Lai Sut Weng apresenta primeira exposição individual

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]artista local Lai Sut Weng inaugura hoje a sua primeira exposição, a solo, no Macau Art Garden sob o nome “Interposition – Works by Lai Sut Weng”. Recém-licenciada pela Escola de Artes Visuais do Instituto Politécnico de Macau, e já vencedora do Prémio de Artes Plásticas da Fundação Oriente em 2014, Lai Sut Weng tende a tratar os edifícios por tu, numa representação da sua desconstrução em que planos, linhas e cruzamentos representam um mundo maior, o do quotidiano humano na sua dimensão e interacção espacial.
Na apresentação da artista, na Galeria Arte Periférica, Lai Sut Weng introduz o seu trabalho enquanto representação das “vistas de ruas e os arredores do lugar onde nasceu e foi criada”, em que Macau, as suas misturas e transformações são fortemente exploradas. “As minhas pinturas retratam a aparência desta pequena cidade, explorando também a sua constante mudança.”
Por outro lado, e face às constantes mutações do espaço que a viu nascer e crescer, o abandono e o vazio são também uma forte componente do seu trabalho, em que “vemos sempre algumas antigas instalações abandonadas, esquecidas no tempo, mas preservando, contudo, vagos vestígios de vida dos seus antigos habitantes”. afa
Das particularidades das suas obras, Lai Sut Weng sublinha que os quadros, “vistos de longe”, permitem apercebermo-nos dos cenários, mas à medida que nos aproximamos, “vemos as coisas ficarem desfocadas em blocos de diferentes tons e cores”. E é esta imprecisão e ambiguidade que, de alguma forma, “representa a indiferença e a ignorância das pessoas perante o seu meio ambiente – e, principalmente, a sua própria cultura”, questão a que a artista não é alheia.
Lai Sut Weng quer, ao mesmo tempo, alertar para a contemporaneidade acelerada em que “os edifícios e a história estão a ser demolidos em detrimento do desenvolvimento económico”.
São estas paisagens que estarão expostas até 6 de Novembro, numa iniciativa da Art For All Society (AFA), que conta com a curadoria de Lai Sio Kit, para “permitir que estas as paisagens urbanas e históricas se tornem mais conhecidas para as pessoas, que poderão assim revisitar aquilo que já esqueceram”.

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