, ultrapassou em 2024 os níveis registados antes da pandemia, mas as receitas totais continuam longe dos picos históricos devido às apostas VIP, segundo os dados divulgados na sexta-feira.

O bacará no chamado mercado de massas atingiu receitas de 137,9 mil milhões de patacas no ano passado, revelou a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ). Este valor representa um aumento de 24,8 por cento em comparação com 2023 e também uma subida de 14,2 por cento em relação ao anterior recorde, fixado em 2019, antes do início da pandemia de covid–19.

Em 2024, o bacará de massas representou 60,8 por cento do total das receitas dos casinos no território, sendo de longe o jogo de fortuna e azar mais procurado pelos apostadores chineses. Ainda assim, no ano passado as receitas totais dos casinos da cidade – 226,8 mil milhões de patacas – representaram apenas 77,5 por cento do registado em 2019.

Isto porque as grandes apostas em Macau estiveram somente a 40,5 por cento dos níveis fixados antes da pandemia, apesar de terem subido 21,2 por cento em 2024, para 54,8 mil milhões de patacas.

Novos tempos

Em 2019, o chamado jogo bacará VIP representava 46,2 por cento das receitas totais dos casinos de Macau. Mas, em 2024, este segmento ficou–se por uma fatia de 24,1 por cento. As grandes apostas foram afectadas pela detenção do líder da maior empresa angariadora de apostas VIP do mundo, em Novembro de 2021.

O antigo director executivo da Suncity, Alvin Chau Cheok Wa, foi condenado em Janeiro de 2023 a 18 anos de prisão por exploração ilícita de jogo e sociedade secreta, num caso que fez cair de 85 para 18 o número de licenças de promotores de jogo emitidas em Macau.

Em Abril de 2023, o líder de uma outra angariadora de apostas VIP em Macau, o Tak Chun Group, Levo Chan Weng Lin, foi condenado a 14 anos de prisão por crimes que vão desde o jogo ilegal ao branqueamento de capitais.

Em 2024, o território ainda registou 9 milhões de patacas em receitas das apostas em corridas de cavalos, que terminaram em 30 de Março. Após mais de 40 anos, o Governo anunciou em 15 de Janeiro de 2024 a rescisão do contrato devido às “dificuldades de operação” da concessionária do hipódromo, que tinha vindo a acumular prejuízos desde 2002.

20 Jan 2025

Turismo | Portugal pode ajudar Macau a atrair visitantes europeus

A directora dos Serviços de Turismo de Macau considera que Portugal pode ajudar Macau a atrair no futuro mais visitantes vindos do resto da Europa. Helena de Senna Fernandes falou à margem da apresentação das festividades do Ano Novo Lunar, que terá este ano um orçamento 34,8 milhões de patacas

 

“Portugal não serve só para atingir Portugal. Portugal serve também para nos ajudar a atingir o mercado europeu”, disse Senna Fernandes, na sexta-feira, à margem da apresentação do cartaz de festividades para celebrar o Ano Novo Lunar.

A dirigente deu como exemplo a reunião semianual da Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos (ECTAA, na sigla em inglês), que se irá realizar em Macau, em Junho. “Isto é também um resultado de boa colaboração entre nós e a APAVT [Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo], porque foi através da APAVT que nós fomos apresentados à ECTAA”, sublinhou a directora dos Serviços de Turismo de Macau (DST) Senna Fernandes.

Em Abril de 2024, a vice-presidente da ECTAA, Heli Mäki-Fränti, disse à Lusa, durante a 12.ª Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau (MITE), que a reunião no território acontece “por iniciativa” da APAVT.

Será a segunda vez que a ECTAA se reúne fora da Europa, após Kuala Lumpur, na Malásia.

A confederação escolheu também Macau como destino preferido para 2025. “Eu acho que é um bom começo”, disse Senna Fernandes. “Embora vá ter menos do que 100 pessoas, eles representam, no todo, 80 mil agências de viagens de toda a Europa”, sublinhou.

A directora da DST demonstrou esperança de que o evento possa no futuro ajudar Macau a atrair mais visitantes europeus. “Para já é importante que as agências de viagens da Europa conheçam Macau. Se calhar, muitos deles não conhecem Macau ou há muitos anos que não visitam Macau”, referiu Senna Fernandes. A dirigente disse acreditar que, após a reunião, haverá uma maior presença europeia na MITE, assim como mais oportunidades para promoção turística de Macau na Europa.

Celebração a caminho

A DST vai estar presente na Feira Internacional de Turismo de Madrid, de 24 a 26 de Janeiro, e na ITB Berlim, a maior feira de viagens do mundo, entre 4 e 6 de Março, além de realizar seminários nos Emirados Árabes Unidos e na Arábia Saudita.

O objectivo é atrair mais visitantes internacionais, mas Senna Fernandes admitiu que no período do Ano Novo Lunar, de 28 de Janeiro a 4 de Fevereiro, Macau vai continuar a depender dos turistas chineses.

A directora da DST espera uma média diária de 185 mil visitantes durante os feriados do Ano Novo Lunar, dos quais apenas oito mil deverão ser internacionais. A principal atracção durante este período em Macau será a Parada do Ano Novo Lunar, realizada em 31 de Janeiro e repetida depois em 8 de Fevereiro. As celebrações deste ano vão custar mais 3,2 por cento face ao orçamento do ano passado, para um total de 34,8 milhões de patacas.

O evento vai incluir espectáculos de 35 grupos vindos do Japão, Coreia do Sul, França, Roménia, Colômbia, Espanha e Índia, assim como grupos locais, incluindo actuações de grupos da Associação de Danças e Cantares Portuguesa ‘Macau no Coração’ e a Casa de Portugal em Macau.

20 Jan 2025

Conselho de Estado | Pedida acção para desenvolver Hengqin

O director do Gabinete dos Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado, Xia Baolong, recebeu em Pequim uma comitiva da RAEM liderada por André Cheong. Xia Baolong pediu ao novo Executivo que ponha em prática o espírito dos “discursos importantes e instruções do Presidente Xi Jinping” e crie uma nova conjuntura de desenvolvimento

 

O secretário para a Administração e Justiça, André Cheong, chefiou uma delegação da RAEM numa viagem de trabalho a Pequim na passada sexta-feira que reuniu com várias entidades do Governo Central, incluindo o director do Gabinete de Trabalho de Hong Kong e Macau do Comité Central do Partido Comunista da China e do Gabinete dos Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado, Xia Baolong.

