Andreia Sofia Silva Eventos MancheteOrphão | Lançada revista comemorativa do centenário da “Orpheu” “Orphão – Revista de Literatura, Arte e Ideias”, projecto da autoria de Carlos Morais José, nasceu para celebrar os cem anos da “Orpheu”, uma publicação que revelou grandes escritores e que deu início ao Modernismo. A “Orphão” mostra poesia, arte e crítica [dropcap style=’circle’]H[/dropcap]á cem anos nascia uma revista que mostrou os escritos de Mário de Sá-Carneiro e de Fernando Pessoa, mas que não conseguiu ir além do segundo número. Foi a “Orpheu”, uma revista que revolucionou o panorama artístico e literário em Portugal no início do século XX. Cem anos depois, o jornalista Carlos Morais José decidiu lançar uma única edição comemorativa, com o nome “Orphão – Revista de Literatura, Artes e Ideias”. Na Orphão há poemas de Gregório Samsa e Pedro Magro, duas peças de teatro escritas pelo funcionário público Alberto Bernardes, bem como um conto e um ensaio do próprio Carlos Morais José. No final, há palavras soltas sobre as exposições de António Conceição Júnior, do arquitecto Carlos Marreiros ou de José Drummond, sem esquecer a referência ao filme “Macao”, de Joseph von Sternberg. “Pareceu-me o melhor meio de celebrar (os cem anos da Orpheu): criando uma revista que fosse um sintoma literário e artístico da época em que vivemos”, disse ao HM Carlos Morais José. “(Queria) que essa revista, de algum modo, pelo grafismo ou conteúdo, fizesse lembrar a Orpheu. Trata-se, contudo, de outra coisa”, acrescentou. Sendo uma revista que evoca Macau em vários textos, a Órphão não pretende fazer uma revolução. “Como diz o manifesto que abre a revista, é perfeitamente impossível imaginar hoje uma geração literária. Esteticamente, a ideia é repugnante. Por outro lado, a Órphão não pretende nada para além de existir. O que a sua existência desencadeará é-me basicamente indiferente. Está feita e isso é o mais importante. O que se segue deixa de estar nas minhas mãos, sobretudo depois do lançamento, que ocorrerá em Janeiro”, contou Carlos Morais José. Quanto aos autores, também eles serão apresentados quando do lançamento da revista. “Se existe Macau na revista (e existe mesmo) será através das visões de cada autor”, apontou Carlos Morais José. A propriedade desta revista, com apenas cem exemplares impressos e sem possibilidade de uma segunda edição, está nas mãos da Orphão, Lda e mora na Rua da Emenda Imperfeita, na Taipa. As oficinas ficam para os lados da Travessa das Gralhas, ao Mercado Vermelho. Cem anos depois, com capa preta e letras brancas, a Orphão lembra a época em que palavras escritas por jovens escritores ditaram o início de algo novo.
Leonor Sá Machado EventosMacaenses | Apresentação de filme sobre diáspora com Nilton e Rão Kyao [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]primeira parte do documentário “Macaenses em Lisboa: Ilusão ou Realidade” será apresentada na capital portuguesa no próximo dia 10 de Janeiro. A antestreia do filme é da responsabilidade da Livremeio Produções, empresa envolvida na elaboração da obra do realizador Carlos Fraga. A apresentação desta primeira parte do filme ficará a cargo do comediante português Nilton, mas a mesma vai também contar com uma performance d’A Outra Banda e um outro colectivo formado por Rão Kyao e Yanan, os Porto Interior. A dupla contribuiu com a banda sonora do documentário. A produção da obra só foi possível com a co-participação das Fundações Oriente, Jorge Álvares, Portal Martim Moniz e Instituto do Oriente. Tanto esta como a segunda fase do documentário serão emitidas no próximo ano, na RTP. A feitura do filme contou ainda com a assessoria e aconselhamento do investigador macaense Carlos Piteira. “A contextualização da comunidade macaense tem merecido ao longo dos tempos várias abordagens e significados, a própria declaração da afirmação étnica não tem sido pacífica, quer por quem a estuda, quer por quem a ela diz pertencer, tornando o tema aliciante e obviamente num caso particular de singularidade”, define o autor em comunicado. Em Maio deste ano, Carlos Fraga esteve de câmara e lente em riste para gravar algumas das passagens do seu filme no território. O documentário pretende então explorar a diáspora macaense em Lisboa, com testemunhos na primeira pessoa, embora a organização deixe a ideia de que as respostas poderão não ser concisas, mas antes levar o espectador a realmente reflectir na questão da identidade macaense e do seu significado na actualidade. “Macaenses em Lisboa: Ilusão ou Realidade” vai ser apresentado às 17h00 no Auditório do Museu da Fundação Oriente, em Lisboa.
Leonor Sá Machado EventosSt. Regis | Novo hotel estreia conceito de Serviço de Mordomo em Macau A Sands China juntou-se ao nova-iorquino St. Regis para abrir em Macau mais um hotel de luxo da cadeia. Duas das novidades passam pelo revivalismo do Bloody Mary ou pela estreia, no território, do Serviço de Mordomo, que permite marcar actividades com 24 horas de antecedência [dropcap style=’circle’]J[/dropcap]á abriu o St. Regis Macau, situado no Cotai, o primeiro hotel a trazer à cidade o conceito de Serviço de Mordomo, que permite aos visitantes personalizarem a sua experiência de férias no território. “Para melhorar ainda mais a experiência do consumidor, o St. Regis Macau oferece o serviço exclusivo St. Regis Butler a todos os hóspedes – o primeiro num espaço em Macau – permitindo que estes reservem actividades com 24 horas de antecedência com base nos seus gostos, necessidades e preferências”, escreve o St. Regis em comunicado. Para quem aprecia um bom cocktail, este é o local onde ir, uma vez que faz parte da cadeia que primeiramente introduziu o conhecido “Bloody Mary” (com sumo de tomate) nos menus internacionais. A experiência teve lugar no primeiro St. Regis a ser inaugurado, na Nova Iorque do século XIX. Está ainda disponível um “Maria do Leste”, bebida feita com base na cultura portuguesa, que junta pimenta-rosa com piri-piri e canela. O St. Regis tem espaços para todos os gostos, feitios e idades, já que disponibiliza uma piscina de 2400 metros quadrados, ginásio e um spa cheio de opções para quem pretende um cuidado digno de cinco estrelas, classificação dada a esta cadeia. Este espaço vem assim juntar-se às dezenas de outros espalhados pelo mundo, sendo o sétimo em toda a China. O primeiro abriu em 1904 na cidade norte-americana que nunca dorme e o de Macau é agora a 36ª propriedade da marca. “Estamos muito contentes por continuar a parceria com o grupo Sands China, depois de uma muito bem sucedida colaboração com a Starwood na abertura do maior hotel da Sheration, o de Macau”, começou o presidente da Starwood Ásia-Pacífico, Stephen Ho, por dizer. Já o presidente da Las Vegas Sands optou, durante a abertura, por dizer que a inauguração do St. Regis “é outro passo significante para diferenciar Macau de outros destinos, colocando mapa no mapa de lazer e de viajantes em trabalho”. Hotelaria de excelência O St. Regis tem mais de 400 quartos e suites que podem ir dos 53 aos 477 metros quadrados com diferentes características. Além disso, dispõe ainda de cinco restaurantes que oferecem comida cosmopolita, de luxo e bistro, mas também um grande salão com 350 lugares sentados e cinco outras salas de reuniões com capacidade para cinco mil pessoas no total.
