Joana Freitas EventosFIMM | Fim-de-semana recheado de músicos jovens [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Festival Internacional de Música de Macau (FIMM) continua este fim-de-semana, com uma programação apresentada por grupos de jovens artistas. A acontecer na Fortaleza do Monte e no Teatro D. Pedro V, os concertos de O-Kai Singers e Charatay e do Stradivari Quartett chegam de Taiwan, Hong Kong e Suíça. Os O-Kai Singers são uma banda proveniente de Taiwan, que sobe ao palco no território na companhia do grupo Charatay, da região vizinha de Hong Kong. Os dois grupos, diz a organização, “prometem uma festa de som aos entusiastas da música”, mesmo que sejam considerados fruto de estilos musicais distintos. Criados em 2004, os O-Kai Singers são um “grupo aborígene de Taiwan” que conquistou o primeiro lugar na categoria nacional do Festival Internacional Contemporâneo de A Capella da Formosa. Desde então, o grupo recebeu um total de 23 prémios em Taiwan e no estrangeiro e, explica a organização, “foi convidado para partilhar o palco com grupos de topo de canto A Capella”, tendo ainda gravado um álbum com premiados com Grammy. “O seu melhor álbum de estreia recebeu o prémio de Melhor Álbum Indígena na 24º edição dos Prémios Melodia de Ouro de Taiwan.” De acordo com a organização, o estilo de canto tradicional dos aborígenes de Taiwan é transmitido pelos O-Key, um grupo que “injecta vitalidade” nos círculos de música Pop. Graça e paixão Os membros de Charatay, que sobem ao palco com os O-Key, formaram o grupo há 16 anos. Apesar de não terem qualquer álbum publicado ainda, os Charatay dedicam-se a entreter o público com “sentido de humor e paixão”, apresentando o melhor da música Pop da RAEHK. Os bilhetes para o concerto custam cem patacas, sendo que o início está marcado para as 20h00 na Fortaleza do Monte. No mesmo dia e no dia seguinte sobem ao palco do Teatro D. Pedro V o Stradivari Quartet, da Suíça. O grupo formado por quatro jovens apresenta-nos recitais de violino com peças de Mozart, Webern, Brahms, Beethoven e Ravel. “Estes músicos de grande talento são capazes de extrair a elevação e profundidade das emoções que a música consegue expressar”, diz a organização. Os bilhetes para o espectáculo que começa às 20h00 custam entre as 200 e as 250 patacas.
Andreia Sofia Silva EventosEdu Casanova na China para promover a cultura brasileira [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] músico e compositor Edu Casanova está de regresso à China para promover a cultura brasileira do Estado de São Salvador da Baía. Depois de ter passado por Macau para promover o seu mais recente trabalho discográfico, intitulado “Beat Brasileiro”, Edu Casanova vai à cidade chinesa de Dongguan no sábado, onde não só irá apresentar o seu novo disco como irá promover a cultura brasileira. Em entrevista ao HM, em Macau, Edu Casanova, que já compôs canções para Ivete Sangalo e muitas outras cantoras brasileiras, revela ter vontade de aproximar mais as culturas do Brasil e da China. “Estou a fazer a divulgação do meu novo trabalho e estamos a promover o disco com o apoio da Secretaria de Turismo do Estado da Baía, que vem promovendo os artistas e o destino, Salvador da Baía, para que os chineses conheçam um pouco do Brasil. A cultura brasileira ainda é muita desconhecida aqui e é uma cultura rica, artística, muito bonita e que é pouco divulgada do lado de cá, pela distância, e pela diferença de idioma e culturas. Mas a alegria do Brasil espalha-se pelo mundo e é uma cultura que interessa aos chineses, porque hoje o Brasil e a China estão a fazer parcerias comerciais que são maravilhosas”, apontou Edu Casanova. Festival na mira O compositor brasileiro está também envolvido num outro projecto, que será fruto da parceria entre a Casa do Brasil em Macau e do Governo brasileiro: o Festival Internacional de Arte, Cultura e Música do Brasil. Apesar dos contactos ainda estarem a ser realizados, a ideia é que o festival nasça em Macau em Setembro de 2016 e que possa depois transpor fronteiras para Hong Kong, Dongguan ou outras cidades da China. “Este festival vai fazer um intercâmbio entre artistas do Brasil, chineses e artistas de Portugal, incluindo também a culinária e artes plásticas. É uma forma de divulgar o Brasil e a Baía como um lugar que os chineses possam visitar e também para que os brasileiros possam conhecer este lado de cá, Macau e a China”, contou ao HM. “A ideia é que o Governo brasileiro promova esse evento, mas precisamos do apoio total do Governo da China. Já estão a ser feitos contactos com as secretarias que cuidam do turismo e grandes redes de hotéis e operadores de turismo para que venham participar”, adiantou Edu Casanova. O festival pretende também estabelecer pontes com Portugal e países africanos. “Ainda é um sonho para a gente, uma vontade muito grande, que pode se tornar realidade”, rematou o compositor e músico brasileiro.
Filipa Araújo EventosDireito e Sexualidade em debate na Universidade de Macau [dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Universidade de Macau (UM), através do Centro de Estudos Jurídicos da Faculdade de Direito, vai organizar, nos dias 29 e 30 do corrente mês, a 8ª Conferência Internacional sobre as Reformas Jurídicas de Macau no Contexto Global, subordinadas, desta vez, ao tema “O Direito e a Sexualidade”. Em cooperação com a Fundação Rui Cunha e a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Justiça, o evento vai contar com académicos e especialistas destas áreas, locais e provenientes da China continental, das regiões vizinhas de Hong Kong e Taiwan e de países parceiros, como Portugal e Brasil. A conferência é de dois dias, sendo vários as temáticas em discussão: actos sexuais com relevo criminal, o Direito e a prostituição, o Direito e a homossexualidade, a sexualidade e outras questões especiais de Direito são algumas delas. A conduzir a conferência vão estar académicos da Universidade de Coimbra, da Universidade de Porto, da Universidade Católica Portuguesa, da Universidade Federal do Paraná do Brasil, Universidade de Kainan de Taiwan, Universidade Panamericana e da Universidade de Macau assim como alguns especialistas locais e da China com experiência judiciária e legislativa. O início da conferência está marcado para as 9h00 e o fim para as 18h00. O segundo dia começa meia hora mais tarde e termina pela mesma hora. O Auditório do Edifício Anthony Lau da UM foi o local escolhido para a actividade, que decorrerá em Português e Chinês com interpretação simultânea. A entrada é livre.
Leonor Sá Machado EventosPinturas de Lai Ming para celebrar arte de Lingnan [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Arte da Escola de Lingnan vai estar em foco numa mostra que inaugura às 18h30 de hoje, no Museu das Ofertas sobre a Transferência de Soberania de Macau, junto ao Museu de Arte de Macau (MAM). A exposição contém “belas obras” do pintor, como promete a organização. Lai Ming nasceu em Macau, contado neste momento com 87 anos. Esta é a segunda exposição individual que faz no território, depois de vários anos a mostrar o seu trabalho mundo fora, incluindo Hong Kong, China, Taiwan, Europa, EUA e Japão. “Macau é a terra natal de Lai Ming e há algum tempo que o artista deseja organizar uma grande exposição na sua terra, para mostrar o seu trabalho a um público apreciador e, na verdade, realizar o antigo sonho de presentear com a sua arte o público da sua Macau materna”, escreveu o MAM numa nota de apresentação da mostra. Foi também em Macau que Lai Ming iniciou a sua carreira de artista, onde conheceu Gao Jianfu, tendo “a sorte” de integrar a Academia de Arte Chunshui. O nome que utiliza é, por assim dizer, uma nomenclatura artística, já que significa “orgulho de Lingnan”, o estilo de pintura chinesa que seguiu. “Lai acompanhou o mestre Gao durante muitos anos, aprendendo sempre mais com ele e coleccionando os desenhos que este lhe oferecia”, conta a organização. O MAM considera que Lai Ming é “exímio” na pintura, principalmente de figuras animais como pássaros. Também as paisagens estão muito presentes na sua colecção, através do uso de “técnicas cromáticas”. A mostra está patente no Museu até 6 de Dezembro e pode ser vista das 10h00 às 19h00.