Segundo um comunicado divulgado pelo gabinete de André Cheong, o objectivo da visita foi “obter o apoio dos ministérios e comissões relevantes do Governo Central e auscultar os seus pareceres orientadores, concentrando-se na implementação do espírito consagrado nos discursos importantes proferidos pelo Presidente Xi Jinping durante a sua visita a Macau”. Um dos principais temas em cima da mesa foi a aceleração do desenvolvimento da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin. André Cheong liderou a comitiva da RAEM também na qualidade, por incumbência do Chefe do Executivo, de subchefe permanente da Comissão de Gestão da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin.

Durante a reunião com Xia Baolong, o director afirmou esperar que o novo Governo da RAEM “apreenda, de uma forma aprofundada, e ponha em prática, de uma forma efectiva, o espírito consagrado nos discursos importantes e nas instruções do Presidente Xi Jinping, de modo a criar uma nova conjuntura de desenvolvimento para Macau”.

Estar à altura

Xia Baolong afirmou também que o Executivo de Sam Hou Fai deverá reforçar “a coordenação interna, estudar e lançar activamente políticas e medidas jurídicas para fomentar o desenvolvimento da Zona de Cooperação Aprofundada, investir mais recursos e trabalhar em estreita cooperação com a Província de Guangdong”. O responsável apontou que estas são as premissas para atingir “o desenvolvimento de alta qualidade da Zona de Cooperação Aprofundada, de forma a estar à altura das altas expectativas do Presidente Xi Jinping e do Governo Central”.

Por seu lado, André Cheong deu conta do ponto de situação sobre o estudo e implementação, pelo Executivo e diversos sectores da comunidade, do espírito consagrado nos discursos importantes proferidos pelo Presidente Xi Jinping durante a sua visita a Macau. O secretário apresentou ainda o caminho que o Governo irá seguir na próxima fase da reforma da administração pública e da coordenação legislativa, assim como para o desenvolvimento de Hengqin.

20 Jan 2025

LAG | Associação pede alterações à lei de habitação económica

A Associação Geral dos Conterrâneos de Fukien em Macau entende que a lei de habitação económica deve ser alterada para modificar o tipo de fracção consoante a evolução do tamanho dos agregados familiares. A ideia foi defendida num encontro com o secretário para os Transportes e Obras Públicas a propósito das novas linhas de acção governativa

 

No decorrer dos encontros do Governo com associações locais a propósito das Linhas de Acção Governativa (LAG) para este ano, foi defendida a alteração da lei de habitação económica para que os moradores possam mudar de tipologia de apartamento conforme as mudanças no tamanho dos agregados familiares.

A ideia foi deixada pelo deputado Nick Lei, vice-presidente da Associação Geral dos Conterrâneos de Fukien, num encontro de sexta-feira com o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raymond Tam. Segundo uma nota oficial, Nick Lei sugeriu “a optimização da lei de habitação económica”, sendo que, nesse contexto, “o Governo deve considerar melhorar a lei da habitação pública com base na realidade, permitindo aos residentes mudarem das fracções em que habitam devido a alteração da estrutura familiar, com o intuito de elevar a sua qualidade de vida”.

O deputado defendeu ainda o “aproveitamento sensato e de acordo com a lei das reservas de terrenos”.

Por outro lado, Chan Meng Kam, presidente da associação e antigo deputado, defendeu melhorias “na tutela dos Transportes e Obras Públicas” ao nível dos procedimentos administrativos, assim como a elevação “do processo de autorização e acelerar o planeamento de construção” em prol do “aperfeiçoamento do desenvolvimento urbano”.

As sugestões dos conterrâneos da província de Fujian, para a área das obras públicas, vão ainda no sentido de rever “a gestão de activos da concessão de telecomunicações, o aperfeiçoamento dos serviços de táxi, a gestão de fluxo de passageiros no aeroporto e a reconstrução de prédios antigos na zona norte”, entre outras. Raymond Tam prometeu focar-se “nas construções e instalações complementares nas zonas antigas, procurando conseguir um desenvolvimento equilibrado”.

Recorde-se que entre as empresas escolhidas pelo Governo para explorar as novas licenças de táxis surgem os nomes de vários dirigentes de associações ligadas à comunidade de Fujian e à Fundação de Chan Meng Kam.

Transportes preocupam

Raymond Tam reuniu também, a propósito das LAG, com a Associação Comercial de Macau, na sexta-feira. Ma Chi Ngai, presidente da direcção, lembrou a importância das áreas dos transportes e obras públicas por estarem “intrinsecamente ligadas à vida da população”, tendo sido apresentadas cinco sugestões. Uma delas prende-se com a necessidade de garantir que “a linha este do Metro Ligeiro e outras infra-estruturas essenciais sejam promovidas com sucesso e finalizadas conforme o calendário previsto, melhorando assim a eficiência do trânsito da cidade, proporcionando à população local e aos turistas uma deslocação mais facilitada e confortável”.

Foi também pedido um “plano destinado à rede de trânsito nos arredores da zona este da cidade”, tendo sido sugerida “uma concepção e aperfeiçoamento mais sistemático, com vista a aliviar a pressão do trânsito”.

Neste encontro, o secretário garantiu que irá tentar resolver estes problemas e que “a que a população está mais atenta, como as deslocações, habitação, planeamento urbano, coordenação entre estradas rodoviárias e obras públicas e o combate às inundações no Porto Interior”, sem esquecer “a protecção ambiental”.

No sábado o secretário reuniu com dirigentes da Associação Geral das Mulheres de Macau (AGMM) que sugeriram a elaboração “de um programa especial de trânsito e transportes em articulação com o desenvolvimento dos transportes transfronteiriços”. O organismo representado na Assembleia Legislativa pediu também “a operação estável do Metro Ligeiro e o aperfeiçoamento de instalações complementares”. Foi também solicitada a “optimização do número de táxis e elevar a qualidade dos serviços prestados pelos seus condutores”.

Raymond Tam disse que dará “primazia aos transportes públicos”, “crucial para melhorar a situação de tráfego em Macau”, ficando a promessa de resolver “alguns problemas existentes no Metro Ligeiro”, como “a suspensão de serviços por falhas técnicas, a morosidade na retoma dos serviços após condições meteorológicas extremas e a insuficiência relativa ao pagamento electrónico”.