Leonor Sá Machado EventosEspectáculos | CCM abre 2016 com produções locais de luxo No Centro Cultural de Macau, o ano começa com três produções locais que envolvem mímica, teatro e fantoches. De preço acessível, os shows realizam-se entre os dias 19 e 27 de Fevereiro e permitem a entrada a crianças a partir dos seis anos [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Centro Cultural de Macau (CCM) acolhe, já em Fevereiro, espectáculos de três produções locais, iniciativa a que deu o nome de Open Box. Nesta incluem-se “Muted”, que alia a arte da mímica à temática do silêncio, dando a conhecer ao público o mundo visto por pessoas mudas. “Muted” vai subir ao palco duas vezes, nos dias 19 e 20 de Fevereiro, e a entrada, permitida a crianças a partir dos seis anos, custa 120 patacas sem lugares marcados. Da autoria da associação Route Arts, precede “Who Am I”, espectáculo da mesma produção com estreia em 2013. “Combinando mímica com teatro e efeitos sonoros, esta peça sem precedentes oferece à plateia a oportunidade para melhor compreender e sentir um mundo desconhecido”, refere a organização em comunicado. É no mesmo dia que o director e a artista do Stone Commune apresentam “Weaving Landscape”. Com a ajuda de Jenny Mok, o designer visual Nip Man Teng vai “explorar a noção de que todos os objectos são feitos de intersecções de pontos e linhas”. Os criativos surgem assim com esta peça, que promete debater em palco o conceito de desconstrução da figura humana e de novas texturas. Fantochadas A terceira produção intitula-se “Xiao An” e terá lugar nos dias 26 e 27 do mesmo mês, com o mesmo preço. Aqui, estão em foco os fantoches. Num teatro alternativo, surge uma adaptação de um conto de Yan Lianke, escritor chinês que venceu o Prémio Kafka no ano passado. “Através do uso de fantoches e multimédia, o grupo cria um espaço imaginário para mostrar a combinação entre teatro realista e de fantoches, onde algumas questões são mesmo deixadas em aberto”, revela o CCM. A série Open Box acontece com o intuito de dar aos residentes mais hipóteses de assistir ao talento local. Os bilhetes estão à venda por 120 patacas na bilheteira do CCM e na plataforma online de venda. A organização tem ainda disponível um pacote de descontos para quem quiser comprar bilhetes para os três espectáculos. Este fica a 300 patacas por pessoa. “Muted” terá lugar às 20h00 de sexta-feira e sábado, no palco ART, enquanto “Weaving Landscape” acontece às 21h30 no Pequeno Auditório.”Xiao An” será inteiramente desenvolvido em Cantonês e está marcado para as 20h00 de sexta-feira e sábado seguintes.
Andreia Sofia Silva EventosMacao Indies | Novas candidaturas já estão abertas [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Centro Cultural de Macau (CCM) aceita até ao dia 8 de Janeiro do próximo ano candidaturas para a nova edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo – Macau Indies, o qual irá decorrer entre Março e Maio de 2016. Segundo um comunicado, o CCM “continua a apostar em descobrir novos valores, trabalhando numa plataforma para os nossos cineastas exporem as suas ideias”. Os trabalhos que vierem a ser seleccionados podem ganhar prémios pecuniários no valor total de 80 mil patacas, sendo que “não existem limites no que diz respeito ao tema ou à duração dos filmes”. A competição é aberta a qualquer trabalho produzido por realizadores de Macau ou filmado na cidade. Lembrando filmes que marcaram edições anteriores como o “Sirena”, “No Vazio” ou “Viagem no Tempo”, o CCM garante que a nova edição do Macao Indies “continua focado em apoiar e distinguir as produções locais em termos de criatividade, qualidade e originalidade devotando esforços para garantir uma atmosfera de intercâmbio entre realizadores locais e profissionais do exterior”.
Leonor Sá Machado EventosMAM | Kitty Leung explora “acelerado desenvolvimento” da cidade A artista Kitty Leung ensina no Canadá, mas nasceu em Macau e é aqui que leva a cabo uma exposição dividida em duas partes: “Memórias Preservadas” e “Tipografia da Cidade” com frascos, fotografias, textos originais e letreiros à mistura [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]artista local Kitty Leung vai expor “Memórias Preservadas” no Museu de Arte de Macau (MAM) a partir do próximo dia 23 e até 14 de Fevereiro do próximo ano. Na sala estarão expostas obras feitas a partir de frascos de compotas e antigas fotografias da cidade. Em causa está a exploração do “acelerado desenvolvimento” de Macau, por meio da impressão, instalações, vídeo e projecto baseados em fotografia. Leung cumpre, a tempo inteiro, funções como professora de Artes na Universidade Politécnica de Kwantlen, no Canadá. Na sua carreira de artista, tem-se debruçado sobre uma série de problemas relacionados com espaço, memória, narrativa e relações entre o homem e a natureza. Entre as várias exposições que fez, marcou presença na 53ª Bienal de Veneza, além de representar Macau em outras mostras na Europa. “Nos últimos 15 anos Macau foi alvo de um acelerado desenvolvimento urbano, o que provocou alterações geográficas, económicas e sociais consideráveis que, se por um lado trouxeram prosperidade, por outro também causaram vários problemas sociais. Parece pois haver uma contradição (dilema) entre a promoção do turismo para o desenvolvimento económico e a manutenção das condições de habitabilidade e da qualidade de vida”, escreve a organização em comunicado. A fotografia, explica o MAM, “é uma forma de preservar o tempo e as memórias” e essa é a razão pela qual Leung pretende apresentar a sua teoria desta forma. Tipografia dos sentidos A segunda parte da mostra intitula-se “Tipografia da Cidade” e tece críticas à existência dos letreiros publicitários que enchem a cidade. “As novas tendências tipográficas conferem uma identidade e características diferentes à cidade e um novo sentido de pertença aos seus habitantes. A tipografia da cidade é um marco gráfico e abstracto. Os vários tipos de letra gravam-se de forma subconsciente na mente dos cidadãos”, explica o MAM. A ideia, avança a autora, é frisar a importância de manter o que é tradicional, documentando “letreiros de lojas encerradas em vários pontos da cidade” com textos reescritos sobre estes. É, de certa forma, um meio para “manter viva uma coisa em vias de extinção”. A exposição tem entrada gratuita e insere-se na Montra de Artes de Macau, intitulada “Memórias e Símbolos”.
