Joana Freitas EventosOrquestra de Macau apresenta ópera de Mozart este sábado [dropcap style=’circle’]”[/dropcap]Così fan tutte” vai ser apresentada este sábado pela Orquestra de Macau. A ópera de Mozart, uma das mais célebres do compositor, faz parte dos concertos de encerramento da temporada 2015/2016. O concerto acontece a 30 de Julho, pelas 20h00, no Centro Cultural de Macau. É dirigido pelo Maestro Lü Jia, tendo a orquestra convidado jovens cantores como Jinxu Xiahou, Yunpeng Wang, Louise Kwong, Xiao Yi Xu, Ao Li e Xi Wang para colaborarem na interpretação da ópera em dois actos. “Così fan tutte” é uma de três óperas célebres de Mozart, a par de “As Bodas de Fígaro” e “Don Giovanni”. Retrata a história de dois irmãos que, a fim de provar a devoção das suas amadas, fazem uma aposta e trocam de noivas, pondo o seu amor e fidelidade à prova. Numa perspectiva moderna, o enredo desta obra afigura-se algo absurdo, contudo, graças à música de Mozart “que é de uma perfeição tal que impressiona”, como diz o Instituto Cultural, esta ópera tornou-se numa das mais frequentemente representadas do compositor. “Seis reconhecidos jovens cantores do interior da China e de Hong Kong, cada qual com o seu solo, interpretam os seis papéis da ópera, a qual é caracterizada por uma excelente combinação entre música e árias. Através da extraordinária técnica de composição de Mozart a música não só desenvolve graciosamente a acção dramática e retrata vivamente o carácter dos protagonistas como também faz uma reflexão, revelação e introspecção profundas sobre as diversas camadas da psique humana, as áreas cinzentas da natureza humana e até mesmo sobre paradoxos éticos e morais”, diz a organização em comunicado. Os bilhetes para o concerto custam entre as 150 e as 350 patacas e estão já à venda.
Sofia Margarida Mota EventosVozes de ouro no Coro de Macau [dropcap style=’circle’]T[/dropcap]rês medalhas de ouro vieram de Sochi, na Rússia, para Macau graças ao Coro Juvenil de Macau da Escola de Música do Conservatório. O grupo de canto participou na 9.ª edição dos Jogos Mundiais de Coros e alcançou o primeiro lugar do pódio nas categorias de “Coro Infantil”, “Música Sacra” e “Acompanhamento e Folclore a Cappella”. Nesta edição, que incluiu o “Concurso Aberto” e o “Concurso dos Campeões”, participaram 283 coros provenientes de 76 países e regiões. O Concurso Aberto incentiva a participação de coros sem pré-requisitos e o Concurso dos Campeões é aberto apenas a vencedores de medalhas de ouro em competições internacionais. Segundo o Instituto Cultural (IC), que anuncia os resultados em comunicado, nos últimos anos o Coro Juvenil de Macau venceu várias medalhas de ouro no âmbito de concursos internacionais, vendo a sua qualidade artística ser assim reconhecida pelos seus homólogos a nível internacional. Este concurso, que decorreu entre 5 e 12 de Julho, não foi excepção. Sob a batuta do maestro e director da Escola de Música do Conservatório de Macau, Liu Mingyan, o Coro Juvenil de Macau participou com 44 membros e durante três dias consecutivos no Concurso dos Campeões nas categorias de Coro Infantil, Música Sacra com Acompanhamento e Folclore a cappella, competindo com concorrentes de todo o mundo. Além das três medalhas de ouro nas categorias de “Coro Infantil”, “Música Sacra” e “Acompanhamento e Folclore a Cappella”, o coro do Conservatório conseguiu ainda um quarto lugar na categoria de “Música Sacra com Acompanhamento”.
Hoje Macau Eventos ManchetePin-To | Livraria e loja de música fecha com festival no domingo A Pin-to vê agora as portas fecharem. Mas nem só de lágrimas é o adeus e do desaparecimento sai o primeiro e último festival de música no espaço do Senado [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]espaço Pin-To, loja que se dedicou durante uma década à venda de livros e música, tem o ‘canto do cisne’ anunciado para o próximo dia 31 de Julho. Um casa dedicada à cultura que fecha portas, mas não sem antes realizar um sonho: o primeiro e último Festival de Música da Pin-To vai acontecer. Com nomes estrangeiros e locais, o fim-de-semana vai ter sons para todos os gostos. Sexta-feira as vozes fazem-se ouvir a partir das 19h30. No palco estará Qing Yuan e Forget The G, que trazem como convidado especial Hugo Loi. Sábado a agenda começa às 14h30 e os interessados poderão assistir aos concertos de François Girouard & Rita, half cat, Cheng Wenzheng, Ringo & John Vu e os Jazzers!. Domingo fecha a programação e o espaço, passando por lá a partir das 15h00 Sonia Ka Ian Lao, Achun, Small Flower, KIRSTEN, Faslane, Aki e um encore de François Girouard. A Livraria Pin-To abriu portas em 2003 e três anos depois dava origem à Música Pin-to. Laboratório de minorias A abertura do espaço terá sido na sua génese, uma experiência. Para os proprietários tratava-se um “laboratório” em que desejavam saber se a sua selecção musical teria eco ou ressonância em Macau, tendo em conta a pequena dimensão do mercado musical local. “Acreditamos que a beleza de música é sentida por todos quando abrem o coração”, afirmam os proprietários no Facebook. E foi assim que começaram a “apresentar as músicas não tão populares”, assumindo esta postura como mote do que se fazia na Pin-to. Através da exposição de CDs, realização de seminários e produção de concertos, foi objectivo do pequeno espaço comercial divulgar as músicas que vinham de fora e ali serem apreciadas. O trabalho era procurar álbuns de destaque vindos de todo o mundo ao mesmo tempo em que estabelecia elos de cooperação com etiquetas independentes. Da canção de intervenção, com passagem pela música electrónica experimental, o “ruído” e o rock, a Pin-To conferia um espaço para cada uma destas áreas. Ainda que algumas pessoas pudessem pensar que são estilos musicais feitos para minorias, para eles “mostrar a minoria” é uma mais valia, afirma a apresentação. Ultimamente as prateleiras estão cada vez mais vazias, mas as oportunidades de encontro com “novos e velhos amigos” têm aumentado e é neste registo que se realiza o Festival de Música. * por Angela Ka e Sofia Mota
Sofia Margarida Mota EventosCCM | Clássico russo para os mais pequenos Vem aí mais um fim-de-semana de teatro em família. A iniciativa “InspirARTE no Verão” traz, desta feita, um clássico russo dos anos 30, interpretado de todas as formas e sem palavras, para fazer rir miúdos e graúdos [dropcap style=’circle’]I[/dropcap]nserido na iniciativa “InspirARTE no Verão”, o fim-de-semana traz ao pequeno auditório do Centro Cultural de Macau (CCM) mais uma peça para os mais pequenos e toda a família. A produção que está em palco a 23 e 24 de Julho vem de S. Petersburgo e conta a história dos irmãos “Chook e Gek”. “Chook e Gek” é um espectáculo teatral em jeito de comédia que combina palhaços, marionetas e instalação de vídeo. A peça baseada num conto clássico de 1939, do autor russo Arkady Gaidar, conta as aventuras de dois irmãos que partem com a mãe rumo ao Norte longínquo para se encontrarem com o pai. Descrita como “uma peça alegre, engraçada e visualmente adorável” pela crítica da imprensa internacional, “Chook e Gek” é concebida para miúdos a partir dos cinco anos. É um espectáculo feito em forma de convite para a descoberta da simplicidade das coisas, da sua força e beleza, ao mesmo tempo que puxa a mão dos mais velhos para um regresso momentâneo à infância. Técnicas imortais A forma como os actores se movem e se interagem com a música e adereços proporciona ao público uma viagem no tempo onde o cinema mudo era rei e em que cabia à linguagem corporal um papel maior na representação. Se neste contexto a lembrança tem ligação directa a nomes como Charlie Chaplin ou Buster Keaton, num olhar mais atento o público vê-se num palco que remonta à tradição dos mimos e palhaços russos celebrizados por Slava Polunin. Reconhecido como “o melhor palhaço do mundo”, Polunin foi o fundador da Escola de Teatro e Mímica TeatrLicedei, a mais conceituada escola de palhaços russa e que já marcou presença no CCM em 2008. O mestre palhaço descreve as suas criações como “teatro de magia ritual de pompa festiva, construído à base de rituais e movimentos, jogos e fantasias”. Actualmente é mote das produções teatrais modernas a utilização da fusão de novas formas de expressão com as expresses mais tradicionais. “Chook e Gek” não é excepção e junta ao teatro físico e à mímica a técnica do palhaço, tudo entrelaçado com marionetas e novas tecnologias nesta adaptação do clássico de Arkady Gaidar. Companhia independente “Chook e Gek” é uma encenação levada a cabo pela Melting Point, um pequeno teatro de São Petersburgo. A companhia inspira-se no conceito de teatro independente e no sonho em criar espectáculos não verbais em que a mímica e outras formas de expressão possam ocupar os palcos e representar a universalidade das encenações, adianta a organização. Alheios a todas estas influências, aos miúdos basta que se sentem e riam, apreciando um espectáculo que também foi elogiado pelo Festival Internacional de Teatro para Crianças e Jovens – “KORCZAK Festival” – como uma “combinação vanguardista de teatro e instalações vídeo”. Continua o Verão Este Verão, o CCM apresenta uma série de produções distintas para miúdos de diversas idades levando ao palco alguns exemplos da força “ilimitada das artes teatrais”. Apesar dos avanços tecnológicos e vagas experimentais, a simplicidade permanece um elemento chave nas artes de palco, adianta a organização, sendo que a expressão física continua muito viva enquanto forma de entretenimento e comunicação. Sob o mote “InspirARTE no Verão” os palcos já receberam e continuarão a receber até final de Agosto um conjunto de espectáculos e workshops especialmente produzidos para inspirar bebés, miúdos e graúdos, numa série criada para o deleite de toda a família. No sábado, o espectáculo tem lugar às 19h30 e no domingo às 15h00 e os bilhetes têm o valor de 180 patacas.