Pedido desenvolvimento do sector financeiro

Dirigentes da União Geral das Associações de Moradores de Macau defenderam na sexta-feira, num encontro com o secretário para a Economia e Finanças, Tai Kin Ip, a importância do “desenvolvimento do sector financeiro moderno e sector segurador” na elaboração de medidas para o novo relatório das Linhas de Acção Governativa. Segundo uma nota oficial, os dirigentes dos Moradores salientaram também a necessidade de promover a “economia comunitária, o programa de introdução de quadros qualificados e a exploração das actividades por pequenas e médias empresas”. Por seu lado, Tai Kin Ip disse que pretende “analisar de forma séria as opiniões e sugestões apresentadas”.

FAOM pede mais recursos para saúde mental

Dirigentes da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) pediram mais recursos para tratamento de doenças do foro mental, num encontro no sábado com a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, O Lam. Segundo uma nota oficial, foi defendida a necessidade de “aumentar os recursos de apoio à saúde mental, reforçando a ligações entre instituições públicas e privadas”. Para o novo relatório das Linhas de Acção Governativa para 2025, foi também discutida a necessidade de “formar mais quadros qualificados médicos locais” e “implementar medidas amigáveis às famílias, melhorando o ambiente e serviços das creches”, bem como “promover serviços profissionais de voluntários”. O Lam prometeu “a contínua revisão integral dos actuais serviços médicos”, além de se analisar o aumento das pensões e “aperfeiçoar o regime de segurança social”. A secretária reuniu também, no sábado, com a Associação Comercial de Macau, cujos dirigentes apontaram a necessidade de “aperfeiçoar o regime de registo do medicamento tradicional chinês”.

20 Jan 2025

Aviação | HK Express considerada a companhia low-cost mais segura

A nova edição do ranking de companhias áreas mais seguras, da Airline Ratings, destaca a low-cost Hong Kong Express como líder do top 10. Na lista surgem outras companhias com voos para Macau, nomeadamente a AirAsia, em sexto lugar, e a JetStar, de Singapura, em segundo lugar

 

Foi divulgado na semana passada a nova edição do ranking de companhias áreas mais seguras do mundo pela Airline Ratings. E o destaque, no ramo das empresas de baixo custo, vai para a Hong Kong Express, com os organizadores da lista a explicarem que “em comparação com a lista do ano passado não houve mudanças significativas”. A HK Express “não teve nenhum incidente sério e mantém um registo de segurança relativamente impecável “, é ainda referido.

Citando a OAG, uma plataforma global que fornece dados de viagens, a Airline Ratings destaca, numa outra nota de 7 de Janeiro, que a HK Express, uma subsidiária da Cathay Pacific, “expandiu as suas operações de forma significativa no ano passado”, aumentando o número de voos em 46 por cento, “passando de 23.940 voos em 2023 para 35.015 em 2024”, graças “a uma rede alargada e à capacidade adicional da frota”.

O crescimento da HK Express parece estar em consonância, também segundo a OAG, com a “recuperação abrangente do Cathay Pacific Group, que restaurou totalmente as suas operações para níveis anteriores à pandemia”, tendo actualmente voos para 30 destinos em toda a Ásia, incluindo China, Taiwan, Japão, Coreia do Sul, Malásia, Vietname, Tailândia e Filipinas.

Ainda no top 10 das mais seguras do mundo, e a preços mais baixos, estão a JetStar, de Singapura, e a AirAsia em sexto lugar, esta última com uma grande oferta de voos de e para o Aeroporto Internacional de Macau, nomeadamente para as cidades e regiões de Kuala Lumpur, Penang e Kota Kinabalu, na Malásia; Banguecoque e Chiang Mai, na Tailândia; Manila, capital das Filipinas, e ainda Jacarta e Bali, na Indonésia. Em oitavo lugar encontramos a VietJet Air, e a Cebu Pacific em 22º lugar, só para dar alguns exemplos.

No caso das companhias aéreas europeias, a Ryanair encontra-se em terceiro lugar em matéria de segurança, seguindo-se a EasyJet em quarto lugar. Os organizadores destacam ainda novas entradas para o ranking das companhias aéreas de baixo custo mais seguras do mundo, tal como a Zipair, Jet2 e a Air Baltic. Pelo contrário, verifica-se “uma notável omissão, este ano, com a Spirit Airlines”, que abriu falência, em Novembro de 2024, “para restruturação das suas finanças e redução da dívida”.

Air New Zealand em 1º

No que diz respeito às companhias áreas que operam no mercado regular, a mais segura é a Air New Zealand, seguindo-se a Qantas. Hong Kong volta a marcar pontos por ocupar a terceira posição com a Cathay Pacific, lugar partilhado com a Emirates, do Dubai; e a Qatar Airways. Da Ásia constam ainda companhias como a EVA Air, de Taiwan, em quarto lugar; e a Korean Air, em quinto. A portuguesa TAP Portugal surge em oitavo lugar.

Sharon Peterson, CEO da Arline Ratings, frisou que “a Air New Zealand e a Qantas voltaram a disputar o primeiro lugar com apenas 1,50 pontos de diferença”. “Embora ambas as companhias aéreas mantenham os mais elevados padrões de segurança e formação de pilotos, a Air New Zealand continua a ter uma frota mais jovem do que a Qantas, o que separa as duas”, acrescentou.

A edição deste ano do rating destaca a posição solidificada da Vietnam Airlines, que foi considerada a 22ª mais segura para viajar do mundo e que se destacou em prémios recentes da Airline Ratings. “A Vietnam Airlines não teve nenhum acidente fatal em 27 anos, nem nenhum incidente grave. A companhia aérea opera uma frota de 100 aeronaves modernas, com uma idade média inferior a 10 anos, e a empresa tem passado sem falhas a sua certificação IOSA desde 2006. Além disso, o Vietname também fez grandes progressos na segurança da aviação com melhores aeroportos, actualizações do sistema de navegação e protocolos muito mais rigorosos. Tudo isto, em conjunto, garante-lhes um lugar no nosso top 25”, disse Sharon Peterson.

A United Airlines surge em 23º lugar da lista das companhias áreas regulares mais seguras, quase nos últimos lugares. No caso do segmento low-cost, a Air Baltic ocupa a última posição, sendo uma estreia da empresa no ranking.