Leonor Sá Machado EventosMAM | Criativo da LEGO em Macau para organizar workshop [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]ndy Hung, apelidado de “primeiro profissional certificado da LEGO na China”, vai organizar um workshop sobre trabalhos feitos com estas peças. Este vai realizar-se no piso 0 do Museu de Arte de Macau (MAM), nos dias 20 de Dezembro, 17 de Janeiro e 21 de Fevereiro, com duas sessões gratuitas a cada domingo. A ideia é que o artista ajude os participantes do workshop a “conceber um pequeno modelo da LEGO sobre a temática da arquitectura da Cidade Proibida”, em Pequim. A aula vai acontecer em consonância com a mostra “O Palácio Magnificente – Arquitectura Imperial da Cidade Proibida”, uma exposição que apresenta a forma de construção de edifícios oficiais no continente. “O objectivo é dar a conhecer a estrutura arquitectónica das edificações chinesas (madeira) através da concepção e construção de um modelo LEGO”, lê-se no website do MAM. O MAM abre 30 vagas para cada dia e aconselha a que os interessados se inscrevam o mais depressa possível, uma vez que o facto de ser gratuito pode acelerar o preenchimento total dos lugares no workshop. Andy Hung tem até um website dedicado à sua mestria, onde pode ler-se que é curador de uma série de exposições baseadas na LEGO. “Andy Hung é um artista a tempo inteiro que trabalha exclusiva com tijolos da LEGO, sendo curador de exposições da marca e parceiro em vários centros comerciais, instituições governamentais e algumas outras marcas”, explica o website. O autor, nascido em Hong Kong, teve mostras que já contaram com mais de cinco milhões de pessoas, tendo estado também em Macau com uma exposição em LEGO sobre o território. Hung é responsável por uma série de obras originais, como são o urso LOTSO, a representação de um restaurante de Xangai, de um autocarro da Transmac ou até do Principezinho.
Andreia Sofia Silva Eventos“Coloane Blissful Market” acontece amanhã e poderá ficar depois de Março O primeiro mercado de produtos orgânicos e artesanato de Macau deverá continuar a realizar-se em Coloane depois de terminado o período experimental. Ao fim de quatro edições, o balanço feito por Marisa Randles, co-fundadora do evento, é positivo. Tanto, que amanhã o evento se realiza novamente [dropcap style=’circle’]T[/dropcap]odas as terceiras quartas-feiras de cada mês o Grand Coloane Resort abre-se à comunidade e aos amantes de produtos vindos da mãe natureza. Desde o 18 de Novembro que o “Coloane Blissful Market”, organizado pelo restaurante vegetariano The Blissful Carrot, acontece em Coloane e amanhã volta ao espaço. Findo o período experimental, a 16 de Março do próximo ano, espera-se que continue. “Teremos de avaliar a aceitação do público, mas neste momento [pensamos que] o mercado vai continuar. Tudo depende do que a comunidade achar e até dos planos que o hotel tem para o espaço, mas espero que continue a ser um sucesso”, explicou ao HM Marisa Randles, uma das organizadoras do evento. No “Coloane Blissful Market” não existem produtos processados ou cheios de químicos. A ideia é que legumes, frutas e outros pratos sejam confeccionados com os ingredientes mais frescos. Com música e espectáculos ao vivo, o público pode ainda ter acesso a artesanato local, incluindo vários workshops. Sendo um espaço aberto a candidatos que tenham coisas para mostrar ou vender, o mercado está sempre disposto a receber novas propostas. “Temos actualmente quatro workshops e vamos ter mais no futuro. Também há várias pessoas interessadas nos eventos de Janeiro e Fevereiro e temos alguns pequenos comerciantes que vêm de Hong Kong. Esperamos que nesses meses tenhamos mais bancas de produtos”, disse Marisa Randles. Até agora o balanço traçado é positivo. “As pessoas normalmente optam mais pelos produtos orgânicos e o que disponibilizados são produtos da época. Algumas pessoas preferem as tendas de artesanato, ou simplesmente para desfrutar do espaço, por ser um lugar óptimo para trazer as crianças e a família”, referiu a co-organizadora. Lugar de união Mesmo com a promessa de continuação no futuro, ainda é impossível a organização do mercado mais dias por semana. “Para já somos apenas dois que coordenamos o mercado e para expandi-lo por mais dias teríamos de ter mais pessoas a colaborar”, referiu Marisa Randles, que garantiu estar sempre disposta a encontrar novos fornecedores. “Estamos à procura de pequenos fornecedores de produtos orgânicos da China para podermos expandir o mercado, há algumas pessoas que conhecemos e com as quais poderemos colaborar no futuro. Não queremos produtos caros, queremos coisas que sejam em conta”, frisou. A criação do primeiro mercado orgânico no território não foi feita apenas a pensar nos alimentos e na arte, mas também no público. “Percebemos que era algo que as pessoas estavam à procura, porque há imensos mercados deste género em todo o mundo e são locais onde as pessoas e as comunidades se podem juntar e onde existem vários produtos. Estamos focados em disponibilizar produtos orgânicos e artesanato. É uma boa forma de juntar as pessoas e Macau, apesar de ser um sítio pequeno e com muitas comunidades, acaba por causar algum isolamento nas pessoas, que ficam mais ligadas a um grupo pequeno de amigos ou colegas. Queremos de certa forma celebrar as coisas diferentes que estão disponíveis no mercado, desde música à arte”, rematou Marisa Randles. O mercado de amanhã conta com música ao vivo, além das bancas do costume e dos workshops, que vão da pintura à confecção de alimentos e à construção de espanta-espíritos. O evento está marcado para as 17h00 e tem entrada livre.
Leonor Sá Machado EventosArmazém do Boi | Exposição sem tema inaugura esta semana O Armazém do Boi abre, esta quinta-feira, uma exposição peculiar: é que não existe um tema que agregue o estilo, propósito ou vontade dos quatro artistas convidados. A ideia é fazer recair o enfoque no talento individual e não no conceito de colectividade [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Armazém do Boi acolhe, em parceria com a Fundação Macau, uma mostra de arte sem tema previamente escolhido. Em foco estarão trabalhos dos artistas Lei Ieng Wai, SAH, Gigi Lee e Justin Chiang, que “concordaram na incompatibilidade dos conceitos de criatividade com grupo”. Os artistas preferem alicerçar o seu talento a apenas isso mesmo, ao invés de partirem de um tema comum para explorar as suas técnicas e ideias. Para a direcção, a arte genuína “é um acto íntimo e pessoal, pelo que discuti-lo em grupo poderá destruir a sua originalidade”. Também ao contrário de outras, a mostra não tem um curador, sendo o resultado de encontros frequentes entre os quatro artistas. A única característica comum entre o colectivo é, de acordo com a organização, a vontade de exporem os seus trabalhos e as suas notas pessoais. Assim, os trabalhos apresentados não respondem a um tema comum, mas sim somente ao mesmo espaço físico onde estarão colocados. A exposição abre portas esta quinta-feira e fica patente até 31 de Janeiro com entrada gratuita. A galeria estará aberta ao público diariamente, das 12h00 às 19h00. Disparidade na igualdade Justin Chiang nasceu e viveu desde sempre no território, tendo ingressado no curso de Artes da Faculdade de Artes Visuais do Instituto Politécnico de Macau. Chiang é agora docente no Museu de Arte de Macau e tem apresentado as suas peças em vários locais, incluindo na Creative Macau. As suas telas exibem cores escuras e têm feitios geométricos pouco definidos, dando mesmo a sensação de uma certa vertente abstraccionista. Já SAH é o conjunto de letras pela qual é conhecido o pintor macaense João Jorge Magalhães, responsável pelo desenho de garrafas de Coca-cola em exposição na Broadway por ocasião do aniversário da marca. Também SAH produziu uma série de mostras que aludem ao conceito abstracto com uma vertente de crítica social que pretende chamar a atenção do visitante. Gigi Lee tem feito carreira no universo da curadoria em Macau, depois de concluir o seu curso de Arte em Taipei. A artista tem mesmo um estúdio no território onde desenvolve os seus trabalhos pessoais fora de horas. Sylviye Lei é artista já conhecida da praça local, tendo o seu nome em várias galerias e exposições organizadas a título público e privado. Entre elas estão diversas mostras colectivas e três outras em Macau e uma em Taiwan a solo.