Sofia Margarida Mota Eventos MancheteiAOHiN | Exposição com obras a preço de saldo O próximo domingo é dia de saldos nas artes. A proposta vem da Galeria iAOHiN, que vai pôr ao dispor do público várias obras de artistas que por ali têm passado a preços mais reduzidos [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]o longo da sua existência a Galeria iAOHiN tem feito uma séria de obras seu património, pondo agora à venda algumas delas, juntamente com peças de autores. A iniciativa tem início no próximo domingo e prolonga-se até Setembro, avança Simon Lam ao HM. Para abrir as hostes, o sócio da galeria propõe uma tarde de domingo recheada com um cocktail a partir das 14h00. “É um momento em que as pessoas também podem discutir e observar as obras que teremos expostas”, afirma. Os artistas autores das obras fazem parte de uma panóplia de nomes internacionais. De entre obras mais antigas que fazem parte da colecção, há também chegadas recentes de artistas. Para Simon Lam destacam-se alguns nomes pelas suas características específicas. Em primeiro lugar o proprietário dá relevo à artista local Hong Wai. Um “nome que a galeria já representa há algum tempo”, afirma. A iAOHiN é ainda detentora de cerca de “30 obras da sua autoria” e a “sua pintura a tinta é única”, avanças Simon Lam. “É uma artista chinesa tradicional que utiliza a tinta mas aborda os seus temas de uma forma única”, diz acerca da autora que actualmente vive em Paris. Outro foco vai para a artista americana Siana A. Ponds. “Ela tem um dom, ela consegue pintar sons.” A artista é portadora de sinestesia – que, se para muitos é um distúrbio neurológico que faz com que o estímulo de um sentido cause reacções noutro, para Siana é um dom. “Ela vê os sons que posteriormente pinta, o que lhe confere também características únicas no seu trabalho.” A Coreia do Norte estará também representada com algumas pinturas de paisagens. “Uma oportunidade de ver pintados lugares do país misterioso”, avança o curador. De paisagens rurais a apontamentos visuais da capital, Jason Lam considera que constituem no seu conjunto um grupo de obras “que estão muito bonitas”. Artigos de colecção Da Ucrânia estarão pinturas já antigas, com pelo menos 15 anos e de autores que já não trabalham. Este facto transforma a oportunidade numa possibilidade rara para as apreciar ou adquirir. “São obras mais caras, de autores que já não pintam e já podem ser considerados artigos de colecção para os apreciadores”, avança Simon Lam. “Queremos dar estes trabalho a conhecer porque consideramos que até agora nunca as apresentámos devidamente. Aproveitamos assim esta oportunidade para o fazer também.” De Portugal estarão algumas obras de Carlos Farinha, que já esteve com uma exposição individual na galeria em 2014. Da mostra fazem parte alguns trabalhos que o artista criou com inspiração de Macau. “É um artista que pinta o que vê. E pintou Macau como o viu”, o que faz com que resultem “composições com carácter humorístico também”. Desta iniciativa constam seis obras de Carlos Farinha já expostas anteriormente e duas que chegaram recentemente e que fazem parte da colecção particular da iAOHiN. Também algumas das obras de Tashi Orbu recentemente expostas voltam às paredes. O artista de origem tibetana e sediado na Holanda mostra um mundo entre o oriente e o ocidente e a galeria repete a oportunidade de o apreciar. Os descontos vão dos 20% aos 50% e no domingo as portas da iAOHiN abrem às 14h00. A entrada é livre.
Joana Freitas EventosCinemateca Paixão organiza palestra sobre produção de documentários [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Cinemateca Paixão vai levar a cabo uma palestra sobre a produção de documentários. Intitulada “Produção de Documentário – Auto-exploração e Registos de Comunidade”, a actividade conta com a presença da realizadora Tsang Tsui Shan, de Hong Kong. Tsang Tsui Shan é conhecida por um estilo próprio nos filmes e vídeos que produz. Segundo o Instituto Cultural, que rege a Cinemateca, as suas obras debruçam-se principalmente sobre “questões humanitárias” e variam de estilo consoante a história. A realizadora traz, agora, essa experiência a Macau. “Na palestra, Tsang Tsui Shang irá partilhar com o público como é possível explorar a comunidade a partir da nossa própria perspectiva e fazer registos relevantes, para além de abordar a criação da sua série de vídeos sobre a Aldeia Ho Chung em Hong Kong”, realça a organização. Em 2012, Tsang Tsui Shan obteve o prémio para Melhor Novo Realizador nos Hong Kong Film Awards. A sua primeira longa-metragem, intitulada “Lovers on the Road”, foi distinguida com o prémio para a “Melhor Filme de Ficção” no Festival de Cinema do Sul de Taiwan. “Big Blue Lake”, a sua segunda longa-metragem, foi aclamada pela crítica e conquistou o “Prémio Especial do Júri para Novos Talentos Asiáticos do 15º Festival Internacional de Cinema de Xangai” e o “Filme Recomendado 2011” da Associação de Críticos de Cinema de Hong Kong. Tsang Tsui Shan concluiu, em 2014, o documentário “Flowing Stories” e o filme romântico “Scent”, uma colaboração chinesa e coreana. Ambas as películas foram apresentadas em cinemas no interior da China e no estrangeiro. Recentemente, a realizadora tem-se dedicado a produzir filmes sobre a protecção ambiental e sobre grupos em situação vulnerável, tendo recebido este ano o Prémio Humanitário da FilmAid Asia. A palestra na Cinemateca Paixão tem lugar dia 30 de Julho, das 15h00 às 17h00. As inscrições são gratuitas mas os lugares são limitados a 60 presenças. A inscrição pode ser feita na página do IC.
Joana Freitas EventosExposição de Leung Kui Ting prolongada [dropcap style=’circle’]A[/drocap]exposição Visão Indefinida + Digital: Exposição de Pintura a Tinta de Leung Kui Ting que se encontra patente na Galeria de Exposições Temporárias do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) vai ser prolongada. O anúncio foi feito pelo Instituto Cultural, que diz que a chegada das férias de Verão levou a organização a prolongar o período de exibição até ao dia 14 de Agosto. A ideia é permitir “a um maior número de visitantes apreciar estas obras contemporâneas de qualidade extraordinária”. Esta exposição apresenta 28 obras de pintura a tinta de Leung, apresentando estilos e técnicas de pintura “invulgares” que dão a conhecer aos visitantes “uma nova abordagem à pintura a tinta”. Criadas com base na sua transformação e exploração da pintura tradicional chinesa, as pinturas do artista focam-se em paisagens “abstraindo-se das aparências concretas, ao invés de constituírem meros reflexos da realidade”. Leung inventou uma técnica de pintura paisagística digital, a qual sobrepõe linhas e pontos digitais sobre os contornos de desenhos de montanhas e rochas tradicionais, dando origem a obras de arte contemporânea verdadeiramente únicas. O artista de Hong Kong inspirou-se na região vizinha, que considera muito diversificada a nível cultural. “Pautando-se pela tradição cultural chinesa, a cidade é igualmente receptiva às tendências internacionais, propiciando uma coexistência harmoniosa entre estes vários constituintes. Tal como os seus precursores do seu círculo artístico, Leung Kui Ting absorve vários elementos do mundo, criando um estilo particularmente próprio de Hong Kong”, reforça o IC. Leung Kui Ting estudou Pintura com o “conceituado” artista Lui Shou-kwan, tendo ainda estudado Design com Wucius Wong. Em 1980, fundou o Instituto de Artes Visuais Chingying de Hong Kong, tendo integrado o corpo docente do Instituto Politécnico de Hong Kong, em regime de tempo parcial, ao longo de mais de uma década. A entrada é livre.