Singapore Airlines de saída

Ainda sobre os lugares cimeiros, Sharon Peterson destacou que “o empate a três para o terceiro lugar deveu-se ao facto de simplesmente não conseguirmos separar estas companhias aéreas”, isto porque “desde a idade da frota até às competências dos pilotos, práticas de segurança, dimensão da frota e número de incidentes, as pontuações foram idênticas”, referiu.

A CEO estabeleceu ainda uma comparação com a lista de 2024, sendo que “algumas das alterações mais significativas incluem a inclusão da Iberia e da Vietnam Airlines (que fizeram a sua estreia na lista), bem como a subida da Korean Air para o top 10”.

No tocante a ausências, refere-se a saída da Singapore Airlines e KLM. “Embora estas companhias aéreas continuem a ser excepcionalmente seguras e mantenham a sua classificação de segurança de sete estrelas, perderam por pouco um lugar este ano devido a incidentes ocorridos”, referiu na mesma nota.

Os critérios utilizados pela Airline Ratings prendem-se com a ocorrência de “incidentes sérios nos últimos dois anos”, a idade e tamanho da frota, o rácio de acidentes, o número de mortos, a formação e competências dos pilotos e demais certificações internacionais possuídas pela empresa. Um dos factores a ter em conta na hora de avaliar as empresas é também a forma como os acidentes são geridos.

Um estudo recente sobre segurança na área da aviação destaca que entre 2018 e 2022 o risco de mortes por voo foi de um por 13.7 milhões, sendo que, em comparação, “a Organização Mundial de Saúde estimou 1.19 milhões de mortes por acidentes nas estradas em 2023, o que representa mais de duas mortes por minuto”.

Trauma recente

Um dos acidentes aéreos mais recentes ocorreu na Coreia do Sul, praticamente no final do último ano. Um voo da Jeju Air teve um grave acidente de aterragem no aeroporto de Muan, levando à morte de 179 das 181 pessoas que seguiam a bordo. Os dois sobreviventes eram tripulantes do voo.

O Airline Ratings foi criado em 2012, analisando mais de 230 companhias áreas de todo o mundo que abrangem 99 por cento do mercado mundial de passageiros. De fora do top 25 estão companhias aéreas chinesas, incluindo a Air Macau.

20 Jan 2025

Turismo | Número de visitantes de Zhuhai cresce 26,1%

A medida do Interior para facilitar a entrada de turistas de Zhuhai em Macau está a levar a um crescimento das entradas no território, que já se traduz numa subida de 26,1 por cento face ao ano passado

 

Desde o início do ano, o número de turistas que entraram em Macau vindos de Zhuhai reflecte um crescimento de 26,1 por cento, de acordo com os dados revelados pela Administração Nacional de Imigração da China, na terça-feira. Os números oficiais indicam um total de 257 mil entradas em Macau de residentes de Zhuhai.

A subida do número acontece no seguimento da entrada em vigor das novas medidas no Interior que desde o início do ano permitem aos residentes de Zhuhai obter um visto que os autoriza a entrar em Macau uma vez por semana, desde que não excedam um total de sete dias.

Além do visto indicado, existe uma outra modalidade para os residentes de Hengqin, que faz parte de Zhuhai, mas que permite entradas múltiplas em Macau, desde que se considere que os candidatos aos vistos tenham um regime económico especial.

De acordo com o portal GGR Asia, a Administração Nacional de Imigração da China classificou o crescimento como “notável”. No entanto, os dados não permitem saber quantas deslocações foram realizadas com os novos vistos de entradas e quantas foram feitas ao abrigo dos anteriores vistos de turismo, que continuam em vigor.

Os números foram divulgados no âmbito da análise da Administração Nacional de Imigração da China aos dados sobre as viagens domésticas e ao trabalho de controlo das fronteiras realizado no ano passado.

Mais entradas

As estatísticas da Administração Nacional de Imigração da China estão em linha com as declarações prestadas na semana passada por Maria Helena de Senna Fernandes, directora dos Serviços de Turismo.

Em declarações aos órgãos de comunicação social, na sexta-feira, Maria Helena de Senna Fernandes afirmou que com a facilitação das entradas em Macau por parte das autoridades do Interior o número de visitantes estava a crescer. A responsável apontou que entre os dias 3 e 5 de Janeiro, sexta-feira a domingo, a cidade recebeu sempre mais de 100 mil turistas por dia.

Em Janeiro do ano passado, Macau recebeu 2,86 milhões de visitantes, uma média diária de 92.321 visitantes. Entre estes, 71,9 por cento eram provenientes do Interior.

16 Jan 2025

Transacções | Casos suspeitos nos casinos com novo recorde

O número de transacções suspeitas declarado pelas seis concessionárias representa um crescimento de 11,8 por cento em termos anuais

 

Com as receitas de jogo em retoma após a pandemia, as transacções suspeitas registadas nos casinos de Macau atingiram um novo recorde em 2024, subindo 11,8 por cento em termos anuais.

O Gabinete de Informação Financeira (GIF) revelou que as seis operadoras de casinos submeteram, no total, 3.837 participações de transacções suspeitas de branqueamento de capitais ou de financiamento do terrorismo. Num comunicado divulgado na quarta-feira, o GIF sublinhou que tinha recebido 3.431 participações em 2023, o anterior recorde anual.

O gabinete aponta “o aumento no número de participações de transacções suspeitas reportadas pelo sector financeiro” como a principal razão para uma subida de 13,7 por cento no número total de transacções suspeitas.

Em 2024, o GIF recebeu 5.245 participações, sendo que 73,2 por cento vieram das concessionárias de casinos, enquanto 20,9 por cento chegaram de bancos e seguradoras e 5,9 por cento de outras instituições e entidades.

Os sectores referenciados, incluindo lojas de penhores, joalharias, imobiliárias e casas de leilões, são obrigados a comunicar às autoridades qualquer transacção igual ou superior a 500 mil patacas. Do total de 5.245 participações, o GIF remeteu no ano passado 142 transacções suspeitas ao Ministério Público para investigação, mais 26 do que em 2023.

Receitas crescem

Em 2024, o sector do jogo arrecadou um total de 226,8 mil milhões de patacas em receitas, mais 23,9 por cento do que no ano anterior. Estes valores permanecem longe do registado antes da pandemia, em parte devido à quebra do chamado jogo VIP, após a detenção, em Novembro de 2021, do líder do maior angariador de apostas VIP do mundo.