Leonor Sá Machado EventosMAM | Obras de Zhou Chunya em exposição até Janeiro de 2016 [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Museu de Arte de Macau apresenta até ao próximo ano as novas obras de Zhou Chunya, um dos maiores artistas contemporâneos da China. Com inauguração na sexta-feira, a mostra “Zhou Chunya – Novas Obras 2015” apresenta pinturas que beberam do clássico. “As suas obras revelam um amor pela cultura tradicional e pelo jardim clássico, constituindo também uma tentativa de experimentar a sensibilidade estética chinesa num mundo caótico. Além de uma busca de autenticidade, as suas pinturas regressam ao princípio através de uma transgressão de fronteiras desconhecidas”, explica a organização. Patente até ao dia 3 de Janeiro, das 10h00 às 19h00, exposição compreende 12 pinturas a óleo e uma escultura de bronze pintado, num total de 13 peças do artista. Todas as pinturas a óleo são peças novas, criadas especificamente para esta exposição no MAM. Nos círculos de arte contemporânea chinesa, Zhou destaca-se pela sua mestria no uso da cor, sendo uma das características do seu trabalho o uso de “uma palete pouco habitual e não-naturalista”. O artista nasceu em 1955, durante os primeiros anos da RPC, numa altura de grande agitação social. Desde a infância, experimentou uma série de movimentos e impactos de natureza política, filosófica, cultural e artística. Na década de 1980, decidiu partir para a Alemanha e aí prosseguir os seus estudos procurando um corte com a tradição e buscando novas formas artísticas. “Alimentado pelo neo-expressionismo germânico, Zhou deu início a uma série de reflexões críticas sobre a pintura tradicional, que enriquece o seu tratamento dos temas, assim como a sua forma e linguagem. A sua criatividade combina a tradição chinesa e a paixão ocidental por uma arte com distintas características individuais”, explica o MAM, que acrescenta que o artista tem “uma visão extraordinária e um estilo audacioso e pleno de humor”, algo que o fez atingir uma posição destacada no meio artístico contemporâneo. Organizada também pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais e pelo Instituto Cultural, a exposição representa ainda a inspiração de Zhou nas obras dos quatro Wangse dos quatro monges (pinturas de século XVII e do sec XVIII China) , usando referências dos símbolos, temas e técnicas tradicionais chinesas. “Ao representar pedras do lago Taihu, torres e terraços, árvores e ramos, flores e outras cenas, Zhou tentou encontrar uma via entre a arte ocidental e a arte chinesa tradicional, procurando ao mesmo tempo distinguir-se das duas.” A entrada custa cinco patacas, tendo entrada livre aos domingos e feriados.
Leonor Sá Machado Eventos MancheteArtista local Ieong Tai Meng vai abrir residência para artistas em Macau [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] artista local Ieong Tai Meng, que foi recentemente galardoado com o prémio de Ouro em Pintura pela Sociedade Nacional de Belas Artes (SNBA), vai abrir um centro de arte e residência para artistas de todo o mundo. E é mesmo ali no centro, na Rua dos Ervanários. A localização sofreu alterações, já que o Instituto Cultural não permitiu a criação do centro na primeira opção geográfica de Ieong, mas a Rua dos Ervanários tem a sua importância histórica. “Os meus antepassados viveram ali, na década de 40”, começou o artista por explicar. À conversa com o HM, contou a história de como veio parar a Macau, considerando-se já da terra. “Eu nasci na China, mas pedi para vir para cá e foi-me dada a autorização de entrada porque tenho cá família, os meus antepassados são da região”, explica. Nascido no distrito de Sanshiu em 1949, foi director da Associação de Pintura Chinesa, membro da Associação de Artistas Populares da China e da Associação Nacional de Arte Francesa. Ieong deu ainda aulas em escolas de arte de Macau, Xi’an, Jilin e Xangai, sendo ainda investigador no Museu de Nanjing. Rotulagem de Baco Na calha está o design de rótulos de garrafas de vinho portuguesas. É que há pouco tempo, a produtora de vinhos portuguesa DFJ fez um tributo ao artista: em seis dos seus vinhos figuram impressões de telas originais do pintor chinês. Ieong toma a Flor de Lótus como inspiração. Primeiro, por ser “bonita e o símbolo de Macau, uma flor santa”, mas também por ser difícil de retratar, o que só por si já confere beleza à planta. Esta parceria será lançada na Feira Internacional de Macau (MIF), que arranca já esta semana. “É uma maneira de aliar a cultura da arte à cultura vinícola, que está muita na moda”, afirma. Ao HM, explica ainda ter “um fascínio” pela cultura de Portugal e que vai desde a arquitectura, ao vinho, das pessoas à própria tradição deixada no território. A viver em Macau há mais de 36 anos, pinta desde os 13 e foi aperfeiçoando a sua arte e talento pelos pincéis e pelas flores de lótus ao ponto de oferecer telas a conhecidos dirigentes desta e da Administração portuguesa. Até Mário Soares teve direito. Hoje em dia já não tem obras suas à venda, mas o estatuto de artista de renome faz chegar à sua porta vários fãs e coleccionadores que querem ter peças de Ieong nas paredes lá de casa. Ou do escritório. Tanto faz o local, desde que mostrem o que de bom ainda se faz em Macau. Prémio inesquecível Foi dentro das quatros paredes do Museu do Louvre que Ieong Tai Meng recebeu um Ouro pelo seu percurso no campo da Pintura. Em jeito de agradecimento, o presidente da SNBA, Michel King, fala de Ieong como um artista que “caminha sobre a grande estrada da cultura chinesa e não fica encostado ao tronco das árvores de frutos acabados de amadurecer”. E é assim mesmo que o mundo parece ver o pintor chinês. Com exposições a solo e colectivas em Londres, Coreia do Sul, Taiwan e vários outros locais, Ieong sagrou-se no mundo das artes com uma série de prémios e nomeações em edições da Exposição Nacional de Artes. Foi a pintura Sonho de Lótus que valeu o Ouro a Ieong, em Dezembro do ano passado. Em apreciação estavam mais de 2000 obras de artistas de 20 países. A próxima mostra do artista em Macau está pensada para Março de 2016, mas até lá os fãs poderão ver o seu trabalho numa exposição organizada pela entidade francesa, de 17 a 20 de Dezembro. O futuro reserva ao artista outros projectos, alguns deles relacionados com a ligação entre a China e Portugal. Um deles, explicou, “pretende abrir portas à colocação de produtos alimentares portugueses no mercado chinês”, assim fomentando a cooperação comercial.
Hoje Macau EventosInstituto Cultural assina acordos de cooperação em Lisboa [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] presidente do Instituto Cultural de Macau, Ung Vai Meng e o director geral do Livro e Arquivos e das Bibliotecas, Silvestre de Almeida Lacerda formalizam esta terça-feira no Arquivo Nacional da Torre do Tombo em Lisboa, um Memorando de Entendimento entre a RAEM e Portugal no domínio dos Arquivos. O Memorando de Entendimento tem por objectivo promover uma candidatura conjunta da RAEM e Portugal, da Colecção “Chapas Sínicas” ao Programa Memória do Mundo da UNESCO, segundo um comunicado do IC. A colecção é composta por mais de 3600 documentos (em documentos individuais e em forma de registo) provenientes da Procuratura do Leal Senado de Macau e faz parte do acervo do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa. Documentam e ilustram as relações luso-chinesas desenvolvidas entre o procurador do Leal Senado de Macau e as diversas autoridades chinesas, abrangendo cronologicamente um período entre 1693 e 1886. Os assuntos e temas são referentes aos mais diversos aspectos das relações entre as autoridades portuguesas e chinesas, nomeadamente no que diz respeito a questões de justiça e de jurisdição (aplicação da justiça chinesa em Macau, jurisdição sobre os estrangeiros de Macau, casos legais e de ordem pública), assuntos económicos e de comércio (fiscalidade, designadamente o foro do chão, a proibição do ópio, contrabando, mercadores), problemas religiosos (a missão clandestina na China, a repressão contra os católicos chineses, selecção de missionários e evangelização), as relações diplomáticas (entre Macau e os países asiáticos e europeus, nomeadamente a Inglaterra e a sua presença em Macau, circulação de estrangeiros, o envio de embaixadas), ou a navegação dos mares e utilização de portos (combate à pirataria, embarcações, naufrágios e náufragos, tributos à navegação). São igualmente frequentes as situações referentes a obras em edificações, quer civis quer militares, e a construção clandestina, acrescenta o comunicado. Protocolo de Cooperação Para além deste memorando, Ung Vai Meng e o presidente do Centro Científico e Cultural de Macau, Luís Filipe Barreto assinam no dia 21 deste mês um Protocolo de Cooperação entre as duas Instituições no sentido de aprofundar as relações entre a RAEM e Portugal, através do intercâmbio de informação e colaboração na promoção e divulgação das acções de ambas as instituições, actividades de co-edição de estudos, fontes, artigos, catálogos, em línguas portuguesa, chinesa e inglesa, assim como actividades conjuntas, informa o IC. Segundo o comunicado, há já uma acção agendada para o próximo ano, que passa por levar a Portugal a Exposição Refugiados de Xangai – Macau – 1937-1964″, actualmente patente ao público no Arquivo Histórico de Macau.