Joana Freitas EventosOrquestra Chinesa de Macau com concerto de encerramento [dropcap style=’circle’]A[/drocap]Orquestra Chinesa de Macau apresenta este sábado o concerto de encerramento da Temporada de Concertos 2015/2016. “Noite de Encores” é o título dado à festa, que tem lugar este sábado, às 20h00, no Teatro Dom Pedro V. Sob a batuta do Director Artístico e Maestro Principal Pang Ka Pang, a Orquestra Chinesa de Macau apresenta neste concerto “uma série de encores sublimes”, que incluem árias de “Cármen” – considerada o auge da ópera francesa do século XIX -, de “Cavalleria Rusticana”, uma tragédia italiana de amor e vingança passada numa povoação rural da Sicília, e de Turandot, nomeadamente “Nessun Dorma”, que incide sobre a ordem da princesa Turandot para que ninguém dormisse na cidade até que fosse descoberto o nome do príncipe. O programa inclui ainda a “Polca Sob Trovões e Relâmpagos”, em que os sons do vento, da tempestade e dos trovões são retratados de forma expressiva, “Noite Bela”, uma peça que venceu, em 1993, o Prémio de Melhor Obra de Música Clássica Chinesa do Século XX da Associação de Promoção da Cultura Chinesa e “Boas Notícias de Pequim para Alcançar a Fronteira”, uma peça de estilo simples que evoca o espírito da Província de Yunnan. “Danças Eslavas, uma composição sinfónica inspirada nas tradições étnicas eslavas e em elementos típicos da Boémia, é outro dos temas, entre “outras tantas” peças do repertório clássico da Orquestra. Os bilhetes para o concerto “Noite de Encores” encontram-se já à venda a 60 patacas, na Bilheteira Online de Macau.
Joana Freitas Eventos MancheteFIMM | Ray Hargrove e Valery Gergiev chegam em Outubro O programa só é oficialmente conhecido no final da próxima semana, mas o HM deu uma espreitadela ao que o IC promete para esta edição do Festival Internacional de Música [dropcap style=’circle’]J[/drocap]á tem data marcada, para Outubro, e só se saberá a programação completa na quinta-feira da próxima semana. Mas o HM apurou que Macau vai receber obras e artistas de renome no Festival Internacional de Música (FIMM) 2016, que marca a 30ª edição do evento. Uma espreitadela ao site do Instituto Cultural (IC), permite levantar a ponta do véu. Dos Estados Unidos da América chega Roy Hargrove, trompetista de renome na cena musical internacional, que tocou ao lado de artistas como Herbie Hancock, que já subiu ao palco do Centro Cultural de Macau. Com 46 anos, Roy Hargrove é compositor e músico, tendo liderado várias bandas, como a RH Factor, que incluía elementos do Jazz com Hip Hop e Gospel. Jazz Latino, Soul e Hard Bop são alguns dos géneros em que o artista se insere. Vencedor de dois Grammy, o trompetista iniciou-se em sessões de ‘jam’ em Nova Iorque. Gravou a sua primeira música com o saxofonista Bobby Watson. Em 1990, lançou o seu primeiro álbum, “Diamond in The Rough”. Em 1993, incumbido pelo Lincoln Center Jazz Orchestra, escreve “The Love Suite: In Mahogany”. Joe Henderson, Stanley Turrentine, Johnny Griffin, Joshua Redman e Brandfor Marsalis são outros dos grandes nomes do Jazz com quem Hargrove subiu ao palco. Mas foi com a banda Crisol, formada por si, que venceu o seu primeiro Grammy, em 1998, com “Habana”. D’Angelo, Macy Gray, Nile Rodgers e Erikah Badu também contaram com a sua colaboração. Roy Hargrove tem tocado em vários festivais à volta do mundo, com o Roy Hargrove Quintet e Roy Hargrove Big Band. Ainda não se sabe se chega a Macau sozinho ou com outros músicos. Da Rússia e da China O FIMM vai ainda contar com o russo Valery Gergiev. Maestro e pianista, é o principal líder da Orquestra Sinfónica de Londres e do Metropolitan Opera. É ainda o director artístico do Festival Noites Brancas em São Petersburgo. Nascido em Moscovo, teve como professor aquele que é considerado um dos maiores maestros da Rússia, Ilya Musin. Gergiev estreou-se no comando da Ópera de Mariinsky com “Guerra e Paz”, de Prokofiev. Foi ainda chefe da Orquestra Filarmónica da Arménia de 1981 a 1985. Além de tributos a Charlie Chaplin e musicais chineses, como “O Sonho de Um Aroma”, a 30ª edição do evento vai ainda contar com uma apresentação da ópera “Turandot”, a última de Giacomo Puccini. Dividida em três actos, conta a história de uma princesa que prometeu amaldiçoar o povo se não encontrasse o príncipe até de manhã. A obra, que inclui temas musicais de origem chinesa e de Verdi, ficou inacabada por causa da morte de Puccini, tendo sido completada por Franco Alfano. Não é possível perceber quem vai ser a companhia responsável pela apresentação, mas o IC garante que no dia 28 de Julho sai o programa completo. O FIMM acontece durante todo o mês de Outubro e os bilhetes vão estar à venda em Agosto, com descontos de 30% para quem comprar entradas de 7 a 14 deste mês.
Sofia Margarida Mota EventosRio2016 | Jogos Olímpicos no Brasil marcados por problemas A edição deste ano dos Jogos Olímpicos está a ser marcada por graves crises económicas e políticas no país anfitrião. A falência do Estado do Rio de Janeiro e os sucessivos episódios de violência na cidade carioca são algumas das preocupações. O terrorismo e a falta de condições de saúde juntam-se ao ramalhete [dropcap style=’circle’]O[/drocap]site do comité organizador dos Jogos Olímpicos (JO) 2016 anuncia em contagem decrescente os 17 dias que faltam para a realização do maior evento desportivo do mundo. Pela primeira vez, foi seleccionada uma cidade sul-americana: as hostes cabem ao Rio de Janeiro, a cidade maravilhosa, mas agora falida e dominada pela insegurança. O Brasil vai receber a 31ª edição do evento, mas as expectativas não são muito positivas. Se quando foi escolhida, em 2009, a insegurança da cidade carioca já era uma preocupação, a situação parece ter vindo a piorar, como relatam alguns portugueses a viver no local. Segundo a agência Associated Press (AP), aquando da eleição do Rio como sede dos JO, o prefeito Eduardo Paes admitiu existirem “grandes problemas” relativos à segurança, ainda que Paes garantisse que esta iria ser reforçada. O Comité Olímpico Internacional (COI), no entanto, expressou optimismo quanto à capacidade da cidade e do Brasil em responder a estas preocupações, ao afirmar que sete anos seria tempo suficiente para o Rio de Janeiro resolver os problemas de criminalidade. Mas os anos passaram e o Rio continua a debater-se com uma insegurança constante. Helena Fonseca, portuguesa a residir no Brasil há cerca de três anos, diz ao HM que actualmente conhece até pessoas que, tendo que viajar para o Rio, escolhem trajectos de modo a aterrar a sul da cidade. “Mesmo que tenham que continuar viagem, evitam passar por zonas que estão totalmente dominadas pelo tráfico”, salienta, dizendo porém “que as [autoridades] sabem bem como dominar o tráfico quando querem”. A AP confirma a existência de um programa para controlar os níveis de criminalidade nas favelas locais. Unidades de Polícia (UPP) estão a ser criadas para reerguer a confiança através do uso de patrulhas de rua e do trabalho cívico. No entanto, apesar da queda no número de homicídios e de violações dos Direitos Humanos, a Human Rights Watch alerta para que o país investigue a ocorrência de assassinatos extrajudiciais. E antes de chegar às ruas, a insegurança já dá as boas-vindas nos aeroportos. A 4 de Julho, o Jornal Estadão dava a notícia de manifestações a ser realizadas por polícias e bombeiros na zona de chegadas ao aeroporto António Carlos Jobin, também conhecido pelo Galeão. Os manifestantes seguravam cartazes a dizer “bem-vindos ao inferno”. Os elementos das Forças de Segurança argumentavam que o facto de não receberem salários há meses os fazia “estar a morrer”, enquanto perguntavam “como é que uma cidade sem segurança pode sediar os Jogos?”