Andreia Sofia Silva EventosCCCM inaugura hoje biblioteca e exposição de fotografia É hoje inaugurada a nova biblioteca do Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM), em Lisboa, depois de um longo período de obras e reestruturação dos serviços. O evento de abertura contará com a presença de Elvira Fortunato, ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, além de incluir a inauguração da exposição de fotografia “À Procura de Macau”, da autoria de Jorge Veiga Alves, às 18h (hora de Lisboa). O projecto de uma nova biblioteca foi, desde o início do mandato, um projecto primordial de Carmen Amado Mendes à frente da presidência do CCCM. Até à data, a biblioteca localizava-se num edifício externo ao Centro, sujeito ao pagamento de renda. Numa entrevista ao HM, concedida em Fevereiro, a académica dava conta da vontade de mudar esta situação e reduzir despesas. “Temos ainda a questão das instalações provisórias, pois durante todos estes anos de vida do CCCM temos pago renda pelo espaço onde tínhamos a biblioteca e o arquivo, e isso não fazia qualquer sentido. Finalmente conseguimos concluir as obras no nosso edifício onde fica o museu, o que nos permitiu mudar a biblioteca, e deixar de pagar renda. Com isso promovemos o uso de salas de aula para as formações que disponibilizamos e gabinetes para investigadores. Estou contente por estarmos já numa fase final.” Recordar Macau Quanto à exposição de fotografia, trata-se de mais uma oportunidade para ver o trabalho de Jorge Veiga Alves, ex-residente em Macau e que há muito se dedica à fotografia nos tempos livres, nomeadamente sobre a Macau antiga, as suas gentes e culturas locais do período anterior à transição. Apresentam-se, assim, 30 fotografias tiradas entre os anos de 1986 e 1994, no formato analógico, e que foram digitalizadas e incluídas no projecto pessoal do fotógrafo também intitulado “À Procura de Macau”. Esta mostra pode ser vista até final de Janeiro. De frisar que desde Janeiro que as imagens e vídeos do espólio pessoal de Jorge Veiga Alves estão à guarda do CCCM e disponíveis para consulta na biblioteca digital da entidade. O fotógrafo confessou ao HM, em Janeiro, que grande parte do seu espólio serve de exercício de memória de uma Macau que já não existe. “Tenho fotografias do que todos os portugueses fotografavam, como as danças do leão e do dragão. Às vezes andava na rua com a minha máquina fotográfica, nas horas vagas, e também fotografei outros temas e situações da realidade de Macau. Comecei a perceber que, independentemente da qualidade fotográfica, algumas imagens remetem para locais que já não existem ou que mudaram muito.”
Andreia Sofia Silva EventosIC | Almeida Ribeiro transformada em zona pedonal no Natal e Ano Novo O Instituto Cultural apresentou, na sexta-feira, o programa “Uma Base de Inverno”, composto por uma série de actividades de celebração das festividades do Natal e Ano Novo. Uma das novidades passa pela transformação da avenida Almeida Ribeiro numa zona pedonal nos fins-de-semana do Natal e Ano Novo Já é conhecido o cartaz das iniciativas culturais de celebração do Natal e Ano Novo. O programa, intitulado “Uma Base Cultural”, foi apresentado na última sexta-feira pelo Instituto Cultural (IC) e visa criar iniciativas em vários pontos da cidade, em conjugação com o seu património. Uma das iniciativas visa transformar a avenida Almeida Ribeiro numa zona pedonal durante os fins-de-semana do Natal e Ano Novo, sendo este um projecto piloto que pretende impulsionar a economia desta zona antiga de Macau e aumentar os elementos culturais e artísticos neste local icónico da cidade. Será criada uma zona pedonal com 450 metros de comprimento e com três secções principais, situada entre a Rua do Guimarães e a Rua Central. Não será permitida a circulação de veículos entre as 8h de sábado, 24, até às 12h do dia de Natal. No fim-de-semana seguinte, o trânsito estará interdito no mesmo horário, apenas entre os dias 31 de Dezembro e 1 de Janeiro. Destaque ainda para a inauguração, esta sexta-feira, do passadiço da antiga fábrica de panchões Iec Long, na zona da Taipa Velha, que pretende ser um “novo pólo das ilhas”. A antiga fábrica de panchões foi alvo de um projecto de reestruturação levado a cabo pelo IC e pode agora ser visitada, podendo o público descobrir mais sobre “um dos legados do património industrial mais bem conservado do sul da China e o maior sítio da indústria de panchões existente em Macau”. Este passadiço tem cerca de 400 metros e mostra o interior da antiga fábrica, mostrando todo o processo de produção de panchões. Além do percurso cultural, é também inaugurada a mostra “O Eco de Panchões – Exposição da História da Indústria dos Panchões de Macau”. Ruínas virtuais O cartaz apresentado pelo IC traz ainda uma exposição de realidade virtual nas Ruínas de São Paulo, sendo possível ver a fachada da igreja com 400 anos de história em realidade virtual. A primeira fase da mostra decorre entre 30 de Dezembro e 31 de Janeiro no Largo das Ruínas do Colégio de S. Paulo (atrás das Ruínas de São Paulo), com entrada livre. A exposição será realizada a cada meia hora durante o horário de abertura desta atracção turística, havendo oito vagas disponíveis por cada sessão. Na noite de Natal, entre 24 e 25 de Dezembro, e de Ano Novo, de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro, decorre, também nas Ruínas de São Paulo, o programa musical “Melodias Inesquecíveis nas Ruínas de S. Paulo”. Os espectáculos acontecem entre as 18h e 19h com a Orquestra Chinesa de Macau, onde serão apresentadas “várias peças clássicas numa combinação encantadora de música e da atmosfera do património mundial, que permite ao público uma experiência musical inesquecível”. Canções para todos A música marcará ainda presença nas noites de Natal e passagem de ano. Os Concertos de Natal e de Passagem de Ano são organizados pelo IC e Direcção dos Serviços de Turismo, em conjunto com uma série de patrocinadores, nomeadamente as operadoras Galaxy, Melco, MGM, SJM e Wynn, sendo transmitidos pela TDM. Os eventos acontecem nas noites dos dias 24, 25, 31 de Dezembro e na noite do dia 1 de Janeiro na Praça do Lago Sai Van. Na véspera de Natal decorre um espectáculo com vários grupos de dança infantil tal como “Now’z Kid Dance Team”, “Ding Ding” e “TDSM Kid Dance”, incluindo o grupo “The Cotton Kids” e a “pequena cantora” Cátia Pinto, que “com uma bela voz infantil, vai transmitir amor junto da cantora Viviana Lo”. Wilfred Lau, cantor de Hong Kong, vai interpretar vários temas clássicos em dueto com Rico Long, cantor de Macau. Nesta noite actua também Penny Tai, uma cantora malaia que sobe ao palco com o coro da escola Choi Nong Chi Tai. Na noite do dia de Natal decorrem as actuações de Pun Kuan Pou, o grupo “Zeal Dance Studio”, Elisa Chan e o grupo MFM. O espectáculo encerra com Kenji Wu que vai actuar com Daniel Leong, violoncelista de Macau. A última noite do ano encerra-se com o espectáculo de Alex To e bandas e músicos de Macau e Hong Kong, como Vivian Chan, Kane Ao Ieong, Germano Guilherme, #FFFF99, Ocean Walker, MSD Studio e Macau Baby, entre outros. No primeiro dia do ano de 2023 a Orquestra de Macau protagoniza um concerto com elementos de ópera.
Hoje Macau EventosCCCM | Patuá e teatro em destaque no evento “Macau em Lisboa” O Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM) promove este domingo um evento especial intitulado “Macau em Lisboa”, onde o patuá e o teatro feito em patuá estarão em destaque. A ideia é promover “uma tarde macaense onde a graça, o chiste próprio do patuá, bem-humorado e satírico, a música e a declamação poética” serão os protagonistas. Desta forma, pretende-se, com “Macau em Lisboa”, dar “a conhecer aspectos específicos da cultura macaense expressos através dos documentários “Natal e Ano Novo”, realizado pela Casa de Portugal em Macau e projectos dos Doci Papiaçam di Macau, nomeadamente a curta-metragem “Macau Sã Assi”, “Lorcha Di Amor”, peça de teatro e “Macau Champurrado”. Entre as 14h30 e as 19h haverá a apresentação do espectáculo com músicas de Natal protagonizado por Carlos Piteira e Jaime Mota e ainda uma conversa com as académicas Maria Antónia Espadinha e Ana Cristina Alves. Haverá ainda récitas em patuá.