Hoje Macau EventosMUST apresenta seminário sobre indústrias criativas [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]ugusto Mateus, professor e antigo Ministro da Economia português, apresenta o seminário “Indústrias Criativas em Macau – uma plataforma estratégica nas relações económicas entre a China, a União Europeia e os Países de Língua Portuguesa”. Co-organizada pelo Albergue SCM e pela Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST, na sigla inglesa), com o patrocínio da Fundação Macau, a palestra acontece pelas 15h00 na universidade. “Tendo em conta a vasta experiência do professor Augusto Mateus no desenvolvimento de estudos estratégicos considerados de grande sucesso e no sentido de fortalecer a competitividade e acelerar a inovação com o sector cultural em Macau, será crucial para a aplicação de políticas concretas nas Indústrias Criativas na RAEM o seu contributo e inestimável conhecimento”, explica a organização em comunicado. Augusto Mateus é formado em Economia pelo Instituto Superior de Economia e Finanças da Universidade Técnica de Lisboa, sendo ainda um reconhecido economista e presidente da Augusto Mateus & Associados, uma empresa de consultadoria. Professor catedrático de Economia no Instituto Superior de Economia e Gestão, Mateus lidera múltiplos estudos de macroeconomia e política económica, de avaliação de programas e políticas públicas e de competitividade de empresas e regiões. Foi Secretário de Estado da Indústria e Ministro da Economia do XIII Governo Constitucional, lançou o plano de regularização de dívidas ao Estado também conhecido como “Plano Mateus”. No domínio da reforma administrativa, coordenou o projecto de investigação em que se baseou o novo modelo de governação de Lisboa. Augusto Mateus é ainda autor de mais de uma centena de apresentações de seminários sobre economia. Em Macau apresenta mais um especificamente dedicado às indústrias culturais. A entrada é livre.
Joana Freitas EventosTeatro | Dez espectáculos dos PLP com entrada livre no D. Pedro V São uma dezena e chegam para mostrar o melhor do teatro dos Países de Língua Portuguesa. Vão encher o palco do D. Pedro V de 16 a 21 de Outubro. E tudo com entrada livre, numa mostra organizada pelo IPOR [dropcap style=’circle’]M[/dropcap]oçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste juntam-se em Macau para a apresentação da segunda mostra de teatro da Semana Cultural da China e dos Países de Língua Portuguesa. Os países trazem à RAEM dez espectáculos em Português, com os artistas a subir ao palco do Teatro D. Pedro V de 16 a 21 de Outubro. Para representar Portugal chega a companhia portuense Seiva Trupe, existente há 42 anos e uma das que está na génese do movimento de teatro independente em Portugal. “As Mãos de Eurídice”, apresentada em Macau por Rui Spranger, constitui “um dos textos em Língua Portuguesa mais representados”, indica a organização, a cargo do Instituto Português do Oriente (IPOR). A Seiva Trupe tem mais de 131 peças encenadas e esta acontece às 20h00 de dia 16, sexta-feira. No dia seguinte, pelas 15h00, é a vez da companhia Tomato Leste subir ao palco, com a peça “Babalú”. De Timor Leste, Tomato é um projecto teatral criado em 2012 na Universidade Nacional de Timor Leste por Mireia Clemente. As suas obras centram-se em muito mais que entretenimento. “No âmbito da sua estratégia de educação pela arte, procurando, por essa via, sensibilizar para áreas como os direitos da criança e a igualdade de género, a companhia traz a Macau a peça ‘Babalú’, uma criação própria exactamente centrada nessas temáticas”, explica o IPOR. “O Médico” é uma farsa de Luce Hinter, baseado numa comédia de Molière, apresentada por Os Criativos, de São Tomé e Príncipe, que sobem ao palco às 17h30, antes dos representantes do território: Hiu Kok Theatre e a Macau Artfusion juntam-se para apresentar ao público “A Cegueira I”, às 20h30. O espectáculo repete-se no dia 18, com a Kiu Kok e a Artfusion a abrirem as hostes no domingo, às 15h00. O dia 18 continua com “A Cavaqueira do Poste”, apresentada pela moçambicana Lareira Artes, criada em 2010 por Diaz Santana e Sérgio Mabombo. Actuam às 17h30. “Nas suas peças, na maioria criações próprias, como é o caso de ‘A Cavaqueira do Poste’, a companhia privilegia a reflexão sobre temáticas que, decorrendo do seu contexto sócio-cultural de referência ou dos processos globais de desenvolvimento, atravessam o quotidiano dos cidadãos e os afectam. Num registo informal, por vezes atravessado pela ironia e o humor, o espectador é chamado a essa reflexão e, de algum modo, interpelado a agir”, explica a organização. O domingo termina com uma repetição da peça da Seiva Trupe, pelas 20h30, para abrir caminho aos Tomato Leste, novamente com ‘Babalú’, que actuam no dia 20, às 20h30. Culturas cruzadas A coordenação da mostra cabe, de novo, ao IPOR que foi também responsável pela escolha das companhias. Em comunicado, a organização explica que procurou reunir um “núcleo representativo da contemporaneidade artística no domínio das artes performativas dos países e regiões representados”, sendo que prova disso é o facto de uma das peças, apresentada pelas associações de Macau, ser falada em Português e Chinês. A Associação de Representação Teatral Hiu Kok e o projecto Macao Artfusion, Macau apresentam “A Cegueira” com um texto bilingue criado por Fernando Sales Lopes e Billy Hui, a partir de “A Line”, de Anthony Chan, e convocando José Saramago e o seu “Ensaio sobre a Cegueira”, dois actores mostram-nos como o equilíbrio e a harmonia podem ser quebrados quando a prossecução de interesses individuais se lhes sobrepõem. “Com falas em Português e em Chinês, esta cooperação entre a associação Hiu Kok, um dos mais significativos projectos teatrais de Macau, criado em 1975, e a Macao Artfusion, que, desde 2014, procura proporcionar aos jovens uma educação de qualidade nas artes performativas e estimular o desenvolvimento de um ambiente positivo, amigável e profissional, simboliza também o espírito da Mostra, que procura efectuar a aproximação entre as culturas dos países representados no Fórum”, explica o IPOR. Todos os espectáculos têm entrada livre.
Leonor Sá Machado EventosMGM | Cultura alemã celebrada com gastronomia regional [dropcap style=’circle’]Q[/dropcap]uatro restaurantes do MGM vão organizar menus especiais para celebrar a cultura da Baviera, ao mesmo tempo que decorre o festival alemão de cerveja, Oktoberfest, de 15 a 25 deste mês. O restaurante Rossio apresenta um banquete de jantar em modo buffet, que inclui salsichas grelhadas, joelho de porco, batatas cozinhadas à moda da Baviera, caldo de carne com dumplings alemães, strudel de maçã com gelado e muito mais. Estas delícias estão disponíveis num menu individual de 428 patacas por pessoas até 24 de Outubro. O Bar Pastry e o café Grande Praça vão ter um menu para aquecer o estômago à hora do lanche. O menu para duas pessoas custa 288 patacas e inclui bebidas, contendo miniaturas de bolos típicos, salada de salsichas com pretzels, bolo Black Forest e compota e amoras ao estilo de Hamburgo. Este está disponível até final de Outubro. As bolas de Berlim são outra sobremesa bastante presente na gastronomia alemã e este ano a Grande Praça vai vender os mais variados tipos deste doce, com baunilha, morango, pêssego, chocolate e muitos outros. As bolas de Berlim estão à venda até 30 de Novembro, por 20 patacas cada. E porque um prato nunca vem só, o MGM decidiu dobrar as hipóteses das pessoas conhecerem a gastronomia da Baviera e vai disponibilizar, nos restaurantes Imperial Court e Grand Imperial Court, uma selecção de vinhos alemães Rieslings. A organização garante que “vão muito bem e ajudam a intensificar os sabores variados da culinária chinesa”. Estes serão parte da lista até final do mês.
