Hoje Macau EventosCirco Contemporâneo assinala “entrada acrobática” na Primavera Estão à venda bilhetes para o espectáculo “Entrelaçar a Paz”, “uma produção de circo contemporâneo concebida para o público mais crescido e para adolescentes, trazida da Suécia pela companhia vanguardista Cirkus Cirkör”, indicou o Instituto Cultural (IC). Os espectáculos estão marcados para os dias 21 e 22 de Março (sexta-feira e sábado), às 20h, no Grande Auditório do Centro Cultural de Macau. O IC descreve o evento como um desejo de superação que acabou por ganhar contornos simbólicos. “Inicialmente inspirado numa vontade de ultrapassar os limites do possível, combinando desejos de unidade e paz cujas aspirações são intricadamente tecidas num emaranhado de cordas e linhas, ‘Entrelaçar a Paz’ passou de espectáculo a uma metáfora de esperança para um mundo em ebulição”. O espectáculo produzido pela companhia Cirkus Cirkör combina performance física e música ao vivo, numa mescla de equilibrismo, malabarismo, trapézio e diversos tipos de acrobacia executados sobre uma estrutura de enormes casulos em forma de instalação aérea. O IC indica que a companhia sueca reúne um naipe de “artistas internacionais de alto nível” e “incorpora um caldeirão de culturas e disciplinas, promovendo o intercâmbio artístico.” A estreia de “Entrelaçar a Paz” está marcada para o primeiro dia de Primavera, mas, além do espectáculo, os artistas da companhia sueca vão protagonizar uma série de workshops para partilhar a sua arte com o público. O espectáculo tem uma duração de cerca de uma hora e meia e os bilhetes custam entre 200 e 500 patacas. Vinte anos depois Fundado pela directora artística e mentora criativa Tilde Björfors em 1995, o Cirkus Cirkör tem percorrido o mundo levando a cena e divulgando artes circenses junto de jovens de todas as idades. Celebrado como o espectáculo mais apreciado e reconhecido de sempre do Cirkör, “Entrelaçar a Paz” resume o espírito irreverente e urbano de uma companhia que tem vindo a experimentar e a colaborar com artistas tão diversos como o icónico compositor Philip Glass, fundindo frequentemente a tradição circense com a ópera. Por vezes, a trupe leva o público em viagens de descoberta, como a que a trouxe a Macau em 2005 com o espectáculo “99% Desconhecido”, uma aventura pelo mundo das células e dos neurónios humanos.
João Luz Eventos MancheteFotografia | Lúcia Lemos capta ambiente do Café Majestic A exposição de fotografia “Encontro à Meia-Luz”, de Lúcia Lemos, abre ao público na tarde do próximo sábado na Galeria Hold On to Hope, em Ká-Hó. A mostra reúne uma colecção de imagens que captam o ambiente do incontornável Café Majestic no Porto. A exposição estará patente até 23 de Fevereiro A nova exposição de fotografia de Lúcia Lemos propõe uma viagem ao icónico Café Majestic, no Porto. “Encontros à Meia-Luz” estará patente na Galeria Hold On to Hope, na Aldeia de Nossa Senhora em Ká-Hó, entre o próximo sábado, a partir das 16h, e o dia 23 de Fevereiro. Ao longo de 10 fotografias, Lúcia Lemos convida o público a espreitar momentos captados num “mundo onde o suave brilho da luz ambiente dança pelos elegantes interiores, revelando momentos de solidão, camaradagem e intercâmbio cultural”, descreve um comunicado do espaço expositor. “Cada imagem reflecte a visão distintiva de Lemos. Esta viagem fotográfica não apenas celebra a rica história do café, mas também encapsula o espírito de um local de encontro amado que continua a inspirar e encantar”, é indicado. A artista que fundou e coordena a Creative Macau explica que procurou transmitir a ambiência de luz e calor humano muito peculiar do estabelecimento. “A luz de intensidade baixa, atravessa a entrada das portadas, ilumina os braços de cabedal gravados dos sofás e fixa-se nos espelhos de cristal flamengo à Belle Époque, revelando-se fascinante o interior meio-escuro do espaço”, afirma em comunicado. Sobre a intensidade que o local proporciona, Lúcia Lemos entende que ir ao Porto e não marcar um encontro no Café Majestic é como regressar a casa e não visitar a mãe. “Neste emblemático café passei alguns anos da minha juventude. O Majestic era ponto de encontros prazerosos onde se bebia o café em copo e mais tarde o café curto em chávena chamado cimbalino após a marca italiana ter chegado ao Porto”. A beleza da fachada, a decoração interior e a “energia magnífica e acolhedora” fizeram do local “um espaço convidativo para frequentes encontros de namoro e de tertúlias para pintores, músicos, actores, cientistas, políticos, escritores, poetas, banqueiros e comerciantes”, refere a artista. Como tal, Lúcia Lemos entende que o Majestic é um ponto de partida incontornável para apresentar a cidade do Porto “a alguém muito especial”. As obras reunidas nesta exposição resultam da recolha fotográfica feita em 2006 pela lente de uma Rolleiflex de 1954 em filmes da Kodak a preto e branco. Tela ou ecrã Numa declaração de exposição, divulgada pela galeria, José Sales Marques descreve o conjunto de fotografias como uma forma de viver o local retratado. “Lúcia Lemos demonstra através deste conjunto fotográfico como a sua obra é consistente, emociona-nos pela beleza, frescura e persistência na originalidade da sua abordagem, e como cada obra que, de tempos a tempos, partilha com o público nos deixa sempre a aspirar por mais, tal como nos fazem os filmes de Wong Kar Vai ou Almodóvar.” Lúcia Lemos é uma artista visual que tem cruzado várias linguagens e formas de estéticas de expressão artística. Tem participado em Macau em exposições colectivas com trabalhos de videoarte, gravura, joalharia, cerâmica, escultura e instalações artísticas dos quais alguns foram reconhecidos e premiados. A organização indica que apesar do caracter multidisciplinar, o trabalho fotográfico a preto e branco tem um sido um veículo artístico de “satisfação plena” da artista, que mereceu bom acolhimento em exposições individuais realizadas desde 2002 em Berkeley, Curitiba, Lisboa, Macau, Monza, Palermo, Porto, Salzburgo e Xangai. Com mais de 20 anos de experiência de gestão de artes, enquanto coordenadora do Creative Macau, Centro de Indústrias Criativas, Lúcia Lemos tem colaborado ao longo dos anos com o Governo e instituições públicas como júri em festivais de arte e cinema, e em competições de arte, design e vídeo. No seu currículo destaca-se também a criação do Festival Internacional de Curtas de Macau. Actualmente, colabora com associações culturais e artísticas, proporcionando formação, curadoria e consultoria partilhando o conhecimento e a experiência profissional em coordenação, organização e direcção, destaca a organização da mostra.
João Luz EventosArtesanato | Exposição e workshops mostram ourivesaria de Guizhou e Hebei “Brilho da Arte – Exposição de Artesanato em Ouro e Prata das Províncias de Hebei e Guizhou” é o nome da mostra patente na Galeria Tap Seac que exibe ourivesaria artesanal das províncias chinesas. Além das mais de 160 peças de ouro e prata, o Instituto Cultural desafia o público a conhecer as práticas artesanais de trabalhar os metais preciosos em workshops A Galeria do Tap Seac exibe até ao dia 23 de Fevereiro “Brilho da Arte – Exposição de Artesanato em Ouro e Prata das Províncias de Hebei e Guizhou”, uma mostra que apresenta ao público de Macau a ourivesaria e o artesanato tradicionais das duas províncias chinesas e a forma ancestral de trabalhar o ouro e a prata. Organizada pelo Instituto Cultural, a exposição faz parte da série de actividades de celebração do Ano Novo Lunar da Serpente, apresentando “mais de 160 peças e conjuntos de joalharia e artigos requintados de ouro e prata”. As obras “apresentam formatos sofisticados, um elevadíssimo grau de requinte técnico e uma variedade de estilos. Herdando técnicas tradicionais de longa data e incorporando uma estética moderna, as peças de arte tradicional irradiam uma aura contemporânea”, descreve em comunicado o IC. Como o nome da exposição indica, as peças são um reflexo da arte incrustada em filigrana e a arte chinesa em cloisonné (técnica de aplicação de finas tiras de ouro em superfícies de metal, normalmente bronze) da Província de Hebei. A exposição apresenta também a ourivesaria do grupo étnico Miao da província de Guizhou. Ambas as manifestações culturais constam da Lista Nacional de Itens Representativos do Património Cultural Intangível da China. Preciosidades culturais A arte de criar peças em ouro e prata é um tipo de artesanato tradicional chinês com mais de 3000 anos de história. O IC indica que as peças da arte incrustada em filigrana e da arte chinesa em cloisonné de Hebei caracterizam-se por um elevado grau de requinte técnico, pela diversidade dos seus motivos e pela sua ornamentação deslumbrante, possuindo um grande valor artístico. Por sua vez, a ourivesaria do grupo étnico Miao de Guizhou, denota uma multiplicidade de conotações culturais, dando origem a obras de estilo acentuadamente étnico, de excelente gosto artístico. O grupo étnico Miao é um dos maiores no Interior da China, abarcando cerca de 56 dialectos e etnias. Os Miao vivem principalmente nas regiões montanhosas do sul da China. Além da província de Guizhou, o grupo étnico está fixado em zonas nas províncias de Yunnan, Sichuan, Hubei, Hunan, Guangxi, Hainão e mesmo Guangdong. Serão também disponibilizadas visitas guiadas à exposição aos sábados, domingos e feriados, com as sessões em cantonense marcadas para as 15h e em mandarim para as 16h15. Aprender com o mestre Além da exposição, que pode ser visitada gratuitamente das 10h às 19h, incluindo feriados, o IC vai organizar workshops na Sala de Actividades do Museu Memorial Xian Xinghai, na Rua Francisco Xavier Pereira, nº 151-153, em Macau. “A fim de permitir ao público um contacto mais directo com o artesanato em ouro e prata em exibição”, o IC vai organizar quatro workshops nos dias 8 e 9 de Fevereiro. No dia 8 de Fevereiro, das 10h às 12h e das 15h às 17h, um instrutor irá apresentar técnicas da arte incrustada em filigrana de Hebei. No dia seguinte, com o mesmo horário, será a vez de mostrar as técnicas de entalhe em prata Miao. Os workshops serão conduzidos em mandarim. Apesar da admissão ser gratuita, as 16 vagas para cada sessão carecem de inscrição. Podem participar residentes maiores de 16 anos, bastando para tal inscreverem-se através da Conta Única na secção “Inscrição em Actividades”. As inscrições estão abertas e cada pessoa pode apenas inscrever-se numa sessão. Caso o número de inscrições exceda o número de vagas, a selecção dos participantes será efectuada por sorteio electrónico, sendo os participantes admitidos notificados por SMS.