. “Para os Olímpicos há tudo e para nós não há nada”, diziam ainda. Luís Manuel, português que também está no Brasil há três anos, considera que estas são essencialmente vozes em que “os sindicatos estarão a aproveitar a oportunidade para exigir melhorias nas suas condições de trabalho que são efectivamente precárias”. Para Luís, contudo, numa cidade já tão assolada pela insegurança – como é o caso do Rio de Janeiro – o problema vai manter-se o mesmo. “Mas quando chegar a hora H acredito que não vão deixar de estar nas ruas para manter a segurança”, acrescenta, esperançoso. Questionado sobre a segurança durante os JO numa área afectada pela falência do governo estadual, o presidente do Comité Organizador Rio2016 vincou que “o projecto de segurança para os Jogos é muito bom”, como refere o canal Sapo. Contudo, tendo em conta o historial do evento, advertiu que “ninguém está imune a um lobo solitário”. Terrorismo eminente E, se não era suficiente o medo da criminalidade comum, o terrorismo paira também sobre a cidade do Cristo Redentor. A edição de segunda-feira do Correio da Manhã noticiava que “quatro pessoas com ligações a grupos terroristas pediram credenciais para o Rio2016”. A informação foi avançada pelo programa Fantástico, da TV Globo. Além dos quatro suspeitos, com fortes ligações ao radicalismo islâmico, haveria mais 36 elementos com ligação a outros grupos extremistas que fizeram pedidos de credenciais, todos recusados por orientação do Comando Integrado Anti-Terrorismo (CIANT), um órgão criado na Polícia Federal brasileira. O terrorismo é também preocupação para Carla Fellini, vice-presidente da Casa do Brasil em Macau, mas que fala ao HM a título pessoal. “Em Abril foi confirmada a ameaça por um terrorista do Daesh de atacar o Brasil”, relembra. “A questão da segurança continua a ser polémica, sendo que 76% da população diz que o país não está preparado para lidar com ameaças reais de terrorismo.” Relativamente a possíveis medidas que estejam a ser tomadas, Carla Fellini afirma que há tropas das forças armadas a ser treinadas para a segurança dos Jogos. “Por volta de 22.800 membros recebem cem horas para enfrentar a ameaça terrorista e ataques biológicos.” Biologia de esgoto Bactérias, água imprópria e Zica também estão na ordem do dia quando se fala de Rio de Janeiro e dos Olímpicos. Segundo notícia da Globo, quase 1400 atletas velejarão nas águas da Marina da Glória na Baía de Guanabara, nadarão na Praia de Copacabana e praticarão canoagem e remo nas águas imundas da Lagoa Rodrigo de Freitas. Em Julho de 2015, a AP encomendou quatro testes à qualidade da água em cada um dos locais de competição e também à água da Praia de Ipanema, muito frequentada por turistas. Os resultados dos testes indicaram altas contagens de vários tipos de vírus em muitas das amostras. Os vírus são conhecidos por causar doenças estomacais, respiratórias e outras, incluindo diarreia aguda e vómitos. Outras consequências são doenças cerebrais e cardíacas. As concentrações dos vírus foram aproximadamente as mesmas que são encontradas no esgoto puro. Na candidatura olímpica, as autoridades cariocas prometeram um programa governamental de quatro mil milhões de dólares para expansão da infra-estrutura de saneamento básico. Como parte do seu projecto olímpico, o Brasil prometeu construir unidades de tratamento de resíduos em oito rios para filtrar boa parte dos esgotos e impedir que toneladas de resíduos caseiros fluíssem para a Baía de Guanabara, mas apenas uma foi construída. O governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, reconheceu que “para a Olimpíada, não dá tempo” para terminar a limpeza da baía. Haja repelente Já relativamente ao Zica, haja repelente. Segundo o Comité português que está em “contacto directo com a Direcção-Geral de Saúde e a seguir atentamente todas as recomendações da Organização Mundial de Saúde sobre esta matéria”, todas as recomendações têm sido transmitidas aos atletas que “não manifestaram qualquer preocupação de maior sobre o tema nem levantaram quaisquer questões”, como garantiu o Comité ao HM. Mas os portugueses já estão preparados. “Vamos seguir as recomendações dadas pelas autoridades competentes, que incluem, entre outros cuidados, o uso recorrente de repelentes, tendo já o COP garantido um acordo com uma marca de repelentes local para o seu fornecimento para toda a comitiva.” Se fosse hoje era outra coisa O presidente do Comité Organizador Rio16, Carlos Arthur Nuzman, admitiu, em entrevista ao jornal Globo de segunda-feira que, no cenário actual, o Rio de Janeiro não seria escolhido para sede dos Jogos Olímpicos de 2016. “Em toda a candidatura, na hora que entra em processo de julgamento, todos os factores são pesados na balança pelo COI. Na situação que hoje está, eu acho que o Rio não seria escolhido”, afirmou. A mesma opinião é partilhada pelo Comité Olímpico de Portugal que diz ao HM que “sem dúvida que a realidade é muito distinta daquela que o Brasil vivia quando foi escolhido para acolher os Jogos Olímpicos”. “O próprio responsável máximo do comité organizador já reconheceu publicamente que se fosse hoje o Brasil não ganharia e provavelmente nem seria candidato. Porém, apesar desta realidade, todos os esforços estão a ser feitos para o sucesso do evento e queremos crer que tudo correrá bem. É naturalmente essa a nossa expectativa e vontade, mas temos alguma expectativa sobre o que vamos encontrar”, afirma o gabinete de comunicação ao HM. De braços abertos As questões são muitas e as soluções poucas. Valha a hospitalidade do povo brasileiro que parece ser uma dominante comum, tanto para Helena, como para Carla. “Uma ideia um pouco romântica ou até infantil mas considero que dado o carácter acolhedor do brasileiro, ele irá receber da melhor maneira os visitantes que possam vir a visitar os jogos”, afirma a primeira portuguesa acolhida pelo povo do samba. Já Carla, que reside em Macau, não deixa de sublinhar que “o Rio de Janeiro estará, apesar de tudo, com os braços abertos como o Cristo Redentor que abençoa aquela cidade, para receber todos os que lá chegarem”. “A maior riqueza que ainda temos é a hospitalidade, o povo sorridente que mesmo enfrentando todas as dificuldades, sabem transformar tudo isso em alegria”, remata. Com ou sem doping, é igual O governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, lamentou da o facto de o Rio de Janeiro estar sem laboratório para fazer análises anti-doping a um mês dos Jogos, depois de a Agência Mundial Anti-doping (AMA) o ter suspendido por não cumprir os requisitos internacionais. “A AMA tinha aprovado, houve um erro e suspenderam. A AMA vem fazer a inspecção e esperamos que tenha uma solução positiva. O laboratório é espectacular”, lê-se no Sapo. China com maior delegação de sempre O Rio de Janeiro receberá em Agosto a maior delegação de atletas já enviada pela China em toda a história dos Jogos Olímpicos, segundo noticiou a agência Xinhua na passada segunda-feira. Ao todo, 256 mulheres e 160 homens, entre eles 35 campeões, compõem a equipa de 416 atletas chineses. A delegação inteira terá 711 membros, incluindo 29 treinadores estrangeiros, segundo informou Cai Zhenhua, vice-chefe da Administração de Desportos do país asiático. Rússia pode ser banida O Comité Executivo da Agência Mundial Anti-doping (Wada) recomendou ao Comité Olímpico Internacional que considere negar a participação de todos os atletas submetidos ao Comité Olímpico Russo, adianta a agência Brasil. A recomendação também vale para os paratletas russos ligados ao seu respectivo comité. O Wada também sugere que o acesso de autoridades do governo russo aos Jogos Rio 2016 seja negado. As recomendações foram feitas após a divulgação de um relatório assinado por Richard McLaren, nomeado para conduzir a investigação baseada nas denúncias do ex-director do Laboratório de Moscovo, Grigory Rodchenkov, sobre adulteração de testes anti-doping para mascarar o uso de substâncias proibidas pela Wada. O relatório afirma que as fraudes em testes anti-doping foram postas em prática do final de 2011 até Agosto de 2015 na Rússia. Diz ainda que atletas russos “de uma vasta maioria de desportos de Verão e Inverno” eram beneficiados pela “metodologia do desaparecimento positivo”. Além disso, McLaren afirma que as autoridades russas sabiam da prática por atletas participantes dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi.
Hoje Macau EventosUNESCO | Quatro novos locais na lista de Património Mundial [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]UNESCO incluiu esta segunda-feira quatro novos locais na lista do Património Mundial, incluindo a obra do arquitecto suíço Le Corbusier (1887-1965), mas também o projecto urbanístico da Pampulha, em Belo Horizonte (Brasil). A candidatura de Le Corbusier tinha sido apresentada pela Argentina, Bélgica, França, Alemanha, Suíça, Índia e Japão. A maioria dos 17 edifícios escolhidos para a candidatura localizam-se em França e na Suíça, mas também incluem casa argentina Curutchet, na cidade de La Plata, o Museu Nacional de Tóquio e o complexo do Capitólio na cidade de Chandigarh, na Índia. A lista passou também a incluir o Conjunto Arquitectónico da Pampulha, em Belo Horizonte, que foi projectado pelo arquitecto brasileiro Oscar Niemeyer, concluído em 1943 e construído em torno de um lago artificial. A UNESCO colocou igualmente na lista os estaleiros britânicos da ilha de Antígua, no Mar do Caribe, construídos em 1720, e o Parque Nacional Khangchendzonga, no norte da Índia, nas encostas do monte Kanchenjunga, entre o Nepal e o Butão. Na sexta-feira à tarde já tinham sido aceites os dolmens de Antequera, na província espanhola de Málaga, o complexo da cidade arménia medieval de Ani, no nordeste da Turquia, o conjunto histórico de Filipi, no nordeste da Grécia, e por último, o complexo de cavernas de Gorham na colónia de Gibraltar, apresentado pelo Reino Unido. Estas cavernas figuram como património cultural, não natural, porque o seu valor reside nos vestígios da sua ocupação pelo homem de Neandertal, que viveu nesses lugares há mais de 125.000 anos. O Comité do Património Mundial da UNESCO, reunido em Istambul, desde domingo passado, decidiu encurtar em três dias a reunião e terminar o encontro, na sequência da tentativa de golpe de Estado na sexta-feira.