Joana Freitas EventosCinema | Documentários e filme de Macau em Espanha [dropcap style=’circle’]C[/dropcap]inco películas made in Macau vão ser exibidas em Espanha, num evento de cinema que terá lugar em Granada. “Uma Ficção Inútil”, de Cheong Kin Man, é o único filme a ser mostrado, mas um documentários de dois portugueses radicados em Macau foi outra das escolhas. “Era uma vez em Ká-Hó”, da autoria de Hélder Beja e Filipa Queiroz, jornalistas, fala da antiga leprosaria que se situava no espaço agora abandonado. Ao longo de 30 minutos, os autores quiseram mostrar aquilo que foi mais do que documentar e investigar uma história sobre a qual pouco se sabe e o estigma da lepra. “A experiência de conhecer de perto estas pessoas e esta realidade tão marginal e desconhecida de Macau foi um grande desafio. Uma experiência inesquecível. Macau e a história das suas gentes estão a ficar dramaticamente submersas pela realidade do jogo e do desenvolvimento desenfreado do território por isso acho que é mesmo importante contar estas histórias”, explica no comunicado Filipa Queiroz, co-autora do documentário, cuja banda sonora ficou a cabo do músico português Noiserv. O documentário é apresentado no sábado, no Festival Internacional de Cinema “Otoño Antropológico”, em conjunto com “Who Are Those Devils”, de Penny Lam, e “As Fontes de Água de Macau” realizado por Season Lao e produzido por Cheong Kin Man. Com distinção Ontem, foi a vez de “Uma Ficção Inútil” ser apresentada no festival de Granada, onde foi nomeada para o melhor filme experimental chinês. O filme já passou em dezenas de outros festivais, tendo sido merecedor de distinções. Desta vez, foi do agrado do público espanhol, sendo que Cheong Kin Man recebe, no domingo, a “Distinción Amarilla” na Corrala de Santiago da Universidade de Granada. “A cidade de Granada foi considerada pelo reputado cineasta José Val Del Omar como o ponto de encontro necessário entre o Ocidente e Oriente. Por isso, estes filmes de Macau vão ser apresentados ao público da cidade pelo jovem realizador Cheong Kin Man, que tomou por si próprio a iniciativa de promover a cultura da sua terra-natal”, descreve, em comunicado, o director do Festival, Manuel Polls Pelaz. O evento tem o apoio do Instituto Cultural.
Leonor Sá Machado EventosMAM | Mostras sobre Cidade Proibida e arte europeia [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Museu de Arte de Macau (MAM) arranca com várias exposições, mas foca-se nas artes chinesa e europeia. É já amanhã que inaugura “O Palácio Magnificente: arquitectura imperial da Cidade Proibida”, que relata, como o nome indica, a história da arquitectura daquele espaço tão característico. “[A mostra] apresenta maquetes e componentes de antigos edifícios tais como suportes dougong, peças esmaltadas, decorações pintadas, biombos filigranados, utilizados na construção, assim como tabuletas e dísticos decorativos da Cidade Proibida”, esclarece o MAM no seu website. O Museu assegura ainda que a mostra oferece “uma visão rara da beleza e sofisticação da arquitectura antiga da China”, estando em exposição até 13 de Março do próximo ano. Com entrada gratuita, promete deslumbrar todos os interessados em arquitectura e nas linhas de desenhos orientais. Já 2016 abre com a exposição “Um século de arte Austríaca”, que deverá incluir nomes sonantes como Gustav Klimt, Egon Shiele ou Oskar Kokoshka. Serão cem as obras nas paredes do MAM e estas percorrem os séculos XIX e XX. Os fãs deste tipo de trabalhos podem ir até ao museu de 30 de Janeiro a 3 de Abril de 2016. Kokoshka é um dos artistas expressionistas mais influentes do século XX, tendo dupla nacionalidade britânica e austríaca. O seu repertório afirma-se como sólido e predominantemente direccionado para o retrato enquanto forma de expressão. As suas telas mais conhecidas apresentam crianças de corpos estranhos. O artista ingressou na 1ª Guerra Mundial e ficou ferido, mas nem por isso deixou a pintura de lado. Já Klimt ficou reconhecido pelo quadro “O Beijo”, onde retrata a relação sexual entre um homem e uma mulher. Produzido entre 1907 e 1908, “O Beijo” integra-se no período dourado do autor.
Andreia Sofia Silva EventosFRC | Exposição sobre 14 anos do Torneio de Soberania [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Fundação Rui Cunha (FRC) recebeu ontem a inauguração da exposição fotográfica sobre os 14 anos da realização do Torneio de Soberania. Ao HM, o presidente da Associação de Futebol de Veteranos de Macau, Francisco Manhão, explicou que a ideia é assinalar a data de forma especial, à semelhança do que foi feito aquando do décimo aniversário do torneio. “Quisemos celebrar de forma fora do normal e, para além da exposição, também vamos mandar fazer uma revista”, disse Francisco Manhão, que garantiu ainda que a celebração da efeméride está ligada ao aniversário da transferência de soberania de Macau. O público poderá assim ver mais de uma década de futebol em imagens. “Tive que ter muita paciência para seleccionar as fotografias e tive que escolher fotos com alguma graça. Não foi fácil escolher 14 anos de fotografias. Muitos pensam que foi um trabalho fácil organizar os torneios, mas não foi”, apontou Francisco Manhão. A realização da exposição pretende ainda chamar a atenção dos mais jovens para este desporto. “É uma oportunidade para os aficionados do desporto-rei conhecerem o nosso trabalho, e também para fazer ver às camadas mais jovens que devem dar continuidade. É uma espécie de incentivo”, rematou.
Joana Freitas EventosCentro UNESCO | “Paisagens da Cidade” de Chan Iu Pui inaugura hoje [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]exposição“Paisagens da Cidade – Exposição de Obras de Chan Iu Pui”, integrada no Projecto de Promoção de Artistas de Macau, inaugura hoje. A mostra, que abre às 18h30 na sala de exposições do Centro UNESCO, reúne mais de uma centena de caricaturas do artista local. Chan Iu Pou, também conhecido por Chan Pui, é um caricaturista que, desde muito jovem, sempre gostou de fazer desenhos e aprendeu a desenhar com Tam Chi Sang, na Associação dos Artistas de Belas-Artes de Macau desde a década 50 do século passado. Começou a publicar os seus desenhos nos jornais e revistas, tanto de Macau como de Hong Kong e do interior da China. Os desenhos retratam os acontecimentos e a sociedade de Macau, através de uma forma crítica e realista. Durante as décadas de 80 e 90, o artista trabalhou num cinema de Macau e pintou muitos cartazes de filmes, em tamanho grande, já que foi o primeiro pintor manual de cartazes cinematográficos de Macau. Esse trabalho deixou de ser necessário e Chan Pui começou, nos últimos anos, a ter grande interesse pelos assuntos histórico-culturais e as ruas de Macau. Desde 2010, Chan Pui publicou quatro séries de postais com paisagens de Macau e as suas obras foram exibidas em diversas exposições. Foi vogal da Direcção da Associação dos Artistas de Belas-Artes de Macau e actualmente é consultor desta Associação. Esta exposição, organizada pela Fundação Macau, apresenta quadros essencialmente com paisagens de Macau que “mostram a beleza da cidade de ângulos diferentes”. A mostra estará patente ao público de 11 a 18 de Dezembro, todos os dias, das 10h00 às 19h00, e tem entrada livre. Hoje é ainda lançada a publicação “Colecção de Obras de Chan Iu Pui”.