Hoje Macau EventosArquitectura | Estudante da USJ vence prémio de melhor projecto de tese Vera Vong, estudante de arquitectura da Universidade de São José (USJ), acaba de vencer o prémio de “Melhor Projecto de Tese em Arquitectura do Ano da Ásia”, obtendo a categoria “Prémio d’Ouro” na competição “ARCASIA Thesis of the Year (TOY) 2024”. Em causa, está o projecto final de licenciatura, intitulado “Undulating Connections”, sendo que, com ele, Vera Vong ganhou também os prémios especiais de “Melhor [Projecto] em Inovação e Originalidade” e “Melhor em Orientação Global”. A cerimónia de atribuição do prémio decorreu no passado dia 16 de Janeiro. “Undulating Connections” é, segundo um comunicado da USJ, “um edifício dinâmico que oferece um espaço especializado para eventos regionais e globais”, estando situado “numa posição geográfica” com bastante significado. “O conceito do design do projecto inspira-se nos reflexos de luz do Lago Nam Van, verificados na parte da frente do edifício”, verificando-se ainda “a interacção de telhados curvos, iniciando-se com um ângulo suave, semelhante a uma montanha, e que cria uma experiência espacial envolvente”. Além disso, o projecto deste edifício “conta com duas salas de exposição, um auditório, duas galerias, uma área de exposição pública, um café e um miradouro”, sendo destinado “a um centro de ‘networking’, de apoio ao turismo, de incentivo ao crescimento económico e de aumento da interacção intercultural em Macau”, isto caso fosse construído. O projecto de tese de Vera Vong foi seleccionado, numa primeira fase, pela Associação de Arquitectos de Macau para concorrer ao Prémio TOY da ARCASIA – Architects Regional Council Asia.
Hoje Macau EventosAno Novo Lunar | O que ver e fazer nos dias da celebração Além da Parada do Ano Novo Chinês promovida pelo Governo, os resorts integrados de Macau apostaram em várias actividades para celebrar a entrada num novo ano. Decorações especiais, concertos e muita animação com danças do leão e dragão e ainda algum fogo de artifício – eis o rol de actividades que marca a entrada no Ano Lunar da Serpente A Serpente é a protagonista dos próximos dias feriados que marcam o arranque de um novo ano. Amanhã começam oficialmente as celebrações do Ano Novo Lunar da Serpente, e, além das actividades promovidas pela Direcção dos Serviços de Turismo, há ainda muitas outras organizadas, na sua maioria, pelos resorts integrados, com uma grande componente artística. No caso do Studio City, até ao dia 23 de Fevereiro pode ser vista uma “imponente instalação de uma serpente mecânica gigante com cinco metros de altura”, com o sugestivo nome de “Serpente da Fortuna”. Com esta iniciativa, a Melco pretende “proporcionar uma experiência absolutamente única aos visitantes, com uma celebração da arte, das tradições culturais e da tecnologia moderna”. Haverá ainda um espectáculo de luzes gratuito, com referência à “Serpente da Prosperidade”, além de estar aberta ao público uma pista de gelo, jogos em tendinhas e uma outra parada, a “Splendid Snake Parade”. Destaque para, no dia 2 de Fevereiro, o rol de actividades incluir música, realizando-se o “2025 New Year Starlight Concert”. No caso do Lisboeta Macau, a festa faz-se na H853 Fun Factory, com a apresentação de “decorações temáticas de doces que simbolizam a felicidade e prosperidade”. Destaque ainda para a realização de uma “variedade de espectáculos culturais tradicionais”, incluindo a dança do leão ou o ‘Desfile do Deus da Fortuna’, entre outros. Além disso, a “Noite Lisboeta” irá acolher o “Mercado Nocturno do Ano Novo Chinês”, na Praça do Palácio de Macau e Rua Velha de Macau, disponível até ao dia 5 de Fevereiro; o “Mercado de Flores do Ano Novo Chinês”, também até ao dia 5, no mesmo local; e ainda a “Feira do Ano Novo Chinês”, aberta ao público até domingo, disponibilizando-se “uma variedade de produtos festivos e alimentos especiais”. A ideia é “criar uma atmosfera rica de Ano Novo”, promovendo-se “a cultura tradicional chinesa”, destaca o Lisboeta Macau, em comunicado. No dia 2 de Fevereiro realiza-se também o espectáculo “SJM A-Lin Music Show”, no Grand Pavilhão do Grand Lisboa Palace. A-Lin é a cantora que venceu os “Golden Melody Awards”, trazendo a Macau “a sua voz poderosa e baladas emotivas para celebrar o Ano Novo Lunar”. Barra em festa Na zona da Barra, o MGM promove o “Mercado da Bênção da Sorte da Barra”, localizado no antigo matadouro, que inclui uma exposição individual do ilustrador japonês Shinri Murakami, que “apresenta as suas ilustrações da moda num cruzamento criativo entre arte e retalho”, sendo esta mostra complementada com um “Café Pop-up”, com produtos temáticos. Citado por um comunicado, Shinri Murakami disse ser uma “honra apresentar as obras de arte num espaço tão rico em termos históricos”. “A fusão do património e da modernidade neste bairro é verdadeiramente inspiradora. Juntos, criámos um espaço partilhado inovador onde a minha arte vai além das exposições tradicionais, ligando-se a várias actividades e integrando-se na vida quotidiana de Macau”, referiu. Para a organização, este mercado e demais eventos “combinam elementos como o património cultural intangível chinês, ilustrações da moda, um mercado criativo de Ano Novo Chinês e música ao vivo”, sendo uma “convergência única de tradição e modernidade”. Desde o dia 26 de Janeiro que este mercado está aberto ao público na Barra. De referir ainda a realização, nos dias 1 e 2 de Fevereiro, do concerto sinfónico “Black Myth: Wukong”, no MGM Theatre. Neste espectáculo irá acontecer “um cruzamento ousado entre música e jogo que combina música sinfónica e música tradicional chinesa”, contando-se ainda com a reprodução de várias curtas-metragens de animação durante o espectáculo “para permitir que o público mergulhe no mundo da mitologia oriental” trazida pelo jogo “Black Myth: Wukong”, um jogo de vídeo chinês bastante conhecido. Com este espectáculo pretende-se ainda “dar a conhecer ao público a próspera indústria de jogos da China e a profundidade da sua cultura tradicional”. Qi Baishi e companhia Também a Wynn se junta à festa com a realização de espectáculos de dança do dragão e do leão, com fogo de artifício, marcados para os dias 3 e 4 de Fevereiro, ou seja, sexto e sétimo dias do Ano Novo Chinês. Aí, “os visitantes são convidados a seguir os passos do grupo de dança do leão enquanto este ‘serpenteia’ pelas principais localizações do Wynn Palace e Wynn Macau”, existindo ainda locais para tirar fotografias, como a “Árvore da Prosperidade” e o “Aquário dos Peixes Dourados”, ambos no Wynn Macau, e que “simbolizam a boa sorte” para um novo ano. A Wynn continua a apresentar a exposição “Flores de Lótus aos pares, Flores de Ameixoeira em grupos – O mundo artístico de Qi Baishi”, uma mostra de arte digital patente no Illuminarium, e disponível até ao dia 15 de Fevereiro. Destaque também para as apresentações especiais dos espectáculos “Galaxy Macau Diamond Show” e “Crystal Lobby Show” até ao dia 16 de Fevereiro. Em ambos os eventos o público pode esperar “um diamante de três metros de altura a descer até ao meio de um espectáculo aquático”, com uma sincronização de luzes e música. Além disso, “do primeiro ao quinto dia do Ano Novo Lunar, o Deus da Fortuna, acompanhado pelo ‘Rapaz de Ouro’ e pela ‘Rapariga de Jade’, aparecerá no Galaxy Macau e no StarWorld Hotel, distribuindo bênçãos e boa sorte para o ano que se aproxima”. Depois, “entre o terceiro e o quinto dia, irá actuar um grupo profissional de dança do leão”.