Sofia Margarida Mota EventosS. Petersburgo traz clássico do bailado ao Venetian [dropcap style=’circle’]C[/dropcap]om data marcada para 2 e 3 de Dezembro, a companhia de Bailado de S. Petersburgo apresenta uma das mais famosas coreografias a nível mundial, que já conta com uma história de mais de 120 anos e com diversas abordagens e finais. O palco é o do Teatro do Venetian onde, ao som de Tchaikovsky, os mais de 60 bailarinos d’ “O Lago dos Cisnes” dançam a história de amor e peripécia de Siegfried e Odette. Esta é a primeira composição para ballet de Pyotr Ilyich Tchaikovsky. Tal como a história que conta, também a sua não é desprovida de conflitos. A primeira encenação da obra terá sido em 1877 no Teatro Bolchoi, em Moscovo. A coreografia de então, a cargo de Julius Reisinger, não terá tido sucesso e só em 1895 no Teatro Merrinsky, em S. Petersburgo, estreou o espectáculo que até hoje anima os palcos do mundo, agora sob encenação de Marius Pepita e Lev Ivanove com a colaboração do compositor Riccardo Drigo. Em 1950 foi lançada uma versão pelo coreógrafo Konstantin Sergueiev que dá um final feliz ao enredo baseado num conto de fadas alemão. O “Lago dos Cisnes” conta a história do príncepe Siegfried que se apaixona por Odette, uma rainha transformada em cisne por von Rothbart, o feiticeiro. O destino de Odette enquanto pássaro terminaria quando fosse resgatada pela promessa de amor eterno. A missão caberia a Siegfried, não tivesse o príncipe sido apanhado nas malhas do feiticeiro e declarado, por engano, amor à irmã de Odette, Odile. Quando percebeu o sucedido Siegfried retorna ao lago onde combate von Rothbart, o feiticeiro. A companhia de S. Peterburgo que dá vida à coreografia é dirigida por Konstantin Tahckin e conta com mais de 60 bailarinos. Iniciou actividade em 1994 e, apesar da sua ainda curta história, é das companhias com maior sucesso internacional. Uma companhia independente e única no seu país sendo que não recebe quaisquer apois governamentais. A cada ano, a companhia apresenta-se com sucesso pela Rússia e outros países como Espanha, Holanda, Bélgica, Alemanha, Irlanda, Reino Unido, Nova Zelândia, Austrália, Coréia do Sul, África do Sul e França. Para o espectáculo em Macau, os bilhetes já se encontram à venda e o seu valor é de 388 a 888 patacas.
Sofia Margarida Mota EventosMacau Sailing | Sábados com passeios de barco ao fim da tarde Ver o pôr-do-sol num modelo que neste momento é único nos mares é a sugestão da Macau Sailings. Um barco tradicional do Oriente que já viveu com a pesca do camarão e que foi construído nos estaleiros de Coloane é agora o transporte para um passeio ao largo de Macau [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]“Shrimp Junk Boat” é o barco que convida a um passeio ao largo de Macau. A proposta é avançada pela Macau Sailing, de Henrique Silva, mais conhecido por Bibito, e pelo seu sócio e proprietário do barco, David Kwok. O junco é o único daquele modelo que navega nos mares. Construído nos estaleiros de Coloane, teve até há pouco tempo um homólogo em Inglaterra que, por “problemas de funcionamento, está agora num museu”, explica Bibito ao HM. A ideia de activar o barco e dar-lhe um uso lúdico surgiu o ano passado. Inicialmente seria para realizar actividades em Hong Kong, mas o mercado de Macau emergiu como terreno capaz de dar ao junco, que um dia foi utilizado na pesca do camarão, uma nova vida. Se na calha está colocar este serviço ao dispor das operadores turísticas da região, enquanto isso não é possível “dados os tempos de espera para inclusão nas agendas de marketing”, os passeios ao pôr-do-sol apareceram como uma opção a explorar. São passeios realizados ao sábado, no final do dia, e que permitem “dar oportunidade às pessoas que não conseguindo juntar um grupo para um evento destes, têm assim a possibilidade de desfrutar de um final de sábado diferente” refere o português residente em Macau. O barco sai da Doca dos Pescadores num passeio de cerca de duas horas e meia, “vai em direcção ao Porto Interior, onde dá a volta e regressa a Macau de forma a apanhar o pôr-do-sol de frente”. O passeio não é acompanhado de petiscos, mas inclui bebidas e “promete uma actividade alternativa”. “Não há numero mínimo de participantes, sendo que cada um pode ir individualmente adquirir o seu bilhete e entrar para o seu passeio.” Para todos O amor pelos barcos é uma paixão partilhada por ambos os sócios, ainda que de formas diferentes. Bibito começa a ser amante da vela “por volta dos anos 90” e David vem de famílias de pescadores, desde sempre ligadas ao mar. O percurso da ideia não foi fácil, já houve dificuldades em ter o barco atracado em Macau, mas agora a dupla conseguiu um acordo com a Doca dos Pescadores, onde tem garantia que o barco pode estar até Dezembro. Além destes passeios quase independentes, Bibito refere que o barco também está disponível para outros fins, sendo que tem na mão, e a título ilustrativo, dois pacotes que funcionam como amostra. “São mais sugestões porque as pessoas podem também dizer especificamente o que querem e ser ajustados de acordo com as necessidades de cada um.” São actividades mais dirigidas a grupos e Bibito adianta como exemplo um passeio pelas “ilhas que rodeiam o trajecto de Macau a Hong Kong”, em que os “navegantes” têm a liberdade de dar uns mergulhos, nadar e mesmo de almoçar a bordo. O projecto não tem apoio do Governo e Bibito também não quer subsídios. “Sou contra esse tipo de política”, afirma. O apoio do Governo pode ser dado de outra forma, “através da inclusão deste tipo de actividades dentro das novas políticas de mares e turismo local”.
Sofia Margarida Mota EventosLançado concurso para desenhar prémio do Festival de Cinema [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]troféu “Prémio do Público” do primeiro Festival Internacional de Cinema de Macau, a decorrer entre 8 e 13 de Dezembro, será uma criação local. O desafio é lançado aos criadores locais para que apresentem um projecto para “a taça” que galardoará um dos 12 selecionados para a competição para melhor filme eleito pelo público. Os projectos candidatos serão submetidos à avaliação de um júri criteriosamente escolhido. Ao presidente Dante Ferretti, director artístico três vezes galardoado com o Óscar, junta-se um conjunto de nomes locais conhecidos pelo trabalho realizado em diferentes áreas. São eles: Chui Sai Peng, Buddy Lam, Carlos Marreiros, Ho Ka Long, Lok Hei, Pedro Ip, Si Ka Lon e Terry Sio. O concurso está aberto a todos os artistas residentes em Macau e as inscrições terminam a 9 de Setembro, sendo que não há qualquer restrição relativa a formas, materiais ou tamanho do troféu. O vencedor do concurso terá como prémio o montante de 50 mil patacas e as inscrições podem ser feitas no site do Festival. Equipa conhecida Foi ainda dada a conhecer a equipa de curadores que irá acompanhar Marco Muller na organização deste primeiro Festival Internacional de Cinema. A notícia é adianta pelo Hollywood Reporter e citada no Ponto Final. Da equipa que levará a cabo a programação e curadoria do festival constam nomes conhecidos pela experiência no sucesso de eventos idênticos: Deepti D´Cunha, Shan Dongbong, Marie-Pierre Duhamel, Sandra Hebron, Diego Lerer, Tomita Mikiko e Alena Shumakova. Marco Muller afirma ainda na mesma publicação estar “especialmente feliz por reunir mais uma vez com a equipa que tanto contribuiu para a criação de um programa tão diverso e atraente para os festivais de Veneza e de Roma. E que ajudou a trazer tantas estreias internacionais a Pequim e a Fuzhou”. À equipa junta-se ainda uma veterana da indústria cinematográfica asiática, Lorna Tee, a quem caberá assumir a direcção da gestão do festival. Nomes que também fazem parte deste festival são ainda Huang Jianxin, realizador chinês, Oh Jung-wan, produtor coreano ou ainda o produtor e guionista norte-americano James Schamus e o português Luís Urbano.
Sofia Margarida Mota EventosAFA | Kay Zhang apresenta exposição para além da inocência A primeira exposição a solo da jovem artista Kay Zhang é uma compilação visual de trabalhos que desafiam o tabu sexual. Uma exploração desenhada e colada sobre corpos e desejo, de uma artista que desafia a própria pureza da arte [dropcap style=’circle’]P[/dropcap]ara lá dos limites da inocência e num pensar sobre ela e a sua antítese é a “tela” que dá corpo ao trabalho de Kay Zhang. A 1 de Agosto às 18h30 está marcada a abertura da exposição “INNOCENCEPEDIA”, que concretiza a primeira mostra individual da jovem artista chinesa. O evento terá lugar na Art for All Society (AFA) e traz à luz do dia o conjunto de trabalhos que marcam a estreia, a solo, da mestranda da Academia de Belas Artes de Pequim. Aluna de Xu Bing, um dos nomes que marcam o cenário artístico chinês contemporâneo pela sua linguagem criativa ligada à tipografia, Kay Zhang traz a Macau “INNOCENCEPEDIA”. A exposição aborda o sexo. Palavra associada muitas vezes a tabu, ao proibido que não se fala, à pornografia ou obscenidade. Assunto inerente à essência humana e a um conjunto de curiosidades partilhadas por muitos, como relembra a AFA. A exploração da componente sexual também se reflecte na arte, sendo muitas das vezes representada através da exploração da nudez. Para Zhang, a expressão do sexo e do desejo é inevitável. A artista recorre também ao nu, mas numa combinação de técnicas e materiais que no seu conjunto denomina de artigos visuais. Estamos perante uma enciclopédia imagética que pretende, por vontade da artista, deixar a questão da pureza artística… ou a falta dela. Nascida em 1991, Zhang estudou pintura a óleo no Instituto de Belas artes de Sichuan em 2009. Esteve em Braunschweig, sendo que continuou, de regresso à China, os estudos na área da arte experimental. Actualmente a sua pesquisa e trabalho estão voltados para a arte contemporânea. Do seu leque de interesses contam o uso de diferentes meios e técnicas para abordar os assuntos que mais lhe interessam. Já viu o seu trabalho em diversas exposição na China continental e até na Suécia. A exposição na RAEM é o resultado de uma bolsa de estudo que a artista recebeu por parte da AFA para desenvolver trabalho na Academia de Belas Artes de Pequim. Os 33 trabalhos que vão ser apresentados combinam desenho e colagem, fruto dessa aprendizagem, avança uma responsável do AFA ao HM. A exposição está patente até 21 de Agosto e conta com entrada livre.