Joana Freitas EventosSound & Image Challenge | Cineastas de Macau mostram dotes em competição internacional [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]filme “Come, The Light” venceu no passado fim-de-semana o melhor filme na categoria de Identidade Cultural de Macau do Sound & Image Challenge. A obra de Chao Koi Wang, natural de Macau, foi uma das favoritas entre as 25 finalistas, tendo ainda sido galardoada com o prémio de dez mil patacas “Best Local Entry”, patrocinado pela Fundação Oriente. O Sound & Image Challenge foi criado em 2010, mas transformou-se, este ano, num festival de cinema internacional. Ao todo foram cerca de 700 as entradas nas diversas categorias, provenientes de 68 países. O Festival, organizado pela Creative Macau em colaboração com a Universidade de São José e outros patrocinadores, atribuiu ainda outros prémios. O melhor filme de ficção foi “The Wall”, da francesa Andra Tévy, que arrebatou o público, tendo, por isso, vencido o prémio escolhido pela audiência. Seguiu-se o videoclip de Ao Ieng Weng Fong como o melhor da categoria “Volume”. Com a música da banda local Forget the G, “Sleepwalker” contou com a produção do cineasta local, mas também de uma equipa portuguesa. A melhor animação foi a obra “The Mechanical Waltz”, de Julien Dykmans, que recebeu ainda 20 mil patacas pelo prémio “Best in Event”, do BNU. A espanhola Naya Kuu foi a melhor na categoria de “Documentário”, com “Un Voyage”. Foi “AD REM”, do polaco Bartosz Kruhlik, que foi escolhida como a melhor publicidade. “Un Voyage”, de Naya Kuu, com Ramón Rodríguez Presente no evento, o HM teve a oportunidade de perceber que “Come, The Light” foi um dos filmes que mais impressão deixou no público. A película retrata a economia de Macau e sua dependência de uma indústria que deixa na sociedade a vontade de querer cada vez mais dinheiro. O amor, os bens materiais e o retrato de algumas características do território – como a polémica questão do tabaco nos casinos, aqui tão subtilmente retratada – são alguns dos pontos fortes da obra, carregada de suspense e com muitas reviravoltas na história. Já no caso do documentário de Naya Kuu, que entrou no concurso pela Bélgica, a ideia foi mostrar a história de Ramón Rodríguez, um dos “filhos” da Guerra Civil espanhola, que deixou para trás a família quando subiu a bordo do “Habana SS” para partir em direcção à Bélgica. Para repetir Do júri fazia parte, entre outros, o fundador do Fantasporto, Mário Dorminsky. Ao HM, Dorminsky – pela primeira vez em Macau – assegurou que, no que ao cinema diz respeito, Macau “tem espaços absolutamente fabulosos”. Mais do que as luzes dos casinos, é a parte velha do território que mais atrai o também fundador das distribuidoras Cinema Novo e Ecofilmes. “As luzes dos casinos podem ser trabalhadas, claro, mas casinos são casinos, existem aqui, em Las Vegas, em muitos lados. Temos de os encarar como encaramos Wall Street, estão lá, têm uma actividade específica, não vão sair dali.” Aproveitando para lamentar a falta de promoção turística de Macau em Portugal, bem como a inexistência de promoção dos eventos culturais do território lá fora, Mário Dorminsky admite que o talento exposto no Sound & Image Challenge durante o passado fim-de-semana é surpreendente. “Estou admirado. Muito bom, muito bom”, diz, enquanto nos confessa que “Sleepwalker”, de Ao Ieng Weng Fong, foi uma das obras que mais apreciou. “Mas os outros [filmes] também me pareceram interessantes e alguns projectos musicais também, em que vale a pena apostar”, diz, referindo-se à música de bandas locais que serviu de inspiração para inúmeros videoclips. “Sleepwalker” Uma figura de peso na área do cinema, Mário Dorminsky observa como Macau esteve, de facto, presente no festival. “Nas outras vertentes que não a Animação, houve sempre um filme realizado por um local ou tem elementos de Macau na equipa técnica do filme ou no próprio filme. Acho que isso faz com que, quem vir o resultado de um festival de curtas-metragens como este, fica realmente admirado porque a qualidade é muito elevada. Ao mesmo tempo, há um suporte cultural claramente ligado a Macau, o que é curioso, especialmente num festival internacional de cinema.” Sempre em frente E o formato vai continuar a ser, exactamente, esse mesmo: o de um festival internacional de cinema. Lúcia Lemos, directora da Creative Macau, assegura que o Sound & Image Challenge é para manter, até porque o balanço foi muito positivo. “Foi óptimo e temos intenção de manter este formato porque é bastante interessante. Depois da análise que fizemos, uma vez que esta foi a primeira vez em formato de festival, poderá mudar alguma coisa, mas para melhor, nada para trás”, diz ao HM, acrescentando que alargar o concurso é uma das ideias. Com cerca de 60 pessoas por dia, entre palestras e mostra de filmes, o Teatro D. Pedro V serviu não só de palco ao festival, como de local de visita de locais e turistas por causa do Sound & Image Challenge. Tudo durante uma semana inteira. “Já vamos começar a preparar o próximo em Janeiro”, assegura Lúcia Lemos.
Filipa Araújo EventosLivraria Portuguesa | Debate sobre transição seguido de filme e jantar [dropcap style=’circle’]É[/dropcap]já esta sexta-feira, dia 11 de Dezembro, que a Livraria Portuguesa abre as suas portas para mais um debate que se espera “muito especial”. Num comunicado à imprensa, a organização explica que a tertúlia, com hora marcada para as 18h30, está subordinada ao tema “O Desafio da Transição” e tem como base o livro de Jorge Morbey, com título semelhante. Além do debate, a exibição de imagens de Macau e a passagem de um filme que o próprio autor gravou no território há 50 anos – Macau 1965 – são as actividades propostas pela organização, culminando o momento de partilha com um jantar com Morbey e participantes. Segundo a organização, Jorge Morbey estará acompanhado por Paulo Cardinal, assessor da Assembleia Legislativa, “que seguiu muito de perto as questões da transição”. “Alem disso, juntam-se a nós, naturalmente, muitas pessoas que cá estavam nessa altura e que não perderão a oportunidade de revisitar este tema, num grupo de amigos”, indica a organização ao HM. As inscrições para o jantar são limitadas e devem ser feitas através do e-mail ricardo@livrariaportuguesa.net, sendo que o jantar terá um custo de cem patacas.