Hoje Macau EventosExposição | “GalaxyArt” apresenta “The Boom and Bloom” até Março Pode ser vista até ao dia 9 de Março a mostra “The Boom and Bloom”, com duas obras criadas por Ray Chan, de Shenzhen; e Sanchia Lau, natural de Macau. A galeria “GalaxyArt”, aberta ao público desde 2021, acolhe esta mostra que chega a tempo de celebrar a chegada de um novo Ano Lunar, e que tem curadoria de Gary Mok, de Hong Kong. Segundo uma nota da Galaxy, Ray Chan quis, em “Shake Money Tree”, misturar “arte pop com tendências populares entre os jovens para reinterpretar as tradicionais bênçãos do Ano Novo Chinês”. “Este não é apenas um banquete visual e artístico; é uma viagem pelo património cultural”, refere, citado pelo mesmo comunicado. Esta obra gira, assim, “em torno de um pinheiro que atrai a fortuna, simbolizando a coexistência harmoniosa entre a riqueza e a natureza e sublinhando a importância da gestão financeira”. No caso de Sanchia Lau, o seu projecto “Wishing Doll” traz “uma nova série de personagens com o tema da benção, em que “a combinação da árvore do dinheiro e da boneca dos desejos representa amor e riqueza”. Aqui reflecte-se “uma profunda compreensão da busca dos sonhos”, misturando-se “símbolos chineses auspiciosos com um design moderno, criando-se um diálogo convincente entre a tradição e a arte contemporânea”. Esta exposição traz ainda “três obras de arte temáticas especialmente encomendadas e estreadas em Macau”, com o nome de “Joy and Glory”, a instalação interactiva que dá nome à exposição, “Boom and Bloom” e ainda “A Propitious Omen”, que “incorpora os conceitos de amor e prosperidade, com o lótus – o símbolo de Macau – a dar um toque único e a representar fortuna e harmonia para o novo ano”.
Hoje Macau EventosÓbito | Realizador francês Bertrand Blier morre aos 85 anos O realizador e argumentista francês Bertrand Blier, autor de “As bailarinas” e “Traje de noite”, morreu na segunda-feira em Paris, aos 85 anos, revelou a família à agência France-Presse. Para o jornal Le Figaro, morreu “um dos últimos gigantes do cinema francês”, que “soube inventar seu próprio universo cinematográfico” e deixou “filmes inesquecíveis para várias gerações”. Da filmografia, iniciada nos anos 1960, fazem parte, por exemplo, “Hitler, connais pas” (1963), “Como se eu fosse um espião” (1967), no qual entra o pai, o actor Bernard Blier, “A mulher do meu melhor amigo” e “Que raio de vida!” (1991), com Charlotte Gainsbourg e Anouk Grinberg. Autor de filmes marcados pelo humor negro e pela comédia grotesca, Bertrand Blier venceu em 1979 o Óscar de Melhor Filme Internacional com “Uma mulher para dois”, protagonizado por Carole Laure, Gérard Depardieu e Patrick Dewaere. Gerard Depardieu foi, aliás, um dos actores que mais trabalhou com Bertrand Blier e cuja colaboração marcou o cinema francês nos anos 1970 e 1980, com destaque para “As bailarinas” (1974), “Crimes a sangue frio” (1979), “Bela demais para ti” (1989) e “Quanto me amas” (2005). A propósito de “As bailarinas”, com Depardieu e Dewaere, a AFP lembra que este filme foi considerado subversivo e de culto, e ao mesmo tempo criticado “pela misoginia e pela forma como retratou a predominância masculina”. “Hitler, connais pas” (1963) valeu-lhe um prémio de primeiras obras em Locarno (Suíça) e com “Bela demais para ti” venceu o Grande Prémio do Júri em Cannes.
Andreia Sofia Silva EventosExposição | “Flora Macanensis” revela memórias de Macau na Polónia O antropólogo local Cheong Kin Man, a residir em Berlim há muitos anos, juntou-se a Marta Sala, artista polaca, para realizar uma nova exposição, “Flora Macanensis”, que pode ser vista na cidade de Katowice, Polónia, até 28 de Fevereiro. Nesta mostra, o casal explora memórias de família e o passado de Macau, numa conjugação de instalações artísticas e peças têxteis Estreou ao público no passado dia 7 a exposição “Flora Macanensis”, o mais recente projecto da dupla de artistas Cheong Kin Man, natural de Macau, e Marta Stanisława Sala, polaca. Esta mostra está patente até ao dia 28 de Fevereiro na Biblioteca Pública Municipal de Katowice, na Polónia, mas a ideia é que possa visitar vários países e territórios, incluindo Macau. Segundo uma nota divulgada pelo Instituto Camões na Polónia, esta mostra é um trabalho da dupla composto por “uma série de sete cartazes que conta a história da Flora, mãe do artista, que chegou a Macau clandestinamente nos anos 80 e como a amnistia portuguesa concedida aos imigrantes ilegais no território, depois de uma visita de Mário Soares em 1990, mudou a vida de Macau”. Mas a mostra inclui também o projecto “A Bússola da Utopia”, com três peças têxteis, que conta a história do pai de Cheong Kin Man. Nesta peça, o artista e antropólogo natural de Macau acaba por “entrelaçar a travessia a nado do pai da China a Macau em 1979 com as estadias do jesuíta polaco Miguel Boym em meados do século XVII e também com a passagem do aventureiro polaco Conde Benyowsky pela colónia portuguesa em 1771”. Gonzaga Gomes e outros Desta forma, este trabalho mistura não só memórias pessoais do artista, há muitos anos a residir em Berlim, mas também outros pedaços da história de Macau. Também em “Flora Macanensis” se pode ver o vídeo experimental “O Monumento Pronto-a-Vestir”, que inclui uma entrevista com o navegador e investigador António Abreu Freire. “A obra audiovisual, inspirada no karaoke, demonstra, letra a letra, as traduções inglesa, polaca e cantonesa das palavras de Freire em português”, destaca-se. A mostra completa-se com “duas dúzias de livros em português e publicados em Macau do tempo da administração portuguesa, incluindo obras do sinólogo Luís Gonzaga Gomes (1907-1976), o jornalista Francisco de Carvalho e Rêgo (1898-1960), bem como um mapa ‘tentativa de reconstituição geográfica da Peregrinação de Fernão Mendes Pinto feita pelo Visconde de Lagoa'”. Ao HM, a dupla de artistas contou que esta é a primeira vez que expõem no país de onde é natural Marta Stanisława Sala, com os dois a quererem “concretizar o plano de viver entre Berlim, Macau, Cracóvia e Lisboa”. A dupla trabalha junta desde 2021, tendo vindo a criar “várias línguas fictícias”, sempre dentro das áreas da arte e da antropologia visual. Marta Sala destaca, sobre “Flora Macanensis”, que “não só é importante ligar o têxtil e o texto nas narrativas auto-etnográficas, mas também a convivência com as pessoas entre Berlim, a Polónia, Macau e Portugal, fontes da nossa criatividade”. A cidade de Katowice é bastante próxima de Marta Sala, pois no lugar onde hoje existe a biblioteca pública, o seu avô materno teve uma oficina de construção de móveis nos anos do comunismo. Porém, Marta Sala nunca viveu nesta pequena cidade, embora permaneça lá toda a família. A ideia de ali expor surgiu da mãe de Marta. “A directora pediu-nos a contextualizar o nosso trabalho e propôs-nos a tematizar mais Macau”, destacou Marta, sendo que na sessão de apresentação da mostra teve lugar uma conversa sobre a participação da dupla na edição da Bienal de Macau de 2023. Marta Sala adianta que, como dupla, procuram “sempre o universal”, enquanto Cheong Kin Man destaca que é-lhe sempre natural falar da sua terra, Macau. “Tanto na Alemanha como na Polónia, sempre queremos falar de Macau de uma forma a que consigamos ter algum reflexo. Quando falámos [na conversa inaugural da exposição] da existência de três passaportes em China, Macau e Hong Kong, pedimos ao público para imaginar as alfândegas entre Katowice, Cracóvia e Varsóvia. Os casos de Macau e da Polónia não são comparáveis, mas a Polónia foi dividida durante séculos”, explicou. No último ano, a dupla não parou de produzir artisticamente, tendo realizado “De Copenhaga com Amor” e “As Espantosas e Curiosas Viagens” em Nuremberga, que teve o apoio da Fundação Oriente, entre outras entidades. Cheong Kin Man adiantou que esta última mostra poderá realizar-se em Lisboa ainda este ano, estando o projecto em fase de negociações.