Sofia Margarida Mota EventosFotógrafa capta imagens proibidas na Coreia do Norte [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]fruto proibido é o mais apetecido, já diz o ditado, e um território hostil torna-se facilmente apetecível a profissionais de várias áreas, nomeadamente da fotografia. Foi o que aconteceu com Nathalie Daoust, fotógrafa e cineasta canadiana, autora de “Sonhos Coreanos”, um projecto que capta imagens proibidas na Coreia do Norte. Apesar das limitações, a artista não baixou os braços. Sempre vigiada e em áreas permitidas, Nathalie foi mais além e arriscou a recolha de imagens inéditas e interditas. As dificuldade em viajar na no reino de Kim Jong-un são mais que muitas. Do preço à dificuldade em chegar ao país, à vigilância extrema e manipulação dos visitantes, conhecer o coração da Coreia do Norte é impossível. Ali, só se vê o que é autorizado e só se fica nos hotéis aprovados. Só se fotografa sob vigilância, enquanto que as aldeias onde vive grande número da população com salários de cerca de um dólar mensal, ou os campos de concentração do tamanho de cidades onde estão encarceradas três gerações por crimes, não fazem parte do roteiro nem da permissão. “Tive que viajar através da China como uma turista”, diz Nathalie Daoust em entrevista à revista Another. “Depois de uma excursão de pesquisa, organizei uma segunda viagem” ao país onde não são permitidos fotógrafos alheios à Associated Press. Esta segunda incursão por terras de Kim Jong-un já foi feita especialmente para capturar imagens. Utilizou um passaporte que não era o seu, colocou a câmara à altura da barriga e um disparador remoto escondido debaixo do braço e fez-se à aventura. Ficou hospedada num pequeno hotel que mais parecia um “motel de estrada” e, apesar da sua estadia ser constantemente vigiada, com câmara analógica e disparador imperceptível estava aberto o caminho para conseguir imagens inéditas. A utilização do sistema analógico terá sido fundamental. “Acho que eles pensaram que seria uma amadora porque não usava uma câmara digital”, admite. A verificação que se faz aquando da captura de imagens “do querido líder” – para que nenhuma apresente cabeça ou pés cortado – também aqui não era possível, o que conferia à fotógrafa uma maior liberdade. O resultado é perturbador. Num misto de fotografia artística que roça as imagens eróticas do início do séc. passado, em tons sépia quase fantasmagóricos, Nathalie Daoust apresenta uma Coreia à vista de todos mas com o peso de realidade. São imagens à altura das entranhas, que convidam a quem as observa a uma imersão e consciencialização do que se passa naquele país, sendo que é este agora o objectivo da autora. Nathalie Daoust adianta ainda que passou “grande parte da carreira a explorar o mundo quimérico e fantasioso” de desejos e impulsos ocultos que estão na base dos sonhos e condutas de cada um e que os levam a ultrapassar os limites do convencional. Na Coreia, a exploração foi direcionada aos instintos de fuga, não como escolha individual, mas como modo de vida de quem é aglutinado pela nação. “Uma nação irreal” e produto de reinterpretações e ditames do poder. Agora, é objectivo do trabalho alertar todos para uma maior consciência do que ali se vive. Num país que obedece ao culto da personalidade de Kim Jong-Un, num regime opressivo, o projecto “Sonhos Coreanos” é um grito de esperança e alerta para que os governos de todo o lado sejam capazes de “impulsionar a mudança eficaz neste país”, refere Daoust na mesma entrevista.
Sofia Margarida Mota Eventos MancheteCreative Macau | Fotógrafos apresentam livro que junta música, poesia e fotografia É um projecto experimental que chega agora ao público. Rusty Fox e Chong Hoi, artistas locais, apresentam o livro “BRutAL”, que junta artes numa composição improvável [dropcap style=’circle’]”[/dropcap]BRutAL” dá nome ao livro recentemente publicado pelos criativos locais Chong Hoi e Rusty Fox. Este é um foto-livro experimental, que concretiza um projecto que junta o design, a música electrónica e a poesia à fotografia. Vai ser apresentado na Creative Macau, a 21 de Julho, pelas 18h30. O projecto começou com o uso de uma fábula oriental de modo a representar um sentimento distópico do mundo. Segundo a organização, é um livro que retrata a complexidade de sentimentos que fazem parte da RAEM, um dia pertença portuguesa. É ainda uma abordagem contemporânea dos problemas emergentes globais, tais como a crise económica, a inflação e as questões sociais que de alguma forma afectam o quotidiano de todos. “Há de alguma forma, receio de fazer parte da cauda da cadeia alimentar dentro desta sociedade capitalista”, afirma a organização em comunicado de imprensa. Chong Hoi é pós graduado em Design Gráfico pelo Instituto Politécnico de Macau. Depois de alguns anos em Xangai, onde aprofundou carreira na área da publicidade e tem trabalho feito nas áreas de fotografia, literatura, música electrónica e arte de rua, regressa a Macau. Actualmente trabalha como designer no Museu de Arte de Macau, enquanto participa na realização de filmes documentais. O artista vê cada projecto criativo como uma oportunidade de crescer e promover o design de Macau ao nível da classe mundial, insistindo em obras únicas capazes de comunicar com os outros. Para Chong Hoi, a fotografia é um meio e uma técnica de ver o mundo, sendo que considera este conceito como “além da criação”. Através das técnicas de composição e das faculdades oferecidas pelos equipamentos, o “verdadeiro espírito de fotografia é o de sentir o mundo através dos sentidos”, afirma o artista. Já Wang Lap Wong, conhecido artisticamente por Rusty Fox, sempre teve como preocupação os equilíbrios e desequilíbrios da cidade dentro da dinâmica dos seres que a habitam e que influenciam a própria percepção do conceito. Para o artista, “a maioria das pessoas anda como máquinas, dormentes e sem alma”. Neste contexto, a fotografia documental não tem limites, sendo que o seu trabalho pretende permitir ao público entender a relação, muitas vezes escondida, entre homens e os seres inanimados que os rodeiam. Tudo para que possa ter noção do extraordinário que existe na normalidade. Rusty Fox nasceu em Macau e é mestrado em Fotografia Documental pela University of South Wales. O evento marcado para a semana conta com a presença dos autores, que vão explicar como o projecto nasceu e cresceu. A entrada é livre.
Manuel Nunes EventosIC lança obra “Bibliografia da Literatura de Macau 1600-2014” [dropcap style≠’circle’]É[/dropcap] o segundo volume da “Colectânea do Museu de Literatura de Macau – Série História” e intitula-se “Uma Bibliografia da Literatura de Macau 1600-2014”. Foi apresentado no sábado passado com o apoio do Instituto Cultural (IC). A publicação de trabalhos ainda mais abrangentes e aprofundados sobre a literatura de Macau é o objectivo deste livro de Wong Kwok Keung, um autor com anos de experiência na recolha e investigação histórica que seleccionou para este trabalho uma bibliografia com mais de seis mil volumes relacionados com a literatura local. Através de análises de conteúdo, linguagem, editoras e outros factores e tendências das obras de literatura relacionadas com Macau, o autor procura apresentar o estado de desenvolvimento da literatura em língua chinesa, portuguesa e inglesa da cidade. O resultado é a criação de um “título essencial para o desenvolvimento da literatura local, por via da enumeração de valiosos materiais de referência e, naturalmente, proporcionar um valioso instrumento para investigadores na área”, indica o IC. Sempre activo Wong Kwok Keung assumiu funções na biblioteca da Universidade de Macau em 1987, assumindo actualmente o posto de bibliotecário-auxiliar da mesma. Desde 2005 é chefe do Centro de Publicações da instituição. A partir de 1990 tornou-se num activo participante de actividades sociais e começou a compilar uma lista de estudos e publicações relacionados com Macau, facultando uma importante base para estudos sobre a cidade. Nos últimos anos, publicou perto de cem artigos relacionados com publicações e materiais de investigação de Macau, focando-se sobretudo na história editorial, bibliografia documental e na história da biblioteca e arquivo de Macau e história da leitura e de Macau em relação ao Sudeste Asiático. “Uma Bibliografia da Literatura de Macau 1600-2014” encontra-se à venda ao preço de 150 patacas, estando disponível na Plaza Cultural, Livraria Seng Kwong, Livraria Portuguesa, Arquivo Histórico de Macau, Centro de Informações ao Público e no Centro Ecuménico Kun Iam.