Hoje Macau EventosTap Seac | Feira de Natal arranca este sábado Começa já este sábado a Feira de Natal promovida pelo Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), a qual irá decorrer nos 16 dias seguintes. O tema desta edição do evento é “Floresta Mágica” e a ideia é criar “um ambiente festivo, com um presépio de Natal, decorações luminosas e uma casa de Natal de madeira”. Haverá ainda tendas com a venda de presentes de Natal e petiscos, jogos e espectáculos itinerantes. A feira será dividida em zona de venda e zona de jogos. Na zona de venda, haverá 20 tendas de venda de presentes de Natal e oito tendas de petiscos. Serão convidadas empresas culturais e criativas locais e instituições de solidariedade social para participarem na exploração das tendas de venda de presentes de Natal, enquanto as tendas de petiscos serão exploradas por empresas de restauração com características, que irão vender vários tipos de alimentos típicos. A zona de jogos irá contar com actividades de diversão, tais como o comboio de Natal e o carrossel. Durante o evento, haverá ainda espectáculos itinerantes, tais como torção de balões do Pai Natal, palhaços malabaristas e magia, para que toda a família possa desfrutar de momentos de alegria em conjunto. Na feira, também serão colocadas quatro caixas de angariação referentes à actividade “Oferta de Alegria e Amor às Crianças no Natal”, uma actividade anual organizada pelo IAM, que permitirá aos visitantes da feira oferecer amor e carinho às crianças necessitadas. O último dia da feira será a 1 de Janeiro, estando aberta entre os dias 24, 25 e 31 de Dezembro entre as 14h e 24h. Nos restantes dias a feira acontece entre as 14h e as 23h, enquanto as instalações de diversão funcionam das 15h às 22h.
Hoje Macau EventosMuseu de Arte de Macau inaugura hoje nova exposição Chama-se “Começo Auspicioso: Tradições do Festival da Primavera na Cidade Proibida” e é a nova exposição patente no Museu de Arte de Macau (MAM) até ao dia 5 de Março do ano que vem. Haverá visitas para grupos na próxima terça-feira, 20, e no último dia da exposição. Nas palavras de Un Sio San, directora do MAM, esta é uma mostra “cheia de alegrias primaveris”, sendo uma “exposição temática de relíquias culturais do Museu do Palácio que está mais estreitamente associada ao quotidiano da vida das pessoas ao longo dos anos”. “Através de uma apresentação abrangente das cerimónias de Ano Novo da dinastia Qing, a exposição oferece aos visitantes uma festa cultural chinesa auspiciosa, festiva e colorida”, adiantou. A mostra inclui um total de 120 peças ou conjuntos de “preciosas relíquias culturais, incluindo caligrafia e pinturas, livros antigos, selos reais, mantos, ornamentos, objectos de ritos, instrumentos musicais e artesanato, apresentando na íntegra a paisagem cultural das celebrações do Ano Novo Lunar na corte Qing”. Desta forma, os visitantes podem ver as indispensáveis decorações do Festival da Primavera, tais como o trabalho caligráfico imperial Doufang com personagem carácter “bênção” (fu) do Imperador Qianlong, monósticos (chuntiao), deuses da porta, bem como a moeda de ouro como amuleto, bolsa e frasco de rapé oferecidos pelo imperador como prendas de Ano Novo. Além disso, podem também ser apreciados os requintados artigos de mesa usados para comer jiaozi (uma espécie de ravióli) e beber Chá das Três Purezas (Sanqing Cha) durante o Festival da Primavera no palácio imperial. Rituais e antepassados Esta exposição pretende também mostrar os rituais de veneração aos antepassados na corte Qing, uma vez que este acto e a realização de um banquete familiar no período do Ano Novo Chinês “reflecte o respeito e o cumprimento dos actos de piedade filial e amor fraternal por parte da realeza”. Encontramos aqui “diferentes rituais”, onde se inclui a escrita da primeira caligrafia de “bênção” (Fu), do Ano Novo ou “acolher banquetes de chá para honrar cortesãos talentosos”, personificando “a visão do imperador governante da sua família e do país”. A directora do MAM destaca que “a celebração do Ano Novo é mais bem representada pela realeza”, com os “ritos rigorosos, grande pompa, trajes deslumbrantes, presentes generosos”. “Tudo isto serve para fortalecer os laços familiares, manter a harmonia nas relações imperador-cortesãos, consolidar o Estado e melhorar as relações diplomáticas com outros países. Há significados auspiciosos, intenções políticas, acumulação histórica e conotação cultural em tudo”, concluiu numa nota sobre a exposição.
Andreia Sofia Silva EventosUSJ | “Boundless”, pavilhão em bambu, pode ser visitado até final de Janeiro Aberto ao público na quarta-feira, o pavilhão feito em bambu pelos alunos do terceiro ano do curso de arquitectura da Universidade de São José para albergar vários eventos pode ser visitado até final de Janeiro. “Boundless” pretende criar uma noção de espaço dinâmica em conexão com outros locais, apelando a uma maior sustentabilidade Chama-se “Boundless” e é o novo projecto de pavilhão feito em bambu pelos alunos do terceiro ano do curso de arquitectura da Universidade de São José (USJ). Como a remeter para um espaço sem limitações, este pavilhão apresenta-se como uma estrutura que “que propõe uma experiência espacial dinâmica que se articula com a zona do pátio central [do campus da USJ, na Ilha Verde], com a galeria e uma zona mais ampla intitulada de ‘Community Hall’.” Esta “efémera estrutura de arquitectura”, complementada com técnicas de artesanato e design digital, pode ser visitada até final de Janeiro e irá comportar, no seu interior, vários eventos. Essencialmente, “Boundless” traz um “programa único e um conceito inclusivo”, incitando “à curiosidade e convidando os transeuntes a entrarem na estrutura e a descobrir ‘um mundo interior’”, que não é mais do que um “laboratório temporário para o design sustentável”. O projecto foi coordenado pelo arquitecto Nuno Soares, director do Departamento de Arquitectura e Design da USJ. A equipa é composta por 13 alunos, contando ainda com o apoio técnico de Filipe Afonso, Filipa Simões e João Brochado. Ser sustentável O projecto “Boundless” pretende chamar a atenção para a importância de uma arquitectura mais sustentável, com base nos Objectivos das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável do planeta. Desta forma, os “estudantes desenvolveram um processo de design, que foi do conceito ao design, construção e disseminação”, criando “uma oportunidade espacial com um impacto positivo com zero desperdício”. No pavilhão podem ser vistas duas exposições permanentes. Uma delas intitula-se “A Exposição do Pavilhão ‘Boundless’”, onde todo o processo de construção do projecto está documentado e explicado, enquanto a outra mostra é “Manifesto para Criar uma Macau Sustentável” [Manifesto to Design a Sustainable Macau”, estando patente na zona da galeria. No caso desta segunda exposição, o conteúdo foi preparado por alunos do primeiro ano do curso de arquitectura, sendo apresentadas propostas de mudança no espaço urbano de Macau em prol de uma maior sustentabilidade, ao mesmo tempo que se contribui para atingir os objectivos das Nações Unidas nesta matéria. O pavilhão está ainda aberto para actividades da USJ e da própria comunidade, sendo este um convite para “uma colaboração multidisciplinar, onde se podem organizar exposições, leituras, workshops e outro tipo de eventos”.