Hoje Macau EventosFRC | Antiguidades da Rota da Seda para ver até Fevereiro Luís Au, coleccionador de antiguidades, resolveu mostrar ao público, com a ajuda da Fundação Rui Cunha, algumas peças antigas do período da Rota da Seda Marítima. Dessa vontade nasceu a exposição “Crescent on the Sea”, que conta com 50 peças, como quadros, documentos ou peças de cerâmica que vão do século IV ao século XIX A Fundação Rui Cunha (FRC) inaugurou esta terça-feira a Exposição de Antiguidades da Rota da Seda Marítima “Crescent on the Sea”, com peças do coleccionador Luis Au. Trata-se de uma mostra que apresenta um conjunto de cerca de 50 obras de arte, cerâmica, quadros, documentos e livros do século IV ao século XIX, sendo estes exemplos de objectos transportados ao longo dos percursos terrestres e marítimos da China continental. A exposição, que acontece graças à colaboração da família Au, que desde sempre coleccionou peças antigas, pretende também celebrar o 10º aniversário da inscrição do corredor terrestre da Rota da Seda entre Chang’an (antiga Xi’an) e Tianshan (cordilheira montanhosa que atravessa as fronteiras da China, Cazaquistão e Quirguistão) na Lista de Património Mundial da UNESCO em 2014. Além disso, a mostra, que fica patente na galeria da FRC até ao dia 8 de Fevereiro, celebra o 20º aniversário da inscrição do Centro Histórico de Macau na mesma Lista de Património Mundial da UNESCO em 2005. Um trabalho de vários anos Citado por um comunicado, Luís Au explicou que a sua família “começou a coleccionar antiguidades da China e de Portugal desde a década de 1950, devido à nossa grande paixão pelos estudos de história”. “Após um século de trabalho em Macau, uma cidade com uma combinação rica de cultura oriental e ocidental, a minha família, com formação cultural sino-portuguesa, dedicou-se a promover a educação sobre o património cultural de Macau para valorizar as relíquias e a herança local”, disse ainda. Quanto ao nome da mostra, “Crescent on the Sea” remete para o famoso lago em forma de crescente, um verdadeiro oásis rodeado por inúmeras dunas de areia em Dunhuang, província de Gansu, perto do deserto de Gobi. No prefácio da exposição, explica-se que “Dunhuang era um importante centro de antigas trocas comerciais da Rota da Seda, que atravessavam a massa terrestre euro-asiática do comércio leste-oeste”. Luís Au acrescenta, porém, que “na costa sudeste da China, existia também um “Crescente” no mar, uma área cheia de prosperidade e vibração ligada a cerca de cem outros portos ao longo da Rota da Seda Marítima”. “De Liujiagang (que é hoje Liuhe, na província de Suzhou) a Cantão, a área em forma de crescente centrada em Zayton (Quanzhou) foi um importante centro de construção naval e de desenvolvimento de tecnologias de navegação, durante a dinastia Song, e um dos maiores portos do mundo”, frisou. As Rotas da Seda serviram sobretudo para transportar matérias-primas, alimentos e bens de luxo. Algumas zonas tinham o monopólio de determinados materiais ou bens: principalmente a China, que abastecia a Ásia Central, a Ásia Ocidental e o mundo mediterrânico com seda, mas também porcelana, chá e especiarias. Muitos dos bens comerciais de elevado valor eram transportados – por animais de carga e embarcações fluviais – ao longo de grandes distâncias e diferentes comerciantes, entre os impérios chinês e romano, florescendo entre os séculos VI e XIV d.C. e mantendo-se em uso até ao século XVI. A Rota da Seda Marítima, ainda em processo de estudo e classificação pela UNESCO, desenvolveu-se entre os portos de Quanzhou, na província de Fujian, atribuído como ponto de partida deste circuito de navegação costeiro através do estreito de Taiwan, até ao porto de Ningbo, na província de Zhejiang, hoje um dos três portos de carga mais movimentados do mundo. Macau, com a sua localização geográfica favorável na costa sul da China, tornou-se a partir do século XVI um importante porto de comércio marítimo e um centro de exportação de produtos chineses para o mundo. A seda e a porcelana chinesas, entre outros produtos, eram reexportadas via Macau para o Japão, Sudeste Asiático, Europa e até América. Como tal, Macau desempenhou um papel vital no desenvolvimento da Rota da Seda Marítima, ajudando a expandir a rede comercial global e facilitando o intercâmbio cultural mútuo entre o Oriente e o Ocidente.
Hoje Macau EventosGuitarra portuguesa | Carlos Paredes lembrado na China e Japão Mais de uma centena de concertos, colóquios, filmes, oficinas e um plano de salvaguarda e divulgação compõem o programa para assinalar os 100 anos do nascimento do guitarrista Carlos Paredes e celebrar o seu legado, e que será apresentado em todo o mundo, incluindo na China e Japão. A programação, intitulada “Variações para Carlos Paredes”, foi apresentada esta segunda-feira. A ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, disse que o guitarrista “conseguiu unir a tradição e a modernidade, o passado e o presente de forma absolutamente singular, única”. “O legado de Carlos Paredes tem um papel fundamental no que consideramos hoje serem elementos matriciais da nossa identidade”, disse. O programa de celebração do centenário do nascimento de Carlos Paredes inicia-se em Fevereiro e vai estender-se pelos próximos meses, repartido em três linhas de actuação: A vertente performativa, com espectáculos, a vertente de investigação, com publicações e colóquios, e a vertente educativa, com oficinas, visitas e roteiros. Em Fevereiro, mês do aniversário de Carlos Paredes (1925-2004), a programação terá três momentos inaugurais em Lisboa, mas ao grupo de trabalho que elaborou a programação foi pedida uma abrangência geográfica ampla para as celebrações. “Carlos Paredes estará presente em todo o país”, sublinhou Dalila Rodrigues, acrescentando que haverá também concertos e eventos culturais em 12 países, em quatro continentes. Concerto no São Luiz A abertura oficial do programa está marcada para 5 de Fevereiro, em Lisboa, com a Orquestra Metropolitana de Lisboa no Teatro Municipal São Luiz, e no dia seguinte no Centro Cultural de Belém, com o espectáculo “Perpétuo”, de música e dança, encenado pelo realizador Diogo Varela Silva. A 16 de Fevereiro, dia em que Carlos Paredes faria 100 anos, a Aula Magna da Universidade de Lisboa acolhe um concerto com a presença de nomes como a guitarrista Luísa Amaro, a cravista Joana Bagulho, o pianista Mário Laginha e a cantora A Garota Não. Nesta vertente performativa destaca-se ainda um concerto de Mário Laginha em Braga, uma digressão nacional dos guitarristas Norberto Lobo e Ben Chasny, uma atuação do grupo Alvorada na Exposição Mundial de Osaka 2025, no Japão, e uma série de festivais de fado pelo mundo, dedicados a Carlos Paredes, nomeadamente em Espanha, China, México, Panamá ou Argentina. Carlos Paredes nasceu em Coimbra, em 16 de Fevereiro de 1925, e morreu em Lisboa, em 23 de Julho de 2004. Filho do guitarrista Artur Paredes, outro nome maior da guitarra portuguesa, Carlos Paredes deu continuidade a uma linha familiar de gerações de músicos, mantendo-se leal à tradição e ao estilo de origem, tocando a guitarra de Coimbra, com a afinação do fado de Coimbra. Imprimiu, porém, uma abordagem pessoal, que o levou aos principais palcos mundiais e a trabalhos conjuntos com outros grandes intérpretes, como o contrabaixista norte-americano de jazz Charlie Haden. Combatente antifascista, opôs-se à ditadura e foi preso pela PIDE, no final da década de 1950. Até à década de 1990, conciliou a guitarra com a sua actividade como administrativo no Hospital de São José, em Lisboa. Em Dezembro de 1993 foi-lhe diagnosticada uma mielopatia, doença que lhe atacou a estrutura óssea e que o impediu de tocar a guitarra.
Hoje Macau EventosGaleria Tap Seac | Mostra “Brilho da Arte” a partir de sexta-feira A Galeria do Tap Seac prepara-se para receber, a partir desta sexta-feira, 24, a mostra “Brilho da Arte – Exposição de Artesanato em Ouro e Prata das Províncias de Hebei e Guizhou”, organizada por diversas entidades governamentais de Macau, Hong Kong e China. A ideia é dar a conhecer o artesanato em ouro e prata das províncias de Hebei e Guizhou, revelando-se peças com mais de 3000 anos de história. Neste âmbito, a arte incrustada em filigrana e a arte chinesa em “cloisonné”, de Hebei; e a ourivesaria do grupo étnico Miao, da província de Guizhou, destacam-se “como exemplos brilhantes” do Património Cultural Intangível da China, aponta o Instituto Cultural, em comunicado. Estas peças “caracterizam-se por um elevado grau de requinte técnico, pela diversidade dos seus motivos e pela sua ornamentação deslumbrante, possuindo um grande valor artístico”, sendo que “a ourivesaria do grupo étnico Miao de Guizhou, denota uma multiplicidade de conotações culturais, dando origem a obras de estilo acentuadamente étnico, de excelente gosto artístico”. Apresentam-se mais de 160 peças ou conjuntos de joalharia e artigos de ouro e prata, que herdaram “técnicas tradicionais de longa data e que incorporam uma estética moderna”. Destaque ainda para a realização de quatro workshops a 8 e 9 de Fevereiro para que o público possa aprender mais sobre estas técnicas de arte e artesanato, e que terão lugar na Sala de Actividades do Museu Memorial Xian Xinghai. As inscrições podem ser feitas a partir de sábado na plataforma da “Conta Única de Macau”. A exposição “Brilho de Arte” fica patente na Galeria do Tap Seac até ao dia 23 de Fevereiro.