Hoje Macau EventosDesfile por Macau com Caretos de Podence e mais de 1500 artistas [dropcap style=’circle’]M[/dropcap]acau voltou a afirmar-se como sendo uma “cidade latina” com um desfile com 1500 artistas e figurantes, locais e estrangeiros, com o qual iniciou as celebrações do 16.º aniversário da transferência da administração de Portugal para a China. Este é um dos maiores eventos festivos do território e custou 16 milhões de patacas. Este ano, em que os Caretos de Podence representaram Portugal, serviu também para comemorar o décimo aniversário da classificação do Centro Histórico de Macau como património da humanidade pela UNESCO. A parada, que atrai milhares de pessoas, é para continuar, “com certeza”, seguindo o mesmo modelo e com a mesma dimensão, assegurou o presidente do Instituto Cultural, Guilherme Ung Vai Meng, em declarações aos jornalistas. “Macau é pequeno, tem 600 mil habitantes, mas Macau tem quatro séculos de intercâmbio, não só entre Portugal e Macau, mas com o mundo ocidental. Macau é uma chave que abre muitas portas, entre a China e a Europa. É uma chave com quatro séculos, não é uma chave nova”, afirmou, insistindo na ideia de que as ligações não se limitam a Portugal, mas ao “mundo latino, França, Itália, América do Sul e África”. “Essa é a nossa característica, importantíssima, de certeza que continuamos [a realizar este evento]”, acrescentou. Ao todo, foram 52 os grupos que, no domingo, percorreram o trajecto entre as ruínas de São Paulo e a praça do Tap Seac, onde foram colocadas bancadas para o público assistir aos espectáculos e ao final do desfile. AppleMark Ung Vai Meng sublinhou que esta é uma forma de promover o Centro Histórico e a história de Macau no exterior. Grupos e artistas de França, Indonésia, China, México, Guadalupe, Taiwan, Brasil ou Cuba, entre outros países e territórios, estiveram nesta “parada latina”, para além dos Caretos de Podence, que pela primeira vez viajaram até à Ásia. “Vai ficar para a história do grupo”, disse à Lusa o presidente da Associação do Grupo de Caretos, António Carneiro, satisfeito pela “reacção muito positiva” do público aos caretos, “o grupo mais fotografado” e “diferenciado” do desfile. “Onde vamos, voltamos sempre”, vincou António Carneiro, admitindo “grandes expectativas” em relação a esta apresentação em Macau. Para além dos artistas e figurantes, este ano, em diversos locais do percurso do desfile “Macau, cidade latina” foram colocadas obras de jovens ‘designers’ locais, convidados expressamente pelo IC para fazerem criações com esse fim, que os residentes no território poderão levar para casa dentro de algum tempo, no âmbito de concursos que o instituto vai promover ou através de uma inscrição cujas regras serão posteriormente divulgadas.
Joana Freitas EventosCinemateca Paixão | Seminário de cinema com realizador de Hong Kong [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Cinemateca Paixão recebe esta semana o vice-presidente da Hong Kong Film Arts Association, Alex Mok, que chega a Macau para apresentar “A Arte do Cinema – Teoria e Aplicação”. A ter lugar no dia 13, pelas 15h00 horas, o seminário tem entrada livre e conta ainda com Chan Ka Keong, presidente da Associação Audio-Visual Cut. Alex Mok é director de arte de campanhas publicitárias e cinema há muito anos, sendo conhecido não só pela experiência profissional, mas pela “atitude meticulosa em relação à arte e à criação de artes visuais”, como refere a organização em comunicado. O Instituto Cultural (IC) explica ainda que Mok participou em mais de 50 obras, incluindo “2 Young”, “Lust”, “Caution”, “I Corrupt All Cops”, “Cold War” e “The Viral Factor”, entre outros. Também o realizador de Macau Chan Ka Keong estará presente na palestra. Tendo-se dedicado a formas de expressão artística como o cinema e o vídeo, artes visuais e design gráfico, Chan ficou conhecido pelo seu primeiro filme, “Passing Rain”, que foi seleccionado como um dos finalistas do Programa de Apoio à Produção Cinematográfica de Longas Metragens 2013 do IC. O seminário de domingo vai servir para os dois homens partilharem com o público a teoria e a aplicação da arte cinematográfica no que respeita aos temas “Relação entre a Arte e a Arte Cinematográfica”, “Auto-posicionamento dos Directores de Arte do Cinema”, “Como as Técnicas de Pós-produção Influenciam o Desenvolvimento da Arte Cinematográfica” e “Estudos de Caso de Arte Cinematográfica”, entre outros temas. O seminário é gratuito e os lugares são limitados, pelo que os interessados tem de se inscrever através do IC até dia 13.
Joana Freitas EventosFRC | Severino Cabral em conferência. “Manual de Legística Formal” lançado na quinta-feira Severino Cabral, director-presidente do IBECAP apresenta esta semana na Fundação Rui Cunha uma palestra sobre o papel de Macau no intercâmbio sino-brasileiro. A acontecer na quarta-feira, a conferência segue-se da apresentação de um livro sobre as leis da RAEM, marcada para quinta [dropcap style=’circle’]”[/dropcap]A ‘Nova Mundialidade’ e a emergência do mundo meridional” é o tema da conferência que vai contar com a presença de Severino Cabral na Fundação Rui Cunha nesta quarta-feira. A palestra, com início marcado para as 18h00, incide sobre a apresentação de algumas novas edições do Instituto Internacional de Macau (IIM) e um balanço do VII Seminário sobre o Papel de Macau no Intercâmbio Sino-Luso-Brasileiro, realizado no Rio de Janeiro, em Lisboa e em Pequim. Severino Cabral é o director-presidente do IBECAP – Instituto Brasileiro de Estudos de China e Ásia-Pacífico, sendo também professor da Universidade de Cândido Mendes (Rio de Janeiro) e da Escola Superior de Guerra do Brasil. O académico tem participado em muitos encontros internacionais e é autor de inúmeros trabalhos sobre a China, tendo sido classificado pelas autoridades chinesas como “pioneiro nos estudos sobre a China no Brasil”. A sessão tem entrada livre. Ajudar no Direito No dia a seguir, é a vez da apresentação do livro “Manual de Legística Formal”, da autoria de José Miguel Figueiredo e António Manuel Abrantes. Marcado para as 18h30 e com entrada aberta ao público, o lançamento da obra tem o apoio da FRC e do CRED-DM, Centro de Reflexão, Estudo e Difusão do Direito de Macau. A obra versa sobre a arte de escrever leis, “numa perspectiva essencialmente formal”, como explica a organização em comunicado. “O seu propósito central é o de actuar como guia prático no processo de elaboração das Leis da RAEM, através da exposição dos principais detalhes técnicos a ter em conta na redacção do teor normativo destes diplomas.” No livro, são apresentadas regras e princípios orientadores neste domínio, quer ao nível da sistematização ou organização interna dos diplomas legais, quer ao nível mais técnico da redacção concreta das suas normas. A obra, que se destina “a todos os intervenientes no processo de redacção de diplomas legais na RAEM, especialmente juristas e tradutores”, procura fornecer um ponto de apoio que ajude a esclarecer as dúvidas quotidianas e as constantes dificuldades que repetidamente surgem a quem é chamado a desempenhar estas funções. “Tendo sido exclusivamente pensado a partir do direito local, este manual conta com numerosos exemplos práticos de legislação em vigor na RAEM, de forma a possibilitar ao seu leitor uma consulta clara e adequada à realidade em que se insere”, explica a FRC. A apresentação estará a cargo de José Bento de Almeida, Chefia Funcional do Gabinete de Apoio ao Ensino Superior.