Hoje Macau EventosCinema | Realizador japonês Hayao Miyazaki terá novo filme em 2023 O realizador japonês Hayao Miyazaki vai estrear em 2023 uma nova longa-metragem de animação, ao fim de uma década, anunciaram esta terça-feira os estúdios Ghibli e a distribuidora Toho. O filme intitula-se “Kimitachi wa do ikiru ka” (“Como é que vives”, em tradução livre) e chegará aos cinemas japoneses a 14 de Julho de 2023. A longa-metragem inspira-se numa obra com o mesmo título, publicada em 1937 pelo autor de literatura para a infância Genzaburo Yoshino. Segundo a revista Variety, a narrativa é sobre um adolescente de 15 anos, numa viagem de amadurecimento espiritual, de descoberta da pobreza e do sentido da vida, com a ajuda do diário de um tio. Sem revelar mais detalhes sobre a produção, os estúdios Ghibli publicaram um detalhe de uma ilustração do que aparenta ser um pássaro, assinada por Miyazaki. Este será o primeiro filme de Hayao Miyazaki em dez anos, depois de ter estreado “As asas do vento” (2013). Na altura, o cineasta anunciou que iria reformar-se, mas acabou por se dedicar a mais uma longa-metragem de animação. Considerado um dos mais importantes criadores do cinema de animação, dentro e fora do Japão, Hayao Miyazaki está a poucos dias de celebrar 82 anos. Entre os seus filmes, distintivos pelo cruzamento entre fantasia e realidade, fortemente marcados pela espiritualidade, pela natureza e pela infância, estão “O meu vizinho Totoro” (1988), “A princesa Mononoke” (1997), “A viagem de Chihiro” (2001) – que lhe valeu um Óscar e um Urso de Ouro em Berlim -, “O Castelo Andante” (2004) e “Ponyo à beira-mar” (2008). É ainda autor de séries de televisão – como “Conan, o rapaz do futuro” – e manga (banda desenhada japonesa), como a série “Nausicaa”. Hayao Miyazaki foi ainda um dos fundadores, juntamente com Isao Takahata, dos estúdios Ghibli, de onde saíram todas aquelas produções.
Hoje Macau EventosPrémio A-Má | Seleccionados vencedores da segunda edição “Enigma da Primeira Lua”, de Edvirges Aparecida Salgado, é o trabalho vencedor da segunda edição dos prémios A-Má, promovidos pela Fundação Casa de Macau em Lisboa. Em segundo lugar ficaram dois trabalhos, “Macau Sempre”, de João Oliveira Botas, e “Tomásia”, de Shee Va. O júri decidiu ainda atribuir menções honrosas a cinco trabalhos apresentados a concurso, que serão anunciados posteriormente. A cerimónia de entrega dos prémios acontece amanhã, às 17h, na sede da fundação, na zona do Príncipe Real.
Andreia Sofia Silva EventosCasa Garden | Instalação sobre nuvens inaugurada amanhã Chama-se “4 Steps Into the Clouds II” e é a nova instalação promovida pela 10 Marias – Associação Cultural na Casa Garden. Da autoria de Mónica Coteriano, co-fundadora da associação, esta é uma instalação que explora o imaginário de todas as idades associado às nuvens Amanhã, a partir das 18h30, a Casa Garden acolhe uma instalação sobre o universo imaginário das nuvens, promovida pela 10 Marias – Associação Cultural e da autoria de Mónica Coteriano, artista e co-fundadora da entidade. O público poderá explorar este imaginário e fazer uma espécie de passeio pelas nuvens até ao dia 25 de Janeiro. Segundo uma nota de imprensa, “as nuvens são construídas para ocupar todo o espaço da galeria, proporcionando aos visitantes um passeio paradisíaco. Eles podem sentar-se, descansar, meditar ou simplesmente caminhar pelas nuvens. Dentro de algumas nuvens haverá aparelhos de som para que o público ouça uma voz que sussurra histórias em inglês, chinês e português”. Depois de uma primeira exposição realizada na galeria da Creative Macau, entre Novembro de 2019 e Janeiro de 2020, chega agora a vez de voltar a apresentar este mundo tão específico com colaborações de artistas como Elis Mei, Nina Lee, Vera Paz, Luísa João Chambica, Kate Samozwaniec, Ines Trokovic, Steven Turner e de Alice Côrte-Real, que acrescenta a perspectiva de uma adolescente sobre as nuvens a este trabalho. Sonhos de todas as idades Ao HM, Mónica Coteriano adiantou que esta instalação nasce da idade de um sonho de criança que é desenvolvido na idade adulta, o de andar nas nuvens e poder senti-las. Na instalação cada nuvem conta uma história, sendo os textos escritos pela própria Mónica Coteriano que são depois incorporados com as intervenções dos artistas convidados. “Inicialmente seriam só textos meus, mas depois pensei que seria interessante ter outras vozes e lancei o desafio a três pessoas que respeito imenso e que são artistas, como é o caso da Kate Samozwaniec [fotógrafa de Macau a residir na Polónia], Vera Paz [actriz e encenadora] e Steve Turner [escritor]. A Alice Côrte-Real escreve muito bem e tem um imaginário adolescente fantástico, e, assim, achei interessante juntar as três fases, a infantil, a adolescente e a fase adulta.” Mónica Coteriano conta ainda que “há uma junção, em que as nuvens estão todas instaladas de forma estratégica para que o visitante tenha mesmo de se aproximar da nuvem para a poder ouvir”. “Fiz um investimento no chão para ter a sensação de uma área almofadada, criei uma estrutura de espuma, em que as pessoas sepodem sentar e deitar junto à nuvem e ouvir o texto. É um passeio pelas nuvens e faz-se uma escolha, pois o público deve identificar-se mais com umas do que com outras”, acrescenta Mónica, que diz querer “proporcionar uma experiência com base no meu imaginário, em que as pessoas fazem parte da própria instalação”.
Hoje Macau EventosCasa Garden | Nova exposição de Eric Fok inaugurada esta sexta-feira Chama-se “Hotel Oriental” e é a nova exposição do artista de Macau Eric Fok que abre portas esta sexta-feira na Casa Garden, delegação da Fundação Oriente no território. Esta é uma mostra que visa mostrar o trabalho do artista vencedor do Prémio para as Artes Plásticas da Fundação Abre portas esta sexta-feira, às 18h30, na Casa Garden, a nova exposição individual de Eric Fok, um dos mais conceituados artistas de Macau da nova geração. “Hotel Oriental” visa dar a conhecer o trabalho de Eric que venceu uma das edições do Prémio para as Artes Plásticas da Fundação Oriente e que revela “a visão do artista sobre a história, a cidade, o ambiente, as pessoas e o mundo em geral”. Vencedor da segunda edição do prémio, Eric Fok está neste momento a fazer um doutoramento em Taiwan. Nas suas obras, Eric usa uma caneta técnica para desenhar no papel finos detalhes. As suas obras assemelham-se a mapas de estilo antigo que incorporam elementos contemporâneos. Partem da história dos Descobrimentos e incorporam as mudanças nas cidades causadas pelo desenvolvimento urbano bem como elementos dos fenómenos pós-coloniais. De acordo com o artista, “a exposição pretende apresentar obras que constituem mapas representativos de diferentes épocas e que focam aspectos como a exploração humana, a divisão de terras, os registos do avanço da civilização e da fome de poder e, ainda, o projecto para a construção de um mundo ideal.” Viagens e imaginário Eric Fok faz ainda referência, nesta mostra, à literatura de viagens e a mapas de viajantes do Ocidente, aventureiros e missionários. O Oriente histórico é re-imaginado com base nas suas experiências, reinterpretando a origem das colónias na época dos Descobrimentos, examinando questões urbanas como o desenvolvimento e a migração populacional. Os trabalhos do artista de Macau foram seleccionados para a “Exposição de Ilustração – Feira do Livro Infantil de Bolonha” (2013), tendo Eric recebido também o Prémio Soberano de Arte Asiática (2019). Foi ainda seleccionado para a “Bienal Internacional de Arte de Macau (2021). Eric Fok realizou exposições individuais e feiras de arte nos EUA, Itália, Reino Unido, Portugal, Espanha, Japão, Coreia, Singapura, China continental, Hong Kong, Macau e Taiwan. As suas obras fazem parte da colecção da Fundação Oriente, da Universidade de Hong Kong, do Museu de Arte de Macau, do Macau Galaxy, do MGM Macau Cotai e de coleccionadores de Itália, Las Vegas (EUA), Reino Unido, China, Taiwan, Singapura, Hong Kong e Macau.