Andreia Sofia Silva EventosFotografia | Ochre Space com mostra inédita sobre Hosoe Eikoh Fundada por João Miguel Barros, advogado e residente de Macau, a galeria Ochre Space, em Lisboa, continua a mostrar alguns dos grandes fotógrafos contemporâneos. Desta vez é Hosoe Eikoh, o protagonista da nova exposição da galeria disponível até 8 de Fevereiro Falecido a 16 de Setembro de 2024 em Tóquio, Hosoe Eikoh é homenageado com a nova exposição na galeria Ochre Space, em Lisboa, disponível até ao dia 8 de Fevereiro. Fundada por João Miguel Barros, advogado, curador e residente de Macau, a Ochre apresenta agora uma exposição inédita com um dos nomes mais conhecidos da fotografia japonesa contemporânea, mas também da história de arte feita no país. Segundo uma nota de imprensa, esta mostra “é a primeira em Portugal e no mundo após a morte de Hosoe”, tendo sido planeada um ano antes, “ainda com o conhecimento do artista”. Trata-se, assim, de uma exposição que “celebra a vida e o legado de um verdadeiro visionário da fotografia”, tido como “o mestre dos mestres”. “Hosoe Eikoh destacou-se pela sua abordagem única, que elevou a fotografia a uma forma de arte performativa e colaborativa. Trabalhos como ‘Barakei’, criado com Mishima, e Kamaitachi, em parceria com o dançarino butoh Tatsumi Hijikata, exploram os limites entre corpo, identidade e desejo, capturando momentos de intensidade visceral e beleza simbólica”, descreve-se na mesma nota. A escolha da data para a inauguração da mostra, 14 de Janeiro, deveu-se ao simbolismo que esta acarreta, pois marca “o centenário do nascimento de Yukio Mishima, icónico escritor japonês que inspirou um dos projectos mais emblemáticos da carreira de Hosoe, ‘Ordeal by Roses’ (Barakei)”. Este trabalho é mesmo o grande destaque da exposição na Ochre Space, onde Hosoe usou “a lente para reinterpretar a vida e a obra de Mishima, criando composições carregadas de força estética, e emoção”. Em 1961 Yukio Mishima, conhecido dramaturgo japonês, convidou Hosoe para o fotografar para um livro de ensaios que ia publicar. Mishima “pretendia uma fotografia de capa menos convencional”, mas segundo João Miguel Barros, Hosoe perguntou se “o podia fotografar à sua maneira”, ao que Mishima respondeu afirmativamente. “A série de fotografia tiradas foram totalmente inesperadas: Mishima envolto numa mangueira em diversas posições, de pé ou deitado no jardim de sua casa. Uma dessas fotografias acabou por ser a capa do livro de ensaios publicado em 1961, com o título ‘The Attack of Beauty’. E esse foi também o começo de ‘Barakei’, sendo essa fotografia e essa série uma parte importante do início do livro”, descreveu o fundador da Ochre Space. Assim, na galeria, o público pode ver uma selecção de imagens do livro “Barakei”, editado pela primeira vez no Japão em 1963, e que originalmente teve como nome “Killed by Roses”. Legado intemporal A galeria descreve ainda o facto de, ao longo da sua vida, Hosoe ter sido “amplamente reconhecido pela sua contribuição para a fotografia mundial, tendo recebido, entre outros, o Prémio de Realização de Vida da Sociedade Fotográfica do Japão (1963) e a Ordem do Sol Nascente, atribuída pelo governo japonês em 2017”. Esta mostra visa mostrar esse legado intemporal do fotógrafo e o “impacto duradouro de Hosoe na arte contemporânea, celebrando a sua capacidade de transcender barreiras culturais e temporais, desafiando e inspirando gerações futuras”. No dia 8 de Fevereiro, a partir das 16h, a exposição encerra com uma conversa em torno da obra do fotógrafo, sob o tema “Hosoe e Mishima juntos na Imortalidade”. Esta conversa reúne José Bértolo, professor na Universidade Nova, Tânia Ganho, autora e tradutora da obra de Yukio Mishima em Portugal, e João Miguel Barros. Promete-se “a exploração de diferentes ângulos da obra e legado de Hosoe”, nomeadamente as várias edições de “Barakei”, “a visão literária de Mishima e a potência da fotografia de Hosoe enquanto arte performativa e simbólica”. Trata-se, segundo a organização, de “uma oportunidade única para celebrar a intersecção entre artes visuais e literatura, no espírito visionário do mestre japonês”.
Hoje Macau EventosCinema | Studio City exibe comédia “Hit N Fun” passada em Macau Estreou no sábado nos cinemas da Studio City o filme “Hit N Fun”, uma comédia de acção com produção de Hong Kong, que tem as regiões administrativas especiais como pano de fundo. “O enredo do filme passa-se em Macau porque a cultura e o estilo de vida de Hong Kong e Macau são semelhantes. Isso torna a história relacionável com o público de Hong Kong, e a mistura da arquitectura antiga e nova de Macau também acrescentou a riqueza e o contraste aos visuais”, indicou o realizador Albert Mak, num comunicado divulgado pela Studio City. O filme, patrocinado pelo Studio City, conta no elenco com Louis Koo, Philip Ng, German Cheung, Chrissie Chau e Louise Wong. Esta última revelou alguns detalhes da produção. “Toda a gente dizia que o escorrega era muito alto, e só de olhar para ele os meus joelhos fraquejavam. Felizmente, o realizador conseguiu a filmagem em apenas dois takes. O escorrega foi verdadeiramente emocionante”, conta a actriz sobre uma cena de acção filmada no parque aquático da Studio City. Entre os locais de filmagem, destaque o Albergue SCM e o popular Café Cheong Lam Kei.
Hoje Macau EventosGoverno apresenta cartaz de celebrações para o Ano Novo Lunar A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) apresentou na sexta-feira o programa de celebrações do Ano Novo Lunar, que irá contar com a tradicional Parada de Celebração e três espectáculos de fogo-de-artifício. No cartaz, destaque para o Desfile do Dragão Gigante Dourado, que irá passar por alguns pontos dos bairros comunitários, nos primeiros dois dias do Ano Novo Lunar (29 e 30 de Janeiro). A festa será alargada a vários bairros de Macau, com actuações de grupos de dança do dragão e do leão, o Deus da Fortuna, os três Deuses da Felicidade, Longevidade e Prosperidade, a Cobra do zodíaco chinês. Segundo a DST, estas actuações vão enriquecer “o ambiente festivo nos bairros comunitários, a fim de levar os visitantes aos bairros comunitários e dinamizar a economia dos mesmos”. Outro dos pontos incontornáveis das celebrações, são os “Espectáculos de Fogo-de-Artifício do Ano Novo Chinês”, que se realizam na zona ribeirinha em frente à Torre de Macau no terceiro dia do Ano Novo Lunar (31 de Janeiro), às 21h45, no sétimo dia do Ano Novo Lunar “Dia de Todos os Aniversários” (4 de Fevereiro), e no Festival das Lanternas (12 de Fevereiro), às 21h. As três exibições pirotécnicas vão durar 15 minutos cada. Como é habitual, serão montados locais para visualizar os espectáculos de fogo-de-artifício no Anim ‘Arte NAM VAN, entre o Centro Ecuménico Kun Iam e a Zona de Lazer da Marginal da Estátua de Kun Iam, na Avenida de Sagres (ao lado do Hotel Mandarin Oriental Macau), no passeio ribeirinho do Centro de Ciência de Macau, na Estrada Marginal do Lago (ao lado do Hotel YOHO Ilha de tesouro Resorts Mundial) e na Avenida do Oceano da Taipa. Nestes locais serão instaladas colunas de som para passar música, para criar um ambiente mais festivo. Integração cultural A DST indicou que o programa relativo à Parada de Celebração e ao Desfile do Dragão Gigante Dourado voltaram a ser enquadradas pelo Ministério da Cultura e Turismo da China nas actividades “Feliz Ano Novo Chinês”, apresentando um conteúdo rico e diversificado, que demonstra “a profunda integração cultural e turística de Macau enquanto centro mundial de turismo e lazer”. O organismo liderado por Helena de Senna Fernandes espera que as celebrações deste ano permitam a “residentes e visitantes, sentir o encanto do “turismo + eventos” e promover a economia comunitária.