O antigo director executivo da Suncity, Alvin Chau Cheok Wa, foi condenado em Janeiro de 2023 a 18 anos de prisão por branqueamento de capitais, num caso que fez cair de 85 para 18 o número de licenças de promotores de jogo, conhecidos como ‘junkets’, emitidas no território.

Segundo o relatório anual do GIF, de 2022, Macau era o único membro do Grupo Ásia-Pacífico Contra o Branqueamento de Capitais que cumpria “todos os 40 padrões internacionais” sobre a prevenção da lavagem de dinheiro, do financiamento do terrorismo e da proliferação de armas de destruição em massa.

O GIF de Macau assinou acordos para a troca de informação com 33 países e territórios, incluindo a Unidade de Informação Financeira da Polícia Judiciária de Portugal, em 2008, a Unidade de Informação Financeira do Banco Central de Timor-Leste, em 2018, e, em 2019, o Conselho de Controlo de Actividades Financeiras do Brasil e a Unidade de Informação Financeira de Cabo Verde.

16 Jan 2025

Cheques | Pedidos limites para residentes que estão fora

A deputada Lo Choi In defende que o novo Executivo deve rever o sistema de comparticipação pecuniária, a fim de limitar a atribuição de cheques pecuniários aos residentes que estão fora de Macau. Para a responsável, deveria ser criado um mecanismo permanente de atribuição e definir que, para os receber, os residentes teriam de ficar em Macau 183 dias por ano

 

Numa altura em que o Governo já começou a ronda de auscultações a propósito do novo relatório das Linhas de Acção Governativa (LAG) para este ano, a deputada Lo Choi In apresenta a sua sugestão: limitar a atribuição dos cheques pecuniários apenas aos residentes que vivem, de facto, em Macau, para uma melhor utilização dos fundos públicos.

Segundo o Jornal do Cidadão, a deputada afirmou que são necessárias alterações ao sistema de comparticipação pecuniária, que existe desde 2008 e que, actualmente, atribui aos residentes não permanentes seis mil patacas, e aos permanentes dez mil patacas, por ano.

A deputada ligada à comunidade de Jiangmen recordou que apoios como a pensão para idosos, o subsídio de sete mil patacas nas contas de previdência e o regime de segurança social obrigam os beneficiários a estar em Macau 183 dias por ano para os poderem receber, a fim de assegurar que estes mantêm uma relação estreita com o território. Assim, Lo Choi In afirmou que o mesmo argumento deveria ser aplicado no caso dos cheques pecuniários, a fim de melhor se aproveitar o erário público.

Para os residentes que já não vivem em Macau, a deputada defende limites na atribuição dos cheques, para que esse montante seja poupado e aplicado nos apoios ao desenvolvimento dos bairros comunitários e a incentivos à economia local.

Mudar a lei

Actualmente, o sistema de comparticipação pecuniária, nomeadamente quanto ao calendário de distribuição e valores, é decidido anualmente por regulamento administrativo, mas a deputada pede alterações na legislação para que a atribuição dos cheques passe a ter um funcionamento permanente. Lo Choi In lembrou que, nos últimos tempos, têm surgido opiniões sobre a necessidade de se melhor aproveitar os saldos orçamentais extraordinários e utilizá-los apenas com residentes que mantém uma ligação estreita a Macau.

Em 2022, o deputado Leong Sun Iok defendeu que o Executivo deveria deixar de atribuir cheques às pessoas com estatuto de residente que “já não têm contacto” com a região e que vivem “permanentemente” fora da China.

Nesse ano, a medida custou aos cofres públicos 7,23 mil milhões de patacas, sendo que mais de mil milhões de patacas foram distribuídos às “mais de 100.000” pessoas com estatuto de residente permanente, mas que “residem permanentemente no estrangeiro”, disse Leong Sun Iok numa sessão plenária.

16 Jan 2025

Renovação Urbana | Conselho não reúne desde Fevereiro de 2022

Apesar dos estatutos do Conselho de Renovação Urbana exigirem a realização de seis encontros por ano, desde Fevereiro de 2022 que não há qualquer reunião. O Governo afirma que vai fazer uma revisão do funcionamento dos órgãos consultivos

 

O Executivo promete levar a cabo uma revisão dos vários conselhos consultivos, depois de ter sido confrontado com o facto de o Conselho de Renovação Urbana (CRU) não realizar qualquer reunião desde Fevereiro de 2022. O assunto foi abordado pelo deputado Nick Lei Leong Wong, através de uma interpelação escrita, que indica que o CRU não está a cumprir as exigências de reunir seis vezes por ano. “O Governo da RAEM irá escrutinar, de forma constante, o funcionamento dos

órgãos consultivos e proceder, em consonância das necessidades da população e da sociedade, à revisão e optimização do seu modo de funcionamento”, consta na resposta assinada por Lai Weng Leong, Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana (DSSCU).

Lai tinha sido confrontado o Governo com o facto de o CRU não se reunir desde 22 de Fevereiro de 2022, como é indicado no portal desta entidade. No entanto, o estatuto do CRU prevê que têm de ser realizadas pelo menos seis reuniões ordinárias por ano, que podem ser convocadas pelo presidente ou pelos vogais.

No entanto, de acordo com as informações disponíveis na página electrónica do CRU, após a primeira reunião plenária do CRU realizada no dia 22 de Fevereiro de 2022, não há mais informações sobre o assunto.

Nick Lei indica também que com “excepção das 6 reuniões plenárias realizadas nos termos da lei em 2016 e das 10 reuniões plenárias realizadas em 2017”, entre “2018 e 2022, o número de reuniões realizadas pelo CRU não atingiu o exigido limite” legal exigido.

Mais fracos

No entanto, as perguntas de Lei sobre se existem planos para extinguir o CRU ou alterar o seu funcionamento, e em que moldes, ficaram sem qualquer resposta.

Face aos factos descritos, Nick Lei considera que este órgão consultivo “deve continuar a recolher as opiniões e sugestões relacionadas com a renovação urbana, realizar reuniões regulares para intercâmbio e discussão, rever a situação actual e discutir o futuro desenvolvimento” desta área.

O deputado ligado à comunidade de Fujian avisou igualmente que “se não for possível recolher as respectivas opiniões através do regime de reuniões regulares, então as funções do CRU vão ficar enfraquecidas, para além de constituir uma contradição à missão de prestar apoio na formulação da política de renovação urbana”.