Hoje Macau EventosObras de António Júlio Duarte reunidas em livro Um livro que reúne uma retrospectiva do trabalho fotográfico de António Júlio Duarte, nas suas deambulações pelos espaços urbanos, com imagens inéditas, vai ser lançado na sexta-feira, em Lisboa, pela Imprensa Nacional. “Ph.10 António Júlio Duarte” dá título ao novo livro da Série Ph. dedicada à fotografia portuguesa contemporânea, que já contemplou artistas visuais como Helena Almeida, Jorge Molder, Paulo Nozolino, Fernando Lemos, José M. Rodrigues, Ernesto de Sousa, Jorge Guerra, Daniel Blaufuks e Alfredo Cunha. A obra, que reúne imagens inéditas e tem texto de Sofia Silva, é uma edição da Imprensa Nacional. De Hong Kong aos Estados Unidos da América, de Portugal ao Japão, da Guiné-Bissau à Rússia, de Cabo Verde a Itália, são alguns exemplos dos percursos urbanos do fotógrafo nascido em Lisboa, em 1965. O livro tem uma estrutura marcadamente cronológica, onde o fotógrafo revisita alguns conceitos e formas identitárias do seu trabalho, descrito por Sofia Silva, num ensaio publicado na obra intitulada “O Teatro desperto da imaginação”, como, não um jogo de geometrias entre o quadrado e o circular, mas “uma fotografia de contacto, um combate, que se traduz em composições cruas e rigorosas”. Passagem por Macau António Júlio Duarte estudou fotografia no AR.CO, em Lisboa, e também no Royal College of Art, em Londres, e foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação Oriente. Expõe com regularidade desde a década de 1990, tem publicado ao longo dos anos diversos livros de fotografia, e o seu trabalho está representado em coleções de referência nacionais e internacionais. Macau fez também parte do seu trabalho, onde esteve nos anos 90 para fotografar um território cuja administração estava à beira da transição de Portugal para a China, e depois para retratar a campanha eleitoral de Chui Sai On para o cargo de Chefe do Executivo, em 2009. Iniciada em 2017, a Série Ph. é uma coleção de monografias bilingues – em português e inglês – dedicada à fotografia portuguesa contemporânea, que tem por objectivo dar a conhecer a obra de diversos autores, com textos de especialistas.
Hoje Macau EventosMuseu de História de Hong Kong prepara exposição sobre lusodescendentes O Museu de História de Hong Kong está a preparar uma exposição sobre a centenária presença dos lusodescendentes na região chinesa, cuja inauguração está prevista para meados de 2023, disse hoje o coordenador do projeto. A comunidade será a primeira a merecer destaque entre várias exposições temáticas rotativas que o museu está a preparar, desde 2017, no âmbito de uma renovação que originalmente estava prevista abrir ao público ainda este ano. “O lançamento da exposição foi adiado por causa da covid-19”, afirmou à Lusa, em Hong Kong, o investigador Francisco da Roza. “Estamos a trabalhar para um lançamento previsto, de forma provisória, para meados do próximo ano”, acrescentou. Num folheto sobre uma campanha de recolha de artefactos, documentos e fotografias para a exposição, o museu diz querer “trazer para a ribalta a excecional história da comunidade portuguesa em Hong Kong”. O museu destaca ainda “a pitoresca diversidade” dos lusodescendentes, incluindo as tradições religiosas católicas, a gastronomia de fusão e o patuá, uma língua crioula de base portuguesa, em risco de extinção. Os macaenses e membros da então numerosa comunidade portuguesa em Xangai, no leste da China, começaram a chegar logo depois da fundação da colónia britânica, em 1841, sublinha o museu. José Maria d’Almada e Castro foi um dos primeiros não chineses a mudar-se para a cidade, logo no ano seguinte. Durante os primeiros anos do território, a comunidade eurasiática “aproveitou o talento para as línguas e o estatuto único de ‘nem chinês nem ocidental’ para servir de ponte entre os mercadores e funcionários do governo britânico e os chineses”, indica. Os lusodescendentes “prosperaram em várias indústrias”, lembra o museu, como a impressão, a farmacêutica e a advocacia. Ainda hoje a presença da comunidade na justiça é visível através de Roberto Alexandre Vieira Ribeiro, um dos três juízes permanentes do Tribunal Superior de Hong Kong. A comunidade deu também “o seu contributo ao desenvolvimento urbano de Hong Kong”. O empresário Francisco Soares foi o principal promotor, na década de 1920, do desenvolvimento da zona de Ho Man Tin, onde ainda existe a Avenida Soares. O declínio da comunidade começou em 1967, quando a então colónia britânica sentia, inclusive através de atentados bombistas, o impacto da Revolução Cultural na China. A imigração dos lusodescendentes continuou depois da crise mundial do petróleo em 1973. Para recolher artefactos, documentos e fotografias para a exposição, Francisco da Roza foi à Califórnia, nos Estados Unidos, e a Toronto e a Vancouver, no Canadá, entre a diáspora da comunidade eurasiática. A pandemia impediu, no entanto, o coordenador do projeto de ir à Biblioteca Nacional da Austrália, em Melbourne, para investigar os documentos pessoais do jornalista, escritor e historiador lusodescendente José Maria Braga (1898-1988), que viveu em Macau e Hong Kong. Entre as instituições da comunidade que ainda sobrevivem na região administrativa especial chinesa, contam-se o Clube de Recreio e o Clube Lusitano.
Hoje Macau EventosCotai | Novo evento gastronómico esta sexta-feira É já esta sexta-feira que tem lugar um novo evento gastronómico em Macau, o “Crunch and Munch Fair Macao – Fiesta for Five”, que se realiza no Cotai Strip Park até ao dia 26 de Dezembro. Segundo uma nota de imprensa, esta iniciativa contará com a representação de estabelecimentos de restauração e bebidas locais, além de serem convidados operadores de restauração das quatro Cidades Criativas de Gastronomia do Interior da China, nomeadamente Chengdu, Shunde, Yangzhou e Huai’an. A ideia é que possam ser apresentadas em Macau “várias especialidades gastronómicas dos cinco locais a fim de aprofundar a integração dos elementos ‘turismo+gastronomia’, aumentando a atracção de Macau enquanto cidade turística”. Pretende-se também “alargar as fontes de visitantes”. A organização do evento está a cargo da Direcção dos Serviços de Turismo (DST) em parceria com a Associação Industrial e Comercial da Zona de Aterros do Porto Exterior (ZAPE) e seis grandes empresas de turismo e lazer do território. As autoridades classificam este como sendo “o primeiro grande evento culinário realizado ao ar livre na zona do Cotai”, reunindo áreas como o turismo, a gastronomia, compras, a promoção da cultura sino-lusófona ou as indústrias culturais e criativas, entre outras. Haverá um total de 106 stands divididos em várias zonas temáticas. O evento apresenta ainda espectáculos recreativos e musicais.
Hoje Macau EventosFestival Internacional de Curtas | “Fantasma Neon” premiado como melhor filme Terminou na sexta-feira mais uma edição do Festival Internacional de Curtas-metragens de Macau, promovido pela Creative Macau, que distinguiu o filme do brasileiro Leonardo Martinelli. Jose Pozo, de Espanha, foi considerado o melhor realizador. “Sea” do residente Jonhson Chon Sin Chan ganhou na categoria de melhor design de som “Fantasma Neon”, do realizador brasileiro Leonardo Martinelli, conquistou na sexta-feira o prémio de melhor filme do 13.º Festival Internacional de Curtas-Metragens de Macau. O prémio de melhor realizador distinguiu Jose Pozo, de Espanha, com o filme “Plastic Killer”, enquanto a melhor edição foi para o espanhol Valentin Lopez, com “El Productor”, e a melhor cinematografia para Yorgos Giannelis. A curta “Sea”, de Jonhson Chon Sin Chan, residente de Macau, arrecadou o prémio de melhor design de som e o de melhor música original foi para Juan Pablo e Villa Dan Zlonik, por “Hambre”, de Carlos Meléndez, do México. “Maldita. A love song to Sarajevo”, de Amaia Remire e Raul de la Fuente Calle (Espanha/Bósnia-Herzegovia), venceu a categoria de melhor documentário, enquanto “The Rat”, de Zhantemir Baimukhamedov, do Cazaquistão, foi distinguido com o prémio melhor ficção. O prémio de melhor filme local foi atribuído à obra de ficção “For-get”, de Jenny Wang, enquanto “Keep on rolling”, de Tainqi Zhao, conquistou o prémio “Identidade Cultural de Macau”. A ficção “Last day off”, de Mark Aguillon, de Macau, foi o melhor filme na categoria de escolha do público, indicou a organização. Animação russa distinguida A melhor curta de animação foi “The Encounter”, de Aleksandra Krivolutskaia, da Rússia, enquanto “Les larmes de la Seine”, realizado por Yannis Belaid, Eliott Benard, Nikolas Mayeur, Etienne Moulin, Hadrien Pinot, Lisa Vicente, Philippine Singer, Alice Letailleur, arrecadou o prémio melhor filme estudante. Na competição “Volume”, os prémios de melhor vídeo do festival foi para “Can you hear me”, de Johnson Chon Sin Chan, com a banda FIDA e o de melhor canção foi “Remember me”, filmado por Bryan Chio, Macau, com Garcy Lam, cantora do território. Já “NPC” de Bruce Pun, de Macau, com a banda Experience, venceu na categoria de “Melhores efeitos visuais”. Dos mais de quatro mil filmes e vídeos submetidos a concurso, de 123 países, foram escolhidos 111 para serem exibidos no Teatro Capitol, entre 1 de Dezembro e a passada quinta-feira, incluindo quatro filmes de Portugal. “Carpinteiro de Papel”, realizado por Daniel Araújo Medina e Renata de Carvalho Pinto Bueno, competiu na categoria de documentários, enquanto “A Boneca de Kafka”, de Bruno Simões, “Polvo”, de Catarina Sobral, e “A Criação” de José-Manuel Xavier integraram a lista das curtas-metragens de animação. O Festival Internacional de Curtas-Metragens de Macau, que assinala 13 anos de vida, apresenta produções independentes de reduzido orçamento. Lançado em 2010, pela Creative Macau e pelo Instituto de Estudos Europeus de Macau, como um pequeno concurso audiovisual, a iniciativa expandiu-se pelos cinco continentes e, em 2015, evoluiu para um festival de curtas-metragens, mantendo o objectivo de motivar a participação de produções fílmicas e vídeos musicais locais e internacionais, a competir em Macau.