Andreia Sofia Silva EventosAMAGAO | Obras de 32 artistas para ver até Março no Artyzen Grand Lapa A exposição da galeria AMAGAO, no Artyzen Grand Lapa, traz uma panóplia de artistas locais e estrangeiros, com ligações à lusofonia, muitos deles que já expuseram em Macau. “Good Time” [Bom Momento] faz-se já sem José Isaac Duarte à frente do projecto da AMAGAO, que conta agora com Vítor Hugo Marreiros Chama-se “Good Time” [Bom Momento] e é com ela que a galeria AMAGAO dá as boas vindas ao ano de 2025. A nova exposição patente no Artyzen Grand Lapa até 17 de Março traz uma variedade de artistas e de trabalhos artísticos, num total de 32, oriundos de 12 países e regiões diferentes, não só da China, Macau e Hong Kong como de países como Brasil, França, Guiné-Bissau, Indonésia, Itália, Portugal, São Tomé e Príncipe, Tailândia e Estados Unidos da América. A exposição foi inaugurada na última sexta-feira e apresenta trabalhos de artistas já bem conhecidos do público local, nomeadamente o arquitecto Alexandre Marreiros ou Alice Kok, ligada à curadoria de diversos projectos artísticos e co-fundadora da AFA – Art For All Society. Destaque ainda para o trabalho de joalharia de Cristina Vinhas ou dos desenhos de Eric Fok, conhecido pelos seus mapas artísticos cheios de detalhes, ou ainda Giulio Acconci e Fortes Pakeong Sequeira, só para enumerar alguns residentes que voltam a expor os seus trabalhos. De resto, a AMAGAO resolveu trazer de novo alguns artistas que já expuseram em Macau em mostras anteriormente promovidas por esta galeria, como é o caso de Suzy Bila, artista que trouxe, em 2023, “Paisagens Interiores”, integrada na Arte Macau: Bienal Internacional de Arte de Macau. Nascida em Moçambique e a residir em Portugal, Suzy Bila confessou ao HM, por altura da exposição, que “a pintura não tem territórios”, e que não faz arte para todos, sujeitando-se a múltiplas análises e olhares. Outro nome que estará representado em “Bom Momento”, é Abílio Febra, natural de Leiria e que trabalha essencialmente com escultura. Além de inaugurar um novo ano com esta exposição, a galeria AMAGAO apresenta uma nova reestruturação interna, uma vez que José Isaac Duarte, co-fundador, deixou o projecto, apurou o HM, estando neste momento o artista e designer macaense Vítor Hugo Marreiros na equipa, ao lado de Lina Ramadas. Inspirações dinásticas “Bom Momento” vai buscar parte da sua essência a um poema do período da dinastia Song, reflectindo, segundo uma nota da organização, “um sentimento de serenidade e gratidão pelas estações da vida”. “Na Primavera há todo o tipo de flores, no Outono há lua, no Verão há brisas frescas e no Inverno há neve. Quando não há nada com que nos preocuparmos, essa é uma boa estação da vida humana”, é descrito. Desta forma, a exposição “convida os visitantes a abrandar o ritmo, a apreciar a arte e a encontrar tranquilidade no seu ‘jardim’ diversificado de expressões criativas”. Esta mostra é, ao mesmo tempo, “um presente de Ano Novo que a galeria AMAGAO oferece à comunidade, enfatizando a capacidade da arte de promover a paz e a harmonia”. Joey Ho, curadora convidada, disse que o objectivo é fazer com que o público possa “abrandar o ritmo e apreciar as obras”, sendo, assim, possível “desfrutar do bom momento partilhado pelos artistas”. Rutger Verschuren, director-geral do Artyzen Grand Lapa, destacou que a colaboração desta unidade hoteleria com a galeria AMAGAO “continua a proporcionar oportunidades inigualáveis de intercâmbio artístico”, sendo que esta mostra “é um reflexo impressionante de como a arte pode unir-nos e enriquecer as nossas experiências, marcando um início de ano significativo”.
Hoje Macau EventosBAFTA | “Conclave” é o filme com mais nomeações O filme “Conclave”, de Edward Berger, é o mais nomeado para os prémios britânicos BAFTA, numa edição em que “On Falling”, de Laura Carreira, não chegou às nomeações e “Ainda estou aqui”, de Walter Salles, figura entre os candidatos. Os BAFTA são atribuídos pela Academia Britânica das Artes de Cinema e Televisão e a lista de nomeados, divulgada esta quarta-feira, dá conta que “Conclave”, filme de conspiração de Edward Berger, ambientado no Vaticano e protagonizado pelo actor Ralph Fiennes, lidera com 12 nomeações. “Conclave” está nomeado, por exemplo, nas categorias de Realização, Filme, Elenco, Direcção de Fotografia, Banda Sonora Original e também Melhor Actor, para Ralph Fiennes, e Melhor Actriz Secundária, para Isabella Rossellini. “Emilia Pérez”, do francês Jacques Audiard, tem 11 nomeações, incluindo o de Melhor Actriz Principal para a espanhola Karla Sofía Gascón, e o de Melhor Filme em Língua Não Inglesa. Nesta mesma categoria está a produção brasileira “Ainda estou aqui”, de Walter Salles, protagonizada por Fernanda Torres, no papel de uma activista, advogada e viúva de Rubens Paiva, o político brasileiro detido e torturado pela ditadura militar brasileira (1964-1985), no início dos anos 1970. O filme “On Falling”, da realizadora portuguesa Laura Carreira, tinha sido colocado entre os candidatos a uma nomeação para o prémio de Primeiras Obras, mas não chegou às nomeações finais. Produzido pela portuguesa Bro Cinema e pela britânica Sixteen Films, “On Falling” é a primeira longa-metragem de Laura Carreira, uma realizadora portuguesa que vive e trabalha há mais de uma década na Escócia e que é autora ainda das curtas-metragens “Red Hill” (2018) e “The Shift” (2020). A cerimónia dos BAFTA está marcada para 16 de Fevereiro em Londres.
Hoje Macau EventosIC | Ano Novo Chinês celebrado com música, exposições e workshops Já são conhecidas as iniciativas culturais destinadas a celebrar o Ano da Serpente que e começa a 29 de Janeiro. O público poderá desfrutar de espectáculos, concertos, workshops e exposições, nomeadamente com grupos artísticos oriundos das províncias de Hebei e Guizhou O Instituto Cultural (IC) preparou um programa recheado de eventos culturais que visam celebrar o Ano Novo Lunar da Serpente, que arranca no dia 29 deste mês. O público poderá, assim, desfrutar do programa “Feliz Ano Novo Chinês – Festividades do Ano Novo Chinês 2025” que decorre entre o primeiro dia do novo ano, 29 de Janeiro e o terceiro dia, 31 de Janeiro. O cartaz inclui a vinda de grupos artísticos das províncias de Hebei e Guizhou que apresentam espectáculos nos diversos bairros de Macau e ilhas, incluindo no espaço Anim’Arte Nam Van. São eles o Grupo de Teatro de Música e Dança de Hebei, a Trupe de Arte Étnica de Congjiang de Guizhou, o Grupo de Teatro de Música e Dança de Guizhou e a Trupe de Acrobacia de Guizhou. Segundo uma nota do IC, trata-se de actuações de “arte folclórica que proporcionarão um ambiente festivo na cidade”, além de estarem disponíveis para o público diversas bancas com materiais e produtos alusivos ao património cultural intangível destas duas regiões chinesas. Música a rodos O cartaz inclui também o “Concerto de Primavera 2025” promovido pela Escola de Música do Conservatório de Macau, que decorre no dia 25 de Janeiro no auditório do Conservatório, sendo que os bilhetes estarão disponíveis a partir do dia 29. Além disso, no dia 8 de Fevereiro, a Orquestra Chinesa de Macau irá apresentar o espectáculo “Rapsódia de Estepe”, concerto de Ano Novo Chinês, no grande auditório do Centro Cultural de Macau. Destaque ainda para o espectáculo, já noticiado, da Orquestra de Macau com músicos coreanos, “Amor em Seul”, para ver e ouvir no Venetian Theatre. Por sua vez, do dia 11, até ao dia 16 de Fevereiro, serão realizados vários workshops e actividades dedicadas ao Ano Novo Lunar em locais classificados como património e demais espaços culturais. Um deles é o “Workshop de Pintura Chinesa para o novo Calendário” ou ainda o “Workshop de Arte Floral em Celebração do Ano Novo Chinês”, num total de mais de dez actividades criativas, todas elas sujeitas a inscrições na plataforma da Conta Única de Macau. Uma vez que os museus e demais espaços culturais estão abertos nos dias do Ano Novo, o público terá a oportunidade para ver mostras como “Novas Perspectivas: Obras Modernas e Contemporâneas do Museu de Arte de Macau” e “Palácio do Duplo Brilho: Exposição Especial do Museu do Palácio”, patentes no Museu de Arte de Macau. No Museu de Macau apresenta-se ainda “Edificação das Massas: Exposição de Relíquias Culturais das Dinastias Zhou, Qin, Han e Tang”, sem esquecer “Brilho da Arte – Exposição de Artesanato em Ouro e Prata das Províncias de Hebei e Guizhou”, disponível a partir do dia 25 de Janeiro na Galeria do Tap Seac.