Joana Freitas EventosJosé Drummond nomeado pela segunda vez para prémio asiático [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]artista de Macau José Drummond foi novamente nomeado para o Sovereign Asian Art Prize, um prémio de renome na região asiática, especificamente dedicado à Arte e que acontece há 12 anos. Foi com os trabalhos “Cyclone, Parachute e Wonder Wheel” da série “There is no place like it”, que o artista conseguiu ficar entre os escolhidos. Os trabalhos foram apresentados em fotografias de estruturas do parque de diversões de Coney Island, sendo este o objecto de “uma narrativa existencialista”, como explica o autor. “Sem a presença de corpos humanos, a dimensão enorme das estruturas da Coney Island revelam uma sensação única de isolamento e de estar fora-de-sítio. Sem a presença de uma escala ao tamanho humano, as pessoas ficam imersas num cativante desencanto”, diz Drummond, num comunicado enviado aos média. O local onde Drummond tirou as fotografias é, actualmente, um espaço descrito como “assombroso”. Artista e curador, Drummond vive em Macau, onde dirige o Festival Internacional de Vídeo e Arte (VAFA). Estudou Pintura, Desenho, Cenografia e Gestão Artística. Já expôs em Hong Kong, China, Taiwan, Coreia do Sul, Tailândia, Portugal, Espanha, França e Alemanha, além de EUA e Hungria. Drummond, que trabalha principalmente com vídeo, fotografia e instalação, interessa-se pela “dualidade entre a visibilidade e invisibilidade e do espaço entre fantasia e realidade”. Como indica o próprio artista, o amor, a perda, a solidão, os sonhos e falta de concretização de objectivos pessoais são os temas mais escolhidos nas suas obras, coadunando-se com uma narrativa sempre presente que inclui uma história, uma tensão e “uma realidade alternativa”. Drummond admite interessar-se pelas circunstâncias da vida e são essas mesmo que vão ditar se vence, em Janeiro de 2016, o prémio que lhe dará direito a 30 mil dólares americanos.
Leonor Sá Machado EventosArmazém do Boi | Artista local mostra trabalhos fotográficos a solo [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]artista local Chong Hoi apresenta, de 24 deste mês a 29 de Novembro, uma exposição a solo de trabalhos fotográficos sobre a cidade. Intitulada “Gordura”, pretende mostrar um lado mais “sensível” desta cidade onde reina o Jogo, “como se da gordura debaixo da pele se tratasse”, explica o artista. Chong Hoi teve o seu primeiro filho durante a organização desta mostra, pelo que diz ver a iniciativa como exemplo de que nada acaba onde se pensa: “Esta maravilhosa surpresa e continuação de vida parece ser a melhor forma de ecoar a minha exposição, sendo a vida um círculo onde todos os finais se encontram para evoluir infinitamente”. Com o lema de que a fotografia espelha o coração de cada pessoa, diz preferir congelar momentos poucos comuns. “Não gosto daquelas fotografias de viagem com cenários bonitos e artificiais”, dando lugar à “captura das ideologias das pessoas, do lado negro da sociedade, das sombras das árvores e de momentos dos quais as pessoas geralmente não se apercebem”, explica. O artista diz rever nestas películas os olhos do seu avô, por sua vez espelhando a vivência nesta cidade. “[As fotografias] pretendem mostrar um lado mais sensível e humano a esta cidade de Jogo, como os animais e pessoas, que têm debaixo da pele camadas de gordura”, esclarece. Há ainda estilos vários para todos os gostos, como são as fotografias em formato digital e outras em analógico. “Espero conseguir passar a mensagem de que reputação e riqueza não são objectivos finais (…) de forma a conseguir captar fotografias de qualidade, é preciso cultivar o carácter”, disse Chong. A mostra tem entrada gratuita e pode ser vista entre as 12h00 e as 19h00 diariamente. Esta conta ainda com o apoio do IACM e da Fundação Macau.
Leonor Sá Machado EventosFringe 2015 | Festival artístico junta grupos dos quatros cantos do mundo [dropcap style=’circle’]C[/dropcap]hama-se Fringe e tem como objectivo ser pouco convencional. Trata-se de um festival anual que tem sempre lugar por volta desta altura do ano, contando com a participação de grupos artísticos de todo o mundo. Este ano estarão em Macau grupos do Brasil, da Bélgica, França, Portugal, China continental, Guangzhou, entre outros países. Organizado sob o mote de “coração, crianças e olhos grandes”, o Fringe 2015 pretende mostrar ao público a liberdade que a arte pode trazer, fazendo com que as pessoas agucem a sua curiosidade. É entre os dias 1 e 15 do próximo mês que os artistas saem à rua e actuam em 17 diferentes locais da região, incluindo nas Casas-Museu da Taipa, nos cafés Falala, Buddy, Mind e Philo, na Rua da Palha, nas Ruínas de S. Paulo, no Largo do Senado e no edifício do Antigo Tribunal. A calendarização das actividades está disponível na íntegra no website oficial do evento, em www.macaufringe.gov.mo. A iniciativa, desenvolvida pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais em 1999, tem como objectivos explorar a criatividade, o desenvolvimento da arte moderna e a reflexão sobre a vida e comportamento da população. Espalhado por todo o lado É com recurso a elementos multimédia, maquilhagem e instalações artísticas que o Fringe ganha vida. Entre os diferentes espectáculos estão Abstracção e Elementos, da responsabilidade do grupo local ArtFusion. Os projectos, englobados na iniciativa “Arte Aqui, Arte Ali, Arte Acolá”, dão primazia à dança, pinturas faciais e à interacção entre a natureza e o ser humano. Estes realizam-se nos dias 2,4, 9, 10, 11 e 14 de Novembro. A iniciativa é inspirada “na Natureza humana e do corpo e nas características que nos distinguem, enquanto seres que somos, seres que pensam e que agem”. A ArtFusion vai contar com artistas de vários países, incluindo do elenco do espectáculo “House of The Dancing Water”. O brasileiro Alfredo Silva faz uso do seu talento de artistas circense para apresentar aquilo a que chama de “a mãe de todas as artes”, com um espectáculo de entrada gratuita às 15h30 de dia 2, nas Ruínas de S. Paulo, e um outro no dia 15, no mesmo local. Desta vez, trata-se da peça “A vida numa bolha”, que se foca na viagem de um balão pelo mundo. “Como será a vida dentro de um balão?”, questiona o artista. Também este espectáculo tem entrada gratuita. Teatro e dança na linha da frente O teatro desempenha aqui um papel principal, com quase dez das actividades centradas nesta arte. Entre elas está uma encenação do conto do Capuchinho Vermelho pelo português Sérgio Rolo, a acontecer às 15h00 e às 20h00 de dia 8, com entrada a 50 patacas, na praça do Lago Nam Van. O Fringe traz ainda as companhias taiwanesas Estúdio Myan Myan e Oz, nos dias 11, 12 e 15 do próximo mês. Ambos os grupos apresentam peças originais no edifício do Antigo Tribunal, na Avenida da Praia Grande. Em cena estarão peças de teatro experimental, sobre pais e filhos e o valor da beleza na sociedade actual. De Macau, França e Hong Kong chegam as outras quatro companhias de teatro, que se preparam para actuar em diferentes palcos nos próximos dias 2,3 e 11. Em cena serão explorados temas como a falta de condições básicas de sobrevivência, instalações multimédia, prazer e desilusão no universo do sexo ou a história ficcional de um menino perdido numa floresta. Os espectáculos da Her Story Polygon, da Compagnie Les Rémoleurs, da Associação Point of View e do Teatro da Areia Preta realizam-se nas Casas-Museu da Taipa, nas Ruínas de S. Paulo, no Teatro Hiu Kok e no espaço de lazer da Rua dos Sacerdotes. O cartaz apresenta ainda três iniciativas de espectáculos de dança contemporânea de grupo provenientes de Macau, Portugal e Alemanha. Poucas das actividades são pagas e o bilhete de entrada nunca ultrapassa as 50 patacas. A organização chama ainda a atenção para a realização de duas actividades de promoção da protecção ambiental: uma sobre a protecção e limpeza dos oceanos e uma segunda acção de voluntariado, desta vez ligada ao ambiente em geral. Além-dramatização O documentário Praias de Plástico será apresentado em vários locais da região. Da autoria de Edward Scott-Clarke, foi realizado em 2012 e retrata a vida do plástico desde a sua invenção, no século XIX. O filme contém comentários de ambientalistas acerca do destino a dar a este material, mostrando o estado actual das costas do Havai e da Grã-Bretanha. A sua apresentação acontece ao final da tarde, de 3 a 5 em três locais distintos. Finalmente, o Fringe 2015 oferece aos mais criativos e interessados a oportunidade de criarem os seus próprios instrumentos de música electrónica, com o workshop Sintetização DIY, a acontecer das 14h00 às 17h00 de dia 8, no Antigo Tribunal. É a oportunidade, explica a organização, de “criar a própria mesa misturadora de som”. A música electrónica conta a marcar passo com um concerto de música experimental às 20h00 de dia 7, também no Antigo Tribunal. O evento conta com um orçamento de dois milhões de patacas para a edição deste ano.