Andreia Sofia Silva EventosRota das Letras | Última edição da Zine Photo lançada no domingo É já este domingo que o festival literário Rota das Letras acolhe, no café Art Garden, às 19h, o lançamento da 12.ª e última edição da Zine Photo, um projecto de revista periódica de fotografia da autoria de João Miguel Barros. Ao HM, o advogado e fotógrafo fala de um ciclo que se fecha e de uma publicação que “atingiu uma certa maturidade”. “Fecha-se um ciclo para que se abram outros ciclos, porque eu não suporto a vida sem projectos no horizonte. O fim da Zine Photo, no final deste ano, decorre também, como é natural, do projecto maior que é começar a dar vida à Ochre Space a partir da Primavera do ano que vem.” A Ochre Space é uma galeria que João Miguel Barros pretende abrir em Lisboa, sendo também um espaço que albergará exposições e lançamentos de livros, entre diversos projectos sempre em torno da fotografia. A 12.ª edição da Zine Photo tem como tema “Ghost” [Fantasma], existindo “como que um regresso às origens, ou seja, ao Gana, o lugar que inspirou os primeiros números deste projecto”, adiantou o autor. Venha o livro Mesmo que a Zine Photo chegue ao fim, João Miguel Barros pretende embrenhar-se em mais projectos editoriais, existindo a ideia de editar um livro, no próximo ano, como resultado da edição desta revista. “Gostava ainda de lançar um projecto editorial de fôlego, com a minha curadoria, com a publicação de portfólios de fotógrafos internacionais”, disse João Miguel Barros, que espera poder conciliar esta actividade com a sua profissão de advogado. O penúltimo número da Zine Photo foi editado em Outubro e fez uma homenagem ao Pipeta Saratoga, um pequeno avião de apenas seis lugares propriedade de um amigo de João Miguel Barros.
Hoje Macau EventosTurismo | Festival “Iluminar Macau 2022” arranca hoje à noite Todas as noites, entre as 19h e as 22h, a luz do “Iluminar Macau 2022” irá brilhar em 28 locais espalhados pela Península de Macau, Taipa e Coloane. O evento organizado pelos Serviços de Turismo começa hoje à noite e culmina a 1 de Janeiro, com espaços públicos a serem tomados por instalações de luz, jogos interactivos, espectáculos de vídeo mapping e decorações luminosas Depois de ter sido adiado uma semana, começa esta noite o evento “Iluminar Macau 2022”, organizado pela Direcção dos Serviços de Turismo (DST), com o tema “Inverno Deslumbrante” a dar o mote às festividades. Todas as noites, entre as 19h e as 22h, o evento que substituiu o Festival da Luz irá apresentar espectáculos e actividades em oito zonas da Península de Macau, Taipa e Coloane, com exibições coloridas e jogos online. A DST indica que o “o evento une artes em espaços públicos e tecnologias inovadoras, que oferecerão ao público instalações de luz, jogos interactivos, espectáculos de vídeo mapping e decorações luminosas com diferentes temáticas, criando uma experiência imersiva de iluminação nocturna”. O festival espalha-se por 28 locais, entre a zona norte e centro da península de Macau, o Lago Nam Van, NAPE, Taipa, Cotai e Coloane. O Iluminar Macau deste ano conta com a participação das seis concessionárias de jogo, que foram convidadas, pela primeira vez, para colaborarem, em mais uma expansão da área de realização do evento, instalando equipamentos de iluminação, espectáculos de iluminação, entre outros, nas instalações e nas fachadas dos seus edifícios em Macau e no Cotai, também a partir desta noite. Vestir com luz Um dos destaques do Iluminar Macau 2022 é a apresentação de quatro espectáculos de vídeo mapping a 3D, a cargo duma equipa local, de um grupo de actuação de Xangai e outro de Portugal, e ainda da Direcção dos Serviços de Assuntos de Subsistência da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin. Importa referir que o último espectáculo de vídeo mapping a 3D de cada noite começa às 21h50. Outra novidade na edição deste ano, é o lançamento de um jogo online de Realidade Aumentada, que requer a ligação através da conta oficial da DST no WeChat. Os jogadores podem acumular pontos e concorrer em sorteios online, habilitando-se a ofertas ou descontos em lojas que aderiram ao programa. A DST indica que o objectivo da iniciativa é “encorajar os residentes e visitantes a consumirem nos bairros comunitários e assim beneficiar os comerciantes. Por outro lado, os Serviços de Turismo acrescentam que durante o Iluminar Macau 2022, serão realizadas várias actividades comunitárias, multiplicando o efeito de “turismo + eventos”, de modo a dinamizar a economia dos bairros comunitários.
Andreia Sofia Silva EventosRota das Letras | “Macau, A Minha História” apresentado este domingo no Art Garden Chama-se “Macau, A Minha História” e é um livro que mistura fotografia e histórias sobre as várias perspectivas que o território apresenta aos seus autores. João Rato, fotógrafo amador, é um dos editores de uma obra que conta com 13 autores e 12 histórias. O lançamento, incluído no cartaz do festival literário Rota das Letras, faz-se este domingo no Art Garden “Macau, A Minha História” não é apenas um livro de fotografia, tem também histórias das diversas visões e percepções que o território pode proporcionar a quem cá vive. O lançamento acontece este domingo, às 17h, no café Art Garden, e está inserido no programa da 11.ª edição do festival literário Rota das Letras. “Macau, A Minha História” é editado em chinês e português e conta com quatro editores: João Rato, fotógrafo amador e co-fundador da associação Halftone, ligada à fotografia; José Manuel Simões, coordenador do curso de comunicação na USJ, Paris Pei e Guan Jian Sheng. A USJ é responsável pela edição do livro. A ideia para editar este livro surgiu em finais de 2020, de uma conversa entre João Rato e Pei Ding An, seu colega de trabalho. À medida que o tempo passava, mais editores e colaboradores foram-se juntando ao projecto. “O livro tem uma componente visual adicional ao texto, e isso dá uma maior profundidade e riqueza à obra. Não é apenas um livro de fotografia, permitindo essas duas leituras”, contou João Rato ao HM. “Macau, A Minha História” acaba por reflectir “a diversidade de Macau e a ideia de que o território é um ponto de encontro de culturas”. “Pode parecer algo muito visto e falado, mas a verdade é que a síntese de Macau é isso mesmo. É um ponto de passagem desde há centenas de anos. Temos Macau e as histórias, que podem incluir a geografia, arquitectura, fantasia, um pouco de romance, poesia ou literatura. O livro trata percepções, sensações e opiniões que cada um dos autores tem sobre Macau. Nós, como editores, não criamos nenhuma restrição em termos temáticos.” Da diversidade As histórias começam a contar-se com “A História escolheu Macau e Macau também fez História”, um texto escrito por Guan Jian Sheng, acompanhado das imagens de Cecília Vong. Segue-se “Macau, nascida e criada”, de Marjolene Estrada, que faz a fotografia e o texto. “Ela faz o retrato de uma Macau contemporânea, de quem acabou de sair da universidade e que está cheio de dúvidas sobre o futuro. O trabalho dela versa sobre o período da sua adolescência, os concertos ao ar livre, o mundo da moda”, descreve João Rato. Ou Tian Xing escreve e fotografa sobre a “Arquitectura de Macau em Luz e Sombra”, seguindo-se depois João Monteiro com “Um passeio fotográfico pelo Património de Macau”. Há, nestas páginas, muitas histórias que se vão contando, e outras que já terminaram, mas das quais ainda existem rastos nas ruas. Há, portanto, imagens de “pequenas alfaiatarias, lojas que vendem côco, algumas que já desapareceram devido ao crescimento desenfreado da cidade”. João Rato, por sua vez, escreveu “Macau em profundidade”, que mais não é do que uma “deambulação”, algo que lhe interessa fazer também na fotografia. “Os textos, neste livro, têm a ver com as marcas indeléveis e com aquilo que Macau, na sua intensidade, permite vivenciar a quem se deixa levar e a queira descobrir.” O co-editor da obra não tem dúvidas de que “a passagem do tempo vai conferir ao livro uma importância maior, porque é o registo da mudança pela qual o mundo e Macau estão a passar”.