Hoje Macau EventosSeleccionados 10 projectos de Macau para Fundo Nacional das Artes Um total de dez projectos submetidos por entidades de Macau vão obter apoio financeiro do Fundo Nacional de Artes da China, na categoria de Projectos Gerais, “sendo a quarta vez que projectos artísticos e culturais de Macau foram seleccionados”, é referido numa nota da secretaria para os Assuntos Sociais e Cultura. Um deles é o teatro musical “A maré sobre na Grande Baía”, apresentado pela Associação de Promoção Cultural de Macau. Segue-se “Canção ‘Flor de Lótus Branca'”, da Macao Asia – Pacific Art and Cultural Association; a canção “Dois Dois”, da empresa C-Color Cultura Entretenimento Limitada; e ainda a “Dança em Grupo ‘Primavera'”, submetida pela Chengwuji Chinese Dance Association – Macau. Já a Universidade Cidade de Macau, submeteu o projecto “Revitalizar o Esplendor: Actividade de Criação de Imagens de Macau”, que entra para a categoria de “criação artística organizacional”. A mesmo entidade submeteu ainda um programa de formação de talentos criativos em arte pública urbana e turismo cultural. A Associação de Dança Hou Kong apresentou um projecto de “comunicação e promoção”, nomeadamente a digressão musical “Estrelas do Oceano – Xian Xinghai”, enquanto a MGM Grande Paradise apresentou um projecto de formação de talentos em design cultural e criativo da Rota Marítima da Seda. Destaque ainda para projectos de cariz individual, como a gravação de sinetes da crença e costumes de Tou Tei de Macau, por parte de Ho Weng Chi; e ainda o apoio concedido à pintura a óleo “Macau”, da autoria de Shi Jun. Cultura ampliada Segundo a mesma nota, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura considera que este apoio proporciona “um espaço de desenvolvimento mais amplo [às artes locais], potenciando uma nova conjuntura de prosperidade para o desenvolvimento cultural e artístico de Macau”. O apoio pode ainda “proporcionar mais recursos e plataformas ao sector artístico e cultural de Macau, o que contribui para a promoção do desenvolvimento diversificado e profissional do sector artístico e cultural de Macau”. Desde 2021 que é possível a entidades e artistas de Macau e Hong Kong concorrerem a este Fundo. Em 2022, nove projectos da RAEM foram seleccionados pela primeira vez, seguindo-se 11 projectos em 2023 e 10 no ano passado.
Andreia Sofia Silva Eventos MancheteGalaxy | Macau acolhe nova digressão dos Green Day A banda norte-americana Green Day actua em Macau no dia 9 de Fevereiro na Galaxy Arena, num espectáculo integrado na “The Saviours Tour”, que vai também passar por diversas cidades asiáticas. Eis a oportunidade para recordar uma banda de punk rock que desde 1986 anda pelos palcos É o fim dos rumores: os norte-americanos Green Day vão mesmo actuar em Macau, na Galaxy Arena, no próximo dia 9 de Fevereiro, num espectáculo integrado na tournée mundial que têm levado aos palcos nos últimos meses, a “The Saviours Tour”. Depois de um post numa conta não oficial da banda na rede social Instagram, em Outubro, que anunciava a vinda do grupo a Macau, eis que a confirmação chegou às redes sociais da operadora de jogo Galaxy. O espectáculo acontece a partir das 20h de domingo, dia 9, sendo que os bilhetes começam a vender-se amanhã a partir das 15h, com preços a variar entre as 580 e as 2,800 patacas, preço este para quem quer ficar de pé junto ao palco. A Galaxy destaca que os Green Day são “uma das bandas mais bem-sucedidas da história da música em termos de vendas, com mais de 70 milhões de álbuns vendidos em todo o mundo”. Além disso, “os números do streaming são ainda mais impressionantes, totalizando mais de dez mil milhões de ouvintes em várias plataformas”. Além de Macau, os Green Day vão também tocar em Banguecoque, Tailândia, no dia 12 de Fevereiro; e depois no dia 15 em Jacarta, na Indonésia. A banda dará ainda um pulinho a Kuala Lumpur e a várias cidades do Japão, nomeadamente Osaka, Nagoya, Yokohama; sem esquecer os concertos na Índia e Austrália. Novo álbum disponível Antes de se chamarem Green Day, o nome do trio composto por Billie Joe Armstrong, Mike Dirnt e Tré Cool era The Sweet Children, mas em 1989 decidiram chamar-se Green Day e lançar o primeiro álbum de estúdio, “39/Smooth”. Desde então que a banda se consagrou como uma das mais importantes no género pop punk, ligado ao punk rock. Em 2004, o grupo rebentou nas tabelas de vendas em todo o mundo com o aclamado “American Idiot”, onde constavam êxitos como “Boulevard of Broken Dreams”, que invadiu as rádios na altura. O disco ganhou um Grammy em 2005 na categoria de “Melhor Álbum Rock”, tendo sido nomeado em outras seis categorias, incluindo para “Álbum do Ano”. No caso dos MTV Video Music Awards, os Green Day ganharam sete dos oito prémios para os quais estavam nomeados. O videoclip do single “Boulevard of Broken Dreams” conquistou seis desses prémios. O sucesso deste disco foi tal que, dez anos depois, a banda decidiu lançar uma versão comemorativa, “American Idiot – 20th Anniversary Deluxe Edition”. Contudo, a banda acaba também de lançar um novo trabalho discográfico, “Saviours”, que traz os singles “Bobby Sox” e “Dilemma”, sendo que, no espectáculo na Galaxy Arena, os fãs de Macau podem esperar uma mescla dos velhos êxitos e de novas canções em palco.
Hoje Macau EventosExposição | A lagosta de Philip Colbert regressa a Macau “Fantasia Costeira: As Férias do Rei da Lagosta em Macau” é o nome da mostra itinerante com trabalhos do artista Philip Colbert para ver em cinco locais do território até Março. Espera-se esculturas e instalações insufláveis de grande dimensão e esculturas da autoria do “afilhado de Andy Wharol”, em que a lagosta é protagonista O trabalho do artista escocês Philip Colbert, tido por muitos críticos de arte como o “afilhado de Andy Wharol”, pode ser visto novamente em Macau numa exposição itinerante que decorre em cinco locais do território a partir de hoje e até 16 de Março. Nesta mostra, que tem como ponto principal a zona ribeirinha do Centro de Ciência de Macau, a lagosta é a protagonista de trabalhos artísticos bastante divertidos. “Fantasia Costeira: As Férias do Rei Lagosta em Macau” [Coastal Fantasia: The Lobster King’s Vacation in Macao] é uma mostra que interliga o turismo cultural e marítimo da iniciativa da Sands China em parceria com várias entidades governamentais. Segundo uma nota da operadora, espera-se que “esta inovadora instalação de arte pop em toda a cidade possa expandir ainda mais as ofertas de turismo marítimo em Macau”, bem como “enriquecer a experiência cultural dos locais e turistas”. Colbert vai estar em Macau esta quarta-feira para a inauguração da sua exposição, junto ao Centro de Ciência. Na mostra presente na zona ribeirinha, apresenta-se um insuflável gigante com 15 metros de altura e que se chama “Submarino da Lagosta”, bem como quatro esculturas temáticas. Os insufláveis de Philip Colbert podem também ser vistos no lago junto ao Venetian, nomeadamente um “Flamingo Lagosta” com sete metros de altura. Decorre ainda a exposição “Philip Colbert: A Viagem ao Planeta Lagosta Macau” no ART Space do Centro Cultural de Macau, entre hoje e 15 de Fevereiro. Nesta iniciativa apresenta-se uma colecção de mais de 20 obras de arte, desde pinturas a óleo a esculturas, “permitindo aos visitantes mergulhar no fascínio da arte pop num ambiente de museu”. O trabalho de Philip Colbert estará também exposto na Taipa, com a iniciativa “A Visita de Arte de Philip Colbert a Macau na Antiga Vila da Taipa”, em locais como a antiga Fábrica de Panchões Iec Long e as Casas-museu. Podem ser vistas sete esculturas do artista, como o “Foguete de Lagosta” e um “Galo de Lagosta”, peças “criadas especialmente por Colbert e inspiradas nestes dois locais históricos”, explica a mesma nota. Alter-ego na pintura Philip Colbert vive e trabalha em Londres, sendo conhecido pela sua “abordagem enérgica à pintura e à teoria pop”. “As suas pinturas cruzam temas presentes na arte de antigos mestres da pintura e na teoria da arte contemporânea”, misturando “símbolos do quotidiano da cultura contemporânea de massas”. Nas peças que constrói com recurso à imagem de uma lagosta, Colbert constrói um certo alter-ego. Desde 2014 que o artista escocês já realizou mais de 50 exposições individuais em todo o mundo, nomeadamente em várias cidades da China, Japão e Coreia. A última vez que Colbert mostrou o seu trabalho foi em 2023, na exposição que a Sands China organizou para a Arte Macau desse ano. Para os Jogos Olímpicos de Verão de 2024 em Paris, o artista realizou uma exposição pública.