Joana Freitas Eventos MancheteSão irmãos, músicos e tocam na rua a troco de reconhecimento e dinheiro Há noites em que a passagem subterrânea junto ao casino Wynn se enche de música. Os protagonistas são Peter e Randy Lok, irmãos e músicos amadores que preferem tocar na rua e que amealham uns trocos para comprar materiais de música. Já tiveram problemas com a polícia, mas nem isso os faz desistir [dropcap style=’circle’]N[/dropcap]aquele túnel é um entra e sai de gente que nunca pára. Na passagem subterrânea entre o casino Wynn e o Hotel Lisboa passam diariamente novos e velhos, turistas ou locais, que duas a três vezes por semana são surpreendidos por algo que não se vê nas ruas de Macau: jovens a tocar a troco de dinheiro. As autoridades locais não vêem com bons olhos a música nas ruas sem a devida licença, mas Peter e Randy Lok descobriram que naquele túnel podem continuar a tocar sem ser incomodados pela polícia. Tocam duas a três horas por noite e chegam a fazer até 200 patacas por cada concerto improvisado, que depois lhes permite comprar guitarras e outros equipamentos. São irmãos e a paixão pela música surgiu desde cedo. Contudo, os destinos dos jovens prometem ser diferentes. Peter Lok está a terminar o curso de Gestão no Instituto Politécnico de Macau (IPM) e quer um emprego estável, optando por tocar nos tempos livres. Randy trabalha numa loja e não quer deixar de ser músico. “Quero fazer isto para sempre”, disse ao HM. Peter conta que já tentaram tocar no Senado, mas que a polícia lhes barrou o caminho. “Gosto de tocar aqui porque tenho sempre público. A primeira vez que toquei aqui não pedi dinheiro, porque sempre achei que a música, as canções, serviam para tocar as pessoas. Mas agora tenho mais pessoas que me apoiam e cada vez gosto mais de tocar”, contou ao HM. “Os turistas da China, os jogadores, dão-me muito dinheiro. É bom porque no continente há muitos músicos a tocar na rua, mas em Macau só há duas ou três pessoas que tocam música assim”, disse Peter. “Normalmente toco músicas mais antigas e algumas pessoas conhecem as canções e começam a cantar comigo. Mas muitas vezes toco as minhas próprias músicas, que eu próprio compus, e o público parece gostar”, assegura. Peter começou a tocar guitarra quando entrou para o ensino superior, algo que já se transformou numa paixão. “Os meus pais dão-me apoio, porque esta é a única coisa que continuo a fazer há muito tempo. Antes joguei basquetebol, por exemplo, mas durou apenas três meses. Mas já toco há quase três anos.” Além de ser estudante, Peter tem ainda um trabalho em part-time, que concilia com os estudos. Randy tem uma banda e às vezes dão concertos em Zhuhai. A música e a polícia Peter e Randy Lok já fazem isto há tanto tempo que são conhecidos pelos polícias, que já têm uma postura bem mais branda em relação à sua actividade. “A polícia não permite música nas ruas. Em 2013 fui para a esquadra muitas vezes, porque não me deixavam tocar e recolher dinheiro. Hoje em dia eles vêem-me, só me dão sugestões e vão embora”, disse Peter. Como estes irmãos, há mais um ou outro músico amador que toca em locais escondidos da cidade. Randy Lok assegura que muitas vezes se juntam no túnel e tocam juntos, como bons amigos. “Há poucos lugares onde um músico pode tocar. Os grandes casinos usufruem de grandes espaços e só temos lugares no Iao Hon ou Areia Preta, por exemplo. As rendas são extremamente elevadas para os músicos e o Governo não dá apoio. Há muita competição em Macau entre os estudantes universitários que querem ser músicos. A competição é boa, mas não têm apoio”, considerou Peter. Não há horas certas para que estes jovens espalhem música num espaço tão banal. No dia da entrevista era uma versão de “Wonderwall”, da banda inglesa Oasis, que ecoava naquele corredor. Dois dias depois, Randy acabaria por não tocar com o irmão, como estava pensado, pois Peter encontrava-se doente. Mas isso não importa: junto às escadas rolantes, o concerto promete seguir dentro de momentos.
Andreia Sofia Silva Eventos MancheteFIIM | Pedro Moutinho e Filarmónica da BBC actuam este fim-de-semana É já esta sexta-feira que o fadista português Pedro Moutinho actua na Fortaleza do Monte, no âmbito do Festival Internacional de Música. Há ainda tempo para assistir a dois concertos da Filarmónica da BBC, no CCM [dropcap style=’circle’]F[/dropcap]ado e orquestra. São estas as duas possibilidades para a sua sexta-feira, ainda que em separado. Em palcos diferentes e à mesma hora, dois grandes nomes da música prometem trazer ao público do Festival Internacional de Músicas de Macau (FIMM) bons momentos. O português Pedro Moutinho é o grande nome do cartaz para o começo de fim-de-semana, trazendo-nos um concerto de Fado em conjunto com o quarteto “Danças Ocultas”. Este grupo, composto por Artur Fernandes, Filipe Cal, Filipe Silva e Francisco Silva, “propõe uma abordagem única e altamente original ao acordeão”. Por sua vez, Pedro Moutinho é uma das novas vozes do Fado, contanto já com três álbuns de estúdio e um Prémio Amália. O concerto de Pedro Moutinho tem lugar na Fortaleza do Monte às 20h00, sendo que a entrada é livre, ainda que com lugares limitados. Outro palco À mesma hora, mas no Centro Cultural de Macau (CCM), terá lugar o concerto Sinfonia N.º 9 “A Grandiosa” de Shubert pela Filarmónica da BBC, do Reino Unido. Considerada uma das melhores do seu país, a orquestra da BBC tem realizado concertos pelo mundo, estando desta vez presente na RAEM com o maestro Juanjo Mena e o violoncelista Laslo Fenyo. No dia seguinte, o mesmo grupo apresenta “Variações Enigma”. Ambos os concertos acontecem às 20h00 e os bilhetes custam entre 150 a 500 patacas. Quinta-feira, dia 15, tem lugar, no CCM, o concerto comemorativo de Xian Xinghai e Liu Tianhua, para celebrar o 70º aniversário da vitória na guerra da resistência contra a agressão japonesa. O concerto, que decorre por volta das 20h00, terá como maestros Wang Aikang, Ho Man-Chuen, Huang Kuang-Yu e Pang Ka Pang. Para o CCM, esta é “uma oportunidade verdadeiramente valiosa para promover o intercâmbio musical entre estas quatro regiões, que partilham uma cultura homogénea e os mesmos antepassados, demonstrando assim a sua afeição pela nação chinesa”. Xian Xinghai nasceu em 1905 e “compôs numerosas obras musicais arrebatadoras ao longo da sua carreira”. “Uma das suas mais conhecidas obras, “A Cantata do Rio Amarelo” constitui um hino de louvor dedicado ao espírito determinado do povo chinês durante a Guerra de Resistência contra a agressão japonesa”, remata o CCM. Os bilhetes custam entre as cem e as 200 patacas.