Andreia Sofia Silva EventosRui Rocha: “Sabe-se muito pouco da cultura chinesa do chá em Portugal” Chama-se “Uma Breve História Cultural do Chá da China”, tem a chancela da Praia Grande edições e é o novo livro de Rui Rocha a ser lançado no próximo domingo no âmbito do festival literário Rota das Letras. Ao HM, o autor, académico e antigo presidente do Instituto Português do Oriente, confessa o seu enorme interesse pela história da cultura do chá e a importância de dar a conhecer este universo ao público português Como surgiu a possibilidade de lançar este livro? A história cultural do chá é um dos tópicos da história cultural da China que me interessa desde há muitos anos, em resultado de a minha mãe, natural de Macau, ter sido uma apreciadora do chá e receber regulamente chá enviado de familiares de Macau designadamente, o chá preto Pǔ’ěr, o chá oolong Tiěguānyīn e o o chá floral Mòlihuā (chá de jasmim). A vinda para Macau, em 1983, reforçou este meu interesse, tendo tido a possibilidade de conhecer uma multiplicidade de variedades de chá, de visitar plantações e de ter acesso a livros sobre o chá publicados na China. Tive ainda o privilégio de aprender com mestres, amigos e proprietários de lojas de chá no Continente. Um editor em Portugal manifestou interesse em publicar o meu livro, mas tudo o que aprendi sobre a história e a arte do chá deveu-se a Macau, pelo que para mim, emocionalmente, faria mais sentido que este livro fosse publicado em Macau. Quais os principais objectivos que pretende atingir com a edição deste livro? Quero dar a conhecer aos falantes dos países de língua oficial portuguesa, interessados pelo chá da China, a imensa riqueza histórica e cultural da bebida do chá que faz parte integrante da história política, económica, social e cultural da China ao longo de, pelo menos, três mil anos. Além disso, quero contribuir para um maior interesse pela bebida do chá chinês nos países de língua oficial portuguesa, não apenas no plano meramente cultural ou estético, mas também pelas suas elevadas qualidades medicinais e terapêuticas. Mas pretendi também precisar conceitos quanto à origem, designação, classificação e propriedades dos chás chineses e caracterizar as etapas de preparação do chá ao longo da história da China. Este livro pretende também especificar os diferentes tipos de cerimónias de chá, bem como as respectivas filosofias, além de identificar os utensílios utilizados na arte do chá e critérios de preparação consoante o tipo de chá a utilizar. Friso ainda o facto da obra estabelecer a ligação íntima entre a bebida do chá e a tradição esotérica chinesa além de apresentar, de forma muito breve, a transmissão da arte do chá nos países culturalmente tributários da China, bem como a introdução do chá no mundo ocidental, designadamente na Europa e nos EUA. Quais as principais histórias e chás que inclui nesta obra? Era importante dar a conhecer a relevância política, social e cultural que o chá teve e tem ainda na vida do povo chinês que, de certo modo, se confunde transversalmente com a própria história milenar da China. A arte e a apreciação do chá na cultura chinesa manifestam-se na poesia, na pintura, na caligrafia, na tradição das óperas populares da recolha do chá e ainda nos eventos sociais e familiares, tais como casamentos e outras celebrações. O livro apresenta aspectos menos conhecidos como, por exemplo, a simbologia da numerologia na arte do chá, a começar pelo próprio caracter chinês que, decomposto dos seus radicais, significa o número 108, um número sagrado para várias correntes de pensamento orientais, como o hinduísmo, o budismo, o jainismo, o ioga ligado às práticas dármicas. Os dígitos individuais (1, 0, 8) representam uma coisa, nada e tudo (infinito), figurando, assim, a crença da realidade última do universo como sendo simultaneamente um, vazio e infinito. O livro revela outras particularidades interessantes como, por exemplo, a importância que novas plantações de chá tiveram na erradicação da pobreza em regiões pobres da China, criando melhores condições de vida para as populações. Como foi o processo de pesquisa e investigação para este livro? Este livro é o resultado de 30 anos de estudo sobre o chá, com base em obras publicadas na China a partir da década de 80 do século XX também de muitas conversas e contributos de mestres de chá, longas horas passadas em lojas de chá provando diferentes tipos de chá e aprendendo com quem vive o seu quotidiano da cultura do chá. O que é que o público português pode aprender de novo sobre o chá chinês que não saberia até então? Em Portugal sabe-se muito pouco sobre a cultura chinesa do chá, bem como sobre a história cultural chinesa em geral. E, como afirmou o geógrafo francês Vidal La Blache (1845-1918), “O chá é filho do meio chinês”. Isto significa que para as pessoas interessadas em conhecer a história do chá e da sua expansão para o mundo, cujas origens ancestrais estão recenseadas em solo chinês, o meu livro poderá ajudar um pouco a aprofundar este tópico. Como se sente por lançar esta obra em mais uma edição do Rota das Letras? É evidente que para uma pessoa que vive em Macau há cerca de 40 anos poder participar na 11ª edição da Rota das Letras é uma honra e o facto de o livro ser apresentado pelo Dr. Shee Va é igualmente muito gratificante. Desejo que a leitura do livro seja tão estimulante para os leitores como para mim foi investigar sobre a cultura do chá na China.
Hoje Macau EventosDST | Festival de Luz adiado uma semana O início da oitava edição do Festival de Luz de Macau, que estava previsto para sábado, foi adiado para 9 de Dezembro. A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) de Macau indicou que o adiamento se devia a “assuntos ligados à preparação” do festival, que este ano tem um novo nome: Iluminar Macau 2022, de acordo com um comunicado. O festival, que ia decorrer até 1 de Janeiro, inclui quatro obras de ‘vídeo mapping’ em três dimensões, uma delas criada pelo grupo português Ocubo Criativo – Actividades Artísticas e Literárias e outra por um grupo de Xangai, no leste da China. Numa apresentação à imprensa, em Novembro, a DST disse que a obra da equipa portuguesa, chamada “Ponto de partida da integração”, ia ser exibida na fachada da Igreja de São Francisco, na ilha de Coloane, e “apresentar a história de Macau”. A Ocubo Criativo já apresentou trabalhos em França e na Finlândia e foi responsável pela cerimónia de inauguração em 2019 do Al Janoub, o primeiro estádio construído de raiz para o Mundial de futebol de 2022, a decorrer no Catar. O grupo português não estará presente em Macau “por causa da situação epidémica”, pelo que a obra será entregue pela Internet, com a DST a fornecer “equipamento e pessoal técnico para ajudar na projecção”. O festival vai estender-se a oito zonas do território, incluindo hotéis casinos na península de Macau e no Cotai, uma vez que as seis operadoras de jogo foram “convidadas, pela primeira vez, para colaborarem”, disse a DST.