Hoje Macau EventosCultura | Exigida reconversão da antiga Manutenção Militar em Lisboa Várias personalidades da cultura, em Portugal, estão entre os primeiros subscritores de uma petição pública que pede “a continuidade” do projecto de reconversão da antiga Manutenção Militar em Lisboa, entregue ao anterior Governo. Os músicos Camané, Gisela João, Paulo Furtado (The Legendary Tigerman), Ricardo Ribeiro, Selma Uamusse, Tó Trips e Xana (Rádio Macau), os ilustradores André Carrilho, Cristina Sampaio, João Fazenda e Nuno Saraiva, as actrizes Inês Castel-Branco e Margarida Vila-Nova, os fotógrafos Augusto Brázio, Clara Azevedo e Mário Cruz e o musicólogo Rui Vieira Nery são alguns dos primeiros 53 subscritores da petição, que foi ontem colocada online. Em declarações à Lusa, em nome do colectivo de subscritores, José Sá Fernandes resumiu o objectivo da petição: “que Lisboa não perca este território espectacular”. Finda as Jornadas Mundiais da Juventude, que decorreram parcialmente neste local, o jurista foi nomeado pelo anterior Governo (PS) para apresentar uma proposta para dinamizar o complexo de sete hectares situado no Bairro do Grilo, na freguesia do Beato, onde outrora eram fabricados e armazenados os alimentos para o Exército. José Sá Fernandes cessou funções a 31 de Dezembro, entregando um projecto de reconversão dos 15 edifícios espalhados pelo espaço, que passariam a ser casas de música, teatro, fotografia, ilustração, dança, cinema, som, moda, artes plásticas e jornalismo, bem como centros dedicados ao azeite e ao vinho, preservando os silos e os lagares ali existentes. “É uma oportunidade única de juntar todas estas artes”, sustenta o jurista, realçando que o espaço pode ser um lar para todos os “desalojados culturais” e “um ponto de encontro”. Mais habitação O projecto prevê igualmente construção nova, que “faz falta a Lisboa”, nomeadamente 200 habitações de renda acessível, duas residências para estudantes e alojamento temporário para populações em situação de vulnerabilidade, e “podia ser também a casa da freguesia, que tem a sede a cair de podre”, nota Sá Fernandes. “Não podemos perder isto”, vinca, lembrando: “Trabalhei muito no último ano para que isto acontecesse. Acabei as minhas funções, mas não acabei as minhas funções cívicas, precisamente [as de] ajudar este conjunto de artistas e de vontades.” No texto da petição, a que a Lusa teve acesso, os subscritores pedem a “concretização” do projecto de requalificação, “de forma a responder às prementes necessidades habitacionais, sociais, culturais e estudantis da cidade e do país”. Em concreto, solicitam ao actual Governo (PSD-CDS/PP) que “dê continuidade ao projecto de reconversão que se encontrava em curso, garantindo a alocação dos recursos necessários para a sua concretização”. Segundo a proposta entregue por Sá Fernandes, a reconversão do complexo seria feita faseadamente, ao longo de quatro anos, com um custo total de 50 milhões de euros. O autor admite alterações ao projecto original, desde que este continue a ser “para toda a gente”. Designers, editores, encenadores, fotógrafos, ilustradores, jornalistas, gestores, programadores e produtores culturais mantêm a esperança de ver nascer o “Bairro do Grilo” como “um polo dinâmico, inclusivo e dedicado à aprendizagem, à cultura e à partilha de experiências”, lê-se na petição (disponível em https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT123788). “O sonho é a última coisa a morrer”, diz Sá Fernandes, lembrando a peça de teatro de Raul Solnado “Há petróleo no Beato”, para dizer que “este é o petróleo de hoje, a cultura para todos, para toda a gente”.
Hoje Macau EventosÓscares | Anúncio de nomeados de novo adiado para dia 23 O anúncio dos nomeados para os Óscares, os prémios norte-americanos de cinema, foi novamente adiado para o dia 23, por causa do impacto dos incêndios que lavram em Los Angeles, Califórnia, revelou ontem a organização. Em comunicado, a Academia de Cinema dos Estados Unidos explica que decidiu reagendar a data de revelação dos nomeados para permitir que os membros da academia tenham mais tempo para votar e também pelas circunstâncias em que a própria indústria de Hollywood está a ser afectada pelos incêndios ainda activos na região. “Como queremos estar atentos às necessidades de infraestrutura e alojamento da região, durante as próximas semanas, é imprescindível que façamos algumas alterações na nossa programação de eventos”, explicaram a presidente e o administrador da academia, Janet Yang e Bill Kramer, respectivamente. A data inicial de anúncio dos nomeados para a 97.ª edição dos Óscares era sexta-feira, dia 17, tendo a academia adiado para domingo, dia 19, por causa dos incêndios, reagendando agora para o dia 23, apenas num formato ‘online’, sem a presença dos media. De acordo com a organização, mantém-se a data prevista para a cerimónia dos Óscares, a 02 de Março, no Dolby Theatre, em Los Angeles, mas o tradicional almoço com todos os nomeados, que estava marcado para 10 de Fevereiro, foi cancelado. A atribuição dos prémios nas categorias científicas e técnicas, que estava marcada para 18 de Fevereiro, foi também reagendada para data a anunciar.
Hoje Macau EventosÓbito | Morreu o fotógrafo Olivero Toscani, autor das polémicas campanhas da Benetton O fotógrafo italiano Oliviero Toscani, responsável pelas campanhas publicitárias consideradas revolucionárias para a marca de roupa Benetton, morreu ontem aos 82 anos após uma longa doença, anunciou a família. “É com imensa tristeza que anunciamos que hoje, 13 de janeiro de 2025, o nosso querido Oliviero iniciou a próxima viagem”, escreveu a família nas redes sociais. Nascido a 28 de fevereiro de 1942 em Milão, norte de Itália, Oliviero Toscani construiu a carreira com base na provocação, destacando-se as campanhas para o grupo italiano de vestuário Benetton a partir de 1983. Estas campanhas, que tiveram escala mundial, mostravam uma mulher negra a amamentar uma criança branca (1989); um homem a morrer de SIDA e uma freira a abraçar um jovem padre (1992); reclusos no corredor da morte nos Estados Unidos (2000) e uma jovem que sofria de anorexia (2007). “Detesto a fotografia artística”, afirmou Toscani em 2010. “Uma fotografia torna-se arte quando provoca uma reacção, seja ela de interesse, curiosidade ou atenção”, disse Toscani sobre os trabalhos fotográficos apontados como polémicos. Várias das campanhas “United Colors of Benetton” foram proibidas em Itália, mas também em França. Questionado recentemente sobre qual a fotografia que escolheria se tivesse de destacar apenas uma, respondeu que as várias colecções funcionaram como uma unidade. “Pelo conjunto e pelo empenhamento, não é uma foto que faz história, é a escolha ética, estética e política”, disse. O fotógrafo revelou em Agosto de 2024 que sofria de amiloidose, uma doença rara e incurável que cria depósitos de proteínas insolúveis nos tecidos. “Não tenho medo de morrer. Não tenho medo de morrer, desde que não seja doloroso”, disse numa entrevista ao jornal de Milão, Corriere della Sera.
Hoje Macau EventosAno Novo Chinês | FRC organiza nova sessão de escrita de Fai Chun A pensar na chegada do Ano Novo Chinês, a Fundação Rui Cunha volta a acolher sessões de dois dias para a escrita de papéis votivos em caligrafia chinesa, os tradicionais Fai Chun, colocados à porta de casa para trazer harmonia e boa sorte. O evento, que decorre amanhã e quinta-feira, conta com a colaboração de vários mestres de caligrafia A Fundação Rui Cunha (FRC) volta a abrir este ano as portas da galeria por dois dias, amanhã e quinta-feira, para o tradicional evento “Fai Chun – Oferta de Papéis Votivos”, com as mensagens de boa sorte em caligrafia chinesa. Trata-se de um evento gratuito, que decorre entre as 10h e as 16h, aberto a toda a população, sendo organizado em conjunto com a Associação de Poesia dos Amigos do Jardim da Flora. Os Fai Chun são votos de boa sorte e prosperidade escritos com recurso à caligrafia chinesa, e que são colocados às portas de casa para trazer boa sorte num novo ano. Estas sessões de escrita de Fai Chun contam com a orientação de 37 mestres calígrafos e poetas locais, como é o caso de Ung Choi Kun, Hong San San, Choi Vai Keng, entre outros nomes de referência, que se juntam a Ng Pio (Yum Fung Chan), o Presidente da Associação. Poetas como Ko Tak Kong, Chong Iat Fai e Yun Wing On. Estes irão criar dísticos de versos, no âmbito das celebrações do Novo Ano Lunar da Serpente. Os Fai Chun (揮春) são uma decoração tradicional que marca a chegada da época primaveril, sendo que, em português, pode traduzir-se como “Onda de Primavera”. Habitualmente as pessoas colocam os Fai Chun nas portas para criar uma atmosfera alegre e festiva, já que as frases caligrafadas significam boa sorte e prosperidade. Normalmente, os Fai Chun tradicionais são de cor vermelha, com caracteres pretos ou dourados inscritos a pincel, que visam proteger as casas com votos de bons auspícios para o ano que se segue. Hoje em dia, são mais frequentes as versões impressas e produzidas em larga escala. Podem ser quadrados ou rectangulares e pendurados na vertical ou na horizontal, geralmente aos pares. Tradição na Ásia Os Fai Chun não existem apenas na China, mas em vários países da Ásia, como é o caso da Coreia do Sul, Japão e Vietname. O ano de 2025 tem como animal zodíaco a Serpente, sendo este o Ano da Serpente de Madeira, que se inicia a 29 de Janeiro de 2025, que é considerado o primeiro dia do Novo Ano Chinês, e dura até 16 de Fevereiro de 2026. A Serpente é o sexto dos 12 signos do zodíaco chinês. À medida que deixamos o dinâmico e enérgico Ano do Dragão, 2025 traz a calma e a intuição da Serpente, que simboliza a sabedoria e a transformação, oferecendo oportunidades de mudança e de crescimento pessoal. Naturalmente estratégicas, as pessoas deste signo são excelentes solucionadoras de problemas e hábeis comunicadoras. As serpentes são também conhecidas pela sua capacidade de mudar de pele, simbolizando o processo de abandonar o velho e abraçar o novo. “Espera-se que este tema ressoe ao longo de 2025, à medida que os indivíduos são encorajados a libertarem-se da sua bagagem passada e a embarcarem numa viagem de autodescoberta”, destaca uma nota da FRC.