Leonor Sá Machado EventosBABEL e FRC organizam debate sobre arquitectura municipal [dropcap style=’cricle’]A[/dropcap] organização cultural BABEL e a Fundação Rui Cunha (FRC) vão organizar um debate às 18h30 da próxima quinta-feira sobre a arquitectura municipal de Macau e que conta com a arquitecta Maria José de Freitas e o artista visual Yves Etienne Sonolet como oradores. Intitulada “Dos edifícios municipais às praças: o Leal Senado como Modelo de gestão e poder local”, a palestra pretende explorar “diferentes estilos arquitectónicos dos edifícios municipais portugueses dos séculos XIV a XVIII” e da época dos Descobrimentos. “É, pois, neste contexto que será analisado, muito concretamente, o Edifício do Leal Senado e a sua praça”, refere a organização. O Leal Senado é um prédio cuja construção data do século XVI, “altura em que toda a cidade de Macau crescia intramuros”, pelo que será interessante focar o desenvolvimento do território até aos dias de hoje. “Já no século XIX, o crescimento da cidade ultrapassou o limite muralhado, estendendo-se, por um lado, até às Portas do Cerco, fronteira terrestre com a China continental e, por outro lado, construindo-se novos aterros”, adiantam a BABEL e a FRC. Maria José de Freitas é uma arquitecta portuguesa radicada em Macau e que tem participado numa série de projectos de restauro e preservação arquitectónica na cidade e em Portugal. A profissional foi ainda galardoada com o prémio ARCASIA, na categoria de renovação arquitectónica em 2002. O francês Yves Etienne Sonolet nasceu em Paris e é mestre em Belas Artes pela universidade de Toulouse. A iniciativa faz parte da Macau Architecture Promenade, um evento levado a cabo pela BABEL e que leva a arte aos cidadãos, espalhando pelas mais variadas zonas da cidade.
Leonor Sá Machado EventosFIMM | Semana arranca com violinista letão Gidon Kremer O violinista letão Gidon Kremer estreia-se hoje no CCM num concerto integrado no Festival Internacional de Música de Macau. Kremer traz consigo o Kremerata Baltica, grupo por si formado. Seguem-se os norte-americanos Chanticleer [dropcap style=’cricle’]O[/dropcap]Festival Internacional de Música de Macau (FIMM) traz hoje ao grande auditório do Centro Cultural de Macau (CCM) o violinista da Letónia Gidon Kremer. No entanto, o artista não vai actuar sozinho, porque traz consigo o grupo que formou em 1997, o Kremerata Baltica. De acordo com a organização, o músico é “considerado um dos violinistas mais originais e emocionantes da sua geração”, tendo vencido uma série de concursos como o Queen Elisabeth, o Paganini ou o Tchaikovsky. Kremer é igualmente prolífico quando se fala no número de obra publicadas, tendo lançado um total de 120 álbuns originais. Os Kremerata Baltica são uma orquestra com jovens da Estónia, Letónia e Lituânia. O colectivo deu o seu primeiro concerto no Festival de Música de Câmara Lockenhaus, na Áustria e desde então “são conhecidos pela sua energia e alegria em palco”, explica a organização. O grupo foi fundado com propósitos educacionais com uma visão a longo prazo: por um lado, Kremer pretendia passar a sua mestria aos mais novos e, por outro, ensinar ao mundo que os Países Bálticos também têm música que vale a pena ouvir. Uma obra contemporânea O grupo dedica o seu tempo a obras “contemporâneas de compositores russos e da Europa de Leste”, apresentando em palco obras de Arvo Part, Giya Kancheli, Peteris Vasks, Leonid Desyatnikov, Alexander Raskatov e Meiczyslaw Weinberg. Ao CCM trazem “Máscaras e Rostos”, um concerto pensado para cativar o público pela visão e pela audição. É que o espectáculo consiste numa confluência de cenários contemporâneos através do emprego de elementos multimédia e a interpretação musical de Frates, obra de Arvo Part. “Reunindo música e artes visuais contemporâneas, a obra expressa-se numa língua altamente emocional que reflecte os nossos tempos políticos conturbados e atitudes sociais actuais”, define a organização. Os bilhetes para este concerto, que começa às 20h00, custam entre 200 e 300 patacas, dependendo do lugar escolhido. Dias cheios de alma Terça-feira o mesmo agrupamento volta ao Grande Auditório, desta vez para apresentar “Novas Estações”, com uma série de interpretações de Piazzolla, Vivaldi, Pushkarev e Raskatov. Todo o programa consiste em sinfonia relativa às quatro estações do ano. “O programa do seu segundo concerto no XXIX FIMM, intitulado Novas Estações, inclui desde novas interpretações de Vivaldi e Piazzolla à estreia asiática do Segundo Concerto para Violino de Philip Glass”, explica o FIMM no seu programa do Festival. Este espectáculo acontece às 20h00 no CCM e os bilhetes custam entre 200 e 300 patacas. No entanto, as actuações desta semana não acabam por aqui: a noite de quarta-feira é dedicada à música à cappella. Os norte-americanos Chanticleer actuam às 20h00 no Teatro D. Pedro V para cantar e encantar a plateia, com bilhetes que vão das 200 às 250 patacas. O colectivo, composto por 12 membros, foi fundado em 1978 e tem vindo a desenvolver uma série de novos arranjos musicais, passando do género inicialmente preferido de música renascentista para interpretações de jazz e gospel. “O empenho de longa data do grupo em encomendar e executar obras novas resultou em mais de 90 peças escritas por mais de 70 compositores”, informa a direcção do FIMM. O programa já está definido e chama-se “Acima da Lua”, espectáculo que se dedica a homenagear a música de Nico Muhly, mas inclui também obras de Monteverdi, Mantyjarvi, Porter, Mancini e Elbow. O grupo recebeu, em 1999 e 2002, o prémio de Melhor Pequeno Agrupamento, e de Agrupamento do Ano 2008.
Hoje Macau EventosFRC | “A Arte da Ilustração em Macau e Portugal” em exposição até final do mês [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]“A Arte da Ilustração em Macau e Portugal”, exposição que reúne 40 obras de um total de 20 artistas, inaugurou ontem na Fundação Rui Cunha (FRC), depois de ter estreado, no Verão, no Porto. Da iniciativa da Associação Cultural Yun Yi, a mostra vai estar patente até ao dia 31 de Outubro. “Foi sempre nossa missão facultar uma plataforma para o intercâmbio entre artistas de Macau e de outros países/cidades. Esperamos trazer talentos do estrangeiro para mostrar a Macau as novas tendências, tradições artísticas de outros países e, ao mesmo tempo, levar a nossa arte local lá fora”, afirmou Christine Hong Barbosa, fundadora da Associação e uma das curadoras da exposição. Neste sentido, Portugal surgiu como uma escolha “muito natural” como primeiro destino nomeadamente pela “longa relação” e pelo background histórico. O Porto foi o palco da estreia, em particular. “Esta exposição é muito significativa. É o primeiro ano que fazemos. Vamos tentar com que seja anual e tentar escolher outro país/cidade para aplicar o mesmo conceito. O nosso objectivo é que para o ano tenha lugar em Nova Iorque”, explicou Christine Hong Barbosa à agência Lusa. “Estamos a planear: depende do financiamento, dos participantes e, se tudo correr como esperado, espero que tenha lugar no Verão e depois novamente no Outono em Macau”. A exposição não tem uma temática comum, tendo os 20 ilustradores ou grupos de ilustração de Portugal e Macau (dez de cada) sido convidados a apresentar os trabalhos que acabam, portanto, por ser “muito diferentes” desde logo do ponto de vista das técnicas, já que havia apenas um requisito – o tamanho – imposto para evitar dificuldades logísticas. De Portugal chegam os trabalhos de André da Loba, Catarina Sobral, Nicolau, Rui Vitorino dos Santos, José Cardoso, Marta Monteiro, Lord Mantraste, Júlio Dolbeth, Pedro Lourenço e João Drumond. De Macau participam Eric Fok, Tun Ho, Rui Rasquinho, Kay Dung, Siomeng Chan, Kun Lam, Tim Chan, Aquino da Silva, 2UP e Chan VaiChun & Henry Chan.