Andreia Sofia Silva EventosLawrence Lei, dramaturgo e autor: “Quis descrever o absurdo da vida na pandemia” A pandemia e as relações humanas que se entrelaçam em torno de uma doença que mudou o mundo é o tema central do seu último romance. “Masked Faces” [Rostos Mascarados], da autoria de Lawrence Lei, um dos mais importantes dramaturgos de Macau, foi lançado na última sexta-feira no festival literário Rota das Letras. O autor diz-se satisfeito com a possibilidade de ser também conhecido pelo público português O seu trabalho mais recente é “Masked Faces” [Rostos Mascarados]. Do que trata esta história? “Masked Faces” é um romance, com o qual ganhei o 13.º Prémio de Literatura de Macau. A história começa assim: “As pessoas acordam um dia e descobrem que o mundo sofreu mudanças dramáticas, e todos os seres humanos podem apenas mostrar metade dos seus rostos em público…”. Esta é uma história sobre confiança, a traição no amor e a amizade sobre um médico que, a fim de analisar os contactos próximos dos casos de covid-19 dos seus pacientes, vê-se obrigado a entrar nos círculos da vida privada dos seus bons amigos e espiar o outro lado da sua vida pública. Porquê o nome “Masked Faces”? Quais as principais ideias que quis partilhar com os leitores? O título da história em chinês significa metade do rosto. “Masked Faces” tem dois significados, em que o mais evidente diz respeito à metade da cara que fica exposta depois de usar uma máscara e há depois o significado implícito que se refere à hipocrisia e à natureza humana mascarada. Ao escrever “Masked Faces”, quis descrever a realidade e o absurdo da vida em contexto de pandemia, e explorar a falta de confiabilidade do amor e da amizade. O que sente ao ver este trabalho apresentado no festival literário Rota das Letras? O que pensa da importância deste evento para o panorama literário local? É uma grande honra ver os meus trabalhos serem apresentados no festival Rota das Letras e ser conhecido tanto pelos chineses como pelos portugueses. O festival é uma importante plataforma para as publicações de Macau e serve como uma ponte para o intercâmbio cultural que existe entre a China e Portugal, permitindo que as culturas chinesa e portuguesa se misturem e comuniquem. Até que ponto “Masked Faces” é diferente dos seus trabalhos anteriores? O estilo de escrita é diferente. Desta vez decidi escrever recorrendo a uma estrutura de “meta-ficção”, desenvolvendo duas narrativas. Estas parecem não estar interligadas entre si, mas acabam por se influenciar. Os seus protagonistas escreveram as suas próprias histórias e decidiram os seus próprios destinos. Quanto tempo levou até terminar “Masked Faces”? Gastei mais de 200 horas de trabalho nesta novela, que incluem a pesquisa, entrevistas com especialistas médicos e no processo de escrita. Antes de começar a escrever esta história tinha de ter um bom entendimento da pandemia e de como se processava o ritmo de trabalho e as operações com as medidas de combate à covid-19. É conhecido como um dos mais importantes dramaturgos de Macau. Como se sente face a este reconhecimento? Quais os principais tópicos que gosta de abordar na sua escrita? Escrevo há mais de 40 anos e já escrevi mais de 50 peças de teatro, participando e testemunhando o processo de desenvolvimento do teatro local em Macau. É para mim uma grande honra contribuir para este desenvolvimento. Quanto aos meus trabalhos, os grandes temas que gosto de abordar, seja em guiões ou novelas, são centrados em temas sociais e questões relacionadas com a vida das pessoas. Macau está em mudança em termos sociais e políticos. Gostaria de escrever sobre estas mudanças? Desde a transição, em 1999, que Macau tem experienciado mudanças sociais, económicas, políticas e até em termos de valores de vida. A minha escrita, seja para peças de teatro ou para novelas, sempre reflectiu estas alterações, especialmente as mudanças dramáticas ocorridas nos valores sociais ocorridas aquando da liberalização do jogo. O que pensa do panorama do teatro de Macau nos dias de hoje? Há muitas associações e pequenos grupos a trabalharem em projectos. Acredita que enfrentam mais dificuldades actualmente comparando com o passado? O nível de performance melhorou muito graças ao facto de muitas pessoas ligadas ao teatro terem estudado no estrangeiro. No entanto, os grupos de teatro enfrentam hoje muitas dificuldades. A falta de salas de espectáculo sempre foi um problema, e tendo em conta as actuais medidas de combate à pandemia implementadas pelo Governo a situação piorou ainda mais. Não há estabilidade na organização de espectáculos neste momento e muitas vezes são suspensos devido à pandemia. Isso faz com que os custos de produção sejam muitos, com grandes perdas. A deterioração da economia social tem vindo a afectar a operação por parte destes grupos. O subsídio cultural concedido pelo Governo tem vindo a ser cada vez mais restrito, tornando a situação pesada, o que aumenta de forma crescente as dificuldades de operação dos grupos de teatro.
Hoje Macau EventosAndré Carrilho premiado nos EUA com livro “Senhor Mar” O autor português André Carrilho foi distinguido nos Estados Unidos, pela Society of Illustrators, pelas ilustrações para o livro “Senhor Mar”, foi quarta-feira comunicado aos vencedores. Embora aquela organização norte-americana não tenha ainda divulgado os autores distinguidos na 65.ª competição anual “Illustrators”, os premiados foram notificados e André Carrilho partilhou nas redes sociais que recebeu a medalha de ouro na categoria de livro ilustrado pelo livro “Senhor Mar”. O trabalho premiado fará parte da exposição anual de ilustração da Society of Illustrators, em Nova Iorque, em data a anunciar, e do catálogo anual do prémio. “Senhor Mar”, publicado em Junho passado pela Bertrand, é o segundo livro ilustrado de André Carrilho para a infância. O livro é sobre uma menina que, na praia, quer saltar para as ondas, mas tem de ouvir os conselhos dos pais e respeitar o mar. “Estava na praia com a minha filha e ela queria atirar-se para dentro do mar, com umas ondas muito grandes, sem se aperceber do perigo. E comecei a conversar com ela sobre as características do mar, sobre os perigos, as coisas boas, as coisas más. (…) Quando lhe disse que tinha de respeitar e ter cuidado, para não se atirar às ondas, ela disse: ‘Eu tenho cuidado, senhor mar'”, explicou André Carrilho, à agência Lusa. Novos caminhos “Senhor Mar” saiu dois anos depois de André Carrilho ter publicado “A menina com os olhos ocupados”, já distinguido com vários prémios, nomeadamente o Prémio Nacional de Ilustração e uma medalha de ouro também da Society of Illustrators. Os dois livros têm pontos de contacto: ambos são protagonizados por uma menina, estão escritos em rima, há uma relevância maior da ilustração, feita em aguarela e trabalhada em digital, e uma temática subjacente à narrativa. Com mais de duas décadas de trabalho na ilustração, em animação e sobretudo em caricatura e cartoon, áreas que lhe valeram vários prémios internacionais, André Carrilho encontrou no livro ilustrado um caminho novo de trabalho. “Com o primeiro livro percebi que os leitores mais novos são leitores mais atentos e vivem os livros de uma maneira que acho muito interessante e gratificante. Foi um livro muito pessoal que fiz sem ter nenhuma espécie de expectativa de retorno. O que me fez pensar foi que quanto mais pessoal for, e quanto mais coisas fizer que me são caras, talvez seja um bom caminho de futuro, uma boa maneira de orientar a minha carreira”, disse.