Leonor Sá Machado Eventos MancheteFundação Oriente | Exposição de Manuel Cargaleiro inaugura na próxima semana [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] pintor e ceramista português Manuel Cargaleiro vai ter algumas das suas obras expostas na Casa Garden a partir da próxima quinta-feira. A mostra, intitulada “Manuel Cargaleiro – Pintura (1954-2006)”, reúne um conjunto de trabalhos feitos durante este período e ficará patente até 3 de Março do próximo ano. Com entrada gratuita, e com 40 peças, a mostra abre portas às 18h30 do próximo dia 10 e promete fixar o olhar dos fãs de Macau. “Manuel Cargaleiro é considerado um dos artistas mais proeminentes da cultura portuguesa da actualidade e a sua obra abrange cerâmica, pintura, gravura, guache, tapeçaria e desenho”, explica a Fundação em comunicado. “Na sua pintura pode distinguir-se um sentido ornamental e decorativo. O trabalho da tela confunde-se com o dos azulejos, na repetição dos quadriláteros, na escolha dos azuis e por uma certa obsessão pelo enquadramento”, continua. Nascido em 1927 em Vila Velha de Ródão, Cargaleiro começou as suas primeiras experiências em 1945. Foi apenas um ano depois que ingressou no curso de Geografia e Ciências Naturais na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. No entanto, tal ficou para trás, uma vez que passou a dedicar-se a tempo inteiro às artes. Em 1952, faz a sua primeira exposição individual no Palácio Foz, em Lisboa. A década de 50 foi crucial para Cargaleiro em termos académicos, já que leccionava na Escola António Arroio. Esses foram também os tempos em que frequentava o Café Gelo do Rossio, onde foi criado o “grupo do gelo”, que integrava jovens artistas ligados ao Surrealismo – Mário Cesariny, Luiz Pacheco e Ernesto Sampaio eram alguns deles. Ao mesmo tempo, frequentava o grupo dos intelectuais d’A Brasileira, desde e para sempre conhecido como o café dos artistas e das tertúlias. Foi em meados da mesma década que estudou Cerâmica em Florença, Roma e Faenza, através de um programa de bolsas de estudo oferecida pelo governo italiano. Em 1958, ingressou num outro projecto do género, desta vez financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian. A paixão pela cidade fez com que se mudasse em 1959 para até hoje viver de forma intermitente entre as capitais francesa e portuguesa. A simplicidade do talento Manuel Cargaleiro é sinónimo de talento para a pintura e para a cerâmica, para o ensino e para a olaria. Foi nos tempos da escola secundária que o artista português arregaçou as mangas e meteu mãos à obra com a ajuda de José Trindade, o homem que abriu as portas do talento ao pintor. Com a ajuda do proprietário da olaria, Cargaleiro levava as peças para casa e secava-as no forno da mãe. “Aqueles foram os meus primeiros trabalhos”, confessou no documentário “Obsessão da Luz”, que passou na RTP1. Os alfacinhas anos 50 eram, de certa forma, duros para a classe artística portuguesa. “Não se vivia das artes em Portugal, só viviam os artistas que trabalhavam para o Estado”, disse no referido filme. “Socialmente, um artista não era bem visto e eu via isso até na minha família. Lembro-me dos amigos dos meus pais questionarem ‘mas afinal, o que é ser artista?’”, continuou. Na biografia documental, Cargaleiro explica que poucos artistas o eram a tempo inteiro. “Muitos eram professores” para encher os bolsos. Além disso, dá o crédito ao Estado Novo por ter escolhido “artistas de primeiríssima categoria” para trabalhar para o governo. Exemplo disso, disse, é Almada Negreiros. É em 1990 que Cargaleiro cria a sua própria fundação, de nome homónimo. Várias outras foram criadas pelo país, inclusive em Itália. Manuel Cargaleiro não estará em Macau para a inauguração da mostra, mas foi o artista quem escolheu as obras a figurar nas paredes da Casa Garden, que para a semana se prepara para eternizar a vida e obra de Cargaleiro.
Andreia Sofia Silva EventosBienal de Shenzhen | BABEL participa para debater urbanismo local [dropcap style=’circle’]É[/dropcap] já no próximo dia 18 que a entidade cultural BABEL vai estar presente na Bienal de Shenzhen, onde vai promover uma mesa redonda baseada no livro lançado em Outubro intitulado “Macau Sessions – Dialogues on Architecture and Society”. Ao lado de Margarida Saraiva e Tiago Quadros, fundadores da BABEL, vão participar Hendrik Tieben (professor de Arquitectura na Universidade Chinesa de Hong Kong) e Thomas Daniell, coordenador do curso de Arquitectura da Universidade de São José (USJ). Ao HM, o arquitecto Tiago Quadros considera “fundamental” ir a Shenzen e mostrar aquilo que está a acontecer com o urbanismo local. “A ideia é, a partir do livro, procurar construir um debate e envolver o público que vai estar em Shenzen. Acho que é fundamental que o tema Macau saia do seu território e se encontre com outras pessoas para ser debatido”, apontou. Para Tiago Quadros, algumas das questões que Macau está a viver neste momento são comuns a outros territórios da Ásia. “Uma das questões amplamente discutidas no livro é a falta de relação que existe entre Macau e os territórios vizinhos. Um exemplo pragmático é a falta de relação que existe entre Macau e Zhuhai e falo da relação da frente marítima. Existe a relação transfronteiriça, mas os dois territórios estão praticamente de costas voltadas em relação ao rio”, exemplificou. Dores de crescimento A mesa redonda em Shenzhen vai, sobretudo, abordar o crescimento exponencial que Macau tem registado nos últimos anos. “Este crescimento é absolutamente incrível, do ponto de vista do estudo, mas sabemos que este enorme crescimento tem de facto algo de horrível. O que é fundamental é percebermos qual é o impacto que este crescimento vai ter nos habitantes de Macau, que tem a ver com questões relacionadas com a qualidade de vida. Basta pensarmos no tráfego que existe e que não existia e este crescimento também não foi acompanhado da qualificação do espaço público”, rematou. Criada em 2005, em Shenzen, a Bienal acabaria por se juntar à vizinha Hong Kong dois anos depois, ganhando o nome de “Bi-City Biennale”. Dez anos depois, intitula-se como a única bienal de Arquitectura e Urbanismo do mundo.
Hoje Macau EventosPequim | Artista chinês faz tijolo a partir de partículas recolhidas na atmosfera [dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m artista chinês conseguiu fazer um tijolo a partir das partículas recolhidas ao longo de 100 dias na atmosfera de Pequim, cidade com altos níveis de poluição do ar, recorrendo a um aspirador industrial. Antigo gestor de publicidade, o artista, que se auto-designa “Jianguo Xiongdi” (“Irmão Noz”, em português), parece ter sido inspirado pela espessa nuvem de poluição que regularmente envolve a capital chinesa, segundo o portal de notícias chinês cfp.cn. “É o meu contributo para chamar a atenção do público para o facto de que a poluição do ar constitui uma ameaça séria à saúde humana”, explicou o artista, natural de Hebei, a província vizinha de Pequim. Para este projecto, desenvolvido entre os dias 24 de Julho e 29 de Novembro, o “Irmão Noz” recorreu a um aspirador com uma potência máxima de 1.000 watts e um fluxo de ar de 234 metros cúbicos por hora. Pelos padrões da Organização Mundial de Saúde, a densidade das partículas PM2.5 – as mais finas e susceptíveis de se infiltrarem nos pulmões – não deverá exceder os 25 microgramas por metro cúbico. Esta semana, em Pequim, o nível chegou a exceder os 600, tornando a atmosfera “gravemente poluída”, e as autoridades locais colocaram a cidade em alerta laranja – o segundo mais alto. De acordo com a imprensa estatal, 2.100 fábricas e estaleiros considerados altamente poluentes foram temporariamente encerrados e os residentes aconselhados a evitar actividades ao ar livre. A nuvem de poluição reduziu a visibilidade a pouco mais de uma centena de metros. Em grande parte do norte da China, o sol ‘desapareceu’ completamente do céu. O cenário “airpocalíptico”, como lhe chamam, jocosamente, os internautas chineses, coincidiu com o arranque da conferência das Nações Unidas sobre as alterações climáticas, em Paris, que contou com a presença do Presidente chinês, Xi Jinping.