Andreia Sofia Silva EventosSignum Living Store | “Scape”, de Rui Rasquinho, inaugura quarta-feira Na próxima quarta-feira, dia 14, inaugura na Signum Living Store a exposição “Scape”, do ilustrador Rui Rasquinho. São desenhos de paisagens imaginadas e sentidas pelo autor, que apenas querem levar o público a fazer uma própria interpretação daquilo que vê [dropcap style=’circle’]H[/dropcap]á cerca de quatro anos que o ilustrador Rui Rasquinho não expõe o seu trabalho junto do público, apesar de colaborar regularmente com diversas publicações. Desta vez, o artista quebra esse jejum e apresenta na Signum Living Store a exposição “Scape”, que inaugura na próxima quarta-feira, dia 14, e que estará patente até Dezembro. “Scape” é uma exposição cheia de obras que não foram feitas para esse fim, mas que fazem parte de um “projecto maior” que Rui Rasquinho está a desenvolver e que será composto também por fotografia e vídeo. O que o público vai poder apreciar na galeria de arte é apenas “uma experiência e uma investigação” para aquilo que ainda há-de vir, contou o artista ao HM. Apesar do nome da iniciativa remeter para paisagens, não são os espaços físicos que “Scape” aborda. “Este projecto tem a ver com paisagens interiores, o que a pessoa pensa, o seu estado de espírito e a forma como isso se expressa. Uma das ideias é ter um espaço grande para a interpretação sobe as obras em si, não só do artista mas das pessoas que vão ver. Há um espaço grande para as pessoas verem o que quiserem e puderem ver, onde as coisas não são completamente figurativas ou abstractas”, explicou Rui Rasquinho. O ilustrador prefere chamar às 14 obras expostas “desenhos”, que podem fazer lembrar à partida pintura tradicional chinesa. Mas não é disso que se trata. “Neste caso são desenhos porque é a linha que define tudo, o estilo e a mensagem. Mas há referências múltiplas, inclusive referências da pintura histórica, chinesa, mas também ocidental e outras coisas”, acrescentou. Uma catarse Tendo sido convidado pela galeria Signum Living Store e a revista Macau Closer a realizar esta exposição, Rui Rasquinho apresentou assim o resultado de uma espécie de catarse do artista. “Este trabalho tem uma componente importante, que é o desenho como prática obsessiva, como catarse. É também o processo da busca de um ideal, que pode ser fictício e inatingível, entre o figurativo e a abstracção. O que interessa aqui é o processo de busca dessa ideia, não exactamente a ideia em si. Daí aquele espaço vasto que é deixado para a interpretação”, revelou Rui Rasquinho. Questionado sobre as expectativas que deposita nessa própria interpretação que o público irá fazer, o ilustrador garante que nem sequer pensa nisso. “A ideia é que seja um espaço de interpretação e que as pessoas encontrem sentidos lá. A minha única expectativa é essa, que em vez de se guiarem por frases que o artista ou a galeria fazem, tenham um espaço para fazer a sua própria interpretação”, concluiu.
Leonor Sá Machado EventosMando-pop | Studio City traz nove artistas taiwaneses ao território [dropcap style=’circle’]S[/dropcap]tudio City vai organizar uma espécie de festival de mando-pop, género musical popularizado em Taiwan. Nove estrelas da Formosa vão subir ao palco do novo complexo hoteleiro entre os dias 14 e 28 de Novembro e alguns bilhetes já estão à venda, enquanto outros podem ser adquiridos a partir de dia 16. Os fãs deste estilo musical poderão ver Show Lo, JJ Lin, A-Lin e Hebe Tien, autores que são considerados estrelas em Taiwan. O Centro de Eventos do Studio City abre assim as hostes com a Série de Música de Taiwan, que consiste na organização de três concertos “electrizantes” por dia. A produção é da responsabilidade de Chen Cheng Chuang, conhecido produtor daquela região. “Produzi vários concertos de topo e cerimónias de entrega de prémios, mas é a primeira vez que sou convidado para organizar um concerto tão pormenorizado com um conceito tão único”, explicou. “O primeiro conjunto de concertos, liderado pela minha cantora preferida, Show Lo, caracteriza-se pela extravagância musical e muita dança e ritmo. O segundo, com JJ Lin e A-Lin, vai ser um banquete de romance para os amantes da música e o final trata-se de um concerto de assinatura com música ao vivo de Yoga Lin e Hebe como cabeças de cartaz”, acrescentou o produtor. O primeiro set de concertos acontece no dia 14 do próximo mês e tem como foco a música hip-hop e R&B, seguindo-se a dupla de JJ Lin e A-Lin junta no palco, a 21 de Novembro. Finalmente, o festival encerra a 28 do mesmo mês, com as estrelas Hebe Tien, Yoga Lin e Janice Yan. A música de Hebe ganhou fama há cinco anos, com êxitos como “Insignificance”, “Love” e “The Most Important Thing in Life”.
Joana Freitas EventosBabel | Macau Architecture Promenade de 10 de Outubro a 1 Novembro [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]mês de Outubro é o mês internacional da arquitectura e, em celebração disso mesmo, a Babel lança um novo projecto intitulado Macau Architecture Promenade (MAP). Com inauguração marcada para sábado, às 18h00, no Albergue SCM, o evento apresenta um programa que se divide em exposições e espectáculos e que se prolonga até dia 1 de Novembro. Para celebrar a arquitectura, haverá três exposições e espectáculos, conversas e literatura, projecções de filmes e vídeo-arte – umas no exterior, outras em 3D – mais de dez sessões de workshops e quatro intervenções em espaços públicos. O MAP envolve mais de 30 artistas e tem um objectivo bem claro: mostrar “a arquitectura nas suas relações com outras artes e com o espaço público, celebrar a cultura urbana, o experimentalismo e as práticas inovadoras com o propósito de inspirar novas formas de pensar a cidade”, explica a organização. A abrir o MAP, no dia 10, está o lançamento do livro “Macau Sessions. Dialogues on Architecture and Society”, de Tiago Saldanha Quadros, director do Departamento de Arquitectura da Babel e professor na Universidade de São José. O livro reúne conversas com “figuras importantes no campo da arquitectura e do urbanismo” e fotografias de Ieong Man Pan. Programa extenso A 17 de Outubro, às 17h00, inaugura a exposição “Treeplets”, na Universidade de Macau. A mostra, que se estende até dia 1 de Novembro, reúne estruturas de bambu de João Ó e Rita Machado, da empresa de Macau Impromptu. No mesmo dia e local, poderá assistir ao filme “The Human Scale”, de Andreas Dalsgaard, às 20h00. O dia seguinte é dedicado a um workshop, das 17h00 às 19h00, intitulado “Building With Straws”, antes dos dias 24 e 25 de Outubro, quando a MAP convida o público a ir ao Centro de Ciência de Macau. Lá, das 10h00 às 18h00, as crianças poderão fazer uso do playLAND, um set de bóias de praia à escala humana. Seguem-se os espectáculos de rua “Bodies in Urban Spaces”, no dia 31 de Outubro, às 10h00 e às 19h00. Dos lagos Nam Van às Ruínas de São Paulo vai poder assistir a artistas que vão juntando o corpo humano à arquitectura, desafiando regras e comportamentos. É Cie. Willi Dorner quem tem a responsabilidade de levar a cabo o projecto, sendo que vai ainda reunir 25 dançarinos locais que serão coreografados pelo artista de Viena. Na calha estão ainda um conjunto de visitas guiadas a certos quarteirões de Macau, de forma a que o público possa “descobrir novas formas de ver a cidade”, através de passeios conduzidos por especialistas de arquitectura, património, planeamento urbano e festividades locais. Além disso, um conjunto de actividades educativas preenche o mês de Outubro para que crianças, famílias e adultos possam aprender em conjunto. “O MAP destaca o papel da arquitectura e da arte no desenvolvimento cultural, urbano e social. A questão que o MAP procura abordar é muito simples: qual o papel da arquitectura e da arte no construção de melhores cidades, maior qualidade de vida e futuros mais sustentáveis? E ainda… quão público é o espaço público?”, adianta a Babel, uma organização cultural sem fins lucrativos focada na arte contemporânea, arquitectura e ambiente. Coordenado pela BABEL, o MAP conta com a colaboração de mais de 20 organizações, desde universidades até infantários, museus e associações culturais, instituições públicas e privadas.