Andreia Sofia Silva EventosRota das Letras | Nova edição de “O Livro dos Nomes” apresentada no sábado A Livraria Portuguesa acolhe este sábado, a partir das 18h, o lançamento da nova edição de “O Livro dos Nomes”, com 88 textos da autoria de Carlos Morais José sobre sentimentos despertos por diversos locais do território. Os textos fazem-se acompanhar pelas fotografias de Sara Augusto Há 12 anos a primeira edição de “O Livro dos Nomes”, de Carlos Morais José, director do HM, desvendava segredos e sentimentos do autor sobre cada recanto de Macau por si escolhido. O caminho volta a ser percorrido este sábado, pelas 18h, com o lançamento de uma nova edição da mesma obra, num evento inserido na programação do festival literário “Rota das Letras”. Trata-se de 88 textos “de amor, ciúme, abandono e indiferença, entre outros sentimentos menos próprios para almas arredias das coisas desta cidade, que não cessa de existir como utopia e vício”, escreveu o autor nas redes sociais. A acompanhar os textos surgem imagens de Sara Augusto, académica que se dedica à fotografia nos tempos livres. O primeiro contacto da autora das imagens com “O Livro dos Nomes” surgiu em 2016, ano da sua chegada a Macau, conforme contou ao HM. “Comecei desde essa altura a ler e a escrever sobre a obra de Carlos Morais José. Entretanto, durante estes anos, também ele foi conhecendo a minha actividade no campo da fotografia. E o convite surgiu da convergência de interesses comuns e vem a ser preparado desde há um ano e meio.” Aliar as imagens às palavras “foi um desafio”, devido à distância temporal que separa as duas obras. “Já conhecia essa primeira edição, composta de textos em prosa poética, também traduzidos para chinês. Desde essa altura que o meu imaginário de Macau também se foi preenchendo. Esta nova edição alcança os 88 textos em prosa poética e apresentam características muito particulares relacionadas com a relação que o sujeito poético estabelece com o espaço.” Além disso, acrescenta Sara Augusto, “cada lugar apontado é tomado como lugar de experiência e de memória, como se de um lugar interior se tratasse”. Desta forma, “quando falamos dos textos, temos de invocar uma convivência longa e exaustiva do poeta com o espaço”, embora esse não tenha sido o caso de Sara Augusto, que tem “uma permanência muito mais breve em Macau”. Construção de memórias Ao trabalhar neste projecto, a autora das fotografias de “O Livro dos Nomes” acabou por “construir memórias pessoais sobre lugares de Macau já conhecidos ou ainda desconhecidos”. “Esta diferente experiência de Macau está visível nas fotografias. Há circunstâncias em que o poema fala de uma determinada vivência ou memória e em que a imagem revela a minha atenção a determinado detalhe, claramente distinto. Não se pretendeu que as fotografias funcionassem como ilustração, nem os textos como legenda, mas que os dois discursos, mesmo que distintos, pudessem conviver e mesmo convergir”, disse. Mesmo com 12 anos de distância entre os dois livros, estas edições acabam por se complementar, num fio condutor. “O Macau da edição anterior, transmitida através da poesia, prolonga-se para esta nova edição. O espaço de Macau no livro não é o Macau turístico, mas é um espaço interior, quase mítico, fundador de memórias. Ora, esse espaço interior não sofre transformações externas tão bruscas, mas prolonga a sua melancolia, em gestos de amor e de abandono.” A fotografia serve, assim, para transmitir “essa fluidez e um olhar subjectivo sobre espaços por todos vistos quase até à exaustão”. “Numa ou noutra circunstância a conjugação entre fotografia, lugar e texto, foi mais difícil de conseguir, ou pode mesmo ter sido menos bem conseguida. A razão é simples: a memória faz o lugar, E de alguns lugares eu tinha nem o conhecimento, nem a memória. Mas, como disse Baudelaire, ‘a imaginação faz a paisagem’, e a fotografia é também um acto de interpretação e de construção do imaginário”, contou. Sara Augusto viveu “experiências distintas” com este livro. “Por um lado, havia a curiosidade pelos lugares desconhecidos, dos quais eu não tinha memória. Por outro lado, havia os lugares mais conhecidos em que havia necessidade de ultrapassar o lugar-comum e banal. O longo tempo passado nos templos espalhados por Macau foi dos mais interessantes, explorando os jogos de luz e de sombra.” Questionada sobre os lugares mais icónicos que fotografou, Sara Augusto remata: “fotografar a fachada das ruínas de São Paulo é sempre um desafio”.
Hoje Macau EventosEscolhida equipa que vai representar Macau na Bienal de Arquitectura de Veneza Está escolhida a equipa que vai representar a RAEM na 18ª Bienal de Arquitectura de Veneza, que será composta por Jimmy Wardhana, Choi Wan Sun, Lin Ian Neng e Tong Tou U, de acordo com o anúncio divulgado na terça-feira pelo Instituto Cultural. A selecção foi apurada através de um concurso de propostas intitulado “Exposição para a “18.ª Exposição Internacional de Arquitectura La Biennale di Venezia – Evento Colateral de Macau, China”, organizado pelo Museu de Arte de Macau (MAM), sob a tutela do IC e co-organizada pela Associação dos Arquitectos de Macau. O IC indica que “o evento colateral, sob o tema ‘RECALIBRAGEM – Exploração da Cultura Arquitectónica Contemporânea de Macau’, visa abordar o desenvolvimento urbano e arquitectónico de Macau. O júri que analisou as propostas foi composto pela presidente do Instituto Cultural, Leong Wai Man e por quatro arquitectos experientes de Hong Kong e Macau, incluindo o ex-Presidente da World Association Chinese Architects, Arquitecto Eddie Wong Yue Kai, o presidente do Conselho Geral da Associação dos Arquitectos de Macau, Carlos Marreiros. Contaram-se também entre os jurados o director da Macau Renovação Urbana, S.A., C. Y. Wong e fundador do Atelier Global Limited, o arquitecto Frankie Lui, realizou duas rondas de avaliação rigorosa das nove propostas de exposição apresentadas ao concurso. Pódio local O Prémio de Ouro foi entregue a Jimmy Wardhana pelo projecto “RECALIBRAGEM – Exploração da Cultura Arquitectónica Contemporânea de Macau”. Enquanto o Prémio de Prata e o Prémio de Bronze foram atribuídos respectivamente a Alexandre Leong Marreiros, pela proposta “Bamborella”, e a Sou Un Teng, pela proposta “Uma Polegada de Terra: Separação e Agregação”, afirmou o IC. Criada em 1980, a Bienal de Arquitectura de Veneza é um dos mais importantes eventos da actualidade no âmbito da arquitectura. Desde 2014, o Instituto Cultural, sob a designação “Macau-China”, coordenou quatro participações de profissionais do sector arquitectónico de Macau e outros especialistas relacionados no evento, tendo colhido sempre comentários positivos. A Organização espera que o evento colateral de Macau, China continue a brilhar e mostrar ao público estrangeiro o encanto diversificado da arquitectura de Macau.
João Luz EventosCinema | Festival Internacional de Curtas começa hoje no Capitol A 13.ª edição do Festival Internacional de Curtas de Macau arranca hoje no Teatro Capitol. Durante uma semana, quase 130 obras vão ser apresentadas em formatos que variam entre filmes de acção, documental, animação e vídeos musicais, ao longo de cerca de 50 horas de cinema Arranca hoje a 13.ª edição do Festival Internacional de Curtas de Macau, que decorre no Teatro Capitol até ao dia 8 de Dezembro. Num longo menu, com um total de 128 filmes e vídeos musicais, o público cinéfilo terá à sua disposição um cartaz com cerca de 50 horas de filmes de ficção, documentário, animação e vídeos musicais. O programa está dividido em cinco categorias. A principal é SHORTS Ficção, que terá 14 sessões ao longo do festival, as SHORTS Documentário será apresentada ao longo de seis sessões, a SHORTS Animação conta com cinco sessões. A sessão dedicada a videoclips intitula-se “VOLUME”, a categoria “Cinema Expandido” terá quatro sessões com filmes convidados que prometem abrir janelas para histórias da Ásia, “incorporando a realidade de contextos históricos, geográficos e sociais. Os filmes convidados são provenientes do Camboja, China, Hong Kong, Indonésia, Japão, Cazaquistão, Macau e Taipé”. No próximo fim-de-semana, serão apresentadas duas masterclasses que contam com a participação de cineastas locais. A primeira está marcada para sábado, às 19h, e será apresentada por Vicent Hoi e Keng U Lao, e tem como tema principal a persistência de continuar a filmar e aprender com os erros. No domingo, à mesma hora, é a vez de Tracy Choi discorrer sobre a produção de cinema independente, alternativo, em Macau e as formas para superar dificuldades criativas e de produção. Prémios e arranque O filme alemão “Doce Liberdade”, da autoria de Dominic Wittrin, tem as honras de abertura do festival. “A XIII edição do Festival Internacional de Curtas de Macau compreende cerca de 50 horas de ilusão e realidade a explorar diversos assuntos em pelicula cinematográfica, revelando mistérios, crimes, paixões e assuntos sociais actuais e mundiais, oferecendo à audiência momentos lúdicos”, afirma a directora do festival Lúcia Lemos. No último dia do evento, 8 de Dezembro, são anunciados os vencedores da selecção oficial, divididos por quase 2 dezenas de categorias pelos quais serão distribuídas 84 mil patacas em prémios monetários. O Festival Internacional de Curtas de Macau é organizado pelo Centro de Indústrias Criativas – CREATIVE MACAU e o Instituto de Estudos Europeus de Macau, com o apoio do Fundo de Desenvolvimento da Cultura.