Manuel Nunes EventosDSEJ | Festival Juvenil Internacional de Dança em Julho Dançar pelas ruas, à noite e de dia, em recinto coberto ou ar livre, para ver ou para participar com jovens de vários países do mundo. É a aposta deste festival que agora regressa a Macau. Quinze milhões de patacas é quanto vai custar o bailarico [dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]riar uma plataforma para jovens amadores de dança, de diferentes países e regiões do mundo é o objectivo de mais uma edição do Festival Juvenil Internacional de Dança da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), além de pretender facultar a residentes e turistas a arte e a cultura de diferentes países e regiões. Assim, de 22 a 28 de Julho, o Festival volta a Macau, sendo de esperar que o ritmo contagie vários pontos da cidade. Criado em 1987, este festival juvenil realiza-se a cada dois anos e tem vindo a ganhar destaque no panorama dos eventos de Macau, através do qual as equipas de dança podem demonstrar as suas capacidades, bem como aprenderem as técnicas dos outros participantes. Desta forma, tornar Macau num ponto de encontro das diferentes culturas de dança é a grande aposta. A edição deste ano conta com um total de 27 equipas provenientes da Ásia, Oceânia e Europa. Destas, 15 vêm de fora, nomeadamente de países como Austrália, Grécia, Indonésia, Israel, Coreia do Sul, Letónia, Lituânia, Malásia, Nova Zelândia, Noruega, Rússia, Singapura, Eslováquia e Sri Lanka. Da China continental chega um grupo de Yunnan, contando-se ainda com equipas de Hong Kong e Taiwan. De Macau são dez as equipas que irão estar presentes. Vêm da Escola Hou Kong, da Associação Imprint Macau Dance, da Escola Kao Yip, do Grupo de Dança Juvenil – Conservatório de Macau, da Associação Internacional de Dança de Rua de Macau, da Escola dos Moradores de Macau, da Associação de Dança de Música Pop de Macau, da Escola Secundária Pui Ching, da Associação de Dançarinos Regina e da Universidade de Macau. Ruas afora Para além das actuações, está previsto um desfile, a realização de um workshop e de espectáculos de dança nocturna. A partir deste conjunto de eventos, a organização pretende que seja evidente “a integração das culturas chinesa e ocidental, demonstrando as características das indústrias culturais e criativas de Macau”. Ao longo do percurso do desfile e durante as exibições no exterior, os artistas irão interagir com os espectadores e todos são convidados a participar na festa. Segundo a organização, que a DSEJ partilha com o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, o Instituto Cultural, a Direcção dos Serviços de Turismo, o Instituto do Desporto, o Instituto de Formação Turística e o Fórum de Educação da Ásia-Pequim, este evento irá ter um custo de 15 milhões de patacas. Os bilhetes de entrada para as exibições em recinto coberto serão distribuídos a partir das 16h00 do dia 19 de Julho em vários locais ao longo da cidade. Os professores de Macau, todavia, podem registar-se a partir de hoje, para a obtenção de bilhetes (máximo de dois por pessoa), que lhes darão acesso ao “Espaço dos Docentes”. Paralelamente, para que os jovens oriundos do exterior fiquem a conhecer melhor a cultura local, a organização vai fazer uma visita cultural por Macau. Programa 24 de Julho 17:30-19:30 Desfile Ruínas de S. Paulo, Rua da Palha, Rua de S. Domingos, Igreja de S. Domingos 20:00-21:30 Exibição “Dança Juvenil pela Paixão da Rota da Seda” Praça do Tap Seac 25 de Julho 10:00-12:00 Workshops de experimentação artística Escola Secundária Luso-Chinesa de Luís Gonzaga Gomes 25 de Julho 19:30-21:00 Dança nocturna Anim’Arte NAM VAN 27 de Julho 19:30-21:00 Dança nocturna Anim’Arte NAM VAN 26 de Julho 20:00-22:00 Exibições no interior Pavilhão I do Fórum de Macau 28 de Julho 20:00-22:00 Exibições no interior Pavilhão I do Fórum de Macau
Hoje Macau Eventos“Salão de Outono ” e “Vafa ” em simultâneo na Casa Garden em Novembro [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Fundação Oriente (FO) e a Associação Art for All (AFA) resolveram juntar o Salão de Outono com o festival Vafa (Art Vídeo para Todos), o festival internacional de vídeo-arte organizado já desde 2010. A ideia é cativar maior número de pessoas, pelo que “Um Outono repleto de arte” é também a aposta da organização ao organizar estes dois eventos em conjunto, combinando em simultâneo obras de arte locais e internacionais. A participação no Salão de Outono ainda é possível para todos os residentes e também para os artistas que mais recentemente vivem e trabalham em Macau, pois as inscrições estão abertas. Os candidatos podem apresentar trabalhos de pintura, gravura, escultura, fotografia, instalação e vídeo. Todas as candidaturas serão analisadas e seleccionadas por um júri composto por representantes da FO e da AFA, bem como por conceituados artistas locais. Os finalistas serão notificados no final de Setembro. Para participar basta fazer o download do formulário de inscrição em www.afamacau.com. O prazo termina a 30 de Agosto. Prémio “Jovem” A FO adianta ainda que tem para oferecer 50 mil patacas para reconhecer e apoiar os jovens artistas plásticos de Macau em início de carreira. Os artistas terão ainda a oportunidade de exporem o seu trabalho no território e também de desenvolver as suas qualidades artísticas em Portugal, já que o vencedor terá ainda direito a uma residência artística no país no próximo ano. Os candidatos ao prémio poderão mostrar as suas obras em conjunto com os trabalhos seleccionados para o “Salão de Outono “. Ao prémio podem candidatar-se apenas artistas actualmente residentes em Macau ou que provem ter vivido em Macau durante os últimos dois anos, independentemente da sua nacionalidade. Têm de ser portadores de Bilhete de Identidade de Residente e ter entre os 18 e os 35 anos. VAFA em movimento O concurso para o quinto Vafa também se encontra a decorrer e os artistas interessados podem apresentar as suas obras de vídeo-arte até ao dia 30 de Agosto. O júri é composto por artistas internacionais de vídeo-arte e alguns curadores de arte. Primeiro prémio e quatro menções honrosas são os prémios disponíveis, sendo que o vencedor do melhor vídeo receberá mil dólares americanos e será convidado para vir a Macau, caso não seja residente, para participar na cerimónia de abertura da exposição. O valor para cada menção honrosa é de 500 dólares americanos. Como a vídeo-arte é uma criação independente, não há critérios fixos relativos ao tema e forma das obras. A única restrição à criação será para vídeos com informações violentas ou provocadoras.
Sofia Margarida Mota EventosCinema | Seleccionados projectos portugueses para Feira de Investimento Das oito candidaturas submetidas, sete foram seleccionadas para participar em mais uma Feira de Investimento do Cinema que reúne Macau, Hong Kong e Guangdong. O caminho ainda agora começou, mas os autores mostram contentamento e esperança [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]axim Bessmertnyi, António José Caetano de Faria, Ho Fei, Hoi Kuok Meng, Lou Ka Hou, Fernando Eloy e Wong Kong Po são os escolhidos para estar na Feira de Investimento de Produção Cinematográfica Guangdong-Hong Kong-Macau 2016. Terminou mais um processo de selecção de candidaturas para participar na Feira, que este ano decorre a 16 e 17 de Agosto, e de Macau foram escolhidos sete de oito projectos cinematográficos para serem apresentados a investidores e produtores das três regiões. Maxim Bessmertnyi diz ao HM que “está feliz”, salientando contudo que ainda é cedo para aprofundar comentários acerca do que aí vem. “Ainda são os primeiros passos de uma longa jornada”, refere o jovem cineasta radicado em Macau há mais de uma década. “O guião apresentado está numa fase muito inicial”, adianta. Para já sabe-se que versa “num estudo de carácter de quatro jovens de uma pequena cidade num período crucial de mudança nas suas vidas”. O filme é inspirado em Macau, sem descurar pequenas cidades de Portugal ou da Rússia, como frisa o realizador, que frequentou a Escola Portuguesa de Macau, ao HM. Já Fernando Eloy foi selecionado com o guião para uma longa-metragem chamada “China Beat”. O filme “absolutamente contemporâneo” retrata a juventude chinesa através de “um grupo de jovens que anda à procura do sonho”. Por outro lado, representa também uma “plataforma de ligação com os países de Língua Portuguesa em que uma das personagens volta para a China depois de quatro anos a trabalhar para uma multinacional chinesa no Brasil”, facto crucial na mudança que sofre no que respeita à “sua percepção acerca do mundo e das pessoas, incluindo as preferências musicais.” “Estes jovens percebem, aqui em Macau, que têm que fazer alguma coisa da vida deles e também pela China”, adianta Fernando Eloy. Para o cineasta, este processo de abertura da China tem sido essencialmente de absorção, mas “cada vez mais a tendência é inversa”. O filme é uma mensagem de esperança para o mundo e de esclarecimento do que é ser chinês, sendo que “os jovens chineses são mais parecidos do que diferentes relativamente aos seus pares no mundo.” Para o realizador, os “filmes hoje em dia são uma indústria” e o papel do Governo é fundamental não só para a credibilização do processo mas para dar a conhecer aos investidores este mercado. “E por se estar a falar de indústria, será também obrigação do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) integrar este processo”, admite. O HM tentou contactar António Caetano de Faria, o outro único português nomeado, mas o realizador não estava disponível. Plataforma de comunicação A iniciativa promovida pelo Instituto Cultural contou com oito candidaturas. Segundo a organização, a selecção decorreu após análise realizada pelo júri e baseada nos critérios de criatividade do argumento, experiência e capacidade de execução do candidato, experiência e capacidade de execução do produtor e da empresa produtora, bem como racionalidade orçamental. A iniciativa tem como objectivo descobrir potenciais projectos regionais para o grande ecrã, de modo a ampliar os canais de comunicação para os cineastas locais. O evento que se realiza anualmente desde 2014 pretende proporcionar uma plataforma “de alta qualidade e de facilitação” de contactos aos produtores e investidores de cinema das três regiões, criar oportunidades para investimento e cooperação na área do cinema e estimular os talentos neste campo, bem como promover o desenvolvimento da indústria cinematográfica nas três regiões, afirma a organização.