Leonor Sá Machado Eventos MancheteLusofonia | Virgem Suta são escolha lusa para festa no fim do mês Vêm aí os Virgem Suta para representar Portugal e animar o Festival da Lusofonia, quase à porta. O fim de semana de 23 a 25 deste mês promete ser animado, com actividades para todos os gostos e idades, desde insufláveis e passeios de pónei, a concertos ao vivo e barraquinhas com produtos de cada país do mundo lusófono [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]direcção do Festival da Lusofonia escolheu os Virgem Suta para representar Portugal nesta 18ª edição. Durante os dias 23 e 25 deste mês, a zona das Casas-Museu da Taipa volta a encher-se de cores e sabores lusófonos, apresentando gastronomia, cultura, música, costumes e danças de Portugal, Angola, Cabo Verde, Goa, Damão e Diu, S. Tomé e Príncipe, Timor, Macau, Guiné-Bissau, Moçambique e Brasil. O evento vai custar ao Governo 2,4 milhões de patacas. “Poupámos 400 mil patacas comparando com o ano passado, em que gastámos 2,8 milhões”, informou a organização. Prevê-se que lá marquem presença 20 mil pessoas. Em destaque está a já tradicional organização de passeio de pónei para crianças, mas a população pode esperar mais variedade na zona de restauração e sessões de “música ligeira”, onde artistas de Macau estarão presentes ao longo dos três dias para animar o espaço. É entre as 19h30 e as 21h30 de sexta-feira, sábado e domingo que os 80&tal, Mané Crestejo, Fabrizio Croce e o Grupo de Fado e de Música Popular Portuguesa vão estar num pequeno palco montado para o efeito. Como em anos anteriores, a Rádio Carmo estará presente no local para ir dando à população as mais recentes novidades e falar sobre os acontecimentos que terão lugar no festival. “Esta rádio será transmitida através de aparelhagem sonora instalada na zona do Carmo, sendo a emissão da responsabilidade de uma equipa de animadores profissionais que farão a locução em Chinês, Português e Inglês”, explicou o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), na conferência de apresentação do evento, ontem. Música de todo o mundo Este ano, a Lusofonia vai compreender actuações do Brasil, de Timor, Portugal, Cabo Verde e vários outros países. Em palco estarão a brasileira Mariene de Castro, o moçambicano Massukos, os Versatyle de Goa, Damão e Diu, Binhan Quimor e Star Candinha da Guiné-Bissau, os Mesô Dance de S. Tomé e Príncipe, o angolano Master Jake, o cabo-verdiano Bitori Nha Bibinha, os timorenses D’Voices Talik Murak e, finalmente, os Virgem Suta, de Portugal. A banda portuguesa de rock é de Beja e foi criada por Jorge Benvinda e Nuno Figueiredo. O primeiro CD do colectivo, de nome homónimo, foi lançado em 2009, e o mais recente álbum, Doce Lar, chegou às prateleiras em 2012. Um dos seus maiores êxitos chama-se “Maria Alice” e já surgiu em telenovelas portuguesas. Além da música, o Festival apresenta uma série de outras actividades. Entre as barracas de comida e bebida, estará o já conhecido balcão do Brasil, com caipirinhas de fazer fila. Serão ainda organizados torneios de matraquilhos e de futebol de cinco, para o qual os interessados devem inscrever-se. Os torneios de matraquilhos sub15 e acima dos 16 anos dão direito a prémios, com os três primeiros classificados a receber 800, 600 e 400 patacas respectivamente. Estes realizam-se das 19h00 às 22h00 na sexta-feira e das 12h00 às 16h30 de sábado. No sábado e domingo o espaço encontra-se equipado com um local recreativo infantil, das 15h00 às 18h00, onde serão realizados jogos e workshops para os mais novos. Os passeios equestres, igualmente destinados às crianças, podem ser feitos entre as 15h00 e as 18h00 de sábado e domingo. A actividade é patrocinada pelo Jockey Clube de Macau, que cedeu os animais. Entre a música e os expositores de cada país, há ainda insufláveis para distrair as crianças e um simulador do Grande Prémio no local.
Andreia Sofia Silva EventosSofitel | Festa temática dos anos 80 marcada para dia 16 É já no próximo dia 16 de Outubro que decorre a festa temática “So 80’s Party”, no Sofitel. Cada um pode vestir uma indumentária a fazer lembrar os anos dos brilhos e dos grandes nomes da música pop. O cantor Edu Casanova fará uma participação especial [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]uvir Madonna ou Michael Jackson enquanto tem uma vista privilegiada sobre Macau? Vestir-se como uma Cindy Lauper ou Tina Turner? Todas essas coisas serão possíveis no próximo dia 16 de Outubro, sábado, com a festa “So 80’s Party”, que vai decorrer num dos salões do hotel Sofitel, no Ponte 16. A festa contará ainda com a presença do músico e compositor brasileiro Edu Casanova, que trará um ‘hit’ inspirado na década de 80 e que neste momento está a realizar uma tournée pela China. Ao HM, Thais Pinheiro Silva, uma das organizadoras do evento, fala de uma festa que foi pensada só para um grupo de amigos que tem saudades das músicas que passavam nas rádios há vinte anos, mas que acabou por ter grande adesão. “Foi uma reunião de amigos, mas afinal temos mais amigos do que aqueles que pensávamos (risos)”, começa por dizer Thais Pinheiro da Silva. “Está a ter uma repercussão maior do que aquela que esperávamos. O nosso plano era fazer uma festa em conjunto com o Sofitel, porque têm o salão no sexto andar com uma varanda espectacular para Macau e a piscina. Tem sido feito só pelo Facebook e no princípio estava a contar com pessoal mais chegado, entre cem a 150 pessoas, mas estou a ver que vamos ter de abrir mais partes do salão, o que é bom sinal. Queria uma festa onde todos se pudessem divertir e que fossem caras conhecidas. Já morei em Macau entre 2007 e 2010 e queria reunir essas pessoas. Era uma festa privada, mas acabou por ter uma grande repercussão.” Isso fez com que a festa se tornasse um evento social, onde se espera música que traz boas recordações. “O nosso círculo de amigos tem entre 30 e até 60 anos e queríamos uma festa que captasse todas as pessoas e que agradasse ao gosto de todos em termos musicais. Queríamos uma festa em que as pessoas se pudessem vestir e pensámos numa festa dos anos 80 que abrange todas essas idades”, acrescentou Thais Pinheiro da Silva. A entrada custa 150 patacas e cada pessoa tem direito a uma bebida. A realização de uma festa temática foi algo que os participantes pediram desde o início. “Quando organizei esta festa também tive em consideração a opinião do público e festa temática foi o que mais pediram. Porque não basta ter um bar bonito, com uma boa localização e um DJ, [as pessoas] querem uma coisa diferente, que puxe mais pelo público local. Não apenas aqueles que estão por um período curto, mas que chame mesmo o público local, que fuja um pouco do luxo e dos casinos. Para as pessoas irem descontrair, com uma música diferente.” Dos cerca de 1900 convidados na rede social, mais de 180 pessoas já confirmaram a sua presença. A pista que vai fazer regressar ao passado abre às 22h00. “O objectivo é fazer algo sem grandes fins lucrativos e reunir as pessoas num lugar porreiro com capacidade para muita gente e que agrade à maioria do público”, remata Thaís Pinheiro da Silva.
Joana Freitas EventosMúsica | Amor Electro em Macau no fim do mês [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]grupo português Amor Electro chega a Macau no final deste mês para um concerto no Centro Cultural de Macau (CCM). O colectivo formado por Tiago Pais Dias, Rui Rechena, Ricardo Vasconcelos e Marisa Liz passam pelo território a poucos meses de lançarem um novo trabalho. Organizado pela Fundação Oriente e pela Casa de Portugal, o espectáculo realiza-se no dia 27 de Outubro, no pequeno auditório do CCM e tem hora marcada para as 20h00. Depois de “Cai o Carmo e a Trindade”, que marca o álbum de estreia da banda em 2011, os Amor Electro têm-se distinguido como um dos principais projectos da música moderna portuguesa. “Tiago Pais Dias, Rui Rechena e Ricardo Vasconcelos proporcionam a Marisa Liz, reconhecidamente uma das mais marcantes vozes da actual música portuguesa, o ambiente ideal para exprimir todo o seu talento, graças a uma personalidade única, onde modernidade e tradição, raízes populares e electrónica, colidem para darem origem a um som extremamente original, carregado de carisma, emoção e portugalidade”, nota a organização em comunicado. Marisa Liz iniciou o seu percurso musical em bandas infanto-juvenis, como os conhecidos Onda Choc, tendo feito parte da banda Donna Maria, de 2003 a 2009. Um ano depois de anunciar que daria continuidade à sua carreira a solo, Marisa junta-se a Tiago, Rui e Ricardo e criam Amor Electro, que se apresenta com o single “A Máquina (Acordou)”. Os Amor Electro alcançaram o Disco de Platina com o primeiro CD e ainda foram nomeados para os prémios MTV Europe Music Awards, na categoria “Best Portuguese Act”, em 2012. Em Janeiro de 2013, foram galardoados na Holanda com o EBBA – European Border Breakers Awards. No mesmo ano lançaram o disco “(R)evolução”, álbum com o qual dizem “assumir riscos e explorar territórios onde ainda não se tinham aventurado”, contrastando o rock progressivo com o que já vem sendo o estilo conhecido da banda. Famosos pelas músicas originais e pelas covers de músicas portuguesas bem conhecidas ao ouvido dos portugueses, os Amor Electro estão agora a preparar um novo álbum, apenas de originais”, cuja data de lançamento está prevista para o início de 2016. Os bilhetes para o concerto no CCM estão à venda na Kong Seng a partir de hoje e custam entre as 100 e as 150 patacas.