O mandato do CRU termina em Março, contudo, na resposta, o Governo não adiantou se vai desactivar este organismo. O CRU tem como funções apoiar o Governo a nível da política de renovação urbana.

16 Jan 2025

Casinos batem níveis pré-pandemia mas apostas VIP longe do pico

O jogo mais popular nos casinos de Macau já ultrapassou em 2024 os níveis registados antes da pandemia, mas as receitas totais continuam longe dos picos históricos devido às apostas VIP, segundos dados hoje divulgados.

O bacará no chamado mercado de massas atingiu receitas de 137,9 mil milhões de patacas no ano passado, revelou a Direção de Inspeção e Coordenação de Jogos (DICJ).

Este valor representa um aumento de 24,8% em comparação com 2023 e também uma subida de 14,2% em relação ao anterior recorde, fixado em 2019, antes do início da pandemia de covid–19. Em 2024, o bacará de massas representou 60,8% do total das receitas do casinos no território, sendo de longe o jogo de fortuna e azar mais procurado pelos apostadores chineses.

Ainda assim, no ano passado as receitas totais dos casinos da cidade – 226,8 mil milhões de patacas – representaram apenas 77,5% do registado em 2019. Isto porque as grandes apostas (jogo VIP) em Macau estiveram somente a 40,5% dos níveis fixados antes da pandemia, apesar de terem subido 21,2% em 2024, para 54,8 mil milhões de patacas.

Em 2019 o chamado jogo bacará VIP representava 46,2% das receitas totais dos casinos de Macau. Mas em 2024 este segmento ficou–se por uma fatia de 24,1%.

As grandes apostas foram afetadas pela detenção do líder da maior empresa angariadora de apostas VIP do mundo, em novembro de 2021. O antigo diretor executivo da Suncity, Alvin Chau Cheok Wa, foi condenado em janeiro de 2023 a 18 anos de prisão por exploração ilícita de jogo e sociedade secreta, num caso que fez cair de 85 para 18 o número de licenças de promotores de jogo emitidas em Macau.

Em abril de 2023, o antigo líder de uma outra angariadora de apostas VIP em Macau, o Tak Chun Group, Levo Chan Weng Lin, foi condenado a 14 anos de prisão por crimes que vão desde o jogo ilegal ao branqueamento de capitais.

Em 2024, a região ainda registou nove milhões de patacas em receitas das apostas em corridas de cavalos, que terminaram em 30 de março. Após mais de 40 anos, o Governo de Macau anunciou em 15 de janeiro de 2024 a rescisão do contrato devido às “dificuldades de operação” da concessionária do hipódromo, que tinha vindo a acumular prejuízos desde 2002.

A Companhia de Corridas de Cavalos de Macau, S.A estava ligada à Sociedade de Jogos de Macau (SJM), uma das seis operadoras de casinos do território, fundada pelo falecido magnata Stanley Ho Hung Sun (1921–2020). Em julho de 2018, a região já tinha deixado de ter corridas de galgos, após o encerramento do canídromo, também ligado à SJM, num terreno com 40 mil metros quadrados, na península de Macau.

16 Jan 2025

Ano Novo | Sam Hou Fai diz que Governo teve “bom começo”

O Chefe do Executivo considerou que os primeiros 26 dias no poder foram “bem-sucedidos” e que o Governo teve “um bom começo”. As declarações foram feitas durante um jantar do Ano Novo Lunar, com os órgãos de comunicação social em língua chinesa

 

Num balanço dos primeiros 26 dias no poder, o Chefe do Executivo afirmou que o governo teve “um bom começo”. A posição foi tomada durante o tradicional jantar de Ano Novo Lunar oferecido pelo Chefe do Executivo aos órgãos de comunicação social em língua chinesa, na terça-feira, de acordo com um comunicado do Gabinete de Comunicação Social.

“Passaram-se 26 dias desde a tomada de posse do VI Governo, com os diversos trabalhos do novo governo a serem iniciados com sucesso, e nos serviços das diversas áreas têm sido executados de forma faseada, sinal de que tivemos um bom começo”, afirmou Sam Hou Fai.

Ao mesmo tempo, o líder do Governo prometeu que a governação vai ser feita sempre com “a série de discursos importantes e instruções” de Xi Jinping no pensamento.

No discurso, Sam prometeu ainda “potenciar melhor as vantagens do princípio um país, dois sistemas”, “impulsionar o desenvolvimento adequado e diversificado da economia, em elevar a capacidade governativa”, “criar uma plataforma de nível mais elevado de abertura ao exterior” e “manter a prosperidade e estabilidade da sociedade”.

As promessas de manutenção da prosperidade surgem numa altura em que vários sectores da economia, como o comércio nos bairros residenciais, as pequenas e médias empresas ou o imobiliário, enfrentam dificuldades raramente sentidas depois da transferência de soberania.

Missão atribuída

Sam Hou Fai afirmou esperar ainda que os órgãos de comunicação social locais se dediquem a promover pelo “mundo” o “resultado notável alcançado por Macau na implementação bem-sucedida do princípio um país, dois sistemas” e que contem “bem história da China e de Macau”.

No discurso, o líder do Governo afirmou que espera que a comunicação social “potencie a sua credibilidade, transmissão e influência e, através de várias formas e meios, transmita ao mundo o resultado notável alcançado por Macau na implementação bem-sucedida do princípio um país, dois sistemas, contando bem a história da China e de Macau”.

O Chefe do Executivo manifestou ainda a esperança de que os órgãos de comunicação transmitam “a mensagem à comunidade internacional que o princípio ‘um país, dois sistemas’ abrange os valores da paz, tolerância, abertura, e partilha” e que divulguem “as experiências de Macau e a sabedoria da China”, para que “mais pessoas vejam que o princípio é viável, alcançável e benéfico à humanidade”.

Sam Hou Fai destacou também que a liberdade de imprensa está garantida no território, apesar do Executivo ter mantido a política de impedir que o jornal All About Macau participe nas conferências de imprensa, com a justificação de falta de espaço.