Sofia Margarida Mota EventosAbbas Kiarostami | Cineasta iraniano morreu segunda-feira Em ano de despedidas, Abbas Kiarostami não resistiu a um cancro. O dia 4 de Julho foi a data em que o artista multifacetado morreu, aos 76 anos, em Paris. Mais conhecido enquanto realizador, o iraniano marca a sua carreira com prestígio feito longe dos blockbusters e assina cada filme com uma identidade única, numa poesia que confunde documentário e ficção [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]bbas Kiarostami morreu aos 76 anos em Paris, vítima de cancro. Tinha regressado à cidade luz para prosseguir com o tratamento à doença que o consumia. Uma semana antes estava no Irão, país que deu vida a muitas das suas obras primas no cinema, e do qual não se queria separar. Para Kiarostami, deixar de realizar na sua terra era perder as raízes que constituíam a sua essência e a da sua criação. Mas foi também esta terra que o baniu e, quiçá, com isso permitiu ao mundo conhecê-lo melhor. Kiarostami tem a sua formação e trabalho marcados pela poesia, pintura, artes gráficas e fotografia. Uma mescla que, no seu conjunto, contribuiu para o que dele se pode ver no grande ecrã. É ponto comum na crítica internacional ser o criador de um cinema completo, em que cada produção que dirige tem um lugar preciso na história em que se insere. Com formação nas Belas Artes de Teerão, estreia-se enquanto realizador com a curta-metragem “O Pão e o Beco” em 1970, à qual se segue “O Viajante” em 1974. Esta última, já longa metragem, conta a história de um rapaz que abandona a sua aldeia natal e percorre 500 quilómetros para ir assistir a um jogo de futebol em Teerão. Está lançada a semente do “filme retrato”, que acompanhará a vida e obra do realizador e que se passava, ainda, numa monarquia. Assiste à Revolução Islâmica em 79 e foi com “Onde é a Casa do Amigo?” , em 87, que viu os seus trabalhos começarem a ser presença nos grandes festivais de cinema. O uso da criança e de temas delicados num país agora movido por tensões inerentes ao novo regime, conferem a Abbas um realismo característico que documenta a realidade à sua volta, num misto de ficção e documento. “Onde é a Casa do Amigo?” junta-se a “Vida e Nada Mais” em 1991 e a “Através das Oliveiras”, em 1994. Um conjunto de três filmes que integram a conhecida “triologia Koker”, unida pelo lugar onde se passam os argumentos, e que continuam a afirmar um neo-realismo cinematográfico particular ao realizador. Falam de um Irão conturbado, real, escondido. De temas tabu, de questões que movem ou prendem a sociedade contemporânea. Um país que vacila entre a tradição e uma modernidade que lá não chega e que não pode chegar. Polémicos na terra que os produz, são filmes banidos das salas de cinema, bem como o nome Kiarostami. A cereja de ouro Apesar dos obstáculos, o realizador continua a produzir e, reza a história, envia uma cópia clandestina do “Sabor da cereja” para o Festival de Cannes em 1997. Um filme que trata agora do suicídio. Mais um tema delicado no lugar onde foi feito. Se a cereja se transformou em Palma de Ouro, trouxe agora a proibição total em filmar no Irão. Filmes posteriores como “Cópia Fiel” de 2010, que conta Juliette Binoche ou “Um Alguém Apaixonado”, de 2012, já foram rodados por outras paragens. Mas Abbas Kiarostami não vai sem deixar um adeus. “Marcher avec le vent” é o filme de 2016, que marca o fim da carreira de um dos grandes génios do cinema do Séc. XX e que ficará com certeza para tempos vindouros.
Sofia Margarida Mota EventosMacau prepara-se para mais um festival de fogo de artifício [dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]oi apresentada ontem mais uma edição do Concurso Internacional de Fogo de Artifício de Macau (CIFAM). A iniciativa, dada a conhecer por Helena de Senna Fernandes, directora dos Serviços de Turismo (DST), já vai na 28ª edição e promete trazer nos dias 3, 10, 15 e 24 de Setembro e 1 de Outubro muita luz aos céus da zona ribeirinha em frente à Torre de Macau. O evento, que conta com a participação de dez equipas, vai pintar e iluminar a RAEM com diferentes temas durante cinco noites. A directora da DST mostrou-se satisfeita com as 27 edições passadas, em que o evento tem logrado do apoio de companhias de fogo de artifício de renome provenientes de várias partes do mundo. A iniciativa atrai todos os anos inúmeros visitantes que se deslocam propositadamente a Macau para apreciar as exibições, afirma. Com o objectivo de posicionar Macau como um Centro Mundial de Turismo e Lazer, Helena de Senna Fernandes refere que a DST irá continuar a proporcionar aos residentes e visitantes “espectáculos extraordinários e diversificados, reforçando a cooperação entre a indústria turística e sectores relacionados”. Actividades múltiplas Tal como nas edições anteriores, este ano estarão presentes empresas pirotécnicas de renome internacional. As dez equipas participantes no concurso deste ano vêm da Tailândia, Portugal, Reino Unido, Suíça, Japão, Coreia do Sul, Itália e interior da China, entre outras. Nesta edição, o concurso conta pela primeira vez com uma companhia proveniente da Roménia e uma do Canadá. Este ano, volta a ser requerido às equipas a sincronização com música nas exibições e utilização de efeitos laser, para elevar o resultado do tema das apresentações e enriquecer os elementos dos espectáculos, refere a organização. A directora sublinhou também que, este ano, os residentes e visitantes podem ainda optar por ir ao novo espaço de lazer “Anim’Arte NAM VAN”, para apreciarem o fogo-de-artifício, ao mesmo tempo que saboreiam alguns petiscos. Podem também ver os espectáculos culturais e artísticos com características próprias no local, ou ainda passear pelas lojas de produtos culturais e criativos e feira de artesanato, desfrutando de noites de lazer, remata.
Hoje Macau EventosSands Resorts cria mundo de fantasia com o Panda do Kung Fu [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]mais recente iniciativa da Sands Resorts tem a assinatura da Dreamwoks e pretende proporcionar a toda a família um Verão num espaço de fantasia. O anfitrião é Po, o protagonista da saga Kung Fu Panda. As actividades propostas pretendem oferecer uma experiência completa dentro do mundo de Po e para o efeito o Sands Cotai disponibiliza, já a partir de 16 de Julho, o “Banquete Kung Fu de Po”. Está também prevista a realização de outras actividades como a “Academia do Panda Kung Fu” , festas de aniversários temáticas ou Caças ao Tesouro. Segundo o Director do Departamento de Marketing da empresa, a intenção é a de criar experiências e memórias aos seus convidados de modo a que estes regressem. Segundo a organização, o banquete temático já teve uma versão de teste no passado dia 5 de Julho e promete levar os interessados a um espaço especialmente decorados em que os petiscos são dedicados às estrelas de animação da Dreamworks. Enquanto se está à mesa é ainda tempo para desfrutar de uma performance a cargo das personagens que fazem parte do imaginário dos mais pequenos bem como interagir, em palco, com elas. Mas nem tudo é à mesa e a iniciativa “Academia do Panda Kung Fu” desafia os interessados para um corrida de obstáculos no mundo do terceiro filme da saga. Pela primeira vez, os pequenos mestres da arte marcial podem fazer equipa com os pais e testar as suas habilidades em forma de jogo. Para quem deseje aprofundar a experiência, as famílias podem ainda recorrer aos pacotes da operadora que incluem alojamento e refeições. Os aniversários não passam despercebidos ao mundo da ilusão e para estas ocasiões tão especiais nada como fazer do “rei desse dia” o rei do palco também. Para os petizes que ali queiram cantar os parabéns é criado um espectáculo especial a eles dedicado. Paralelamente a estas iniciativas a organização anuncia o desfile de estrelas da Dreamworks onde o contacto com as personagens do grande ecrã está à mão de cada um, ou ainda a casa ao tesouro partilhada entre pais e filhos em que é proposta à família a descoberta das suas personagens preferidas em forma de cartas a três dimensões.