Joana Freitas EventosGrand Coloane | Semanas com cheirinho a Natal para crianças e adultos [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Grand Coloane Beach Resort (antigo Westin), em Coloane, vai dedicar o dia de hoje, o fim-de-semana e as próxima semanas à quadra que aí se aproxima. O Natal vai, assim, tomar formas diferentes, com workshops e mercados dedicados tanto a miúdos, como a graúdos. Hoje, o dia começa com filmes para os mais pequenos. A “Kid’s Movie Night” acontece no Porto Bar e é especifica para crianças dos cinco aos 12 anos. Por 150 patacas, além do filme, são ainda servidos snacks e bebidas. A noite repete-se a 11 e a 18 de Dezembro e é necessário inscrição. Para os mais velhos, o domingo é dedicado a um workshop de decoração de Natal, com o programa a repetir-se a 13 e 20 de Dezembro. Carolle Delavelle é a responsável pelas aulas e fornece também os materiais. Carolle é uma designer de arranjos florais. O primeiro dia do workshop é para os interessados saberem como melhor decorarem a árvore, sendo o segundo dedicado às guirlandas de Natal e o terceiro ao arranjo de centro da mesa. O preço dos workshops é de 680 patacas. De pequenino… Sábado e dias 13 e 20, é a vez das crianças aprenderem a fazer obras artesanais temáticas. Dos três aos dez anos, todos são bem-vindos a aprender com Cátia Silva, do Bad Bad Maria, como mexer em materiais e texturas e transformá-los em bonitas decorações. Os workshops custam 350 patacas. Dia 12 e 19 de Dezembro é a vez de Manuela Guerreiro ensinar como se fazem os melhores bolos e biscoitos de Natal. A 6 e 13 o coro Macau Suite vai encantar com sons natalícios, das 15h00 às 17h00, e os The Green Pastures Youth & Chidren Choir aquece os corações com música no dia 20, 24 e 25. Além dos espectáculos, uma das grandes atracções prometidas pela organização é o Christmas Village Market – dias 6, 13 e 20, das 11h30 às 18h30 – pode encontrar, promete a organização, tudo o que precisa para o seu natal. Aos fins-de-semana e feriados as crianças podem ainda fazer jogos de Natal e tirar fotografias com o Pai Natal e ao longo de Dezembro o hotel tem ainda menus dedicados ao Natal, com buffets incluídos.
Joana Freitas EventosAdvogado João Miguel Barros lança livro sobre Sistema Judiciário português [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] advogado João Miguel Barros lançou o livro “Sistema Judiciário Anotado” e a obra está já a ser distribuída. O conteúdo versa sobretudo sobre revoluções que Barros diz serem necessárias na Justiça portuguesa. “É um livro técnico, generalista, quase de divulgação jurídica, mas que inclui também um texto introdutório sobre política de justiça, onde pretendo reflectir sobre a reforma a fazer no sistema judiciário e onde apresento seis propostas concretas (seis mini-revoluções) para a sua profunda alteração”, explica o autor, num comunicado enviado ao HM. Durante a elaboração do livro, João Miguel Barros – advogado de Macau e ex-chefe de Gabinete do Ministério da Justiça em Portugal – fez um “cruzamento” entre a nova Lei de Organização do Sistema Judiciário (LOSJ) com as disposições mais importantes da Constituição Judiciária, dos Estatutos Profissionais, dos Códigos Processuais, “de alguma legislação substantiva e da jurisprudência mais recente”. A experiência foi, admite, algo que ajudou na compilação da obra, um trabalho que o autor diz ter sido “árduo”, mas que considera valer a pena “por ter permitido alguns resultados interessantes” e por ser, acha, inédito. “Aproveitando a experiência adquirida na fase de desenvolvimento da matriz conceptual da lei, em que estive profundamente envolvido, incluí no livro um conjunto vasto de comentários a diversos artigos da LOSJ, tentando contribuir assim para uma interpretação ‘autêntica’ de certas disposições mais controversas. Cometeram-se alguns erros no passado recente por falta de visão estratégica (não, não estou a falar da implementação da LOSJ porque isso são contas de outro rosário), mas agora é preciso ajustar o caminho e olhar em frente”, atira. O livro, que começou a ser distribuído esta semana, foi editado pela Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa e o autor garante que lhe ocupou “uma boa parte do final deste ano”. Está à venda na livraria online da Associação, mas não está prevista a sua venda em Macau.
Filipa Araújo EventosLivraria Portuguesa acolhe debate político com figuras locais Um debate apartidário sobre a Esquerda no contexto político acontece amanhã na Livraria Portuguesa. Para onde caminha a Esquerda depois do trilho percorrido nas últimas décadas será o ponto de partida para a tertúlia [dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Livraria Portuguesa abre amanhã as portas para um debate político. Subordinado ao tema “A Esquerda no Contexto Político Actual”, e de organização apartidária, o evento surgiu de uma ideia de Rui Simões, advogado, e Tiago Pereira, secretário-geral do Partido Socialista de Macau. “É um debate apartidário, foi organizado por mim e pelo Rui Simões. Não queríamos que isto estivesse associado a nenhum partido em particular, porque não se deseja que esteja associado a nenhuma visão política particular”, explicou o político ao HM. São cinco os temas em cima da mesa: a Esquerda na pós-Guerra Fria e a Terceira Via, Desafios da Globalização – Um novo Socialismo Democrático, Identificação Esquerda – Direita versus Identificação Partidária – Crise de Representatividade?, Polarização Política na Europa e, por fim, o Cenário Político em Portugal. Carlos Morais José, antropólogo, Frederico Rato e Sérgio Almeida Correia, advogados, constituirão a mesa de intervenções, que vai ser moderada pelo jornalista Rogério Beltrão Coelho. Os intervenientes “são pessoas de posições políticas conhecidas e que ocupam diferentes lugares no espectro político da esquerda”, indica Tiago Pereira. O debate tem como objectivo principal perceber o que se chama de Esquerda, actualmente. “O mundo mudou muito nas últimas décadas. A globalização desenvolveu-se, a par com avanços tecnológicos, destacando-se aqui a internet. O Bloco Soviético desapareceu e a crise no Médio Oriente transformou-se com a ameaça terrorista. Conflitos propagaram-se em África e a catástrofe Síria alarga-se. O Iraque foi invadido e o regime anterior aniquilado. Os chamados mercados emergentes desenvolveram-se, destacando-se a China e a Índia”, argumentou o organizador. O contexto histórico produziu “repercussões enormes” a nível económico, geopolítico, e “até mesmo das próprias sociedades”. “Os padrões mudaram. Os desafios são outros. E a Europa vive actualmente uma crise que resulta desses factores e de uma deficiente arquitectura da União Europeia”. O debate irá permitir assim, “explorar em que posição isto deixa a Esquerda, enquanto alternativa às políticas falhadas que têm sido levadas a cabo”. A tertúlia política é aberta à sociedade e começará às 18h15, nas instalações da Livraria Portuguesa.