16 Jan 2025

LAG | FAOM pede extensão do Metro até Qingmao

A Federação das Associações dos Operários pediu ao secretário para os Transportes e Obras Públicas que considere uma ligação entre as Portas do Cerco e a Fronteira de Qingmao

 

A Federação das Associações dos Operários (FAOM) defende que o Metro Ligeiro deve ser prolongado das Portas dos Cerco até à Fronteira de Qingmao, na Zona da Ilha Verde. A sugestão foi apresentada por Leong Wai Fong, um dos vice-presidentes da FAOM, no encontro com o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raymond Tam Vai Man.

Num encontro que aconteceu na terça-feira, no âmbito da preparação das Linhas de Acção Governativa deste ano, as primeiras do Governo de Sam Hou Fai, Leong Wai Fong considerou que a área dos Transportes e Obras Públicas tem “grande significado para melhorar a qualidade de vida da população”, “promover a prosperidade económica” e “concretizar o desenvolvimento sustentável”

No sentido de alcançar os três objectivos que devem orientar a governação, a FAOM sugeriu que o Governo avance para a “extensão do Metro Ligeiro até ao posto fronteiriço Qingmao e a outras zonas mais distantes”.

O Metro Ligeiro circula entre a Barra, na Península de Macau, a Taipa, e, mais recentemente, começou a circular para Seac Pai Van e a Ilha da Montanha, ligações que começaram a ser exploradas no final do ano passado.

A ligação até às Portas do Cerco faz parte da Linha Leste, que vai atravessar os novos aterros, e fazer a ligação entre a principal fronteira do território e a zona do terminal marítimo da Taipa. A conclusão da linha está prevista para 2027.

No entanto, com este pedido a FAOM espera que o Governo preveja mais ligações, de forma a que mais pessoas recorram à fronteira de Qingmao, que poderá assim aliviar alguma da pressão sobre a fronteira das Portas do Cerco.

Mais obras na Zona A

Entre os pedidos da influente associação, representada na Assembleia Legislativa com quatro deputados, consta igualmente a realização de “obras da Zona A dos Novos Aterros Urbanos em resposta às expectativas dos residentes.

A FAOM pediu ainda ao Governo uma maior integração no Interior e que seja dada “continuidade ao plano de apoio a veículos de nova energia”, em que o abate de veículos antigos e a compra de veículos eléctricos é subsidiada pelo Executivo.

Nos pedidos apresentados a Raymond Tam, consta ainda a necessidade de “lançar medidas de descarbonização e de poupança de energia para elevar a consciência da população sobre a protecção ambiental”, promoção “uniformizada das obras viárias” e utilização dos terrenos na posse do governo para “responder às aspirações da sociedade”.

Por sua vez, o secretário prometeu que a sua equipa vai ter sempre em mente os discursos de Xi Jinping durante a governação e prometeu “aumentar a transparência das informações através do reforço da cooperação interdepartamental, de modo a promover os vários trabalhos governativos com maior eficácia”. Tam afirmou ainda que vai trabalhar para melhorar as ligações com o Interior e “melhorar o ambiente habitacional para responder melhor às aspirações da sociedade”.

16 Jan 2025

Economia | Previsto desenvolvimento estável para 2025

A Associação Económica de Macau acredita que o território terá, este ano, um desenvolvimento estável, tendo em conta os dados do Índice de Prosperidade publicados por esta entidade na terça-feira. Espera-se um crescimento do Produto Interno Bruto de 5 por cento em termos anuais

 

Dados divulgados esta terça-feira pela Associação Económica de Macau, relativos ao Índice de Prosperidade, apontam para uma estabilidade do desenvolvimento económico do território para este ano. Segundo um comunicado da associação, a economia local deverá ficar no nível considerado estável mediante este Índice, com 6,4 a 6,5 pontos, numa escala de 0 a 10. Os dados dizem respeito ao primeiro trimestre.

A associação denota que este nível estável é semelhante ao indicado nos meses de Novembro e Dezembro do ano passado, quando Macau registou também com 6,4 a 6,5 pontos. A entidade, liderada pelo antigo deputado nomeado Joey Lao, denota que é esperada a continuidade da estabilidade económica, com mais estímulos à confiança e uma maior modernização em alguns sectores, sendo estes “elementos importantes” para que a economia continue a estabilizar depois de três anos difíceis devido à pandemia. Outra previsão da associação, prende-se com o crescimento anual de 5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) do território.

As causas

A equipa responsável pelo Índice destacou factores para o bom desempenho económico, nomeadamente a entrada em vigor do regime de múltiplas entradas para os residentes de Zhuhai e Hengqin em Macau, que vigora desde o dia 1 de Janeiro, esperando-se benefícios para os sectores do retalho e restauração.

Sobre o jogo, a associação alertou que o nível dos preços das acções das seis concessionárias se tem mantido baixo nos últimos tempos, bem como o índice de confiança do consumidor na China. Quanto a estes dois factores, prevê-se que se mantenham num nível baixo até Março deste ano, o que denota falta de confiança da parte dos investidores e também dos consumidores.

Além disso, foi apontado que a China pode ter um melhor desempenho económico este ano, prevendo-se que no Interior se reduzam as taxas de juro e taxas de reserva obrigatória para manter a liquidez e juros baixos, a fim de dar resposta “à incerteza dos mercados exteriores e para proporcionar condições para o crescimento económico”.

Ainda no tocante ao impacto da economia mundial, a associação destaca que persiste um cenário de incerteza, sobretudo no que diz respeito ao ritmo dos cortes nos juros. Um dos exemplos apontados foi o dos EUA, cuja Reserva Federal aplicou apenas dois cortes de juros este ano, o que significa que para muitos países o custo do capital permanece relativamente elevado a curto prazo.

Estima-se que tenha lugar um novo aumento dos juros, mas a chegada de Donald Trump à Casa Branca e as suas futuras políticas de tarifas alfandegárias dificultam as previsões da associação, é referido na mesma nota.

16 Jan 2025

Coloane | Terminadas escavações arqueológicas

Terminaram em Outubro as escavações arqueológicas no terreno que dará origem ao Campo de Aventuras Juvenis da Praia de Hac Sá, cabendo agora ao Instituto para os Assuntos Municipais continuar a desenvolver o projecto que foi alvo de remodelações

 

Está tudo a postos para o arranque da construção do Campo de Aventuras Juvenis da Praia de Hac-Sá. Numa resposta do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) a uma interpelação escrita do deputado Lei Chan U, foi referido que as escavações arqueológicas no terreno, coordenadas pelo Instituto Cultural, terminaram em Outubro. Uma vez que os trabalhos de recuperação do campo também foram concluídos em Novembro, o IAM já dispõe do terreno para dar continuidade ao projecto.

Na resposta, assinada pelo actual presidente do IAM, Chao Wai Ieng, é referido que este organismo decidiu “aprofundar o projecto do Campo de Aventuras Juvenis da Praia de Hac Sá, a fim de criar uma base de treino ao ar livre para os jovens e um espaço de lazer agradável para todas as idades”, e tendo em conta “a auscultação das opiniões da sociedade.

Porém, os detalhes não foram, para já, avançados. “Os pormenores do projecto serão divulgados ao público em tempo oportuno”. O futuro Campo de Aventuras Juvenis será, no fundo, um parque de diversões com uma grande componente recreativa e desportiva, com uma área total de 10 hectares, 12 áreas funcionais temáticas e mais de 200 modalidades aquáticas e terrestres, incluindo um espaço de restauração. A ideia do Governo é “criar o maior campo de aventuras em Macau e das regiões vizinhas, oferecendo experiências de aventura a crianças, adolescentes e jovens”.

Mais trilhos

Ainda no que diz respeito ao desenvolvimento de Coloane, o IAM destaca os avanços na criação de mais trilhos. “Em 2024 iniciou-se a construção, em três fases, do trilho de lazer da Estrada de Hac Sá, localizado entre a Avenida de Luís de Camões e a Rotunda do Altinho de Ká Hó, sendo que a primeira fase já se encontra concluída.”

Desta forma, “a conclusão da segunda e terceira fases, que vão dos edifícios “Man Hong Un” até à Rotunda do Altinho de Ká Hó, está prevista para o segundo trimestre de 2025″, adiantou o presidente do IAM, em substituição de José Tavares.

É ainda referido na mesma resposta à interpelação de Lei Chan U que o IAM “continua a promover a construção do trilho de lazer de Coloane, que liga os principais pontos turísticos de Coloane, tendo concluído a construção de um troço do trilho que começa no Parque de Seac Pai Van, passando pela vila de Coloane, Granja do Óscar, com ligação à Praia de Cheoc Van”.

16 Jan 2025

Galaxy | Macau acolhe nova digressão dos Green Day

A banda norte-americana Green Day actua em Macau no dia 9 de Fevereiro na Galaxy Arena, num espectáculo integrado na “The Saviours Tour”, que vai também passar por diversas cidades asiáticas. Eis a oportunidade para recordar uma banda de punk rock que desde 1986 anda pelos palcos

É o fim dos rumores: os norte-americanos Green Day vão mesmo actuar em Macau, na Galaxy Arena, no próximo dia 9 de Fevereiro, num espectáculo integrado na tournée mundial que têm levado aos palcos nos últimos meses, a “The Saviours Tour”.

Depois de um post numa conta não oficial da banda na rede social Instagram, em Outubro, que anunciava a vinda do grupo a Macau, eis que a confirmação chegou às redes sociais da operadora de jogo Galaxy. O espectáculo acontece a partir das 20h de domingo, dia 9, sendo que os bilhetes começam a vender-se amanhã a partir das 15h, com preços a variar entre as 580 e as 2,800 patacas, preço este para quem quer ficar de pé junto ao palco.

A Galaxy destaca que os Green Day são “uma das bandas mais bem-sucedidas da história da música em termos de vendas, com mais de 70 milhões de álbuns vendidos em todo o mundo”. Além disso, “os números do streaming são ainda mais impressionantes, totalizando mais de dez mil milhões de ouvintes em várias plataformas”.

Além de Macau, os Green Day vão também tocar em Banguecoque, Tailândia, no dia 12 de Fevereiro; e depois no dia 15 em Jacarta, na Indonésia. A banda dará ainda um pulinho a Kuala Lumpur e a várias cidades do Japão, nomeadamente Osaka, Nagoya, Yokohama; sem esquecer os concertos na Índia e Austrália.

Novo álbum disponível

Antes de se chamarem Green Day, o nome do trio composto por Billie Joe Armstrong, Mike Dirnt e Tré Cool era The Sweet Children, mas em 1989 decidiram chamar-se Green Day e lançar o primeiro álbum de estúdio, “39/Smooth”. Desde então que a banda se consagrou como uma das mais importantes no género pop punk, ligado ao punk rock.

Em 2004, o grupo rebentou nas tabelas de vendas em todo o mundo com o aclamado “American Idiot”, onde constavam êxitos como “Boulevard of Broken Dreams”, que invadiu as rádios na altura.

O disco ganhou um Grammy em 2005 na categoria de “Melhor Álbum Rock”, tendo sido nomeado em outras seis categorias, incluindo para “Álbum do Ano”. No caso dos MTV Video Music Awards, os Green Day ganharam sete dos oito prémios para os quais estavam nomeados. O videoclip do single “Boulevard of Broken Dreams” conquistou seis desses prémios.

O sucesso deste disco foi tal que, dez anos depois, a banda decidiu lançar uma versão comemorativa, “American Idiot – 20th Anniversary Deluxe Edition”. Contudo, a banda acaba também de lançar um novo trabalho discográfico, “Saviours”, que traz os singles “Bobby Sox” e “Dilemma”, sendo que, no espectáculo na Galaxy Arena, os fãs de Macau podem esperar uma mescla dos velhos êxitos e de novas canções em palco.

15 Jan 2025

Veículos eléctricos | Mais de 600 novos postos de carregamento

O Governo, em parceria com a CEM – Companhia de Electricidade de Macau, instalou um total de 630 postos de carregamento de electricidade para motos eléctricas em 49 parques de estacionamento públicos, tendo sido também instalados armários de baterias para ciclomotores e motociclos eléctricos em oito parques públicos.

Além disso, “foram reservados lugares nos parques de estacionamento públicos recém-construídos para a instalação dos equipamentos de carregamento de electricidade para ciclomotores e motociclos eléctricos”, sendo que, no futuro, poderão criar-se mais instalações do género consoante as necessidades, aponta uma nota da Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA).

As novas instalações foram criadas tendo em conta “a ocorrência de vários incidentes suspeitos de utilização indevida de carregadores para motociclos e ciclomotores eléctricos”, a fim de se reforçar “a gestão da segurança do carregamento de motociclos e ciclomotores eléctricos”.

15 Jan 2025